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PerCeBer Informes da Revolução

Partido Comunista Brasileiro www.pcb.org.br


N° 189 – 30.12.2010
.
No ensaio Declínio e queda do
EUA: o fim do império império americano: Quatro cenários
para o fim do século americano em
Um século de domínio vai 2025, Alfred W. McCoy* traça o
roteiro para o fim da submissão
acabar antes do previsto mundial à ditadura estadunidense.

Uma aterragem suave para a


América daqui a 40 anos? É
melhor não apostar. O
desaparecimento dos Estados
Unidos, enquanto superpotência
global, pode chegar muito mais
depressa do que se imagina.
Se Washington está convencido
que o fim do Século Americano
será lá para 2040 ou 2050, uma
avaliação mais realista das
tendências internas e globais
sugere que em 2025, apenas
daqui a 15 anos, pode estar tudo
acabado exceto a gritaria. Apesar
da aura de onipotência que a
maior parte dos impérios projeta,
uma olhadela para a sua história
devia lembrar-nos que eles são
organismos frágeis.
Todos os impérios caíram. Em geral, acabam sob ataque inimigo,
mas o império estadunidense arruína-se por suas contradições

A sua ecologia de poder é tão frágil América. Mas, ao contrário do banho


que, quando as coisas começam a de sangue que marcou o fim de tantos
correr mesmo mal, os impérios impérios do passado, com cidades a
normalmente esboroam-se com uma arder e massacres de civis, este
rapidez impiedosa: um ano apenas colapso imperial do século vinte e um
para Portugal, dois anos para a União pode ocorrer de modo relativamente
Soviética, oito anos para a França, 11 calmo através dos rebentos invisíveis
anos para os otomanos, 17 anos para do colapso econômico ou da guerra
a Grã-Bretanha e, com toda a cibernética. Mas não tenham dúvidas:
probabilidade, 22 anos para os quando finalmente acabar o domínio
Estados Unidos, a contar do ano global de Washington, todos os dias
crucial de 2003. Os futuros haverá recordações dolorosas do que
historiadores identificarão tal perda de poder significa para os
provavelmente a imprudente invasão americanos qualquer que seja o seu
do Iraque da administração Bush estilo de vida.
nesse ano como o início da queda da
futuristas periódicos, engenheiros da América
Global Trends 2025, o se reformarem, sem uma
Conselho citava "a substituição adequada
transferência da riqueza por uma geração mais
e do poder econômico nova com deficiente
globais atualmente em instrução. Em 2020,
curso, grosso modo do segundo os planos
Como meia dúzia de
ocidente para o oriente" atuais, o Pentágono
países europeus
e "sem precedentes na jogará uma última
descobriram, o declínio
história moderna", como cartada para um império
imperialista tende a ter
o principal fator no moribundo. Lançará uma
um impacto bastante
declínio da "força tripla cobertura letal de
desmoralizante numa
relativa dos Estados modernas armas
sociedade, impondo pelo
Unidos – mesmo na área aeroespaciais robóticas
menos uma geração de
militar". Mas, tal como como a última esperança
privações econômicas.
muita gente em de Washington para
À medida que a
Washington, os analistas manter o poder global
economia arrefece, a
do Conselho previam apesar da redução da sua
temperatura política
uma aterragem muito influência econômica.
sobe, estimulando
prolongada e muito Mas nesse ano, a rede
frequentemente uma
suave para o predomínio global chinesa de
grave turbulência
americano global e satélites de
interna.
albergavam a esperança comunicações, apoiada
de que, de certa forma, pelos super-
Os dados econômicos,
os EUA iriam "manter computadores mais
educativos e militares
competências militares poderosos do mundo,
indicam que, no que se
únicas… para projetar também estará
refere ao poder global
globalmente o poder plenamente operacional,
dos EUA, as tendências
militar" durante as fornecendo a Beijing
negativas convergirão
próximas décadas. Não uma plataforma
rapidamente em 2020 e
vão ter essa sorte. independente para o
provavelmente atingirão
Segundo as atuais armamento do espaço e
uma massa crítica por
projeções, os Estados um poderoso sistema de
volta de 2030. O Século
Unidos vão encontrar-se comunicações para
Americano, tão
em segundo lugar, atrás ataques de mísseis ou
triunfalmente da China (já a segunda cibernéticos em todos os
proclamado no início
maior economia do quadrantes do globo.
da II Guerra Mundial,
mundo) em
estará esfarrapado e produtividade
moribundo em 2025,
econômica por volta de
na sua oitava década, e
2026, e atrás da Índia em
pode pertencer ao 2050. Do mesmo modo,
passado em 2030.
a inovação chinesa está
Significativamente, em Embrulhada numa
numa trajetória para a
2008, o National arrogância imperial, tal
liderança mundial em
Intelligence Council dos como Whitehall ou o
ciências aplicadas e em
EUA reconheceu pela Quai d'Orsay antes dela,
tecnologia militar
primeira vez que o poder a Casa Branca parece
algures entre 2020 e
global da América imaginar ainda que o
2030, na altura em que o
estava de fato numa declínio americano será
atual suprimento de
trajetória de declínio. gradual, suave e parcial.
brilhantes cientistas e
Num dos seus relatórios
sondagem de opinião National Intelligence
de Agosto de 2010 Council para sugerir
chegou à conclusão de quatro cenários realistas
que 65% dos para ver como o poder
