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Para todos os profissionais que estão na jornada de

desenvolvimento, buscando um futuro melhor.

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@gabrielaendres 51999051761 gabrielaendres1@gmail.com
Olá, eu sou a Gabriela Endres. Quando iniciei a minha
carreira na área de Recursos Humanos, eu já tinha uma boa
habilidade de comunicação, mas por muito tempo tive
dificuldade de direcioná-la para contribuir no
desenvolvimento da minha carreira. Perdi boas
oportunidades de promoção, deixava de falar a minha
opinião nas reuniões e sai frustrada delas, e eu cansei de levar
sugestões para a minha gestora que nunca eram aprovadas.
Estava congelada na carreira e não sabia o que fazer.
Mas um dia, ao ver uma colega minha, com muito
conhecimento técnico perdendo a oportunidade da vida
dela porque ela não sabia expressar suas ideias, nem aos
colegas, muito menos em reuniões. No início eu achei
aquilo injusto, sabe? Ela tinha muito potencial para a vaga.
Ao falar sobre isso com a minha gestora, ela me respondeu
o seguinte: “Nós somos o que comunicamos ao mundo que
somos”. Ela se comunicava de maneira confusa, então todos
achavam ela confusa. Então eu vi ali a minha oportunidade:

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se eu aprendesse a me comunicar com eficiência teria acesso
às melhores oportunidades da empresa.
Desenvolvi minha comunicação através das oportunidades
de capacitação que encontrei, e depois disso, vi a minha
carreira crescer exponencialmente. Conquistei posições de
Especialista em RH e um gestão de equipe aos 25 anos.
Sabe por quê? Porque eu aprendi a comunicar como
ninguém o impacto que as minhas ações geravam nos
resultados da empresa. Com isso, a confiança no meu
trabalho crescia cada dia mais, e eu tive autonomia
suficiente de implantar grandes projetos nas empresas onde
atuei.
Ao assumir a minha primeira equipe, entendi que para que
eles tivessem uma boa performance, teria de ensinar para
eles o caminho a seguir para que tivessem o mesmo sucesso
que eu tive. E esse caminho, dentre outras coisas, passa
obrigatoriamente pela boa comunicação. E a alegria de ter
ajudado várias pessoas a evoluírem como pessoas e
profissionais, sendo promovidos e se realizando na carreira
me fez entender que eu tinha ali um novo propósito. Eu
queria ajudar o maior número de profissionais de RH
possível a se realizar na profissão.
Nós somos responsáveis por cuidar das pessoas, mas quem
é que cuida da gente?
Decidi sair da área organizacional e hoje atuo
desenvolvendo profissionais de RH que buscam ter sucesso

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na profissão. Faço isso hoje através de treinamentos,
mentorias e conteúdos gratuitos que distribuo através dos
meus canais.
E agora, quero te fazer um pedido.
Que você, assim como eu, distribua aos seus colegas todo o
conhecimento que você possui. Envie esse material aos seus
colegas, poste ele nas suas redes sociais e me marcando nesse
perfil se possível, envie um feedback dele para mim,
clicando aqui.
Vou ficar imensamente feliz de saber que a corrente de
conhecimento que iniciei terá continuidade com você.
Boa leitura.
Gabriela Endres

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SUMÁRIO

1. Introdução..................................................................7
2. Como Comunicar......................................................9
3. O ser humano e o medo de ser julgado.....................12
4. Comunicação como habilidade necessária para ter
sucesso na carreira de RH.........................................18
5. Como se comunicar de forma eficaz no ambiente de
trabalho.....................................................................21
a. Eu interno
b. Preparação
c. Reuniões
d. Apresentação
e. Falando com colaboradores
6. Saber se comunicar é fazer boas perguntas.................38
7. Comunicação Escrita.................................................50
8. Comunicação Não Verbal.........................................56
9. Comunicação Técnica do RH..................................63
10. Conversas difíceis que o Profissional de RH precisa
enfrentar...................................................................65
11. Comunicação para aprovação de ideias e projetos......69
12. Comunicação de Resultados.....................................74
13. Comunicação – O que está por vir?..........................76
14. Para finalizar.............................................................81
15. Referências...............................................................82

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INTRODUÇÃO

A principal responsabilidade do profissional de Recursos


Humanos é cuidar das pessoas. Junto com essa responsabilidade,
é necessário saber se comunicar com essas pessoas, o que nem
sempre acontece ou é feito da forma ideal.
Quando nós éramos crianças, ninguém ensinou comunicação a
nós em nossa formação regular. Isso não foi incentivado na nossa
infância, nem na adolescência, e muito menos na faculdade.
Desenvolvemos no máximo alguma evolução em apresentação
de trabalhos para os colegas. Mas isso é só um pedacinho do que
se refere a comunicação de verdade.
A partir disso, desenvolvemos uma crença limitadora que
comunicação nasce com as pessoas. Ninguém nasceu sabendo
falar e com habilidades de comunicação desenvolvidas. É
necessário aprender a aperfeiçoar técnicas para conseguir
melhores resultados com menor esforço.
O profissional de Recursos Humanos precisa saber falar bem,
com clareza, objetividade, técnica, naturalidade e fluidez; precisa
também saber ouvir, entrar em sintonia com as pessoas e se
comunicar adequadamente.
Além de ser um profissional da fala, tem a oportunidade de cuidar
da comunicação dos profissionais da empresa. Uma empresa
funciona bem quando os seus colaboradores sabem se comunicar
bem, interna e externamente; quando sabem vender, negociar,
persuadir, convencer; quando recebem com gentilezas e cortesias
os seus clientes; quando motivam e estimulam outras pessoas a
realizarem seus trabalhos e atingirem suas metas.

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Entre os problemas que o Profissional de Recursos Humanos
enfrenta, os mais observados são: voz mal administrada, falas
prolixas e enroladas, desorganização das ideias, falta ou excesso
de objetividade, ausência de sensibilidade ou técnicas para entrar
em sintonia com outras pessoas.
Torna-se essencial que esses profissionais busquem desenvolver
essa habilidade, aprendendo a se comunicar bem, com fluidez e
naturalidade em qualquer situação; formal ou informal para um
número grande ou pequeno de pessoas. Afinal, conquistarão os
melhores cargos e melhores posições, aquelas pessoas que tiverem
competência e souberem comunicar os seus talentos.
É sobre isso que vamos falar nesse Ebook, sobre como aprender
a se comunicar. Estão reunidas aqui alguns dos melhores
conteúdos disponíveis sobre o tema no mercado. Mas lembre-se:
ele só será útil de verdade se você colocar pelo menos algumas
das dicas aqui citadas em prática, ou então, de nada terá valido a
leitura.

“Fazendo bom uso do conhecimento, quanto mais se aplica, mais se


tem para aplicar.”
José Paiva, Psicólogo.

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Capítulo 1

Como comunicar?

Esse capítulo é destinado exclusivamente para aqueles que tem


dificuldade de se comunicar, ou melhor, de se expressar. Todo
mundo tem um diálogo interno ativo, que te faz ter mil
pensamentos por minuto, a diferença é que algumas pessoas
conseguem expressar isso mais facilmente, e outras optam
simplesmente por se calar.
Saber se relacionar, expressar e comunicar são fatores essenciais
para a construção de relações saudáveis e crescimento
profissional. É só analisar a sua rotina: reunião de trabalho,
convívio com a família, apresentação na faculdade, roda de
amigos. O tempo todo estamos interagindo e nos comunicando,
o que faz com que seja essencial saber se expressar.
Porém, a cada dia que passa, é crescente o número de pessoas que
não sabem se expressar bem. E por que isso acontece?
Os motivos são os mais variados: reuniões são feitas por meio
online, compras são efetuadas das nossas casas, ligações quase não
são mais realizadas, ou seja, o dinamismo e agilidade das rotinas
atuais fazem com que o ser humano não se expresse de forma
efetiva. Outro motivo também pode ser questões emocionais, ou
seja, alguma experiência negativa durante sua trajetória de vida.

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Quando uma pessoa não sabe como se expressar bem, ela lida
com uma série de fatores negativos como por exemplo,
insegurança, por ter medo da reação do outro, mágoa, por
acreditar que as outras pessoas a interpretaram de forma errada,
conflito, por não concordar com opiniões contrárias, timidez,
por achar que não deve expressar suas ideias e sentimentos, entre
outras situações.
Ao não conseguir se expressar bem, o profissional prefere se
manter no anonimato, acreditando que essa é a melhor saída.
Grande erro! Saber como se expressar bem, é essencial para
organizar suas ideias em uma linha lógica de pensamento,
demonstrar conhecimento, expressar pontos de vista e evidenciar
sua personalidade.
Além disso, ao não se expressar da maneira correta, a pessoa
coloca à prova a sua credibilidade e perde grandes oportunidades,
tanto em âmbito pessoal quanto profissional.
E engana-se quem pensa que a arte de se expressar bem não é
para todos. Com treino, dedicação e mudanças de
comportamento, você pode aprender como se expressar bem.
Vou deixar aqui algumas dicas importantes para você se lembrar
sempre e nunca mais ficar no anonimato na empresa:

• Você sempre tem algo valioso para contribuir: se você foi


contratado ou promovido para o seu cargo atual, é
porque merece estar ali. Portanto, é muito valioso para
a empresa e tem algo de valor para contribuir, e isso
inclui pensamentos, ideias e sugestões.
• Não deixe o medo de falar em voz alta consumir seus
pensamentos: fale para si mesmo que não tem tempo para
se preocupar com falar e voz alta agora e que o
importante é focar na mensagem que você quer
transmitir. Mantenha seu foco em trazer o input valioso
à reunião.

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• Prepara-se: para diminuir a ansiedade, prepare-se antes
de cada um desses pequenos desafios. Ensaie, estude o
tema, respire fundo algumas vezes, sorria, tudo isso
contribui para reduzir a tensão e a timidez antes de falar
para outras pessoas.
• Não deixe para falar depois da reunião: não existe algo
pior do que pessoas que ficam mudas na reunião, mas
quando voltam para a sala passam horas fofocando e
julgando o que aconteceu nela. O ditado que diz “quem
cala consente” vai bem nessa situação, e depois da
reunião finalizada, não há mais nada a ser dito. Você
perdeu a oportunidade.
• Aprenda a lidar com a crítica e o julgamento das pessoas:
se você vencer a sua batalha interna contra a crítica e o
medo de julgamento, você vai estar pronto para ter
sucesso e ir para o próximo nível. Crie um depósito de
confiança, desenvolva uma autopercepção apurada.
Esse último tópico é polêmico e ele poderia gerar um novo
Ebook inteiro, mas eu dediquei um capítulo inteiro para falar
sobre ele mais lá na frente.

“Ter medo de falar é como se trancar em um quarto sozinho e esperar


por companhia.”
Autor desconhecido.

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Capítulo 2

O ser humano e o medo de ser julgado

Todo mundo morre de medo de ser criticado, porque quando


recebemos uma crítica, entendemos que estamos sendo
desaprovados. A aprovação e a aceitação social são dois dos
valores mais importantes para qualquer ser humano. Quem não
quer ser aceito, amado, aprovado? Quando a crítica vem, você
sente naquele momento uma reprovação pelo seu trabalho, pela
sua vida, pelas suas atitudes.
Existem diferentes tipos de críticas, e nem todas são negativas.
Existem críticas construtivas que nos ajudam a melhorar em
diferentes aspectos, mas até estes tipos de críticas podem não ser
agradáveis, ou nos surpreender em um momento em que não
estamos realmente receptivos.
Na maioria das vezes, quando recebemos uma crítica, a tratamos
como um ataque pessoal. Algumas pessoas a interpretam como
um comentário doloroso, vergonhoso. Isso nos faz sentir feridos
ou ficar na defensiva.
Mas, e se ao recebermos a crítica, pararmos para pensar no
objetivo dessa pessoa ao dizer isso? Se, ao receber uma crítica,
não pararmos para pensar em porque essa pessoa está tão brava, e
até que ponto ela tem razão, nós vamos ficar na defensiva. Não
vamos tirar nenhum proveito disso.

