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INSTRUÇÕES REGULADORAS DOS DOCUMENTOS SANITÁRIOS DE ORIGEM

DOS MILITARES ESTADUAIS DO ESPÍRITO SANTO – IRDSO (PORTARIA Nº


508-R, DE 19/08/2010, PUBLICADA NO BCG Nº 033/2010).

Finalidade

As presentes instruções têm por objetivo orientar, disciplinar e padronizar a lavratura


e encaminhamento dos documentos administrativos dos Militares do Estado do
Espírito Santo (Policiais e Bombeiros Militares) destinados à comprovação de
acidentes, lesões ou doenças contraídos em decorrência de ato de serviço, que por
sua natureza, possam dar origem à incapacidade física ou mental, temporária ou
definitiva dos Militares Estaduais.

CAPÍTULO I

Definições e Conceituações

Art. 1º - Para os efeitos desta instrução adotam-se as seguintes conceituações:

§ 1º - Atestado de Origem (AO): é o processo administrativo destinado a apurar as


causas e circunstâncias de morte, lesão, perturbação funcional, contaminação ou
enfermidade em militar, proveniente de acidente de serviço ou de moléstia
profissional, determinando a relação causa-efeito, com o objetivo de salvaguardar os
direitos do acidentado e resguardar os interesses do Estado.

I - O AO deverá conter os elementos de convicção e provas relativas ao fato


ocorrido, e suas circunstâncias, e se constitui em processo indispensável, como
elemento de prova, para elucidar a origem de invalidez ou incapacidade física ou
mental, total ou parcial, definitiva ou temporária.

II - Da apuração em AO deverá resultar a solução pelo amparo ou desamparo ao


acidentado.

III - Cópia do AO instruirá o processo de reforma por invalidez ou incapacidade física


ou mental, quando decorrente de acidente de serviço ou moléstia profissional.

§ 2º - Acidentado: designação genérica, empregada para caracterizar o militar que


se tornar vítima de acidente, em serviço ou fora deste, ou de moléstia;
3º - Acidente em serviço: é qualquer evento súbito, ocorrido com o militar que se
encontre em serviço de natureza militar, ou decorrente deste, que provoque, direta
ou indiretamente, lesão, perturbação funcional, contaminação ou enfermidade em
militar, que determine a perda total ou parcial, definitiva ou temporária, da sua
capacidade para o trabalho ou a sua morte, desde que haja vínculo da relação causa
efeito.

§ 4º - Moléstia profissional: é a enfermidade adquirida pelo militar em razão de


constante e prolongada exposição a agente agressor à sua saúde, existente no

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ambiente de trabalho ou na natureza do trabalho desempenhado rotineiramente na
Corporação, estabelecida a relação causa-efeito.

§ 5º - Lesão leve: é a que, por sua natureza, evolui para cura ou restituição integral
dos tecidos, não resultando em seqüelas permanentes ou afastamento das
atividades laborativas por mais de 30 (trinta) dias;

§ 6º - Lesão grave: é a que resulta ou pode resultar em afastamento do acidentado


por mais de 30 (trinta) dias; risco de vida ou de debilidade permanente de membro,
sentido ou função; ou aceleração de parto;

§ 7º - Lesão gravíssima: é a que resulta ou pode resultar em incapacidade


permanente do acidentado para o serviço de natureza policial-militar; enfermidade
incurável; perda ou inutilização de membro, sentido ou função; deformidade
permanente, aborto ou morte;

§ 8º - Serviço de natureza militar: compreende a execução de atividade decorrente


da função militar;

§ 9º - Comandante (Cmt): designação genérica dada ao militar estadual investido


de cargo de comando, direção ou chefia de OME;

§ 10º - Encarregado de AO (Enc. AO): denominação que se dá ao militar


designado pelo Cmt para formalizar o processo do AO;

§ 11º - Relação de causa-efeito: constitui-se na caracterização de vínculo


(antecedente ou causa) entre o acidente de serviço ou moléstia profissional
(conseqüência ou efeito), com a morte, lesão, perturbação funcional, contaminação
ou enfermidade em militar, ou seja, é o nexo de causalidade entre o evento danoso à
saúde do militar e a sua origem;

§ 12º – Amparo em AO: reconhecimento que a Administração Pública confere ao


acidentado, como tendo sido vítima de acidente de serviço ou moléstia profissional,
para fins de direitos decorrentes;

13º - Comunicação de acidente (CA): Comunicação que o acidentado faz ao seu


Cmt ou Chefe direto dando ciência da ocorrência de acidente, durante a execução
de atividade militar, ou informando-o da manifestação de sinal ou sintoma que possa
estar relacionado, direta ou indiretamente, com a função laborativa de natureza
militar.

§ 14º – Organização Militar Estadual (OME): denominação genérica dada a corpo


de tropa, repartição, estabelecimento ou qualquer unidade administrativa ou
operacional da Policia Militar do Espírito Santo (PMES) ou Corpo de Bombeiros
Militar do Espírito Santo (CBMES).

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CAPÍTULO II

Da determinação e riscos da relação causa-efeito

Art. 2º - A lesão ou doença contraída em ato de serviço será aquela que apresente
vínculo da relação causa-efeito com as condições inerentes ao serviço.

§ 1º - O vínculo da relação de causa-efeito determinar-se-á:

I - de forma médico-pericial, através do Laudo Descritivo da Lesão (LDL), anexo à


Comunicação de Acidente em Serviço.

II - de forma técnico-administrativa, conforme o que for apurado pelo encarregado de


AO e solucionado pela autoridade competente.

§ 2º - Na avaliação da relação causa-efeito devem ser considerados diferentes e


sucessivos nexos parciais:

I - nexo entre a atividade desempenhada e a exposição ao risco, o qual exige que se


demonstre que determinada atividade expõe o militar a determinado risco;
II - nexo entre o risco e a morte, lesão, perturbação funcional, contaminação ou
enfermidade em militar, onde se deve demonstrar que determinado risco causa ou
conduz a um desses resultados;

III - nexo entre a lesão, perturbação funcional, contaminação ou enfermidade em


militar ou a sua morte com o acidente de serviço ou moléstia profissional, onde deve
ser analisada a compatibilidade específica entre o sinistro e o dano resultante à
saúde do acidentado.

§ 3º - Na avaliação dos nexos sucessivos será considerada também a


compatibilidade entre a jornada de trabalho do militar e o seu desempenho
profissional e a possibilidade de que as causas e/ou concausas de riscos que
conduziram ao acidente ou moléstia profissional, tenham origem em atividades
extra-institucionais.

§ 4º - Os riscos de acidentes em serviço podem decorrer de causas:

I - físicas: choques elétricos e mecânicos; ruídos; vibrações; radiações ionizantes e


não ionizantes; frio; calor; pressões anormais; umidade, e outros;

II - químicas: poeiras; fumos; névoas; neblinas; gases; vapores; substâncias,


compostos ou produtos químicos em geral;

III - biológicas: vírus; bactérias; protozoários; fungos, e outros seres vivos;


IV - ergonômicas: esforço físico intenso; levantamento e transporte manual de
peso; exigência de postura inadequada; controle rígido de produtividade; imposição
de ritmos excessivos; trabalho em turno e noturno; jornadas de trabalho
prolongadas; monotonia e repetitividade;

§ 5º - O risco pode também ter como causas e/ou concausas:

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I - arranjo físico inadequado;
II - máquinas e equipamentos sem proteção;
III - ferramentas inadequadas ou defeituosas;
IV - iluminação inadequada;
V - rede elétrica defeituosa ou danificada;
VI - ocorrência de incêndios e explosões;
VII - manuseio, transporte e/ou armazenamento inadequados;
VIII - animais perigosos e/ou peçonhentos;
IX - equipamento de proteção individual (EPI) impróprio à atividade desenvolvida ou
o seu uso inadequado;
X - casos fortuitos;
XI – ação de terceiros, praticada de forma intencional, por privação do uso da razão,
por imperícia, imprudência, negligência ou desídia.

Art. 3º - O militar estará em serviço de natureza militar quando se encontrar:

I - no interior de Unidade Militar, por convocação ou em execução de instrução ou


serviço;

II - no local em que deva prestar serviço de escala ou participar de instrução ou no


deslocamento direto do Quartel para o mesmo e vice-versa;

III - atendendo ocorrência policial-militar ou bombeiro-militar, por solicitação ou de


iniciativa, mesmo de férias ou de folga e em trajes civis, se não tiver dado causa, por
dolo ou culpa, ao fato que motivar a própria ocorrência;

IV - em diligência do serviço público;

V - no deslocamento direto e/ou habitual de sua residência para o local de trabalho e


vice-versa.

VI – No deslocamento para o local de refeição ou de volta dele, no intervalo do


trabalho;

CAPÍTULO III

Da comunicação de acidente

Art. 4º - O militar, em serviço ou não, ao se acidentar, comunicará o fato ao seu


Comandante, Chefe direto ou instrutor, preenchendo a Comunicação de Acidente,
(Anexo I, itens 1 e 2), protocolando-a em até 10 (dez) dias úteis, a contar da data
do evento ou da identificação diagnóstica da lesão, perturbação funcional,
contaminação ou enfermidade.

§ 1º - O Cmt ou Chefe direto fará apresentar o acidentado ao Médico da OME, em


até 05 (cinco) dias úteis, para o preenchimento do item 3 da CA e remessa ao Cmt
( caso não o tenha feito ).

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§ 2º - Na impossibilidade do acidentado apresentar a CA, por razões impeditivas
alheias à sua vontade, o seu Cmt ou Chefe direto, tomando conhecimento do fato,
fará um relatório circunstanciado sobre o acidente, remetendo-o ao Médico da OME,
no mesmo prazo deste artigo, o qual adotará as providências constantes dos
parágrafos 3º ao 7º deste artigo.

§ 3º - O Médico inspecionará o acidentado e esclarecerá, objetivamente, sobre a


necessidade ou não do AO, preenchendo, assinando e remetendo ao Cmt o item 3
da CA, explicitando sobre o grau da lesão diagnosticada e fazendo constar tais
informações no Prontuário Médico do acidentado, de maneira clara, detalhada e
legível, com sua assinatura e carimbo de identificação pessoal.

§ 4º - Estando o militar impossibilitado de se submeter à inspeção de saúde junto à


OME, esta inspeção poderá ser substituída por análise de relatório ou laudo emitido
por médico civil que o assista, em que conste o diagnóstico do acidentado.

§ 5º - O Médico da OME, caso julgue necessário, poderá solicitar parecer de médico


especialista, encaminhando-lhe o acidentado.

§ 6º - Em caso de moléstia profissional, o acidentado deverá ser avaliado por Junta


Militar de Saúde (JMS).

§ 7 - O acidentado, na CA, deverá indicar até 3(três) testemunhas e/ou apontar


provas que julgar necessárias à elucidação do acidente de que foi vítima ou da
moléstia profissional manifestada, fazendo constar o RG ou Documento de
identidade, e respectivas assinaturas.

CAPÍTULO IV

Da instauração do Atestado de Origem

Art. 5º - Compete ao Cmt ou substituto legal instaurar o AO, designando um oficial,


Subtenente ou Sargento, de posto ou graduação igual ou superior ao do acidentado,
para a sua realização.

§ 1º - Será designado um Oficial como Encarregado do AO, quando se tratar de


acidente com morte de terceiros ou acidente coletivo.

§ 2º - O processo de AO, antes de ser solucionado, será avaliado, quanto à forma e


ao mérito, pelo Chefe do SPAJ/Cartório da Unidade ou oficial com função
correspondente. Se na avaliação do mérito, este Oficial tiver dúvida quanto a
aspecto médico-odontológico-pericial, deverá solicitar auxílio do Médico/Cirurgião
Dentista da OME, para saná-la.

§ 3º - Quando o acidentado for Coronel ou Tenente-Coronel, o AO será realizado por


Coronel PM/BM do serviço ativo, a ser designado pelo Chefe do EM, após o
encaminhamento, pela Unidade do militar, da Comunicação de Acidente (CA) e do
LDL preenchidos.