americanos estão global dos EUA pode
convencidos de que o chegar ao fim nos anos
país já se encontra 20, seja com um golpe
"numa situação de ou com um gemido
No discurso sobre o declínio". (acompanhados de
Estado da Nação em A Austrália e a Turquia, quatro análises
Janeiro passado, o tradicionais aliados correspondentes da
presidente Obama voltou militares dos EUA, já situação atual). Os
a garantir que "eu não estão a usar as suas cenários futuros
aceito um segundo lugar armas fabricadas por incluem: declínio
para os Estados Unidos americanos em econômico, choque
da América". manobras aéreas e petrolífero, desventuras
Dias depois, o vice- navais conjuntas com a militares e III Guerra
presidente Biden China. Os parceiros Mundial. Embora estas
ridicularizou a ideia de econômicos mais não sejam as únicas
que "estamos destinados próximos da América já possibilidades no que se
a cumprir a profecia [do estão a distanciar-se de refere ao declínio
historiador Paul] de Washington quanto à americano ou mesmo ao
Kennedy de que vamos oposição às taxas de seu colapso, constituem
ser uma grande nação câmbio da China. uma visão sobre um
que falhou porque Quando o presidente futuro próximo.
perdemos o controle da regressou da sua visita à Declínio econômico:
nossa economia e Ásia no mês passado, Situação atual
exageramos". Do mesmo um cabeçalho tristonho Existem presentemente
modo, ao escrever na do New York Times três ameaças principais
edição de Novembro da resumia a situação desta para a posição
revista institucional maneira: "A visão dominante da América
Foreign Affairs, o guru econômica de Obama é na economia global:
da política neoliberal rejeitada no palco perda de peso
Joseph Nye afastou mundial, a China, a Grã- econômico graças à
qualquer conversa sobre Bretanha e a Alemanha quota minguante do
o crescimento desafiam os EUA, comércio mundial,
econômico e militar da Conversações declínio da inovação
China, desdenhando comerciais com Seul tecnológica americana e
"metáforas enganadoras também falham". Vista fim da situação
de declínio orgânico" e numa perspectiva privilegiada do dólar
negando que estivesse histórica, a questão não é enquanto divisa de
em marcha qualquer se os Estados Unidos reserva global. Em 2008,
deterioração do poder vão perder o seu os Estados Unidos já
global dos EUA. Os incontestado poder tinham descido para o
americanos vulgares, global, mas qual o grau número três nas
que vêem os seus de rapidez e de violência exportações globais de
empregos fugir para que o declínio terá. Em mercadorias, com apenas
além-mar, têm uma vez do pensamento 11% em comparação
perspectiva mais realista desejoso de Washington, com 12% para a China e
do que os seus lideres vamos utilizar a própria 16% para a União
mimados. Uma metodologia futurista do Europeia.
que o sistema educativo economista de topo do
dos EUA, a fonte dos Fundo Monetário
futuros cientistas e Internacional. Em
inovadores, tem ficado meados de 2009, quando
para trás em relação aos os bancos centrais
seus competidores. mundiais detinham um
Depois de liderar o valor astronômico de 4
mundo durante décadas, bilhões de dólares em
no que se refere a gente notas do Tesouro
entre os 25 e os 34 anos americano, o presidente
Não há nenhuma razão
de idade com graus russo Dimitri Medvedev
para crer que esta
universitários, o país insistia que era tempo de
tendência se vá inverter.
mergulhou para 12º acabar com "o sistema
A liderança americana
lugar em 2010. O unipolar mantido
na inovação tecnológica
Fórum Econômico artificialmente" baseado
também está em
Mundial classificou os "numa divisa de reserva
decadência. Em 2008, os
Estados Unidos com que antigamente era
EUA ainda eram o
um medíocre 52º lugar forte". Simultaneamente,
número dois a seguir ao
entre 139 países quanto o governador do banco
Japão nos pedidos de
à qualidade do ensino central da China sugeria
patentes mundiais com
universitário de que o futuro poderá
232 mil, mas a China
matemática e ciências assentar numa divisa de
estava a aproximar-se
em 2010. Atualmente, reserva global "desligada
rapidamente com 195
quase metade de todos de países individuais"
mil, graças a um
os estudantes formados (ou seja, o dólar dos
aumento fulgurante de
em ciências nos EUA EUA). Considerem isto
400% desde 2000. Um
são estrangeiros, a como indicadores de
arauto de maior declínio:
maioria dos quais um mundo futuro, e de
em 2009 os EUA
regressará aos seus uma possível tentativa,
atingiram o último lugar
países, em vez de se conforme referiu o
na classificação entre os
manter aqui como economista Michael
40 países analisados pela
acontecia anteriormente. Hudson, "para
Information Technology
Por outras palavras, em acelerar a falência da
& Innovation
2025, os Estados Unidos ordem mundial
Foundation no que se
enfrentarão financeiro-militar dos
refere a "mudança" em
provavelmente uma Estados Unidos".
"competitividade global
escassez crítica de
com base na inovação"
cientistas talentosos. Declínio econômico:
durante a década
Estas tendências Cenário 2020
anterior. A dar mais peso
negativas estimulam
a estas estatísticas, o
críticas cada vez mais Em 2020, depois de anos
Ministério da Defesa da
duras ao papel do dólar de gordos déficits
China divulgou em
como divisa de reserva alimentados por
Outubro o super-
