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1. Conceito
O Direito Administrativo está intimamente ligado ao surgimento do Estado
liberal. Com o crescimento do individualismo nas relações privadas, os próprios
cidadãos passaram a exigir uma maior participação do Estado nas relações regidas pelo
Direito Privado, fazendo com que o Estado passasse a limitar ao exercício dos direitos
individuais em benefício do bem-estar da sociedade.
A partir deste momento, o Direito Administrativo alcançou sua autonomia,
passando a integrar as matérias do ramo do Direito Público Interno, regulando as
relações que envolvem a administração pública e seus administrados.
2. Objeto
Modernamente, o Direito Administrativo visa regular as atividades
administrativas de forma a satisfazer os direitos fundamentais. Isso quer dizer que, o
objeto deste ramo do Direito não se restringe apenas a regular as relações jurídicas de
Direito Público, mas regular todas as relações entre a administração pública e
administrados, sejam elas de Direito Público ou de Direito Privado.
Importante destacar que, o Direito Administrativo abrange também as
atividades inerentes à administração pública, mas que por algum motivo é exercida
por particular sob o regime do Direito Público, como por exemplo, nas concessões de
serviço público.
3. Natureza Jurídica
O Direito Administrativo é ramo do Direito Público Interno, pois visa regular os
interesses da administração pública e seus administrados, com fim a atingir a
finalidade do Estado.
4. Fontes
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
O Direito Administrativo brasileiro não encontra regulamentação em um corpo
de lei específico. Na verdade, as normas de cunho administrativo encontram previsão
no texto constitucional e em leis esparsas, além de outros diplomas normativos, como
atos, decretos, medidas provisórias e regulamentos.
Essas normas constituem a principal fonte do Direito Administrativo, mas não
podemos deixar de citar também como fonte a jurisprudência, súmula vinculante, a
doutrina, costumes e os princípios.
5. Características
O Direito Administrativo, assim como os demais ramos do Direito, possui
características próprias. São elas:
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Capítulo 2 Princípios
1. Conceito
Princípio é uma das fontes do Direito e se caracteriza por representar o
conjunto dos valores fundamentais de um ordenamento jurídico. São classificados
como normas jurídicas, possuindo forte atuação ao lado das regras jurídicas no
controle da atuação estatal. Essa normatividade dos princípios veio com o surgimento
do neoconstitucionalismo, momento em que a forte visão positivista do Direito foi
superada.
2. Noções Gerais
Os princípios que regem o Direito Administrativo podem estar expressos no
texto constitucional ou implícitos/reconhecidos em legislação infraconstitucional.
Esses princípios estabelecem diretrizes para o bom desenvolvimento da atividade
estatal.
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3.2. Princípio da impessoalidade:
Assim como o princípio da legalidade, o princípio da impessoalidade também
está previsto no art. 37 da Constituição Federal de 1988 e possui dois sentidos. No
primeiro, a atuação da administração pública deverá satisfazer o interesse público, ou
seja, a atuação administrava não pode visar atender os interesses dos seus agentes ou
de terceiros, sob pena de nulidade do ato praticado por desvio de finalidade.
O segundo sentido deste princípio está ligado à proibição da promoção pessoal
do administrador pelas realizações da administração pública. De acordo com o texto
constitucional, a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos
órgãos públicos dever ter caráter, meramente educativo, informativo e orientador.
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nas ações de planejamento, na redução do controle nas atividades-meio, na ampliação
da autonomia dos órgãos e entidades administrativas.
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Caiu na OAB
1. João foi aprovado em concurso público promovido pelo Estado Alfa para o cargo de
analista de políticas públicas, tendo tomado posse no cargo, na classe inicial da
respectiva carreira. Ocorre que João é uma pessoa proativa e teve, como gestor,
excelentes experiências na iniciativa privada. Em razão disso, ele decidiu que não
deveria cumprir os comandos determinados por agentes superiores na estrutura
administrativa, porque ele as considerava contrárias ao princípio da eficiência, apesar
de serem ordens legais. A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) João possui total liberdade de atuação, não se submetendo a comandos superiores,
em decorrência do princípio da eficiência.
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b) A liberdade de atuação de João é pautada somente pelo princípio da legalidade,
considerando que não existe escalonamento de competência no âmbito da
Administração Pública.
c) João tem dever de obediência às ordens legais de seus superiores, em razão da
relação de subordinação decorrente do poder hierárquico.
d) As autoridades superiores somente podem realizar o controle finalístico das
atividades de João, em razão da relação de vinculação estabelecida com os superiores
hierárquicos.
Resposta: C
Resposta: C
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Capítulo 3 Organização da Administração Pública
1. Introdução
Administração pública é o conjunto de órgãos, entidades e agentes que
integram a estrutura administrativa. O Estado Brasileiro possui sua organização
administrativa estabelecida no texto da Constituição Federal de 1988.
Antes de adentramos no tema da organização da administração pública
brasileira é de extrema importância a definição de alguns pontos que ajudam na
compreensão deste ponto.
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As sociedades atuais têm se tornado cada vez mais complexas e para
acompanhar essa nova realidade é imprescindível a adequação do Estado a essas
transformações.
O novo modelo de organização administrativa deve estar cada vez mais
próxima da sociedade, os órgãos e entes que compõem essa estrutura passam a ter
muito mais autonomia na busca da promoção do fim estatal. Com relação aos
particulares, a administração pública passa a ser mais consensual.
No Brasil, a Emenda Constitucional nº 19/1998 instituiu na administração
pública brasileira essas mudanças, passando de uma administração burocrática para
uma administração gerencial. Essa nova administração é caracterizada pela
descentralização política e pela eficiência.
3.1. Centralização
A centralização é caracterizada pelo exercício das atividades pelo próprio
Estado, através de seus entes, órgãos e agentes. É a própria administração direta que
atua para atender ao fim estatal.
3.2. Desconcentração
A desconcentração diz respeito à organização interna dentro de uma mesma
estrutura, ou seja, a atividade administrativa também é exercida pelo próprio Estado,
mas por mais de um órgão público por meio de repartição de competências.
3.3. Descentralização
Ocorre a descentralização quando o Estado transfere a função administrativa
para uma terceira pessoa, que integre a administração pública direta. Para que haja
descentralização é imprescindível a existência de duas pessoas: o Estado e a pessoa
que receberá a atribuição para executar o serviço.