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Art. 6º - Não será objeto de instauração de AO:

I - o acidente que não ocorrer em serviço ou não for decorrente deste, quando
declarada esta circunstância na CA pelo próprio acidentado ou, não sendo possível
a este apresentá-la, pelas razões previstas no § 2º do artigo 4º, quando aquela
circunstância ficar caracterizada através de Boletim de Ocorrência, relatório do
Chefe direto, em Inquérito Policial Militar (IPM) ou Sindicância;

II - o acidente em que ficar caracterizado, em inspeção de saúde, a ausência de


relação causa efeito do ponto de vista médico-odontológico-pericial;

III - o acidente do qual não resultar lesão grave ou gravíssima, constatada esta
condição em inspeção de saúde e registrada na CA;

IV - a morte natural, em qualquer local ou circunstância em que ocorra, ressalvada a


situação em que se configurar a relação causa-efeito com o ato de serviço, do ponto
de vista médico-pericial;

V - a manifestação clínica de moléstia não profissional;

VI - a CA intempestiva, por decurso de prazo, por culpa exclusiva do acidentado,


ressalvada a situação prevista no § 2º, do artigo 4º.

§ 1º - Se pelas razões deste artigo não for instaurado o AO, o motivo será
circunstanciado na CA ou em ato administrativo do Cmt, com publicação em Boletim
Interno (BI) da Unidade e registro no Prontuário Médico da OME. A CA, neste caso,
será arquivada na Pasta Funcional do acidentado.

§ 2º - Não sendo instaurado o AO, pelas razões do inciso III e havendo agravamento
do quadro clínico do militar em razão da lesão sofrida, poderá ser instaurado o AO,
mediante petição do acidentado ou por manifestação do Médico da OME, observado
o disposto no artigo 18.

Art. 7º - Verificada a necessidade de instauração de AO, o Médico da OME


preencherá o Laudo Descritivo da Lesão (LDL) (Anexo II) e o remeterá ao
Comandante, junto com a CA.

§ 1º - Se no Prontuário Médico da OME do acidentado existir registro de lesão


anterior, no mesmo local da lesão atual, esta será transcrita no LDL e observar-se-á
o disposto no artigo 18.

§ 2º - É vedado o preenchimento do LDL com expressões evasivas do tipo


"desconhecido(a)", "prejudicado(a)" ou outras que não representem informação
objetiva aos quesitos formulados.

§ 3º - Em caso de acidente de natureza odontológica, o LDL deverá ser


preenchido pelo Cirurgião Dentista da OME. Se do acidente resultar também lesão
em outra parte do corpo do acidentado, o LDL será preenchido pelo Cirurgião
Dentista e pelo Médico da OME.

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Art. 8º - Não havendo Médico ou Cirurgião Dentista na OME, os procedimentos que
lhes competem serão adotados por profissional da mesma categoria da OME mais
próxima ou HPM/C Odontológico.

Parágrafo único - O procedimento praticado por profissional não recepcionado pelo


artigo
somente será aceito se observado o disposto no § 4º, do artigo 4º.

Art. 9º - O Cmt deverá, em até 10 (dez) dias úteis, após o recebimento da CA, em
que tenha sido verificada a necessidade de AO, mandar instaurar o processo
administrativo, designando o Encarregado do AO (Anexo III).

§ 1º - Na ocorrência de registro de lesão preexistente, conforme o previsto no § 1º do


artigo 7º, a instauração do AO fica condicionada à inspeção de saúde pela JMS,
para se determinar a relação causaefeito
por avaliação médico-pericial, para onde deverá ser encaminhado o acidentado.

§ 2º - Tendo sido instaurado Processo ou Procedimento Administrativo para apurar


fato ocorrido em circunstância duvidosa, do qual tenha resultado em morte, lesão,
perturbação funcional, contaminação ou enfermidade do militar, o AO somente será
instaurado ou terá prosseguimento após ter sido solucionado, na esfera
administrativa, o processo apuratório.

§ 3º - Em caso de acidente coletivo, será instaurado um AO para cada acidentado,


podendo-se aproveitar, por cópia autenticada, os documentos produzidos em um
desses AO, para os demais, quando pertinentes e suficientes para a elucidação da
verdade do que se busca apurar, e poderá ser designado um único Encarregado de
AO, respeitadas as disposições do artigo 5º.

CAPÍTULO V

Das atribuições do Encarregado do AO

Art. 10 - O Encarregado de AO deverá:

I - proceder autuação da Portaria e documentos juntos (Anexo IV);

II - ouvir separadamente o acidentado e as testemunhas, reduzindo a termos as


oitivas;

III - relatar o que houver apurado, de forma sucinta e objetiva, esclarecendo a


relação causa-efeito técnico-administrativa em que firmar as suas convicções e
sugerir o amparo ou desamparo do acidentado (Anexo V).

IV – Fazer a juntada de:

a) cópia da Nota de Instrução, escalas de serviço ordinário ou extra, conforme o


caso;

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b) cópia de CNH e BAT, quando envolver acidente de trânsito.

§ 1º - O AO deverá ser concluído em até 15 (quinze) dias, prorrogáveis por 10 (dez)


dias, a critério do Cmt, mediante solicitação formal do Encarregado.

§ 2º - O processo poderá ser sobrestado pelo tempo necessário à obtenção de


laudos, exames e outros documentos externos, mediante solicitação formal do
Encarregado, que diligenciará para que este prazo não exceda de 60 (sessenta)
dias.

§ 3º - O AO poderá ser instruído com juntada de cópia autenticada de peças de IPM,


Auto de Prisão em Flagrante (APF), Sindicância ou outro processo administrativo e,
ainda, croquis, laudos e outros documentos referentes ao acidente ou moléstia
profissional, quando forem suficientes à elucidação de situações ou fatos,
dispensando a produção de novas peças e as oitivas repetitivas, observado o
disposto no § 2º do Art. 9º, no que couber.

Art. 11 - Concluído e relatado o AO, pelo seu Encarregado, o Cmt poderá determinar
diligências complementares, se necessário, e/ou o solucionará, em até 10 (dez) dias,
decidindo pelo amparo ou desamparo do acidentado, fazendo-se identificar por
carimbo ou nome por extenso.

1º - A decisão do Cmt deverá ser justificada e conter o enquadramento legal que a


motivou, com base nos dispositivos desta instrução (Anexo V).

§ 2º - O prazo para as novas diligências será de até 20 (vinte) dias.

§ 3º - Ao baixar o AO para diligências, o Cmt deverá estabelecer os quesitos a


serem respondidos ou relacionar os pontos conflitantes a serem esclarecidos.

§ 4º - O Cmt, se necessário, recorrerá ao auxílio do Médico ou Cirurgião Dentista da


OME na formulação de quesitos ou estabelecimento de pontos conflitantes, de
natureza médico-pericial ou odontológica.

Art. 12 – Concluído o AO, será publicada sua solução em BI da Unidade, devendo


os Autos serem encaminhados à Diretoria de Saúde, que o arquivará no Prontuário
Médico do Acidentado, bem como ser registrada no SIARHES, mantendo-se cópia
destes arquivada na Unidade.
§ 1º O acidentado será chamado para inspeção de saúde para controle do AO, pela
JMS, que homologará ou não a solução proposta, outrora publicada em BI da
Unidade, publicando esta decisão em BI/DS.

§ 2º - Na avaliação feita pela JMS, caso não seja homologada a solução do AO, o
Presidente da JMS poderá solicitar o processo de AO para melhor análise e/ou
propor ao Cmt a mudança da sua decisão.

§ 3º - O Cmt da Unidade, se não acatar a proposta do Presidente da JMS, deverá


expor as razões de fato e de direito de sua decisão e recorrer ao Diretor de Saúde, a
quem caberá a revisão do AO, decidindo pelo amparo ou desamparo do acidentado.

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§ 4º – Publicada a homologação do AO em BI/DS, deverá o Cmt da Unidade do
Acidentado expedir solicitação de Pagamento de Indenização por Acidente em
Serviço – IAS ao Diretor de Pessoal, com base na Lei Estadual nº 8.279, de
30.03.2006, juntando ao requerimento cópia:

a) do Atestado de Origem e seus anexos;

b) da publicação da Solução do AO em BI da Unidade;

c)da publicação de Controle de AO em BI/DS;

d) das publicações de Dispensas Médicas em BI/DS;

e) da publicação de aptidão para o serviço ou de continuidade de incapacidade para


o serviço em BI/DS.

Art. 13 - Não será amparado em AO o acidentado que der causa ao acidente ou


moléstia profissional por negligência, imprudência, imperícia ou na prática de
transgressão disciplinar de natureza grave ou gravíssima e/ou ato ilícito,
consideradas as causas de justificação e as excludentes de antijuridicidade.

Art. 14 - Quando a Junta Superior de Saúde (JSS) ou a JMS, em inspeção de saúde


que resultar em parecer pela reforma de militar amparado em AO, tiver dúvida
quanto à vinculação do diagnóstico de origem com o quadro de saúde atual do
inspecionado, deverá solicitar o processo de AO, existente na pasta funcional do
militar, para análise da citada vinculação.

Parágrafo único - Constatada a ausência de relação causa-efeito entre o


diagnóstico que houver motivado o amparo em AO e o que determinar a reforma do
militar, este fato será descrito de forma detalhada no laudo médico-pericial, com
vistas aos efeitos legais decorrentes.

CAPÍTULO VI

Do recurso

Art. 15 - Da decisão do Cmt da Unidade, pela desnecessidade do AO ou pelo


desamparo, ressalvada a situação, prevista no inciso I do artigo 6º, caberá recurso.

§ 1º - O recurso será interposto pelo acidentado ou seu representante legal, em


até 60 (sessenta) dias, a contar da publicação do ato e dirigido ao Comandante-
Geral.

§ 2º - Será indeferido o recurso que não contiver razões de fato e/ou de direito que
justifiquem a sua interposição.

§ 3º - Quando as razões de fato decorrerem de discordância do diagnóstico


médico/odontológico constante dos autos do AO, o acidentado deverá instruir o seu

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pedido com um mínimo de 02 (dois) relatórios médicos/odontológicos, contendo
pareceres que contraponham aquele diagnóstico.

§ 4º - A solução do Recurso será publicada em BGG.

§ 6º - Quando o Recurso contiver as razões de fato previstas no § 3º, a autoridade


recorrida, para o julgamento do mérito, submeterá os relatórios à manifestação do
Diretor de Saúde, que determinará inspeção de saúde no militar recorrente, por JMS
ou Junta Militar de Saúde Especializada (JMSE).

CAPÍTULO VII

Do agravamento de mal pré-existente

Art. 16 - A justificativa de agravamento de mal preexistente e/ou latente somente


será aceita em casos excepcionais, depois de realizada nova inspeção de saúde no
acidentado pela JMS e constatada a relação causa-efeito médico-pericial.

§ 1º - Considera-se agravamento de mal preexistente e/ou latente:

I - a agudização de lesão anterior, existente no mesmo local da lesão atual;

II - os casos em que houver agravamento do quadro clínico do militar, decorrente de


lesão não considerada grave ou gravíssima, perturbação funcional ou de
contaminação, proveniente ou não de acidente de serviço ou de moléstia
profissional.

§ 2º - Considerar-se-á justificada a agudização de lesão preexistente quando se


enquadrar em uma das seguintes situações:

I - a lesão anterior houver sido decorrente de acidente de serviço ou moléstia


profissional, objeto de amparo em AO;

II - independente da lesão anterior, a lesão atual, por si só, já ser o bastante para
motivar a
instauração de AO;

III - a lesão atual, embora ocorrente no mesmo local da lesão anterior, comprometer
função, órgão, tecido ou parte anatômica, diferente daquela lesada anteriormente ou
do distúrbio diagnosticado àquela época;

IV - embora haja o registro de lesão anterior, não tenha havido seqüelas que
motivassem
tratamento contínuo e o militar exercia normalmente as suas funções habituais.

§ 3º - Considerar-se-á justificado o agravamento do quadro clínico do militar


decorrente de lesão não considerada grave ou gravíssima, perturbação funcional ou
de contaminação, quando se enquadrar em todas as situações a seguir:

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I - a lesão, perturbação funcional ou contaminação houver sido decorrente de
acidente de serviço ou moléstia profissional e houver sido dispensado o processo de
AO, observado o disposto no § 1º do artigo 6º;

II - a lesão, perturbação funcional ou contaminação houver deixado seqüelas


permanentes,
impedindo e/ou dificultando, ainda que parcialmente, o exercício regular das
atividades habituais do acidentado;

III - resultar em tratamento contínuo ou intermitente, em decorrência da lesão,


perturbação
funcional ou contaminação sofrida.

CAPÍTULO VIII

Disposições gerais

Art. 17 - O encaminhamento do acidentado à JMS, nas situações previstas nesta


instrução, deverá ser procedido pelo Cmt, com relatório circunstanciado do Médico
da OME (Anexo VI).