mundial. "Os outros intermináveis guerras
computador mais rápido
países já não estão em países distantes, e
do mundo, o Tianhe-1A,
dispostos a comprar a conforme esperado há
tão poderoso, disse um
ideia de que os EUA muito, o dólar dos EUA
especialista dos EUA,
sabem o que é o melhor perde finalmente o seu
que "estoura com a atual
em política econômica", estatuto especial como
máquina nº 1" na
observou Kenneth S. divisa de reserva
América. Acrescentem a
Rogoff, um antigo mundial.
isto a clara evidência de
desespero, um patriota Intelligence Council,
da extrema-direita dentro de apenas 15
conquista a presidência anos, a Rússia e o Irã
com retórica retumbante, poderão "emergir como
exigindo respeito para os reis da energia".
com a autoridade Apesar duma espantosa
americana e ameaçando capacidade de invenção,
Subitamente, o custo das retaliação militar ou as grandes potências
importações dispara. represálias econômicas. petrolíferas estão neste
Impossibilitado de pagar O mundo não liga a momento esgotando as
os déficits enormes mínima quando o Século grandes bacias de
através da venda ao Americano termina em reservas petrolíferas que
estrangeiro das notas do silêncio. são de extração fácil e
Tesouro agora barata. A grande lição do
desvalorizadas, Choque petrolífero: desastre petrolífero do
Washington é finalmente Situação atual Deep Horizon no Golfo
forçado a reduzir o seu Uma consequência do do México não foi o
inchado orçamento poder econômico padrão negligente de
militar. Debaixo da moribundo da América segurança da BP, mas o
pressão interna e tem sido a sua simples fato que toda a
externa, Washington faz dificuldade nos gente viu na TV: os
regressar lentamente as abastecimentos globais gigantes da energia já
forças americanas das de petróleo. não têm alternativa
centenas de bases Ultrapassando a senão procurar aquilo
ultramarinas para um economia ávida de que Klare designa por
perímetro continental. gasolina da América, a "petróleo difícil" a
Mas agora já é tarde China passou a ser o quilômetros abaixo da
demais. Confrontados maior consumidor de superfície do oceano
com uma superpotência energia este Verão, uma para conseguir manter os
moribunda incapaz de posição que os EUA seus lucros. A agravar o
pagar as contas, a China, mantiveram durante problema, os chineses e
a Índia, o Irã, a Rússia e mais de um século. O os indianos tornaram-se
outras potências, grandes especialista em energia repentinamente enormes
e regionais, desafiam Michael Klare consumidores de
provocadoramente o argumenta que esta energia. Mesmo que os
domínio dos EUA sobre mudança significa que a abastecimentos de
os oceanos, o espaço e o China vai "assumir o combustíveis fósseis se
ciberespaço. Entretanto, comando na definição do mantivessem constantes
no meio de preços altos, nosso futuro global". Em (o que não acontece), a
de um desemprego 2025, o Irã e a Rússia procura, e portanto os
sempre crescente e de vão controlar quase custos, aumentará
uma queda continuada metade do certamente – e de forma
dos salários reais, as abastecimento mundial acentuada. Outras
divisões internas de gás natural, o que nações desenvolvidas
resultam em choques potencialmente lhes dará estão a enfrentar esta
violentos e debates uma vantagem enorme ameaça de uma forma
fraturantes, muitas vezes sobre a Europa faminta agressiva dedicando-se a
sobre questões de energia. Acrescentem programas experimentais
totalmente irrelevantes. as reservas de petróleo a para desenvolver fontes
Na crista de uma onda esta mistura e, conforme de energia alternativas.
política de desilusão e alertou o National
O que só contribui para ser bem-vinda para usar
aumentar o custo das Fremantle como porto de
importações do petróleo abrigo, expulsando
dos EUA. Na mesma assim na prática a
altura, enquanto assinam Marinha dos EUA do
uma nova série de Oceano Indico. Duma
contratos de entrega a penada, e após alguns
Os Estados Unidos longo prazo com a avisos sucintos, a
seguiram um caminho China, os sauditas 'Doutrina Carter',
diferente, fazendo muito estabilizam as suas segundo a qual o poder
pouco para desenvolver próprias reservas de militar dos EUA iria
energias alternativas ao divisas estrangeiras proteger eternamente o
mesmo tempo que, nos mudando para o iuan. Golfo Pérsico, é posta de
últimos trinta anos, Entretanto, a China parte em 2025. Todos os
duplicaram a sua injeta milhares de elementos que há muito
dependência das milhões na construção garantiam aos Estados
importações de petróleo de um enorme oleoduto Unidos abastecimentos
estrangeiro. Entre 1973 e trans-Ásia e no ilimitados de petróleo a
2007, as importações de financiamento da baixo preço daquela
petróleo aumentaram de exploração no Irã do região – logística, taxas
36% da energia maior campo de gás de câmbio e poder naval
consumida nos EUA natural do mundo, em – evaporam-se. Nesta
para 66%. South Pars no Golfo altura, os EUA ainda
Pérsico. Com a conseguem cobrir uns
preocupação de que a insignificantes 12% das
Choque Marinha dos EUA já não suas necessidades
petrolífero: seja capaz de proteger os energéticas a partir da
Cenário 2025 petroleiros que viajam sua alternativa
do Golfo Pérsico para embrionária da indústria
Os Estados Unidos abastecer a Ásia oriental, energética e mantém-se
mantêm-se tão uma coligação de Teerã, dependente das
