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A Vontade de Deus
Contribuição de David J Phillips
28/04/07
Última Atualização 26/09/08

Este documento oferece uma abordagem sobre como Deus conhece todos os acontecimentos de antemão, mas ainda
age pessoalmente conosco em nossas decisões e orações. Deus tem vontade como Ser pessoal: Têm diversas
significações: [1]

1. A vontade de autodeterminação que se afirma a si mesmo em Sua santidade. Em Si mesmo Deus mantém sua
natureza e moralidade e seu propósito para a criação.

2. Esta vontade em relação com a criação.

3. O conteúdo do 2. ponto, Seu propósito ou o que Ele planejou fazer com a criação.

4. A vontade de cumprir Seu propósito no seu governo, um aspecto da providência.

Em relação com o mundo há a vontade preceptiva – o que Ele quer que as suas criaturas façam, em geral e em
particular. Esta vontade pode ser desobedecida, porém Deus não é frustrado, e consegue seu propósito por sua vontade
decretiva que determina tudo que acontece. Deus inclui as ações de causas secundárias, chamado de o poder
ordenado, e age também ‘sem a intervenção de causas secundárias’, o poder absoluto que é limitado
para cumprir seu propósito de salvação e restaurar a imagem de Deus.[2]

O Propósito de Deus é fazer da humanidade uma comunidade de relacionamentos conforme seu caráter moral e
segundo o padrão da Trindade. É uma extensão para com os homens da comunhão das Três Pessoas que convivem em
santo amor. Isso é a implicação do relacionamento revelado entre o Pai e o Filho durante a encarnação. Antes da criação
Deus estava empenhado em seu amor entre as Três Pessoas infinitas, e a eternidade não pode ser medida por tempo
ou extensão, mas pela intensidade dos relacionamentos perpétuos dentro da Trindade. Estes relacionamentos formam
uma comunidade moral, uma rede de amor que une intrinsecamente as três Pessoas, cada Uma tendo sua auto-
realização em procurar o bem-estar das Outras; o qual é sua participação na comunidade. O poder, verdade, a santidade,
etc. sendo empenhados neste amor perfeitamente e perpetuamente. A natureza deste amor é que ele é para
transbordar.

Para transbordar seu amor em comunidade Deus planejou este mundo como sendo o melhor (Gn 1:31) e se
comprometeu com este, e não quis escolher outro, nem o escolheu de um número de outros mundos hipotéticos. Por
isso Ele tem um relacionamento pessoal e comprometido consigo para com este mundo, e aceitou lidar com a queda e
os pecados. Por isso o propósito de Deus no seu pré-conhecimento deste mundo inclui o plano da salvação, a encarnação,
e o conhecimento de antemão, ou a comunhão antecipada[3] e a eleição daqueles em Cristo.[4] Deus entra em diálogo e
interação com o homem. Também a providência não é apenas a realização de um plano fixo, de um Deus remoto. Não
podemos exagerar a soberania de Deus até ao ponto de os homens serem tratados como robôs, ou Deus é tão
transcendente que não pode travar verdadeiras experiências com o homem, respondendo às suas necessidades. O alvo
de Deus é restaurar a verdadeira liberdade em Cristo ao homem, com fé e oração, etc.

Há dois elementos para entender a vontade de Deus: 1. a onisciência divina, isto é, o pré-conhecimento de toda a
história e 2. as decisões humanas. Como estas estão relacionadas?

A Onisciência ou Conhecimento de Deus: Em primeiro lugar cada Pessoa da Trindade conhece as outras Duas
completamente, mas não exaure o envolvimento, e Estas sendo infinitas e perfeitas, é um empenho que é muito maior
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de que conhecer tudo da criação. Deus conhece todas as coisas possíveis de se conhecer. O seu conhecimento é
simultâneo, Deus vê as coisas de uma vez em sua totalidade; porque é Deus e não é por uma decisão da sua
vontade.[5] Dentro do Seu autoconhecimento entre as Pessoas, de cada Pessoa para com as Outras, está a história da
Sua criação, uma ‘estória’ da Sua interação com agentes morais, e como extensão da Sua comunidade de
amor.

Deus conhece toda a história do mundo inclusive os atos dos homens integrados com Seu governo das coisas como se
fosse um mapa de toda a história, com cada acontecimento em sua locação ou espaço e tempo combinado. Por isso a
providência consiste em Deus sustentar ou preservar as suas criaturas com suas naturezas, inclusive a capacidade
humana de tomar decisões, e Ele governar os eventos para conseguir Seu propósito. Não podemos reduzir este
conhecimento divino à decisão de salvar isolada da providência. A eleição não pode ser considerada separada da
identidade do eleito na história, suas circunstancias, os meios para salvar, e seu testemunho depois. Tudo disso é parte
do plano de Deus, e parte do motivo divino criando a igreja em toda geração e em toda etnia.

O Arminiano, por seu conceito da presciência da fé, de Deus recebendo esta informação passivamente, já tem que
aceitar a eleição dentro da providência. Se aceitarmos a posição Infralapsariana, que Deus elege dentro de um mundo já
permitido a cair, também temos que aceitar que os salvos são pré-conhecidos por Deus dentro do seu contexto histórico
na providência. Os salvos são pessoas especificas em situações de cada geração e etnia. Nossas vidas são conhecidas
como tendo potencial antes de nascer, em realização e realizadas na consumação da redenção; como um triunfo da graça.
No conhecimento eterno de Deus somos conhecidos, não apenas como almas no estágio primórdio de um processo,
mas já como somos, pessoas na história com nossa formação, hábitos, caráter, relacionamentos, a graça divina e
destino. Este conhecimento é devido ao fato de Deus ter a iniciativa de decidir sua criação e a sua história, e por isso Ele
tem comunidade antecipada, isso é ‘conhecimento de antemão’, com os salvos na
κοινωνια do Filho, visando o alvo deles em redor de Cristo na restauração
de todas as coisas.

Deus não conhece todos os acontecimentos e as ações humanas de uma maneira passiva, porque Ele mesmo participa
com a iniciativa em todos eles, conforme seu propósito de restaurar a criação e a sua imagem dentro dela. Em toda
decisão humana ou acontecimento Deus está envolvido sustentando a habilidade de decidir ou viver, e influenciando
para o bem em diversos níveis de atuação para cumprir sua vontade. Então pela complexidade da natureza da história não
é possível ter Deus o conhecimento exclusivamente passivo das ações humanas. Frame diz que Deus ordena os
acontecimentos, mas com uma avaliação diferente, de atitudes ou emoções apropriadas e misericórdia ou justiça, exatamente
porque Ele está respondendo ao elemento humano das decisões humanas, dentro dos acontecimentos. ‘Tais
avaliações, no sentido mais óbvio, são respostas.’ Mas isso não implica em passividade de Deus, pois Ele está
respondendo ao que Ele ordenou acontecer.[6] Deus decidiu aceitar dentro sua criação estas decisões e atitudes
humanas, e assim também responde a elas. Como dizemos abaixo, em um relacionamento pessoal não há
‘causas’ e ‘efeitos’ definidos, e Deus ‘respondendo’ nunca é apenas passivo,
nem o pecador ‘morto no pecado’ é passivo, mas é ativamente rebelde sob a influência de Deus. Tudo
isso está incluído no eterno conhecimento de Deus.

