N° 189 – 30.12.2010 . No ensaio Declínio e queda do EUA: o fim do império império americano: Quatro cenários para o fim do século americano em Um século de domínio vai 2025, Alfred W. McCoy* traça o roteiro para o fim da submissão acabar antes do previsto mundial à ditadura estadunidense.
Uma aterragem suave para a
América daqui a 40 anos? É melhor não apostar. O desaparecimento dos Estados Unidos, enquanto superpotência global, pode chegar muito mais depressa do que se imagina. Se Washington está convencido que o fim do Século Americano será lá para 2040 ou 2050, uma avaliação mais realista das tendências internas e globais sugere que em 2025, apenas daqui a 15 anos, pode estar tudo acabado exceto a gritaria. Apesar da aura de onipotência que a maior parte dos impérios projeta, uma olhadela para a sua história devia lembrar-nos que eles são organismos frágeis. Todos os impérios caíram. Em geral, acabam sob ataque inimigo, mas o império estadunidense arruína-se por suas contradições
A sua ecologia de poder é tão frágil América. Mas, ao contrário do banho
que, quando as coisas começam a de sangue que marcou o fim de tantos correr mesmo mal, os impérios impérios do passado, com cidades a normalmente esboroam-se com uma arder e massacres de civis, este rapidez impiedosa: um ano apenas colapso imperial do século vinte e um para Portugal, dois anos para a União pode ocorrer de modo relativamente Soviética, oito anos para a França, 11 calmo através dos rebentos invisíveis anos para os otomanos, 17 anos para do colapso econômico ou da guerra a Grã-Bretanha e, com toda a cibernética. Mas não tenham dúvidas: probabilidade, 22 anos para os quando finalmente acabar o domínio Estados Unidos, a contar do ano global de Washington, todos os dias crucial de 2003. Os futuros haverá recordações dolorosas do que historiadores identificarão tal perda de poder significa para os provavelmente a imprudente invasão americanos qualquer que seja o seu do Iraque da administração Bush estilo de vida. nesse ano como o início da queda da futuristas periódicos, engenheiros da América Global Trends 2025, o se reformarem, sem uma Conselho citava "a substituição adequada transferência da riqueza por uma geração mais e do poder econômico nova com deficiente globais atualmente em instrução. Em 2020, curso, grosso modo do segundo os planos Como meia dúzia de ocidente para o oriente" atuais, o Pentágono países europeus e "sem precedentes na jogará uma última descobriram, o declínio história moderna", como cartada para um império imperialista tende a ter o principal fator no moribundo. Lançará uma um impacto bastante declínio da "força tripla cobertura letal de desmoralizante numa relativa dos Estados modernas armas sociedade, impondo pelo Unidos – mesmo na área aeroespaciais robóticas menos uma geração de militar". Mas, tal como como a última esperança privações econômicas. muita gente em de Washington para À medida que a Washington, os analistas manter o poder global economia arrefece, a do Conselho previam apesar da redução da sua temperatura política uma aterragem muito influência econômica. sobe, estimulando prolongada e muito Mas nesse ano, a rede frequentemente uma suave para o predomínio global chinesa de grave turbulência americano global e satélites de interna. albergavam a esperança comunicações, apoiada de que, de certa forma, pelos super- Os dados econômicos, os EUA iriam "manter computadores mais educativos e militares competências militares poderosos do mundo, indicam que, no que se únicas… para projetar também estará refere ao poder global globalmente o poder plenamente operacional, dos EUA, as tendências militar" durante as fornecendo a Beijing negativas convergirão próximas décadas. Não uma plataforma rapidamente em 2020 e vão ter essa sorte. independente para o provavelmente atingirão Segundo as atuais armamento do espaço e uma massa crítica por projeções, os Estados um poderoso sistema de volta de 2030. O Século Unidos vão encontrar-se comunicações para Americano, tão em segundo lugar, atrás ataques de mísseis ou triunfalmente da China (já a segunda cibernéticos em todos os proclamado no início maior economia do quadrantes do globo. da II Guerra Mundial, mundo) em estará esfarrapado e produtividade moribundo em 2025, econômica por volta de na sua oitava década, e 2026, e atrás da Índia em pode pertencer ao 2050. Do mesmo modo, passado em 2030. a inovação chinesa está Significativamente, em Embrulhada numa numa trajetória para a 2008, o National arrogância imperial, tal liderança mundial em Intelligence Council dos como Whitehall ou o ciências aplicadas e em EUA reconheceu pela Quai d'Orsay antes dela, tecnologia militar primeira vez que o poder a Casa Branca parece algures entre 2020 e global da América imaginar ainda que o 2030, na altura em que o estava de fato numa declínio americano será atual suprimento de trajetória de declínio. gradual, suave e parcial. brilhantes cientistas e Num dos seus relatórios sondagem de opinião