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Não há no fenômeno da descentralização uma relação de hierarquia entre o
executor do serviço, mas sim uma vinculação.
A descentralização poderá ocorrer por outorga ou por delegação. Na outorga o
Estado cria uma entidade por meio de lei para a prestação de serviço específico, é o
que ocorre na administração indireta. Já, na descentralização por delegação, o Estado
transfere por contrato ou ato unilateral a execução de determinado serviço.
4. Organização em setores
Em razão da alta complexidade da organização da estrutura administrativa do
Estado, a doutrina majoritária estabelece uma divisão em setores.
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Resposta: C
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Capítulo 4 Administração Pública Direta
1. Introdução
Entende-se por administração pública direta o conjunto entre os entes
federativos e seus respectivos órgãos. A atuação desses entes dá-se por meio dos seus
órgãos de forma centralizada.
2. Órgãos Públicos
2.1. Conceito
Decorrentes do fenômeno da desconcentração, os órgãos públicos são
repartições internas dentro da estrutura de uma pessoa política ou jurídica, ausentes
de personalidade jurídica própria. Possuem como objetivo principal, tornar a
administração pública mais eficiente, por isso mesmo, são dotados de autonomia
gerencial. Estes órgãos estabelecem com o seu ente ou entidade criadora, uma
verdadeira relação de subordinação.
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No que concerne à competência para deflagrar o processo legislativo de tal lei
de criação ou extinção de órgão público, primeiro, é preciso atentar para o assunto
abordado pelo projeto de lei. No art. 61, §1º, II, da Constituição Federal, encontram-se
as hipóteses de iniciativa privativa do Presidente da República e, por conta do princípio
da simetria constitucional, dos demais Chefes do Poder Executivo.
Mais precisamente na alínea “e” do referido artigo encontra-se previsto que é
de iniciativa privativa do Presidente da República lei que disponha sobre criação ou
extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, em conformidade com o
art. 84, VI, também do texto constitucional.
2.4. Classificação
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Órgãos subalternos: são os órgãos de execução. Estão na base da pirâmide
hierárquica.
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d) O ato de insubordinação deveria ter sido constatado por meio de regular processo
administrativo, ao fim do qual poderia ser aplicada a penalidade de remoção.
Resposta: B
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Capítulo 5 Administração Pública Indireta
1. Conceito
A administração pública indireta resulta do fenômeno da descentralização, e é
composta pelas pessoas jurídicas criadas para exercerem atividades administrativas
vinculadas ao ente federativo criador.
Integram a administração pública indireta: as autarquias, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e as fundações públicas (de Direito Privado e de
Direito Público). Cada uma dessas entidades possui características próprias (que serão
apresentadas nos próximos tópicos).
2. Autarquias
Autarquia é pessoa jurídica de Direito Público criada por lei para exercer
atividade típica do Estado, integrando a estrutura da administração pública indireta.
De acordo com a legislação em vigor, autarquia é serviço autônomo, criado por
lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para desempenhar
atividades típicas da administração pública que requeiram uma gestão descentralizada.
2.3. Objeto
A autarquia será criada pera desempenhar atividade típica do Estado, ou seja,
objetivam a prestação de serviços públicos em sentido amplo.
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2.5. Patrimônio
O patrimônio das autarquias são considerados bens públicos. Decorrem da
transferência dos bens do ente criador, passando a pertencer à entidade criada. Estes
bens gozam dos mesmos privilégios dos bens públicos em geral.
2.8. Peculiaridades
3. Autarquias especiais
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As agências executivas são autarquias de regime especial que celebram
contrato de gestão com o Ministério supervisor e que tenham um plano de
reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento.
Encontram-se previstas na Lei nº 9649/98 e no Decreto nº 2487/98, seu
principal objetivo é exercer a atividade estatal com mais eficiência. Em regra, são
criadas por meio de decreto do Presidente da República.
4. Empresas Estatais
As empresas estatais são sociedades que estão sob o controle acionário do
Estado e integram a administração pública indireta. Podem apresentar-se sob a forma
de empresas públicas ou de sociedade de economia mista, previstas no Decreto-Lei nº
200/1967.
Em regra, as empresas estatais são criadas para que o Estado atue na
exploração de atividade econômica (Estado-empresário). No entanto, admite-se a
criação de estatais para a prestação de serviço público.
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As empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito Privado que integram a
administração pública indireta. São criadas por meio de autorização legal, podendo
assumir qualquer forma societária prevista em lei.
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5. Fundações Estatais
As fundações estatais são entidades criadas para integrar a administração
pública indireta com o objetivo de satisfazer objetivos sociais, portanto, não possuem
fins lucrativos. Quanto a natureza jurídica, a doutrina majoritária entende que podem
ser de Direito Público (autarquia fundacional) ou Privado.
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6. Consórcio Público
De acordo com a legislação em vigor, o consórcio público é a gestão associada
de serviços públicos, ou seja, a união de entes federativos para a criação de uma
pessoa jurídica para a prestação de determinado serviço. Trata-se de uma verdadeira
cooperação entre os entes.
Com a edição da Lei nº 11107/05, os consórcios públicos passam a ser tratados
como contratos, cuja celebração fica condicionada a um protocolo de intenção. Este
protocolo deverá ser aprovado pela casa legislativa de cada ente integrando do
consórcio, sendo aprovado e devidamente assinado, o consórcio torna de fato um
contrato. O consórcio público se exterioriza por meio de uma pessoa jurídica que
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poderá ser de Direito Público (são as denominadas associações públicas) ou de Direito
Privado.
Dois tipos de contrato são celebrados pelos consórcios públicos, são eles: o
contrato de rateio e o contrato de programa.
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d) A entidade administrativa poderá optar entre o regime estatutário e o regime de
emprego público para a admissão de pessoal, mas, em qualquer dos casos, deverá
realizar concurso público para a seleção de pessoal.
Resposta: C
Resposta: C
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Capítulo 6 Concessão e Permissão de Serviço Público
1. Concessão x permissão
Concessão e permissão são formas de delegação de serviço público e estão
previstas na Constituição Federal de 1988.