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Ao ficarmos calmos e esclarecermos a questão, talvez vejamos
que podemos modificar algo do nosso comportamento que não
foi muito adequado. Então, a crítica vai nos ajudar a aprender e
manter uma boa relação com essa pessoa. Assim, este será um
passo para superar o medo de ser criticado.
Por outro lado, também pode acontecer dessa pessoa estar errada
e ter um ponto de vista do qual nós não compartilhamos. Se não
expressarmos isso de uma maneira assertiva, podemos acabar
cedendo em tudo por medo da crítica.
O primeiro passo para superar o medo de ser criticado é,
precisamente, aprender a ser criticado. Isto se consegue, em
primeiro lugar, aprendendo a reagir com calma diante de uma
crítica. As vantagens de reagir com calma diante de uma crítica
são as seguintes:

• Aprender a controlar as emoções negativas;


• Não se sentir atacado;
• Aprender a separar a crítica da autoestima. Uma crítica é
apenas uma opinião.
Quando estamos tranquilos e reagimos com calma diante das
críticas, nós podemos recebê-las melhor. As vantagens são
muitas:

• Podemos avaliar se a crítica é boa ou se ela tem uma


intenção de manipulação antes de reagirmos a ela;
• Ao avaliarmos que ela é boa, podemos aprender com ela
e não deteriorar a relação com essa pessoa, e se essa
pessoa não soube como fazê-la, podemos compreender
e mostrar a maneira adequada de dizer as coisas;

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• A crítica pode ser uma tentativa de manipulação, de te
tirar do sério, de expor as suas fragilidades. Neste caso,
frustraremos a pessoa ao estar tranquilos e relaxados, pois
ao não reagir com raiva, não mostramos os nossos pontos
fracos, sensíveis;
• Nós nos reafirmamos, pois somos os últimos juízes do
nosso comportamento. Se erramos, corrigir é coisa de
sábios. Quando não erramos, calmamente nos
reafirmamos com nossa postura. Se a outra pessoa
continua, não vamos começar uma briga;
Quais pensamentos negativos interferem no enfrentamento das
críticas?
Existem diversos pensamentos que não ajudam em nada na hora
de enfrentar as críticas. Se modificarmos esses pensamentos,
começaremos a deixar de ter medo das críticas. Tudo nasce
dentro de nós e se soubermos fazer essa avaliação interna,
reagiremos melhor as situações em que somos criticados.
Pensamentos sobre si mesmo
“Já fiz uma burrada, que droga! Que vergonha, pisei na bola!”.
Quando você pensa assim, tem a crença de que sempre deve ser
competente e de que, quando erra, não tem nenhum valor. Neste
caso, o pensamento racional seria o seguinte: “Eu fiz alguma coisa
errada? Bom, primeiro vamos ver se eu realmente errei. Se for o
caso, eu tenho direito de errar. Como um erro vai me
transformar em uma pessoa que não tem valor? Só me transforma
no que eu sou: um ser humano”.

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Pensamentos sobre a situação
“Que situação incômoda, humilhante. Não aguento mais, tenho
que ir embora”. A crença que existe por trás desta afirmação é de
que as coisas devem ser sempre fáceis e confortáveis. Devem
acontecer como eu quero. O pensamento racional seria o
seguinte: “A situação é incômoda, mas o que é melhor: fugir ou
enfrentar as situações? É uma situação incômoda, mas escute-a,
você pode aprender com ela”.
Pensamentos sobre o outro
“Ele está me ridicularizando, quer me fazer passar vergonha, ele
faz isso para me agredir, ele adora mostrar os meus defeitos”. A
crença por trás destes pensamentos é de que existe gente ruim
que merece ser castigada. Os outros sempre devem ser amáveis e
proporcionar o que eu preciso. Se não for assim, eles não valem
nada. Este pensamento pode ser modificado por outro mais
racional. Você poderia dizer, por exemplo: “Como posso saber
a sua intenção? Não posso ler o pensamento dos outros. E se ele
estiver fazendo isso só para me provocar? Paciência; nós,
humanos, não somos tão bons quanto gostaríamos. Eu também
não sou perfeito”.
O que fazer quando uma crítica vem?
Agora que já sabemos um pouco mais da origem do medo de ser
criticado, vamos falar sobre o que fazer quando o momento
chegar. Nem sempre é fácil e não vamos reagir bem logo na
primeira vez. Ainda há um instinto primitivo dentro de nós que
quer nos “proteger de qualquer ataque”, que nos faz agir em
torno de duas ações, fuga ou enfrentamento. Para modificar isso,

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precisamos criar um novo mindset, e ele fica melhor com a
prática.
A crítica é um desapontamento
Quando alguém critica, os primeiros pontos que vêm para fora
são o orgulho, a raiva, a reatividade. O pensamento é: “Caramba,
o que estão falando de mim?”. Esse é um lado seu totalmente
instintivo que vem para fora e te deixa triste, chateado,
desgostoso. Então, antes de reagir e bater de frente com quem te
criticou, espere um pouco, segure as emoções, tome cuidado
com o que sente e pensa nesse momento. Recapitulando:
recebeu a crítica? Assimila, pensa, separa o joio do trigo.
Em seguida, controle a reação que você teria automaticamente.
Não reaja, não brigue, não bata, não mate, não morra, não pule
de um prédio, não faça nada, pelo amor de Deus! Fique aí, fique
bravo(a) por um tempo. Se o seu tempo for 1 hora ou 1 dia, não
tem problema.
Veja bem, não estou dizendo para você ficar totalmente sem
reação no momento, como se tivesse sido paralisado por ela. A
sugestão aqui é que você a receba de forma calma, não pessoalize
o comentário e reaja de forma mais racional e menos emocional.
Analise o que tem sentido daquela crítica,
Analise tudo o que você pode usar, com a tal crítica “construtiva”
que todo mundo fala sorrindo, mas ninguém gosta dela, e mesmo
assim é real. Muitas vezes podemos pensar assim: “Ok, realmente
falaram daquilo e eu fiquei muito bravo. Talvez eu tenha ficado
bravo porque aquilo tem mais sentido do que eu realmente
gostaria que tivesse.”

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O seu sucesso lembra as pessoas ao seu redor de que elas também
deveriam fazer sucesso
É bem provável que o seu sucesso, na área que for da sua vida,
ofenda outras pessoas, e não é por mal que as pessoas te ofendem.
Quando você faz sucesso, você lembra a pessoa que está ao seu
lado de que ela não está fazendo o sucesso que ela deveria estar
fazendo. Você lembra a pessoa ao seu lado do quanto ela está no
comodismo.
Fazer sucesso tem muito a ver com isso: a capacidade de mostrar
para o outro que ele também poderia fazer sucesso. E quem não
é humilde, nesse momento, às vezes fica bravo(a) contigo. Na
verdade, a pessoa está brava com ela mesma por não estar fazendo
o que deveria fazer.
Esse tema é bem extenso e eu teria muitas coisas para falar sobre
ele, mas preciso avançar no conteúdo. Para te ajudar com isso,
vou deixar aqui alguns materiais auxiliares para te ajudar nessa
jornada, ok?
Leituras

8 dicas para superar o medo do fracasso

Vídeos

Como Lidar Com a Crítica e o Medo do Julgamento - Parte 1

Como Lidar Com a Crítica e o Medo do Julgamento - Parte 2

Como Lidar Com a Crítica e o Medo do Julgamento - Parte 3

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Capítulo 3

Comunicação como habilidade necessária para ter


sucesso na carreira de RH

Uma competência fundamental para ter sucesso na carreira de


RH é ter uma boa comunicação com todos os níveis
hierárquicos. Para isso, não basta somente saber se expressar e ter
uma boa oratória. É necessário ter uma boa escuta para poder
conciliar o interesse da empresa e dos colaboradores.
O bom profissional de RH sabe que a comunicação é a chave
para fazer os resultados acontecerem. Qualquer ruído entre as
partes pode levar a mal-entendidos e situações que não
colaboram para a vida profissional do colaborador nem para a
empresa. Vale lembrar que há várias formas de comunicação e
essas habilidades não se resumem ao “falar bem”. Ouvir,
entender, procurar formas de alcançar o colaborador e entrar em
sintonia com ele são ações essenciais para o bom
desenvolvimento do trabalho.
Uma organização é composta por pessoas que podem ser
diferentes, podem pensar de formas diferentes e agir de formas
diferentes. Sabendo disso, é comum que surjam vários tipos de
questionamentos trazidos pelos colaboradores. No meio
profissional é totalmente necessário estar preparado para dar
atenção a isso. A comunicação profissional de RH, vem,
inicialmente, do saber ouvir. É necessário saber ouvir para que

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haja um diálogo entre empresa e colaborador. A forma que o
Profissional de RH se expressa é importante para que as relações
interpessoais dentro de uma organização possam fluir de maneira
cordial e agradável.
Nenhuma habilidade de fato se destacará se o profissional de RH
não tiver como característica principal uma excelente
comunicação. É por meio dela que ele conseguirá liderar melhor
a equipe, definir os objetivos (distribuindo as tarefas para cada
indivíduo), além de passar conhecimento no momento da
qualificação.
Aquele profissional de RH que quer um lugar no topo das
organizações precisa estar atento ao uso da comunicação no dia a
dia. Ele precisa ter a capacidade de controlar e coordenar os
colaboradores e o trabalho desenvolvido por eles de maneira
eficaz por meio de um diálogo claro.
Se existe uma coisa que eu nunca vou cansar de falar é que se
comunicar melhor é a melhor ferramenta para o sucesso. Na
verdade, melhor ainda, uma boa comunicação é a diferença entre
o sucesso e o fracasso. E quando o assunto é sua carreira isso é
ainda mais importante.
Os melhores comunicadores sempre são os mais lembrados nas
reuniões e apontados como os mais bem preparados para
conseguir aquele cargo sonhado por todos. E não por nenhuma
mágica, mas, sim, porque eles sabem se divulgar, mostrar a todos
o que sabem, e não ficam por aí esperando algo cair do céu.
Então, não tenha dúvida: se o seu objetivo é ter sucesso ou chegar
mais longe em sua carreira, não fique para trás só por não
conseguir se comunicar melhor. Mas também não se preocupe

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porque o que não faltam são dicas e ferramentas que te permitem
ser um melhor comunicador no ambiente de trabalho.
A primeira coisa que você deve ter em mente é que você pode
ter estudado a vida inteira e ter uma experiência naquela carreira
maior do que qualquer um, mas se não demonstrar isso, ninguém
nunca ficará sabendo. Então, se comunicar bem é demonstrar
para todos ao seu redor suas qualidades.
E uma dica importante é colocar em sua cabeça que se comunicar
melhor é importante. Não tente agilizar algo que é feito para ser
feito com calma. Converse, troque ideias, discuta, tente olhar
pela ótica de seu colega de trabalho, escute ele. Não tente acabar
com qualquer conversa rapidamente.
Viva aquele momento de conversa, fique feliz com a troca de
informações. E deixe de lado aquela impressão que muita gente
tem de que só sua opinião é relevante. Use as outras pessoas para
fortalecer ainda mais seus argumentos. Você não precisa
concordar com ninguém, mas não por isso deixe de aproveitar
essa possibilidade.

“A comunicação aumenta a velocidade das realizações e multiplica os


resultados.”

Siloé Almeida

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Capítulo 4

Como se comunicar de forma eficaz no ambiente de


trabalho

Falamos muito da comunicação no ambiente corporativo como


um todo. Vamos falar agora de algumas dicas para você melhorar
a comunicação com seus colegas, gestores, superiores ou equipe.
Saber se expressar em diferentes situações e envolver o ouvinte
no momento certo e com as palavras certas pode te ajudar a
convencer clientes, explicar ideias, estabelecer uma estratégia,
defender um ponto de vista ou até mesmo conversar sobre
assuntos informais de maneira mais eficiente.
Para mim, essa é uma das partes mais importantes do Ebook,
então leia essas dicas com a mente aberta e aplique o máximo que
puder em seu dia a dia. Pode ser que você leia algumas coisas e
pense: “Ah, isso eu já sei!”. Mas saber e não aplicar não gera
resultados.
Um profissional de RH que se dedica a desenvolver essas
habilidades verá a sua carreira profissional se transformando com
elas rapidamente. Não deixe que a simplicidade dos conceitos
impeça você de executar esses passos.
Vamos começar a jornada?

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VAMOS COMEÇAR PELO SEU EU INTERNO!

Aprenda a escutar

Não adianta se comunicar bem sem aprender a escutar o outro.


A capacidade de ouvir o que as pessoas têm a dizer, demonstrar
interesse e não apenas interrompê-la, falando apenas o que você
quer é algo que deve ser aprimorado a cada dia.
Pessoas que não costumam escutar seus colegas tendem a
despertar desinteresse e acabam sendo excluídas de certas
conversas ou até mesmo reuniões no escritório.
Ao ouvir alguém falar, faça algumas perguntas a si mesmo, como
“quem, quando, onde, como ou porque”, para poder discutir o
argumento apresentado. Observe atentamente o que o outro fala,
seus gestos, expressões faciais e entrelinhas. Muitas vezes
ouvimos, mas não compreendemos claramente a mensagem.
Para desenvolver uma boa escuta, é preciso deixar a pessoa falar
e se concentrar apenas no que está escutando. Não pense em
como você vai argumentar nem se coloque dentro do relato do
outro. Simplesmente escute. Nem todos sabem fazer isso, mas é
algo essencial no momento de desenvolver o diálogo e entender
de verdade perspectivas além das nossas.

Tenha opinião

Ao defender uma ideia, não se baseie apenas em “achismos”. Ao


defender uma opinião, garanta que falará sobre o que você sabe
ou já tem experiência.
Construa argumentos sólidos para transmitir confiança e
segurança ao falar sobre determinados assuntos, pesquise com
antecedências temas que você não domine e esteja atento as
tendências de mercado para a sua área, assim você ficará mais
confiante para ser participativo e se expor nas reuniões.