National Intelligence de Agosto de 2010 Council para sugerir chegou à conclusão de quatro cenários realistas que 65% dos para ver como o poder americanos estão global dos EUA pode convencidos de que o chegar ao fim nos anos país já se encontra 20, seja com um golpe "numa situação de ou com um gemido No discurso sobre o declínio". (acompanhados de Estado da Nação em A Austrália e a Turquia, quatro análises Janeiro passado, o tradicionais aliados correspondentes da presidente Obama voltou militares dos EUA, já situação atual). Os a garantir que "eu não estão a usar as suas cenários futuros aceito um segundo lugar armas fabricadas por incluem: declínio para os Estados Unidos americanos em econômico, choque da América". manobras aéreas e petrolífero, desventuras Dias depois, o vice- navais conjuntas com a militares e III Guerra presidente Biden China. Os parceiros Mundial. Embora estas ridicularizou a ideia de econômicos mais não sejam as únicas que "estamos destinados próximos da América já possibilidades no que se a cumprir a profecia [do estão a distanciar-se de refere ao declínio historiador Paul] de Washington quanto à americano ou mesmo ao Kennedy de que vamos oposição às taxas de seu colapso, constituem ser uma grande nação câmbio da China. uma visão sobre um que falhou porque Quando o presidente futuro próximo. perdemos o controle da regressou da sua visita à Declínio econômico: nossa economia e Ásia no mês passado, Situação atual exageramos". Do mesmo um cabeçalho tristonho Existem presentemente modo, ao escrever na do New York Times três ameaças principais edição de Novembro da resumia a situação desta para a posição revista institucional maneira: "A visão dominante da América Foreign Affairs, o guru econômica de Obama é na economia global: da política neoliberal rejeitada no palco perda de peso Joseph Nye afastou mundial, a China, a Grã- econômico graças à qualquer conversa sobre Bretanha e a Alemanha quota minguante do o crescimento desafiam os EUA, comércio mundial, econômico e militar da Conversações declínio da inovação China, desdenhando comerciais com Seul tecnológica americana e "metáforas enganadoras também falham". Vista fim da situação de declínio orgânico" e numa perspectiva privilegiada do dólar negando que estivesse histórica, a questão não é enquanto divisa de em marcha qualquer se os Estados Unidos reserva global. Em 2008, deterioração do poder vão perder o seu os Estados Unidos já global dos EUA. Os incontestado poder tinham descido para o americanos vulgares, global, mas qual o grau número três nas que vêem os seus de rapidez e de violência exportações globais de empregos fugir para que o declínio terá. Em mercadorias, com apenas além-mar, têm uma vez do pensamento 11% em comparação perspectiva mais realista desejoso de Washington, com 12% para a China e do que os seus lideres vamos utilizar a própria 16% para a União mimados. Uma metodologia futurista do Europeia. que o sistema educativo economista de topo do dos EUA, a fonte dos Fundo Monetário futuros cientistas e Internacional. Em inovadores, tem ficado meados de 2009, quando para trás em relação aos os bancos centrais seus competidores. mundiais detinham um Depois de liderar o valor astronômico de 4 mundo durante décadas, bilhões de dólares em no que se refere a gente notas do Tesouro entre os 25 e os 34 anos americano, o presidente Não há nenhuma razão de idade com graus russo Dimitri Medvedev para crer que esta universitários, o país insistia que era tempo de tendência se vá inverter. mergulhou para 12º acabar com "o sistema A liderança americana lugar em 2010. O unipolar mantido na inovação tecnológica Fórum Econômico artificialmente" baseado também está em Mundial classificou os "numa divisa de reserva decadência. Em 2008, os Estados Unidos com que antigamente era EUA ainda eram o um medíocre 52º lugar forte". Simultaneamente, número dois a seguir ao entre 139 países quanto o governador do banco Japão nos pedidos de à qualidade do ensino central da China sugeria patentes mundiais com universitário de que o futuro poderá 232 mil, mas a China matemática e ciências assentar numa divisa de estava a aproximar-se em 2010. Atualmente, reserva global "desligada rapidamente com 195 quase metade de todos de países individuais" mil, graças a um os estudantes formados (ou seja, o dólar dos aumento fulgurante de em ciências nos EUA EUA). Considerem isto 400% desde 2000. Um são estrangeiros, a como indicadores de arauto de maior declínio: maioria dos quais um mundo futuro, e de em 2009 os EUA regressará aos seus uma possível tentativa, atingiram o último lugar países, em vez de se conforme referiu o na classificação entre os manter aqui como economista Michael 40 países analisados pela acontecia anteriormente. Hudson, "para Information Technology Por outras palavras, em acelerar a falência da & Innovation 2025, os Estados Unidos ordem mundial Foundation no que se enfrentarão financeiro-militar dos refere a "mudança" em provavelmente