Parágrafo único - A JMS expedirá ata ou laudo, sobre as avaliações periciais que
proceder, em decorrência das disposições desta instrução, que comporá os autos do
AO.
Art. 18 - Para os efeitos legais decorrentes, o amparo em AO retroage à data do
acidente ou à data em que foi identificado o diagnóstico da moléstia profissional.

Art. 19 - Os procedimentos de assistência à saúde, para o militar amparado em AO,


serão enquadrados nas normas previstas em Lei.

Parágrafo único - Quando não houver sido instaurado o AO pelas razões previstas
no inciso III do artigo 6º e sendo observado o disposto no seu § 1º, aplicar-se-á ao
acidentado o previsto no “caput” deste artigo, combinado com o disposto no artigo
18.

Art. 20 - Para efeito do artigo 124, da Lei nº 3.196, de 09.01.1978, os dias de


afastamentos do exercício de suas funções, decorrentes de acidente de serviço ou
moléstia profissional, bem como para atendimento ao previsto na Lei Estadual nº
8.279 de 30.03.2006, só serão computados na sua totalidade, se tiverem amparo em
AO ou obedecido o previsto no inciso III do artigo 6º e sendo observado o disposto
no seu §1º.

Parágrafo único – Aplica-se o disposto neste artigo a incapacidade definitiva


amparada pelos incisos I, II e III do Art. 12 da Lei Complementar nº 420, de 29.11.07.

Art. 21 - O Diretor de Saúde poderá baixar instrução e/ou instituir relatórios


necessários à coordenação e controle de processos de AO, para fins estatísticos de
saúde e/ou para a prestação de assistência à saúde aos militares, para

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desenvolvimento de estudos epidemiológicos das causas dos acidentes de serviço
ou moléstias profissionais, visando propor ou estabelecer estratégias de prevenção,
diagnóstico, tratamento e reabilitação.

Art. 22 - O AO poderá ser revisto a qualquer tempo e ter a sua solução modificada
pelo Diretor de Saúde, quando eivado de vício que o torne nulo ou anulável,
mediante parecer emitido pela JMS ou JMSS, após inspeção de saúde no
acidentado, excluído o AO solucionado pelo Comandante-Geral ou Chefe do EM.

Parágrafo único - O Comandante-Geral ou o Chefe o EM poderá rever a solução do


AO que houver decidido, na situação descrita no artigo, mediante proposta do
Diretor de Saúde, devidamente instruída com o parecer emitido pela JMS ou JMSS.

Art. 23 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Comandante-Geral das


respectivas corporações.

CAPÍTULO IX

Formulários e Relatórios

Art. 24 - Integram esta Instrução, os seguintes anexos:

I - Anexo I: Comunicação de Acidente:

II - Anexo II: Laudo Descritivo da Lesão;

III - Anexo III: Portaria de AO;

IV - Anexo IV: Termo de Autuação;

V - Anexo V: Relatório de Atestado de Origem;

VI - Anexo VI: Relatório Médico de Encaminhamento de Acidentado à JMS.

CAPÍTULO X

Dos prazos e vigências

Art. 25 - Estas Instruções Reguladoras aplicam-se aos acidentes não apurados ou


em apuração, ocorridos antes de sua vigência.

Art. 26 - Estas Instruções Reguladoras entram em vigor após aprovação por Portaria
Regulamentar assinada pelos Comandantes Gerais da PMES e CBMES.

Vitória/ES, 19 de agosto de 2010

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ANEXO I
POLÍCIA MILITAR/BOMBEIRO MILITAR
DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE/MOLÉSTIA PROFISSIONAL

1. IDENTIFICAÇÃO DO ACIDENTADO:
Nome:____________________________________________________________________________
RG___________-__ Posto/Grad:_______________ Unid/BPM:_______________________________
Idade:_____________Sexo:____________Função:________________________________________

2. DADOS DO ACIDENTE:

Local do acidente:___________________________________________________________________
___________________________________Data/hora do acidente:____________________________
Causa:___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

Testemunhas:1.__________________________RG/CI__________Ass.________________________
2.__________________________RG/CI__________Ass._________________________
3.__________________________RG/CI__________Ass._________________________

**Declaro que as informações por mim prestadas são verdadeiras, responsabilizando-me pelas
consequências legais por declarações falsas ou omissões nos dados acima.

Local: ________________ Data: ___/___/___. _____________________________


Obs.: 1) Protocolar em até 10 dias úteis do acidente ASS./RG DO ACIDENTADO

3. EXAME MÉDICO/PARECER
DESCRIÇÃO DETALHADA DA LESÃO/PERTURBAÇÃO FUNCIONAL /CONTAMINAÇÃO
/ENFERMIDADE (com CID):
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

1) Grau da Lesão: Leve____ Grave___ Gravíssima___ DATA: ___/___/___.


Indefinida ___ Reavaliar (em até 30 dias)

2) Grau após reavaliação: Leve ___ Grave ___ Gravíssima___ DATA:___/___/____.

3) Afastamento: ______________________________________________________________

4) Necessidade de AO: Sim____ (Preencher o LDL) Não ______


RESULTADOS DE EXAMES (com as respectivas datas e CID):_______________________
___________________________________________________________________________
Data: ____/___/____. _________________________________
Obs.: 1) Se necessário, usar o verso da folha. Médico da OME
2) Registrar no Prontuário Médico. (Assinatura, posto, RG e carimbo)

4. DESPACHO DO COMANDANTE DO ACIDENTADO:

Providencie-se:Portaria de AO__/Publicação da presente CA__ /Ato de dispensa de AO___


Encaminhe-se o acidentado à JMS ___ /Aguardar resultado de IPM/Sindicância/Outros ___________
Encarregado do AO:_________________________________________________________________
Justificativa de dispensa do AO:________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

Local/data: ________________/___/___/___. _____________________________________


Obs.: 1)Se necessário, usar o verso da folha. IDENTIFICAÇÃO/ASS Cmt

13
ANEXO II (frente)

POLÍCIA MILITAR/BOMBEIRO MILITAR


DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

LAUDO DESCRITIVO DA LESÃO

IDENTIFICAÇÃO DO ACIDENTADO
Nome:____________________________________________________________________________
RG:______________Posto/Grad.___________CIA/BPM_________Idade:_______Sexo:__________
Data Acidente: ____/____/_____.

1º) Há ferimento(s) ou ofensa à integridade corporal ou à saúde do acidentado? (Fornecer a descrição


detalhada da lesão/ perturbação funcional /contaminação /enfermidade (após a definição do
diagnóstico). ______________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

2º) Qual o estágio evolutivo atual da lesão/perturbação funcional/contaminação ou enfermidade?


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3º) Qual o instrumento ou meio que a ocasionou?_________________________________________
_________________________________________________________________________________

4º) Resultou ou pode resultar em afastamento do acidentado, por mais de 30 (trinta) dias para
serviço(s) de natureza policial-militar? Se afirmativo, para qual(is) serviço(s) e por quanto tempo?
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

5º) Resultou ou pode resultar aborto ou aceleração de parto? (Justifique detalhadamente a resposta)
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

6º) Resultou ou pode resultar debilidade permanente de membro, sentido ou função?


(Justifique detalhadamente a resposta).__________________________________________________
_________________________________________________________________________________

7º) Resultou ou pode resultar incapacidade permanente, total ou parcial, para serviço(s) de
natureza policial-militar? Se afirmativo, qual(is)? (Justifique detalhadamente a resposta).
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

8º) Resultou ou pode resultar enfermidade incurável? (Justifique detalhadamente a resposta)


_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________

9º) Resultou ou pode resultar perda ou inutilização de membro, sentido ou função?


(Justifique detalhadamente a resposta). _________________________________________________
_________________________________________________________________________________

14
ANEXO II (verso)

LAUDO DESCRITIVO DA LESÃO

10º) Resultou ou pode resultar deformidade permanente? (Justifique detalhadamente a


resposta). _________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

11º) Resultou ou pode resultar risco de vida ou morte? (Justifique detalhadamente a


resposta) __________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

12º) Há necessidade de reavaliação médica e/ou odontológica complementar? Se


afirmativo,
em quanto tempo?.__________________________________________________________
__________________________________________________________________________

13º) Há exame complementar que comprove o diagnóstico da lesão/perturbação funcional/


contaminação ou enfermidade? Se afirmativo, especificar e transcrever o resultado.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

14º) Estão comprovados o diagnóstico e a relação causa-efeito médico-pericial?


Sim ___Não ___(Justifique detalhadamente a resposta). ____________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

15º) Há registro no Prontuário Médico (Odontológico) de OME de lesão preexistente no


mesmo local da lesão atual? __________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

Obs.: 1) Em caso de moléstia profissional e registro de lesão preexistente, submeter o


acidentado a avaliação na JMS.

2) Use o espaço abaixo para quaisquer outras informações julgadas oportunas, inclusive
esclarecimento de quesitos já respondidos (se for o caso).
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

_______________________________________
Médico da OME
(Assinatura, posto, RG e carimbo)

15
APÊNDICE “A” AO ANEXO II

CROQUI DE LESÃO CORPORAL

OBS: Assinale com um “X” a(s) região(ões) anatômica(s) acometida(s) pela lesão,
perturbação funcional, contaminação ou enfermidade.

__________________________________________
Médico da OME
(Assinatura e carimbo)

16
APÊNDICE “B” AO ANEXO II

CROQUI DE LESÃO NA FACE E/OU DENTE(S)

ELEMENTOS DENTAIS

REGIÕES ANATÔMICAS DA FACE E CRÂNIO

IDENTIFICAÇÃO DAS REGIÕES ANATÔMICAS

1. frontal 6. zigomática 11. labial 16. carotideana


2. orbitária 7. temporal 12. bucinadora 17. esternocleidomastóidea
3. parietal 8.auricular 13. massetérica 18. nuca
4. nasal 9. mastoideana 14. mentoniana 19. infra-hióidea
5. malar 10. occipital 15. supra-hióidea
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
__________________________________________________________________

OBS: Assinale com um “X” o(s) elemento(s) dental(ais) ou a(s) região(ões) anatômica(s)
acometida(s) pela lesão, perturbação funcional, contaminação ou enfermidade.

___________________________________
Dentista da OME
Assinatura e Carimbo

17
ANEXO III (Portaria de AO)

POLÍCIA MILITAR/BOMBEIRO MILITAR


DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

______________________________
UNIDADE

PORTARIA Nº _____/___.

ATESTADO DE ORIGEM

___________________, _____ de _____________ de _______.

Ao __________________________________________RG____________

Anexo (s):

Tendo chegado ao meu conhecimento que no dia ____/____/____, às____________


horas, o ___________________________________________________________
________________RG __________________foi vítima de acidente (ou apresentou
moléstia) durante____________________________________________________
____________________________________________________________________
______________________________________________________, determino que
seja, com a possível urgência, instaurado o processo de Atestado de Origem, nos
termos da Portaria Nº __________, de ____ de _______________ de ______,
delegando-lhe, para este fim, as atribuições que me competem.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.

__________________________________
Identificação/Ass. Comandante

18
ANEXO IV (Termo de Autuação)

POLÍCIA MILITAR/BOMBEIRO MILITAR


DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

______________________________
UNIDADE

ATESTADO DE ORIGEM

Encarregado:
Acidentado:

AUTUAÇÃO

Aos _____ dias do mês de _______________ do ano de ________, nesta cidade de


_______________________________, Estado do Espírito Santo, no Quartel do (a)
____________________________, autuo a Portaria nº ____/___-___ e demais
documentos que a este junto, do que, para constar, lavro este termo.

Eu,_______________________________________________________________,
Encarregado do AO, o digitei (ou mandei digitar) e assino.

