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A guerra fiscal existe por uma especificidade técnica do ICMS: esse tributo é

recolhido nos destino da produção.

Falso, a guerra fiscal existe de fato por uma especificidade técnica do ICMS. Todavia,
tal especificidade técnica será que esse tributo é recolhido na origem e não no destino.
Assim, estados concorrerão com os ICMS’s, visando atrair empresas para suas
localidades, gerando benefícios para empresas de fora migrarem para seus territórios
(guerras fiscais).

O ICMS, na verdade, é cobrado na origem e é essa especificidade que gera a guerra


fiscal. Isso possibilita a disputa entre os estados para atrair as indústrias através de
alíquotas mais baixas. Ocorre uma disputa entre os estados sobre quem cria a situação
fiscal mais atrativa para as industrias, para criar essa situação os estados baixam o
ICMS.

São os tributos indiretos que explicam a regressividade da estrutura tributária


brasileira.

Verdadeira. Os impostos indiretos são fixos independentemente da renda de quem os


paga, esses estão, por exemplo, embutidos no preço de uma mercadoria. Esses
impostos, por serem fixos, acabam por consumir uma parte maior da renda daqueles
que ganham pouco. Dessa forma sua elevada participação na estrutura tributária
brasileira contribui para o aumento do nível de preços e da desigualdade social, e isso
explica seu caráter regressivo.

Tributos cumulativos penalizam cadeias produtivas mais curtas.

Falso. Na verdade, tributos cumulativos penalizam cadeias produtivas mais longas.


Como o imposto é cobrado em cima do valor total de produção, e não sobre o valor
adicionado, acaba-se por pagar impostos em cima de insumos que já haviam sido
tributados, dessa forma é pago um tributo em cima de outro tributo. Como cadeias
produtivas mais longas, tem mais fases e dessa forma utilizam mais insumos, essas
sofrem mais em relação a esse problema. Esse tributos tendem à distorcer os preços
relativos e competitividade.
A receita tributária própria é o melhor indicador para avaliar a capacidade de gasto
da União, dos estados e dos municípios.

Falso, no cenário de transferência de recursos da União para os estados e municípios, a


arrecadação própria deixa de indicar a capacidade de gastos de cada uma dessas
divisões. A capacidade de gastos agora passa a ser a soma das transferências recebidas
com as arrecadações próprias, subtraindo as transferências realizadas.

A receita tributária própria é adquirida pela arrecadação de tributos da competência


da responsabilidade de tal esfera. Porém, podem haver transferências dessas
arrecadações da União para os estados e para os municípios, ou do estado para os
municípios. O melhor indicador para a avaliar a capacidade de gasto é a receita
tributária disponível, que desconta as transferências enviadas e adiciona as
transferências recebidas à receita tributária própria.

As contribuições sociais, assim como os impostos, podem ter suas receitas vinculadas
a determinado tipo de despesa.

Falso, as contribuições sociais são vinculadas a determinado tipo de despesa, todavia


os impostos são diretamente para o orçamento público, sendo, dessa forma não
vinculados. Assim, temos que a carga tributária será composta por impostos (não
vinculados), contribuição (vinculados) e taxas (vinculados).

Os impostos são tributos cobrados a sociedades que não são vinculados a fatos
geradores, e também não tem vinculação a algum tipo de despesa. Já as contribuições
sociais tem sua arrecadação vinculada a algum tipo de despesa sim, para garantir que
essa seja gasta em políticas sociais.

Os três níveis de governo tem competência para instituir tributos sobre comércio
exterior, patrimônio e renda e produção e circulação de mercadorias.

Falso. Existe uma divisão quanto a competência de que esfera pode cobrar qual nível
de tributo. No entanto, os tributos cobrados ao comércio exterior só são feitos pela
União, assim como o imposto sobre a renda (imposto de renda), apesar do mesmo ser
distribuído para estados e municípios. Já os tributos sobre patrimônio, produção e
circulação de mercadorias, podem ser cobrados pelas três esferas.
Como reação à descentralização da receita disponível dos anos oitenta, a União
reagiu explorando as contribuições sociais, em detrimento dos impostos.

Verdadeiro. Antes dos anos 80 o Brasil vivia uma ditadura, com centralização dos
tributos nas mãos da União. Com o enfraquecimento da ditadura e a volta da
democracia, ocorreu a ANC (assembléia nacional constituinte) que decretou a partilha
dos tributos (sendo alguns de forma automática, como IR e IPI) os únicos tributos que
não entraram nessa lei de partilha automática foram as contribuições sociais. Dessa
forma, se tornou desvantajoso para a União aumentar os outros tributos já que teria
que dividi-los, e criar novos tributos aumentaria a pressão popular. A saída foi explorar
as contribuições sociais porém, essas tem suas receitas ligadas as despesas, e assim foi
criada a DRU(desvinculações das receitas da União), possibilitando usar a receita
proveniente de contribuições sociais para outras despesas e políticas sociais.

A Lei de Responsabilidade Fiscal depende muito da atuação dos Tribunais de Contas.

Verdadeiro, na medida em que serão os tribunais de contas que serão responsáveis


pela fiscalização das contas nacionais. Ou seja, como temos que a LPF estipulará
limites de gastos, determinando um equilíbrio entre receitas e despesas, o responsável
por tal fiscalização das cobranças, despesas e cumprimento das leis orçamentárias e da
LRF serão os tribunais de contas, que trarão punição aos infratores de tais leis.