uma Estados Unidos". "competitividade global escassez crítica de com base na inovação" cientistas talentosos. Declínio econômico: durante a década Estas tendências Cenário 2020 anterior. A dar mais peso negativas estimulam a estas estatísticas, o críticas cada vez mais Em 2020, depois de anos Ministério da Defesa da duras ao papel do dólar de gordos déficits China divulgou em como divisa de reserva alimentados por Outubro o super- mundial. "Os outros intermináveis guerras computador mais rápido países já não estão em países distantes, e do mundo, o Tianhe-1A, dispostos a comprar a conforme esperado há tão poderoso, disse um ideia de que os EUA muito, o dólar dos EUA especialista dos EUA, sabem o que é o melhor perde finalmente o seu que "estoura com a atual em política econômica", estatuto especial como máquina nº 1" na observou Kenneth S. divisa de reserva América. Acrescentem a Rogoff, um antigo mundial. isto a clara evidência de desespero, um patriota Intelligence Council, da extrema-direita dentro de apenas 15 conquista a presidência anos, a Rússia e o Irã com retórica retumbante, poderão "emergir como exigindo respeito para os reis da energia". com a autoridade Apesar duma espantosa americana e ameaçando capacidade de invenção, Subitamente, o custo das retaliação militar ou as grandes potências importações dispara. represálias econômicas. petrolíferas estão neste Impossibilitado de pagar O mundo não liga a momento esgotando as os déficits enormes mínima quando o Século grandes bacias de através da venda ao Americano termina em reservas petrolíferas que estrangeiro das notas do silêncio. são de extração fácil e Tesouro agora barata. A grande lição do desvalorizadas, Choque petrolífero: desastre petrolífero do Washington é finalmente Situação atual Deep Horizon no Golfo forçado a reduzir o seu Uma consequência do do México não foi o inchado orçamento poder econômico padrão negligente de militar. Debaixo da moribundo da América segurança da BP, mas o pressão interna e tem sido a sua simples fato que toda a externa, Washington faz dificuldade nos gente viu na TV: os regressar lentamente as abastecimentos globais gigantes da energia já forças americanas das de petróleo. não têm alternativa centenas de bases Ultrapassando a senão procurar aquilo ultramarinas para um economia ávida de que Klare designa por perímetro continental. gasolina da América, a "petróleo difícil" a Mas agora já é tarde China passou a ser o quilômetros abaixo da demais. Confrontados maior consumidor de superfície do oceano com uma superpotência energia este Verão, uma para conseguir manter os moribunda incapaz de posição que os EUA seus lucros. A agravar o pagar as contas, a China, mantiveram durante problema, os chineses e a Índia, o Irã, a Rússia e mais de um século. O os indianos tornaram-se outras potências, grandes especialista em energia repentinamente enormes e regionais, desafiam Michael Klare consumidores de provocadoramente o argumenta que esta energia. Mesmo que os domínio dos EUA sobre mudança significa que a abastecimentos de os oceanos, o espaço e o China vai "assumir o combustíveis fósseis se ciberespaço. Entretanto, comando na definição do mantivessem constantes no meio de preços altos, nosso futuro global". Em (o que não acontece), a de um desemprego 2025, o Irã e a Rússia procura, e portanto os sempre crescente e de vão controlar quase custos, aumentará uma queda continuada metade do certamente – e de forma dos salários reais, as abastecimento mundial acentuada. Outras divisões internas de gás natural, o que nações desenvolvidas resultam em choques potencialmente lhes dará estão a enfrentar esta violentos e debates uma vantagem enorme ameaça de uma forma fraturantes, muitas vezes sobre a Europa faminta agressiva dedicando-se a sobre questões de energia. Acrescentem programas experimentais totalmente irrelevantes. as reservas de petróleo a para desenvolver fontes Na crista de uma onda esta mistura e, conforme de energia alternativas. política de desilusão e alertou o National O que só contribui para ser bem-vinda para usar aumentar o custo das Fremantle como porto de importações do petróleo abrigo, expulsando dos EUA. Na mesma assim na prática a altura, enquanto assinam Marinha dos EUA do uma nova série de Oceano Indico. Duma contratos de entrega a penada, e após alguns Os Estados Unidos longo prazo com a avisos sucintos, a seguiram um caminho China, os sauditas 'Doutrina Carter', diferente, fazendo muito estabilizam as suas segundo a qual o poder pouco para desenvolver próprias reservas de militar dos EUA iria energias alternativas ao divisas estrangeiras proteger eternamente o mesmo tempo que, nos mudando para o iuan. Golfo Pérsico, é posta de últimos trinta anos, Entretanto, a China parte em 2025. Todos os duplicaram a sua injeta milhares de elementos que há muito dependência das milhões na construção garantiam aos Estados importações de petróleo de um enorme oleoduto Unidos abastecimentos estrangeiro. Entre 1973 e