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Breve reflexão acerca do surgimento de uma visão antropocêntrica e laica

do mundo e do ser humano


Prof. Eduardo Martins

O presente artigo tem por objetivo examinar e refletir o surgimento de uma visão
antropocêntrica e laica do ser humano e o mundo ao seu redor, bem como a metodologia de
trabalho dos historiadores Jean Delumeau, Nicolau Sevcenko e Regis de Castro Andrade,
fazendo-nos compreender que somos criaturas curiosas por natureza e não conseguimos deixar
de fazer perguntas sobre o mundo em que vivemos. Fomos formados a buscar significados para
as coisas e atribuir sentido para raciocinar sobre o que temos à nossa frente e à nossa volta.
Destacando uma visão histórica do período que mostra como estava a o Ocidente
europeu no fim da Baixa Idade Média, o crescimento econômico o surgimento das grandes
cidades (burgos) e dos domínios do mar mediterrâneo, deixando em evidência o período entre
os séculos XI e XV foi o século do comércio.

1 – Reforma uma resposta religiosa: Conflitos entre comunidade laica e comunidade


eclesiástica.

Dando seguimento a esta analise o autor Delumeau dá indicações de termos a Reforma


como resposta religiosa a ansiedade física que é acompanhada de opressão dolorosa e coletiva
que fez com que indivíduos e sociedade se sentissem culpados por tantas desgraças, se instalava
o peso na consciência devido a seus pecados, o mundo estava em desordem total. Portanto única
solução era Jesus e a Igreja passa a pensar numa resposta para o anticristo, onde são formulados
alguns livros ao qual conhecemos hoje como a Bíblia, se tornando, por fim a principal força de
evangelização nos povos que se formaram.
Sendo que a peste negra e o Grande Cisma do Ocidente foi o que veio romper o
ocidente do Oriente no que diz respeito a questões religiosas, essa ruptura se deu pelo ocidente,
através de conhecimento adquirido pelo homem a partir de suas experiências, vivências e
observações do mundo que foram acumulados ao longo da vida e passados de geração em
geração, assimilando informações e conhecimentos úteis ao seu cotidiano. Por fim essa visão
do senso comum é uma herança cultural que tem a função de orientar a sobrevivência humana
nos mais variados aspectos.
Devido a este tipo de consciência a justiça dos homens se tornara mais dura do que
nunca, e cuidando sempre de preservar, fortalecer, ou mesmo recompor a unidade do grupo que
era a base da identidade coletiva, acreditava-se no fim do mundo e na vinda do anticristo era
certa, o indivíduo e a sociedade era envolvida numa crença popular, ao qual, todavia não devia
preceder senão o juízo final. O apocalipse foi conservado pelos artistas e livros, foi a opressão
das massas e elites da idade média.

O que há de notar em sua interrupção (do Apocalipse), escreve. E. Delaruelle


a respeito de Durer, é que se revela aí “ grande inventor de gestos trágicos”; é
deste modo que os episódios luminosos e apaziguantes da obra são
negligenciados em proveito das passagens mais violentas. (DELUMEAU,
1989, p. 62).

Segue demostrando que na vida cotidiana, tinha se vindo tratar Deus com uma
familiaridade contra a qual o protestantismo reagirá veementemente. Um provérbio afirmava:
“Deixai Deus agir, que é homem de idade”. Os frades medicantes também contribuíram para o
descrédito do clero secular. Foi verificado no fim do século XV que n a França e na Alemanha
o baixo clero vivia numa situação material miserável e por esta razão representantes da igreja
tinham no seu modo de vida traços mundanos.

Os padres que vivem no vicio, seja de que espécie for, maculam o poder
sacerdotal, e como filhos infiéis pensam falsamente a respeito dos sete
sacramentos da Igreja, das chaves, das funções, das censuras, dos costumes,
das cerimônias, das coisas santas da Igreja, do culto das relíquias, das
indulgencias, das ordens...
Ninguém é representante de Cristo ou de Pedro, se não imitar igualmente seus
costumes... (DELUMEAU, 1989, p. 72).

A comunidade laica vive um conflito com a comunidade eclesiástica, no final do


período da Idade Média, resultado de uma civilização enraizada na religiosidade, onde
ocasionou uma divergência na administração da Igreja e do Estado nos seus respectivos campos.
E com o passar do tempo devido a ingerência do Estado na Igreja os Cristãos passaram a ter o
habito de ver seus chefes laicos com guias espirituais. Com o enfraquecimento da Igreja, num
período em que os Papas estavam agindo como os príncipes prepotentes e em grande luxúria,
os governantes laicos estavam conquistando cada vez mais espaço naquela sociedade, os leigos
agora estão totalmente conscientes de suas responsabilidades religiosas. Os maus frades e
bispos viviam em excessiva riqueza, preocupados apenas com questões materiais e terrenas, ou
seja, o homem religioso passa a ser questionado no seu comportamento diante da função que
exercia, caindo em total descrédito.
Observando que os fiéis tinham, necessidade de se apoiarem sobre uma autoridade
infalível em tempos de confusão. Mas onde achar essa infalibilidade tranquilizadora só podia
ser senão no próprio Deus. A Bíblia se tornava assim o último recurso, mas também a rocha
que as tempestades humanas não submergiram. “Não deve ser afirmar de Deus senão aquilo
que d’ele aprendemos pelas Escrituras” (DELUMEAU, 1989, p.77).