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Tenha empatia

Quando você é um profissional de RH é importante promover


a harmonia dentro do ambiente de trabalho. Para fazer isso com
mais eficiência tente se colocar no lugar do outro e compreender
o motivo dos questionamentos deste. Assim é mais fácil resolver
conflitos.
Ter empatia é a válvula condutora da nossa profissão, pois
trabalhamos com gente e temos que gostar de gente. Isso inclui
ter paciência, escutar, motivar e ter habilidade e equilíbrio
emocional para lidar com todas situações que envolvem "lidar
com pessoas".
Trabalhando em RH, temos contato com muitas pessoas e muitas
delas nos procuram para falar sobre seus problemas, sejam eles
profissionais ou até pessoais, pois as situações do dia-a-dia não
envolvem somente assuntos profissionais. Nós temos uma vida
interligada com nossa carreira profissional, somos mães, pais,
temos sonhos, expectativas, temos problemas pessoais que afetam
nossa vida profissional, enfim temos uma vida.
Um profissional de RH que tem empatia sabe ouvir, direcionar
e sabe o momento certo de estabelecer limites e principalmente
como conduzir cada uma dessas situações sem se envolver
emocionalmente com elas.

Trabalhe o Autoconhecimento

Conhecer-se é fundamental para conseguir se expressar perante


as situações pessoais e profissionais que surgem no dia-a-dia.
Saber quais são seus pontos fortes e fracos, descobrir o que pode
ser usado mais vezes, o que pode ser melhorado, entre outros
fatores, é uma excelente forma de autoconhecimento. Assim,
com o tempo, você consegue criar sua marca pessoal, passando
ainda mais segurança e credibilidade às pessoas.

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Fale sobre os seus sentimentos

Muitas pessoas evitam falar de seus sentimentos, pelo medo de


serem julgadas e mal interpretadas. Porém, quando não falamos
de nossas emoções, acabamos não as compreendendo, deixando
de melhorar a forma de nos expressarmos.
Sendo assim, sempre que tiver oportunidade, converse com as
pessoas próximas a você sobre como você se sente. Assim, com
o passar do tempo, você observará que se expressará cada vez
melhor, não só sobre sentimentos, mas também sobre quaisquer
outros assuntos.

Converse com desconhecidos

Muita gente, ao se comunicar e interagir com pessoas


desconhecidas, não consegue se expressar bem e, por isso,
restringem seu contato apenas a indivíduos do seu convívio. Se
esse é o seu caso, pare agora de fazer isso! Abra o seu leque de
possibilidades, converse com pessoas na fila do caixa, com o
colega de faculdade que você não tem afinidade e por aí vai.

AGORA, PARA A FASE DE PREPARAÇÃO

Construa sua imagem

Além de cuidar da aparência física e se vestir adequadamente, é


preciso se preocupar também com outros aspectos de sua
imagem. A simpatia, atenção, disposição social e a forma de se
comunicar com os colegas de trabalho também fazem parte desse
requisito.

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A forma como você se veste e diz muito sobre você mesmo. Suas
roupas, acessórios, sapatos, se você usa ou não maquiagem; tudo
isso de alguma forma expressa valores, mostra sua personalidade
e como você leva a vida. Dessa forma, o ideal é que você consiga
aproximar o seu estilo à sua identidade.
Além disso, conversar corretamente, mostrar empatia, bom
humor e lembrar-se dos nomes de seus colegas também são
atitudes essenciais.
É preciso praticar esses gestos e, se necessário, buscar feedback
com amigos e colegas para saber como você está se saindo. Se
vista adequadamente, seja simpático, dê atenção. Pratique gestos

Aprenda a falar

Uma maneira eficaz de se comunicar bem é saber se expressar


corretamente. E uma dica infalível para aprender a falar melhor
é modelar outas pessoas que se comunicam bem.
Assista a vídeos no Youtube, vá a eventos e observe como o
palestrante se comunica. Observe o tom de voz, a velocidade da
fala, a ênfase dada em alguns temas, a forma como ele faz
perguntas e organiza o conteúdo para transmiti-lo.
Nós somos a média das pessoas com as quais mais convivemos,
então, busque boas referências e se aproxime de pessoas de
sucesso para modelar, não imitar ou virar réplica, as técnicas que
utilizaram para alcançá-lo.
Treine as pronúncias de palavras, o ritmo da fala e certifique-se
de que seu interlocutor esteja compreendendo as palavras no
contexto correto do que deseja argumentar, sem deixar espaço
para que te interpretem da maneira errada.
Preocupe-se com a forma como irá transmitir uma mensagem
durante as conversas. Deixe de lado as gírias – a não ser aquelas
já aceitas no ambiente – e reserve seu vocabulário técnico para
quem possa entendê-lo.

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Introdução, desenvolvimento e conclusão

Expressar-se bem tem ligação também com coerência. Isso quer


dizer que a sua fala precisa ter começo, através de uma
introdução, desenvolvimento do assunto e conclusão, para fazer
sentido. Lembre-se disso sempre que for montar uma
apresentação na empresa, quando for organizar um discurso ou
mesmo, construir um treinamento.

Domine o assunto

Um dos pontos principais para que você se sinta confortável e


confiante quando vai se comunicar com outras pessoas, é o
domínio do assunto sobre o qual vocês estão conversando.
Quando isso ocorre, você se expressa com mais segurança, o que
aumenta a sua credibilidade. Vai apresentar uma nova proposta à
empresa em que você trabalha? Vai expor sua opinião sobre
determinado assunto com um amigo? É importante conhecer o
tema em questão para fazer colocações pertinentes e fazer com
que as pessoas lhe interpretem adequadamente.
Entender profundamente sobre o que você está dizendo –
incluindo seus motivos, impactos e origens – vai te ajudar a ser
mais persuasivo em qualquer situação e garantir que sua
mensagem seja absorvida e compreendida da melhor forma
possível. Portanto, estude muito e esteja sempre com domínio
completo sobre as coisas que você fala.

Escolha o canal correto

Será que um e-mail é a melhor maneira de discutir determinado


assunto? Já pensou em usar menos o e-mail e, às vezes, falar
pessoalmente com as pessoas? Se achar necessário “documentar”

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o que foi acordado, envie um e-mail começando com estas
palavras: “Conforme nossa conversa de hoje, decidimos que…”.
Isso também vale para aquela reunião que pode ser evitada, sabe?
Existe uma frase típica que circula no meio organizacional que é:
“Sobrevivi a mais uma reunião que deveria ter sido só um e-
mail.”
Quando for convocar reuniões, certifique-se de que o tema é
relevante e que não pode ser resolvido de outra forma. Antecipe
o assunto aos participantes para que não seja necessário agendar
nova reunião para argumentação. Assim, você respeita o seu
tempo e dos seus colegas e garante que a comunicação seja mais
eficaz.

Busque capacitação

Investir em capacitação é, com certeza, um fator que influenciará


positivamente à sua vida profissional, dessa forma, busque
diferentes formas de se manter capacitado para o mercado de
trabalho. Hoje em dia existem inúmeros livros, cursos e filmes
que podem te auxiliar a desenvolver novas habilidades e até
mesmo potencializar aquelas que estão adormecidas dentro de
você.

Leia, leia muito

Todo profissional deveria estar atento a necessidade de ampliar o


vocabulário, no intuito de se expressar cada vez melhor, tanto
através da fala, quanto da escrita. Você deve estar se perguntando
como fazer isso, não é mesmo?! Através da leitura!
Por meio do hábito da leitura, você obtém novos
conhecimentos, que podem ser facilmente aplicados em seu dia
a dia. Com isso, você pode estruturar melhor o que vai dizer e
se expressa com muito mais assertividade, dispondo de muito
mais opções de palavras para definir o seu projeto e as suas ideias.

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Treine sempre que possível

Se você é daqueles que se sentem inseguros, seja conversando


com uma pessoa, ou falando para uma plateia inteira, o que você
pode fazer para vencer esta barreira é treinar.
Isso mesmo! Sempre que puder, converse com você mesmo em
frente ao espelho, na frente da câmera e preste atenção no que
você diz, no tom de sua voz, em suas expressões, gestos, entre
outros pontos, que você pode observar e se necessário melhorar.

Aprenda técnicas de respiração

Você já percebeu que certas pessoas são ouvidas com mais


atenção do que outras em uma reunião de trabalho? Muitas vezes
elas querem dizer a mesma coisa, mas o grande diferencial está
no jeito de falar e na altura da voz.
A ansiedade e o medo de se expressar muitas vezes
comprometem uma boa performance, com isso, o som da voz
acaba ficando pouco confiante, pois o segredo de uma boa
comunicação está na respiração. Quem sabe controlar a própria
respiração torna o som de sua voz mais alto e convincente

Fale enquanto você expira - Use sua respiração como apoio para
as suas palavras. Solte o ar aos poucos, enquanto você está
falando. Caso contrário, antes mesmo de acabar a frase sua voz
começará a ficar fraca.

Pratique - Pode ser que você não obtenha uma boa performance
logo nas primeiras vezes, mas é o exercício constante que tornará
o processo automático. Encontre um amigo para lhe ajudar e
avaliar as mudanças que sua voz apresenta com as técnicas de
respiração. Outra dica é gravar a sua voz com e sem os exercícios,

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de forma que você vá percebendo as diferenças e se motivando a
manter a prática.

Inspire ao final de cada frase - dessa forma você terá sempre


fôlego para se expressar. No começo não será fácil, mas logo irá
perceber que respirar e inspirar profundamente pode não
somente melhorar sua performance vocal, como amenizar suas
crises de ansiedade nos momentos que antecedem reuniões e
palestras.

Fique atento à cultura da empresa

É verdade que algumas brincadeiras talvez não caiam muito bem


em um ambiente de trabalho mais conservador. Da mesma
forma, uma postura super formal talvez faça com que as pessoas
se sintam menos à vontade com você em uma empresa mais
descontraída. Conseguir ler o ambiente e se adequar bem à
cultura da empresa é sempre uma boa escolha na hora de planejar
a sua fala.

E NAS REUNIÕES DE TRABALHO?

Foco nas reuniões

Ao falar em uma reunião, certifique-se de que este é o momento


certo e o tema adequado para questionar sobre determinado
assunto. Em vez de interromper o grupo para dizer algo, peça
uma nova reunião apenas sobre aquele assunto ou peça a palavra
ao final da reunião.
Grande alerta também para os cuidados com a educação: não
atropele a conversa interrompendo um colega, espere que ele

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termine sua linha de pensamento para, depois expressar sua
opinião. Quem organiza a reunião deve definir claramente o
tema, quem vai participar e, principalmente, quando começa e
termina. Geralmente reuniões com mais de uma hora não levam
a nada!

Não fale desnecessariamente

Muitas pessoas acham que tem que se destacar em reuniões


falando algo, qualquer coisa que seja, e acabam pagando aquele
mico… Se o quer for dizer não vai acrescentar nada, fique
calado. Só as boas ideias destacam realmente as pessoas.

Não se cale desnecessariamente

Da mesma forma, se acha que vai acrescentar algo relevante à


discussão, exponha suas ideias com clareza e assertividade. Não
espere a reunião terminar para dar a sua sugestão na sala, para os
colegas, onde ela não vai mais poder ser apresentada aos
interessados.

Para cada perfil, um tipo de discurso

Conforme for conhecendo melhor os membros de sua equipe,


colegas e superior, perceba que tipo de discurso os convence
melhor. Existem pessoas que precisam ver imagens, outras
necessitam de dados comprovados e gráficos, há aqueles que se
encantam e emocionam. Ajuste suas mensagens: fale “aquilo”
que os outros querem ouvir.

Nunca interrompa quem está falando

Ouça atentamente e aproveite para entender melhor as opiniões


do outro. Se não concorda com o que ele fala, espere terminar e

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inicie sua resposta de maneira quase neutra, algo como:
“Compreendo seu ponto de vista, mas acredito que neste
caso….”. Não parta para o confronto direto, seja diplomático.

Escolha o momento certo

É importante nunca se esquecer de um dos lemas mais usados por


líderes: elogie em público, critique em particular.
Procure o melhor momento para emitir um feedback, seja
cauteloso, exemplifique seus argumentos com situações que
realmente ocorreram, e não se esqueça também de reforçar os
aspectos positivos da pessoa.

Pratique a inclusão

Envolva toda a sua equipe nas discussões e reuniões de projetos,


estimule boas ideias e encoraje seus colegas a emitirem suas
opiniões.

EM UMA APRESENTAÇÃO DE TRABALHO, IDEIA


OU PROJETO...

Mantenha a naturalidade

O primeiro passo é saber que para se expressar bem, você não


precisa copiar a maneira de falar e se expressar de ninguém. Já
falamos sobre isso antes e alinhamos que a modelagem é uma boa
técnica para melhorar a nossa oratória, mas ela deve ser adaptada
ao nosso estilo de comunicação. Portanto, haja com naturalidade
e não crie um personagem. Seja apenas você mesmo e respeite a
sua essência e traduza na comunicação a sua personalidade.

