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NBR IEC 60079-25 de 12/2011 - Atmosferas explosivas - Parte 25: Sistemas elétricos

intrinsecamente seguros estabelece os requisitos específicos para construção e avaliação de sistemas


elétricos intrinsecamente seguros, tipo de proteção “i”, destinados a serem utilizados, integralmente ou em
parte, em locais onde a utilização de equipamento dos Grupos I, II ou III é requerida. Esta norma é destinada
aos projetistas destes sistemas. Estes podem ser os fabricantes, consultores especialistas ou um responsável
do usuário final.

Esta norma complementa e modifica os requisitos gerais da NBR IEC 60079-0 e da norma de segurança
intrínseca NBR IEC 60079-11. Quando um requisito desta norma conflita com um da NBR IEC 60079-0 ou NBR
IEC 60079-11, o requisito desta norma prevalece. Esta norma suplementa a NBR IEC 60079-11, cujos
requisitos que se aplicam a equipamentos elétricos utilizados em sistemas elétricos intrinsecamente seguros.
Os requisitos de instalação de sistemas do Grupo II ou Grupo III projetados de acordo com esta norma são
especificados na NBR IEC 60079-14. Requisitos de instalação do Grupo I não são atualmente apresentados na
NBR IEC 60079-14.

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Diretas:

Como pode ser feita uma análise de um sistema simples?

Como pode ser realizada a avaliação de circuitos com mais de uma fonte de alimentação?

Quais os tipos básicos de circuitos não lineares?

Como pode ser feito um exemplo ilustrativo da aplicação do procedimento utilizando características de
saída?

Uma documentação descritiva deve ser criada para todos os sistemas. A documentação descritiva deve
fornecer uma análise adequada da segurança proporcionada pelo sistema. O Anexo E contém exemplos de
diagramas típicos, os quais ilustram os requisitos da documentação descritiva do sistema.

Os requisitos mínimos são os seguintes: diagrama de blocos listando todos os equipamentos do sistema,
incluindo o equipamento simples e a fiação de interconexão; identificação do subgrupo (para Grupos II e III),
nível de proteção para cada parte do sistema, classe de temperatura e faixa de temperatura ambiente de
acordo com as Seções 5, 6 e 7; os requisitos e os parâmetros permitidos para a fiação de interligação de
acordo com a Seção 8; detalhes dos pontos de aterramento e de ligação ao sistema equipotencial de acordo
com a Seção 11 e, quando dispositivos de proteção contra surtos são utilizados, uma análise de acordo com a
Seção 12 também deve ser incluída; se aplicável, as justificativas das avaliações do equipamento como
“equipamento simples” de acordo com a NBR IEC 60079-11 devem ser incluídas; quando o circuito
intrinsecamente seguro contém diversos equipamentos intrinsecamente seguros, a análise do somatório dos
seus parâmetros deve estar disponível; uma identificação única da documentação descritiva do sistema deve
ser criada; o projetista do sistema deve assinar e datar o documento.

O desenho descritivo do sistema não é o mesmo que o desenho de controle referenciado na NBR IEC 60079-
11. Sistemas elétricos intrinsecamente seguros devem ser inseridos nos Grupos I, II ou III de acordo com a
NBR IEC 60079-0. Para sistemas intrinsecamente seguros Grupos II e III como um todo ou suas partes, deve
ser informado o subgrupo apropriado.

Para equipamentos aplicados em sistemas elétricos intrinsecamente seguros dos Grupos II e III e instalados
em áreas classificadas de gases ou poeiras, deve ser atribuída uma classe de temperatura ou a máxima
temperatura de superfície de acordo com NBR IEC 60079-0, NBR IEC 60079-11, NBR IEC 61241-0 e IEC
61241-11, se aplicável. Em sistemas elétricos intrinsecamente seguros do Grupo II e Grupo III, ou em suas
partes, os subgrupos A, B, C podem ser diferentes dos indicados individualmente para os equipamentos
intrinsecamente seguros e associados que formam o sistema.