__________________________________
Identificação/Ass. do Enc. AO

19
ANEXO V (Relatório de Atestado de Origem)

POLÍCIA MILITAR/BOMBEIRO MILITAR


DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

______________________________
UNIDADE

RELATÓRIO DO ATESTADO DE ORIGEM

1. DADOS:

1.1 Portaria Nº _____/____-___ , de _____/____/________.

1.2. Enc. AO: ___________________________ Posto/Grad___________________


Nome:______________________________________________________________

1.3 Acidentado: RG: ____________-___, Posto/Grad:_____________


Nome:______________________________________________________________

1.4 Local do acidente/identificação da moléstia:_____________________________


____________________________________________________________________

1.5 Data e hora do acidente/aparecimento da moléstia:


____________________________________________________________________

2. SÍNTESE DAS DECLARAÇÕES DO ACIDENTADO E DAS TESTEMUNHAS:


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

20
ANEXO V (Relatório de Atestado de Origem)

3. QUESITOS:

3.1 O acidente/moléstia ocorreu em serviço? Como? _________________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

3.2 Decorrente do serviço? Especificar.___________________________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

3.3 Por ordem de


quem?______________________________________________________________
____________________________________________________________________

3.4 Foi constatada a relação de causa-efeito a que se refere o Art. 2º, § 2º e 3º?
Especificar.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

3.5 Houve negligência, imprudência ou imperícia, por parte do acidentado, que tenha
contribuído diretamente para a ocorrência do acidente?______________________
Especificar._________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

3.6 Praticou transgressão disciplinar de natureza grave ou gravíssima ou ato ilícito,


que tenha concorrido diretamente para a ocorrência do acidente?________ Se
afirmativo, qual ?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

3.7 Causa do acidente/moléstia. Especificar. (Observar Art. 2º, §§ 4º e 5º)________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

3.8 Há registro de lesão preexistente ou de moléstia profissional? Sim __ Não__ O


acidentado foi submetido a avaliação na JMS? Sim __ Não__ Obs.: Se há registro
de lesão preexistente ou de moléstia profissional e o acidentado não foi submetido à
JMS, o AO não poderá ser solucionado.

3.9 Diagnósticos médico/odontológico - transcrever (Descrição e CID)____________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

21
ANEXO V (Relatório de Atestado de Origem)

4. PARECER:
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
__________________________________________________________________
___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

LOCAL E DATA:_________________________________, ____/____/________.

__________________________________________
IDENTIFICAÇÃO/ASS ENC. AO

5. SOLUÇÃO

5.1 Providencie, o Enc. AO, as seguintes diligências:_________________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________,
no prazo de: _________dias.

5.2 Seja o acidentado: _____ AMPARADO._____ DESAMPARADO.

5.2.1 Justificativa:____________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
__________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5.2.2 Enquadramento legal:_____________________________________________


____________________________________________________________________

5.3 Publique-se, registre-se e remeta-se cópia deste Relatório e Solução à JMS.


LOCAL E DATA:_______________________________, ____/____/________.

___________________________________________
IDENTIFICAÇÃO/ASS. do Cmt

22
ANEXO VI (Relatório Médico de Encaminhamento de Acidentado à JMS)

POLÍCIA MILITAR/BOMBEIRO MILITAR


DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

______________________________
UNIDADE

RELATÓRIO MÉDICO DE ENCAMINHAMENTO


DE ACIDENTADO À JMS

1. ACIDENTADO:

1.1 RG ____________-___ Posto/Grad._________________Nome:_____________


____________________________________________________________________

1.2 Idade: _________Sexo: ____________Cor: ______________Estado civil :_____


Data Nasc: ___/___/____Data/local de Inclusão: ___/___/______,_______________

1.3 CIA/BPM_____:____________________________________________________

1.4 Data da última movimentação/origem/BI:________________________________


____________________________________________________________________

2. MOTIVO DE ENCAMINHAMENTO:

2.1 ___Registro, em Prontuário Médico de OME, de lesão preexistente no mesmo


local da lesão atual (Art. 9º, § 1º)- Deve acompanhar a CA e o LDL Moléstia
profissional (Art. 1º, § 4º).

Recurso do Cmt ao Diretor de Saúde, consoante o § 6º do Art. 15.

3. DADOS SOBRE O ACIDENTE

3.1 O acidente/moléstia se deu em serviço? Especificar (Art 3º)_________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

3.2 Causa do acidente/moléstia: (Art 2º, §§ 4º e 5º)__________________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

3.3 Outros dados julgados pertinentes:___________________________________


__________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
__________________________________________________________________

23
CONT. DO ANEXO VI (Relatório Médico de Encaminhamento de Acidentado à JMS)

4. DADOS SOBRE A LESÃO PREEXISTENTE

4.1 Transcrever os registros médicos/odontológicos, constantes do Prontuário


Médico de SAS
(Diagnósticos com descrição e CID)._____________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

4.2 Foi realizado AO? _ Sim _ Não. Qual foi a solução? _ Amparado _ Desamparado.

5. DIAGNÓSTICO DA LESÃO, PERTURBAÇÃO FUNCIONAL, CONTAMINAÇÃO


OU ENFERMIDADE DECORRENTE DO ACIDENTE/MOLÉSTIA ATUAL/
AGRAVAMENTO DE QUADRO CLÍNICO.

5.1 Diagnóstico principal: (Descrição e CID)________________________________


____________________________________________________________________

5.2 Diagnóstico(s) secundário(s): (Descrição e CID)__________________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5.3 Quadro clínico e evolução:__________________________________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5.4 Resultado de exame(s) (especificação/data):____________________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5.5 Tratamento(s) realizado(s): _________________________________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
5.6 Cirurgia(s) (tipo/data):______________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
5.7 Internação(ões) (período e diagnóstico): _______________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5.8 Acompanhamento(s) por especialista(s) - especificar e anexar cópia de relatório:


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5.9 Seqüela(s):______________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

24
CONT. DO ANEXO VI (Relatório Médico de Encaminhamento de Acidentado à JMS)

5.10 Uso de medicamento(s), com posologia:_______________________________


____________________________________________________________________
__________________________________________________________________

5.11 Presença de alcoolismo? Não Sim. Há quanto tempo? ____________________

5.12 Função atual (avaliação do desempenho - esclarecer): ____________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5.13 Tratando-se de moléstia profissional, descrever todas as funções exercidas


pelo acidentado desde o seu ingresso na Corporação, bem como atividades
externas regulares ou eventualmente exercidas.____________________________
____________________________________________________________________
__________________________________________________________________
_________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5.14 Uso de prótese/órtese: Não Sim Especificar:____________________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5.15 Registro de doenças anteriores (Tratando-se de moléstia profissional):_______


____________________________________________________________________
___________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5.16 História pregressa psiquiátrica/psicológica/teste(s):______________________


___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

5.17 Outras observações julgadas pertinentes:_____________________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

6. ÚLTIMA DISPENSA-MÉDICA: OME JMS JMSS:

Parecer(OME) Ata Laudo Nr ______ de ____/____/_____

Síntese de seu conteúdo:______________________________________________


____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

LOCAL/DATA:________________________________________________________

_______________________________________
Assinatura e Carimbo do Médico da OME

25
ANEXO VII (Inspeção de controle do AO pela JMS)

POLÍCIA MILITAR/BOMBEIRO MILITAR


DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DEPARTAMENTO DE PERÍCIAS MÉDICAS DA PMES


JUNTA MILITAR DE SAÚDE

1. ACIDENTADO:
1.1 RG ____________-___ Posto/Grad._________________Nome:_____________
____________________________________________________________________

1.2 Idade: _________Sexo: ____________Cor: ______________Estado civil :_____

1.3 CIA/BPM_____:____________________________________________________

2. MOTIVO DE ENCAMINHAMENTO:

2.1 Registro, em Prontuário Médico de OME, de lesão preexistente no mesmo local


da lesão atual (Art. 9º, § 1º)- Deve acompanhar a CA e o LDL ____ Moléstia
profissional (Art. 1º, § 4º) _____ Recurso do Cmt ao Diretor de Saúde, consoante o §
6º do Art. 15 ___ 3.

PARECER DA JMS

3.1 A Junta Militar de Saúde reunida em _______________________ declara que o


presente Atestado de Origem relativo ao acidente de serviço ocorrido ou moléstia
profissional constatada em ___/___/___, __________________________(preenche
ou não preenche) todas as formalidades constantes das Instruções Reguladoras dos
Documentos Sanitários de Origem dos Militares Estaduais do Estado do Espírito
Santo (IRDSO).

3.2 O não preenchimento se dá pelos motivos expostos a seguir:


__________________________________________________________________
____________________________________________________________________
___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________

Local:_________________, ____/____/____. Sessão:_____________

Fins de:__________________________________________________

Junta Militar de Saúde

Presidente Membro Secretário


(Assinatura e Carimbo) (Assinatura e Carimbo) (Assinatura e Carimbo)

26
INSTRUÇÕES REGULADORAS DOS AFASTAMENTOS E INSPEÇÕES DE
SAÚDE DOS MILITARES DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (IRAIS) –
PORTARIA 624 – R, de 09.06.2014 publicada no anexo do BGPM nº 024/2014.

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO


POLÍCIA MILITAR / CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

INSTRUÇÕES REGULADORAS DOS AFASTAMENTOS E INSPEÇÕES DE


SAÚDE DOS MILITARES DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (IRAIS)

TÍTULO I

DAS INSPEÇÕES DE SAÚDE

Art. 1º - As inspeções de saúde constituem perícias militares ou médico-legais


realizadas por solicitação da autoridade militar competente, na área de suas
atribuições, e pela autoridade médico-militar competente, através das Juntas
Militares de Saúde (JMS), colegiados autônomos de oficiais do QSPM com o
objetivo de realizar trabalhos técnicos relacionados com inspeções de saúde e
perícias de saúde, atendendo aos seguintes fins:

1- Fins de inclusão – candidatos à inclusão

2- Fins de engajamento – realizado nos praças que completaram o tempo de


serviço inicial obrigatório de 2 anos, após o ingresso, com a finalidade de prorrogar o
tempo de serviço por mais 4 anos.

3- Fins de reengajamento – realizado nos praças que completaram 6 (seis)


anos de serviço, requerendo a segunda prorrogação por mais 4 (quatro) anos.

4- Fins de Passar a Servir Automaticamente Sem Compromisso de


Tempo (PSASCT) - realizado nos praças que atingiram a estabilidade de 10 (dez)
anos, sendo, contudo, obrigadas a sofrerem inspeção de saúde de quatro em quatro
anos.

5- Fins de Continuar a Servir Automaticamente Sem compromisso de


Tempo (CSASCT) – inspeção obrigatória quadrienal realizada nos praças que
completaram 14, 18, 22, 26, 30 e 34 anos de serviço ativo.

6- Fins de promoção – militares que concorrem a promoções.


7- Fins de Regularização da Situação Militar (RSM) – o praça impedido
temporariamente de providenciar sua prorrogação, por motivos justificáveis, será
inspecionado, para ter sua situação de saúde regularizada.

27
8- Fins de tratamento de saúde - militares que necessitam de afastamento
parcial ou total de suas atividades para realizarem tratamento de saúde.

9- Fins de Licença para Tratamento de Saúde de Pessoa da Família


(LTSPF) – exame de pessoa da família do militar que necessita da assistência
permanente do militar durante tratamento de saúde, desde que atendidas às normas
estabelecidas para sua concessão.

10- Fins de Inspeção de Controle de Documentos Sanitários de Origem


(DSO) – para os portadores de documentos sanitários de origem.

11- Fins de exame de sanidade mental – avaliar militares quanto ao estado


de higidez mental e/ou fins disciplinares.

12- Fins de Reforma – militares que se encontram na reserva remunerada


para atender exigências legais ou que sejam portadores de doenças que gerem
incapacidade total e definitiva para a atividade militar.

13- Fins de legislação em vigor – exame para atendimento de requisitos


legais.

14- Fins de curso – militares candidatos à matrícula em estabelecimento de


ensino ou cursos.

15- Fins de Licença Maternidade e Licença Adoção – militares que se


encontram no puerpério ou que realizaram adoção de crianças.

16- Fins de constatação de estado de saúde – avaliar estado de saúde de


militares para outros fins não compreendidos nos itens anteriores e para atender
exigências regulamentares.

17- Fins de Isenção de Imposto de Renda – Competência delegada pelo


presidente do IPAJM através da Portaria nº 112-R de 29.10.10 (publicada no DIO de
05.11.10) para avaliar militares reformados, portadores de doenças especificadas
em lei, que solicitam isenção de imposto de renda.

TÍTULO II
DAS JUNTAS MILITARES DE SAÚDE

CAPÍTULO I
DAS JUNTAS MILITARES DE SAÚDE EM GERAL

Art. 2º - As inspeções de saúde serão realizadas por Juntas Militares de


Saúde, permanentes ou temporárias, designadas pelo Comandante Geral mediante
proposta do Diretor de Saúde, constituídas para inspeções em geral.