Pré-conhecimento: Não devemos nos preocupar se Deus sabe todas as coisas antes de acontecer. O propósito foi
formado antes da fundação do mundo. Jesus estava com o Pai antes da criação do mundo (Jo 17:5, 24) e foi morto desde
a criação do mundo (1 Pd 1:20; Ap 13:8) e com Ele a graça (2 Tm 1:9) e os crentes são conhecidos de antemão (Rm 8:29)
e eleitos (Ef 1:4). O conceito de antes da criação assegura que o Deus da graça, conhecido agora pelo evangelho, decidiu
seu plano sem influencia ou desvio de qualquer parte da criação.[7] A história ou as circunstâncias naturais, que nos
limitam, não limitam a ação de Deus. O contato com Ele desfaz as limitações do passado ou futuro, para entrar nos seus
conselhos.

Porém a ‘antes da criação’ não é um período remoto. A eternidade não tem duração. Fora da criação e o
tempo Deus é. Não devemos entender a eternidade como uma duração estendendo-se antes do ato de criação, mas um
estado de Deus mesmo, sem ou fora do tempo. A eternidade é Deus eterno, não há outra entidade fora da criação, na
qual Deus está situado. No seu conhecimento Ele sempre sabe, não é passado o que Ele ‘fez’, nem do
futuro o que fará. Para nós é tanto pós-conhecimento quanto pré-conhecimento. O nosso destino não foi fixo em um
tempo longínquo, a imutabilidade que conhecemos pela perda das coisas passadas em nossas vidas; mas são
completamente fora do tempo ‘onde’ é somente Deus, quer dizer que são ‘fixos’ pelo próprio
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Deus. Nosso destino é ‘fixo’ pelo Deus que conhecemos como salvador, a quem oramos, e acima de tudo
Quem nos conhece muito melhor. E este plano é pelo Deus da graça ou amor imerecido.

Isto é o conhecimento do mesmo Deus que conhecemos hoje em dia. O tempo presente é Sua presença com graça e
poder que interage em nossas vidas. É limitada somente por nossa compreensão pecaminosa, mas não pelo tempo ou o
passado. Deus é eterno e seu conhecimento da história e de nossas vidas é eterno ou permanente, mas é dEle, quem
conhecemos como salvador no tempo presente. Então entendemos o pré-conhecimento como o conhecimento de tudo
que Deus sempre tem, antes de criar e depois de criar; e depois de criar Deus acrescenta sua realização deste
conhecimento com a Sua participação na história do mundo com Seus demais atributos atuando por meios das causas
secundárias, e com conhecimento interpessoal das pessoas que pré-conheceu.

O fato de que Deus participa no tempo não limita Deus. Teólogos como Paul Helm diz que ‘Deus é realmente
relacionado ao universo’, contra o argumento de outros que diz que Deus não pode ser eterno, porque a
eternidade não pode participar ou ser ativo no tempo, sem se tornar temporal ou estar no tempo, e assim ser limitado
sem saber o futuro.[8] Por exemplo, Charles Hodge e William Craig sugeriram que Deus de alguma maneira fica
‘em’ ou sujeito ao tempo durante a história da criação. Porém Deus é eterno e não limitado pelo tempo, e o
fato que Ele acompanha ou participa no presente não significa que Ele é temporal ou está no tempo. Antes é Ele que
forma todo acontecimento que por isso forma o passar do tempo. Assim Deus não é sujeito ao tempo ou limitado pela
criação. O fato de Ele ter criado o mundo não implica em Ele ser criatura.

O tempo: Há duas teorias sobre o tempo. A primeira de sem-tenso[9] ou stasis é estática entende que toda a história
existe completa com passado e futuro como um mapa, e Deus tem contato como toda a história de uma só vez. A outra é
a teoria dinâmica que diz que o tempo é um processo, mudando constantemente do passado para o futuro. Podemos
acrescentar a última o Presentismo[10]: A realidade da criação é só no momento do presente.

É considerado que estas duas teorias são incompatíveis, e há grande debate entre os filósofos cada tomando a sua posição,
e isto influi em como definimos a eternidade de Deus. Paul Helm adotando stasis para provar que Deus não está no
tempo ou é temporal, admite que na verdade as duas teorias são relativas aos pontos de vista de Deus e do
homem.[11] Deus tem a visão do tempo como stasis (um mapa de tudo) e o homem porque na sua experiência o tempo
é um processo, experimenta o tempo como a teoria dinâmica. Assim stasis deve ser o conhecimento na mente de Deus,
e não a realidade do tempo da criação, que é formada pela providência de Deus. Pois sem um processo verdadeiro com
mudanças reais na história Deus não conseguiria seu propósito. Isso é, o pré-conhecimento nunca se realizaria sem a
providência ativa de Deus. Deus criou as limitações da criatura por precisar do processo ou as obras de Deus em série,
quer dizer o tempo. Então a realidade do tempo é conforme a teoria dinâmica.

Ele criou o tempo com o espaço no princípio da criação, e cada momento é formado por Deus por Sua atuação de preservar
e governar tudo na Sua providência. Conforme o presentismo, o passado não existe mais, embora ele permaneça no
conhecimento de Deus. Agora o passado na realidade da criação são aquelas pessoas do passado que estão no céu ou
no inferno. Também o passado deixa condições no presente para influenciar as próximas decisões. O futuro existe na
onisciência de Deus, mas ainda não existe fora dos planos dEle. O presente é o campo de ação de Deus, com as
causas secundárias, criado por sua providência. A dimensão dominante é a vertical para com Deus, mas Ele atua
tanto conforme o que realizou no passado, quanto ao que Ele pretende realizar no futuro.

Se a realidade é apenas o mapa da teoria de stasis Deus não conseguiria nada do seu propósito. Mas Deus sempre tem
assim a iniciativa, e o poder de determinar os acontecimentos. Isso não requer que Deus esteja no tempo, nem faz Deus
temporal, exatamente como a criação original não fez de Deus uma criatura. Como Deus é soberano e o Seu
conhecimento e a sua atuação estão em estreito contato, o momento presente é um momento de nosso contato com a
eternidade, isto é, com Deus, neste momento Deus pode ser contatado diretamente. A soberania de Deus não é algo
de uma era remota que nos aterroriza com dúvidas das Suas intenções. O Deus soberano é de agora, em quem
devemos confiar e a quem oramos.

