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Para Max Weber há uma separação entre política e ciência, pois a esfera da política
é irracional, influenciada pela paixão e a esfera da ciência e racional, imparcial e
neutra. O homem político apaixona-se,luta,tem um principio de responsabilidade de
pensar as conseqüências de seus atos. Já o cientista deve ser neutro, amante da
verdade e do Conhecimento cientifica.
BIOGRAFIA.
Entretanto, igualmente certa é esta outra questão: por mais que seja
intenso esse entusiasmo, por mais sincero e mais profundo, apenas ele não basta,
absolutamente, para que se alcance êxito. Por certo, esse entusiasmo não passa de
requisito da “inspiração”, que é o único fator decisivo. Nos dias de hoje, ache-se
amplamente disseminada, nos meios da juventude, a idéia de que a ciência se teria
transformado numa operação de calculo, que se realizaria em laboratórios e
escritórios de estatísticas, não com a plenitude da “alma”, conquanto apenas com o
auxilio do entendimento frio, semelhante ao trabalho em uma indústria. A isso se
deve inicialmente responder que os que assim se manifestam não têm,
obviamente, nenhuma idéia a respeito do que se passa numa indústria ou num
laboratório. Tanto caso como no outro, certamente, é necessário que algo ocorra no
espírito trabalhador. No campo das ciências, a intuição do principiante pode ter
significado tão grande quanto à do especialista e, por vezes, ate maior. Por isso que
devemos muitas das hipóteses mais frutíferas e dos conhecimentos de maior
alcance a principiantes. A intuição não substitui o trabalho, mas este, por seu
turno, não pode substituir nem forçar o nascimento da intuição, o que o entusiasmo
também não pode fazer. No entanto o trabalho e o entusiasmo fazem com que
brote a intuição, principalmente quando ambos atuam com simultaneidade.
Conquanto isso, a intuição não se manifesta quando nós queremos, mas sim
quando ela quer. Por certo que as melhores idéias nos ocorrem, consoante
observação de Ilhering, quando nos encontramos sentados em uma poltrona e
fumando charuto. De qualquer forma, as idéias nos surgem quando não as
esperamos e não quando, sentados a nossa mesa de trabalho, cansamos o nosso
cérebro a procurá-los. Entretanto, é positivo que não nos ocorreriam se,
anteriormente, não houvéssemos refletido longamente em nossa mesa de estudo e
não houvéssemos, com devoção entusiasmada, buscando uma resposta. Seja como
for, o estudo esta compelido a contar com o acaso, sempre presente em todo
trabalho cientifico.
Peço para conduzir-los uma vez mais aos Estados Unidos da América, já que
lá se podem observar certos números de realidades em sua feição original e mais
contundentes. O jovem americano aprende menos coisas que o jovem alemão. O
jovem norte-americano nada respeita nem a pessoa, nem a tradição, nem a
situação profissional, todavia inclina-se diante da grandeza pessoal de qualquer
individuo. Ele denomina a isso “democracia”. Por caricatural que possa parecer à
realidade norte-americana, quando a colocamos diante da significação verdadeira
da palavra democracia, aquele é o sentido que lhe atribui e, para o momento, isso
é o que importa.
O boss não profeta princípios e não apega a uma doutrina política definida.
Uma única coisa é importante a seus olhos: como conseguir o maior numero de
votos possível! Verdade é que os bosses se lançam contra o outsider que, na
hipótese de uma eleição, poderia ameaça-lhe as fontes de renda e de poder. Apesar
de tudo, e em razão mesmo da concorrência que se estabelece para ganhar o
beneplácito publico, os bosses viram-se, inúmeras vezes, obrigados a resignar-se e
aceitar justamente os candidatos que se apresentavam como adversários da
corrupção.
Para Max Weber há uma separação entre política e ciência, pois a esfera da
política é irracional, influenciada pela paixão e a esfera da ciência é racional
imparcial e neutra. O homem político apaixona-se, luta, tem um principio de
responsabilidade de pensar as conseqüências de seus atos. O político entende por
direção do Estado, tem uma relação mutua de força, capacidade de impor sua
vontade a demais pessoas e grupos políticos. Já o cientista deve ser neutro,
amante da verdade e do conhecimento cientifico, não deve emitir opiniões e sim
pensar segundo os padrões científicos, deve fazer ciência por vocação. Se o
cientista apaixona-se pelo objeto de sua investigação não será imparcial nem
objetivo.
Weber propõe a distinção radical entre fatos e valores. Os valores não são
do plano sensível nem do transcendente, são criados pelas desilusões humanas e
diferem dos atos pelos quais os indivíduos percebem o real e a verdade. Para
Weber há uma grande diferença entre ciência e valor em que o valor é o produto
das intenções. Ele argumenta que as sociedades são meios de onde os valores são
criados, mas ela não é concreta.
Ciência e Política: Duas Vocações
Deborah Barbosa Dias
Luis Antonio Campelo dos Reis
Elisangela Novaes Brasil
José Américo Junior
Palmas-TO
30 de Setembro de 2008