dependentes do petróleo Riad e Abu Dabi forma importações de petróleo
estrangeiro que qualquer uma inesperada nova para metade do seu
pequena evolução aliança do Golfo e consumo de energia. O
adversa no mercado afirma que a nova frota choque petrolífero que
global de energia em da China de porta-aviões se segue atinge o país
2025 provoca um ligeiros passará a como um furacão,
choque petrolífero. Em patrulhar o Golfo disparando os preços
comparação, o choque Pérsico a partir duma para alturas
petrolífero de 1973 base no Golfo de Oman. impressionantes,
(quando os preços Sob uma forte pressão tornando as viagens uma
quadruplicaram em econômica, Londres proposta extremamente
poucos meses) não é concorda em cancelar o cara, colocando os
nada. Irritados com a aluguel aos EUA da sua salários reais (que há
queda do valor do dólar, base na ilha de Diego muito estavam em
os ministros do Petróleo Garcia no Oceano declínio) em queda livre
da OPEP, num encontro Indico, enquanto e tornando não
em Ryadh, exigem os Camberra, pressionada competitivas as poucas
pagamentos futuros da pelos chineses, informa exportações americanas
energia num "cabaz" de Washington que a que ainda restam.
ienes, iuans e euros. Sétima Frota deixou de
retirada ou da derrota para além disso,
ocupando novos namorando desastres
territórios, mesmo que grandes e pequenos
breve e neste cemitério de
catastroficamente. Estas impérios com armas
operações, irracionais nucleares, infestado por
mesmo do ponto de vista guerrilhas.
imperialista,
Com os termostatos a representam muitas Aventuras
descer, os preços da vezes gastos
gasolina a furar o teto, e hemorrágicos ou
militares
os dólares a fugir mar derrotas humilhantes que desastrosas:
fora em troca do só aceleram a perda do Cenário 2014
petróleo caro, a poder. Em todas as
economia americana fica épocas, os impérios
paralisada. bélicos sofrem de uma
Com as alianças há arrogância que os leva a
muito desgastadas no mergulhar cada vez mais
fim e as pressões fiscais profundamente em
a aumentar, as forças aventuras desastrosas até
militares americanas que a derrota se O 'micro-militarismo" é
começam finalmente transforma em tão irracional, tão
uma retirada encenada derrocada. Em 413 AC, imprevisível, que
das suas bases uma Atenas cenários aparentemente
ultramarinas. Em poucos enfraquecida enviou 200 irreais rapidamente são
anos, os EUA estão barcos para serem ultrapassados pelos
funcionalmente na massacrados na Sicília. acontecimentos reais.
falência e o relógio Com as forças militares
aproxima-se da meia- Em 1921, uma Espanha americanas esticadas
noite do Século imperialista moribunda desde a Somália às
Americano. enviou 20 mil soldados Filipinas e as tensões
para serem dizimados crescentes em Israel, no
Aventuras militares pelos guerrilheiros Irã e na Coreia, são
desastrosas: Situação berberes em Marrocos. múltiplas as
atual Em 1956, um Império combinações possíveis
Contrariando o bom Britânico em decadência para uma crise militar
senso, à medida que o destruiu o seu prestígio desastrosa no
seu poder enfraquece, os atacando o Suez. E em estrangeiro. Estamos a
impérios embarcam 2001 e 2003, os EUA meio do Verão de 2014 e
frequentemente em ocuparam o Afeganistão uma reduzida guarnição
aventuras militares e invadiram o Iraque. americana no Kandahar
desastrosas e mal Com a arrogância que em guerra no sul do
aconselhadas. Este define os impérios ao Afeganistão é súbita e
fenômeno é conhecido longo dos milênios, inesperadamente
entre os historiadores do Washington aumentou o invadida por
império como "micro- número de efetivos no guerrilheiros talibãs,
militarismo" e parece Afeganistão para 100 enquanto a aviação
envolver esforços mil, alargou a guerra até americana está no chão
psicologicamente ao Paquistão, e por causa duma
compensadores para prolongou o seu tempestade de areia que
salvar o estigma da compromisso até 2014 e impede a visão.
saída interminável que já começaram a aumentar
dura há décadas no que no Pacífico ocidental,
se refere à Palestina, os outrora considerado um
lideres da OPEP impõem 'lago' americano. Ainda
um novo embargo um ano antes ninguém
petrolífero aos EUA teria previsto uma
como protesto pelo seu evolução destas. Tal
apoio a Israel, assim como Washington se
como pela matança de aproveitou da sua
São feitas pesadas baixas número incontável de aliança com Londres
e, em retaliação, um civis muçulmanos nas para se apropriar de
comandante americano suas guerras em curso grande parte do poder
envergonhado envia por todo o Grande global da Grã-Bretanha
bombardeiros B-1 e Médio Oriente. Com os depois da II Guerra
caças F-16 para demolir preços da gasolina a Mundial, também a
bairros suburbanos da subir em espiral e as China está utilizando
cidade que se julga refinarias a ficarem agora os proveitos do
estarem sob controle dos secas, Washington toma seu comércio de
talibãs, enquanto a decisão de enviar exportações para os
helicópteros equipados forças de Operações Estados Unidos para
com metralhadoras AC- Especiais para financiar o que parece
130U "Spooky" varrem conquistar os portos vir a ser um desafio
os escombros com um petrolíferos do Golfo militar ao domínio
devastador fogo de Pérsico. americano nas águas da
canhões. Imediatamente, Isto, por sua vez, Ásia e do Pacífico. Com