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A relação entre o conhecimento de Deus e Sua atuação em nossas vidas:

Às vezes Deus é apresentado antropomorficamente como um planejador humano que trabalha em dois estágios, no
primeiro Ele faz Seus planos e depois no segundo Ele segue seu plano cega e exatamente. Na verdade Seus planos no
conhecimento estão presente em Deus no momento, o presente, no qual Ele tem contato e age no mundo e em nossas
vidas. Qual é a prioridade entre o conhecimento ou onisciência de Deus e a Sua providência em nossas vidas? A
prioridade do conhecimento de Deus depende não em Ele ser antes da criação, e sim, porque é Deus, como soberano
Criador determinando assim Seu propósito para Sua criação, e que Ele nos preserva e governa em todo momento da vida.
A atuação de Deus na Sua providência é a realidade do presente, e o conhecimento e atuação são interligados por Sua
vontade. Esta atuação de Deus em nossas vidas é o conteúdo do Seu (pré-) conhecimento, e este conhecimento Ele
formou levando em conta nossas ações. Por isso a experiência de Deus é diferente do Seu conhecimento em que o
tempo presente é atual ou real, e toma a forma pessoal de um diálogo e comunhão com as criaturas que na realidade
existem, e não são apenas idéias no seu conhecimento. Este diálogo é idealmente consciente, mas no mundo caído
está inconsciente. Então a Sua atuação na providência é ligada ao seu conhecimento não só como um plano a realizar,
mas como o conhecimento sendo a sabedoria e poder de Deus pelo qual Ele atua na história, lidando conosco como
pessoas responsáveis.

Dentro de cada situação no tempo Deus decide o mesmo ‘plano’ com as mesmas decisões, que Ele decidiu
no seu (‘pré’) conhecimento. Na realidade Deus não precisa ‘planejar’ todo acontecimento
‘antes’, pois tem a sabedoria e poder para realizar sua vontade em cada momento do presente, em
acordo com o que Ele realizou no passado do mundo e Seu alvo para o futuro. Devem existir muitos detalhes na história
nos quais Deus age no momento conforme as alternativas, e ao mesmo tempo são recordados no Seu
conhecimento.[12] Há muitas decisões em nossas vidas que não precisam de uma decisão de Deus, mas Ele aceita o
que decidimos, Ele tendo o poder de usar a qualquer das alternativas que escolhemos para seu propósito; e estas
decisões já estão gravadas no seu ‘pré’-conhecimento.

Assim relacionamos com Deus que fez as decisões do Seu propósito, e Ele não precisa ser ‘controlado’ por
um plano feito e ‘fixo’ na eternidade, esta considerada como um tempo longínquo. No conhecimento dEle,
Deus ‘se repete’ ou melhor ativamente participa e afirma os mesmos planos de uma maneira completa,
instantânea e eternamente, com referência a atuação no momento presente na história e em nossas vidas. Isso é, no
momento no qual Ele tem contato conosco, e não há conflito entre o que nós conhecemos de Deus e o que é
concernente a nós no seu conhecimento.

Então há uma estreita união entre o pré-conhecimento de Deus e a Sua participação na criação. A realidade do Seu
conhecimento é diferente da realidade do realizar, que começa e continua com a vontade dEle. Em maneiras diferentes
um ou o outro tem precedência. O conhecimento tem precedência porque era o motivo para Deus realizar a criação e
começar sua atuação na providência. Quanto ao conteúdo do conhecimento e a atuação são combinados. Porém do outro
lado a atuação de Deus no tempo tem precedência sobre o conhecimento ao ser a realidade da Sua vontade ativamente
travando a experiência com as causas secundárias, os homens, conforme sua bondade, graça e justiça.[13] Não é mais
Deus ordenando, e sim, Deus amando, corrigindo com paciência ou julgando suas criaturas, prosseguindo em formar
uma comunidade moral com elas. Este ponto é a realidade do nosso contato com Deus pela fé, e nossa oração,
obediência ou pecado.

A idéia de Deus seguindo um plano ‘fixo do passado’ na eternidade, não ressalta, mas limita a soberania
de Deus, e faz da história apenas uma repetição mecânica do plano, e mal entende o próprio pré-conhecimento que inclui as
decisões dos homens sob a providência de Deus. Muitos dos textos que são citados para provar a soberania de Deus
na história provem isso, mas não que todo evento é predeterminado. O seu conhecimento eterno tem recordado Suas
decisões soberanas que decide em cada situação da história, então não há nada predeterminado que impeça a fé ou as
orações. Ao mesmo tempo Deus já integrou ou recordou no seu pré-conhecimento ou plano as decisões que Ele faz em
nos tratar no tempo; são as mesmas decisões que Ele faz agora em nossas vidas. O plano está feito, mas é de Deus,
alias é Ele mesmo com quem tratamos em nossa vida dia após dia. O termo propósito ou ‘Plano’ em relação
com a vontade divina, significa que Deus tem a iniciativa em tudo, da Sua graça e bondade por Sua sabedoria e poder
em nossas vidas. O conhecimento é coordenado com a atuação no presente, e com o mesmo conteúdo. Por isso não
preocupamos com isso, mas com Deus mesmo na andança de fé.

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Como podemos explicar o relacionamento entre a ação de Deus e a liberdade humana? Há diversas sugestões:

O Indeterminismo ou Libertarianismo diz que o homem tem liberdade de indiferença, contradição ou independência ou
autonomia. Por isso todas as decisões humanas são impossíveis de predizer, por que o homem tem liberdade de
indiferença, ou sejam não estão controladas nem pelos motivos e desejos do coração. Assim nem Deus ou homem sabem
antes qual será a decisão. Se puderem ser conhecidas antes, então não são livres conforme este pensamento.
Entretanto o conhecimento de Deus não pode ser completamente passivo, na forma de presciência, esperando as
decisões dos homens. Isso implicaria que cada pessoa deveria ser eterna na esperança que depois, num tempo infinito, a
decisão certa seria feita. ‘O livre arbítrio tem a ver com o poder de escolha contrária, isto é, a capacidade de
fazer algo que é contra a natureza do homem.’[14] O Arminianismo tenta manter este libertarianismo e a
presciência juntos. Ambos a Teologia do Processo e o Teismo Aberto são mais lógicos em aceitar o primeiro e negar o
segundo, afirmando que Deus não conhece atos futuros.

Antonímia: Esta diz que são conciliados por Deus, porém nossa ignorância não nos deixa ter uma explicação.[15] Vivemos
pela fé, e em nossas orações enfrentamos a realidade que há muito que não é revelado a nós. Há mistérios e devemos
incluir este conceito em nossa teologia. Heber Campos frisa que devemos confessar a compatibilidade entre a
soberania de Deus e a liberdade humana. Disse que é um mistério.[16]

Conhecimento médio: Uma maneira de explicar como o conhecimento de Deus é relacionado com a liberdade humana,
é pensar que Deus conhece todas as possíveis escolhas que o homem pode fazer e em diversas circunstâncias (Por
exemplo, 1Sm 23:7-13; Mt 11:20-24). Esta teoria aceita a idéia de que a liberdade seja de indiferença, isto é, um homem
é capaz de decidir por qualquer coisa. De todas estas possibilidades Deus é soberano para escolher atualizar somente
aquelas que conseguem seu propósito.[17] Há verdade nesta teoria porque os homens muitas vezes fazem decisões
espontâneas e sem lógica, porém Deus não precisa conhecer todas as possibilidades, porque pode entender e controlar
os corações dos homens.