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Seja bem-humorado e aberto

Uma das piores coisas da vida é precisar conversar com pessoas


mal-humoradas, carrancudas e que não estão dispostas a ouvir,
certo?! Portanto, não seja essa pessoa.
Quando for se comunicar com uma pessoa ou um grupo, mostre-
se animado, interessado no assunto e seja receptivo ao debate e a
discussão. Isso vai fazer com que as pessoas se sintam mais
confortáveis ao conversar com você e vai evitar mal-entendidos
e situações chatas.
É preciso usar o humor adequado à cada situação. A maneira de
se expressar em um churrasco com a família é diferente da
maneira de se expressar em uma conversa com colegas de
trabalho. Por isso, adeque as características a cada audiência para
que assim, você consiga se expressar de forma adequada.

Seja claro e objetivo

Tempo é algo muito importante para as pessoas hoje –


especialmente no ambiente de trabalho. Por isso, quando for falar
algo com alguém ou transmitir um recado para um grupo, seja
claro e objetivo! Não fique dando voltas em um assunto e fale
apenas aquilo que for realmente relevante.
Isso vai evitar que sua audiência perca o interesse no que você
está dizendo e vai ajudar a garantir que sua mensagem foi
entendida de forma correta.

Linguagem, vocabulário e pronúncia

Outro ponto muito importante para garantir que sua mensagem


está sendo recebida da forma correta é a sua pronúncia. Se você
fala rápido demais, tem o costume de emendar as palavras, ou
não capricha na entonação, pode ser que as pessoas não te

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compreendam. Isso, na melhor das hipóteses, fará com que você
tenha que repetir a mesma coisa várias vezes. Na pior, fará com
que as pessoas desistam de te entender ou apenas finjam que isso
aconteceu. Portanto, comece a dar a devida atenção para a forma
como você pronuncia as palavras e, se preciso, busque ajuda de
um profissional adequado, como um fonoaudiólogo.
É fundamental que você desenvolva o seu vocabulário, para
assim, se expressar de forma clara e objetiva. Veja bem, essa tarefa
não diz respeito a falar palavras complexas, mas sim, adequadas
ao diálogo e contexto em questão.

Adapte sua linguagem para o público

Uma das coisas mais importantes quando se trata de comunicação


é conhecer seu público e entender qual a melhor forma de falar
com ele. Apesar de manter o respeito e a gentileza diante de
qualquer pessoa, é preciso entender com quem você está falando
e adaptar seu vocabulário e formas de expressão para algo que
seja de fácil compreensão para aquele grupo específico e com o
qual ela se identifique.
Por exemplo, a forma como você poderia explicar seu trabalho
para um superior ou um sócio, é diferente de como você faria
para uma turma de estudantes do ensino médio – afinal, se você
mantivesse o tom formal diante dos jovens alunos, eles
provavelmente te achariam chato e desinteressante.
Por isso, seja flexível e não mantenha o mesmo tom em todas as
ocasiões. Adapte-se!

Conheça o Interlocutor

Mesmo se você estiver conversando com uma pessoa


desconhecida, busque, durante o diálogo, informações sobre o
indivíduo em questão, isso auxilia na fluidez da conversa, na sua

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forma de se apresentar, na linguagem utilizada, entre outros
aspectos.

Saiba observar

Mais do que apenas falar, quando se está interagindo com uma


pessoa ou grupo, é preciso saber ouvir e observar. O modo como
alguém reage ao que você está dizendo, seja com palavras ou com
gestos e sinais, diz muito sobre o que essa pessoa está absorvendo
da conversa e de como ela está recebendo sua mensagem.
Portanto, saiba reconhecer os sinais que a outra pessoa dá e
sempre esteja aberto a escutar suas respostas e feedbacks. Isso vai
te ajudar a desenvolver sua habilidade de comunicação.

Ouvir as pessoas e esclarecer dúvidas

Expressar-se bem, não quer dizer apenas se comunicar bem.


Significa também, ouvir o outro, prestar atenção na sua fala e
argumentos, respeitar sua opinião, dar respostas condizentes. Ao
fazer isso, você possui embasamento para se expressar e expor o
que pensa de forma estruturada.

Distrações

Para se expressar bem, evite distrações como uso do celular e


outras atividades. Foque na sua mensagem, tanto verbal quanto
corporal. Fazendo isso, além de se expressar melhor, você será
capaz de engajar a sua audiência.

Contexto

Adeque o assunto da sua conversa com o contexto da situação,


Por exemplo, se você contar sobre a bebedeira do churrasco do
final de semana, em uma reunião de trabalho, ou falar sobre

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demandas do emprego na boate, você corre grandes riscos de não
se expressar bem perante ao seu interlocutor.

Sinceridade

A sinceridade é sempre a melhor saída na hora de se comunicar.


Não falo daquela sinceridade que surge em momentos
inoportunos, que fere e mágoa as pessoas, emitindo opiniões
desnecessárias. Falo de ser o que se sente, de compartilhar os
conhecimentos que se tem, de contar histórias reais e verdadeiras,
sem deixar espaço para invenções ou criações da mente.
Quando optamos por ser sinceros, somos também autênticos e
acabamos nos expressando cada vez melhor com isso.

Confirme

Para que uma situação comunicativa seja completamente


eficiente e efetiva, uma técnica que pode ajudar muito é a
confirmação. Sempre que você estiver falando, pedindo ou
explicando algo para alguém, ao final, peça para que essa pessoa
confirme que ela entendeu a mensagem completamente.
Assim, você garante que as duas partes estão alinhadas quanto ao
objetivo da conversa e evita que surjam mal-entendidos ou erros
no trabalho por conta de falhas de comunicação.
Nos meios digitais

Busque o Feedback

Para melhorar a sua forma de se comunicar e de se expressar, algo


que pode ser verdadeiramente positivo neste processo é pedir
feedack das pessoas com as quais você mais tem contato.
Converse com seus amigos e com os colegas de trabalho mais
próximo e ouça o que eles têm a lhe dizer sobre os pontos que
eles acreditam serem positivos, e que você pode potencializar, e

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aqueles em que você pode melhorar. Assim, as suas chances de
ter uma alta performance, se expressando bem e fazendo as
pessoas ao seu redor interpretarem exatamente aquilo que você
quer dizer, aumentam de forma considerável.

E AO FALAR COM COLABORADORES DA


EMPRESA...

Ouça o que os colaboradores têm a dizer

Saber ouvir e não só falar também é essencial para uma


comunicação mais clara, valorizando a opinião de colaboradores
e, com isso, ganhando mais respeito e atenção deles.

Mantenha a transparência e a objetividade

É preciso ser assertivo na hora de comunicar, passando suas


opiniões e as informações necessárias de forma segura, clara e
objetiva.

Mostre interesse

Naturalmente, todos nós temos a tendência de gostar mais de


pessoas que se interessam por nós. Experimente começar uma
conversa com uma pergunta e então, genuinamente, preste
atenção. Um simples “como andam as coisas?” pode ser um bom
começo.

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Deixe algumas opiniões pessoais fora do escritório

É legal saber que você ama o seu bichinho de estimação e que


curte correr aos fins de semana, porém, é sempre bom deixar
algumas posições pessoais e que podem gerar polêmica, como
política e religião, fora do escritório.

Evite a tentação de fofocar

Fofoca de trabalho, mais cedo ou mais tarde, vai acabar voltando


para você. Se você tiver acesso a algum tipo de informação
confidencial, por exemplo, saiba guardar segredo. E, não importa
o que aconteça, evite falar mal de seus chefes ou colegas de
trabalho pelos corredores. Se necessário, aguarde o momento
adequado para um feedback.

Converse em momentos apropriados

Bater um papo de 2 minutinhos enquanto faz uma pausa para um


café ou entre uma reunião e outra é uma coisa, mas, engatar uma
conversa quando sabe que a outra pessoa está super atarefada ou
atrasada para uma reunião, não parece muito apropriado.

Marque um horário para falar sobre trabalho, mas não seja


indisponível nos outros horários

Assim como conversas paralelas durante o expediente têm seus


momentos mais adequados, temas relacionados a trabalho
merecem um horário reservado na agenda. Não é uma boa ideia
passar um feedback ou sugerir uma nova ideia para melhorar
resultados em uma conversa de 30 segundos no elevador, não é
mesmo?

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Capítulo 5

Saber se comunicar também é fazer boas perguntas

A comunicação é a chave das relações humanas e essencial para


se chegar ao entendimento. Ao contrário do que muitos
acreditam ser um bom comunicador não envolve apenas falar
bem. É essencial também dizer as coisas certas, no momento
certo e para as pessoas certas e saber ouvir as respostas com
atenção. Através de perguntas interessantes e bem formuladas é
possível obter as informações que desejamos; o que é de grande
valor para fechar bons acordos profissionais, conhecer melhor as
pessoas, aprender e estreitar as nossas relações.
Alguma vez na sua vida já pensou a respeito da importância de
saber fazer as perguntas certas para se comunicar com eficácia? Se
não, chegou a hora, pois grande parte das pessoas também nunca
considerou esse aspecto. Como sempre é tempo de se transformar
e evoluir, e vamos agora conhecer mais a respeito do assunto e
desenvolver a habilidade de fazer perguntas interessantes através
de dicas poderosas.
Saiba Quando Fazer Perguntas Fechadas ou Abertas
Para começar, é necessário considerar que existem dois tipos de
perguntas: as fechadas e as abertas. As perguntas fechadas são
aquelas que exigem respostas curtas e que, geralmente, podem
ser respondidas com “sim” ou “não”. Já as abertas dão mais

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espaço para que o interlocutor formule suas respostas e, assim, lhe
forneça mais informações.
Os dois tipos são úteis e devem ser usados de acordo com o que
deseja saber. O primeiro é ideal quando se quer descobrir algo de
forma mais objetiva, enquanto o segundo é ótimo para iniciar
uma conversa e torná-la mais consistente e agradável.
Exemplos:
Pergunta Fechada – Você já realizou algum sonho?
Pergunta Aberta – Qual foi o maior sonho que já realizou?
Perceba que a primeira dá espaço para que a pessoa responda
“sim” ou “não” e, no máximo, cite qual foi esse sonho. Já a
segunda dá margem para que ela conte mais detalhes, sobre como
foi esse momento, o que ela fez para conseguir, o que sentiu,
entre outras informações.
Defina os seus objetivos antes de perguntar
Uma pergunta é feita a uma pessoa com o objetivo de obter
determinadas informações. Dessa forma, para que as questões
sejam interessantes, é necessário que se saiba o tipo de resposta
que deseja. Um vendedor, por exemplo, deve perguntar coisas
que levem o seu cliente em potencial a dar a ele informações
valiosas a respeito do tipo de produto que busca. Já no processo
de Coaching, o coach utiliza as perguntas para levar o seu
coachee (cliente) a refletir e, então, chegar às próprias respostas.
Por isso, é essencial considerar qual é o seu objetivo previamente,
pois é ele que irá te guiar para que faça os questionamentos
certos.

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Fale de forma clara
Para que a resposta seja dada de acordo com o que perguntou,
fale de forma clara, de maneira que o seu interlocutor entenda
perfeitamente o que disse. Para isso, evite o uso de gírias ou de
expressões que seu interlocutor pouco conhece, como expressões
regionais ou os jargões de determinadas profissões. Uma das
habilidades essenciais para se comunicar bem é saber adaptar a
linguagem de acordo com a pessoa com quem está falando.
Pergunte de forma neutra
Na comunicação do dia a dia, muitas pessoas não se dão conta,
mas fazem perguntas induzindo o seu interlocutor a dar uma
resposta. Nesse sentido, quando você pergunta a alguém: “Você
não acha que essa é uma grande oportunidade?”, está supondo
que essa pessoa tenha a mesma opinião que você, o que nem
sempre é verdade. Prefira perguntar: “O que você acha dessa
oportunidade?”, pois assim dará liberdade para que a resposta seja
sincera e não diga apenas o que você deseja ouvir.
Faça perguntas que levem o outro a pensar
A forma como você direciona uma pergunta pode levar a uma
resposta automática ou gerar a reflexão do seu interlocutor. Se
você perguntar apenas: “Por que devemos escolher o candidato
X?”, provavelmente irá receber uma resposta rápida, sem
profundidade. Já as perguntas do tipo: “Quais são as
características do candidato X que podem beneficiar a nossa
empresa?” e “Existe algum risco em fecharmos a vaga com esse
candidato?” irão levar a outra pessoa a formular uma resposta
mais lógica, baseada em dados concretos.