os mullahs começam a incentiva uma onda de os seus recursos cada
pregar a jihad nas ataques suicidas e a vez maiores, Beijing
mesquitas por toda a sabotagem de oleodutos reclama um vasto arco
região, e unidades do e de poços de petróleo. marítimo desde a Coreia
exército afegão, Enquanto nuvens negras à Indonésia há muito
treinados por forças se acumulam no céu e os dominado pela Marinha
americanas para dar a diplomatas se levantam dos EUA. Em Agosto,
volta à guerra, começam na ONU para denunciar depois de Washington
a desertar em massa. asperamente as ações ter manifestado um
Então, os combatentes americanas, "interesse nacional" no
talibãs desencadeiam comentaristas em todo o Mar do Sul da China e
uma série de ataques mundo fazem ressuscitar de ali ter efetuado
extremamente a história para brandir exercícios navais para
sofisticados, visando as este "Suez da América", reforçar essa pretensão,
guarnições dos EUA em uma referência explícita o Global Times oficial
todo o país, fazendo à derrocada de 1956 que de Beijing respondeu
aumentar as baixas marcou o fim do Império asperamente, dizendo:
americanas. Em cenas Britânico. "O confronto de forças
que fazem recordar EUA-China em relação à
Saigon em 1975, III Guerra questão do Mar do Sul
da China fez subir a
helicópteros americanos Mundial: aposta quanto à decisão
resgatam soldados e Situação atual
civis americanos nos de qual vai ser o
No Verão de 2010, as verdadeiro futuro
telhados de Cabul e tensões militares entre os
Kandahar. Entretanto, governante do planeta".
EUA e a China
irritados com o beco sem
globalmente, futuras guerras diferente
Washington pretende de tudo o que já se viu.
montar uma nova rede
digital de robótica aérea III Guerra
e espacial, capacidades
avançadas de guerra
Mundial: Cenário
cibernética e vigilância 2025
eletrônica. Os
estrategistas militares A tecnologia do espaço e
No meio de tensões
esperam que este sistema a guerra cibernética são
crescentes, o Pentágono
integrado envolva a coisas tão novas e sem
relatou que Beijing já
Terra numa grelha estarem testadas que até
detém "a capacidade de
cibernética capaz de os cenários mais
atacar… porta-aviões
ofuscar exércitos inteiros estranhos podem vir a
[americanos] no Oceano
no campo de batalha ou ser ultrapassados por
Pacífico ocidental" e
de caçar um simples uma realidade que ainda
visar "forças nucleares
terrorista no campo ou é difícil de conceber.
por todo… o continente
na favela. Em 2020, se Mas se utilizarmos
dos Estados Unidos".
tudo correr conforme apenas o tipo de cenários
Ao desenvolver
planeado, o Pentágono que a própria Força
"capacidades ofensivas
vai lançar um escudo de Aérea usou no seu Jogo
de guerra nuclear,
três camadas de de Capacidades Futuras
espacial e cibernética", a
pequenos aviões 2009, podemos obter
China parece
espaciais de controle "uma melhor
determinada a competir
remoto – que vão da compreensão de como o
pelo domínio daquilo a
estratosfera até à ar, o espaço e o ciber
que o Pentágono chama
exosfera, armados com espaço se sobrepõem na
"o espectro de
mísseis ágeis, ligados guerra" e começar a
informação em todas as
por um elástico sistema imaginar como poderá
dimensões do campo de
de satélite modular e ser realmente travada
batalha moderno". Com
manobrados uma próxima guerra
o desenvolvimento em
inteiramente por mundial.
curso do poderoso super
vigilância telescópica. São 11:59 da noite de
míssil Longo Alcance V,
Em Abril passado, o quinta-feira de Ação de
assim como com o
Pentágono fez história. Graças em 2025.
lançamento de dois
Alargou as operações Enquanto os ciber-
satélites em Janeiro de
dos aviões de controle compradores se apinham
2010 e outro em Julho,
remoto até à exosfera nos portais da Melhor
num total de cinco,
lançando calmamente o Compra para beneficiar
Beijing deu sinal de que
X-37B, um veículo dos grandes descontos
o país estava a dar
espacial não tripulado, na última palavra de
passos rápidos na
para uma órbita baixa a aparelhos eletrônicos
direção de uma rede
410 km acima do domésticos chineses, os
"independente" de 35
planeta. O X-37B é o técnicos da Força Aérea
satélites para
primeiro de uma nova dos EUA no Telescópio
capacidades de
geração de veículos não de Vigilância Espacial
posicionamento global,
tripulados que vão em Maui engasgam-se
de comunicações e de
marcar o total com o café quando os
reconhecimento até
armamento do espaço, seus monitores
2020. Para conter a
criando uma arena para panorâmicos se apagam
China e alargar a sua
subitamente.
posição militar
"Fractionated, Free- caças aterram.
Flying" é impenetrável, Mortíferos aviões de
os comandantes da Força comando remoto voam
Aérea na Califórnia sem rumo, despencando-
transmitem códigos se quando se esgota o
robóticos para a flotilha combustível.
Soldados chineses: “voando” de aviões espaciais de Subitamente, os Estados
A milhares de controle remoto X-37B Unidos perdem o que a
quilômetros, no centro que se deslocam numa Força Aérea americana
de operações do Ciber- órbita a 400 km acima há muito chamava "o
Comando dos EUA, no da Terra, ordenando-lhes supremo terreno
Texas, os ciber- que lancem os seus elevado": o espaço.
guerreiros depressa mísseis "Triple Em poucas horas, o
detectam binários Terminator" contra os 35 poder militar que