Parágrafo 1º - Os trabalhos da Junta estão sujeitos ao sigilo e à ética


profissional, ficando os servidores responsáveis pelo manuseio e registro dos
pareceres periciais sujeitos a manter o mesmo sigilo.
Parágrafo 2ª – As inspeções de saúde terão como princípio o máximo de
aproveitamento da capacidade laborativa do inspecionado.

28
Parágrafo 3º - Constituem-se Juntas permanentes de Saúde:

1 - Junta Militar de Saúde I (JMS I) – Juntas constituídas para exame de


militares até o posto de Capitão nas seguintes finalidades:

-acompanhar tratamento de saúde dos militares -


controle dos documentos sanitários de origem -
licença gestação, amamentação e adoção
-licença de militares para tratamento de saúde de
dependente -constatação de estado de saúde
-promoção
-engajamento, reengajamento, PSASCT, CSASCT e
RSM -inclusões
-aptidão física e mental de candidatos a cursos e concursos

2 - Junta Militar de Saúde II (JMS II) – Juntas constituídas para exame de


militares nas seguintes finalidades:

-acompanhamento de tratamento de saúde de todos os militares que


ultrapassem 12 (doze) meses ininterruptos de incapacidade temporária
-militares cuja decisão possa acarretar ônus para o
estado -avaliação de incapacidade definitiva
-reforma de militares transferidos para a reserva remunerada.
-demais atribuições da JMS I em militares nos postos de oficiais superiores.

3 - Junta Militar de Saúde para Isenção de Imposto de Renda – Juntas


constituídas para exame de militares nas seguintes finalidades:

- Militares reformados por motivo de saúde, que solicitam enquadramento nas


doenças especificadas em lei, para obtenção de isenção do imposto de renda
pessoa física.

4 - Junta Militar de Saúde Exame de Sanidade Mental - Juntas constituídas


para exame de militares nas seguintes finalidades:

- fins disciplinares
- verificar estado de saúde de praças, sem estabilidade, que praticam a
deserção.

Parágrafo 4º - São Juntas Temporárias de Saúde:

1- Junta Militar de Saúde Especializada (JMSE).


2- Junta Militar Superior de Saúde (JMSS).
3- Junta de Seleção (JS).

Art. 3º - As Juntas são constituídas por 03 (três) oficiais médicos da ativa da


Polícia Militar, presididas pelo mais antigo, servindo de secretário o mais moderno.

29
§ 1º - Na falta de médicos militares especialistas da ativa da corporação,
poderão completar as JMSE ou JMSS médicos da ativa das Forças Armadas ou
outra corporação militar estadual, da reserva-remunerada da Polícia Militar ou outra
corporação militar estadual ou das Forças Armadas, bem como médicos civis
especialistas contratados ou designados pelo comandante geral. A presidência
caberá ao médico militar mais antigo, conforme precedência regulamentar.

§ 2º - Não sendo possível constituir-se a Junta com número suficiente, esta


poderá funcionar com dois membros; sendo este fato, obrigatoriamente, mencionado
em Ata.

§ 3º - Nos casos em que possa acarretar ônus permanente para o Estado, tais
como reformas, indenizações, atendimentos de exigências legais, as Juntas
funcionarão sempre com 03 (três) membros.

§ 4º - Nos casos em que acarrete ônus permanente para o Estado, quando a


Junta não dispuser de número suficiente de membros, não fará pronunciamento
definitivo, declarando a necessidade de exame por uma Junta Militar de Saúde
composta por 3 (três) membros, podendo, porém, incapacitar temporariamente o
periciando militar.

§ 5º - Nas Juntas de Seleção poderão figurar como membros oficiais


odontólogos.

Art. 4º - Estarão impedidos de atuar como membros das Juntas, parentes


consangüíneos até o 3º grau ou afins dos inspecionados.

Art. 5º - O parecer ou decisão da Junta é a manifestação técnica, escrita, de


caráter conclusivo, emitida após a inspeção de saúde, que tem por finalidade
orientar a autoridade em suas decisões, frente ao militar doente.

§ 1º - O inspecionado receberá, ao término do exame, uma Guia de Saúde,


que apresentará ao seu Comandante ou chefe imediato, dando ciência da data do
exame realizado, do parecer da Junta e do período de afastamento recebido.

§ 2º - A autoridade e o inspecionado deverão acatar a decisão da Junta, que


não poderá ser contestada por laudo, parecer ou atestado de médico assistente.
§ 3º - O inspecionado ou a autoridade poderão interpor recurso à decisão da
Junta, através de procedimento administrativo, solicitando nova avaliação, mediante
justificativa relevante e fundamentada.

§ 4º - Para recursos dos inspecionados fica estabelecido o prazo de 05(cinco)


dias, a partir da data da publicação do resultado da inspeção no BGPM e/ou Diário
Oficial do Estado.

Art. 6º - As decisões emitidas pela JMSS são definitivas e irrecorríveis.

Art. 7º - As Juntas determinarão as datas para reapresentação do


inspecionado, quando julgar necessário, para nova apuração do seu estado de
saúde, estando datas para reapresentação do inspecionado, automaticamente
contidas no período de incapacidade, concedida ao inspecionado.

30
CAPÍTULO II

DA JUNTA MILITAR DE SAÚDE ESPECIALIZADA

Art. 8º - A Junta Militar de Saúde Especializada (JMSE), destina-se ao


reexame de casos por solicitação do Presidente da JMS, quando esta se julgar
suspeita ou incompetente, ou à revisão de casos em que os inspecionados
interpuserem recursos.

Art. 9º - Quando não puder ser constituída a Junta Militar de Saúde


Especializada (JMSE), por falta absoluta de membros especialistas, a Junta poderá
recorrer a pereceres de médicos civis, especialistas, que complementarão a decisão
fundamentada dos médicos peritos, no caso em estudo.

CAPÍTULO III

DA JUNTA MILITAR SUPERIOR DE SAÚDE

Art. 10º - A Junta Militar Superior de Saúde (JMSS), como Junta de Recursos,
compete julgar os recursos interpostos à JMS e JMSE.

Art. 11 - Uma vez constituída a JMSS, o seu presidente, que deverá ser
obrigatoriamente oficial superior do quadro médico, convocará seus membros para a
instalação dos trabalhos, cabendo ao mesmo, fixação da data de funcionamento.

Art. 12 - Terminado o trabalho ou perícia de que foi incumbida, estará


automaticamente dissolvida.

CAPÍTULO IV

DA JUNTA DE SELEÇÃO

Art. 13 - A Junta de Seleção (JS) constitui corpo pericial designado pelo


Comandante Geral, por indicação do Diretor de Saúde, composto por oficiais
médicos e odontólogos, com a finalidade de realizar exame de saúde de candidatos
para fins de inclusão.

Art.14 - Compete à JS avaliar a sanidade física compatível com os serviços


da natureza militar ou para atividades inerentes ao cargo ou função a que se
candidata.

Art. 15 - Os padrões mínimos de saúde exigidos dos candidatos devem estar


em conformidade com os constantes do Anexo II desta instrução normativa que
poderá ser objeto de atualização por proposta do Diretor de Saúde.

31
Art. 16 - Uma vez concluídos os trabalhos de avaliação dos candidatos para
fins de inclusão, para os quais a JS tenha sido nomeada, a mesma será
automaticamente dissolvida.

TÍTULO III

DO TRABALHO DAS JUNTAS MILITARES DA SAÚDE

CAPÍTULO I

NORMAS GERAIS DE FUNCIONAMENTO E PRAZO DE VALIDADE


DAS INSPEÇÕES

Art. 17 - As Juntas deverão funcionar, de preferência, no âmbito das


instalações da Diretoria de Saúde, em face dos recursos propedêuticos disponíveis.
Quando ocorrer seu funcionamento fora dos locais citados, as Juntas devem ser
providas dos meios e recursos que julgarem indispensáveis.

Art. 18 - As inspeções de saúde serão feitas por determinação do


Comandante Geral.

Art. 19 - Os trabalhos das Juntas Militares serão de caráter sigiloso, razão


pela qual compete aos secretários registrar em livro próprio ou por meio eletrônico
as respectivas Atas que serão assinadas por todos os membros da Junta.
§ 1º - Os resultados das inspeções de saúde serão publicados em BGPM.
§ 2º - Os arquivos das Juntas Militares serão organizados pelo Presidente e
Secretário.

§ 3º - Além do livro de Registro das Atas e arquivo eletrônico, as Juntas


adotarão um fichário para os inspecionados e um prontuário.

§ 4º - Poderão ser extraídas cópias de Atas, com a finalidade de dar ciência à


Diretoria de Pessoal das decisões das Juntas, antecipando-se às publicações em
BGPM, neste caso as cópias de Atas deverão ser assinadas pelo secretário da
Junta.
Art. 20 - Os Presidentes das Juntas Militares determinarão o horário de seu
funcionamento, submetendo-o à aprovação do Diretor de Saúde.

Art. 21 - Os membros das Juntas gozam de inteira independência quanto ao


exame e julgamento que tenham de formular, baseados nas conclusões resultantes
dos dados de exames realizados e norteados pelos princípios da ética profissional.
Parágrafo único – Sendo o exame médico-pericial um ato médico, cabe aos
membros da Junta decisão sobre a entrada de acompanhantes, sejam eles do sexo
masculino ou feminino, na sala de exame da Junta, para assistir a inspeção de
saúde.

32
Art. 22 - Os pareceres das Juntas serão expressos em termos claros,
concisos e isentos de ambigüidade, uma vez que sua finalidade é elucidar
tecnicamente questões de natureza sanitária e orientar a decisão das autoridades
militares que tenham solicitado o exame pericial.

Parágrafo único - Os pareceres das Juntas serão tomados por unanimidade


ou por maioria de votos de seus membros, inclusive do Presidente, sendo a votação
a partir do mais moderno, devendo os membros vencidos justificar seu voto por
escrito, o que constará das observações da Ata.

Art. 23 - Nos casos duvidosos ou obscuros em que houver necessidade de


observação médica do inspecionado, em estabelecimento hospitalar, ou de exames
especiais para elucidação do diagnóstico, as Juntas devem declarar nas Atas o
motivo da observação, especificando a necessidade, as condições da mesma e a
natureza dos exames pedidos, julgados indispensáveis.

Parágrafo único - As Juntas só emitirão seus pareceres definitivos quando


forem atendidas as solicitações dos exames, encaminhamentos e providências, que
julgarem indispensáveis para a elucidação do diagnóstico, pela autoridade médico-
militar a que estiver subordinada.

Art. 24 - Os exames necessários ao diagnóstico definitivo do inspecionado


serão requisitados diretamente pelos presidentes das Juntas às autoridades médico-
militares competentes, revestindo-se sempre de caráter de URGÊNCIA, podendo ser
realizadas em organizações militares, credenciadas ou instituições civis, publicas ou
privadas.

Parágrafo único – O tempo de validade dos resultados dos exames


laboratoriais, realizados pelo militar que se submeterá à inspeção de saúde, será de
12 (doze) meses, salvo nos casos supervenientes que possam alterar o seu estado
de saúde.

Art. 25 - Os pareceres especializados têm um caráter complementar na


formação das convicções médico-periciais, cabendo aos membros da Junta,
investidos das funções de peritos, aceitá-los ou rejeitá-los, baseados em princípios
científicos, assumindo a sua responsabilidade por tal ato.

Parágrafo 1º - O atestado, declaração ou relatório do médico assistente


deverá conter apenas informações relacionadas ao diagnóstico, resultado de
exames complementares, evolução e prognósticos, não cabendo consideração de
providências previdenciárias, salvo quando solicitadas, expressamente, pela Junta.

Parágrafo 2º - Entende-se por providências previdenciárias expressões


semelhantes a: necessita aposentar-se por invalidez, encontra-se incapacitado
permanentemente/definitivamente para o trabalho, não pode prover os meios de
subsistência, deve ser aposentado por alienação mental.

33
Tais diagnósticos e providências são de competência exclusiva do corpo
pericial que constitui a Junta.

Art. 26 - Os pareceres especializados terão caráter sigiloso, sendo arquivados


nas sedes das Juntas.

