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QUESTÃO 1.

(2,5 PONTOS)
- Fundamente e argumente a lógica do “Pagamento por Serviços Ecossistêmicos”.
(Qual o sentido? Há um propósito justo? Quais interesses você defenderia para que um
projeto nesses moldes fosse aceito e financiado?)

Os serviços ecossistêmicos são essenciais para nossa sobrevivência. Rios, florestas, solo prestam
incríveis benefícios para a vida. A natureza nos provê diversos serviços e muitas vezes nem
percebemos o valor disso, pois dependemos do capital natural para a economia mundial. A
estrutura dos serviços ecossistêmicos combina setores econômicos, ecológicos e sociológicos e
eles são divididos em quatro categorias: provisão, regulação, cultural e de suporte.
A categoria de serviços de provisão ecossistêmicos engloba todos os materiais providos pelos
ecossistemas que nós consumimos, sejam alimentos como frutos, raízes, animais, vegetais e até
mesmo a matéria – prima para construções e combustíveis, ou seja tudo que o meio ambiente nos
proporciona para nossa sobrevivência.
Os serviços de regulação, englobam as funções dos ecossistemas como reguladores das
condições ambientais naturais, como as florestas influenciam na chuva, na disponibilidade de
água e na qualidade do solo, além de regularem o ar através de captura de poluentes. Árvores
armazenam gases de efeito estufa: elas retiram esses gases da atmosfera e os estocam em seus
tecidos, ajudando a regular as mudanças climáticas.
Serviços culturais que representam os benefícios não materiais como recreação, física e mental,
turismo ecológico entre outros. E serviços de suporte necessários para que os outros serviços
existam. De maneira indireta a longo prazo, como formação do solo, habitats, ciclo de nutrientes,
produção de oxigênio entre outras biodiversidades.
O sentido do Pagamento por Serviços Ecossistêmicos é que, nós dependemos inteiramente dos
serviços ecossistêmicos. Todas as categorias citadas acima são essenciais para a sobrevivência
desta e das futuras gerações, por isso, é fundamental que as tomadas de decisão considerem o
valor de um serviço ambiental com base na preservação dos serviços ecossistêmicos - em uma
visão de longo prazo. Lembrando que um serviço ambiental é qualquer iniciativa, individual ou
coletiva, que favoreça a manutenção, recuperação ou melhoria dos serviços ecossistêmicos. São
necessários estímulos para mostrar às pessoas que os serviços ecossistêmicos possuem valor
econômico e devem ser levados em conta nas decisões. É o caso do pagamento por serviços
ambientais (PSA) e da valoração ambiental. Esse instrumento de gestão que ocorre por meio de
incentivos (monetários ou não) para titulares de áreas passíveis de preservação visa a preservação
dos serviços ecossistêmicos por meio de prestação de serviços ambientais dos proprietários.
Tente se imaginar vivendo em uma região em que a natureza não oferecesse tais serviços.
Para muitos, não deve ser novidade que a vida humana depende diretamente da biodiversidade e
dos serviços ecossistêmicos que a natureza oferece. É ela que fornece alimentos, água,
medicamentos, além de ser a fonte de muitas outras facilidades para a vida nas sociedades.
Devemos utilizar os recursos de forma a satisfazer as necessidades da geração presente, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias necessidades. A
manutenção ecossistêmica está diretamente ligada ao planejamento do desenvolvimento
sustentável, pois diante de uma crise ambiental que se agrava a cada dia, se faz necessário
abordar, no planejamento das atividades do desenvolvimento econômico, a segurança da
manutenção dos ecossistemas. Conciliar a preservação ambiental com o desenvolvimento
econômico e social devem ser metas a serem alcançadas em cada região.

QUESTÃO 2. (2,5 PONTOS)


Desenvolva estratégias de implementação nas atividades econômicas locais, baseando-
se nas propostas listadas abaixo, em prol de uma nova visão econômica dos recursos
naturais e serviços ecológicos.