maliciosos que, embora satélites da China. dominara o globo
lançados anonimamente, Resposta zero. Quase em durante quase um
mostram as distintas pânico, a Força Aérea século, foi derrotado na
impressões digitais do lança o seu Cruise III Guerra Mundial
Exército de Libertação Vehicle Hipersónico sem uma única baixa
de Pequim. O primeiro Falcon para um arco a humana.
ataque aberto é um 160 km acima do Uma Nova Ordem
ataque que ninguém Oceano Pacífico e, 20
minutos depois, envia os
Mundial?
previra. "Vírus" chineses Mesmo que os
apoderam-se do controle códigos de computador
acontecimentos futuros
da robótica a bordo de para disparar mísseis
venham a ser mais
um avião "Vulture" contra sete satélites
insossos do que estes
americano, de controle chineses em órbitas
quatro cenários sugerem,
remoto, não tripulado, vizinhas. Subitamente os
todas as tendências
alimentado a energia códigos de lançamento
significativas apontam
solar, quando ele se deixam de estar
para um declínio muito
encontra a 70 mil pés de operacionais. À medida
mais impressionante do
altitude sobre o Estreito que os vírus chineses
poder global americano
Tsushima entre a Coreia alastram
em 2025 do que tudo o
e o Japão. Este dispara descontroladamente pela
que Washington parece
subitamente toda a carga arquitetura dos satélites
estar encarando hoje. À
de mísseis transportada F-6, enquanto os super-
medida que em todo o
na sua enorme computadores
mundo os aliados
envergadura de 120 americanos de segunda
começam a realinhar as
metros, enviando categoria não
suas políticas para terem
dezenas de mísseis letais conseguem decifrar o
conhecimento dos
que mergulham diabolicamente
crescentes poderes
inofensivamente no Mar complexo código do
asiáticos, o custo de
Amarelo, desarmando vírus, deixam de
manter 800 ou mais
eficazmente essa arma funcionar sinais de GPS
bases militares
formidável. Decidido a vitais para a navegação
ultramarinas vai tornar-
combater o fogo com dos navios e aviação
se simplesmente
fogo, a Casa Branca americana em todo o
insustentável, acabando
autoriza um ataque de mundo. Porta-aviões
por forçar uma retirada
retaliação. Confiante em começam a andar em
encenada numa
que o seu sistema círculos no meio do
Washington ainda
satélite F-6 Pacífico. Esquadrões de
renitente.
espectro, não se pode menos uma visão parcial
pôr de lado a ascensão de um mundo desses.
de uma nova Defende que o bilhão de
superpotência global, pessoas já amontoadas
embora isso seja pouco em fétidos bairros
provável. Tanto a Rússia pobres, tipo favelas, em
como a China revelam todo o mundo (e que
ainda culturas auto- chegarão aos dois
referenciais, escritas bilhões em 2030)
Com os EUA e a China difíceis não romanas, formarão "as 'cidades
numa corrida para armar estratégias de defesa falhadas, selvagens' do
o espaço e o ciber- regional e sistemas Terceiro Mundo… o
espaço, é inevitável que legais subdesenvolvidos, campo de batalha
aumentem as tensões que lhes negam característico do século
entre as duas potências, instrumentos chave para vinte e um". À medida
tornando pelo menos um domínio global. que a noite se instala em
possível um conflito Portanto, de momento, algumas das futuras
militar em 2025, embora parece que não há no super-favelas, "o
isso não seja garantido. horizonte nenhuma império pode impor
A complicar ainda mais superpotência que possa tecnologias orwelianas
as coisas, as tendências suceder aos EUA. de repressão" como
econômicas, militares e "helicópteros com
Numa versão sombria,
tecnológicas acima metralhadoras, tipo
medonha, do nosso
traçadas não funcionarão vespas, a caçar inimigos
futuro global, uma
isoladamente. Tal como enigmáticos pelas ruas
coligação de
aconteceu aos impérios estreitas dos bairros
corporações
europeus depois da II pobres… Todas as
transnacionais, de
Guerra Mundial, essas manhãs os bairros
forças multilaterais
forças negativas vão respondem com
como a NATO e duma
mostrar-se bombistas suicidas e
elite financeira
inquestionavelmente explosões eloquentes".
internacional talvez
sinérgicas. Vão A meio caminho do
pudesse forjar um
combinar-se de formas espectro de possíveis
único elo supra-
perfeitamente futuros, pode emergir
nacional, possivelmente
inesperadas, vão criar um novo oligopólio
instável, que tornaria
crises para as quais os sem sentido continuar global entre 2020 e
americanos não estão a falar de impérios 2040, com potências em
minimamente nacionais. Enquanto as ascensão como a China,
preparados e vão corporações a Rússia, a Índia e o
ameaçar precipitar a desnacionalizadas e as Brasil colaborando com
economia numa súbita elites multinacionais potências em decadência
espiral descendente, governariam como a Grã-Bretanha, a
mergulhando esta assumidamente um Alemanha, o Japão e os
nação numa geração ou mundo assim em Estados Unidos para
mais de miséria enclaves urbanos imporem um domínio
econômica. Enquanto o seguros, a multidão seria global ad hoc, parecido
poder dos EUA recua, o relegada para a com a aliança solta dos
passado oferece um desolação urbana e rural. impérios europeus que
espectro de No 'Planeta Favela' governaram metade da
possibilidades para uma (Planet of Slums), Mike humanidade por volta de
futura ordem mundial. Davis apresenta pelo 1900.
Numa das pontas deste
Marx diz a Tio Sam: “Eu avisei!”