Determinismo: Todo ato humano é considerado também o ato de Deus. ‘Os teólogos deterministas . . . Deus
exerce controle sobre todos os eventos, e todas as circunstancias que precederam todas as decisões humanas e, assim,
é Deus mesmo quem realmente determina o que afaremos em todos os casos.’[18]

Auto-Determinismo ou liberdade de espontaneidade ou Compatibilismo: Afirma que as pessoas fazem o que elas
querem; suas decisões são determinadas conforme a suas necessidades, desejos, ambições ou preferências, e não como
decisões sem motivos.[19] Por isso um ser infinito pode predizer, ou entender as decisões e prioridades do homem,
porque são feitas conforme as sua própria natureza. O Compatibilismo diz que é possível conciliar a soberania divina com
a liberdade desta maneira.[20] Assim o plano de Deus inclui as ações das causas secundarias, conhecendo suas
preferências, ambições e prioridades. Deus está envolvido em todas as partes das decisões humanas, por Seu ato de
criação e Seu acompanhamento da providência na vida da pessoa. O que Deus conhece da pessoa e seus motivos, é
mais o resultado das operações divinas do que apenas uma presciência simples. As decisões (e orações) humanas podem
ser ‘preditas’, mas também são resultantes das influências da graça e da natureza humana. Deus pré-
conhece tudo que Ele mesmo criou e preserva na Sua providência. Também seus resultados são determinados por
Deus governando tudo para seu propósito.

O homem sempre toma suas decisões conforme as prioridades e opções apresentadas ao seu raciocínio ou fatores menos
racionais e Deus conhece o coração. A pessoa é criada pelos antecedentes na sua formação no passado e na sua vida,
Deus participando em todos aspectos, preservando a pessoa e seu caráter. O conhecimento de Deus e a vontade do
homem se conciliam porque Deus coloca motivos para o bem no coração ou nas circunstâncias do campo moral da
decisão, e Ele faz isso em diversos graus. Estes motivos são para todos os aspectos da vida (a graça comum) e não
somente concernente à salvação.

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Deus age com uma influência nas circunstâncias, como da revelação geral, para motivar a obediência ao criar motivos
corretos no coração. Assim o coração pode ter muitos padrões formando a consciência que influencia as decisões,
motivada pela autopreservação ou a busca da harmonia por motivos egoístas. Deus pode colocar um motivo no coração
igual às outras influências. Ele pode usar as características da pessoa que também são formadas pela providência
anterior. Ele pode colocar um deliberado motivo para persuadir o homem a fazer sua vontade moral ou até sua vontade
salvífica; isso é igual à graça comum ou preveniente. Ele pode usar circunstâncias ou motivos diversos para conseguir seu
propósito.

Todas esta decisões são feitas dentro das limitações do pecado, e qualquer bem é resultado da graça. O pecador não
consegue o bem sem a iluminação e habilidade dadas pela graça. A atuação divina é em forma de guerra moral, de afastar,
aprovar, persuadir, convencer, com Deus mantendo a responsabilidade moral que Ele criou. A resistência ou resposta
humana é antecipada por Deus no seu pré-conhecimento, e Ele consegue seu plano através dos resultados. Em todas
estas maneiras Deus é imanente, mas às vezes Ele é transcendente e age diretamente com atos especiais da
salvação.[21] A regeneração é necessária para estabelecer a fé salvífica envolvendo esclarecimento, convicção,
arrependimento e atração a Cristo.

O Propósito da salvação: Então Deus pode mudar as circunstâncias de maneiras inesperadas, como respostas às orações. Os
motivos para orar são conhecidos e influenciados pela graça. Devido ao Seu conhecimento estas mudanças têm que ser
começadas muitas vezes antes da oração, para conformar com as leis naturais. A encarnação e os milagres e a chamada
missionária, estão nesta categoria. A eleição como parte do conhecimento de Deus tem referência à atuação dEle na
história; isto é, são eleitos não somente para ser salvos, mas igualmente para servir o propósito de Deus na evangelização
de cada geração e em cada lugar e povo, como meio para continuar a alcançar a próxima geração ou povo.[22]

Pessoas podem ser influenciadas pela graça comum, respondendo à pouca compreensão, especialmente fora do
evangelho e começam a fazer o bem (Jo 3:21; Rm 2:4,7), tatear como Paulo disse (At 17:27) e buscam à imortalidade ou
vem para a luz (Jo 3:21). Esta iniciativa para ter um reconhecimento de Deus e do pecado é do homem, vem como sua
resposta à graça que acompanha esta pessoa na providência, mas o crédito é dado à graça. O pecador não pensa ou
deseja reconhecer a Deus sem a graça. Toda esta preparação é na forma de um encontro pessoal entre um Infinito que
sempre tem a iniciativa e todo o conhecimento e o pecador; não podemos atribuir causa e efeito a esta iniciativa
humana. Está no conhecimento eterno de Deus. Deus pode transformar o coração, colocando um desejo pela graça e
Cristo que superexcede qualquer outro motivo, assim estabelecendo a fé salvífica com a nova liberdade. ‘A
predestinação funciona mediante persuasão, sem coerção, de acordo com as livres escolhas do homem.’[23] Porém
só Deus pode conceder a vida eterna (Rm 2:7), isso é a regeneração para que esta pessoa tenha fé salvífica ou venha
para a luz (Jo 3:21). Esta ação divina tem sua base previa na eleição em Cristo das pessoas, e assim seja pessoas
tateando por um percurso gradativo ou pessoas que venham a conversão repentina, os salvos estão na mesma
categoria, eleitas e regeneradas.

A eleição é um ato positivo para tirar pessoas de uma situação já negativa, a condenação. Isso não pode indicar uma
rejeição dos demais, pois ainda têm acesso à revelação geral e especial no evangelho. A natureza do plano está no
princípio nas promessas dadas a Abraão para alcançar as nações. A escolha de Israel não indica a rejeição do mundo, antes
é o meio para salvá-lo. Na teologia sistemática a preterição é o ato de Deus deixar de lado os demais depois de eleger
seu povo. Consiste de dois aspectos: i. Reprovação, a conseqüência de ser não eleito. ii. Pré-condenação, a conseqüência
de ser um pecador. Porém, todos são condenados por ser pecadores, e a eleição, sendo um ato positivo no propósito de
alcançar o mundo não requer que haja um ato negativo, que também contraria a graça a todos. A eleição em si mesma não
implica em rejeitar os demais, pois já estão condenados exatamente como os eleitos. Por exemplo, dado que um
número de alunos pode fazer uma tarefa, a escolha de um aluno para fazer a tarefa não indica por si mesma, que: i. os
outros são incapazes de fazer a tarefa, ou ii. a tarefa exige um número limitado de alunos, ou iii. outros alunos não serão
selecionados mais tarde. A salvação pela graça em si mesma, nega a capacidade humana, não exige um número
específico e indica uma limitação somente pela fé para ser incluída. O que é incondicional na graça não pode acrescentar
algo à condenação condicional; os que estão condenados condicionalmente pelo pecado não podem ser
incondicionalmente condenados a segunda vez.