Art. 27 - Nos casos em que o militar inspecionado se negar a realizar o


tratamento indicado, para remover sua incapacidade, ou a se submeter a exames
complementares, necessários ao esclarecimento pericial, serão adotadas as
seguintes medidas:

I – Tomar a termo a declaração do inspecionado, em duas vias, assinadas


pelo mesmo e pelo secretário da Junta e, ainda, pelos demais integrantes da Junta,
ou por 2(duas) testemunhas caso o inspecionado se recuse a assinar o termo,
constando a negação do tratamento e/ou à realização dos exames recomendados, e
a desistência a qualquer amparo do Estado;

II – Arquivar a primeira via no prontuário do inspecionado e anexar a segunda


via à cópia da Ata de inspeção de saúde;

III – registrar no campo “observações” da Ata a existência dessa declaração;

IV – prolatar o diagnóstico baseado apenas nos dados colhidos por ocasião


do exame físico do inspecionado.

Art. 28 - As Atas de Inspeção de Saúde serão lavradas em livro próprio ou por


meio eletrônico no qual haverá uma só ata para cada sessão da Junta, em que
constarão os nomes dos inspecionados, qualquer que seja o posto ou graduação. A
ata será escriturada pelo secretário em todas as suas colunas e espaços
necessários, assinada por todos os membros da Junta após o término da sessão,
que será numerada seguidamente a partir do número 1 (um), dentro de cada ano
civil, separado por barra(/).

Art. 29 - A Ata de Inspeção será registrada no livro próprio ou em meio


eletrônico, havendo somente uma para cada sessão da Junta, ainda que dela
constem vários inspecionados, de qualquer Posto ou Graduação.

Parágrafo único - Será extraída uma cópia de Ata, para cada inspecionado,
autenticada com o "confere" do Secretário da Junta e será remetida à autoridade
que tiver solicitado a inspeção.

Art. 30 - As perturbações mórbidas serão registradas em Atas por meio de


rubrica (CID) correspondente e constante da nomenclatura estabelecida pela
Organização Mundial de Saúde, na coluna do diagnóstico.

Art. 31 - No caso de não ser diagnosticada nenhuma perturbação mórbida,


constará na coluna do diagnóstico apenas a expressão "Nenhum".

34
Art. 32 - Quando a perturbação mórbida for compatível com o serviço, além
do diagnostico em código, constará expressão "compatível para o serviço da
PMES ou CBMES”.

Art. 33 - As cópias de atas destinadas à instrução de processo de reforma


assinalarão o diagnóstico por extenso ao invés da respectiva rubrica numérica (CID)
e na parte superior em tinta vermelha, conterão a palavra: “Reservado”. Esses
diagnósticos não serão publicados em boletim diário ou documento de divulgação.

Art. 34 - Os membros das Juntas Militares de Saúde terão a liberdade de


solicitar todos os meios que julgarem necessários, para a segurança e isenção da
atividade pericial, assim como instalação em local apropriado, sob pena de
suspensão dos trabalhos.

Art. 35 - Após o diagnóstico registrado em Ata, a Junta emitirá o parecer onde


reconhecerá a capacidade ou incapacidade do inspecionado considerando o fim a
que se destina a inspeção.

§ 1º - O prazo de validade das inspeções de saúde para fins de Engajamento,


Reengajamento, Passar a Servir Automaticamente sem Compromisso de Tempo
(PSASCT) e Continuar a servir automaticamente sem compromisso de tempo
(CSASCT) é de 04(quatro) anos, a contar da data de Incorporação do ME,
ressalvados os casos supervenientes que possam alterar a situação constatada pela
perícia.

§ 2º - Estando o militar regular com o programa de inspeção de saúde e,


sendo chamado para a realização de Teste de Aptidão Física (TAF), deverá
submeter-se, somente, a exame cardiológico que declarará a aptidão para a
realização do referido teste.

§ 3º - O prazo de validade das chamadas para as inspeções de saúde, para


todos os fins, será de 06(seis) meses.

§ 4º - A inspeção de saúde fins Regularização da Situação Militar (RSM) terá


por finalidade tornar o militar “APTO para o serviço”, a contar da data da inspeção,
até a próxima chamada do programa de Inspeção de Saúde, não retroagindo os
seus efeitos.

Art. 36 - Os locais, as datas e horários das Juntas serão determinados pelos


respectivos Presidentes, salvo o já estabelecido pela publicação em BGPM.

35
CAPÍTULO II

DA CHAMADA À INSPEÇÃO DE SAÚDE

Art. 37 - As chamadas dos militares para serem examinados pelas Juntas


serão feitas através do BGPM, onde constará o nome, o RG e a finalidade para o
qual está sendo chamado o militar.

Parágrafo Único - Tomando ciência do seu chamamento,através da


publicação em BGPM, o militar retirará em sua unidade a Guia de Solicitação de
Exames para Inspeção de Saúde (conforme Modelo Anexo VI), e fará o seu
agendamento de sua inspeção na divisão de Perícia Médica da Diretoria de Saúde.

CAPÍTULO III

DOS PARECERES DAS INSPEÇÕES DE SAÚDE

Art. 38 - As Juntas Militares de Saúde usarão em seus pareceres, conforme o


caso, uma das fórmulas abaixo:

1-No caso de aptidão: ............. CID Compatível. Apto para o serviço da


PMES/CBMES ou CID Nenhum. Apto para o serviço.

2-No caso de incapacidade física total temporária:


(CID .............. ) Incapaz temporariamente para o serviço da PMES/CBMES.

Necessita de ....... dias para realizar o seu tratamento, de ...../....../...... a


....../ ......./...... Determinando o prazo julgado necessário para o tratamento.

3-Quando a incapacidade for concedida segunda vez usará a expressão:


(CID..............) Incapaz temporariamente para o serviço da PMES/CBMES.
Necessita de mais .... dias para continuar o seu tratamento, de....../...../....... a
....../....../......
4- Quando o periciando apresentar restrição parcial temporária para o serviço:
............CID Compatível ou Nenhum. Apto para o serviço da PMES/CBMES.
Dispensado de instrução e serviço de ....../...../.... a ..../...../.....
ou

DISPENSADO DE INSTRUÇÃO FÍSICA DE ....../...../..... A ...../...../.....


ou quaisquer outros afastamentos previstos no Art. 63.

6 - No caso de incapacidade definitiva, a Junta usará um dos pareceres


seguintes, observando os termos adequados ao caso em análise:
(Diagnóstico por extenso) Incapaz definitivamente para o serviço da

36
PMES/CBMES. É (Não é) acidente em serviço. Doença ou ferimento recebido
(não recebido) em operações militares. Enfermidade adquirida com (sem)
relação de causa e efeito a condições inerentes ao serviço. Não é (é) alienado
mental. Não é (é) inválido.

7- Nas inspeções de saúde em pessoa da família de militares, a Junta


arbitrará, unicamente, o prazo necessário à assistência permanente do interessado,
declarando:
Necessita dar assistência permanente ao seu..................... (grau de
parentesco) durante ......... dias.
(Pode ou não pode) ........... viajar para ....................... Em casos especiais
em que o interessado necessita realizar o tratamento em outro Estado.

8- Nas inspeções de saúde de militares que se encontram na Reserva


Remunerada, para fins de reforma, as Juntas declararão:
(O diagnóstico por extenso do examinado) INCAPAZ DEFINITIVAMENTE
PARA O SERVIÇO DA PMES/CBMES. Se o nome da doença não coincide com a
nomenclatura da legislação vigente deverá ser acrescida da expressão. Doença que
se enquadra no conceito de neoplasia maligna (ou outro).

9 – Na emissão de pareceres para candidatos a inclusão, curso ou concurso


só serão admitidos como resultados APTO ou INAPTO.

10 – Na inspeção de militares para fins disciplinares a Junta emitirá o parecer


nos seguintes termos:
Apto (ou Inapto) para responder PAD.

11 – Após a inspeção de saúde para fins de controle dos documentos


sanitários de origem, a Junta emitirá o seguinte parecer:

O PRESENTE DOCUMENTO SANITÁRIO DE ORIGEM PREENCHE (NÃO


PREENCHE) TODAS AS FORMALIDADES EXIGIDAS NAS INSTRUÇÕES
REGULADORAS DOS DOCUMENTOS SANITÁRIOS DE ORIGEM

OBS. (no campo observação deverá constar o motivo que causou o não
preenchimento das formalidades exigidas).

CAPÍTULO IV

INSPEÇÃO DE SAÚDE DE CANDIDATOS À INCLUSÃO

Art. 39 - As inspeções de saúde para verificação de aptidão de candidatos à


inclusão nos quadros da corporação serão feitas por Juntas Militares de Saúde
Permanentes ou Juntas de Seleção, e terão validade de 2 (dois) anos.

Art. 40 - Na elaboração do seu julgamento, a Junta se orientará pelos


requisitos previamente estabelecidos em normas da corporação e constantes no
edital de publicação do concurso em que o candidato esteja inscrito.

37
Art. 41 - As inspeções de que tratam este Capítulo, atenderão ao que está
disposto no Capítulo I, do Título III.
CAPÍTULO V

DAS INSPEÇÕES DE SAÚDE PARA PROMOÇÃO, REGULARIZAÇÃO DE SITUAÇÃO


MILITAR, MATRÍCULA EM CURSOS E ESCOLAS DE ESPECIALIZAÇÃO, DE
APERFEIÇOAMENTO, DE HABILITAÇÃO E ADAPTAÇÃO.

Art. 42 - As inspeções de saúde para militares da ativa, para as finalidades de


que trata este Capítulo, serão feitas por Juntas Permanentes, sendo que os
pareceres (APTO ou INAPTO) se referirão exclusivamente ao serviço da PMES ou
CBMES.

§ 1º - O prazo de validade da Inspeção de Saúde para fins de Promoção dos


Oficiais de que trata a Lei nº 1.142/1956 e Lei Complementar nº 467/2008 será de
dois anos.

§ 2º - O prazo de validade das inspeções de saúde para fins de Engajamento,


Reengajamento, Passar a Servir Automaticamente sem compromisso de tempo
(PSASCT) e Continuar a servir automaticamente sem compromisso de tempo
(CSASCT) é de 04 (quatro) anos, a contar da data de Incorporação do ME, terá
validade, também, para promoção e curso, desde que siga o § 2º do Art. 35 da
presente Portaria.

CAPÍTULO VI

DAS INSPEÇÕES DE SAÚDE NOS CASOS DE INCAPACIDADE TEMPORÁRIA


(LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE) E DO ATESTADO MÉDICO

Art. 43 - A inspeção que se destina à concessão de afastamento temporário


total das atividades, para realizar tratamento de saúde, deverá, no parecer,
especificar qual o tempo de duração do afastamento ou se o inspecionado se
encontra em condições de retornar ao trabalho.

1º - O inspecionado, após avaliação pela Junta, deverá comparecer à sua


OME para apresentação da guia de saúde contendo o resultado de sua inspeção de
saúde.

§ 2º - É vedado ao Comandante do inspecionado aceitar atestado médico


(civil ou militar) ou laudos médicos contrariando ou divergindo do parecer emanado
da Junta, salvo quando se tratar de outra moléstia ou lesão.

§ 3º - O parecer emitido pela Junta somente poderá ser alterado mediante


nova inspeção de saúde, após o término do período concedido ou por interposição
de recurso devidamente fundamentado, a qualquer tempo.

38
Art. 44 - No caso de afastamento temporário parcial a Junta deverá
especificar quais atividades o inspecionado deverá ser afastado e por qual período.
Parágrafo único – Quando o inspecionado for dispensado com afastamento
temporário parcial de suas atividades rotineiras, observado o previsto no Art. 50,
ficará obrigado a comparecer às chamadas em sua OME e executar atividades
compatíveis com sua capacidade laborativa.

Art. 45 - O ME ao ser afastado de suas atividades por médico ou odontólogo


civil ou militar, deverá apresentar o atestado médico ao seu Comandante ou chefe
imediato, no mesmo dia da emissão, para o visto da autoridade, que aporá “ciente” e
encaminhará o referido atestado ao Departamento de Perícias Médicas da Diretoria
de Saúde, no prazo máximo de 3 (três) dias úteis, para fins de análise e publicação
em BI, caso seja homologado.

Parágrafo 1º - Caso o Comandante ou chefe imediato necessite de opinião


técnica sobre atestado médico apresentado pelo subordinado deverá encaminhar o
ME, juntamente com o atestado médico, para o médico militar de plantão.

I - O médico da OME examinará o ME, encaminhado pelo Comandante ou


chefe imediato, podendo aceitar ou rejeitar o atestado, baseando-se nos resultados
dos dados clínicos e exames complementares apresentados, após criteriosa
avaliação.

II - O Departamento de Perícias Médicas somente poderá homologar e


publicar os atestados médicos quando os mesmos contiverem o “ciente” do
Comandante ou chefia imediata do militar.