Outra possibilidade: a Conselho de Segurança desperdiçaram bilhões


ascensão de hegemonias das Nações Unidas de dólares de que
regionais num regresso a alargado ou qualquer precisamos
algo que faz recordar o órgão ad hoc. Todos desesperadamente. Se
sistema internacional estes cenários são restam apenas 15 anos,
que funcionou antes de extrapolações de ainda se mantém alta a
tomarem forma os tendências existentes possibilidade de esbanjá-
impérios modernos. para um futuro no los todos. O Congresso e
Nesta ordem mundial pressuposto de que os o presidente encontram-
neo-westfaliana, com as americanos, cegos pela se atualmente
suas imagens infindáveis arrogância de décadas de manietados; o sistema
de micro-violência e de um poder historicamente americano está inundado
exploração sem controle, sem paralelo, não de dinheiro público
cada hegemonia possam ou não queiram destinado a emperrar as
dominará a sua região – tomar medidas para gerir obras; e poucas
a Brasília na América do a erosão descontrolada indicações há de que
Sul, Washington na da sua posição global. Se quaisquer questões de
América do Norte, o declínio da América significado, incluindo as
Pretória na África do está de fato numa nossas guerras, o nosso
Sul, e por aí afora. O trajetória de 22 anos, de estado de segurança
espaço, o ciberespaço e 2003 a 2005, então já nacional, o nosso
as profundezas esbanjamos a maior esfomeado sistema de
marítimas, libertos do parte da primeira década educação, e o nosso
controle da antiga desse declínio com antiquado fornecimento
"polícia" planetária, os guerras que nos de energia, sejam
Estados Unidos, até afastaram dos problemas tratadas com a
podem tornar-se áreas a longo prazo e, tal necessária seriedade
públicas globais, como a água despejada para assegurar o tipo de
controladas por um nas areias do deserto, aterragem suave que
podia maximizar o papel colaborador frequente de resultados das suas
e a prosperidade do TomDispatch, autor de primeiras reuniões em
nosso país num mundo Policing America's Madison, Sidney, e
em mudança. Empire: The United Manila foram publicados
Os impérios da Europa States, the Philippines, como Colonial Crucible:
acabaram e o império da and the Rise of the Empire in the Making of
América está acabando. Surveillance State the Modern American
É cada vez mais (2009). State e as conclusões da
duvidoso que os Estados sua última conferência
Unidos venham a ter aparecerão no próximo
algo parecido com o ano em "Endless
êxito da Grã-Bretanha Empire: Europe's
em moldar uma ordem Eclipse, America's
mundial sucedânea que Ascent, and the Decline
proteja os seus of U.S. Global Power".
interesses, preserve a sua
prosperidade e exiba o Este artigo foi
carimbo dos seus McCoy é também o líder originalmente publicado
melhores valores. do projeto "Empires in em português em
________________ Transition" , um grupo http://resistir.info/R
*Alfred W. McCoy – de trabalho global de Tradução de Margarida
Professor de história na 140 historiadores de Ferreira e Alceu A.
Universidade de universidades de quatro Sperança.
Wisconsin-Madison, continentes. Os