Paulo tem grande angústia pelos Judeus para que sejam salvos, aqueles como os privilégios (Rm 9:3-8), mas não são
salvos e são vasos da ira. Nos casos que ele cita neste capítulo como exemplos de que o propósito divino não falhou, são
escolhidos de Deus; e examinando os outros não-eleitos na história, inclusive o caso de Faraó, demonstra que se excluíram
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por falta de fé. Paulo se encoraja porque a palavra não falhou, mas sua angustia concentra-se nos demais que eles
sejam salvos também, que Deus os escolha e restaure a fim de que todo o Israel seja salvo. A eleição de Israel não foi
exclusiva, pois a promessa declarou que por meio de você todos os povos da terra serão abençoados (Gn 12:3).
Também encarando a incredulidade de Israel na história e nos tempos de Paulo, pois eles já ouviram (Rm 10:18),
vemos a dinâmica entre condenação e a graça salvando mais. Deus cumpre seu plano progressivamente, os eleitos formam
o meio para alcançar mais.

Entendendo o conhecimento de Deus como um mapa de toda a história, o progresso da salvação entre os homens é
tecido dentro da história, como um tema central da providência. A eleição não trata de pessoas isoladas das circunstâncias
históricas do seu lugar, etnia, etc., porém são remanescentes de cada parte da criação e de cada geração. Como Abraão e
Moisés os eleitos devem ser considerados como parte de um processo histórico do desenvolvimento da história. Na eleição,
apesar de ser realizada fora do tempo na eternidade, sua referência são pessoas usadas por Deus em diversos
contextos históricos. Por isso a eleição em si mesma não exclui ninguém. Pelo testemunho e missão da igreja outros
também são salvos. São salvos pela fé para servir na salvação dos demais. A eleição está orientada para a formação da
multidão salva na história de missões, sendo preparada para a eternidade.

Deus determina a história conforme seu propósito, levando em conta a liberdade humana como um fator essencial no
propósito, sustentando e governando motivando e modificando as decisões para o bem, e limitando o mal. É o homem que
é a causa das suas decisões, porém Deus sempre predomina, por preservar e governar até no íntimo do coração
humano. Devido aos seus motivos diferentes, Deus não é culpado pelas ações humanas, e o homem não pode queixar da
ação de Deus.

A vontade permissiva: Deus respeita a responsabilidade do homem e permite decisões específicas, por não impedir a ação
enquanto preserva o pecador e governa os resultados para conseguir Seu propósito. Nestes casos as influências de
Deus são em um nível menor, sustentando as intenções do homem a serem realizadas. Podemos dizer que a providência
é mais a preservação do que o governo de Deus, agindo diretamente na decisão humana. Há muitas decisões
indiferentes em nossa vida, da nossa cor predileta até a escolha de uma profissão. Alguns argumentam que não há
uma vontade de Deus individual, em que devemos nos angustiar diante Deus para saber sua vontade para toda
decisão.[24] Devemos orar para que não saiamos da vontade dEle nesta decisões, mas isso não quer dizer que Deus já
decidiu nossa escolha antes de nós para muitas coisas na vida.

No caso do descrente, Deus tem cuidado dele para que ele possa escolher de uma maneira sadia. Ele nos deixa fazer
muitas decisões conforme nossas preferências, porque Ele nos criou como agentes responsáveis, e até Ele pode ter
prazer em ver nossa criatividade ao responder ao ambiente que Ele criou e às outras pessoas. Deus usa as escolhas que
fizemos, não sendo limitado a um curso de ação ou outro, para no fim conseguir Seu propósito, seja a salvação, seja serviço
cristão ou um papel secular. Mesmo quando erramos o curso mais sadio, Ele nos acompanha revelando aos poucos um
curso melhor. Assim há uma vontade individual, mais não é sempre direta e não é com direções divinas claras. Assim
Ele nos treina, para sermos mais úteis e melhores para refletir Sua imagem. Todas nossas escolhas e deliberações,
erros, e nossas orações têm Sua participação em nos sustentar e estão incluídas como uma parte do Seu pré-
conhecimento, como também Suas respostas, direções, e cuidados.

Assim, Deus ainda é justo ao deixar o homem livre, para realizar seus desejos, porém no caso de pecado Ele executa
justiça por diminuir o mal resultante. Não podemos entender a razão de muitos acontecimentos na história, e não vemos um
propósito divino neles. É parte das conseqüências do mal, e da condenação (Rm 1:24ss). Outros como o endurecimento de
Israel, podem ser entendidos como avançando o propósito dEle – a inclusão dos gentios (Rm 11). O apóstolo frisa
fortemente que nada está fora do controle de Deus, nem a incredulidade voluntária do Seu povo eleito! Nos casos de
José (Gn 45:5ss; 50:15ss) e a crucificação (At 4:27-28) Deus poderia ter conseguido seu propósito de uma outra maneira,
mas conhecendo de toda a eternidade as escolhas dos homens maus, os sustentou para cumprir o plano deles, porém
planejou ‘aproveitar’ estas escolas para cumprir Seu plano para o maior bem. A fidelidade de José e a
oração da igreja são conhecidas e sustentadas nas circunstâncias para realizar este Seu plano.

Portanto Deus segura ou limite o mal pelas circunstâncias externas ou por contrariar os motivos no coração. Então Deus
‘permite’ as escolhas dos homens, inclusive a queda e os pecados. Os homens são sustentados e
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governados por Deus no controle que Ele tem das circunstâncias, e nas providências Ele tem agido para conseguir seu
alvo para o bem. Deus é responsável por preservar a liberdade do pecador, que é um bem, mas não responsável ou
culpado pelo uso da liberdade para o mal, e no fim pode conseguir um maior bem.

Deus muda de idéia? Há uma mudança na vontade de Deus que prossegue no tempo, mas a natureza e as Pessoas de
Deus não mudam? É o poder de Deus que está engrenado que muda a criação. Embora Deus passe pela experiência do
tempo e as suas mudanças, porém é como Sujeito ativo e soberano que determina as mudanças ao redor dEle. Sobre os
textos na Bíblia que falam em Deus mudar, uma explicação diz que as afirmações da Bíblia sobre a onisciência, poder e
bondade de Deus devem ter prioridade sobre os termos antropomórficos.[25] Calvino explica os termos da Bíblia como
antropomórficos. Isto é Deus não mudou de idéia, mas somente deu a impressão ter mudado, para que os homens
respondessem conforme a Sua vontade. Isto é uma ‘acomodação’ a nossa fraqueza e ignorância.[26] Quem
muda é somente o homem.

É fato que Deus em si mesmo não muda, no sentido que Ele sempre tem a iniciativa e sabe as reações dos homens e o
que Ele mesmo vai fazer. Seu caráter, atributos e natureza ou essência não mudam. A atitude de Deus e a resposta
humana estão gravadas no (pré) conhecimento de Deus acima do tempo e da história, e isso não muda. Entretanto há
situações em que Deus realmente muda. Ele muda em seus atos e não somente dá a aparência de mudar em palavras.
Por exemplo, pela justificação do pecador Deus passa da condenação para o perdão e a reconciliação. Em todos os outros
aspectos da soteriologia podemos dizer que o homem é quem muda, mas em justificar o pecador Deus mesmo muda
de atitude. É uma verdadeira mudança em relacionamento ao pecador. Na dinâmica dos atributos o juízo é equilibrado pela
graça, e assim Deus não muda.