trans-Ásia e no ilimitados de petróleo a 2007, as importações de financiamento da baixo preço daquela petróleo aumentaram de exploração no Irã do região – logística, taxas 36% da energia maior campo de gás de câmbio e poder naval consumida nos EUA natural do mundo, em – evaporam-se. Nesta para 66%. South Pars no Golfo altura, os EUA ainda Pérsico. Com a conseguem cobrir uns preocupação de que a insignificantes 12% das Choque Marinha dos EUA já não suas necessidades petrolífero: seja capaz de proteger os energéticas a partir da Cenário 2025 petroleiros que viajam sua alternativa do Golfo Pérsico para embrionária da indústria Os Estados Unidos abastecer a Ásia oriental, energética e mantém-se mantêm-se tão uma coligação de Teerã, dependente das dependentes do petróleo Riad e Abu Dabi forma importações de petróleo estrangeiro que qualquer uma inesperada nova para metade do seu pequena evolução aliança do Golfo e consumo de energia. O adversa no mercado afirma que a nova frota choque petrolífero que global de energia em da China de porta-aviões se segue atinge o país 2025 provoca um ligeiros passará a como um furacão, choque petrolífero. Em patrulhar o Golfo disparando os preços comparação, o choque Pérsico a partir duma para alturas petrolífero de 1973 base no Golfo de Oman. impressionantes, (quando os preços Sob uma forte pressão tornando as viagens uma quadruplicaram em econômica, Londres proposta extremamente poucos meses) não é concorda em cancelar o cara, colocando os nada. Irritados com a aluguel aos EUA da sua salários reais (que há queda do valor do dólar, base na ilha de Diego muito estavam em os ministros do Petróleo Garcia no Oceano declínio) em queda livre da OPEP, num encontro Indico, enquanto e tornando não em Ryadh, exigem os Camberra, pressionada competitivas as poucas pagamentos futuros da pelos chineses, informa exportações americanas energia num "cabaz" de Washington que a que ainda restam. ienes, iuans e euros. Sétima Frota deixou de retirada ou da derrota para além disso, ocupando novos namorando desastres territórios, mesmo que grandes e pequenos breve e neste cemitério de catastroficamente. Estas impérios com armas operações, irracionais nucleares, infestado por mesmo do ponto de vista guerrilhas. imperialista, Com os termostatos a representam muitas Aventuras descer, os preços da vezes gastos gasolina a furar o teto, e hemorrágicos ou militares os dólares a fugir mar derrotas humilhantes que desastrosas: fora em troca do só aceleram a perda do Cenário 2014 petróleo caro, a poder. Em todas as economia americana fica épocas, os impérios paralisada. bélicos sofrem de uma Com as alianças há arrogância que os leva a muito desgastadas no mergulhar cada vez mais fim e as pressões fiscais profundamente em a aumentar, as forças aventuras desastrosas até militares americanas que a derrota se O 'micro-militarismo" é começam finalmente transforma em tão irracional, tão uma retirada encenada derrocada. Em 413 AC, imprevisível, que das suas bases uma Atenas cenários aparentemente ultramarinas. Em poucos enfraquecida enviou 200 irreais rapidamente são anos, os EUA estão barcos para serem ultrapassados pelos funcionalmente na massacrados na Sicília. acontecimentos reais. falência e o relógio Com as forças militares aproxima-se da meia- Em 1921, uma Espanha americanas esticadas noite do Século imperialista moribunda desde a Somália às Americano. enviou 20 mil soldados Filipinas e as tensões para serem dizimados crescentes em Israel, no Aventuras militares pelos guerrilheiros Irã e na Coreia, são desastrosas: Situação berberes em Marrocos. múltiplas as atual Em 1956, um Império combinações possíveis Contrariando o bom Britânico em decadência para uma crise militar senso, à medida que o destruiu o seu prestígio desastrosa no seu poder enfraquece, os atacando o Suez. E em estrangeiro. Estamos a impérios embarcam 2001 e 2003, os EUA meio do Verão de 2014 e frequentemente em ocuparam o Afeganistão uma reduzida guarnição aventuras militares e invadiram o Iraque. americana no Kandahar desastrosas e mal Com a arrogância que em guerra no sul do aconselhadas. Este define os impérios ao Afeganistão é súbita e fenômeno é conhecido longo dos milênios, inesperadamente entre os historiadores do Washington aumentou o invadida por império como "micro- número de efetivos no guerrilheiros talibãs, militarismo" e parece Afeganistão para 100 enquanto a aviação envolver esforços mil, alargou a guerra até americana está no chão psicologicamente ao Paquistão, e por causa duma compensadores para prolongou o seu tempestade de areia que salvar o estigma da compromisso até 2014 e impede a visão. saída interminável que já começaram a aumentar dura há décadas no que no Pacífico ocidental, se refere à Palestina, os outrora considerado um lideres da OPEP impõem 'lago' americano. Ainda um novo embargo um ano antes ninguém petrolífero aos EUA teria previsto uma como protesto pelo seu evolução destas. Tal apoio a Israel, assim como