Antigamente, a concessão era concebida na forma de contrato e a permissão
como mero ato administrativo precário e discricionário. Desta forma, a concessão
deveria ser precedida de licitação, enquanto que para a permissão não havia essa
exigência. Com o advento da Lei 8987/95, a permissão de serviço público passou a ser
celebrada por meio de contrato. O STF trata a concessão e a permissão como
sinônimos, haja vista que o art. 175, p.u., I da CRFB afastou qualquer distinção entres
esses institutos.
Concessão Permissão
2. Modalidades de concessão
A concessão poderá ser: comum ou especial (parceria público-privada).
3. Concessão comum
A concessão comum é a forma pela qual o Poder Público delega a execução do
serviço para um terceiro mediante contrato, está prevista na Lei nº 8987/95. Vejamos
as principais características dessa modalidade de concessão:
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civil
4. Concessão especial
A concessão especial, ou parceria público-privada (PPP), é todo contrato
firmado entre o Estado e o particular para a execução de algum interesse público nas
modalidades previstas na Lei nº 11079/2004.
Esta modalidade de concessão se divide em: PPP patrocinada e PPP
administrativa.
Conforme estabelecido em lei, a PPP patrocinada será aquela em que há
contraprestação pecuniária do parceiro público para o particular, além da tarifa
cobrada dos usuários (tarifa + contraprestação). Tem como objeto a execução de
serviço público.
Por sua vez, a PPP administrativa é o contrato de prestação de serviço em que o
próprio Estado é o usuário, devendo envolver a execução de obra ou fornecimento e
instalação de bens. Nessa modalidade de concessão, o concessionário é remunerado
integralmente pelo poder público.
Vejamos outras particularidades da concessão especial:
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legislativa;
Na fase interna da licitação deve-se observas as
Licitação exigências do art. 10 da Lei 11079/04, como por
exemplo, o procedimento de manifestação de
interesses (PMI);
Deve ser realizada na modalidade concorrência, no
entanto, o poder concedente poderá inverter as fases
de habilitação e julgamento;
5. Autorização
A doutrina majoritária reconhece a autorização como forma de delegação de
serviço público, sendo esta considerada como mero ato administrativo precário e
discricionário.
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b) A constituição de sociedade de propósito específico - SPE, sociedade empresária
dotada de personalidade jurídica e incumbida de implantar e gerir o objeto da
parceria, deve ocorrer após a celebração de um contrato de PPP.
c) O contrato deverá prever o pagamento de remuneração fixa vinculada ao
desempenho do parceiro privado, segundo metas e padrões de qualidade e
disponibilidade nele definidos.
d) A contraprestação do Estado deverá ser obrigatoriamente precedida da
disponibilização do serviço que é objeto do contrato de parceria público-privada; dessa
forma, não é possível o pagamento de contraprestação relativa à parcela fruível do
serviço contratado.
Resposta: A
Resposta: C
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Capítulo 7 Terceiro Setor
1. Conceito
Terceiro setor diz respeito às entidades da sociedade civil sem fins lucrativos,
que celebram parcerias com o Estado para desempenhar atividades socialmente
relevantes. Essas entidades devem ser sempre de Direito Privado (associações ou
fundações).
2. Características
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3.2. Organização Social (OS)
As organizações sociais estão regulamentadas na Lei 9637/98. Trata-se de
entidades privadas que celebram contrato de gestão com o Estado para a busca de
metas sociais, em contrapartida recebem uma contraprestação pública. A qualificação
de uma entidade privada como organização social é atividade discricionária da
administração pública.
4. Aspectos relevantes
5. Licitação
É entendimento majoritário a desnecessidade de licitação para a formalização
de parcerias com o terceiro setor, uma vez que essas parcerias possuem natureza
jurídica de convênio. No entanto, o poder público deverá respeitar o princípio da
impessoalidade ao firmar parcerias com essas entidades.
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Resposta: D
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1. Conceito
Não há na doutrina um consenso a cerca do conceito de serviço público. A
doutrina majoritária brasileira adota o conceito amplo em que o serviço público é toda
atividade criada por lei, cujo o titular é o Estado ou particular delegatário, com o
objetivo de atender ao interesse público, sendo submetida ao regime do Direito
Público.
2. Criação
O serviço público é atividade criada pela lei ou pela Constituição.
3. Princípios
Ao longo da evolução histórica, diversos princípios foram absorvidos pelo
campo do serviço público. Abaixo, listaremos os principais princípios reconhecidos pela
doutrina majoritária:
Esta questão chegou no STJ a partir do conflito entre duas normas: o art. 22 do CDC e
o art. 6o, § 3o, II da Lei nº 8.987/95. Em razão do princípio da especialidade, foi
consolidado o entendimento pela aplicabilidade da Lei 8.987/95. Porém, o próprio STJ
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traz uma exceção, que é quando o Estado é o usuário do serviço. Neste caso, a
concessionária não poderá efetuar o corte quando o Estado estiver prestando serviço
essencial para a coletividade, como por exemplo, em hospitais públicos e creches.
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4. Classificação
A doutrina estabelece diversos critérios para a classificação do serviço público.
Vejamos abaixo as mais importantes:
5. Modalidades
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6. CDC
Conforme a legislação em vigor, os serviços públicos submetem-se às regras do
Código de Defesa do Consumidor (CDC). A doutrina diverge bastante quanto a
amplitude da aplicação do CDC aos serviços públicos. Diversas teorias surgiram para
debater o tema, sendo tese majoritária atualmente a incidência do CDC apenas aos
serviços individuais (uti singuli) remunerados por meio de tarifa.
Caiu na OAB
Resposta: A
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1. Conceito
Poderes administrativos são prerrogativas que a Administração Pública possui
para que, no exercício das suas atividades, concretize os interesses da coletividade.
Estes poderes podem ser utilizados de forma isolada ou conjunta.
No exercício desses poderes, a Administração Pública deverá atuar
estritamente conforme as hipóteses impostas da lei (poder vinculado) ou poderá atuar
fazendo um juízo de conveniência e oportunidade, tendo uma maior liberdade de
atuação, mas sempre dentro dos limites legais (poder discricionário).
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Legislação (ou ordem de polícia): diz respeito a edição de normas que limitam
e condicionam o exercício de atividades privadas e uso de bens. Está atrelado
ao princípio da legalidade.