 Indicadores de ‘Carbonização dos Setores Econômicos’

A carbonização dos setores econômicos, é converter tudo que é aspecto natural numa linguagem
de carbono.

Exemplo: “Quando pegamos um caderno” quanto de carbono foi gasto, para gerar esse produto,
entre o desmatamento que houve para retirada da celulose e substâncias químicas para o
processamento do mesmo.

Para a industrialização do bem, teve a emissão atmosférica, perda de vegetação, gasto de energia
elétrica, desde o início do processo até o final, água, entre outros bens dá natureza.

Então se converter em carbono, carbonizará a economia.


Exemplo: não deixando de ser importante também, mas a demanda do celular é muito maior do
que de um caderno, pela demanda de mineração, energia de produção e a quantidade de
emissões que o celular gera, por ser recarregável pela energia elétrica e emissões de ondas
sonoras, essas emissões de energia de aquecimento e de eletromagnetismo, por formar um
campo magnético no momento que está em funcionamento, gerando impacto que não se vê à
olho nu, mas existe impacto ambiental.

Para sabermos o quanto de carbono tem no produto precisamos mapear os processos de


produção;
Extraído da madeira, o papel é um material de forte presença no dia a dia da sociedade, sendo
usado para higiene, fabricação de cadernos, embalagens, impressão de documentos e produção
de uma ampla variedade de produtos. Para obter papel, é necessário que seja realizado corte de
árvores, além da aplicação de produtos químicos para o branqueamento das folhas. Todo esse
processo causa poluição e traz diversos impactos ambientais negativos.
Para minimizar esses problemas, é fundamental investir na reciclagem de papel. A boa notícia é
que cerca de 46,3% de todo o papel produzido no Brasil já é reciclado, voltando para a cadeia
produtiva. Apesar do número animador, ainda é possível aumentar essa porcentagem por meio da
conscientização e incentivo à coleta seletiva nas residências e empresas de todo o País, assim
diminuindo o uso do “C”.
Como é feito o processo de reciclagem do papel?

Após o recolhimento do material, o papel passa por um controle de qualidade. Em seguida, o


material coletado é triturado e misturado com água para que suas fibras sejam separadas. O
passo seguinte é a centrifugação, que faz com que impurezas como areia e grampos sejam
separadas. Em seguida, são acrescentados alguns produtos químicos para retirada da tinta e
clareamento do papel. Se o intuito é obter um produto de alta qualidade, esse branqueamento
pode ser feito com aplicação de alvejante. Nesta etapa, a pasta de celulose está pronta para o
processo de refino, em que aditivos podem ser acrescentados à massa como sulfato de alumínio,
amido de milho, entre outros produtos.
Após a obtenção da pasta, o processo de fabricação do papel reciclado é bastante semelhante ao
da pasta de celulose virgem, podendo variar de acordo com o produto que se pretende obter:
papel higiênico, guardanapos, toalha de rosto, papel para impressão, sacolas, entre outros.

Vantagens da reciclagem de papel


Existem diversos benefícios que a reciclagem de papel traz para o meio ambiente, tais como:

 Redução do consumo de água;


 Redução do desmatamento;
 Economia de quase 80% de energia;
 Redução da poluição;
 Criação de empregos.

Precisa-se de um gasto bem extenso emergético da natureza para se produzir um bem, como
água, energia elétrica, minério, uso do solo, corte de florestas, energias da natureza que
captamos, para produzir bens, fornecendo para a sociedade e assim gerando resíduos, e carbono.
Portanto quanto mais recursos naturais, precisa – se, automaticamente mais carbono será
necessário e mais demanda do capital natural.

 Pesquisa, desenvolvimento e inovação, tecnologia, comunicação e ecoeficiência.