Difundindo do ponto de vista religioso a Bíblia através do surgimento da imprensa a


aparecimento do livro causou grande revolução com os benefícios que o impresso trouxe as
necessidades espirituais do tempo, pois conseguiu-se então produzir muito mais exemplares da
Bíblia, o que fez com que muitos indivíduos tivessem a sua própria Bíblia e desfrutasse dela
sozinho, acentuando, portanto, o sentimento de individualismo.

Adolfo Occo, médico do arcebispo de Augsburgo, podia escrever, em


1487: “A imprensa iluminou verdadeiramente este século, graças a
misericórdia do Todo-Poderoso...Esta descoberta permite (a Igreja) ir
mais ricamente adereçada ao encontro do esposo”. (DELUMEAU,
1989, p.77)

Diante disto enumeram-se nesta época pelo menos dezesseis edições da Vulgata em
Paris, entre 1475 e 1517. Na Espanha, a célebre Bíblia poliglota de Alcalá (texto latino grego e
hebraico) estava pronta para publicação em 1514. Dois anos mais tarde, Erasmo publicava seu
Nouun Testamentum. Em geral, “da invenção da imprensa até 1520, não se conhecem menos
de 156 edições latinas completas dos livros santos” (DELUMEAU, 1989, p.77). Para aqueles
que sabiam ler, porém ignoravam o latim, as Escrituras, traduzidas em língua vulga e, se
tornaram mais acessíveis que antes. Vinte e duas versões alemãs da Bíblia apareceram entre
1466 e 1520. No entanto a mensagem divina podia ser deformada devido a comunicação das
palavras inadequadas.
O humanismo pretendeu purificar a linguagem pela qual é transmitida a palavra eterna,
desembaraçar as Escrituras de suas imperfeições e apresentá-la sob uma nova luz, assim, veio
contribuir para a reforma pondo em dúvida a autoridade da vulgata e colocando a ciência
filosófica acima de qualquer magistério.
Na certeza de que humanistas não negavam o pecado original, mas em geral não
insistiam nele. Não iam para Deus pelo caminho do desespero, o qual foi o de Lutero.
Reencontraram as Escrituras, tirando todas as impurezas que a obscureciam, os humanistas
aspiravam a uma religião simples, vivida, evangélica, cujos dogmas deveriam ser pouco
numerosos e na qual deveria se procurar e achar a paz de espírito na imitação de Jesus.
Além disso em respeito à individualidade com base em diversas correntes do
humanismo como o Platonismo onde todo e belo como manifestação divina; o Aristotelismo ao
qual o foco e na observação da natureza; Humanismo Cristão é vivenciar a religião com
simplicidade e reflexão interior; sendo que os Utopistas são a concepção de uma comunidade
ideal onde todos viveriam felizes mediante um poder racional.
Em razão disso, o humanismo preparou a reforma de dois modos: contribuiu para aquele
regresso à Bíblia que era uma das aspirações de época; chamou a atenção para a religião interior,
reduzindo a importância da hierarquia, do culto dos santos e de cerimônias, ao mesmo tempo.
Somente o abalo da cisma protestante conduziu Roma a repensar sua teologia e a clarificar sua
doutrina.

2 - O individualismo é a afirmação do espirito laico: fé e razão - Delumeau

Conforme Delumeau, (1989, p.62) o que tornou a morte grande tema da iconografia
da idade média, repercutindo então o memento Mori. Havia os que queriam continuar com
funções e prazeres horríveis a rainha que não podiam desobedecer, obtendo assim a igualdade
e sucesso diante da morte. E com o fim da idade média chega-se a preocupação com a salvação
pessoal, onde se acentuava a salvação coletiva, sendo que cada fiel fazia seus questionamentos
de como escaparia dos tormentos eternos. Lutero por volta de 1505 a 1515 nos demonstra este
tipo de preocupação pessoal quando se preocupava com sua própria salvação e não com a
reforma da Igreja. As leituras de Lutero preocupadas com salvação, ao redor de uma teologia
bíblica oposta ao occamismo. Com a separação da natureza aberta e a ação do homem e o do
Deus exceto pela revelação o occamismo chega a conclusões contrarias; no qual a utilização da
razão pode ser instrumento útil ao mundo da natureza e não ao espiritual. Portanto a fé do
indivíduo elemento importante para chegar a esfera do divino.
O homem é justificado pela fé independente das obras da lei David da mesma
maneira celebra a felicidade daquele a quem Deus confere a justiça
independentemente das obras. Felizes aqueles cujas transgressões são
perdoadas e cujos pecados são cobertos. Feliz o homem a quem Deus não
imputa pecado. (DELUMEAU, 1989, p.88).