Não perca matéria exclusiva no blog do PCB


Um casal exemplar das artes paranaenses e sua luta pela cultura popular:
Miguel Joaquim das Neves e Solange Esequiel

(Sobre)viver da arte é “pancada”

Matéria Especial do jornalista Júlio César Carignano


http://pcbcascavel.wordpress.com
É justo, o PCB apoia!

Cidade, emprego, ambiente, juventude:


por um programa revolucionário
Nenhum direito a menos,
só direitos a mais
Ajude um desempregado: reduza a
jornada de trabalho para 40 horas
Lembre-se: em Cascavel, nós somos a Revolução!
A seguir, um capítulo da cartilha de Marxismo
e página colecionável de O Capital em quadrinhos
1

Curso Básico de Marxismo


A nação e o “nacionalismo”
11 Especialmente na formação capitalista, a
burguesia procura utilizar para seu interesse de
classe a propaganda do nacionalismo (que nada tem
a ver com patriotismo).
Lança a ideia da superioridade de uma nação
sobre outra (como fizeram a Inglaterra na Índia e
China e os EUA, atualmente, no Afeganistão e
Iraque).
Esforça-se para ofuscar as massas com o
nacionalismo para impedir a elevação da
consciência de classe dos trabalhadores, semeando
entre eles as discórdias e as guerras.

Hitler e o nazismo, frutos do nacionalismo


Na verdade, a exploração é internacional. Os operários são explorados
aqui, na Europa ou no Japão. O que varia é o grau de consciência e
resistência dos trabalhadores aqui ou ali. Quanto maior a consciência de
classe, mais direitos podem ser conquistados.
A classe operária enfrenta o nacionalismo burguês com o
internacionalismo proletário, que é a solidariedade de classe dos
trabalhadores de todas as nações e raças na luta contra o capital, para se
libertar de todas as formas de opressão social.
O famoso chamado de Karl Marx −
“Proletários de todos os países, uni-vos!” −
tornou-se a bandeira de combate e fraternidade
internacional dos operários.
O internacionalismo operário surge da própria
situação da classe trabalhadora na sociedade
capitalista.
O capital é uma força internacional que explora
os operários independentemente de sua
nacionalidade ou cor.

“Proletários de todos os países, uni-vos!”


2
Os lucros que chegam às toneladas aos cofres das grandes empresas
multinacionais são produto do trabalho dos operários dos mais diversos
países.
Para quebrar o poder do capital é necessária a aliança internacional da
classe operária e de todos os trabalhadores. A atividade do setor avançado
(revolucionário) da classe operária (o Partido Comunista) baseia-se no
princípio do internacionalismo proletário.
Não se trata de negar os interesses nacionais, mas de fazer com que esses
interesses concordem com os interesses gerais da classe operária.
Em nome do nacionalismo, Hitler ensanguentou o mundo na II Guerra
Mundial. Getúlio Vargas esmagou o movimento nacional-libertador de 1935
e em 1937 implantou uma ditadura fascista descarada.
Nas ditaduras nacionalistas, o herói nacional a serviço do capitalismo é o
ditador, que encarna a nação e comanda as guerras contra outros povos ou
contra partes de seu povo que são contra seu mandonismo opressivo.

Dividindo as nações e causando rivalidades entre


elas, o nacionalismo semeia o ódio e a hostilidade
entre os povos, provocando guerras.
Para os internacionalistas, a nação só será feliz
quando os trabalhadores não forem mais escravizados
e oprimidos pelo capital em todo o mundo.

O culto à personalidade do ditador Getúlio Vargas


Como a sociedade e a natureza se desenvolvem segundo leis objetivas – a
evolução sempre vem – pode-se colocar a seguinte questão: que papel
desempenham os homens no processo histórico, se a evolução sempre vem?
Não serão, nesse caso, um instrumento cego da necessidade histórica?
Para que lutar contra a opressão se ela, por ser injusta, um dia terá que ter
fim?
Acontece que, diferentemente das leis da natureza, as leis da história
atuam, obrigatoriamente, por meio da ação dos homens.
A necessidade histórica não resulta de nenhum processo milagroso, de
algum “deus” que dispensa a ação do homem.
Com o desenvolvimento da produção, amadurecem na sociedade as novas
necessidades materiais que movem grandes grupos de pessoas a atuar numa
determinada direção. E a necessidade, agora, é superar o estágio capitalista.
A seguir: O homem, agente da história
Lições de Comunismo
número 68

A cada edição do PerCeBer você terá uma nova


página colecionável de O Capital em quadrinhos

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