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Das fases apresentadas, as únicas que estão sempre presentes em qualquer poder de
polícia são: a legislação e a fiscalização. Isso ocorre, pois o consentimento existirá
quando for necessária a expedição de licença ou autorização; e, a sanção quando
houver alguma irregularidade.
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Resposta: C
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1. Conceito
Ato administrativo é espécie do gênero ato jurídico, que se caracteriza por ser
ato unilateral da Administração Pública ou de particular delegatário, sujeitos ao regime
do Direito Público para a produção de efeitos jurídicos com a finalidade de atender o
interesse público.
Os atos administrativos são típicos do Poder Executivo, mas também poderão
editar esses atos o Poder Legislativo e Judiciário no exercício de gestão interna.
Por vezes a Administração atua no âmbito do Direito Privado, isso ocorre
através das entidades que atuam no domínio econômico, como por exemplo, as
empresas públicas e sociedades de economia mista. Nestes casos, os atos emitidos por
essas entidades também serão considerados administrativos, quando editados no
exercício de atividade administrativa por imposição constitucional, sendo impugnáveis
através de mandado de segurança.
2. Fato administrativo
Trata-se de eventos materiais que repercutem no mundo jurídico. Em regra, é
mera consequência dos atos administrativos.
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A liberdade de atuação do agente público será definida pela lei. Essa atuação
poderá ser discricionária ou vinculada.
A atuação será discricionária quando o legislador autorizar a edição do ato por
meio de critérios de conveniência e oportunidade. Já, na atuação vinculada, o agente
não possui nenhuma margem de liberdade, devendo seguir todos os elementos
previstos na norma.
Súmula 473 do STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
5. Atributos do ato
São atributos do ato administrativo: a presunção de legitimidade,
imperatividade e autoexecutoriedade.
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
Por este atributo presume-se que ato administrativo está conformidade com o
ordenamento. Este atributo é inerente a todo administrativo, independentemente de
norma, estando presente desde a edição do mesmo. Verificada alguma ilegalidade,
caberá ao administrado o ônus da prova de existência de vício no ato.
5.2. Imperatividade
A administração Pública pode, unilateralmente, criar obrigações ou impôr
restrições aos administrados.
5.3. Autoexecutoriedade
A Administração Pública pode executar atos independentemente de prévia
autorização judicial, inclusive utilizando-se da força, desde que de forma moderada.
6. Classificação
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
7. Espécies
8. Extinção
8.1. Anulação
A anulação ocorrerá quando o ato possuir vício de legalidade. A ilegalidade do
ato está na sua origem, sendo assim, sendo anulado o ato, essa extinção terá efeito
retroativo. Porém em certas ocasiões por razões de segurança jurídica, o ato ilegal
poderá surtir efeito por decisão devidamente motivada, modulando-se assim os seus
efeitos. Vide súmula 473 do STF.
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8.2. Caducidade
Ocorre a caducidade quando o ato administrativo editado deixar de ser
compatível com nova norma jurídica.
8.3. Cassação
Extinção do ato administrativo em decorrência do descumprimento das
condições impostas pela Administração Pública.
8.4. Revogação
Ocorre a revogação quando o ato for extinto por critério de conveniência e
oportunidade da própria Administração Pública.
9. Convalidação ou sanatória
A convalidação ou sanatória ocorrerá sempre que o ato possuir vício sanável.
Neste caso, a convalidação surtirá efeitos retroativos. Poderá ser:
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Resposta: A
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1. Conceito
O processo administrativo nada mais é que uma sequência de atos pelo qual é
possível obter uma decisão administrativa. Em âmbito federal, essa sequência de atos
é regulada pela Lei 9784/1999.
2. Classificação
3. Princípios
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3.3. Oficialidade
Por este princípio a Administração pode instaurar e dar impulso ao processo,
independentemente de provocação da parte interessada.
3.5. Publicidade
O processo administrativo deve ser transparente, com ampla publicidade de
todos os atos.
3.7. Motivação
Este princípio garante a motivação de todos os atos administrativos.
3.8. Gratuidade
O princípio da gratuidade veda a cobrança de despesas processuais nos
processos administrativos, salvo quando for estipulado em lei.
3.9. Participação
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3.10. Recorribilidade
Garante às partes a possibilidade de interposição de recursos contra decisões
em processos administrativos.
5. Recursos
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5.4. Revisão
Através da revisão é possível solicitar a qualquer momento a revisão da decisão
quando surgir fato novo ou circunstância relevante.
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Resposta: D
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Capítulo 12 Licitação
1. Conceito
Em regra, toda vez que a Administração Pública for contratar ela deverá realizar
um procedimento prévio denominado licitação. A licitação tem por objetivo buscar a
proposta mais vantajosa observando sempre o princípio da isonomia.
A licitação terá como objeto o conteúdo do contrato a ser realizado,
estabelecendo a Lei 8666/93 quatro objetos: as obras, os serviços, compras e
alienações.
2. Princípios
O processo de licitação, além de respeitar os princípios expressos na
Constituição, deverá observar alguns princípios específicos. São eles:
2.1. Competitividade
O princípio da competitividade indica que a Administração Pública deverá
buscar a proposta mais vantajosa. Quanto mais a licitação for competitiva, mais
vantajosa será a proposta para a Administração.
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5. Destinatários
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6. Contratação direta
A regra para contratação pelo Poder Público é a licitação. No entanto, a lei em
vigor estabelece algumas situações em que o Poder Público poderá contratar
diretamente, seja por ser inviável por ausência de competição ou inconveniente.
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7. Modalidades de licitação
A legislação estabelece algumas modalidades de licitação cujos critérios devem
ser observados pela Administração Pública. Estas modalidades estão previstas na Lei
8666/93 (concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão), Lei 10520/2002
(pregão) e Lei 9986/2000 (consulta).
OBSERVAÇÃO! Há, ainda, outra modalidade denominada RDC (Regime
diferenciado de contratação), que será estudada com detalhes mais à frente.
7.1. Concorrência
É a modalidade utilizada para contratações de grande vulto, sendo cabível para
valores acima de R$ 1.500.000,00 nas contratações de obras e serviços de engenharia
e valor acima de R$ 650.000,00 para compras e demais serviços. É a regra para os
processos licitatórios e está prevista no art. 23 da Lei nº 8666/1993.