Washington se como pela matança de aproveitou da sua São feitas pesadas baixas número incontável de aliança com Londres e, em retaliação, um civis muçulmanos nas para se apropriar de comandante americano suas guerras em curso grande parte do poder envergonhado envia por todo o Grande global da Grã-Bretanha bombardeiros B-1 e Médio Oriente. Com os depois da II Guerra caças F-16 para demolir preços da gasolina a Mundial, também a bairros suburbanos da subir em espiral e as China está utilizando cidade que se julga refinarias a ficarem agora os proveitos do estarem sob controle dos secas, Washington toma seu comércio de talibãs, enquanto a decisão de enviar exportações para os helicópteros equipados forças de Operações Estados Unidos para com metralhadoras AC- Especiais para financiar o que parece 130U "Spooky" varrem conquistar os portos vir a ser um desafio os escombros com um petrolíferos do Golfo militar ao domínio devastador fogo de Pérsico. americano nas águas da canhões. Imediatamente, Isto, por sua vez, Ásia e do Pacífico. Com os mullahs começam a incentiva uma onda de os seus recursos cada pregar a jihad nas ataques suicidas e a vez maiores, Beijing mesquitas por toda a sabotagem de oleodutos reclama um vasto arco região, e unidades do e de poços de petróleo. marítimo desde a Coreia exército afegão, Enquanto nuvens negras à Indonésia há muito treinados por forças se acumulam no céu e os dominado pela Marinha americanas para dar a diplomatas se levantam dos EUA. Em Agosto, volta à guerra, começam na ONU para denunciar depois de Washington a desertar em massa. asperamente as ações ter manifestado um Então, os combatentes americanas, "interesse nacional" no talibãs desencadeiam comentaristas em todo o Mar do Sul da China e uma série de ataques mundo fazem ressuscitar de ali ter efetuado extremamente a história para brandir exercícios navais para sofisticados, visando as este "Suez da América", reforçar essa pretensão, guarnições dos EUA em uma referência explícita o Global Times oficial todo o país, fazendo à derrocada de 1956 que de Beijing respondeu aumentar as baixas marcou o fim do Império asperamente, dizendo: americanas. Em cenas Britânico. "O confronto de forças que fazem recordar EUA-China em relação à Saigon em 1975, III Guerra questão do Mar do Sul da China fez subir a helicópteros americanos Mundial: aposta quanto à decisão resgatam soldados e Situação atual civis americanos nos de qual vai ser o No Verão de 2010, as verdadeiro futuro telhados de Cabul e tensões militares entre os Kandahar. Entretanto, governante do planeta". EUA e a China irritados com o beco sem globalmente, futuras guerras diferente Washington pretende de tudo o que já se viu. montar uma nova rede digital de robótica aérea III Guerra e espacial, capacidades avançadas de guerra Mundial: Cenário cibernética e vigilância 2025 eletrônica. Os estrategistas militares A tecnologia do espaço e No meio de tensões esperam que este sistema a guerra cibernética são crescentes, o Pentágono integrado envolva a coisas tão novas e sem relatou que Beijing já Terra numa grelha estarem testadas que até detém "a capacidade de cibernética capaz de os cenários mais atacar… porta-aviões ofuscar exércitos inteiros estranhos podem vir a [americanos] no Oceano no campo de batalha ou ser ultrapassados por Pacífico ocidental" e de caçar um simples uma realidade que ainda visar "forças nucleares terrorista no campo ou é difícil de conceber. por todo… o continente na favela. Em 2020, se Mas se utilizarmos dos Estados Unidos". tudo correr conforme apenas o tipo de cenários Ao desenvolver planeado, o Pentágono que a própria Força "capacidades ofensivas vai lançar um escudo de Aérea usou no seu Jogo de guerra nuclear, três camadas de de Capacidades Futuras espacial e cibernética", a pequenos aviões 2009, podemos obter China parece espaciais de controle "uma melhor determinada a competir remoto – que vão da compreensão de como o pelo domínio daquilo a estratosfera até à ar, o espaço e o ciber que o Pentágono chama exosfera, armados com espaço se sobrepõem na "o espectro de mísseis ágeis, ligados guerra" e começar a informação em todas as por um elástico sistema imaginar como poderá dimensões do campo de de satélite modular e ser realmente travada batalha moderno". Com manobrados uma próxima guerra o desenvolvimento em inteiramente por mundial. curso do poderoso super vigilância telescópica. São 11:59 da noite de míssil Longo Alcance V, Em Abril passado, o quinta-feira de Ação de assim como com o Pentágono fez história. Graças em 2025. lançamento de dois Alargou as operações Enquanto os ciber- satélites em Janeiro de dos aviões de controle compradores se apinham 2010 e outro em Julho, remoto até à exosfera nos portais da Melhor num total de cinco, lançando calmamente o Compra para beneficiar Beijing deu sinal de que X-37B, um veículo dos grandes descontos o país estava a dar espacial não tripulado, na última palavra de passos rápidos na para uma órbita baixa a