Em 1519 se confirmou a ruptura de Lutero com a Igreja com a defesa do sacerdócio


universal, e exilando dessa forma com a dieta de Worms o reformador.
Nesta época pareceu necessário procurar refúgio contra males desta vida e do inferno, o
que deixou a devoção e idolatria em alta, principalmente o culto a virgem Maria e a virgem da
misericórdia virou moda. O que tornou essa prática de devoção aos santos muito conhecida,
tanto no final do século XV quanto início do século seguinte. O que fez também com que
renascesse o politeísmo. Muitos acreditavam que a salvação podia ser comprada. O povo
preferia as procissões, as missas, pois eles interagiam mais nas procissões enquanto que as
missas eram realizadas em latim e o padre de costas para os fiéis. (DELUMEAU, 1989)

Uma das principais características da piedade do século XV é a sua tendência


em se afastar da liturgia tradicional, a preferir as procissões as missas, o
rosário a comunhão, as manifestações de flagelantes a assembleia paroquial.
Como poderia ter sido de outra maneira, quando os fiéis - nas grandes igrejas
pelo menos se achavam muitas vezes afastados do coro por grades ou pelo
jubeu (DELUMEAU, 1989, p. 67)

Segundo o autor supracitado Delumeau (1989) o pecador se sentia sozinho perante


Deus numa época em que o individualismo estava em desenvolvimento. Nações lutavam umas
contra as outras, o rico encarnava a moral da igreja, o pecado maior da época era a cobiça. Cada
cidade tinha seu santo protetor continuavam desta forma rivais uma das outras.
Ainda de acordo com o autor acima mencionado Delumeau, (1989) Elevando o
individualismo a afirmação do espirito laico, uma visão do franciscano Willian de Occam que
declarava a razão incapaz de atingir um Deus ao qual só a revelação permite a abordagem.
Existindo dois domínios separados: o sagrado e o da natureza, isto se dá pelo afastamento da fé
e da razão, desta forma o divino, não se deixa penetrar pela razão e os fenômenos terrestres
susceptíveis de ciência.
Suprindo o individualismo laico esclarecida por Delumeau (1989) o individualismo da
piedade pessoal, que é viver a religião por imitação. Tornando essa tendência para crer em
entidades ou forças sobrenaturais o seu modo de viver, recusando-se firmar o racional e
dedutivo até mesmo os ritos sacramentais de comunicação com Deus. E em crise a Igreja
experimenta que alguns canais litúrgicos e hierárquicos que conduziam para Deus poderia não
ser assim para alguns. No entanto a redescoberta do aristotelismo encontra ponto entre fé e
razão, sendo que a razão ajuda entender esse universo hierarquizado. O caminho para escapar
desta disciplina eclesiástica seria o misticismo. Lutero foi, portanto, um discípulo dos místicos
da idade média.
A sociedade rural da Alta Idade Média permitia o desabrochar de uma cristandade
comunitária fortemente dominada pela hierarquia eclesiástica. Em direção oposta, o
anarquismo Cristão numa atmosfera de confusão das hierarquias e valores os fiéis não
distinguem as fronteiras entre o sacro e o profano.
Vendo o monge saxão um libertador da vida religiosa determinador humanistas
alemães pequenos fidalgos e a burguesia urbana aderiram a doutrina Luterana inclinando-se
para a reforma. Houve uma paz de religião em Augsburgo que dividiu a Alemanha entre
luteranismo e catolicismo de acordo com o princípio Cujus Régio, bujus religio, boa parte do
pais já havia se tornado luteranos. No ano 1525 da revolta dos camponeses foi também o ano
que Lutero escreveu o Tratado Do Servo- Arbítrio; o que de certa forma causou conflito com
humanista Erasmo de Roterdam que era uma autoridade, o que fez com que este publicasse sua
Diatribe sobre o Livre-Arbítrio. Esta ruptura de Erasmo de Roterdam com Lutero, chegou ao
ponto de não ter perdão de Lutero por ele não ter aderido à reforma. Passando Lutero a ser uma
pessoa mais misteriosa dentro da reforma.
A partir do momento que o movimento de Lutero sai da Alemanha e se expande foge
de sua alçada. Se vendo então num empasse quem devia apoiar os nobres ou pobres, pois ele
era o protegido dos príncipes Alemães, ao qual estes acabem por ter seu apoio.
Lutero após a ruptura com a Igreja estava exilado do Império, ficando recluso sem
poder receber ninguém porque podia ser morto ou entregue à justiça, termina sua vida
traduzindo a Bíblia para o Alemão. Tendo, no entanto, o luteranismo após anos de incubação
um estouro após a morte de Lutero o qual se transformou no pai espiritual da Reforma.
Conforme observou o autor supracitado Delumeau (1989) diz ele que João Calvino
propõe uma outra matriz do movimento da Reforma, se tornando uma autoridade importante
religiosa e política, ao qual estas duas realidades estão vinculadas coincidentemente na mesma
época em que o Luteranismo sufocava, por volta do século XVI. As ideias de Calvino eram
semelhantes às de Lutero expõe Delumeau. O pensamento central de Calvino era o de que não
existia salvação sem a revelação e sem as escrituras e que só ela constituiria a mensagem divina
para os homens. Os conhecimentos sobre Deus deixam de lado outras instituições explicando
dessa maneira o porquê para eles não havia necessidade de saber outros assuntos. Portanto o
verdadeiro conhecimento vem de Deus através da Bíblia. Com a doutrina da predestinação e
Cristo os condenados chegam a misericórdia divina.

