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Engenharia de Produção I

Luanda, 2018

Engº José Ramiro


Apresentação e Expectativas

• Nome
• Aspiração Profissional
• Sua expectativa em relação a disciplina de Engenharia de Produção I

Engº José Ramiro


Conteúdos
1. Completação de poços (Revisão)
2. Sistema de Produção de Petróleo
3. Desempenho de poços
4. Danos na formação
5. Estimulação de Poços: Fraturamento hidráulico e Acidificação
6. Deposição de scale, remoção e prevenção (Trabalho nº1)
7. Controle de Areia (Trabalho nº 2)

Engº José Ramiro


Objetivos do curso

• Familiarizar o estudante com os aspectos fundamentais do processo de produção de óleo e gás

• Ajudar o estudante a identificar e propor soluções para os problemas que afetam a produtividade
de um poço de produção de hidrocarboneto

Engº José Ramiro


Critério de Avaliação

Avaliação

• 5% deveres de casa / trabalhos em grupo

• 25% Prova parcelar (uma)

• 70% Exame final

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Bibliografia
Bibliografia obrigatória

• Manual de Engenharia de Produção I

• Petroleum Production Engineering a Computer Assisted Approach (Elsevier, 2007)

Bibliografia Recomendada

• SPE Petroleum Production Engineering Handbook, Volume 4, 2007

• Petroleum Production Systems (Second Edition, Economides)

• Fundamentos de Engenharia de Petróleo (José Eduardo Thomas, Editora Interciência)

• Production Optimization (Dale Beggs)

• Artigos da SPE (SPE papers) – Serão anunciados para cada tópico

Carga Horária

• 6 horas/semana

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Pirâmide de Aprendizagem

Engº José Ramiro


Papel da Engenharia de Produção

A produção de petróleo envolve dois sistemas gerais distintos, mas intimamente conectados:

• O reservatório, que é uma rocha porosa com características únicas de armazenamento e fluxo;
• E as estruturas artificiais, que incluem o poço, cabeça do poço, dutos, manifold de produção, riser, instrumentos de medição,
bombas, compressores, separador e instalação de armazenamento etc.

A engenharia de produção é a parte da engenharia de petróleo que visa maximizar a produção de petróleo/gás de forma
económica sem descurar a segurança.

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Ciclo de vida de um campo petrolífero
Ciclo de vida de um campo petrolífero envolve as seguintes fases:

1. Ganhar Acesso Ganhar a concessão

Ocorrência de • Obtenção de informação


2. Exploração hidrocarboneto • Perfuração de 1 ou 2 poços

• Avaliação de reservas
• Perfuração de inúmeros poços,
Quantidade de dependendo do tamanho do
3. Avaliação hidrocarboneto reservatório e dados sísmicos

• Perfuração dos poços


4. Desenvolvimento Perfuração de poços
produtores e injetores

• Perfuração de mais poços


Manutenção da
5. Produção produção
produtores e injetores
• Intervenção & workover

• Planear P&As de acordo


6. Abandono com a avaliação de risco
• Plano de desmantelamento

Engº José Ramiro


Fase 1: Ganhar Acesso

Ganhar acesso – os aspetos técnicos poderão incluir o potencial tamanho das reservas a serem descobertas e produzidas
em determinadas regiões o que implicará, por exemplo, ter acesso a estudos que já tenham sido efetuados previamente
bem como os desafios técnicos com que se poderão como é o caso da exploração e produção em águas ultraprofundas.

As questões políticas e económicas incluem, entre outras, o risco de nacionalização, o regime fiscal e as previsões da taxa
de câmbio. Os problemas sociais e ambientais a serem estudados deverão incluir a disponibilidade mão de obra qualificada
na região e a legislação ambiental local. Associado a estes aspetos deverá ser incluída uma análise da competitividade da
empresa, verificando se a empresa terá alguma vantagem competitiva, que poderá ser o caso se a empresa já possuir uma
presença em determinado país, mesmo que em outra área de negócio.

A grande maioria das reservas mundiais é detida e operada pelas empresas petrolíferas nacionais , o que significa que
ganhar acesso a essas reservas implicará de alguma forma criar laços sustentáveis com essas empresas e respetivos
governos

Engº José Ramiro


Fase 2: Exploração

Exploração – tem como objetivo identificar campos petrolíferos cujo seu desenvolvimento
é comercialmente viável. Nesta fase, são realizadas as seguintes actividades:

• Levantamento sísmico
• Processamento e interpretação dos dados sísmicos – mapeamento do potencial reservatório
• Seleccionar a localização dos poços de exploração
• Perfurar e avaliar os dados do poço
• Análise de amostras para determinar a porosidade e permeabilidade
• Diagrafia para determinar a porosidade, saturação de água, óleo e gás
• Teste de produção para determinar a vazão e o máximo potencial de produção
• PVT para permitir a análise dos fluidos do reservatório e precisar a qualidade de óleo/gás e os FVF
• Construir o modelo computacional do reservatório e identificar e, onde possível remover as principais
incertezas através da analise de dados adicionais, reprocessamento sísmico, etc

Engº José Ramiro


Fase 3: Avaliação
Avaliação – tem como objetivo obter informações mais precisas sobre a
qualidade do reservatório(tamanho, forma e da capacidade de produção
da acumulação) de modos a auxiliar a tomada de decisão de prosseguir
ou não com o desenvolvimento do campo.