aparelhos eletrônicos direção de uma rede 410 km acima do domésticos chineses, os "independente" de 35 planeta. O X-37B é o técnicos da Força Aérea satélites para primeiro de uma nova dos EUA no Telescópio capacidades de geração de veículos não de Vigilância Espacial posicionamento global, tripulados que vão em Maui engasgam-se de comunicações e de marcar o total com o café quando os reconhecimento até armamento do espaço, seus monitores 2020. Para conter a criando uma arena para panorâmicos se apagam China e alargar a sua subitamente. posição militar "Fractionated, Free- caças aterram. Flying" é impenetrável, Mortíferos aviões de os comandantes da Força comando remoto voam Aérea na Califórnia sem rumo, despencando- transmitem códigos se quando se esgota o robóticos para a flotilha combustível. Soldados chineses: “voando” de aviões espaciais de Subitamente, os Estados A milhares de controle remoto X-37B Unidos perdem o que a quilômetros, no centro que se deslocam numa Força Aérea americana de operações do Ciber- órbita a 400 km acima há muito chamava "o Comando dos EUA, no da Terra, ordenando-lhes supremo terreno Texas, os ciber- que lancem os seus elevado": o espaço. guerreiros depressa mísseis "Triple Em poucas horas, o detectam binários Terminator" contra os 35 poder militar que maliciosos que, embora satélites da China. dominara o globo lançados anonimamente, Resposta zero. Quase em durante quase um mostram as distintas pânico, a Força Aérea século, foi derrotado na impressões digitais do lança o seu Cruise III Guerra Mundial Exército de Libertação Vehicle Hipersónico sem uma única baixa de Pequim. O primeiro Falcon para um arco a humana. ataque aberto é um 160 km acima do Uma Nova Ordem ataque que ninguém Oceano Pacífico e, 20 minutos depois, envia os Mundial? previra. "Vírus" chineses Mesmo que os apoderam-se do controle códigos de computador acontecimentos futuros da robótica a bordo de para disparar mísseis venham a ser mais um avião "Vulture" contra sete satélites insossos do que estes americano, de controle chineses em órbitas quatro cenários sugerem, remoto, não tripulado, vizinhas. Subitamente os todas as tendências alimentado a energia códigos de lançamento significativas apontam solar, quando ele se deixam de estar para um declínio muito encontra a 70 mil pés de operacionais. À medida mais impressionante do altitude sobre o Estreito que os vírus chineses poder global americano Tsushima entre a Coreia alastram em 2025 do que tudo o e o Japão. Este dispara descontroladamente pela que Washington parece subitamente toda a carga arquitetura dos satélites estar encarando hoje. À de mísseis transportada F-6, enquanto os super- medida que em todo o na sua enorme computadores mundo os aliados envergadura de 120 americanos de segunda começam a realinhar as metros, enviando categoria não suas políticas para terem dezenas de mísseis letais conseguem decifrar o conhecimento dos que mergulham diabolicamente crescentes poderes inofensivamente no Mar complexo código do asiáticos, o custo de Amarelo, desarmando vírus, deixam de manter 800 ou mais eficazmente essa arma funcionar sinais de GPS bases militares formidável. Decidido a vitais para a navegação ultramarinas vai tornar- combater o fogo com dos navios e aviação se simplesmente fogo, a Casa Branca americana em todo o insustentável, acabando autoriza um ataque de mundo. Porta-aviões por forçar uma retirada retaliação. Confiante em começam a andar em encenada numa que o seu sistema círculos no meio do Washington ainda satélite F-6 Pacífico. Esquadrões de renitente. espectro, não se pode menos uma visão parcial pôr de lado a ascensão de um mundo desses. de uma nova Defende que o bilhão de superpotência global, pessoas já amontoadas embora isso seja pouco em fétidos bairros provável. Tanto a Rússia pobres, tipo favelas, em como a China revelam todo o mundo (e que ainda culturas auto- chegarão aos dois referenciais, escritas bilhões em 2030) Com os EUA e a China difíceis não romanas, formarão "as 'cidades numa corrida para armar estratégias de defesa falhadas, selvagens' do o espaço e o ciber- regional e sistemas Terceiro Mundo… o espaço, é inevitável que legais subdesenvolvidos, campo de batalha aumentem as tensões que lhes negam característico do século entre as duas potências, instrumentos chave para vinte e um". À medida tornando pelo menos um domínio global. que a noite se instala em possível um conflito Portanto, de momento, algumas das futuras militar em 2025, embora parece que não há no super-favelas, "o isso não seja garantido. horizonte nenhuma império pode impor A complicar ainda mais superpotência que possa tecnologias orwelianas as coisas, as tendências suceder aos EUA. de repressão" como econômicas, militares e "helicópteros com Numa versão sombria, tecnológicas acima metralhadoras, tipo medonha, do nosso traçadas não funcionarão vespas, a caçar inimigos futuro global, uma isoladamente. Tal como enigmáticos pelas ruas coligação de aconteceu aos