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Deixe o seu interlocutor à vontade
Apesar de as perguntas serem decisivas para que uma conversa
seja eficaz, é essencial que a outra pessoa fique à vontade, ou seja,
que não sinta como se estivesse em um interrogatório. Quanto
mais tranquilidade houver, mais verdadeiras serão as respostas.
Por isso, independente se for um diálogo com objetivos pessoais
ou profissionais, fale sempre com tranquilidade e de forma
educada, sem forçar situações e deixe a comunicação apenas fluir.
Essa dica é valiosa para quem for realizar descrições de cargo.
Ouça a resposta na essência
De nada adianta fazer as melhores e mais bem formuladas
perguntas se não der às respostas a devida atenção. Portanto, pare
para ouvir o que o seu interlocutor tem a dizer, além de ser uma
demonstração de consideração, respeito e de polidez, é através da
fala dele que irá obter as informações que deseja. Além disso,
evite interrompê-lo para que a linha de raciocínio não seja
perdida e só faça perguntas enquanto ele fala apenas se for
realmente necessário. Do contrário, espere que a pessoa conclua
sua ideia.

METAMODELO DE LINGUAGEM PNL

Eu resolvi trazer esse tema por entender que ele é fundamental


para entendermos melhor o poder das perguntas. Ele traz termos
técnicos e bem específicos, mas o importante é que você grave
bem o conceito, não a nomenclatura, ok?
Em um nível profundo de pensamento, quem está falando tem o
conhecimento completo do que ele deseja comunicar para a

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outra pessoa. Isso é chamado de estrutura profunda e opera em
um nível inconsciente. Para ser eficiente na sua comunicação
verbal ou escrita, quem está falando omite, generaliza ou distorce
inconscientemente, os seus pensamentos internos com base em
suas crenças e valores, memórias, decisões, estratégias, o que ele
quer que você ouça, etc. O que é finalmente dito ou escrito
(estrutura superficial) é apenas um pequeno subconjunto do
pensamento original e pode ser ambíguo ou confuso e levar a
problemas de comunicação.
O Metamodelo nos fornece um conjunto de perguntas para
auxiliar a pessoa com a qual estamos falando a se mover da
estrutura de superfície da sua comunicação para a compreensão
de sua estrutura profunda – crenças inconscientes, valores e
decisões. Isso não é apenas encontrar as respostas certas, mas ter
uma melhor compreensão do modelo de mundo dele.

O que falamos
(Estrutura superficial)

O que pensamos
(Estrutura profunda)

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Origem do Metamodelo
John Grinder e Richard Bandler desenvolveram o Metamodelo
observando que, ao se mover da estrutura profunda para a
estrutura da superfície, as pessoas inconscientemente usavam:
• Omissão: nós só apresentamos algumas das informações
disponíveis na estrutura profunda.
• Generalização: nós podemos fazer afirmações gerais sobre o que
acreditamos, como vemos os outros, os nossos valores, etc. Nós
ignoramos possíveis exceções ou condições especiais.
• Distorção: podemos escolher simplificar excessivamente ou
fanatizar sobre o que é possível ou sobre o que aconteceu.
Para recuperar as informações que faltam, como resultado de
omissões, generalizações e distorções, Grinder e Bandler
identificaram 12 padrões diferentes com perguntas
correspondentes e chamaram isso de Metamodelo. O
Metamodelo é uma ferramenta específica para obter uma melhor
compreensão do modelo de mundo da pessoa. Toda a
comunicação humana tem o potencial de ser ambígua. O
objetivo das perguntas é penetrar nessa ambiguidade, o que pode
causar problemas, e acessar as informações que faltam tanto para
o interlocutor como para quem pergunta, ou seja, obter uma
melhor compreensão da estrutura profunda do interlocutor e dar
melhor sentido à comunicação.
Uma vez obtida essa habilidade, o Metamodelo é uma ferramenta
poderosa e útil. No entanto, exige prática para dominar o
processo de questionamento e o processo deve ser feito com um
alto grau de rapport – o cliente deve se sentir seguro e sem estar
pressionado. Antes de fazer as perguntas do Metamodelo a

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qualquer um dos seus clientes, estudantes, colegas, familiares,
etc., precisamos nos certificar de que ele está confortável na sua
presença, de que se sente em segurança e aí faça a seguinte
pergunta: "Posso lhe fazer uma pergunta?" Se ele responder ‘não’,
então eu não uso o questionamento do Metamodelo. Em vez
disso, coloco mais esforço para ouvir as pressuposições (o que está
pressuposto) nas palavras que ele escolheu a fim de obter uma
compreensão mais clara de seu modelo de mundo e como posso
apoiá-lo melhor.

COMO APLICAR O METAMODELO

Omissões

Omissão simples
Quando alguma coisa é omitida.
Exemplo: "Eu estou furioso."
Pergunta(s) para recuperar a informação omitida: "Com o que?"
Índice de referência não especificado: a pessoa ou o objeto ao
qual a afirmação se refere não está especificado ou não está claro.
Exemplo: "Eles rejeitaram a minha proposta de negócio." ou
"Eles a rejeitaram."
Pergunta(s) para recuperar as informações omitidas: "Quem?" ou
"O que?"

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Omissões comparativas
A comparação é feita e não está claro o que está sendo
comparado. A sentença conterá palavras tais como: bom, mau,
melhor, muito melhor, pior, mais, menos, a maioria, pelo menos.
Exemplo: "Essa abordagem é a melhor."
Pergunta(s) para recuperar as informações omitidas: "Comparado
com o que ou para quem?"
Verbo não especificado: nesse caso não está claro como algo foi
feito.
Exemplo: "Eles rejeitaram a minha proposta de negócio." Eu usei
o exemplo do índice de referência não especificado para ilustrar
que, às vezes, existem várias coisas que foram omitidas,
distorcidas ou generalizadas e cabe a você decidir qual linha de
questionamento irá recuperar mais informações.
Pergunta(s) para recuperar as informações omitidas: "Como
especificamente?"
Nominalizações ou Substantivações
Um processo foi transformado em uma "coisa". Nominalizações
são substantivos, apesar de que você não pode tocá-lo fisicamente
ou colocá-lo no porta-malas de seu carro (substantivo abstrato).
Exemplos de nominalizações são: comunicação, relacionamento,
liderança, respeito, verdade, liberdade, depressão, amor, etc. A
nossa tarefa aqui é fazer uma pergunta para que o processo possa
ser redescoberto.
Exemplo: "A comunicação na nossa equipe é pobre.”

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Pergunta(s) para recuperar as informações omitidas: "Como você
gostaria que nós nos comunicássemos?" Observe que também
existe uma omissão comparativa e também poderíamos
perguntar: "Pobre em comparação com o que?"

Generalizações

Quantificadores universais
São situações que podem ter ocorrido uma, duas ou três vezes e
a pessoa generaliza como se ocorresse sempre ou nunca. Os
quantificadores universais são normalmente palavras como: tudo,
cada, nunca, sempre, somente, todos, ninguém, etc.
Exemplo: "Meu chefe nunca me dá crédito para o que eu faço."
Pergunta(s) para recuperar as informações omitidas: nós podemos
exagerar a generalização ou usar um contraexemplo. "Nunca?"
ou "Já houve um tempo em que o seu chefe lhe deu crédito?"
Operadores modais de necessidade ou possibilidade
Os operadores modais de necessidade incluem palavras como
deveria, não deveria, deve, não deve, tem que, precisa, é
necessário. Operadores modais de possibilidade incluem palavras
como pode/não pode, irá/não irá, pode/não pode,
possível/impossível. Estabelecem limites impostos por uma regra
não implícita.
Exemplo: "Eu não posso fazer isso agora."

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Pergunta(s) para recuperar as informações omitidas: a chave é
desafiar a limitação. "O que aconteceria se você tivesse feito?" ou
"O que o impede?"

Distorções

Leitura da mente
Nesse caso, quem está falando afirma saber o que outra pessoa
está pensando ou sentindo.
Exemplo: "Meu chefe não está satisfeito com o meu trabalho."
Pergunta(s) para recuperar as informações omitidas: para esse
padrão, nós simplesmente perguntamos como você sabe? "Como
você sabe especificamente que o seu patrão não está satisfeito
com o seu trabalho?"
Execução perdida: julgamentos sobre valores foram feitos e não
está claro quem fez o julgamento.
Exemplo: "Esse é o caminho certo para ser promovido nessa
empresa."
Pergunta(s) para recuperar as informações omitidas: "De acordo
com quem?" ou "Como você sabe que esse é o caminho certo?"
Causa – Efeito
O orador estabelece uma relação de causa-efeito entre dois
eventos ou ações. Construções comuns incluem: se, então,
porque, faz, obriga, causa.

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Exemplo: "Quando você olha para mim desse jeito, eu me sinto
sem importância."
Pergunta(s) para recuperar as informações omitidas: "Como é que
a maneira que eu olho para você faz com que você decida se
sentir sem importância." Você também poderia usar um
contraexemplo.
Equivalência complexa: nessa situação, duas experiências são
interpretadas como se tivessem o mesmo significado. Essas duas
experiências podem ser unidas por palavras tais como: por essa
razão, o que significa, o que se conclui.
Exemplo: "Meu chefe entrou no seu escritório sem dizer ‘bom
dia’, portanto, ele não está satisfeito com o meu trabalho."
Pergunta(s) para recuperar as informações omitidas: "Como não
dizer ‘bom dia’ significa que o seu chefe não está satisfeito com
o seu trabalho?" ou "Você nunca se sentiu pressionado pela
família ou pelos negócios e se esqueceu de dizer ‘bom dia’ para
os seus colegas de trabalho?"
Pressuposições
Alguma parte da frase pressupõe ou deduz a existência (ou não)
de alguma coisa, pessoa etc., embora não esteja explicitamente
declarada.
Exemplo: "Quando é que você vai demonstrar liderança para a
sua equipe?" Essa frase pressupõe que você não demonstra
liderança. Se você tentar responder a essa questão diretamente,
estará cavando um buraco ainda mais fundo para si mesmo.

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Pergunta(s) para recuperar as informações omitidas: "O que o
leva a acreditar que eu não demonstro liderança?" ou "Como é
que eu não demonstro liderança?"
Evite perguntar ‘por que’
Nenhuma das perguntas no Metamodelo tem ‘por que'. Muitas
vezes quando você pergunta ‘por que’ para alguém, ele sente que
tem que defender o que disse ou o que fez, dar desculpas ou
racionalizar o comportamento dele. Por outro lado, se você
expressar a pergunta como um "como", você entende melhor o
processo utilizado pelo seu cliente e, assim, obtém mais
informação e compreensão.

“Um especialista sabe de todas as coisas, desde que faça as perguntas


certas.”
Claude Strauss

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Capítulo 6

Comunicação Escrita

A comunicação escrita é a conversa entre pessoas que estão


distantes fisicamente e nesse tipo de comunicação, o cuidado na
ordenação das informações, na correção ortográfica e
pontuações, é de grande importância pois o receptor está ausente,
o que torna a comunicação bem centralizada nas mãos do
emissor. Tenha muito cuidado na transmissão da mensagem para
não comprometer o entendimento do receptor.
Saber escrever corretamente aumenta as chances de uma pessoa
conquistar uma vaga de emprego ou promoção no trabalho. Um
estudo feito apontou que profissionais de todos os níveis
cometem erros de escrita, seja de ortografia e gramática, quanto
de concordância e construção das ideias.

Comunicação Escrita no RH

Existem diversos tipos de dados que precisam ser registrados, seja


para que possam chegar a mais pessoas ou para ficarem arquivados
para serem consultados posteriormente. Alguns exemplos de
comunicação escrita bastante utilizados pelas companhias
incluem:

• Avisos com informações de interesse de todos os


colaboradores;
• Manuais com as regras de conduta e vestuário que todos
devem seguir;

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• Descrições de cargos com todas as suas atribuições;
• E-mails trocados entre os colaboradores;
• Envio de mensagens para clientes ou fornecedores;
• Relatórios para que o gestor saiba sobre o andamento do
trabalho de cada setor;
• Listas com tarefas a serem cumpridas ou produtos a
serem comprados.

São muitas as funções e usos da escrita dentro de uma


organização. Por conta disso, é necessário cuidar para que as
informações sejam escritas de maneira clara e correta. Assim, os
mal-entendidos e os retrabalhos são evitados, situações bastante
prejudiciais que podem comprometer a produtividade dos
colaboradores e trazer prejuízos para a empresa.

Cuidado com as cores e negritos

Usar cores diferentes e palavras em negrito em uma mensagem


escrita para os meios digitais – em e-mails principalmente – pode
ser uma boa forma de destacar partes mais importantes ou que
você quer que sejam o foco da sua comunicação.
Porém, é preciso ter cuidado com essa prática pois, se usada em
excesso, ela pode fazer com que sua mensagem fique poluída
visualmente e pode acabar confundindo e tirando o foco da
pessoa que vai ler o texto.
Portanto, use esse recurso com cuidado!

Não use caixa alta

Já falamos aqui sobre a importância de tomar cuidado com o


volume da sua voz. E acredite, isso também vale para mensagens
escritas no digital!

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Muita gente não sabe, mas na linguagem da internet e do
ambiente digital, escrever algo em caixa alta (DESSE JEITO)
seria o correspondente a gritar – o que não é nada educado e
pode gerar enormes desentendimentos. Evite essa prática!