III - Havendo suspeita de simulação de doença ou apresentação de


freqüentes atestados médicos, o Comandante ou chefe imediato do ME poderá
encaminhar para a Diretoria de Saúde um relatório circunstanciado do fato, com
informações sobre o desempenho profissional do interessado.

Art. 46 - Quando o atestado médico corresponder a período de mais de 15


(quinze) dias ininterruptos de afastamento, o militar, dando ciência ao seu
Comandante ou chefe imediato, deverá comparecer à divisão de Perícias Médicas,
para submeter-se a avaliação por Junta pericial.

Art. 47 - Quando o ME submeter-se a baixa hospitalar, internação domiciliar


ou apresentar impossibilidade de locomoção, por motivo de saúde, o Comandante
ou chefe imediato do ME dará ciência do fato à Diretoria de Saúde, encaminhando,
os atestados ou laudos que atestem a condição do interessado, para homologação
do seu afastamento, publicação em BGPM e registro no prontuário médico.

Parágrafo único - Ao receber alta hospitalar, cessada a internação domiciliar e


a impossibilidade de locomoção, caso haja necessidade de afastamentos
subseqüentes, o Comandante ou chefe imediato do ME o encaminhará para
avaliação pericial na divisão de Perícias Médicas da Diretoria de Saúde, juntamente
com o relatório do médico assistente, no prazo máximo de 48 horas.

39
Art. 48 - Terminado o período do afastamento concedido, o militar
reapresentar-se-á ao seu Comandante ou chefe imediato, pronto para o serviço,
salvo necessidade de continuidade do afastamento determinado pela Junta.

CAPÍTULO VII

NOMENCLATURAS DOS AFASTAMENTOS


TEMPORÁRIOS (DISPENSAS MÉDICAS)

Art. 49 - O militar, no exercício da sua atividade funcional, pode ser afastado


do serviço em decorrência de incapacidade temporária, parcial ou total, constatada
em atendimento clínico-ambulatorial ou em inspeção de saúde.

§ 1º - Entende-se por afastamento temporário total quando o ME é afastado


de todas as suas atividades para realizar repouso ou convalescer de tratamento, em
sua residência, com cessação total e absoluta de qualquer atividade profissional.
§
§ 2º - Entende-se por afastamento temporário parcial quando o ME é
afastado de algumas atividades profissionais, podendo realizar certas atividades que
sejam compatíveis com o seu estado de saúde, conforme constatado em inspeção
de saúde.

§ 3º - Ao Comandante do militar que tenha recebido uma dispensa temporária


parcial cabe adaptá-lo aos serviços de natureza policial ou bombeiro-militar ou nas
atividades inerentes ao cargo ou função dos quais não foi dispensado, considerando
sua capacidade laborativa e atividades específicas de cada OME.

Art. 50 - Os afastamentos temporários parciais deverão obedecer a


seguinte nomenclatura e significado:

I – Dispensa de instrução e serviço – o militar ficará afastado das atividades


operacionais externas e atividades que necessitem esforço físico severo. Deverá
responder expediente, no interior da sua OME, podendo exercer qualquer atividade
administrativa ou instrução teórica, não podendo realizar instrução prática ou física.

II – Dispensa de instrução física – o militar estará dispensado de instrução


física, em qualquer modalidade.

III – Dispensa de serviço noturno – o militar cumprirá turno de trabalho cujo


término se estenda, no máximo, até às 22 horas.

IV – Dispensa de fardamento – estará dispensado do uso da farda no


cumprimento de suas atividades. Caso a atividade exija o uso do fardamento
completo, no caso do policiamento ostensivo, deverá cumprir expediente interno ou
outro, que ficará ao critério do seu comandante.

V – Dispensa de condução de veículos – o militar estará impedido de


conduzir viaturas oficiais e veículos de uso particular.

VI – Dispensa do uso de arma de fogo


40
VII – Dispensa do uso do calçado

VIII – Dispensa do policiamento iclístico

IX - Dispensa de digitação

X – Dispensa de barbear-se

XI – Dispensa do uso da cobertura

XII – Dispensa de equitação

XIII – Dispensa de atividades musicais

XIV – Dispensa de atividades de saúde

XV – Dispensa de atividades de busca e salvamento aquático

XVI – Dispensa de ativ. de busca e salvamento aéreo e em altura

XVII – Dispensa de atividades de busca e salvamento terrestre

XVIII – Dispensa de atividades de combate a incêndio

XIX – Dispensa de atividades de defesa civil

XX – Dispensa de atividades de vistorias écnicas

XXI – Dispensa de formatura

Parágrafo único – Caso o militar necessite de afastamento que não encontre


enquadramento em nenhuma das disposições acima, o médico da OME, deverá
conceder a dispensa que melhor se adequar ao caso em concreto, com a
observação pertinente.

Art. 51 - Os afastamentos temporários totais obedecerão à seguinte


nomenclatura e significado:

I – Incapaz temporariamente para o serviço da PMES/CBMES-


O militar deverá ficar afastado de quaisquer atividades laborativas, pelo
período arbitrado, após inspeção de saúde. A Junta deverá estabelecer o período de
início e término do afastamento, bem como a data de retorno para nova avaliação.

II – Convalescença em residência – o militar deverá afastar-se totalmente


de suas atividades para repousar, em sua residência, não podendo ultrapassar 15
(quinze) dias ininterruptos. No término desse período o militar deverá apresentar-se
ao Comandante ou chefe imediato pronto para o serviço. Caso necessite prolongar
seu afastamento deverá comparecer à Junta para avaliação.

III - Baixa hospitalar – o militar se encontrará internado em hospital ou clínica


especializada para tratamento médico a partir da data estabelecida na anotação.

41
IV – Alta hospitalar – a liberação do militar da internação em hospital ou
clínica especializada numa data estabelecida. Após a alta hospitalar o militar deverá
se apresentar ao seu Comandante, pronto para o serviço, ou portando um laudo
médico ou atestado, informando da necessidade de continuar seu tratamento e o
tipo de afastamento necessário.

V – Doação Voluntária de Sangue – o militar será dispensado do serviço,


sem prejuízo de salário, por 01(um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em
caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada.

Parágrafo único – Caso o militar necessite de afastamento que não encontre


enquadramento em nenhuma das disposições acima, o médico da OME, deverá
conceder a dispensa que melhor se adequar ao caso em concreto, com a
observação pertinente.

CAPÍTULO IX

LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE DE PESSOA DA FAMÍLIA

Art. 52 - Na concessão da Licença para Tratamento de Saúde de Pessoa da


Família (LTSPF) considerar-se-ão como ‘pessoas da família’ os dependentes
qualificados nos Art. 111 e 112 da Lei nº 2.701, de 16.06.72 e outros, previstos pelo
ordenamento jurídico vigente.

Art. 53 - O interessado solicitará concessão da LTSPF ao seu Comandante


que determinará levantamento social sumário para certificar-se da real necessidade
do acompanhamento, impreterivelmente, pelo requerente.

Parágrafo 1º - Quando o Comandante do ME apurar, na família, a existência


de outros membros em condições de prestar o acompanhamento requerido, poderá
indeferir a solicitação.

Parágrafo 2º - Havendo real necessidade de acompanhamento à pessoa da


família, pelo requerente, o Comandante do ME encaminhará relatório sucinto à
Diretoria de Saúde.

Parágrafo 3º - O Diretor de saúde, através do BGPM chamará à inspeção de


saúde a pessoa da família que necessita do acompanhamento do requerente militar.

Parágrafo 4º - O periciando (pessoa da família) deverá apresentar, no ato da


inspeção, laudo médico, original, especificando seu quadro clínico e atestando sobre
a necessidade da assistência permanente do requerente.

Parágrafo 5º - A Junta, após inspeção de saúde, declarará o período em que


o militar necessitará permanecer junto ao enfermo, se poderá ou não viajar, não
ficando o licenciado obrigado a nova inspeção quando esta findar, salvo se
prorrogação for necessária.

42
Art. 54 - Para a concessão da LTSPF deverão ser observadas todas as
formalidades previstas neste regulamento, não sendo aceitos quaisquer tipos de
atestados.

Art. 55 - Responderá disciplinarmente aquele que tramitar documento em


desacordo com este regulamento.

CAPÍTULO X

DA LICENÇA MATERNIDADE E ADOÇÃO

Art. 56 - Para efetivação de direito constitucional e controle administrativo, a


Junta emitirá o parecer de licença maternidade, à servidora militar, por 180 (cento de
oitenta) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração.

Art. 57 - A Licença Maternidade será concedida observando-se o seguinte:

I – Poderá ser concedida a partir dos últimos 30 (trinta) dias de gestação, até
completar o tempo previsto, salvo antecipação por prescrição médica.

II – No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do dia do


parto.

III – No caso de natimorto, decorridos trinta dias do evento, a militar será


submetida à nova inspeção de saúde e, se julgada apta, retornará ao serviço.
IV – No caso de aborto não criminoso a militar, após submissão à inspeção de
saúde, terá direito a 30 ( trinta) dias de licença.

V – No caso de morte de recém-nascido até 7 (sete) dias de vida, transcorrido


o prazo de licença luto, a militar será licenciada por 30 dias, findo os quais será
submetida à inspeção de saúde.

Art. 58 – Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, do Art. 57, a licença
maternidade que já havia sido concedida será cassada.

Art. 59 - Nos casos em que houver recomendação médica, fica garantida à


militar gestante, mudança de função e adequação do uso do fardamento, sem
prejuízo de sua remuneração e escalas extras.

Art. 60 - A militar estadual que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança,


de até um ano de idade, terá direito a 120 (cento e vinte) dias de Licença Adoção,
para ajustamento do adotado ao novo lar.

§1º - No caso de Adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um)


ano de idade, a militar terá direito a 60 ( sessenta) dias de Licença Adoção.

§2º – A licença prevista no caput deste artigo será concedida mediante


requerimento da interessada e apresentação de prova fornecida pelo juiz
competente.

43
Art. 61 - Após término dos períodos estabelecidos para as licenças
concedidas à gestante e adotante, a militar retornará às suas atividades sem
necessidade de submeter-se a nova inspeção de saúde.

CAPÍTULO XI

DAS INSPEÇÕES DE SAÚDE NOS CASOS DE NCAPACIDADE DEFINITIVA E DE


REFORMA

Art. 62 - As incapacidades definitivas resultantes de doenças e de defeitos


físicos incompatíveis com a atividade do militar, em serviço ativo, darão lugar à
reforma, conforme estabelecido na Seção II, Da Reforma, da Lei nº 3.196 e no
Capítulo III, Da Incapacidade Definitiva para o Serviço Ativo dos Militares
Remunerados pela modalidade de Subsídio, da Lei Complementar nº 420.

Art. 63 - Quando a incapacidade física for motivada por tuberculose ativa,


alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, Hanseníase, paralisia
irreversível e incapacitante, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante,
nefropatia grave, estados avançados de doença de Paget (osteíte deformante),
contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, cegueira ou
cardiopatia grave, a Junta solicitará, obrigatoriamente, exames complementares,
observações, pareceres de especialistas, conforme o caso, para comprovação
diagnóstica.
Art. 64 - Nos casos de tuberculose serão esclarecidas sua forma clínica, sua
atividade ou inatividade, bem como resultados de exames de laboratório e de
radiologia.

Art. 65 – A constatação das doenças especificadas em lei e o


estabelecimento do estado de gravidade serão baseados em critérios apresentados
pelas sociedades brasileiras e internacionais de cada especialidade e em
publicações de órgãos oficiais.

CAPÍTULO XII

DA INSPEÇÃO DE SAÚDE PARA CONTROLE DE DOCUMENTO SANITÁRIO DE


ORIGEM

Art. 66 - Os portadores de Documentos Sanitários de Origem serão


submetidos à inspeção de saúde para fins de controle desses documentos sendo
que, nos casos dos Atestados de Origem (AO), serão inspecionados durante a
vigência do tratamento, sendo o parecer médico incorporado ao mesmo AO.

Art. 67 - Na inspeção de controle dos documentos sanitários de origem, a


existência da relação de causa e efeito entre o acidente sofrido ou a moléstia
adquirida e as condições mórbidas encontradas, na data da inspeção, será

44
confirmada, sendo consignada em Ata, através do parecer da Junta com as
expressões “O presente documento sanitário de origem preenche todas as
formalidades exigidas nas Instruções Reguladoras dos Documentos Sanitários de
Origem”.