2- Renascimento: movimento cultural que marcou a fase de transição dos valores e das tradições
medievais. Sevcenko

Em destaque outro fator seria importante, os principais elementos que levariam força
ideológica para o surgimento do Capitalismo e o fim do Feudalismo na Europa. Os movimentos
renascentistas também impulsionaram os elementos para que tivessem a amplitude que teve
como por exemplo a Peste Negra, uma doença que está ligada a pouca higiene e falta de
saneamento básico que ocasionou a morte de milhões de pessoas, atingiria de modo
demográfico as cidades e regiões da Europa.
Segundo o autor Sevcenko intensificou-se desta forma uma crise no século XIV que
desarticulou a economia feudal e intensificou a pratica do trabalho. Fazendo com que os
Senhores feudais cobrassem mais taxas dos camponeses e que a falta de dinheiro eclodisse em
várias revoltas nesse período, por fim, o sistema assalariado e de arredamento fez com que se
criasse o sistema do dinheiro, dando início assim ao capitalismo.

Essa crise do século XIV tem sido denominada também ‘crise do feudalismo’,
pois acarretou transformações tão drásticas na sociedade, economia e vida
política da Europa, que praticamente diluiu as últimas estruturas feudais ainda
predominantes e reforçou de forma invisível o desenvolvimento do comercio
e da burguesia. (SEVCENKO, 1986, p.7)

Observe que na citação acima nosso autor Sevcenko cita que a crise do feudalismo
advém do século XIV e teria causado muitas mudanças na sociedade medieval e conclui que
tais transformações teriam feito surgir o comercio e a burguesia, mas que sobretudo colocou
fim ao chamado feudalismo.
Em razão do acima exposto quem saiu fortalecido neste período foi a Monarquia
mesmo tendo problema para organizar um Estado com força e único, onde antes só havia o
poder pulverizado dos feudos. Ao qual criado um corpo burocrático para a nova ordem política
social e econômica, a partir dos escalões da burguesia, tendo como referência as casas
financeiras e os grandes traficantes, essas casas comerciais possuíam a burocracia necessária e
já obtinham certas influências nacionais e internacionais. Verificou-se, portanto, uma
unificação política significava padronização local e jurídica, e a formação do mercado
demandava prelos, salários. Ritmo de produção entre outros. O tempo propício para empresas
novas, recrutamento de pessoas para assistemática da produção, tudo em acordo com a
condições destas concorrências internacionais. (SEVCENKO, 1986)
Diz nosso autor acima mencionado Sevcenko que somente valendo-se do mínimo de
consenso entre os indivíduos é possível que haja uma sociedade com novas relações individuais
de empregados e empresários e que estas categorias sociais estejam isoladas do restante do
corpo social. Desse modo acima exposto os empregados e os patrões passam ser regidos pela
Lei do Mercado, por conseguinte, nota-se uma transformação nas técnicas das áreas de
agricultura, metalurgia e outras formas de trabalho. No entanto com a invenção do relógio o
tempo começa a ser vendido, não muito diferente dos tempos atuais ao qual cada minuto tem
valor, assim diz Sevcenko.
Então o autor Sevcenko começa a destacar o papel dos intelectuais nesse processo ao
perceber o estimulo a capacidade criativa humana a matematização do espaço e do tempo. “As
pessoas não se movem mais pelo ritmo do sol, pelo canto do galo ou pelo repicar dos sinos, mas
pelo tique taque continuo, regular e exato dos relógios. ” (SEVCENKO, 1986, p.13).
Realçando que humanistas têm grande importância em todo esse crescimento e
mudança de comportamento do período, esses são os homens que “ desde o século XIV vinham
se esforçando para transformar e renovar o padrão de estudos ministrado nas universidades
medievais” que nesse contexto são controlados basicamente pela Igreja. Eles queriam sair de
uma perspectiva da alma que era ligado à Igreja, para os estudos dos humanos, e esse
movimento deu origens as diversas areias de estudos. Os humanistas consideravam perfeita a
cultura antiga que do paganismo, e de certa forma eram ligados direta ou diretamente a igreja,
não podem, portanto, ser considerados ateus. (SEVCENKO, 1986, p.15).