7.3. Convite
Convite é modalidade de licitação prevista no art. 23 da Lei nº 8666/1993
exigível para contratações de menor vulto. Desta forma, as obras e serviços de
engenharia de valor até R$ 150.000,00 e compras e demais serviços até R$ 80.000,00
seguirão a modalidade convite. Importante lembrar que, em relação aos consórcios
aplicar-se-ão as mesmas regras mencionadas no item anterior.
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7.4. Concurso
Haverá o concurso para escolha de trabalho técnico, artístico e científico,
mediante entrega de prêmio ou remuneração. Esta modalidade está prevista no art. 22
da Lei 8666/1993.
A modalidade concurso não se confunde com o concurso público, pois na
primeira o objetivo é a contratação de trabalho, e, na segunda o objetivo é o
provimento de cargo ou emprego público.
7.5. Leilão
O leilão está previsto no art. 22 da Lei nº 8666/1993, é a modalidade de
licitação para alienação de: bens móveis inservíveis, produtos legalmente apreendidos
ou penhorados e bens imóveis adquiridos em procedimentos judiciais ou mediante
dação em pagamento.
Será definido um valor mínimo de arrematação para o bem a ser leiloado,
sendo declarado vencedor aquele que oferecer maior lance (igual ou superior) ao valor
da avaliação.
7.6. Pregão
O pregão é modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns.
Está previsto na Lei nº 10520/2002.
Entende-se por bem ou serviço comum aqueles cujos padrões de desempenho
possam ser objetivamente definidos no edital, por meios das especificações usuais no
mercado.
7.7. Consulta
São as licitações realizadas pelas agências reguladoras. Encontra previsão na Lei
nº 9986/2000. Esta modalidade será cabível quando não for possível a realização de
licitação na modalidade pregão.
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8. Procedimento
O procedimento licitatório variará de acordo com a modalidade adotada.
8.3. Habilitação
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8.4. Julgamento
Nesta fase, a Administração Pública irá selecionar a melhor proposta através
dos seguintes critérios objetivos: menor preço, melhor técnica, técnica e preço, e,
maior lance ou oferta.
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9. Anulação e revogação
Ocorrerá anulação da licitação quando for verificada alguma ilegalidade no
procedimento, podendo ser declarada pela própria Administração Pública ou pelo
Poder Judiciário. Pode ser declarada a qualquer momento, não gerando, em regra o
dever de indenizar.
Já, a revogação ocorrerá por razões de interesse público ou de fatos
supervenientes devidamente comprovados. Somente a Administração Pública poderá
revogar licitação, podendo ser feita a qualquer momento. De acordo com a doutrina
majoritária, a revogação gera direito de indenização pelas despesas realizadas pelo
vencedor da licitação.
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Caiu na OAB
Resposta: C
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1. Conceito
É o contrato firmado entre a Administração Pública e um particular para a
execução de atividades de relevante interesse público. Estes contratos possuem duas
espécies, são elas:
2. Características
relação ao particular.
Instabilidade: A Administração Pública possui a prerrogativa de alterar
unilateralmente o contrato ou até mesmo de rescindi-los.
3. Sujeitos do contrato
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5. Cláusulas exorbitantes
As cláusulas exorbitantes caracterizam-se pelo desequilíbrio contratual e estão
previstas no art. 58 da Lei nº 8666/1993. Vejamos abaixo as cláusulas exorbitantes
previstas na legislação.
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Quando se tratar rescisão por culpa da Administração, esta rescisão deverá dar-
se por meio de acordo na via administrativa ou mediante sentença decorrente da
propositura de ação judicial.
5.3. Fiscalização
A Administração Pública tem a obrigação de fiscalizar a execução do contrato.
5.4. Sanções
No caso de inexecução do contrato, seja parcial ou total, a Administração
Pública poderá aplicar as seguintes sanções: advertência, multa, suspensão temporária
de participação em licitação, impedimento de contratar com a Administração por até 2
anos e declaração de idoneidade.
6. Equilíbrio econômico-financeiro
O equilíbrio econômico-financeiro garante ao contratado e a Administração
Pública a manutenção das condições pactuadas no contrato. Vejamos alguns
mecanismos utilizados para a manutenção deste equilíbrio.
6.1. Reajuste
O reajuste garante a preservação do valor do contrato em decorrência da
inflação. É aplicado anualmente por meio de índices de preços gerais, setoriais ou que
reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados no contrato.
Trata-se de cláusula necessária nos contratos que incidirá sempre sobre as
cláusulas econômicas e sobre fatos previsíveis.
6.2. Revisão
A revisão decorre da lei, podendo incidir em qualquer cláusula contratual.
Restaura o equilíbrio econômico-financeiro do contrato, pois se referem a fatos
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6.4. Repactuação
A repactuação é admitida nos contratos de terceirização de serviços, devendo
considerar a variação de custos comprovada pelo contratado. Esta só poderá ser
efetivada após 12 meses.
Contratações previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24 da Lei nº
8666/1993;
8. Prorrogação
A prorrogação do contrato é exceção. Somente é admitida se observar os
seguintes requisitos:
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9. Inexecução contratual
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Caiu na OAB
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Resposta: A
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2. Fundamento
A ordem econômica fundamenta-se na valorização do trabalho humano e na
livre iniciativa, conforme disposto no art. 170 da Constituição Federal de 1988.
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3. Espécies de intervenção
O Estado pode intervir na economia direta (quando o Estado atua na produção
de bens e serviços) ou indiretamente (quando impõe normas, regulação...).
As principais formas de intervenção do Estado na economia são: planejamento,
regulação, fomento, repressão ao abuso econômico e exploração direta da atividade
econômica.
4. Planejamento
A Intervenção do Estado na economia requer que seja feito um planejamento a
fim de indicar os motivos, meios e as metas que deverão ser implementadas para
atingir o interesse público.
O objetivo principal do planejamento encontra fundamento no Princípio da
Eficiência (art. 174 da CRFB).
Existem diversos instrumentos para que o planejamento se efetive. Os
principais são: o plano geral de governo, os programas sociais, o orçamento anual e o
programa financeiro de desembolso.