impérios estreitas dos bairros corporações europeus depois da II pobres… Todas as transnacionais, de Guerra Mundial, essas manhãs os bairros forças multilaterais forças negativas vão respondem com como a NATO e duma mostrar-se bombistas suicidas e elite financeira inquestionavelmente explosões eloquentes". internacional talvez sinérgicas. Vão A meio caminho do pudesse forjar um combinar-se de formas espectro de possíveis único elo supra- perfeitamente futuros, pode emergir nacional, possivelmente inesperadas, vão criar um novo oligopólio instável, que tornaria crises para as quais os sem sentido continuar global entre 2020 e americanos não estão a falar de impérios 2040, com potências em minimamente nacionais. Enquanto as ascensão como a China, preparados e vão corporações a Rússia, a Índia e o ameaçar precipitar a desnacionalizadas e as Brasil colaborando com economia numa súbita elites multinacionais potências em decadência espiral descendente, governariam como a Grã-Bretanha, a mergulhando esta assumidamente um Alemanha, o Japão e os nação numa geração ou mundo assim em Estados Unidos para mais de miséria enclaves urbanos imporem um domínio econômica. Enquanto o seguros, a multidão seria global ad hoc, parecido poder dos EUA recua, o relegada para a com a aliança solta dos passado oferece um desolação urbana e rural. impérios europeus que espectro de No 'Planeta Favela' governaram metade da possibilidades para uma (Planet of Slums), Mike humanidade por volta de futura ordem mundial. Davis apresenta pelo 1900. Numa das pontas deste Marx diz a Tio Sam: “Eu avisei!”
Outra possibilidade: a Conselho de Segurança desperdiçaram bilhões
ascensão de hegemonias das Nações Unidas de dólares de que regionais num regresso a alargado ou qualquer precisamos algo que faz recordar o órgão ad hoc. Todos desesperadamente. Se sistema internacional estes cenários são restam apenas 15 anos, que funcionou antes de extrapolações de ainda se mantém alta a tomarem forma os tendências existentes possibilidade de esbanjá- impérios modernos. para um futuro no los todos. O Congresso e Nesta ordem mundial pressuposto de que os o presidente encontram- neo-westfaliana, com as americanos, cegos pela se atualmente suas imagens infindáveis arrogância de décadas de manietados; o sistema de micro-violência e de um poder historicamente americano está inundado exploração sem controle, sem paralelo, não de dinheiro público cada hegemonia possam ou não queiram destinado a emperrar as dominará a sua região – tomar medidas para gerir obras; e poucas a Brasília na América do a erosão descontrolada indicações há de que Sul, Washington na da sua posição global. Se quaisquer questões de América do Norte, o declínio da América significado, incluindo as Pretória na África do está de fato numa nossas guerras, o nosso Sul, e por aí afora. O trajetória de 22 anos, de estado de segurança espaço, o ciberespaço e 2003 a 2005, então já nacional, o nosso as profundezas esbanjamos a maior esfomeado sistema de marítimas, libertos do parte da primeira década educação, e o nosso controle da antiga desse declínio com antiquado fornecimento "polícia" planetária, os guerras que nos de energia, sejam Estados Unidos, até afastaram dos problemas tratadas com a podem tornar-se áreas a longo prazo e, tal necessária seriedade públicas globais, como a água despejada para assegurar o tipo de controladas por um nas areias do deserto, aterragem suave que podia maximizar o papel colaborador frequente de resultados das suas e a prosperidade do TomDispatch, autor de primeiras reuniões em nosso país num mundo Policing America's Madison, Sidney, e em mudança. Empire: The United Manila foram publicados Os impérios da Europa States, the Philippines, como Colonial Crucible: acabaram e o império da and the Rise of the Empire in the Making of América está acabando. Surveillance State the Modern American É cada vez mais (2009). State e as conclusões da duvidoso que os Estados sua última conferência Unidos venham a ter aparecerão no próximo algo parecido com o ano em "Endless êxito da Grã-Bretanha Empire: Europe's em moldar uma ordem Eclipse, America's mundial sucedânea que Ascent, and the Decline proteja os seus of U.S. Global Power". interesses, preserve a sua prosperidade e exiba o Este artigo foi carimbo dos seus McCoy é também o líder originalmente publicado melhores valores. do projeto "Empires in em português em ________________ Transition" , um grupo http://resistir.info/R *Alfred W. McCoy – de trabalho global de Tradução de Margarida Professor de história na 140 historiadores de Ferreira e Alceu A. Universidade de universidades de quatro Sperança. Wisconsin-Madison, continentes. Os
Não perca matéria exclusiva no blog do PCB
Um casal exemplar das artes paranaenses e sua luta pela cultura popular: Miguel Joaquim das Neves e Solange Esequiel
(Sobre)viver da arte é “pancada”
Matéria Especial do jornalista Júlio César Carignano
http://pcbcascavel.wordpress.com É justo, o PCB apoia!
