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Falso, a guerra fiscal existe de fato por uma especificidade técnica do ICMS. Todavia,
tal especificidade técnica será que esse tributo é recolhido na origem e não no destino.
Assim, estados concorrerão com os ICMS’s, visando atrair empresas para suas
localidades, gerando benefícios para empresas de fora migrarem para seus territórios
(guerras fiscais).
As contribuições sociais, assim como os impostos, podem ter suas receitas vinculadas
a determinado tipo de despesa.
Os impostos são tributos cobrados a sociedades que não são vinculados a fatos
geradores, e também não tem vinculação a algum tipo de despesa. Já as contribuições
sociais tem sua arrecadação vinculada a algum tipo de despesa sim, para garantir que
essa seja gasta em políticas sociais.
Os três níveis de governo tem competência para instituir tributos sobre comércio
exterior, patrimônio e renda e produção e circulação de mercadorias.
Falso. Existe uma divisão quanto a competência de que esfera pode cobrar qual nível
de tributo. No entanto, os tributos cobrados ao comércio exterior só são feitos pela
União, assim como o imposto sobre a renda (imposto de renda), apesar do mesmo ser
distribuído para estados e municípios. Já os tributos sobre patrimônio, produção e
circulação de mercadorias, podem ser cobrados pelas três esferas.
Como reação à descentralização da receita disponível dos anos oitenta, a União
reagiu explorando as contribuições sociais, em detrimento dos impostos.
Verdadeiro. Antes dos anos 80 o Brasil vivia uma ditadura, com centralização dos
tributos nas mãos da União. Com o enfraquecimento da ditadura e a volta da
democracia, ocorreu a ANC (assembléia nacional constituinte) que decretou a partilha
dos tributos (sendo alguns de forma automática, como IR e IPI) os únicos tributos que
não entraram nessa lei de partilha automática foram as contribuições sociais. Dessa
forma, se tornou desvantajoso para a União aumentar os outros tributos já que teria
que dividi-los, e criar novos tributos aumentaria a pressão popular. A saída foi explorar
as contribuições sociais porém, essas tem suas receitas ligadas as despesas, e assim foi
criada a DRU(desvinculações das receitas da União), possibilitando usar a receita
proveniente de contribuições sociais para outras despesas e políticas sociais.
Falso.
No Brasil, para fins de mensuração da dívida e do déficit públicos, o conceito de
Setor Público abrange os governos, mas exclui as estatais.
Falso, tal frase expressa o caráter de abrangência do que poderá ou não ser
caracterizado e contabilizado como setor público. Vemos que pelo próprio exemplo da
Petrobrás, uma estatal, seu período de endividamento afetou as contas nacionais. Sua
capitalização parcial ocorre por conta de tal fato, para reduzir dívida publica. E é o que
ocorre. Capitalização da estatal reduz divida publica. Assim, estatais abrangem setor
público.
Falso, não há uma forma melhor, mais correta ou mais adequada de se identificar as
fontes do desequilíbrio fiscal. Tanto acima da linha, que expressará os desequilíbrios
por despesas e receitas, quanto abaixo da linha, que expressará desequilíbrios em
termos de dividas passadas, expressarão fontes de desequilíbrio. Todavia, serão fontes
distintas, de carateres distintos. Assim, nenhum dos dois será melhor ou pior, tudo
dependerá do foco que querem dar.
Verdadeiro.
Falso. A reforma tributária esbarra em alguns impasses de fato, porém esses são
provenientes de desencontro de interesses políticos, sociais, regionais e setoriais.
Exemplo: Uma das propostas centrais é a transferência da cobrança do ICMS para o
destino, o que mexe com interesses dos estados que estão criando a guerra fiscal.
Outra proposta é que o ICMS seja sobre valor adicionado ( o que alimentaria as
alíquotas) dessa forma os setores de cadeias mais longas pagariam menos tributos e os
setores de cadeias mais curtas pagariam mais, o que levaria a um choque de interesses
setoriais. Outra proposta é a diminuição do imposto regressivo, e um aumento sobre o
imposto sobre patrimônio e renda, o que levaria a um choque entre classes sociais.
Outra proposta era a reformulação da partilha dos tributos, que afeta os interesses das
três esferas.
Falso. A seguridade social é uma das despesas em que as contribuições sociais são
vinculadas. Porém, essas são contribuições e não impostos (há uma diferença entre
ambos, o primeiro tem suas receitas vinculadas a despesas). O que ocorre é que pela
partilha na constituição de 88, a União ficaria com a competência de cobrar as
contribuições sociais, que tem várias origens, da folha de pagamento, de contribuições
previdenciárias de fundos patrimoniais e fundos fiscais. Então, de fato, elas são
principalmente financiadas pela União mas não por impostos e sim por contribuições
sociais.