5. Regulação
Entende-se por regulação a atuação do Estado com o fim de coordenar
determinadas atividades privadas, garantindo a livre concorrência e a prestação de
serviços públicos. Trata-se de forma de intervenção indireta do Estado na economia. A
atividade regulatória do Estado possui as seguintes características: edição de normas,
implementação delas, fiscalização pelo cumprimento delas e punição pelas infrações.
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6. Fomento
Entende-se por fomento os incentivos estatais para o desenvolvimento de
determinadas atividades com o objetivo de satisfazer o interesse público. O fomento
encontra previsão no art. 174 da Constituição Federal de 1988.
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Capítulo 15 Intervenção do Estado na propriedade
1. Conceito
A intervenção do Estado na propriedade nada mais é que a imposição de
restrições ou de condições na propriedade para atender questões de interesse público
e a função social da propriedade.
2. Modalidades
Nossa legislação divide a intervenção do Estado na propriedade em dois
grandes grupos: intervenção restritiva e intervenção supressiva.
3. Servidão
Trata-se de um direito real público que autoriza que a Administração Pública
utilize propriedade imóvel particular para execução de obras ou serviço de interesse
público. Embora se assemelhe com o instituto da servidão prevista no Direito Civil,
uma não se confunde com a outra, pois a primeira ocorre no bojo de uma relação
privada enquanto que a servidão administrativa ocorre para atender interesse público.
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formalizam acordo por escritura, garantindo o uso do imóvel para atender interesse
público. Quando não houver possibilidade de acordo, a servidão será instituída
mediante sentença judicial.
3.2. Indenização
Em regra, não há pagamento de indenização em decorrência da instituição da
servidão, pois não há perda de propriedade. No entanto, o proprietário do imóvel
poderá ser indenizado pelos eventuais danos ou prejuízos que o imóvel vier a sofrer.
Sendo necessário indenizar, a quantia não poderá elevar-se até o valor do bem.
Na indenização deverá estar incluso: juros moratórios, juros moratórios, correção
monetária, honorários advocatícios e despesas judiciais.
3.2. Extinção
A servidão administrativa é, em regra, permanente, permanecendo assim,
enquanto for necessária para que se atinja os objetivos que motivaram a sua
instituição.
4. Requisição
A requisição administrativa ocorre quando em situação de perigo público
iminente, o Estado utiliza um bem (móvel ou imóvel) pertencente a particular para
atender alguma situação urgente. Está previsto no art. 5o, XXV da Constituição Federal
de 1988.
4.1. Indenização:
O proprietário só será indenizado pelos danos que o bem vier a sofrer, sendo o
pagamento realizado após a utilização do bem.
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5. Ocupação temporária
Ocupação temporária é a forma de intervenção estatal na propriedade em que
o Estado usa temporariamente imóvel particular para execução de obra e serviço
público.
5.2. Indenização
O pagamento de indenização está condicionado aos danos que o imóvel vier a
sofrer por conta da ocupação.
6. Limitação
A limitação administrativa é o meio pelo qual a Administração Pública impõe
obrigações ao proprietário de imóvel, para que a propriedade atenda a sua função
social. É forma de intervenção na propriedade que deriva do poder de polícia.
7. Tombamento
O tombamento visa a proteção do patrimônio histórico e cultural, por
manifestação expressa da Administração Pública. Está previsto no art. 216, § 1 o da
Constituição Federal de 1988 e regulamentado pelo Decreto-lei 25/1937.
7.1. Objeto
O tombamento pode ser realizado em bem móvel ou imóvel.
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7.2. Modalidades de tombamento:
7.4. Efeitos
O tombamento gera importantes efeitos para o proprietário, para a
administração Pública e até mesmo, para terceiros. Vejamos esses efeitos:
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competente;
Caso não possua recursos suficientes, o proprietário deverá comunicar o órgão
7.5. Indenização
A indenização depende da comprovação de prejuízo, sendo de 05 anos o prazo
prescricional para propositura de ação indenizatória.
8. Desapropriação
Desapropriação é forma de intervenção drástica/supressiva na propriedade
pela qual o Estado transfere para si a propriedade de bem imóvel alheio em razão de
utilidade ou necessidade pública, e, interesse social. Trata-se de forma originária de
aquisição da propriedade.
Esta forma de intervenção encontra fundamento no art. 5o, XXIV do testo
constitucional, que dispõe o seguinte: “a lei estabelecerá o procedimento de
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante
justa e prévia indenização em dinheiro”.
8.1. Modalidades
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8.2. Procedimento
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8.3.3. Sentença
A sentença põe fim ao processo de desapropriação, autorizando a imissão
definitiva na posse para o expropriante, com a devida transcrição da propriedade no
RGI.
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8.5. Desapropriação por zona
A desapropriação por zona ocorre quando uma grande extensão de área é
desapropriada para a realização de obra, ficando as áreas vizinhas reservadas para
continuação posterior de obra ou serviço ou para alienação em decorrência da
valorização da área.
Caiu na OAB
1. O Estado “X” pretende fazer uma reforma administrativa para cortar gastos. Com
esse intuito, espera concentrar diversas secretarias estaduais em um mesmo prédio,
mas não dispõe de um imóvel com a área necessária. Após várias reuniões com a
equipe de governo, o governador decidiu desapropriar, por utilidade pública, um
enorme terreno de propriedade da União para construir o edifício desejado.
Sobre a questão apresentada, assinale a afirmativa correta.
a) A União pode desapropriar imóveis dos Estados, atendidos os requisitos previstos
em lei, mas os Estados não podem desapropriar imóveis da União.
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b) Para que haja a desapropriação pelo Estado “X”, é imprescindível que este ente
federado demonstre, em ação judicial, estar presente o interesse público.
c) A desapropriação é possível, mas deve ser precedida de autorização legislativa dada
pela Assembleia Legislativa.
d) A desapropriação é possível, mas deve ser precedida de autorização legislativa dada
pelo Congresso Nacional.
Resposta: A
2. O Município Beta foi assolado por chuvas que provocaram o desabamento de várias
encostas, que abalaram a estrutura de diversos imóveis, os quais ameaçam ruir,
especialmente se não houver imediata limpeza dos terrenos comprometidos. Diante
do iminente perigo público a residências e à vida de pessoas, o Poder Público deve,
prontamente, utilizar maquinário, que não consta de seu patrimônio, para realizar as
medidas de contenção pertinentes. Assinale a opção que indica a adequada
modalidade de intervenção na propriedade privada para a utilização do maquinário
necessário.
a) Requisição administrativa.
b) Tombamento.
c) Desapropriação.
d) Servidão administrativa.