Fique atento à pontuação e gramática

Por mais que seu raciocínio e seus argumentos estejam corretos,


um erro de ortografia, pontuação ou gramática pode acabar com
toda a sua credibilidade. Na hora de escrever para a internet ou
mandar um e-mail importante, tome muito cuidado com esses
fatores.
Se você ficou em dúvida sobre a grafia de um termo ou não sabe
se determinado tipo de pontuação está correto, pesquise! Hoje é
bastante simples encontrar diferentes informações sobre a língua
portuguesa na própria internet. Isso vai te ajudar a evitar situações
indesejadas.

Cuidado com gírias e abreviações

Nas redes sociais ou nas conversas do dia a dia com amigos, é


comum que as pessoas usem abreviações – como “vc” e “pq” –
e também gírias para facilitar a comunicação. Porém, isso não
deve ser utilizado em uma conversa profissional ou no dia a dia
de trabalho. Esse tipo de linguagem mais informal normalmente
não é muito bem visto pelo mercado e pode colocar em risco sua
credibilidade e seriedade.
E é preciso se policiar: muitas vezes essas expressões abreviadas
acabam saindo sem que você se dê conta! Portanto, sempre revise
suas mensagens antes de enviá-las e corrija o que for necessário.

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Foco nos detalhes

Na comunicação no meio digital, que normalmente é escrita, por


não podermos contar com os apoios gestuais e por não
conseguirmos garantir que a atenção do receptor estará 100%
focada na sua mensagem, é interessante que se seja bastante
detalhista! Descrevendo com cuidado cada ponto da sua
solicitação, você evita que a pessoa do outro lado fique com
dúvidas e torna o relacionamento mais rápido e fluido.
Mas atenção: ser detalhista não é o mesmo que encher linguiça –
afinal, nesse caso o que ocorre é o efeito contrário!

Use apoios visuais

Já que em um texto no mundo digital não é possível contar com


a linguagem corporal e nem com os auxílios do contexto de uma
comunicação cara a cara, pode ser interessante incrementar sua
mensagem com outros tipos de apoios visuais, como imagens,
esquemas, organogramas e o que mais for útil.
Assim, você pode facilitar ainda mais a compreensão da sua
mensagem e garantir que ela se dará de forma rápida e eficiente.
Muitas pessoas confiam excessivamente no poder de persuasão de
seu discurso. Sempre que tiver que fazer uma apresentação para
um grupo, use um editor do tipo Power Point e não se restrinja
a textos, use imagens que ilustrem suas boas ideias.

Use a Internet com sabedoria

Através da internet você também se comunica com as pessoas,


por isso, atente-se à forma como você fala com cada indivíduo
que se relacionar com você. Preste mais atenção na maneira
como você escreve, evite abreviações e gírias. Entenda sobre sua
gramática e sempre que for necessário, consulte o dicionário, isso

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pode pontuar positivamente em seu ambiente de trabalho, o que
também pode influenciar no seu meio pessoal.

Adote o hábito de ler


A melhor maneira de aprender a escrever melhor é adotando o
hábito da leitura. Quando se lê é possível ver na prática novas
formas de construir as frases, além de se ter a chance de expandir
o vocabulário, conhecendo novas palavras e sinônimos para
aquelas que já conhece. Os livros e, até mesmo, os jornais, as
revistas e sites em geral se mostram como ótimas fontes de
informação e conhecimento. Com o tempo você verá o quanto
esse hábito irá impactar positivamente na qualidade da sua escrita.
Lembre-se que menos é mais
Quando se trata de comunicação escrita é importante sempre
considerar que menos é mais. Nesse sentido, evite utilizar mais
frases do que o necessário e dê preferência para palavras mais
simples, que possam ser facilmente entendidas. Utilizar
vocabulário rebuscado apenas com o intuito de parecer culto
pode comprometer o entendimento daqueles que irão ler a
mensagem. Portanto, mantenha sempre o foco em escrever bem
para ser entendido e não para exibir suas habilidades.
Sempre Revise o Que Escrever
Por mais atenção que se tenha ao escrever algo, a revisão se
mostra como um recurso fundamental para corrigir pequenos
erros de concordância ou mesmo de digitação. Além disso,
quando o texto escrito terá um destino especial, como fazer parte
de um documento ou ser impresso em um grande número de
cópias, por exemplo, é interessante pedir para que outra pessoa
revise. Dessa forma, são maiores as chances de eliminar todos os

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erros e entregar um trabalho de qualidade e que cumpra com seus
objetivos.

“Todos os elementos da boa escrita dependem da habilidade do


escritor de escolher uma palavra em vez de outra. E o que prende e
mantém nosso interesse tem tudo a ver com essas escolhas.”
Francine Prose

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Capítulo 7

Comunicação Não Verbal

A comunicação não verbal ocorre por meio de gestos, códigos


sonoros, sinais, expressões faciais ou corporais, imagens ou
códigos. Ela abrange a expressão corporal e facial, gestos e reações
do corpo a estímulos variados.

Formas de Comunicação Não Verbal

Expressões faciais - é através do rosto que transmitimos e


ocultamos nossas emoções. É um potencial em comunicação,
ocupando um lugar expressivo na transmissão dos nossos estados
emocionais. A sua compreensão permite verificar a coerência
entre o que foi dito e o que é mostrado. Reflete atitudes
interpessoais. Alguns autores afirmam ser a principal fonte de
informação associada à fala humana.

Gestos - É um movimento ou uma série de movimentos que


usamos para nos comunicar ou comunicar uma mensagem
específica. Na maioria são orgânicos e espontâneos. Embora os
gestos manuais sejam mais comuns, qualquer movimento
corporal pode significar um gesto. Pode ser de forma voluntária
como um beijo, por exemplo, ou de forma involuntária como o
balançar dos pés, ter um dos pés virados para o ouvinte, de mãos
que não param de rabiscar ou mexer em algum objeto,
caracterizando tensão e nervosismo.

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Postura ou Expressão Corporal - diz respeito às posições que o
nosso corpo assume. Essas posturas, quase sempre, correspondem
ao subconsciente transmitindo uma mensagem. Quem nunca
ouviu essa frase: “O corpo fala”. A postura e expressão corporal
tem relação com às posições que o nosso corpo assume em
situações de comunicação consigo.

Aparência - aparência e a forma de vestir são dados fundamentais


quando vamos construir uma primeira impressão de alguém. São
elementos que influenciam e condicionam as respostas
interpessoais de nossos interlocutores.

Quais São as Funções da Comunicação Não Verbal

Uma das principais funções da comunicação não-verbal é


complementar o processo da comunicação verbal. Graças ela é
possível dar maior ênfase à mensagem, reagir contraditoriamente
ao que foi dito pelos interlocutores. Além disso, a comunicação
não-verbal possui as seguintes funções:

• Substituir uma expressão ou frase;


• Atribuir ajustes à fala, pausas e gestos, dando maior
compreensão ao que é dito;
• Expor relações de poder e influências interpessoais;
• Contradizer o que está sendo dito;
• Complementar uma mensagem.

Linguagem Corporal e Relações Interpessoais

No ambiente de trabalho, entender a linguagem corporal e usá-


la a seu favor, é de grande importância. O corpo denuncia o que

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está por detrás das palavras. A postura entrega o que a pessoa está
sentindo, medo, tensão, insegurança, alegria. O corpo mostra a
emoção.
A comunicação não verbal compreende o que o seu “corpo fala”
a seu respeito. São os movimentos que você faz quando vai
acenar para alguém ou quando está nervoso e não consegue parar
de balançar a perna. Em uma apresentação de trabalho, por
exemplo, a linguagem não verbal reflete na postura que você
deve adotar e no jeito como você articula os braços. Porém,
controlar a expressão corporal, de modo a passar segurança e
atrair a atenção do público, nem sempre é uma tarefa fácil.
Uma linguagem corporal positiva e assertiva, fará com que sua
equipe acredite no que você está transmitindo, através de
palavras, como válido, ou seja, a forma, o jeito como você fala é
tão importante quanto o que você fala. Seja persuasivo e preste
atenção na linguagem do seu corpo.
Os gestos, atitudes e postura corporal revelam para o receptor
muito daquilo que você acredita e, algumas vezes, mais até do
que se quer mostrar, por isso, selecionei aqui algumas dicas para
você desenvolver melhor a sua comunicação não verbal.

Fique atento a intensidade da sua voz

Para se expressar bem, é preciso que você fique atento à


intensidade da sua voz. Nesse sentido, verifique o ambiente que
você está e adeque o volume da sua voz. Se você está em uma
reunião de trabalho por exemplo, e sua audiência pede
constantemente para você repetir o que diz, ou se você está em
uma mesa de bar e seus amigos pedem para você falar mais baixo,
readéque a intensidade da sua voz.
Falar muito baixo pode parecer que você está inseguro e falar
muito alto gera incômodos para quem o ouve. É preciso

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também, adequar a velocidade da sua voz. Falar muito rápido
demanda maior atenção do interlocutor e falar muito devagar,
pode tornar a conversa entediante. Controle seu tom de voz.
Da mesma forma, é preciso atenção com o nível de formalidade
da conversa, pois mesmo que ela seja descontraída, isso não é
sinônimo de intimidade. Nesse sentido, saiba quando fazer
piadas, cometer erros linguísticos e de concordância, e realizar
brincadeiras.
Por isso, sempre tente controlar o seu tom de voz. Fale alto o
suficiente para que as pessoas interessadas possam te ouvir com
clareza, mas também baixo o suficiente para que o assunto
permaneça apenas entre vocês.

Movimente-se

Não fique parado durante toda a apresentação. Movimente-se


com naturalidade e elegância a fim de aumentar a interação com
o público e para não se sentir desconfortável. Uma análise do
local, antes da apresentação, pode te dar uma noção dos melhores
pontos para o seu deslocamento.

Utilize gestos

A linguagem corporal pode passar uma imagem muito diferente


do que você deseja falar. Imagine a seguinte situação: O seu
amigo está te contando sobre uma situação muito engraçada, mas
ele permanece o tempo inteiro com as mãos no bolso e sem
expressar nenhum sorriso. Você logo vai ficar confuso e pensar
que tem algo estranho, não é mesmo? Em uma apresentação
também é assim. Procure deixar os braços mais soltos que o do
amigo do exemplo anterior, mantendo os braços à frente do seu
corpo e acima da linha da linha da cintura. Procure fazer
movimentos com a palma das suas mãos voltadas para cima, é um
gesto que demonstra maior afinidade com a plateia, visto que dá

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a entender que você está sugerindo algo e não dando ordens.
Também é importante ficar atento ao movimento das suas
pernas. Evite apoiar o peso da sua perna em uma só ou encostar
em algum objeto. O mais indicado é manter as pernas levemente
afastadas, mas sem rigidez, a fim de manter o equilíbrio.

Mantenha o contato visual

A maneira como nós olhamos para as pessoas diz muito sobre os


nossos sentimentos. Não olhar nos olhos do público durante a
apresentação é sinal de timidez. Lembre-se que tão importante
quanto os gestos, são as suas expressões faciais. Logo, se você não
se sente confortável em começar a sua apresentação olhando para
o público, comece olhando para um ponto fixo, acima da plateia,
e vá descendo o seu olhar na direção das pessoas gradualmente.
Através dessa técnica, você se sentirá muito mais confortável em
olhar para o público ou até mesmo em chamar uma pessoa para
ter uma conversa sincera, olho no olho.

Pratique

Viu como os seus movimentos corporais podem influenciar na


sua apresentação? Afinal, tão importante quanto o seu tom de
voz, ritmo e dicção é o jeito como os seus movimentos
complementam a sua fala. Então não deixe de praticar a arte da
comunicação não verbal no seu dia a dia, pois além de melhorar
a forma como você se expressa perante outras pessoas, você se
sentirá muito mais seguro na hora de apresentar um trabalho.

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Dicas para incluir a comunicação não verbal no seu dia a dia
Aprenda a identificar os sinais - o primeiro ponto é passar a
reconhecer os signos da comunicação não verbal. O corpo fala e,
aprendendo a ler o gestual, você é capaz de decifrar a real posição
do interlocutor em relação ao que ele enuncia. Preste atenção à
postura, ao tom de voz e movimentos das mãos. Estude o
comportamento gestual de algumas pessoas e compare ao dos
outros. Aos poucos ficará mais fácil identificar os padrões da
linguagem corporal.

Cumprimente as pessoas com energia - ao conhecer uma pessoa,


seja cliente ou fornecedor, demonstre estar aberto e confiante.
Isso fará com que o receptor o identifique como alguém sociável
e competente. Ao conversar com alguém, olhe nos olhos e
demonstre interesse. Dê atenção especial ao aperto de mão. Ele
deve ser firme e seguro, e dado sempre com um sorriso no rosto.

Controle seus impulsos - muitas vezes, por ansiedade ou até


mesmo costume, as pessoas ficam inquietas e não conseguem
deixar as mãos paradas. Esse comportamento, no entanto,
demonstra insegurança aos olhos do receptor. Busque manter as
mãos sobre a mesa ou em seu colo. Evite também elevar a voz
ou se exaltar. Mantenha uma aparência tranquila.