Não é questão de não ter nenhum movimento em Deus, mas que as mudanças mantêm o caráter e o propósito de Deus.
Ele pode ameaçar juízo e depois se arrepender disso, e assim vemos exatamente que os atributos de Deus não mudam,
mas são exercitados! Deus como espírito, com seus recursos pessoais age e reage com seus atributos em equilíbrio, e
seu caráter não muda e seu propósito para conosco não muda. Deus muda de idéia exatamente, comunicando
primeiramente uma atitude e depois uma outra como Seu método de governar Suas causas secundárias. É uma questão
de enxergar o contexto mais amplo. Através das ‘reversas’ Ele consegue seu propósito em treinar um povo
experimentado na sua graça e também no seu juízo. Assim Ele demonstra de um modo maior Sua natureza pessoal e
interpessoal. Nada acontece fora do Seu controle.

Argumentando que o Deus eterno não sofre mudanças, Paul Helm não tem uma explicação satisfatória da encarnação, e para
evitar admitir a mudança do Filho, acaba dizendo que de alguma maneira Cristo foi sempre encarnado. Mas isso pode
ser somente no conhecimento ou planos de Deus, naturalmente não pode ser na realidade da Segunda Pessoa. A
encarnação envolveu grandes mudanças no acréscimo de todos os aspectos humanos à Pessoa de Cristo, para ser uma
pessoa unida humana e ainda Deus, e também nas condições da sua vida. As limitações de Deus encarnado homem, até
morrer na cruz, são mudanças como meios de manter ou estabelecer a soberania de Deus. Quanto mais Cristo se limitou à
condição de pecadores até que em fraqueza Ele rendeu sua vida, o mais Deus se manteve no poder do universo, e
exaltou Sua soberania sobre a rebelião do pecado.

Unir a humanidade à Pessoa e a experiência com o homem representante foram acrescentados ao Filho, e assim à
Trindade. Mas estas não mudaram Deus em Si mesmo como era, antes as mudanças da encarnação eram a mais
profunda expressão da natureza dEle, em amor e justiça para realizar a Sua soberania sobre a criação, e assim Sua glória.
Não havia ameaça à posição de Deus como eterno e soberano, nas mudanças para cumprir Seu propósito no tempo e na
história.

Na provação de Abraão e Isaque (Gn 22), o teste de Moisés (Ex 4), o arrependimento de Deus após o bezerro de ouro (Ex
33-34), a escolha de um rei para Israel (1 Sm 8), e a doença de Ezequias, etc., Deus apresenta alternativas e muda de
idéia. Não podemos dizer que Ele está fingindo como uma acomodação à nossa ignorância. Temos que entender que
Deus é todo poderoso para arcar com as alternativas e usar Suas manobras táticas, mesmo acomodadas ao nível
humano, para no fim conseguir a estratégia do Seu propósito, em um contexto maior ou menor.[27] Se percebermos o
contexto mais amplo destes casos, vemos que Deus aproveita estas mudanças para que Seu propósito fique ainda mais
seguro. Como no caso de Israel desejando um rei, Deus conseguiu Davi como rei, e depois disso as profecias do
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Messias, cumpridas em Jesus Cristo. Conhecendo todo o coração do homem, Deus limita Seu realizar para motivar a
nossa obediência. ‘A Bíblia nos ensina que Deus . . . está cercado de mudanças, mudanças nas relações dos
homens com ele, mas não há mudança em Seu Ser . .’[28]

As profecias de condenação na Bíblia são as vezes condicionais e outras vezes decretivas; Deus se arrepende de cumprir
o juízo prometido, por causa do arrependimento dos homens. John Frame diz que podemos identificar quais são as
decretivas ou previsíveis, porque estão acompanhadas com um juramento divino ou afirmações de certeza (Ez 5:11), e
sugere que este fato implica que muitas outras profecias são condicionais. As últimas apresentam as alternativas de
bênção ou condenação (Dt 28); outras são ameaças para encorajar o arrependimento (Jonas), como o conceito de
processo jurídico usado por Deus ao reclamar seus direitos na aliança de um povo desobediente (Is 1:18). ‘A
maioria (das profecias de condenação) são condicionais . . . de benção ou juízo.’[29] Há casos que afirmam que
Deus não muda depois que ele mudou. 1 Sm 15:29 afirma que Deus não muda da posição de rejeitar Saul, e isso já é
uma mudança (racham v35). As mudanças em diálogo moral com os Israelitas e Saul (1 Sm 10:19; 11:15; etc.) não
representa uma mudança no conhecimento, nem no caráter de Deus, mas um exercício apropriado da graça e da justiça
divinas. Balaão diz que Deus não muda seu propósito por Israel (Nu 23:19), em um contexto de diversas punições de Israel.

Deus responde à intercessão de Moisés na ocasião do bezerro de ouro, e revela Seu nome (Ex 32:9-14; 34:6-7). O nome
é citado em Joel 2:13-14; Amos 7:1-6; Jonas 4:1-2 e por aquela experiência normativa de Israel o caráter divino é
entendido incluindo a possibilidade de mudar entre perdoar ou condenar. É um atributo de Deus, sugere Frame, mudar
conforme Seus atributos. Outros textos afirmam a mudança de condicional para a decretiva (Ex 9:12; Mt 23:37-31). Deus
continua a tratar os homens como responsáveis, com alternativas de juízo ou de salvação. Ele não muda no sentido que
a combinação das respostas humanas e a Sua atuação já está no seu pré-conhecimento, inclusive da sua mudança, nas
orações, profecias, etc. Também Ele não muda em relação aos incrédulos porque já estão debaixo da condenação, e por
isso o relacionamento continua. Sua santidade ainda é contra o pecado, na forma de justiça retribuidora e ira. A mudança
em relação com o crente é pela graça, e esta já tem a natureza de transbordar, porque a justiça já está satisfeita pela
obra de Cristo. Assim nestes dois casos os atributos agem conforme a suas naturezas permanentes, e a mudança está
na Sua vontade ao justificar e acolher o pecador crente e arrependido. Tudo é para cumprir Seu propósito, criando uma
comunidade de amor entre Ele e os homens.