Resposta: A
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Capítulo 16 Bens Públicos
1. Conceito
A doutrina majoritária conceitua bem público a partir da redação do art. 98 do
Código Civil, pela qual considera-se bem público “os bens do domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno”.
Há discussão acerca dos bens pertencente à pessoa jurídica de Direito Privado,
pertencente à Administração Pública. Nestes casos, sujeitar-se-ão ao regime jurídico
do bem publico aqueles bens que estiverem sendo utilizados na prestação de algum
serviço público.
2. Características
Os bens públicos possuem algumas características que os distinguem dos bens
privados, que formam o regime jurídico dos bens públicos. Vejamos:
2.2. Impenhorabilidade
A penhora nada mais é que o ato de constrição judicial de bens do devedor
para satisfazer o credor. Os bens públicos não são suscetíveis de penhora por
disposição prevista no texto constitucional.
2.3. Imprescritibilidade
Os bens públicos são imprescritíveis, ou seja, não podem ser adquiridos por
meio de usucapião.
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
2.4. Não onerabilidade
Os bens públicos não podem ser gravados em garantia real, ou seja, não podem
ser dados em penhor, anticrese e hipoteca.
3. Classificação
Indisponíveis por natureza: são os bens de natureza não patrimonial que não
podem ser alienados e nem onerados;
Patrimoniais indisponíveis: são os bens afetados por uma destinação pública e
que por isso a Administração Pública não pode dispor;
Patrimoniais disponíveis: são os bens que podem ser alienados, na forma que a
lei estabelecer.
4. Afetação e desafetação
Estes institutos estão relacionados a vinculação ou não de um bem a uma
finalidade pública.
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
Na afetação o bem está atrelado a finalidade pública, estes bens são de uso
comum do povo ou de uso especial. O bem ficará afetado por meio de disposição legal,
ato administrativo ou fato administrativo.
Já, na desafetação, é retirada do bem a sua destinação pública. São os bens
dominicais, podendo ser implementada da mesma forma que a afetação.
5.3.1. Autorização
Ato administrativo discricionário e precário que concede ao particular o uso de
bem público, baseado em critério de conveniência e oportunidade.
5.3.2. Permissão
Ato administrativo discricionário e precário que concede ao particular o uso de
bem público, atendendo interesse público e privado.
5.3.3. Concessão
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
Contrato administrativo que concede ao particular o uso de bem público para
atender interesse público.
6. Espécies
Terras devolutas;
Terrenos de marinha e acrescidos;
Terrenos reservados;
Terras indígenas;
Plataforma continental;
Ilhas;
Faixa de fronteiras;
Águas públicas.
Caiu na OAB
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
a) O terreno não estava afetado a um fim público, razão pela qual pode ser adquirido
por usucapião.
b) O terreno é insuscetível de aquisição por meio de usucapião, mesmo sendo um bem
dominical.
c) O poder público municipal não poderá alienar a área em questão, dado que todos os
bens públicos são inalienáveis.
d) O bem será classificado como de uso especial, caso haja a reintegração de posse e o
município decida construir uma grande praça no local anteriormente ocupado pela
família.
Resposta: B
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Capítulo 17 Agentes Públicos
1. Conceito
Agentes públicos são as pessoas responsáveis por externalizar a vontade do
Estado e pelo exercício da função pública.
2. Espécies
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3. Cargo Público
Para iniciar este tópico, é importante estabelecer uma distinção entre cargo,
emprego e função pública. Desta forma:
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Cargo de carreira: são os cargos divididos em classe, admitindo a progressão
funcional;
Cargo efetivo: são os cargos que garante ao seu ocupante a estabilidade;
Cargo vitalício: são os cargos que garante ao seu ocupante a vitaliciedade;
Cargo em comissão: são cargos de livre nomeação e exoneração, não
dependendo da realização de concurso público para que seja ocupado. O cargo
em comissão não se confunde com a função de confiança, pois para o primeiro
pode ser nomeada pessoa que não integra o quadro funcional, enquanto que
na segunda deve ser ocupada exclusivamente por servidor estatutário.
3.3.1. Originário
O provimento originário ocorre quando o ocupante não possui vínculo anterior
com a Administração Pública. É formalizado através da nomeação de candidato
aprovado em concurso público, salvo exceções previstas na constituição (ministros do
STF e STJ e o quinto constitucional).
3.3.2. Derivado
O provimento derivado ocorre quando o ocupante já possui vínculo anterior
com a Administração Pública. São formas de provimento derivado:
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
Reintegração: é o retorno do servidor demitido ilegalmente ao cargo anterior,
com ressarcimento dos rendimentos não recebidos.
Recondução: é o retorno do servidor ao cargo de origem quando este servidor
for inabilitado em estágio probatório referente a outro cargo ou quando
houver reintegração de servidor demitido ilegalmente.
3.3.3. Vacância
Ocorre vacância quando determinado cargo não estiver ocupado. São fatos que
ensejam vacância, conforme determina a legislação brasileira: exoneração, demissão,
promoção, readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo e falecimento.
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
contratual. A competência para processar e julgar estes agentes é da justiça
trabalhista.
Regime especial: é aplicável aos agentes públicos temporários, devendo ser
observada a existência de lei regulamentadora com previsão de contratação
temporária, o prazo da contratação, a necessidade temporária e o interesse
público que deverá ser excepcional. O vínculo com a administração será
contratual, sendo competente para processar e julgar esses agentes, a justiça
comum.
5. Estabilidade
Estabilidade é garantia de permanência no cargo conferida ao servidor público
estatutário que ocupa cargo efetivo, após três anos de efetivo exercício (estágio
probatório) e com aprovação na avaliação especial de desempenho.
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Servidor não efetivo e não estável: são os empregados públicos.
6. Vitaliciedade
Vitaliciedade é garantia de permanência no cargo conferida ao servidor que
ocupa cargo vitalício, após o efetivo exercício no prazo de dois anos (estágio de
vitaliciamento). Por se tratar de uma garantia mais forte que a estabilidade, o
ocupante de cargo vitalício só poderá ser demitido após sentença judicial transitada
em julgado.