Mostre-se aberto a novas ideias - Um diálogo exige a presença


de dois interlocutores e, se um deles não sentir que suas opiniões
estão sendo ouvidas, ficará incomodado. Esteja receptivo ao que
o outro diz e preste atenção aos sinais gestuais. Atente também
para os seus movimentos; gesticular com as palmas das mãos
mostra que você está aberto a novas ideias e sugestões, assim
como inclinar levemente a cabeça.

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Preste atenção à sua postura - a forma como você posta seu corpo
revela muito para o receptor. Ficar curvado demais faz com que
você pareça submissivo. Mantenha o corpo ereto e olhe nos
olhos da pessoa com quem você conversa. Essa postura vai passar
um ar de autoridade e segurança que ajudará muito nas relações
profissionais.

Entender como funciona a comunicação não verbal e sua atuação


nos discursos é essencial para aprimorar os relacionamentos
pessoais e profissionais, tornando o espaço de trabalho e as
interações interpessoais mais eficientes, e evitando atitudes
inadequadas e que constranjam os clientes e outros receptores.

“O mais importante na comunicação é “escutar” o que não foi dito no


comportamento não verbal.”

Paulo Silveira, conferencista.

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Capítulo 8

Comunicação técnica do RH

Você já notou como na área de RH são usadas siglas e


abreviações, tanto na comunicação escrita como na verbal?
A comunicação do RH deve ser efetiva, então, precisamos pensar
que quem receberá deve entender perfeitamente o que está sendo
transmitido e o resultado que se espera.
Não podemos esquecer jamais que o nosso cliente interno não
está acostumado com a linguagem técnica da área e que ele não
é obrigado a saber as siglas que são utilizadas. A linguagem do
RH, já que é uma área voltada para as pessoas, deve ser tão clara
de forma que todos entendam. Escrever, falar, é para aqueles que
estão recebendo a mensagem entendê-la e não para quem a
transmite.
Jamais se deve utilizar siglas, abreviações. Falar com um
colaborador sobre RAIS e DIRF, como se fosse algo normal e
que ele necessariamente precisa saber. Alinhar a aplicação de um
G36 na equipe sem explicar a ele que trata-se de uma avaliação
psicológica. Pedir para ele abrir um help, sem explicar a ele que
trata-se de uma solicitação interna de serviço. Fique atento
também as diferentes nomenclaturas que podem ser usadas para
descrever a mesma coisa na empresa, como por exemplo: quando
falamos de quadro de lotação, algumas empresas usam o termo
‘QL”, outras usam Headcount. Para falar de orçamento, algumas

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usam orçamento mesmo ou outras podem usar budget. E assim
eu poderia listar vários exemplos. Lembre-se, quem entende do
RH é você e não seu cliente interno.
O importante é que o profissional de RH sempre pense antes de
sair comunicando. Em se tratando de comunicação não se pode
ter postura imediatista; é necessário ter atitudes planejadas e se
adaptar a cultura da empresa, já que cada uma tem um jeito
diferente de se comunicar. Sempre é necessário pensar no
resultado que se está buscando e na efetividade da comunicação,
para depois definir as ferramentas mais apropriadas, a linguagem
que vai ser utilizada e o momento que vai comunicar.
Não se pode esquecer que RH cuida das pessoas, mas o
profissionalismo exige que se questione sempre qual a
responsabilidade da área e qual a contribuição para o resultado se
está dando para a empresa.
Para ser um profissional de RH de destaque é preciso saber se
comunicar com as diversas áreas da empresa. Isso significa se
dispor a entender as demandas de outros setores, o fluxo de
trabalho deles e identificar pessoas-chave para estabelecer uma
comunicação eficiente quando precisar de informações ou ajuda
para desenvolver suas atividades e projetos.
Comunicar-se bem terá reflexos positivos no relacionamento
com os outros setores e com os colaboradores da empresa,
criando uma confiança mútua, altamente necessária nessa posição
corporativa. Além disso, é ótimo para lidar com os próprios
companheiros de setor.

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Capítulo 9

Conversas difíceis que o Profissional de RH precisa


enfrentar

Ninguém, em sã consciência, gosta de transmitir uma notícia


ruim. No mundo corporativo, essa tarefa acaba, muitas vezes,
caindo no colo dos profissionais de RH. Administrar conversas
difíceis com colaboradores está no topo da lista das tarefas que
ninguém quer cumprir. Infelizmente, ter conversas difíceis faz
parte do trabalho do profissional de RH. E lidar com o
inesperado é especialmente difícil.
Listo abaixo algumas conversas difíceis que os profissionais de
RH são obrigados a ter com os colaboradores de uma empresa:

Retorno negativo de processo seletivo interno


Das piores coisas que já fiz na área de RH, essa é uma delas.
Existem técnicas adequadas para dar esse retorno, mas nunca é
uma conversa simples. Se a conversa não for bem conduzida, ela
pode gerar desmotivação nos colaboradores não aprovados,
tendo impacto na performance deles ou até, levando-os a sair da
empresa. Portanto, defina regras para que eles tenham um
intervalo para desenvolvimento entre cada candidatura interna,
esclareça os motivos que levaram ele a não ser aprovado, ressalte
as qualidades identificadas e ajude ele a construir um caminho
para que ele possa percorrer e conquistar futuras vagas.

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Falta de cuidados com a higiene
Falar sobre higiene — pior, sobre a falta dela — é muito
complicado, independentemente do ambiente. E nessas horas, é
muito comum que o gestor da área procure o RH para ajudá-lo
nessa conversa. Colegas reclamando de cheiro de suor, de chulé,
de mau-hálito, ou mesmo, de falta de banho ou higiene adequada
das roupas são as reclamações mais comuns identificadas ao
falarmos de higiene. Tratar de questões de higiene é classificada
como uma das conversas mais difíceis para se ter, e ainda há
aspectos legais a considerar. Às vezes, um problema de saúde
pode ser o culpado e, como profissional de RH, é seu dever
conversar com o colaborador e, se for o caso, buscar ajuda para
um tratamento. Ao lidar com uma situação deste tipo, lembre-se
de ser sincero, sensível, solidário, atencioso e compreensivo.
Rescisão de contrato
Você nunca vai esquecer a primeira vez. Isto é especialmente
verdadeiro quando se trata de rescisão de contrato. Na maioria
das vezes, a rescisão do contrato não deve ser uma surpresa para
o colaborador. Feedback constante e uma clara compreensão das
consequências pode fornecer pistas sobre como anda sua
performance e o seu futuro na empresa. Na prática, os gestores
devem comunicar ao RH antes de iniciar o processo de rescisão,
mas sabemos que isso nem sempre acontece. Todo mundo já se
deparou com um colaborador na porta da sua sala dizendo que
foi demitido e o RH não sabia de nada ainda. Como profissional
de RH, é seu trabalho garantir que as coisas estejam no trilho e
orientar todo o processo. Durante a reunião com o colaborador,
é importante ter empatia com a sua situação e ser profissional.

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Anúncio de cortes na empresa
Este tipo de anúncio pode colocar a equipe de Marketing na
jogada, dependendo da reação dos colaboradores e da mídia. É
um dos assuntos mais delicados a serem enfrentados. A realidade
é que, mesmo que o assunto esteja sendo discutido numa sala à
prova de som, a informação pode vazar de uma forma ou de
outra. Seja direto, honesto e não tente adoçar o problema ao
comunicar oficialmente aos colaboradores. Não precisa dar
nomes aos bois, dizer quem é responsável pela ordem de
dispensa. Como representante da empresa, é o seu trabalho
aceitar o papel de mensageiro. A notícia não deve ser dada por
telefone, e e-mail é o último recurso de comunicação a ser usado.
Acompanhe todas as conversas com um memorando formal, ata
de reunião ou carta para assegurar que a comunicação foi clara e
bem entendida.
Morte
Lidar com notícias de morte no ambiente de trabalho é uma das
partes mais difíceis do trabalho de um Profissional de RH. Se a
morte é de um colaborador, pode caber ao Gestor de RH a tarefa
de comunicador o fato aos demais colaboradores. E,
normalmente, cabe a algum colaborador da área de RH chamar
um colaborador para comunicar a morte de um familiar. Às
vezes, é necessário o apoio de um profissional qualificado, como
um psicólogo, para ajudar a comunicar o ocorrido ou até mesmo
para que colaboradores do departamento de RH saibam como
lidar com tais situações.

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Investigações na empresa
Como se o trabalho de um profissional de RH não fosse difícil o
suficiente, a empresa decide investigar o comportamento de um
colaborador. Dependendo da natureza da queixa, talvez seja
necessário recorrer à equipe de advogados ou Marketing da
empresa. Lidar com investigações, seja por suspeita de fraude,
desfalque ou denúncias de relações impróprias, é importante
documentar todas as conversas e conselhos legais para sua
proteção e de sua empresa. Uma simples conversa sobre o que
está acontecendo na empresa pode prejudicar todo o seu trabalho
e virar seu mundo de cabeça para baixo. Todo cuidado é pouco.
Conversas com seu gestor
Esse item não poderia faltar, e da nossa lista, pode ser o mais difícil
para o Profissional de RH. Nós estamos acostumados a interceder
por todos os colaboradores da empresa para tender as suas
expectativas e deixar todos satisfeitos e engajados com o trabalho.
Mas quando as necessidades se referem a nós mesmos? Pedir um
aumento ou aquele curso mais caro, queixar-se sobre um colega
de trabalho, pedir para trocar de setor ou mesmo aquela avaliação
360º. Mesmo apresentando motivações diferentes, todas essas
conversas escondem um componente comum: o medo de uma
reação negativa do gestor. Ficamos com receio de perder o
emprego ou sofrer retaliação. Cultivar um bom relacionamento
com o gestor ajuda nessas conversas, mas não importa se ele é ou
não um bom ouvinte: você deve se preparar para a conversa
reunindo argumentos que mostrem os impactos positivos que as
reivindicações podem trazer para a sua carreira.

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Capítulo 10

Comunicação para aprovação de ideias e projetos

Você já se perguntou: por que algumas pessoas atingem


resultados excelentes na vida profissional e pessoal, enquanto
outras estão sempre no caminho das dificuldades? Assim também
as empresas – existem aquelas que estão sempre “no pódio” e há
aquelas que estão sempre “sobrevivendo”.
Simon Sinek, autor do livro “Por quê? Como grandes líderes
inspiram ação” codificou essa explicação através de um método
chamado Círculo Dourado de uma forma muito interessante.
Esse Círculo abrange três esferas: POR QUE, COMO e O
QUE, entender isso intelectualmente é relativamente fácil, mas
na prática em geral invertemos a ordem.
Quando vamos apresentar uma ideia ou projeto, sempre sabemos
O QUE (produto, ideia, solução) fazer e até COMO (processo)
fazer, mas muitas têm dificuldades de externar o PORQUÊ
(propósito) fazer ou implantar aquela ideia e projeto e é
exatamente aqui que a coisa pega. O PORQUÊ é o motivo que
leva à ação, a aprovação, ou seja, ao propósito, e dentro dessa
perspectiva ele ainda ressalta: “as pessoas não compram o que
você faz, elas compram o porquê você faz”.
Em geral o que percebemos são muitos profissionais vendendo
suas ideias e não os seus propósitos, com isso não externalizam

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sua missão, seus principais valores e suas crenças. Os profissionais
que conseguem isso, realmente se destacam.
Um profissional de RH que deseja ter sucesso na área precisa
compreender isso. Esse processo de influência é muito mais
profundo, está ligado ao propósito (o porquê) que motiva a ação,
e muitos profissionais atuam apenas nas lâminas do COMO e do
O QUÊ. Eles conseguem resultados e em alguns casos até mais
rápidos, porém esses não são sustentáveis e, portanto não
permanecem, pois não influenciam, e aqui cabe uma adaptação
na frase do Simon: “As pessoas te seguem pelo o PORQUÊ você
faz e não pelo O QUE ou COMO você faz”. A inspiração
começa pela clareza do PORQUÊ.
As pessoas precisam saber o PORQUÊ fazem as coisas, ou seja,
é preciso ter uma crença, uma causa que vá além de produtos e
serviços. O profissional que não consegue articular bem esse
PORQUÊ na apresentação de suas ideias, não pode esperar que
elas sejam facilmente aprovadas e não serem vistas apenas como
despesas extras.
Sabendo o PORQUÊ, a questão é COMO as pessoas irão fazer
o que precisam fazer, e isso tem a ver com os princípios e os
valores que balizarão a causa ou a crença – o PORQUÊ.
As crenças ou as causas (o PORQUÊ) + os valores (COMO)
resultam no O QUE que são os resultados propriamente ditos
(produtos, serviços, marketing), e quanto mais claros o
PORQUÊ e o COMO mais autêntico é O QUE, e
autenticidade é sinônimo de confiança, lealdade e inspiração.
Percebe o quanto essa ordem influência dos seus projetos na
empresa?