O chamado universal não é uma mudança de Deus. Deus continua seu propósito com a proclamação do evangelho para o
homem mudar. No seu ministério Jesus aceitou o fato de dois chamados ou convites do evangelho: i. Um universal que
é sincero e pode salvar se os homens respondem. ii O fato da incredulidade já conhecido a Deus é profetizado. iii
Outro que é a operação de Deus em algumas pessoas para estabelecer a fé. Não se pode criar um atalho e dizer Deus
tem interesse só em buscar os eleitos, ou o oposto: Deus negar a eleição. A lógica da Teológica Sistemática quer às vezes
simplificar os fatos bíblicos, e devemos constantemente desenvolver a Teologia Bíblica para corrigir nossas posições.[30]
Jesus usou em parábolas com a referente do evangelismo (pregar o Reino) Lc 14:16-25: Dois tipos de convite: 1a. vez
convidou e recusaram. 2a. vez obrigue-os para que o numero seja completo (e Mt 22:2-10). O semeador (Mt 13:1-23):
Vv19-22 representam os chamados que não aceitaram, explicado por profecia (13- 15). V 23 = v11 A vocês foi dado o
conhecimento. o 2o tipo de convite. Nota-se que o primeiro convite é sincero, e esperava uma resposta positiva. Porque
a incredulidade foi profetizada 500 anos antes, e é ‘inevitável’ não desvaloriza o convite. Mt 16:13-20
alguns (v14) os incrédulos tinham a oportunidade por assistirem ao ministério de Jesus, como os discípulos. Entretanto
os discípulos recebem um convite melhor para estabelecer a fé: foi revelado . . por meu Pai (v17). Veja Jo 6:35-37: V. 35
é o convite geral a todos, e v 36 a condenação por não aceitar este convite sincero. V37: Devido a incredulidade já
estabelecida Deus adota a segunda estratégia Todo aquele que o Pai me der. Mais v 45 e Jo 15:16.

Os dois chamados podem ser considerados como se Deus estivesse mudando de idéia, oferecendo a todos e ao
mesmo tempo planejando a salvação de alguns. Isto mantém seu propósito em tratar todos como agentes responsáveis,
e salvar somente os crentes unidos a Cristo. Quem responde ao primeiro chamado é também aceito, devido à sua
resposta sendo somente pela graça comum que é suficiente para que o pecador venha tateando (At 17:27) para trazê-
lo à porta da salvação. O crédito para esta resposta imperfeita é devido à graça, que usa a revelação geral ou impressões da
Bíblia. Neste caso a fé salvífica é criada pela regeneração, e por isso tal pessoa é eleita no pré-conhecimento de Deus
como os demais eleitos. Esta mudança em Deus de responder a uma mudança no homem, no final das contas já está
planejada pela vontade dEle, mas é também pela misericórdia de Deus que transborda, ao desejar cumprir seu propósito
de ter o homem como Sua imagem santa.

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Deus não é impassível. Bem cedo na história da igreja a idéia que Deus não é influenciado ou desviado, ou corrompido
pelo homem criou a idéia teológica de que Ele não tem paixões. Ele não tem naturalmente as emoções passageiras e más
dos homens, mas surgiu a idéia dEle ser sem emoção e até ter imobilidade. A Bíblia é clara a respeito de que Deus tem
uma vida emocional muita rica. Ele tem misericórdia, pena dos que sofrem, zelo, e amor. Donald Macleod diz que a
palavra dominante na Bíblia para o amor de Deus é o hebraico ahebh,[31] e não o grego ágape, é uma palavra usada
também para a paixão entre os sexos. ‘Deus não ama a igreja sem paixão, de uma maneira fria e platônica. Ele a
ama com paixão e ciúme e se comprometeu tanto, que deu seu Filho por ela.’[32] Não podemos considerar isso
como apenas linguagem antropomórfica. Há muito movimento ou dinâmico moral em Deus, e Suas disposições
permanentes de bondade, justiça, e graça. Cristo é a prova disso. As lágrimas de Jesus sobre Jerusalém ou à morte de
Lazaro não eram fingimentos para ganhar nosso arrependimento, e sim revelaram o verdadeiro luto no Seu coração para
o mundo caído. Não podemos encarar Deus encarnado morrendo na cruz e ainda dizer que ‘Deus não tem
experiência de dor ou da morte’, por que Ele é exaltado e transcendente demais.[33] Na unidade da Pessoa de
Cristo, Deus e homem, Deus experimentou paixão para com os homens, e a condição deles, e sofreu Sua própria justiça.
Isso nos ajuda em nossa fé, arrependimento e em nossas orações.

As mudanças em Deus para cumprir seu propósito são dinâmicas das Três Pessoas em uníssono e harmonia. Os atributos
são harmonizados; a graça e a aceitação dos pecadores são equilibradas pela propiciação do Filho satisfazendo a justiça. A
última era necessária não somente pela longa preparação por Israel, mas também pela paciência ao evangelizar o
mundo atualmente. Deus não é influenciado pelas circunstâncias miseráveis do pecador consideradas em isolamento, e
sim por seu propósito por aquele pecador com sua imagem e como o pecado tem estragado o seu propósito. Por isso
Deus é comovido com misericórdia para agir salvar os pecadores em cumprir seu próprio propósito da criação, que tem de
criar comunhão com a humanidade.

Se Deus como a Trindade econômica revela como Ele é em Si mesmo (a Trindade imanente) por Suas obras na história,
então o pré-conhecimento dEle inclui muito ao responder e reagir às falhas dos homens. A queda, as dúvidas de Abraão,
a personalidade de Jacó, os desvios de Israel, o pedido para a monarquia, o pecado de Davi, e nossas falhas, fé e
orações, etc. estão incluídos no plano, portanto no exercício dos Seus atributos de misericórdia e justiça, etc. Jesus teve que
‘evangelizar’ Israel, embora ele soubesse, como Isaías sabia 600 anos antes, da dureza do coração
dele.[34] Queremos uma vida em linha reta, mas Deus arca com nosso caminho tortuoso. Portanto Ele é um Deus que
responde às mudanças de fé, arrependimento e às nossas orações. Afinal o plano, a predestinação, a vontade soberana de
Deus é muita personalista. Isso é, pessoas com todas suas falhas estão em primeiro plano para Deus criar uma
comunidade moral com Ele e entre si mesmos para Sua glória.

=================================================.

[1] L. Berkhof: Teologia Sistemática 79.

[2] L. Berkhof: Teologia Sistemática 82.

[3] Interpretar o conhecimento de antemão, ou a presciência, como comunhão pessoal antecipada não faz a eleição
condicional. Planejando o estado final mais perfeito do mundo redimido Deus ordena ou elege estas pessoas para
receber a regeneração. São sempre eleitas para servir de o meio para alcançar outros.

[4] A finalidade da eleição é a união com Cristo pela graça e pela fé. Uma vez que a pessoa é unida com Cristo, a
importância da eleição diminui sendo cumprida e desde a conversão o que determinar a vida da pessoa são os recursos de
Cristo e as exigências da vida de discípulo. Não há evidência de que a eleição em si salva, nem garante a salvação sem
a união com Cristo (inclusive pessoas, como crianças pequenas, que são psicologicamente incapazes de exercer fé).
Este ponto é mal entendido por calvinistas e arminianos. O conhecimento prévio de Deus (inclusive a eleição) tem de se
realizar na Sua atuação pela graça na historia.
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[5] L. Berkhof: Teologia Sistemática 70.

[6] John Frame: No Other God, NJ: P&R, 2001, 183.

[7] ‘A frase ‘antes da fundação do mundo’ em Ef 1:4; 1Pd 1:20; Jo 17:24; difere do pensamento do V.
T., e é provavelmente o modo de expressar a independência do Criador da Sua criação em face do helenismo, para
assim revelar que Seus atos salvíficos dependem exclusivamente dEle.’ H. H. Esser: ‘Katabole’,
N.D.I. da Teologia do N.T., São Paulo: Nova Vida, 2000, 455.

