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ANÁLISE DE CUSTOS
CONTEXTUALIZANDO
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ramo em que a empresa do André atua são justas e o mercado cada vez mais
acirrado.
Ser competente na gestão é primordial para a sobrevivência da empresa.
Por isso, conhecê-la sob todos os aspectos e entender o seu processo produtivo
por um olhar da gestão de custos faz com que as tomadas de decisão sejam mais
precisas.
Com a aula de hoje André poderá analisar o quanto sua empresa terá que
produzir e vender para que ele não tenha prejuízo, assim como o ponto em que
ele começa a ter lucro. Essa análise é importante para que possa fazer o
planejamento estratégico.
André aprenderá também a utilizar os custos para a formação do seu preço
de venda, que irá torná-lo mais competitivo, e saberá como a sua área comercial
pode trabalhar possíveis descontos para o fechamento de um negócio, por
exemplo.
TEMA 1 – DEPARTAMENTALIZAÇÃO
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Indústria Administrativos Comerciais
Usinagem Recursos humanos Vendas
Montagem Contabilidade Marketing
Controle de qualidade Financeiro Logística
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Veja a seguir a divisão da gerência de produção em departamento
produtivo e departamento de serviço ou auxiliar.
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Quantidade a ser vendida x R$ 0,60 = R$ 6.000 + quantidade a ser vendida
x R$ 0,50
Quantidade a ser vendida x (0,60 – 0,50) = 6.000
Quantidade a ser vendida = 6.000 / (0,60 – 0,50)
Quantidade a ser vendida = 60.000 unidades ou
Ponto de equilíbrio = 60.000 unidades vendidas
Toda empresa que fabrica algo ou presta serviços tem como objetivo fazer
a venda desse produto ou serviço. O mercado, para que possa reconhecê-lo como
aceitável para compra ou não, precisa identificar um preço.
A formação de preço no mercado atual está cada vez mais difícil, por conta
de uma concorrência acirrada, grande quantidade de produtos substitutos,
entradas constantes de novas tecnologias, interferências governamentais, entre
outros fatores.
Por mais que a empresa adote um sistema de custeio adequado para o seu
modelo de negócio (a fim de que a gestão de custos proporcione análises
operacionais complexas) e que cálculos de margens de retorno de investimentos
sejam feitos para atender os interessados da companhia, ainda assim o fator
mercado é uma variável que interfere na formação de preço de venda.
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Estamos passando por grandes avanços tecnológicos, e, em
consequência, a rápida obsolescência, as interferências do governo no mercado,
a mudança de gostos dos consumidores e a concorrência cada vez mais
capacitada e acirrada dificultam na formação do preço de venda.
Mesmo com todas essas mudanças, ainda há empreendedores que
utilizam o custo somente como base formadora do seu preço, ignorando o fator
mercado na formação do preço de venda, o que faz com que surjam os primeiros
problemas para a precificação.
Adotando somente o custo, esbarramos nos diversos métodos de custeio
que temos e seus diferentes conceitos, havendo ainda a questão da forma como
os recursos foram adquiridos para a confecção do produto, pois ele pode ter sido
adquirido com o pagamento de valor à vista, com algum desconto, e, na próxima
aquisição, o valor de recompra não será o mesmo. Ou, ainda, a compra foi feita a
prazo e um índice qualquer foi adotado para a correção dessa compra, o que
também distorce seu valor original.
Independente do modelo de mensuração utilizado para a formação do
custo, o preço é calculado por uma simples equação:
P=C+L
Onde,
P = Preço
C = Custo
L = Lucro
Em cima desse conceito, surge outro paradigma que vivemos atualmente:
a força do mercado, representada pelos consumidores, que passaram a ser os
sinalizadores dos preços. É o consumidor quem influencia o preço da mercadoria
ofertada, o valor para determinado nível de atendimento e entrega de um serviço,
ou determinada qualidade do produto que está propenso a adquirir.
O papel das empresas nesse cenário é verificar a viabilidade de se ofertar
o produto ou serviço ao nível de preço que o mercado está disposto a pagar; se o
que lhe sobrará na relação lucro custo irá atender às suas necessidades e
expectativas.
Nesse sistema, os custos deixam de ser a base formadora do preço,
passando a representar o valor que a empresa pode despender para fabricar o
produto ou entregar um serviço. Com essa relação, a empresa tem dois
interessados que precisam ser atendidos:
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1 – o consumidor, que, como vimos, determina o preço;
2 – os proprietários das empresas, que detêm o lucro que querem obter com o
seu negócio.
Nesse novo cenário, vemos a equação de formação de preço um pouco
diferente:
P–L=C
Temos o custo sendo determinado pela diferença entre o preço a ser pago
pelo consumidor e o lucro esperado pelo empresário, sobrando para a empresa a
responsabilidade de gerir seus custos de forma com que atenda a essa equação.
Custo-meta
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TEMA 4 – REFLEXÃO SOBRE FORMAÇÃO DE PREÇO
Vamos fazer um comparativo prático para que fiquem mais claras essas
definições. Consideremos uma empresa que produz um produto Beta e apresenta
dois volumes de produção para o mesmo produto Beta.
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Lucro bruto
1.000 und. 1.250 und.
Preço de venda líquida und (sem imposto) R$ 100 R$ 100
Custo unitário R$ 50 R$ 46
Lucro bruto R$ 50 R$ 54
Margem de contribuição
1.000 und. 1.250 und.
Preço de venda líquida und (sem imposto) R$ 100 R$ 100
Custo variável unitário R$ 30 R$ 30
Margem de contribuição R$ 70 R$ 70
TEMA 5 – MARK UP
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é necessário definir o quanto de margem de lucro a empresa espera obter com a
operação e as alíquotas de impostos aplicados na operação e no produto.
Vamos a um exemplo:
Receita de Venda 100%
ICMS 18%
PIS 0,65%
Cofins 3%
Comissões sobre vendas 2%
Total de impostos e taxas 23,65%
Despesas de vendas 5%
Despesas administrativas 7%
Lucro antes do imposto de renda 20%
Total de margem de lucro bruto 32%
Total de impostos, taxas e margem = 55,65%
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Cálculo com o mark up multiplicador:
Preço = custo x mark up
Preço = R$ 50 x 2,254
Preço = R$ 112,74
Esses preços que encontramos são considerados preços à vista. Para
calcularmos o preço de uma venda a prazo, precisamos colocar o custo financeiro
sobre o preço de venda à vista.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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