Os humanistas num gesto ousado, tendiam a considerar como mais perfeita e


mais expressiva a cultura que havia surgido e desenvolvido no seio do
paganismo, antes do advento de Cristo. A Igreja, portanto, para quem a
história atingira a culminância na era Cristã, não podia ver com bons olhos
essa atitude. Não querendo dizer que os humanistas fossem ateus, ou que
desejassem retornar ao paganismo. Muito longe disso o ceticismo toma corpo
na Europa somente a partir dos séculos XVII e XVIII. Eram todos cristãos e
apenas desejavam reinterpretar do Evangelho a luz da experiência e dos
valores da antiguidade. (SEVCENKO, 1986, p.15)

Definindo desta maneira a especulação em torno do homem e de suas capacidades


físicas e espirituais que se tornou a preocupação fundamental desses pensadores e o que se
definiu como antropocentrismo. Sevcenko demostra que um ponto importante a se destacar no
pensamento humanista é a crítica da cultura tradicional, fazendo uma leitura continua voltada
para a concepção de mudanças, opondo-se aos teólogos da igreja com seus princípios medievais
que os levava ao “pensamento vindo de Cristo e do Julgamento final”. (SEVCENKO, 1986,
p.16).
E sem deixar de destacar aqui o que o humanismo pretendeu purificar a linguagem
pela qual é transmitida a palavra eterna, desembaraçar as Escrituras de suas imperfeições e
apresentá-la sob uma nova luz, assim, veio contribuir para a reforma pondo em dúvida a
autoridade da vulgata e colocando a ciência filosófica acima de qualquer magistério. Foi
introduzido o método crítico nas ciências religiosas, o que definiu desta forma uma atitude
conhecida como antropocentrismo. (SEVCENKO, 1986, p.19).
Sendo o humanismo muito mais religioso do que se afirmou ao longo do tempo na
visão do autor Sevcenko (1986). De qualquer forma, os humanistas foram espíritos religiosos,
mas independentes. Redescobrindo a Antiguidade, reatando com o verdadeiro Aristóteles,
tornando-se leitores de Platão e de Plotino e de Hermes. Descobriram na alma humana uma
aspiração natural para Deus, tirando a cortina de cada religião. Todavia os humanistas tinham
tantas indicações a respeito de seus sentimentos otimistas, um exemplo disso era sua concepção
positiva dos seres humanos, e isto está dentro dessa visão antropocêntrica do ser humano ser
um ser criador. Consideravam a religião de forma mais simples, não estando carregado de tantas
obrigações, são, portanto, antidogmáticos. Idealizam para a sociedade da época mundo
planejado e perfeito, concebendo as mazelas desta sociedade em uma sociedade diferente.

Houve diversas correntes do humanismo a respeito da individualidade de cada um,


cada qual tentando interpretar a mensagem dos antigos e o estudo da realidade atual a partir do
que lhe parecesse mais adequado. Dando assim origem a diversas tendências do movimento
que se distinguiam entre si: Platonismo; Aristotelismo; Humanismo; Utopistas.

É por trás desse panorama tempestuoso que se desenvolve a cultura


renascentista, voltada para os princípios de equilíbrio, da harmonia, do
naturalismo, da economia do espaço, da forma e da luz; para a racionalidade
e a homogeinade, enfim. Nesse período de caos e opressão, seu compromisso
era a ordem e a liberdade do espírito humano(...) Sua coerência se dava com
o movimento profundo e não superficial da sociedade, com a expansão das
relações mercantis, com aperfeiçoamento das técnicas produtivas,
contabilistas e gerenciais, com a ampliação, homogeneização e conquista do
espaço territorial, transformado em espaço econômico. (SEVCENKO, 1986,
p.54)

O Renascimento é dividido em três partes pelos historiadores:


Conforme a tabela abaixo por nos elaborada.

treccento quatroccento cinqueccento


(Século XVI), conhecido O Quattrocento (Século XV) (Século XVI) o período
também como pré- é marcado por grandes renascentista em que as obras
renascimento é a fase inicial realizações do renascimento alcançaram um alto grau de
desta cultura e também do contando também com a elaboração. Marcado por
pensamento humanista. ajuda dos protetores dos terríveis dificuldades
Nesta época o elemento artistas os mecenas. Período econômicas, trazendo
medieval era muito forte. de grande concentração de conflitos sociais em virtude
Esta fase também marcada riquezas na cidade de das navegações portuguesas
por disputas de poder Florença berço do e espanholas. Período
renascimento. No campo da também em que a corte papal
aquecimento da economia e filosofia o Quattrocento se torna um ambiente fértil e
perda dos antigos poderes consagra a vitória do propício para a criação
humanismo com a instalação artística e se iniciam as obras
da cadeira de língua grega na para a edificação da Basílica
universidade de Florença, de São Pedro e a decoração
desta forma não se do palácio do Vaticano.
distanciando dessa vocação Atraindo para Roma artífices
antropocêntrica e artistas de todas as
especialidades e
procedências

Tabela elaborada pela autora, 2016. Fonte Sevcenko (1986)


FRANÇA ANDRADE, 2016.