Possuem cargos vitalícios: ministros e conselheiros dos Tribunais de Contas,
magistrados e membros do Ministério Público.
7. Concurso Público
O concurso público é a regra para o provimento de cargos públicos, salvo
estipulação em contrário. Trata-se de obrigatoriedade imposta pelo art. 37 do texto
constitucional, este próprio dispositivo enumera as situações em que o concurso será
inexigível. São elas: ocupantes de cargo em comissão, servidores temporários,
ministros dos tribunais superiores e dos Tribunais de Contas, magistrados que
ingressarem pelo quinto constitucional, agentes de saúde, agentes de combate à
endemias e ex-combatentes que participaram de operações bélicas na Segunda Guerra
Mundial.
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
8. Remuneração
O sistema de remuneração dos servidores públicos divide-se em dois grandes
grupos: vencimentos e subsídios. Entende-se por vencimento o somatório das parcelas
fixas e das vantagens pecuniárias. Já os subsídios são parcelas únicas fixadas por lei,
sendo vedado o recebimento de vantagens.
9. Associação sindical
A Constituição garante ao servidor o direito à livre associação sindical,
conforme art. 37, VI.
10. Greve
Aos servidores públicos é garantido o direito de greve, sendo necessária a
edição de lei ordinária específica para regulamentar este direito. Até o momento tal
norma ainda não foi editada.
Tendo em vista a inércia do nosso legislador, o Poder Judiciário em sede de
julgamento de mandado de injunção, determinou a aplicação temporária da lei de
greve do setor privado no setor público, no que couber.
Caiu na OAB
Resposta: D
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
Resposta: A
1. Conceito
Diz respeito à obrigação que o Estado tem de indenizar os danos materiais e
morais praticados por seus agentes, quando estiverem atuando na qualidade de
agente público.
2. Evolução
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
pelos danos advindos de atividades por ele desenvolvidas ou fiscalizadas. Esta teoria
encontra aplicabilidade, atualmente, nas questões relativas ao Direito Ambiental.
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
As excludentes de causalidade decorrem na norma constitucional que garante à
vítima o pagamento de indenização somente quando o dano for causado por ação ou
omissão do Estado. Vejamos abaixo as causas que excluem o nexo de causalidade.
6. Pessoas responsáveis
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9. Ação de regresso
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
O texto constitucional em seu art. 37, §6o garante à Administração Pública o
direito de regresso. Desta forma as pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.
Caiu na OAB
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Resposta: D
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Capítulo 19 Controle da administração pública
1. Conceito
Controle da administração pública diz respeito ao conjunto de instrumentos
que possibilitam a fiscalização da atividade administrativa pela própria Administração
Pública ou por órgãos externos.
2. Espécies
3. Controle administrativo
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
O controle administrativo é prerrogativa conferida à Administração Pública
para o controle dos seus próprios atos. Decorre do princípio da autotutela. Em regra,
ocorre por meio de processo administrativo instaurado de ofício ou por pessoa
interessada (em decorrência do direito de petição).
4. Controle legislativo
O controle legislativo sobre os atos da Administração Pública incide nos
critérios políticos e financeiros. Abaixo listamos os principais casos de controle
legislativo:
6. Controle judicial
É o controle exercido pelo Poder Judiciário. Este controle está restrito as
questões de legalidade.
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6.1. Instrumentos de controle judicial
Ação de improbidade Aplicar sanções aos agentes públicos que praticarem atos de
administrativa improbidade.
Caiu na OAB
1. Em ação civil pública por atos de improbidade que causaram prejuízo ao erário,
ajuizada em desfavor de José, servidor público estadual estável, o Juízo de 1º grau,
após os devidos trâmites, determinou a indisponibilidade de todos os bens do
demandado, cujo patrimônio é superior aos danos e às demais imputações que
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
constam na inicial. Apresentado o recurso pertinente, observa-se que a aludida
decisão
a) não merece reforma, na medida em que José deve responder com todo o seu
patrimônio, independentemente do prejuízo causado pelos atos de improbidade que
lhe são imputados.
b) deve ser reformada, considerando que somente podem ser objeto da cautelar os
bens adquiridos depois da prática dos atos de improbidade imputados a José.
c) deve ser reformada, pois não é possível, por ausência de previsão legal, a
determinação de tal medida cautelar em ações civis públicas por ato de improbidade.
d) deve ser reformada, porquanto a cautelar somente pode atingir tantos bens
quantos bastassem para garantir as consequências financeiras dos atos de
improbidade imputados a José.
Resposta: D
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Capítulo 20 Improbidade Administrativa
1. Conceito
A ação de improbidade administrativa tem por objetivo impor sanções àqueles
que praticarem atos de improbidade administrativa e encontra regulamentação legal
na Lei nº 8429/1992. Está intimamente ligada ao princípio da juridicidade.
2. Controle da improbidade
3. Sujeitos
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4. Atos de improbidade administrativa e suas respectivas sanções
São atos de improbidade administrativa: enriquecimento ilícito, dano ao erário
r a violação aos princípios da administração.
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CADERNO DE DIREITO ADMINISTRATIVO – XXIX EXAME DA OAB
5. Prescrição
Na forma da lei, o prazo prescricional será de:
6. Procedimento
O procedimento a ser verificado nas ações de improbidade administrativa está
descrito na própria lei. Abaixo, resumimos bem o trâmite dessa ação judicial.
A ação principal seguirá o rito ordinário, possuindo legitimidade para sua
propositura o Ministério Público e pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da
efetivação da medida cautelar.
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A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações
posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios
suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da
impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas. Estando a inicial em
devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para
oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e
justificações, dentro do prazo de 15 dias.
Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão
fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade,
da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita.
Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação.
Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento.
Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de
improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito.
Caiu na OAB
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c) não poderia ter determinado o afastamento cautelar de Odorico, pois a perda da
função pública só se efetiva com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
d) agiu corretamente ao determinar o afastamento cautelar de Odorico, que, apesar
de constituir medida excepcional, cabe quando o agente se utiliza da máquina
administrativa para intimidar servidores e prejudicar o andamento do processo.
Resposta: D
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