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Vou demonstrar agora um exemplo típico de como isso acontece
na rotina do profissional de RH:

Quando um líder consegue traduzir esse simples conceito na


prática, ele obtém a aderência, o engajamento e a fidelidade dos
seus principais clientes – seus funcionários. Ou seja, a atitude tem
que partir de uma crença, uma causa, pois as pessoas precisam
sentir e fazer parte da proposta e não estarem restritas apenas a
tarefas, a produtos etc.

O que o Profissional de RH fala...

“Hoje estamos reunidos para avaliar a proposta de implantação


de um novo benefício na empresa. (< O QUE) Após algumas
pesquisas de mercado e avaliação de pesquisas internas com os
nossos colaboradores, (< COMO) entendemos ser importante
adicionar esse benefício ao pacote para reter mais colaboradores.
(< POR QUE)”

O que o Diretor entende...

“Hoje estamos reunidos para avaliar a proposta de implantação


de um novo benefício na empresa. (Ai Meu Deus, lá vem o RH
querendo gerar mais despesas, não quero saber disso). Após
algumas pesquisas de mercado e avaliação de pesquisas internas
com os nossos colaboradores (eles só sabem olhar o lado dos
colaboradores. Foram lá ouvir as pessoas e perguntar uma coisa
dessas?), acreditamos ser importante adicionar esse benefício ao
pacote para reter mais colaboradores.” (nessa hora, ele já
construiu o muro e não quer ouvir mais nada, então a parte final,
ele nem escuta mais)

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Esse é um exemplo clássico de comunicação que começa pelo O
QUE e não funciona nas organizações.

O modelo proposto por Simon defende que devemos sempre


começar pelo por que:

Então a melhor abordagem para o RH apresentar a sugestão seria...

“Nos últimos meses, perdemos 10 funcionários, sendo que 5


deles eram grandes talentos. Com essas perdas, tivemos gastos
adicionais com a recolocação e o treinamento dos novos
colaboradores, além de perdemos muito da qualidade do
processo durante esse período. Após algumas pesquisas de
mercado aliadas as informações que coletamos dos colaboradores
que perdemos, identificamos que, comparados ao mercado,
somos a empresa que paga o menor VR, e por isso, alguns bons
candidatos não querem aceitam trabalhar conosco. Acreditamos
que a revisão do nosso pacote de benefícios e o reajuste do VR
em 15% pode resolver o problema e reter nossos melhores

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talentos. O custo da implantação é a metade do que gastamos
repondo essas pessoas nos últimos meses.”
Percebem a diferença?
Iniciamos trazendo o problema que queremos resolver ou então
o benefício e resultados que a empresa terá de ganhos com aquela
ideia. Depois vamos apresentar como faremos isso e por fim, o
que será implantado.
Lembre-se sempre: As pessoas não querem ouvir falar de produto
ou serviço, e sim do resultado que ele vai gerar. Qual é o ganho
que eles vão ter? O que você vai oferecer? Eu vou aceitar isso e
vou ganhar o que?
Começar pelo o PORQUÊ – é o que inspira as pessoas à ação,
afinal: “As pessoas te seguem pelo PORQUE você faz e não pelo
O QUE ou COMO você faz”.
Vou deixar um vídeo aqui onde o Simon fala sobre isso, e sugiro
fortemente que você o assista pelo menos três vezes.

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Capítulo 11

Comunicação de resultados

Quando falamos em comunicar resultados, precisamos antes tê-


los apurado, certo?
Para isso é importante você trabalhar a consciência de que tudo
o que você faz tem resultado. Todas as ações realizadas na área
de RH geram algum resultado, seja ele negativo ou positivo. Ou
então, se não estiver gerando nenhum resultado, talvez você não
deva mais continuar fazendo essas ações.
Costumo dizer que o processo de cada ação que realizamos é
esse:
1. Comando – toda a ação que realizamos em algum
momento teve um comando para que fosse realizado.
Seja ele realizado pelo seu chefe, por você mesmo, por
um colaborador da empresa. Em um cenário ideal, o
Profissional de RH participa das decisões de comando e
não age apenas passivamente, só as recebendo.
2. Ação – normalmente é nessa etapa que o Profissional de
RH mais se envolve. Na execução. Seja na seleção de
um candidato, no planejamento de uma ação interna ou
na organização de um treinamento. O RH sempre vai
estar a postos para a atender as demandas planejadas ou
não, podendo muitas vezes ser conhecido como

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bombeiro da empresa por passar a maior parte do tempo
apagando incêndios.
3. Resultado – uma das etapas mais importantes para você
evoluir na carreira de RH. Se você for um daqueles
profissionais de RH que só faz, faz e faz, ajuda todo
mundo, parando a as suas demandas para atender aos
demais, propondo boas ideias, fazendo boas ações, mas
nunca contar isso para ninguém, sinto muito, mas o seu
trabalho não será reconhecido nunca. Essa coisa de
trabalhar para fazer o seu trabalho falar por você é
burrada. É assentar seus dois pés na casa da frustração.
Portanto, apure os resultados dos seu trabalho. Identifique a
relevância que ele teve para a organização. Crie indicadores,
acompanhe a evolução deles mensalmente. Comunique essas
ações para o seu gestor, para os seus colegas, para as outras áreas.
Mas faça isso de maneira profissional e humilde, não é para inflar
o ego aqui não. O objetivo é você ser percebido como relevante
para a empresa. E quando as pessoas não entendem o que você
faz o mês inteiro, dificilmente elas vão achar a sua atuação
importante.

“O homem é aquilo que consegue comunicar a seu semelhante, na


sociedade em que vive. O que a sociedade pensa de Fulano depende do
que ele conseguiu comunicar a eles sobre si mesmo.”

Autor desconhecido

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Capítulo 12

Comunicação: o que está por vir?

Passamos hoje por mais uma das transições sociais que vem
mudando a sociedade ao longo dos tempos. Para entender esse
processo, é preciso compreender as mudanças da própria
sociedade, no seu modo de pensar, se relacionar e se comunicar,
bem como a evolução dos dispositivos que provocaram parte
dessas mudanças.
Percebe-se, então, que as transformações sociais estão ligadas às
transformações tecnológicas das quais a sociedade se apropria para
se desenvolver e se manter.
Nota-se cada vez mais, em diferentes ambientes, como casa,
trabalho e escola, a modernização das novas tecnologias de
comunicação e seus avanços influenciando o comportamento do
ser humano e interferindo em sua relação com os demais.

Novas tecnologias de comunicação: novos comportamentos

Novas práticas e concepções surgiram e tudo se transformou em


um curto espaço de tempo. Esse novo modo de ver o mundo
pode ser denominado como era da informação digital ou era da
comunicação virtual.

Pode-se dizer que a informação é, para a sociedade


contemporânea, a base do conhecimento, da vida econômica,
política, social e das relações. Portanto, a troca de informações é

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essencial à população global, sendo natural que as tecnologias
sigam a tendência de melhorar essa comunicação, fazendo,
inclusive com que ela seja mais dinâmica e muito mais rápida.
As tecnologias estão alterando a forma de as pessoas se
comunicarem e se informarem. Com a acessibilidade da internet
e dos aparelhos móveis, como celular no bolso ou tablet na
mochila, a comunicação circula em velocidade impressionante.
Hoje temos acesso à informação vinda de todos os lugares. A
comunicação tornou-se mais rápida, dinâmica e mais
interessante, porém, as pessoas podem acabar se distanciando
umas das outras, se isolando e, por vezes, sendo até manipuladas
pelas inovações da tecnologia.

Comunicação cada vez mais instrumentalizada

As interfaces em nosso entorno demonstram como estamos nos


conectando e relacionando uns com os outros por meio da
informação e da comunicação.
De uma forma mais ampla, as interfaces são os símbolos de
linguagem, podendo ser abstratas ou físicas, possibilitando nossa
comunicação pessoal ou alguma informação ou objeto concreto,
emissor e receptor, signo e significante.
O fato é que, em se tratando de evolução tecnológica e
comunicação, o futuro já começou. As novas tecnologias da
comunicação vão reinventando o jeito de nos comunicarmos,
elevando-nos gradativamente a um nível de conectividade
humana nunca antes vivenciado.

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Com o surgimento de novas tecnologias e ferramentas, a
comunicação fica cada vez mais contextualizada e fragmentada.
Veja exemplos:

• LinkedIn é um canal mais formal, ideal para o trabalho;


• Facebook e Instagram são uma ferramenta menos formal,
ideal para os amigos;
• Snapchat é para aqueles amigos mais íntimos;
• Whatsapp ou mensagem de texto serve para algo mais
rápido ou urgente;
• Slack é para equipes de trabalho;
• Twitter é para divulgar um pensamento ou opinião
publicamente;
• Skype é ideal para conversas a longas distâncias;
• Ligações telefônicas são para algo realmente importante
ou pessoas mais próximas.

Apesar das inúmeras ferramentas que facilitam a comunicação, a


interação muitas vezes se torna mais prazerosa quando há contato
uns com os outros, face a face. Afinal, essa aproximação nos
possibilita observar as expressões faciais do outro, escutar a
entonação da voz e sentir a sua presença acolhendo e sendo
acolhido, por exemplo.
Portanto, as relações atuais são algo para se refletir. Especialistas
recomendam, por exemplo, que, para decisões importantes, em
que a comunicação seja crucial ou há algum assunto delicado para
tratar, como levantar capital, romper com alguém ou fechar um
negócio, é mais prudente fazê-lo pessoalmente.

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Novas tecnologias mudam a comunicação no futuro

As novas tecnologias prometem criar um modo mais significativo


e íntimo para melhorar a comunicação. Nos próximos dez anos,
três áreas-chave farão parte da nossa comunicação.

Telepresença

Suitable Technologies ou robô de telepresença, já ouviu falar?


Essa nova modalidade tecnológica é denominada de “Skype
sobre rodas”, mas é mais do que isso. Robôs de telepresença,
como o Beam, representam a futura geração de comunicação face
a face, permitindo a sua participação e movimentação como se
você estivesse presente fisicamente.

Mundos Virtuais

Uma grande inovação que está prestes a acontecer na


comunicação permitirá que você esteja com uma ou mais
pessoas, não de forma presente, mas num mundo virtual de alta
resolução, no que seria uma réplica muito semelhante,
dialogando e compartilhando como se fosse real.

Interface Cérebro-Computador

A forma mais avançada de comunicação se consolidará na


próxima década: é a Interface Cérebro Computador ou
simplesmente BCI — Brain Computer Interface, na língua
inglesa. Essa modalidade diz respeito à capacidade de conectar
nossa mente ao computador e vice-versa, permitindo uma
ligação mais íntima de comunicação. E esse potencial não se
restringe a manipular máquinas com nossos pensamentos, mas

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abrir possibilidades para estabelecer uma direta comunicação com
o cérebro de outra pessoa — comunicação mente-mente ou BBI.
Seria possível, inclusive, compreender os sentimentos e
pensamentos daquele com quem se está comunicando.
A transformação digital tem provocado mudanças quase que de
forma geral em toda a sociedade, nos mais diversos setores, seja
no campo econômico, industrial, educacional, na área da saúde,
enfim, a era digital é hoje uma realidade.
Como todos esses setores devem reagir frente a esse fato? A
resposta pode estar em aproveitar o jeito mais eficaz de
comunicação. Todos devem se apropriar das novas formas de
comunicação para estabelecer vínculos ao seu público,
favorecendo o diálogo e, consequentemente, bons resultados nos
negócios e, principalmente, boas relações.
Portanto, é importante pensar nas novas tecnologias de
comunicação, na qualidade de nossas relações e na forma como
nos comunicamos, afinal, somos seres sociais e a comunicação é
essencial para a vida em sociedade.

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Para finalizar...

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Envie ele a outros colegas para que a nossa corrente de
conhecimento possa continuar.
Para mim, também é muito importante saber o que você achou
desse conteúdo.
Então, posso te pedir uma coisa?
Posta esse conteúdo nas tuas redes e me marca no
@gabrielaendres, ou então, entra nesse mesmo perfil para me
dar um feedback sobre o conteúdo. Eu vou adorar saber para
aperfeiçoar ele ainda mais nas próximas edições. Pode me
enviar um whats também falando sobre ele, nesse link aqui.
Da minha parte, espero de verdade que ele tenha te ajudado a
evoluir como pessoa e profissional. Porque as coisas não
caminham sozinhas. Quanto melhor você for como pessoa,
melhor profissional você será.
Eu tive as minhas melhores realizações na carreira de RH e
quero que você também alcance as suas melhores realizações
nela também.
Estou torcendo por você, sempre!
Conta comigo!
Gabriela Endres

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Referências

www.ibccoaching.com.br
www.kenoby.com.br
www.fluenglish.com.br
www.rhfacilconsultoria.com.br
www.oglobo.com.br
www.amentemaravilhosa.com.br
www.luzdaserra.com.br
www.cqh.org.br
www.jrmcoaching.com.br
www.rhportal.com.br

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