A LRF estabeleceu limites de endividamento e de gastos com pessoal para todos os


entes da federação (União, estados e municípios).
Falso.

A LRF protege as contas públicas contra eventuais desequilíbrios causados por


despesas de caráter continuado.

Falso.
No Brasil, para fins de mensuração da dívida e do déficit públicos, o conceito de
Setor Público abrange os governos, mas exclui as estatais.

Falso, tal frase expressa o caráter de abrangência do que poderá ou não ser
caracterizado e contabilizado como setor público. Vemos que pelo próprio exemplo da
Petrobrás, uma estatal, seu período de endividamento afetou as contas nacionais. Sua
capitalização parcial ocorre por conta de tal fato, para reduzir dívida publica. E é o que
ocorre. Capitalização da estatal reduz divida publica. Assim, estatais abrangem setor
público.

A mensuração do déficit pelo método abaixo da linha é a melhor forma de identificar


as fontes do (des)equilíbrio fiscal.

Falso, não há uma forma melhor, mais correta ou mais adequada de se identificar as
fontes do desequilíbrio fiscal. Tanto acima da linha, que expressará os desequilíbrios
por despesas e receitas, quanto abaixo da linha, que expressará desequilíbrios em
termos de dividas passadas, expressarão fontes de desequilíbrio. Todavia, serão fontes
distintas, de carateres distintos. Assim, nenhum dos dois será melhor ou pior, tudo
dependerá do foco que querem dar.

Não há um único indicador que sintetize a evolução da política fiscal.

Verdadeiro.

A evolução da Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) reflete de forma precisa a


evolução da gestão da política fiscal (receitas e despesas do governo).

Falso, na medida em que tal evolução é acompanhada por um longo e complexo


processo onde o superávit e déficit não são os únicos determinantes da dívida. Vemos
que a atuação das politicas cambias, monetárias, crescimento econômico e etc
também vão influencia os períodos de evolução da DLSP, trazendo que observar
apenas seus movimentos não vai trazer a reflexão precisa das políticas de despesas e
receitas do governo.
A realização da reforma tributária esbarra em impasses ideológicos relativos ao
papel do Estado na economia.

Falso. A reforma tributária esbarra em alguns impasses de fato, porém esses são
provenientes de desencontro de interesses políticos, sociais, regionais e setoriais.
Exemplo: Uma das propostas centrais é a transferência da cobrança do ICMS para o
destino, o que mexe com interesses dos estados que estão criando a guerra fiscal.
Outra proposta é que o ICMS seja sobre valor adicionado ( o que alimentaria as
alíquotas) dessa forma os setores de cadeias mais longas pagariam menos tributos e os
setores de cadeias mais curtas pagariam mais, o que levaria a um choque de interesses
setoriais. Outra proposta é a diminuição do imposto regressivo, e um aumento sobre o
imposto sobre patrimônio e renda, o que levaria a um choque entre classes sociais.
Outra proposta era a reformulação da partilha dos tributos, que afeta os interesses das
três esferas.

A seguridade social é financiada principalmente por impostos federais.

Falso. A seguridade social é uma das despesas em que as contribuições sociais são
vinculadas. Porém, essas são contribuições e não impostos (há uma diferença entre
ambos, o primeiro tem suas receitas vinculadas a despesas). O que ocorre é que pela
partilha na constituição de 88, a União ficaria com a competência de cobrar as
contribuições sociais, que tem várias origens, da folha de pagamento, de contribuições
previdenciárias de fundos patrimoniais e fundos fiscais. Então, de fato, elas são
principalmente financiadas pela União mas não por impostos e sim por contribuições
sociais.

A evolução da composição da receita disponível do setor público por esferas de


governo segue "movimentos pendulares" de centralização/descentralização de
acordo com a evolução do contexto político e macroeconômico.

Verdadeiro. O fato é que depender das atividades econômicas, e do contexto político,


há uma variação de que tipos de tributos são cobrados e quem lhes cabe a
competência e de que forma serão partilhados. No período pré 30 as receitas eram
centralizadas na União e os tributos cobrados nas importações e exportações tinha um
caráter mais liberal. Já no período de 30 a 64 a política era mais desenvolvimentista,
com a criação do imposto sobre a renda e o consumo. Foi o período em que se
começou a falar sobre partilha, e em 46 foi constituída a partilha da receita dos
tributos. Já no período de 67 à 88 foi de centralização das receitas tributárias na mão
da União, foi um período ditatorial de mudanças estruturais e modernização do
sistema tributário(gerou insatisfação dos estados e municípios). Na constituição de 88
houve a redemocratização, e volta a discussão sobre partilha entre estados e
municípios ocorrendo novamente uma descentralização e aumento da partilha. Nos
anos 2000 temos com o plano real uma leve centralização com um pequeno
fortalecimento da União.

Reduzida tributação sobre renda a patrimônio

Demonstra falta de equidade e regressividade, hoje no Brasil é apenas 1,2% do PIB,


nos países desenvolvidos a média é 65% da arrecadação.

Elevada participação de contribuições sociais

São tributos indiretos, aumentam a regressividade e a cumulatividade.

Complexidade elevada do sistema tributário

Elevado ônus fiscal para empresas e elevado custo administrativo do processo


produtivo.

Debate: política de arrecadação VS política tributária

Aumento da quantidade e redução da qualidade. Aumento dos tributos indiretos e


regressividade. Aumento dos tributos cumulativos.

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