O renascimento durou 300 anos se iniciando na Itália no século XIV, passando pelo XV e
terminado no século XVI. Podemos ver claramente em nossa tabela que durante o primeiro
século XIV. O primeiro período treccento foi de transição da cultura medieval para a
renascentista; uma mistura de sentimentos, características físicas, comportamentos com
religiosidade. Presença do Humanismo e destaque em suas obras renascentistas, colocando
individualidade e um aspecto mais humano para elas. E em segundo quatroccento com suas
características que na qual a influência greco-romana, ressurgi com as línguas clássicas e o
paganismo. Utilização das técnicas de pintura a óleo nas artes plásticas. Foi também o auge da
Arquitetura, Literatura e Artes Plásticas do Renascimento. Uma eterna busca da perfeição
estética nas esculturas e pinturas e uso de elementos culturais, uma mistura do moderno com o
clássico. E por fim o terceiro e último período cinqueccento, neste período o uso do idioma
italiano foi bem sistematizado. Suas principais características foram que a escrita ganhou
importância e Maquiavel foi o inovador do campo político. Também houve a fusão de temas
profanos com religiosos, forte presença do humanismo na literatura, pintura e escultura,
enfraquecimento do movimento renascentista no final do século XVI, na Itália. Devido a
descobertas marítimas, do movimento de Contrarreforma e atuação da Inquisição.
Sevcenko (1986) observa que Renascimento flamengo expressaria o mundo burguês devido
grande desenvolvimento do tempo do trabalho tornando desde os séculos XIV e XV uma das
regiões mais rica da Europa, sendo reconhecido e consolidado o primeiro centro econômico e
cultural da Europa. Também que na Alemanha a penetração do Renascimento se deu por volta
dos séculos XV e XVI com a influência do mundo burguês enriquecendo e desabrochando essa
nova cultura e pelas reformas religiosas, ao qual foram envolvidos pelos patronos desta reforma
na Alemanha como exemplo temos: Willibard Pirkheimer, Philipp Melanchton e Martinho
Lutero. Já em Portugal a introdução dos elementos da cultura renascentista se dá com o
otimismo das conquistas marítimas no oriente e na América no século XV. Aderindo ao estilo
manuelino significando consagração deste esforço e o rompimento com o comercio ítalo-turco,
o que corresponderia ao mudéjar castelhano, caracterizara-se pela profusão decorativa e arrojo
das concepções. E em destaque desse movimento humanista está a figura do português
Francisco Sá de Miranda, que trouxe a sua realidade as preocupações dos eruditos italianos e
as novas formas do estilo novo desenvolvidas pelos poetas, literato e dramaturgos do
Renascimento italiano.

3 - A concepção de Estado e de poder político - Andrade


Por fim e de acordo com nossa proposta de analisar três autores que discorrem sobre
o renascimento chegamos agora no último que nos conduz a uma concepção de Estado e de
poder político que nos leva a entender o direito do cidadão, do homem que se diz ser sábio e os
valores que busca uma sociedade conturbada e em transformação.
O autor Andrade (2002) ressalta o termo “política” em sua definição é uma forma de
reflexão e ação da comunidade sobre si própria enquanto unidade. Ao qual “ toda ação política
da se num campo de memórias, modos de pensar e sentir, e instituições – construções
normativas da realidade próprias do universo vital – partilhados, que constituem a comunidade.
” (ANDRADE, 2002, p. 33). Política é o fazer e pensar sobre si mesmo, conviver com as
diferenças, buscando reger o modo de vida da sociedade.
Segundo Andrade expõe (2002, p. 35) pensar como Aristóteles via a Polis nos traz um
pensamento de realização das potencialidades do ser humano, para ele tudo se estabelece
segundo as leis da natureza, na qual “a cidade ou Estado tem prioridade sobre qualquer
indivíduo entre nós (...) o Estado é ao mesmo tempo natural e precede o indivíduo”. Alçando
com a Polis a autossuficiência, portanto onde o indivíduo encontra a felicidade, sendo que viver
fora desta Polis é viver na barbárie. A atividade política é uma forma decisiva na dimensão
moral envolvendo o estabelecimento de normas de conduta na constituição. Por fim o pleno
desenvolvimento das faculdades e potencialidades humanas se dá pela “boa vida”, em termos
materiais espirituais e afetivos, encontrado na Polis. Destacando que as leis promovem o bem
comum e essencial para a educação moral e social. No entanto a constituição para Aristóteles é
feita pelos homens que agiam de acordo com seus interesses.
Também segundo Andrade (2002) nos traz uma concepção exposta por Cícero1 de que
o cidadão é um ser dotado por natureza de razão para a construção de leis para se obter a justiça,
constituindo assim a comunidade política justa em que vivemos. Constatando desta forma o
direito entre o cidadão e o direito entre o sábio.

de que nascemos para a justiça. A lei é uma força da natureza, a inteligência e


a razão de um homem sábio, e o critério da justiça (Cicero, Leis, I, 19). Em
resumo, a estrutura básica do argumento ciceroniano seria este: a razão como
função da natureza é capaz de produzir as leis que constituem a comunidade
justa em que aspiramos viver. (ANDRADE, 2002, p.36).

