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A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios obedecerá aos princípios da:
• LEGALIDADE
• IMPESSOALIDADE
• MORALIDADE dica : LIMPE
• PUBLICIDADE
• EFICIÊNCIA
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: Atuar em conformidade com os princípios constitucionais e de acordo com a lei e
o direito. Definido no inciso II do art. 5 da CF: "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei".
Na célebre frase de Hely Lopes Meirelles encontra-se toda a sua essência : “Na Administração Pública só é
permitido fazer o que a lei autoriza, enquanto na Administração Privada é possível fazer o que a lei não proíbe.”
O princípio da legalidade, no âmbito exclusivo da Administração Público, significa que a Administração Pública
só poderá agir segundo as determinações legais, ou seja, ela está submetida à lei. Mas nem tudo que é legal é
honesto. Daí a necessidade do princípio da moralidade.
PRINCÍPIO DA MORALIDADE: Atuar com ética, com honestidade, com integridade de caráter.
Está intimamente ligado aos conceito de probidade, de honestidade, do que for melhor e mais útil para o
interesse público. Agir com moralidade significa agir dentro de princípios éticos, e aqui entra agir com lealdade e boa-
fé em relação aos cidadãos e ao patrimônio público que está confiado as mãos do administrador público. Não se diga
que se trata de princípio indeterminado perante o qual não se poderá invalidar um ato administrativo. A própria CF/88,
no artigo 5º, inciso LXXII, dispõe que : "qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato
lesivo à moralidade administrativa..."
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: A finalidade é o interesse público, ou seja, o administrador deve ser impessoal. e
o agente público deve tratar a todos de forma igual, define o Princípio da Isonomia ou Igualdade.
“O princípio da impessoalidade, nada mais é que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao
administrador público que só pratique o ato administrativo para o seu fim legal. E o fim legal é aquele que a norma de
direito expressa como objetivo do ato, de forma impessoal, ou seja, para o interesse público. Por impessoalidade
devemos entender que é proibido a prática do ato administrativo para satisfazer interesse privado, favorecer pessoa ou
determinada situação. O desvio de finalidade pelo Agente Público, constitui Abuso de poder”
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: É a divulgação dos atos administrativos que só pode ser restringida em alguns
casos extremos (segurança nacional, investigações sigilosas).
A administração pública encontra-se obrigada a publicar seus atos para que o público deles tenham
conhecimento, e, consequentemente, contestá-los. Por exemplo: o ato de nomeação de um candidato aprovado em
concurso público, deverá ser publicado não somente para que o nomeado possa tomar conhecimento, mas para que
os demais candidatos possam contestar (questionar administrativamente ou judicialmente, no caso da nomeação não
obedecer rigorosamente a ordem de classificação).
No art. 5º, inciso LX – "a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da
intimidade ou o interesse social o exigirem". No mesmo artigo 5º, mas no inciso X – "são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente
de sua violação". Se para a Administração Pública a regra é a publicidade, para o particular a regra é diametralmente
oposta.
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: Atuar com presteza, racionalidade e com perfeição, evitando desperdícios.
É o mais novo dos princípios. Passou a fazer parte da Constituição a partir da Emenda Constitucional nº 19/98.
Exige que o exercício da atividade administrativa (atuação dos servidores, prestação dos serviços) atenda requisitos
de presteza, adequabilidade, perfeição técnica, produtividade e qualidade.
O princípio da eficiência (incluído pela Emenda Constitucional Num 19 de 98), é claro que hoje ele faz parte do
Princípio do bom administrador, assim, enquanto este é gênero, aquele é espécie. Poderíamos definir o bom
administrador como aquele seguidor da moral administrativa, eficiência, justiça e racionalidade, ou seja, englobaria
outros princípios.
Questão num21.
(UFRGS/2008) Dentre os princípios básicos da Administração Pública que estão consubstanciado em 5 regras de
observância permanente e obrigatória para o bom administrador encontram-se: a legalidade, a moralidade, a
impessoalidade, a publicidade e a eficiência. A Constituição Federal não se referiu expressamente ao PRINCÍPIO DA
FINALIDADE, mas o admitiu sob a denominação do PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE no artigo 37 DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Resumo.
(UFRGS/2008) O princípio da eficiência que é também o dever que se impõe a todo Agente Público de realizar suas
atribuições com presteza, perfeição, de forma parcial, participativa, eficaz evitando desperdícios e garantindo
rentabilidade social. A Administração Pública não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exige
resultados positivos para o Serviço Público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade.
Questão num28.
(UFRGS/2008) “A acentuada oposição entre o PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA pregado pela ciência da administração e o
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, imposto pela constituição como inerente ao administrador, deve observar antes de tudo
o PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.”
PRINCÍPIOS PREVISTOS NA LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
A Lei nº 9.784, de 29.01.1999, art. 2º, prevê que A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios
da:
Decorre deste princípio posição de supremacia jurídica da Administração em face da supremacia do interesse
público sobre o interesse particular. A aplicação desse princípio não significa o total desrespeito ao interesse particular,
já que a Administração deve obediência ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito, nos termos do art. 5º, inciso
XXXVI, da CF/88.
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE:
Os bens, direitos, interesses e serviços públicos não se acham à livre disposição dos órgãos públicos, ou do
agente público, mero gestor da coisa publica, a quem apenas cabe curá-los e aprimorá-los para a finalidade pública a
que estão vinculados. O detentor desta disponibilidade é o Estado. Por essa razão há necessidade de lei para alienar
bens, outorgar a concessão de serviços públicos. "Serão observados critérios de atendimento a fins de interesse geral,
vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei" (Lei 9.784/99, parágrafo
único, II).
PRINCÍPIO DA FINALIDADE:
Impõe que o alvo a ser alcançado pela Administração é o atendimento ao interesse público, e não se alcança o
interesse público se for perseguido o interesse particular. Assim, o administrador ao manejar as competências postas a
seu encargo, deve atuar com rigorosa obediência à finalidade de cada qual.
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA:
"A Administração Pública deve anular seus próprios atos , quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos" (Lei 9.784/99, art. 53).
Assim a Administração:
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO:
Impõe à Administração Pública o dever de indicar os pressupostos de fato e de direito que determinarem
uma decisão tomada.
Trata-se de exigência constitucional, prevista no art. 5º, inciso LV, : "aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes".
• Contraditório – é a garantia que cada parte tem de se manifestar sobre todas as provas e alegações
produzidas pela parte contrária.
• Ampla defesa – é a garantia que a parte tem de usar todos os meios legais para provar a sua inocência ou
para defender as suas alegações.
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE:
Por este princípio se determina a adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações,
restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
Segundo o Decreto-lei 200/67, Art. 6º : “As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes
princípios fundamentais:
I. Planejamento.
II. Coordenação.
III. Descentralização.
IV. Delegação de Competência.
V. Controle.
PLANEJAMENTO:
COORDENAÇÃO:
Procura-se uma ação integrada para evitar duplicidade de atuação e consequente desperdício de recursos. A
coordenação é feita em todos os níveis da administração pública: chefias, reuniões de ministros, presidente da
república.
DESCENTRALIZAÇÃO:
O Estado passa a terceiros atividades públicas ou de utilidade pública, mas sem deixar de fiscalizá-las com isso
o Estado passa a atuar indiretamente. A descentralização pode ser feita: dentro dos quadros da Administração Federal,
distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução (chamada de desconcentração); da Administração
Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio; da
Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA:
CONTROLE:
Feito pela chefia (entre os subordinados), feita por auditorias (dentro do próprio órgão) e pelo Sistema de
Controle Interno (para controlar dinheiro e bens públicos).