Nesta fase são desenvolvidas as seguintes actividades:


• Planeamento e execução de um programa adicional de aquisição de
dados sísmicos
• Reprocessar os dados sísmicos existentes para obter melhoria nos
resultados
• Perfurar poços de avaliação
• Avaliação dos resultados da sísmica e as actividades de perfuração
• Perfurar e avaliar os dados do poço
• Usar a informação obtidas na sísmica e programa de perfuração
para atualizar os modelos de simulação do reservatório
• Conceber o plano de desenvolvimento do campo e o estudo de
impacto ambiental do referido plano Engº José Ramiro
Fase 4: Desenvolvimento
Com base nos resultados dos estudos de viabilidade, e assumindo que
pelo menos uma opção é viável, um plano de desenvolvimento conceptual
do campo (CDP) pode ser formalizado e executado, passando à fase de
desenvolvimento de um projeto de Exploração & Produção.

O principal objetivo do CDP é servir como especificação concetual do


projeto no que diz respeito a instalações de superfície e sub superfície e
aos principais princípios operacionais e de manutenção necessários para
suportar uma proposta para o investimento que será necessário no futuro.
O CDP deverá dar à gestão e aos acionistas de determinado projeto a
certeza de que todos os aspetos do projeto foram identificados, avaliados
e discutidos entre todas as partes.

Após a aprovação do CDP seguem-se uma sequência de atividades


previas à entrada em produção de determinado campo, nomeadamente a
especificação detalhada dos equipamentos, a compra dos materiais
necessários, a fabricação e instalações das unidades de produção e o
comissionamento de todo o equipamento.

Engº José Ramiro


Fase 5: Produção
A fase de produção começa que as primeiras quantidades de hidrocarbonetos
comercializáveis (primeiro óleo) a fluir na cabeça do poço. Este momento marca uma
reviravolta em termos do cash flow do projeto, uma vez que daí em diante, é gerado
dinheiro que irá pagar os investimentos passados mas também avançar para novos
projetos. A produção irá depender em grande escala do perfil de produção projetado.
Este último irá determinar as instalações necessárias e o número e faseamento dos
poços a serem perfurados.

Tipicamente a fase de produção tem três fases distintas:

• Fase de build-up, com o início de produção dos primeiros poços;

• Fase de plateau onde ainda que alguns novos poços sejam iniciados, os mais
antigos poderão começar a diminuir. Nesta fase as instalações de produção estão a
funcionar em plena capacidade, com uma taxa de produção constante, sendo que
esta fase se prolonga por um período de dois a cinco anos num campo de petróleo,
mas mais longo tempo se for um campo de gás;

• Fase de declínio, durante a qual, usualmente a fase mais longa, todos os poços
entraram em declínio da produção.

Engº José Ramiro


Fase 6: Abandono
Abandono – a tempo de vida económica de um projecto normalmente termina quando o cash flow torna permanentemente negativo, entrando
assim o projecto na fase de abandono. Normalmente existem duas opções para deferir a fase de abandono, ou através da redução dos custos
operacionais ou através do aumento da produção.

Quando a produção do reservatório já não é suficiente para cobrir os custos, mas o equipamento ainda está na sua vida útil, a oportunidade
de desenvolver reservatórios vizinhos, que pela sua dimensão não seriam economicamente viáveis numa base stand alone, poderá surgir. Em
última instancia, todas as reservas economicamente viáveis serão produzidas e o campo será abandonado. A tarefa agora é planear como é
que a fase de abandono poderá ter um impacto mínimo em termos ambientais sem custos avultados.

As plataformas poderão ser desmontadas até uma profundidade acordada com as autoridades e estruturas de cimento poderão ser afundadas
em águas ultraprofundas. A gestão dos custos de abandono é uma questão que todas as empresas terão que fazer. Nas operações em terra, as
instalações podem ser desmanteladas faseadamente, evitando um pico de custos elevado coincidente com o fim da produção do campo. Já nas
operações no mar, os custos poderão ser bastante mais significativos, e mais dificilmente faseados. A provisão desses custos irá depender da
dimensão da empresa e do regime fiscal que lhe é aplicável. Tipicamente uma empresa terá um portfólio de ativos que estão em diferentes fases
do ciclo de vida. A correta gestão desses ativos irá permitir a otimização dos recursos financeiros, técnicos e de recursos humanos.

Engº José Ramiro


Profissionais da OGI
Cada estágio do ciclo de vida do campo requer a intervenção de profissionais com diferentes habilidades.

• Abaixo está resumido a abordagem multidisciplinar adoptado pela maioria das empresas em todos os estágios durante a vida do projeto.

Exploração Geólogo, geofísico, RE, PE, DE, CE

Avaliação Geólogo, geofísico, RE, PE, DE, CE

Desenvolvimento DE, CE, Engineering

Produção Geólogo, geofísico, RE, PE, Engineering

Abandono Engineering

Equipas de Suporte (Finanças, RH, TICs, Segurança, Logística, Relações pública )

A funções das equipes de Finança, RH, TICs, Segurança, Logística e Relações com o governo estão envolvidas na tomada de decisões
chaves do negócio
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Backslides

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Sistema de Produção de Petróleo

Engº José Ramiro


Esquema Simplificado de um Poço de Petróleo

Engº José Ramiro


Cabeça do Poço

Engº José Ramiro


Árvore de Natal

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Esquema de Completação de um Poço

Engº José Ramiro


Desempenho de Poço

Engº José Ramiro


Danos na Formação

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Acidificação

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Fraturamento Hidráulico

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Scale

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