1
Estadista, orador e filósofo romano, Marco Túlio Cícero nasceu a 13 de janeiro do ano 106 a.C. em
Arpino, Itália, e morreu em 7 de dezembro de 43 a.C. em Formia, Itália. Recebeu aprimorada educação,
com os maiores oradores e jurisconsultos de sua época. Fonte
http://educacao.uol.com.br/biografias/marco-tulio-cicero.htm. Acesso em 11/02/2016.
A citação acima nos remete a pensar um ideal de justiça no Renascimento que tem
suas raízes na Roma Clássica de Cícero e assim justificando o ideal desse período e seu
humanismo.
Anteriormente ainda na Idade Média A “Civitas Dei”, idealizado por Agostinho como
cidade mística e atemporal, sob forma de Igreja traz para uma reflexão uma organização política
e espiritual com mando dessa ordem espiritual. Reconhece a existência, no homem, uma alma
racional que possibilita o pensamento deliberado e ordenação de sua vida de acordo com as
experiências adquiridas. Segundo Agostinho o cidadão não deve se preocupar com a cidade dos
homens, mas o bom cristão deve se preocupar com a Cidade de Deus (Civitas dei), desta forma
a religião vem em primeiro lugar. No entanto Tomás de Aquino diferente de Agostinho racional
por influência de Aristóteles diz que a fé não pode estar junto com a razão deve ser colocada
em segundo plano. (ANDRADE, 2002, p.39)
Os cidadãos renascentistas, indivíduos envolvidos na tomada de suas decisões
coletivas, dispondo de intelectualidade e percepção de hierarquia e tradição. E se os indivíduos
acreditassem na tradição, com prudência e aceitação confiariam no poder monárquico, vendo
seus valores não uniriam se ao corpo de decisões. (ANDRADE, 2002, p. 41).
É Andrade (2002, p. 42) que nos informa que Marsílio de Pádua ao definir a visão
aristotélica da comunidade que cria seus próprios direitos, são elas, portanto que concebe a
relação entre duas ordens: o poder espiritual não tem superioridade sobre o humano, o que
requer a verdadeira separação entre razão e revelação.

A lei humana não se vincula a lei eterna por mediação da lei natural; em
Marsílio” a lei é um mandamento direto de Deus, sem deliberação humana;
(...) a lei humana é um mandamento de todo o corpo de cidadãos, ou de sua
parte de mais valor (valentiorem partem), que surge diretamente da
deliberação dos que estão autorizados para elabora-la. ” A distinção é levada
às últimas consequências. (ANDRADE, 2002, p.42).

O autor Andrade (2002) quanto ao pensamento político de Maquiavel nos leva à


seguinte reflexão de quatro características sobre o homem de ação:
1. Se o indivíduo aplicar de forma inflexível o código moral que rege sua vida
pessoal à vida política, sem dúvida colherá fracassos sucessivos, tornando-se
um político incompetente. (ANDRADE, 2002, p. 45).
2. O pensamento maquiaveliano é a rejeição completa ao legado ético cristão da
Medievalidade e a constituição de uma moral laica de base naturalista. O que
nos leva ao desenvolvimento “de fortunas comerciais que constituíram as
grandes famílias cuja influência nos negócios se consolidou ao longo do tempo
que travariam entre si uma luta interminável e selvagem pelo poder. ”
(ANDRADE, 2002, p. 45).
3. O estado de insegurança em que viviam os príncipes, as distinções criadas pelo
homem entre as republicas e principados e necessidade de um governo com
princípios racionais, assegurando a tranquilidade tanto internos como externos.
(ANDRADE, 2002, p. 45).
4. A sucessão de intervenções e ocupações armadas na Itália pela potencias
unificadas na Europa. Estimuladas pela divisão definhamento da Itália, em
busca de uma racionalidade humana regida por objetivo instrumental e valores
por quem possui virtude. Enfim são mudanças culturais com o renascimento
com respeito ao mundo medieval. (ANDRADE, 2002, p. 45).
De acordo com o que vimos acima em suas características o autor Andrade baseado na
concepção de Maquiavel o ser político deve ser duro e implacável para que este tenha poder
absoluto sobre a sociedade; para tanto deve deixar de lado a cristandade e a moral laica o que
pode levar o indivíduo político a riqueza e poder; devendo ser um governo estável racional e
seguro para aqueles que estão à frente do comando; causando desta maneira mudanças culturais
devido a seguidas lutas e invasões e total desestruturação da Itália.
Segundo autor Andrade (2002) a forma como a virtude seria colocada em prática em
nome do bom governo deveria passar ao largo dos valores cristãos, sendo, portanto, a reflexão
sobre o exercício da virtude que culmina na realização desse bem como objeto de arte; a política.
Desta maneira o poder, a honra e a glória, típicas tentações mundanas, são bens perseguidos e
valorizados. Por esta razão o Estado visto como bem supremo onde os fins justificam os meios.
Também conforme o autor a virtude moral é adquirido pelo habito, se manifesta em
ações voluntarias, resultantes de uma deliberação previa, que diz respeito aos meios e não aos
fins, por esse motivo sobre o que pode ser feito. A virtude política chama a justiça como bem
supremo, o que se deve desejar em si mesmo. Por sua vez a justiça manifesta-se como
acatamento da lei e da equidade, visando a felicidade da sociedade política. As virtudes
intelectuais consistem no exercício da razão para produção da sabedoria, ou seja, de
conhecimento bom e verdadeiro para os homens. “À sabedoria é a mais acabada forma de
conhecimento” (ANDRADE, 2002, p. 62). Vale então ressaltar que a sabedoria tem que ser
intuitiva e combinada com conhecimento cientifica. Visto que a sabedoria filosófica é a mais
importante virtude intelectual.
Para entendermos melhor os pensamentos de Maquiavel, estaria em grande parte na
forma como este lidou com essa questão moral e política, trazendo uma outra visão ao exercício
do poder que no passado fora sacralizado por valores defendidos pela Igreja. A ação política
apaixonada e continua, o esforço desesperado de dar forma a contingencia e a esperança de
realizar de algum modo a boa ordem, permitindo-nos assim entendermos a exaltação
maqueaveliana da virtude sobre a luz de um humanismo moderno, descobrindo por sua vez a
dignidade do homem em seu tempo histórico.