Cidade, emprego, ambiente, juventude:
por um programa revolucionário Nenhum direito a menos, só direitos a mais Ajude um desempregado: reduza a jornada de trabalho para 40 horas Lembre-se: em Cascavel, nós somos a Revolução! A seguir, um capítulo da cartilha de Marxismo e página colecionável de O Capital em quadrinhos 1
Curso Básico de Marxismo
A nação e o “nacionalismo” 11 Especialmente na formação capitalista, a burguesia procura utilizar para seu interesse de classe a propaganda do nacionalismo (que nada tem a ver com patriotismo). Lança a ideia da superioridade de uma nação sobre outra (como fizeram a Inglaterra na Índia e China e os EUA, atualmente, no Afeganistão e Iraque). Esforça-se para ofuscar as massas com o nacionalismo para impedir a elevação da consciência de classe dos trabalhadores, semeando entre eles as discórdias e as guerras.
Hitler e o nazismo, frutos do nacionalismo
Na verdade, a exploração é internacional. Os operários são explorados aqui, na Europa ou no Japão. O que varia é o grau de consciência e resistência dos trabalhadores aqui ou ali. Quanto maior a consciência de classe, mais direitos podem ser conquistados. A classe operária enfrenta o nacionalismo burguês com o internacionalismo proletário, que é a solidariedade de classe dos trabalhadores de todas as nações e raças na luta contra o capital, para se libertar de todas as formas de opressão social. O famoso chamado de Karl Marx − “Proletários de todos os países, uni-vos!” − tornou-se a bandeira de combate e fraternidade internacional dos operários. O internacionalismo operário surge da própria situação da classe trabalhadora na sociedade capitalista. O capital é uma força internacional que explora os operários independentemente de sua nacionalidade ou cor.
“Proletários de todos os países, uni-vos!”
2 Os lucros que chegam às toneladas aos cofres das grandes empresas multinacionais são produto do trabalho dos operários dos mais diversos países. Para quebrar o poder do capital é necessária a aliança internacional da classe operária e de todos os trabalhadores. A atividade do setor avançado (revolucionário) da classe operária (o Partido Comunista) baseia-se no princípio do internacionalismo proletário. Não se trata de negar os interesses nacionais, mas de fazer com que esses interesses concordem com os interesses gerais da classe operária. Em nome do nacionalismo, Hitler ensanguentou o mundo na II Guerra Mundial. Getúlio Vargas esmagou o movimento nacional-libertador de 1935 e em 1937 implantou uma ditadura fascista descarada. Nas ditaduras nacionalistas, o herói nacional a serviço do capitalismo é o ditador, que encarna a nação e comanda as guerras contra outros povos ou contra partes de seu povo que são contra seu mandonismo opressivo.
Dividindo as nações e causando rivalidades entre
elas, o nacionalismo semeia o ódio e a hostilidade entre os povos, provocando guerras. Para os internacionalistas, a nação só será feliz quando os trabalhadores não forem mais escravizados e oprimidos pelo capital em todo o mundo.
O culto à personalidade do ditador Getúlio Vargas
Como a sociedade e a natureza se desenvolvem segundo leis objetivas – a evolução sempre vem – pode-se colocar a seguinte questão: que papel desempenham os homens no processo histórico, se a evolução sempre vem? Não serão, nesse caso, um instrumento cego da necessidade histórica? Para que lutar contra a opressão se ela, por ser injusta, um dia terá que ter fim? Acontece que, diferentemente das leis da natureza, as leis da história atuam, obrigatoriamente, por meio da ação dos homens. A necessidade histórica não resulta de nenhum processo milagroso, de algum “deus” que dispensa a ação do homem. Com o desenvolvimento da produção, amadurecem na sociedade as novas necessidades materiais que movem grandes grupos de pessoas a atuar numa determinada direção. E a necessidade, agora, é superar o estágio capitalista. A seguir: O homem, agente da história Lições de Comunismo número 68