Partes diferentes do mesmo sistema elétrico intrinsecamente seguro podem ter diferentes subgrupos (A, B, C).
Os equipamentos utilizados podem ter diferentes classes de temperatura e diferentes faixas de temperatura
ambiente. Cada parte do sistema elétrico intrinsecamente seguro destinado ao uso em áreas classificadas deve
ter um nível de proteção “ia”, “ib” ou “ic” de acordo com a NBR IEC 60079-11. O sistema completo não
necessariamente necessita possuir um único nível de proteção.

Por exemplo, um instrumento “ib”, mas projetado para utilizar um sensor “ia”, como por exemplo um
instrumento de medição de pH com seu eletrodo, no qual a parte do sistema até o instrumento é “ib” e o
eletrodo com sua conexão é “ia”. Um instrumento de campo “ia” alimentado por um equipamento associado
“ib” seria considerado um sistema “ib”. Um sistema pode ser “ib” em operação normal com uma fonte de
alimentação externa, mas, quando a sua alimentação for removida sob circunstâncias de segurança definida
(falha de ventilação), então o sistema pode se tornar “ia” se houver alimentação alternativa por bateria.

O nível de proteção será definido por circunstâncias previsíveis. Os parâmetros elétricos da fiação de
interconexão dos quais a segurança intrínseca depende e a sua origem devem ser especificados na
documentação descritiva do sistema. Alternativamente, um determinado tipo de cabo pode ser especificado e
uma justificativa para a sua utilização deve ser incluída na documentação. Cabos para a interconexão devem
atender aos requisitos aplicáveis da Seção 9.

Quando pertinente, a documentação descritiva do sistema também deve especificar os tipos de multicabos
permitidos conforme a Seção 9, que cada circuito específico pode utilizar. No caso particular quando falhas
entre circuitos separados não são consideradas, deve ser incluída uma “nota” no diagrama de malhas do
documento descritivo do sistema com os seguintes dizeres: “quando o cabo de interligação utiliza parte de um
multicabo contendo outros circuitos intrinsecamente seguros, este cabo deve estar de acordo com os requisitos
de um multicabo tipo A ou B conforme especificado na Seção 9 da NBR IEC 60079-25”.

Um multicabo contendo circuitos classificados com nível de proteção “ia”, “ib” ou “ic” não pode conter circuitos
não intrinsecamente seguros. O diâmetro dos condutores rígidos ou do condutor individual de um cabo flexível
dentro da área classificada não pode ser menor do que 0,1 mm. Somente cabos isolados capazes de suportar
um ensaio de rigidez dielétrica, no mínimo de 500 Vca ou 750 Vcc, devem ser utilizados em circuitos
intrinsecamente seguros.

Esta seção não é destinada a impedir a utilização de condutores desencapados em um sistema de sinalização e
recomenda-se que sejam considerados como um equipamento simples e não como fiação de interconexão. A
espessura radial da isolação de cada condutor deve ser apropriada ao diâmetro do condutor e ao tipo de
material da isolação, com um mínimo de 0,2 mm.

Multicabos devem resistir ao ensaio de rigidez dielétrica de no mínimo: 500 Vca eficaz ou 750 Vcc aplicados
entre quaisquer armações e/ou blindagens interligadas e todos os condutores interligados; 1.000 Vca eficaz ou
1 500 Vcc aplicados entre um feixe composto da metade dos condutores curto-circuitados do cabo e a outro
feixe composto da outra metade dos condutores também curto-circuitados. Este ensaio não é aplicável a
multicabos com blindagens condutivas para circuitos individuais.