Conclusão

A reforma na visão do autor Delumeau foi de muito importante para a história da igreja
católica e profunda no renascimento, foi um fenômeno que caracterizou a transição da
mentalidade medieval para a moderna, teve seu processo de mudança acelerado. Este espírito
renascentista foi tão forte que provocou mudanças na Igreja Católica, e por seus erros foi
severamente criticada. As tantas insatisfações com a Igreja levaram a um movimento de ruptura
da Igreja conhecido como reforma protestante, tendo como seu principal autor Martin Lutero.
Já o autor Sevcenko nos aproxima da compreensão de que esse conhecimento é
importante para nos explicar o processo de construção cultural do homem moderno e da
sociedade atual. O renascimento responsável pelo individualismo como marcador nesse
processo de queda do feudalismo e inicio do capitalismo, diante da pobreza e miséria o capital
surge forte e resistente.
Por tudo já explanado, e conforme citado pelo autor Andrade a política em sua definição
é uma forma de reflexão e ação da comunidade sobre si própria enquanto unidade. Política é o
fazer e pensar sobre si mesmo, conviver com as diferenças, buscando reger o modo de vida da
sociedade.
Reconhecendo o caráter evolutivo de cada sociedade, dependendo da época e da
sociedade na qual é estudada, contendo cada qual seus traços particulares. Portanto é na polis
que o indivíduo encontra a felicidade, sendo que viver fora desta Polis é viver na barbárie. A
atividade política decisiva a respeito da moral o que envolve o estabelecimento de normas de
conduta na constituição. As leis promovem o bem comum e essencial para a educação moral e
social, mas, no entanto, a constituição é feita pelos homens que agiam de acordo com seus
interesses.
Nesses termos, ao fim do trabalho nota-se que durante a Idade Média, a sociedade se
mostra muito combalida, para não dizer inexistente. Só podemos ver melhor o que aconteceu
com a sociedade medieval quando o feudalismo se vê em decadência e há a formação dos
burgos; e na Idade Moderna, a sociedade encontra ares mais saudáveis e liberais.
No mais, destacamos que o estudo da religiosidade e da sociedade política, nos mais
diversos momentos históricos, efetivado neste artigo, viabilizou a sua compreensão como um
aspecto de mudanças e comportamento renovando o processo de evolução.
Por fim está síntese propõe um esclarecimento dos conceitos de liberdade do indivíduo
da época moderna, que em meio a um mundo conturbado recebeu uma formação cheia de regras
e disciplina. Por esta razão a especulação em torno do homem e de suas capacidades físicas e
espirituais definidora de um antropocentrismo.

REFERÊNCIAS

DELUMEAU, Jean. Nascimento e Afirmação da Reforma. São Paulo: Pioneira, 1989, p.


59-135. (Capítulo I – III)

SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. 4. ed. São Paulo: Atual; Campinas: Editora


Unicamp, 1986, p. 05-23, 46-72. (Capítulo 1,2,5,6).

ANDRADE, Regis de Castro. O Indivíduo e o Cidadão na História das Ideias (com ensaio
sobre Maquiavel). In: Lua Nova. São Paulo, nº 57, jul. / dez. 2002, p.33-72.

Disponível em: http://educacao.uol.com.br/biografias/marco-tulio-cicero.htm. Acesso em


11/02/2016.
Disponivel em: http://www.todamateria.com.br/renascimento-cultural/ Acesso em
18/02/2016.

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