[8] Paul Helm: Eternal God: A Study of God without time, Oxford UP 2002.

[9] Sem a passagem do passado para o presente e antecipando o futuro.

[10] A teoria metafísica que diz que o passado não existe mais e o futuro ainda não existe, e somente o presente é real.
Este é um conceito dinâmico do tempo, em contraste com um conceito estático que todo o passado, presente e futuro
existem ao mesmo tempo. O termo presentismo era usado por Sanders para dizer que Deus não sabe o futuro. (John
Frame: No Other God, NJ: Presbyterian and Reformed 2001, 193. e William Craig em God and Time, Paternoster: 2001,
149. Entretanto isto é outra questão do que está apresentada aqui. Deus tem no seu eterno conhecimento do passado,
presente e futuro, e participa no tempo ao formar cada momento, não sendo sujeito ao tempo e atua para preservar as
criaturas e governar, todos os acontecimentos para o futuro Ele já planejou.

[11] Paul Helm: ‘Divine Timeless Eternity’ em God and Time Four Views, G. E. Gansale, ed, Carlisle:
Paternoster, 2002, 28-91.

[12] Por exemplo, Paulo diz que somente as pessoas eleitas são predestinadas, e não todo acontecimento nas suas
vidas; mas Deus tem cuidado delas na história para cumprir seu propósito destinado para elas (Rm 8:2.8-30). A soberania
de Deus não está somente no seu plano e sim na realidade da história, por sua providência.

[13] N. Geisler prefere dizer que a predeterminação está em concordância com Sua presciência (no sentido de prevê as
decisões humanas). ‘Deus determina sabendo e sabe determinando, desde a eternidade.’ É ação simultânea e
coordenada de Deus (‘Deus sabe todas as coisas’ em Predestinação e Livre Arbítrio, SP: Mundo Cristão
1989, 89-92). Não há prioridade cronológica ou lógica entre conhecimento e ordenação, são simultâneas. Conforme Helm,
um conhecimento imediato e completo. Porém como Feinberg cita de Geisler e percebemos também que Helm tem
dificuldade de separar a vontade de Deus do Seu conhecimento (ob. cit. 110). Deus no seu conhecimento determina a
história, porém Sua vontade é atuante na história. Tanto o seu conhecimento quanto a vontade no tempo estão
subordinadas a Deus mesmo conhecido na providência e no evangelho. Não tratamos da ‘vontade
secreta’ (veja Berkhof etc.) de Deus no seu (pré) conhecimento, e sim da realidade da Sua vontade em nossas
vidas no presente.

[14] Heber Campos: A Providência e sua influência na história, Cambuci: Cultura Cristã, 2001, 291.

[15] J. Packer: Evangelismo e a Soberania de Deus e Helm 64.


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[16] Heber Campos: A Providência e sua influência na história, Cambuci: Cultura Cristã, 2001, 284, 288.

[17] P. Helm: The Providence of God 55. Também assim a idéia de indiferença não consegue a liberdade do livre arbítrio
que a teoria queria, porque Deus limita às escolhas realizadas àquelas que o satisfaz.

[18] Veja D e R. Basinger: ‘Introdução’ em Predestinação e Livre-Arbitrio, eds. São Paulo: Mundo Cristão,
1989, 24.

[19] P. Helm: The Providence of God 67. Veja N. Geisler em Predestinação e Livre Arbítrio Quatro Perspectivas, Mundo
Cristão, 1989, 97-101. Naturalmente há decisões feitas inesperadamente e sem lógica, mas até estas a conformam ao
caráter da pessoa.

[20] Esta é a posição de Heber Campos, L. Berkhof e Paul Helm.

[21] Erikson faz a distinção entre transcendente e imanente neste contexto (Teologia Sistemática 101).

[22] Abraão e Israel eleitos para trazer bênção a todas as nações, a remanescente salva serve dentro o plano de salvar
‘todo Israel’ (Rm 9:6; 11:5 > 28-29); também em Atos 13:48; 18:10; Ef 1:11-13; Cl 3:12-25; I Pd 1:2.

[23] N. Geisler: ob. cit. 65.

[24] Garry Friessen & Robin Maxson: Como Descobrir e Fazer a Vontade de Deus, SP: Vida, 1990.

[25] Paul Helm: The Providence of God, Leicester: IVP, 52.

[26] As Institutas da Religião Cristã I. 17.13; citado por Helm: God and Time 148. Mas um Calvinista como John Frame
não concorda que isto seja suficiente. Deus muda em diversas maneiras e não somente o homem. Por exemplo, Deus
toma a iniciativa na regeneração, e muda sua relação de condenação para adoção (John Frame: No Other God: Philipsburg,
NJ: Presbyterian and Reformed, 2001, 171).

[27] Táticas militares são as manobras detalhadas na batalha, que são meios para conseguir a estratégia que é o alvo
ou plano último da guerra. Podem incluir recuos, aparências de fraqueza, ou façanhas para ganhar alvos limitados que
no fim contribuem para a vitória.

[28] Berkhof: Teologia Sistemática, p. 62 linhas 11-23

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[29] Frame: No Other God 169.

[30] Veja Don Carson: Teologia Bíblica ou Teologia Sistemática, Unidade e diversidade, Vida Nova, 2001.

[31] Portanto o hebraico e o Velho Testamento não reconhecem explicitamente a distinção entre ágape, phileo, e eros.
(D. Macleod: Behold Your God...)

[32] Berkhof: A Teologia Sistemática, 62; Macleod: Behold Your God 29-37, 232ss.

[33] Donald Macleod: Behold Your God, Fearn: Christian Focus, 1995, 34.

[34] Is 6:9-10; Mc 4:12; Mt 13:13sss; Lc 8:10. Sabendo o resultado, Jesus como Isaias e Jeremias, ainda cumpriu Seu
testemunho a Israel.

[35] Os verbos desta raiz referem a transformação da vida do crente, e não mudar a essência humana (Fl 3:10; Rm
12:2). Donald MacLeod: The Person of Christ, Leicester: IVP, 1998, 213.

[36] Uma boa ilustração pode ser a de um capitão de um navio que desce para o porão, para fazer concertos e limpeza.

[37] As suas tentações atacaram este ponto, que Ele use a glória da sua transfiguração e da segunda volta.

[38] MacLeod, ob. cit. 215.

[39] O Logos (a Palavra de Deus) de revelação e profecia se tornou desobediência, rebelião, mentira e injustiça naquele
momento por se identificar e ser identificado com os pecadores. Aqui é kenosis e autolimitação pessoal, que cumpre a
vontade de Deus perfeitamente e é paradoxalmente um ato de poder executivo sobre o universo, e do poder de
combate contra as forcas do mal. A expiação é propiciação, porque é uma transcrição interpessoal entre a Trindade e os
homens, pois ‘a ira é a hostilidade pessoal, reta, e constante de Deus contra o mal, sua recusa firme de ceder o
mínimo que seja para o mal, e sua resolução de, pelo contrario, condena-lo.’ (João Stott: A Mensagem de Efésios,
São Paulo: ABU, 2001, 50).

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