O ensaio de rigidez dielétrica deve ser conduzido de acordo com a norma apropriada ao cabo ou de acordo com
a NBR IEC 60079-11. Em geral, um circuito intrinsecamente seguro deve estar flutuando ou estar ligado ao
sistema equipotencial associado com uma área classificada em somente um ponto. O nível de isolação
requerido (exceto naquele ponto) deve ser projetado para suportar 500 V no ensaio de isolação de acordo com
os requisitos de rigidez dielétrica da NBR IEC 60079-11.

Quando este requisito não for atendido, o circuito deve ser considerado aterrado naquele ponto. Mais de uma
conexão à terra é permitida no circuito, desde que o circuito seja dividido em subcircuitos galvanicamente
isolados, e cada qual esteja aterrado somente em um ponto. Blindagens devem ser conectadas ao ponto de
terra ou à estrutura de acordo com a NBR IEC 60079-14.

Quando um sistema é destinado à utilização em uma instalação onde diferenças potenciais significantes
(maiores que 10 V) entre a estrutura e o circuito podem ocorrer, a técnica preferida é utilizar um circuito
galvanicamente isolado de influências externas, como por exemplo mudança no potencial da terra em alguma
distância da estrutura. Precaução especial é requerida quando parte do sistema é destinada à utilização em
áreas classificadas como Zona 0 ou Zona 20 ou quando o sistema tem um nível de proteção muito alto em
conformidade com os requisitos EPL Ma.

É recomendado que o documento descritivo do sistema indique claramente cada ponto ou pontos do sistema
previstos para serem conectados ao sistema equipotencial da planta e qualquer requisito especial de tais
ligações. Esta informação pode ser uma referência à NBR IEC 60079-14 adicionada na documentação descritiva
do sistema. Se um sistema contiver equipamentos que não atendam individualmente à NBR IEC 60079-11,
este sistema deve ser analisado como um todo, como se fosse um único equipamento.

Um sistema com nível de proteção “ia” deve ser analisado de acordo com os critérios de nível de proteção “ia”
da NBR IEC 60079-11. Um sistema com nível de proteção “ib” deve ser analisado de acordo com os critérios de
nível de proteção “ib” da NBR IEC 60079-11.

Um sistema com nível de proteção “ic” deve ser analisado de acordo com os critérios de nível de proteção “ic”
da NBR IEC 60079-11. Além das falhas no equipamento, as falhas da fiação de campo indicadas em 13.4
devem ser consideradas. A Figura abaixo apresenta os princípios da análise de sistema.
Clique na imagem acima para uma melhor visualização
Quando toda a informação necessária estiver disponível, é permitido aplicar a contagem de falhas ao sistema
como um todo, mesmo utilizando equipamentos em conformidade com a NBR IEC 60079-11. Esta é uma
solução alternativa à solução mais usual da comparação direta das características de entrada e saída de
equipamentos analisados ou ensaiados em separado. Quando um sistema contém somente equipamentos
analisados e ensaiados individualmente de acordo com a NBR IEC 60079-11, a compatibilidade de todos os
equipamentos do sistema deve ser demonstrada.

Falhas dentro do equipamento já foram consideradas e nenhuma consideração adicional destas falhas é
necessária. Quando um sistema contém uma única fonte de alimentação, os parâmetros de saída da fonte já
consideram interrupções, curtos e aterramentos dos cabos de interconexão externos e, consequentemente,
estas falhas não precisam mais ser consideradas. O Anexo A contém detalhes adicionais da análise desses
circuitos simples.

Quando um sistema intrinsecamente seguro contém mais de uma fonte de alimentação linear, o efeito das
fontes combinadas deve ser analisado. O Anexo B apresenta a análise a ser utilizada nas combinações mais
frequentes. Se um sistema intrinsecamente seguro contiver mais de uma fonte de alimentação, e uma ou mais
destas fontes forem não lineares, o método de avaliação descrito no Anexo B não pode ser utilizado. Para este
tipo de sistema intrinsecamente seguro, o Anexo C explica como a análise do sistema pode ser realizada se a
combinação contiver somente uma fonte de alimentação não linear.

FONTE: Equipe Target

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