Parágrafo único – Caso a relação de nexo causal não seja verificada, no ato
da inspeção, ou a lavratura do documento sanitário de origem apresente
irregularidade insanável, a Junta emitirá o parecer usando as expressões “O
presente documento sanitário de origem não preenche todas as formalidades
exigidas nas Instruções Reguladoras dos Documentos Sanitários de Origem”.

Art. 68 - Após a inspeção, o parecer da Junta será consignado no documento


sanitário de origem apresentado, fazendo constar a assinatura do presidente da
Junta.

Art. 69 - As inspeções de saúde dos documentos citados serão feitos por


Juntas Permanentes.

CAPÍTULO XIII

DAS INSPEÇÕES DE SAÚDE PARA FINS DISCIPLINARES E


PROCESSUAIS

Art. 70 - A inspeção de saúde para fins disciplinares e processuais tem por


finalidade verificar a aptidão física e mental do militar para comparecer à instrução
processual em que figure como réu ou testemunha.

Art. 71 - A inspeção de saúde para fins disciplinares será executada mediante


requisição fundamentada da autoridade encarregada de procedimento disciplinar e
será realizada por Junta Militar de Saúde Especializada (JMSE), nomeada pelo
Comandante Geral.

§ 1º - A perícia médica de que trata esse artigo condicionar-se-á à existência


de fato gerador relevante e a existência de pelo menos uma das seguintes
situações:

I – suspeita ou registro de uso abusivo de etílicos ou uso de drogas


ilícitas

II – tratamento psiquiátrico com ou sem internação hospitalar

III – vítima de traumatismo crânio-encefácico

IV – sinais e/ou sintomas sugestivos de alienação mental e/ou distúrbios de


comportamento.

Art. 72 - A JMSE será composta por oficiais do quadro de saúde ou médicos


especialistas civis, indicados pelo Diretor de Saúde ao Comandante Geral, por
sugestão do Chefe da Divisão de Perícias Médicas.
45
Art. 73 - A Junta verificará se, no momento da inspeção, o militar é portador
ou não de condição alienante e se possui capacidade de entender o caráter ilícito do
fato em apuração ou capacidade de se auto-determinar.

§ 1º - O estabelecimento se, no momento da ação ou omissão especificada,


em data anterior à inspeção de saúde, o inspecionado apresentava ou não alteração
do psiquismo, abolindo ou diminuindo a capacidade de entendimento da ilicitude
cometida, poderá ser objeto de avaliação técnica específica.

§ 2 º - A Junta declarará em seu parecer se o militar está APTO ou INAPTO


PARA RESPONDER PAD OU PROCESSO CRIMINAL.

§ 3º - Havendo a declaração da INAPTIDÃO para responder PAD, o


encarregado do processo administrativo providenciará, junto ao Comandante do ME
a interdição do acusado, bem como a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação
no Detran – ES.

Art. 74 - A Junta, mediante constatação da situação clínica impeditiva do


militar em responder ao processo, poderá sugerir, ao Comandante Geral, aplicação
de tratamentos de segurança, cuja finalidade será levar a efeito cuidados de saúde
destinados à cura ou a manutenção da saúde física e mental do inimputável, que
melhor se adequarem ao caso em concreto.

Art. 75 - Os tratamentos de segurança que poderão ser adotadas


compreendem:

I – Internação para tratamento em hospital militar ou clínica especializada,


por tempo determinado.

II – Tratamento ambulatorial.

III – Participação em programas de reabilitação e re-socialização.

Art. 76 - O tratamento de segurança, como providência curativa, não tem


prazo certo de duração, persistindo enquanto houver necessidade do tratamento,
sendo a necessidade de sua cessação, constatada por nova inspeção de saúde.

46
TÍTULO IV

DA HIERARQUIA FUNCIONAL DAS JUNTAS MILITARES DE SAÚDE, DOS


RECURSOS DAS INSPEÇÕES DE SAÚDE E DA SUSPEIÇÃO DOS MEMBROS
DAS JUNTAS MILITARES DE SAÚDE

Art. 77 - Segundo sua hierarquia funcional, as Juntas Militares de Saúde são


escalonadas na seguinte ordem:

1) Junta Militar Superior de Saúde (JMSS)


2) Junta Militar de Saúde Especializada (JMSE)
3) Junta Militar de Saúde (JMS) I e II
4) Junta Militar de Saúde para Isenção de Imposto de Renda
5) Junta Militar de Saúde Exame de Sanidade Mental
6) Junta de Seleção (JS)

Art. 78 - Dos pareceres emitidos pelas Juntas, poderá a autoridade


deliberante ou a parte, apelar para nova inspeção de saúde, em grau de recurso e
na seguinte ordem:

1) Para a Junta Militar Superior de Saúde, quando a Junta recorrente for a


Junta Militar de Saúde Especializada.

2) Para a Junta Militar de Saúde Especializada quando a Junta recorrente


for a Junta Militar de Saúde I e II, Junta Militar de Saúde para Isenção de Imposta de
Renda e Junta Militar de Saúde Exame de Sanidade Mental.

3) Para a Junta Militar de Saúde quando a Junta recorrente for a Junta de


Seleção.

Art. 79 - Nos casos de inspeção de saúde em grau de recurso, não poderá


tomar parte do corpo pericial da Junta de recurso o médico que tenha constituído a
composição da sessão da Junta recorrente.

Art. 80 - No caso de suspeição de algum membro da Junta, o Diretor de


Saúde deverá propor ao Comandante Geral a substituição por outro oficial médico,
ou por oficial de saúde das Forças Armadas, da Ativa ou da Reserva, ou por oficiais
da reserva da própria Polícia Militar.

TÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 81 - As Juntas exigirão, de todos os inspecionados, prova de identidade,


de preferência a fornecida pela Corporação, e que ficará a cargo do Secretário da

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mesma, quando se tratar de exame de militares. Quando se tratar de inspecionado
civil (candidato à inclusão ou funcionário civil da OPM) o documento prova de
identidade será o Certificado ou Carteira expedidos por uma das Forças Armadas,
Carteira fornecida pela Polícia Civil, Profissional ou outro documento oficial com foto
válido no território nacional.

Art. 82 - A Diretoria de Saúde da PMES, por intermédio de seu Diretor de


Saúde e auxiliado pelos Chefes dos Departamentos, que lhe são subordinados,
exercerá orientação técnica de todas as Juntas, visando obter a unidade de doutrina
nas decisões das mesmas, avaliando o andamento dos seus trabalhos e
provocando, de autoridades competentes, as providências que se fizerem
necessárias para que sejam cumpridas os requerimentos vigentes sobre as
inspeções de saúde na PMES/CBMES.

Art. 83 - Todas as Juntas são tecnicamente subordinadas ao Diretor de


Saúde e administrativamente aos Presidentes das mesmas.

Art. 84 - Sempre que, em virtude de legislação ou disposição regulamentar,


tornar-se necessária a mudança dos processamentos das inspeções de saúde, o
Diretor de Saúde da PMES providenciará a expedição das instruções necessárias ao
Comando Geral.

Art. 85 - Integram as presentes Instruções os seguintes:

Anexo I – Laudo Médico-Pericial

Anexo II – Critério e regulamentação do processo seletivo na aplicação de


exames médicos para o cargo de policial militar

Anexo III – Solicitação de cópia de prontuário.

Anexo IV – Solicitação de Laudo de médico assistente e especialista. VI

Anexo V – Guia médica de Saúde

Anexo VI – Guia de solicitação de exames para inspeção de saúde.

48
Anexo I

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO


SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR
DIRETORIA DE SAÚDE

LAUDO MÉDICO PERICIAL


AVALIAÇÃO PARA FINS DE ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE A
REFORMA

IDENTIFICAÇÃO
NOME DO SERVIDOR
MILITAR:
CPF:
PROCESSO IPAJM:
NUMERO FUNCIONAL:

Considerando o exame pericial realizado em . Concluímos


que:
O Militar é considerado, portador de doença especificada no Inciso XIV do
artigo 6º da lei nº 7713/88 e suas alterações posteriores.
Nome da doença especificada:
Data do diagnóstico:
Há sinais de doença ativa no momento do exame? sim ( ) – não ( )
É doença passível de controle? sim ( ) – não ( )
Em caso afirmativo a data de validade do laudo
é:____________________________________
Base Legal:
Artigo 6º, inciso XIV da Lei nº7.713/88

Assinatura e Carimbo da Junta Militar de Saúde da PMES

49
ANEXO III

Vitória, de de

Ao: Sr. Cel QOC Diretor de Saúde

Eu, ____________________________________________RG nº
___________, lotado________________, venho através deste, requerer cópia
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
______________________.

Declaro que estou ciente das normas da Diretoria de Saúde publicadas no


BI/DS nº 021 de 21/05/2008 e BI/DS nº 035 de 03/09/2009, abaixo transcritas:

“... as cópias de prontuários dos pacientes se darão da seguinte forma:

1- Cópia simples;

2- Realizada nas sextas-feiras, das 14 às 15h;

3- Com ônus para o solicitante;

4- Realizadas fora do âmbito da DS, com a presença do interessado e de ME


designado pelo Chefe do Departamento de Perícias Médicas.”

Endereço:______________________________________________________

Telefone: ______________________________________________________

________________________________________

ASSINATURA

______de__________________de_______

Assinatura e carimbo do médico

Ob.: PREENCHER COM LETRA LEGÍVEL


50
ANEXO IV

DEPARTAMENTO DE PERÍCIAS MÉDICAS


POLÍCIA MILITAR
DIRETORIA DE SAÚDE

Vitória-ES,______de______________de________.

Prezado colega,________________________________________________
A perícia médica da PMES solicita a V.Sª, laudo com diagnóstico, prognóstico e
provável tempo de repouso estimado necessário para a recuperação do militar
estadual ____________________________________________________________

Com vistas a complementar o parecer fundamentado dos médicos peritos. Dados


Clínicos:__________________________________________________

Médico da Perícia: _____________________________________________

Atenção: Conforme Resolução CFM nº 1851/2008, a decisão do benefício


previdenciário, tais como incapacidade definitiva, aposentadoria, invalidez, poder
ou não promover meios de subsistência, Cabe legalmente ao médico perito,
devendo o médico assistente ater-se ao informe clínico solicitado do paciente.

LAUDO ESPECIALIZADO

Diagnóstico:____________________________________________________

CID10:_________________________________________________________

1-Pode desenvolver atividade administrativa: □Sim □Não

2-Pode ter prática de Educação Física: □Sim □Não

3-Tem alguma restrição física: □Sim □Não Se afirmativo,

qual?__________________________________________________________

Prognóstico:____________________________________________________

______de__________________de_______

_________________________________________
Assinatura e carimbo do médico
Obs: PREENCHER COM LETRA LEGÍVEL

51
ANEXO V

52
ANEXO VI - FRENTE

53
ANEXO VI - VERSO

54
55

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO


SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA
POLÍCIA MILITAR
DIRETORIA DE SAÚDE

LAUDO MÉDICO PERICIAL

AVALIAÇÃO PARA FINS DE IMUNIDADE DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA

IDENTIFICAÇÃO
NOME DO SERVIDOR
MILITAR:
CPF:
PROCESSO IPAJM:
NUMERO FUNCIONAL:

Considerando o exame pericial realizado em . Concluímos


que:
Em cumprimento à Portaria nº 032-R/2011 art. 3º. § 3º a fim de requerer
Imunidade de Contribuição Previdenciária, analisamos o atual processo onde consta
documentação – laudos e exames médicos todos apresentados como requerente acima
identificado, além do quadro clínico claramente definido.
O Requerente se enquadra como portador de doença classificada e especificada no
art. 30 da Lei Complementar nº 282/2004 da Legislação vigente.
Nome da doença especificada: CID-
10:
Há sinais de doença ativa no momento do exame? sim ( ) – não ( )
É doença passível de controle? sim ( ) – não ( )
Em caso afirmativo a data de validade do laudo
é:____________________________________
Base Legal:
Artigo 6º, inciso XIV da Lei nº7. 713/88
Portaria nº 797 de 22.03.2010 do Ministério Plan. Orç. e Gestão – Manual de Pericia
oficial em Saúde de Servidor Público Federal.

Assinatura e Carimbo da Junta Militar de Saúde da PMES

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“O FRACASSO JAMAIS LHE SURPREENDERÁ SE SUA DECISÃO DE VENCER FOR


SUFICIENTEMENTE FORTE” (Og Manfino)

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