No mundo atual em que vivemos, a tecnologia tem bastante influência, numa nova visão
econômica dos recursos naturais como tecnologia aliada da sustentabilidade.
A ecoeficiência é uma das principais medidas que contribuem para um futuro sustentável. Este
conceito refere-se à disponibilização de bens e serviços capazes de satisfazer as necessidades
humanas e proporcionar qualidade de vida sem causar impactos ambientais e gastando o mínimo
dos recursos naturais não renováveis. Os produtos ecoeficientes também geram um menor
volume de resíduos em seus processos produtivos, trazendo ainda mais benefícios para o planeta.
No contexto de preservação do meio ambiente, o melhor sistema é aquele que consegue
minimizar seu impacto na natureza, desde o desenvolvimento até o momento do descarte final.
Com isso, visa-se entregar ao mercado bens e serviços que satisfaçam as necessidades humanas
de maneira qualificada. As marcas que conseguem ser eficientes tornam-se competitivas e não
desperdiçam matéria-prima.

Existem oito aspectos fundamentais para se avaliar a ecoeficiência de algum item ou serviço. São
eles:

 Diminuir a intensidade de materiais dos bens e serviços

 Diminuir a intensidade energética de bens e serviços;

 Minimizar a liberação de substâncias tóxicas;

 Ampliar a utilização sustentável de recursos renováveis;

 Promover a reciclagem dos materiais usados;


 Maximizar a utilização consciente dos recursos renováveis, fomentando a
sustentabilidade;

 Estender a vida útil dos itens;

 Auxiliar na educação do público sobre a gestão de recursos naturais e energéticos.


 Se esses pontos cruciais forem seguidos, a empresa está no caminho certo para a
ecoeficiência ambiental. Por consequência, o desempenho financeiro será positivo e a
experiência do público será favorável.

Tendo em vista que os segmentos agrícola e industrial são considerados os maiores culpados pelo
mau uso das fontes energéticas, a solução para os problemas ambientais passa necessariamente
por esses setores. Nesse sentido, bons donos de negócios veem a ecoeficiência como parte de sua
estratégia para o sucesso da empresa.

Por sua vez, o poder público tem de organizar campanhas que expliquem para população a
importância da ecoeficiência. Outra boa iniciativa é oferecer alguma forma de incentivo para os
negócios que se engajarem na causa ambiental. Quando comunidade e Estado se unem, é possível
alcançar melhores resultados para a natureza.

 Renda advinda da ‘opção por não poluir’

Quando um empresário, tem uma via tradicional de produção de determinado tipo de bem, uma
via ecologicamente mais limpa, menos poluidora, optando por não poluir.

Essa renda advinda será possível remunerar esse empresário, desde que todos na empresa, sigam
a política ambiental, começando pelo presidente até o último cargo.

A sustentabilidade empresarial deve ser levada em consideração por empresas de qualquer porte
e área de atuação.

O custo de continuar investindo em atividades não-sustentáveis pode ser baixo e mais acessível
em um primeiro momento, mas torna-se inviável a longo prazo. As empresas, no entanto, ainda
encontram desafios da disseminação das ações e práticas sustentáveis, desde o tomador de
decisão até o colaborador.

Uma empresa pode investir em ações sustentáveis e ser bem-sucedida. Mas, se não houver
esforços internos para divulgar esses resultados para a diretoria, funcionários, acionistas e até a
sociedade, esses investimentos e ações não serão percebidos.

É preciso ampliar o conhecimento acerca da sustentabilidade como um todo, dentro e fora da


empresa.

Tanto a comunicação interna quanto a externa, específicas sobre a atuação em favor da


sustentabilidade, deve acontecer de modo mais pragmático e menos romantizado. Dessa forma, a
sociedade irá perceber claramente as políticas de ações sustentáveis da empresa e seu impacto.

A própria diretoria também conseguirá observar que a sustentabilidade pode, sim, gerar lucros
para a empresa e gerar valor perante o mercado.
Aliar os dados mensuráveis dos relatórios para criar campanhas de comunicação, informando o
sucesso e a real atuação sustentável da empresa também garante esse reconhecimento.

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