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CÉLULA E PERISPIRITO

Cícero Marcos Teixeira (*)


Porto Alegre-RS, Brasil

A célula é considerada a unidade anátomo-morfo-fisiológica dos seres vivos.

Com o advento da citologia ultra-microscópica, graças ao microscópio eletrônico, foi


possível conhecer em maior profundidade a ultra-estrutura celular, cujos organóides
tornaram-se mais fáceis de serem observados.

Deste modo, foi possível penetrar mais profundamente na análise da estrutura citológica
e compreender melhor as funções das organelas existentes na células.

É de vital relevância tentar estabelecer as relações possíveis entre as estruturas cito-


histo-fisiológicas

do corpo físico e as correspondentes estruturas cito-fisiológicas do perispírito ou


psicossoma.

André Luiz, em Evolução em Dois Mundos, cap. II, informa que o corpo físico é reflexo
do corpo espiritual ou perispírito designado também psicossoma.

Se o corpo físico é uma réplica do perispírito ou psicossoma e este por sua vez retrata o
corpo mental "que lhe preside a formação" é lícito admitir que o perispírito ou
psicossoma possua também uma organização celular e uma fisiologia que lhe é própria,
estando intimamente relacionada com as células correspondentes no corpo físico,
mediante interações energéticas, cuja natureza ainda é desconhecida, por falta de
instrumentos de observação ultra-microscópica de maior poder de resolução, capaz de
detectar a estrutura extra física do perispírito ou psicossoma.

Entretanto, pode-se tentar a construção de um modelo conceitual representativo do


perispírito, mediante o estudo analítico da estrutura cito-histo-fisiológica do corpo
físico.

Quanto mais conhecimento o homem adquirir sobre a anatomia e fisiologia do corpo


humano, mais aumentará a probabilidade de desvendar o mecanismo estrutural e
fisiológico do psicossoma.

Emmanuel, em o Livro Roteiro, cap. 6. Edição FEB, psicografado por Francisco


Cândido Xavier, ensina que "O perispírito é, ainda, corpo organizado que representa o
molde fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro,
demorando-se na região que lhe é própria, de conformidade com o seu peso específico.
Formado por substâncias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida
até agora pela ciência terrena, é aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se, de
acordo com o padrão vibratório do campo interno.

Organismo delicado, com extremo poder plástico, modifica-se sob o comando do


pensamento. É necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde prevaleçam
a agilidade e a habilitação que só a experiência consegue conferir.

Nas mentes primitivas, ignorantes e ociosas, semelhante vestidura se caracteriza pela


feição pastosa, verdadeira continuação do corpo físico, ainda animalizado ou enfermiço.

O progresso mental é o grande doador de renovação ao equipamento do espírito em


qualquer plano de evolução.

Como se pode depreender das considerações acima, o perispírito ou psicossoma possui


uma estrutura organizacional constituindo a matriz modeladora do corpo físico, sob
ação automática da mente.

O perispírito possui uma constituição química que transcende a série dos elementos
químicos conhecidos pela Ciência Oficial, formado de "matéria rarefeita" a expressar-se
noutras modalidades vibratórias, suscetível de transformações estruturais em função do
"padrão vibratório do campo interno".

Graças à natureza extremamente plástica e à ultrasensibilidade de sua estrutura


energética o perispírito apresenta modificações "sob o comando do pensamento" cuja
ação psicodinâmica se faz sentir com maior ou menor extensão e intensidade, podendo
alterar-lhe o estado de coesão, tornando-o menos denso e mais luminoso, segundo o
progresso alcançado pelo espírito encarnado ou desencarnado, ou então apresentando-se
mais denso e de aspecto grosseiro e animalizado, naqueles espíritos mais primitivos,
ignorantes, viciosos e ociosos, cuja mente permanece vibrando na faixa do instinto, do
egoísmo e das paixões humanas.

Como se vê, o corpo físico é reflexo do perispírito, cuja fisiologia ainda não é do
domínio da Ciência Oficial.

Por analogia, pode-se, a partir do estudo sistemático da Biologia Humana, adquirir uma
visão aproximada da organização perispirítica, admitindo-se que a mesma desempenhe
a função de modelo organizador estrutural, cujas ligações energéticas mantém a coesão
funcional do corpo físico, garantindo-lhe a plena harmonia fisiológica do indivíduo,
segundo os estados de equilíbrio mental e afetivo do homem encarnado ou
desencarnado.

O Conhecimento da constituição do perispírito ainda é inacessível aos atuais meios de


investigação da Ciência Oficial.

Entretanto, é de relevante interesse, estudar os diferentes pronunciamentos de autores


encarnados e desencarnados sobre a natureza de tão importante organismo modelador
do corpo somático.
Pelo menos, à guisa de modelo conceitual, é lícito a exemplo do que se faz nos
diferentes campos do conhecimento científico, onde modelos e paradigmas são criados
para explicarem tais ou quais fenômenos passíveis de observação direta ou
indiretamente.

Segundo André Luiz, na obra já referida, o perispírito ou corpo espiritual possui uma
"FORMAÇÃO SUTIL, URDIDA EM RECURSOS DINÂMICOS, EXTREMAMENTE
POROSA E PLÁSTICA EM CUJA TESSITURA AS CÉLULAS, NOUTRA FAIXA
VIBRATÓRIA, À FACE DO SISTEMA DE PERMUTA VISCERALMENTE
RENOVADO, SE DISTRIBUEM MAIS OU MENOS À FEIÇÃO DE PARTÍCULAS
COLOIDAIS, COM A RESPECTIVA CARGA ELÉTRICA, COMPORTANDO-SE
NO ESPAÇO SEGUNDO SUA CONDIÇÃO ESPECÍFICA, E APRESENTANDO
ESTADOS MORFOLÓGICOS CONFORME O CAMPO MENTAL A QUE SE
AJUSTA".

Como se pode depreender, o perispírito possui uma organização estrutural,


apresentando extrema porosidade e plasticidade, na qual as células se expressam
"NOUTRA FAIXA VIBRATÓRIA", cumprindo cada qual, as funções específicas que
lhes dizem respeito, distribuindo-se à semelhança de partículas coloidais com seus
respectivos campos elétricos, mantendo entre si as conexões energéticas que lhes
garantem o equilíbrio fisiológico, em obediência aos reflexos automáticos do campo
mental a que estão submetidas.

Se o indivíduo encarnado ou desencarnado mantiver a mente vibrando harmoniosa e


equilibradamente, tais reflexos se fazem sentir de imediato no cosmo celular,
contribuindo para que as reações metabólicas se façam dentro dos padrões da
normalidade fisiológica.

No caso dos desencarnados, sabe-se que tais modificações estruturais do perispírito se


relacionam aos centros gástrico e genésico, responsáveis pelas funções nutritivas e
reprodutivas respectivamente, segundo o progresso moral alcançado pelo espírito, cujas
condições de vida agora modificadas, são inerentes à dimensão extra-física do plano
existencial em que passa a viver.

Vê-se pois que o perispírito apresenta-se com maior ou menor densidade específica e
com maior ou menor irradiação energética, mais ou menos luminoso, expressando-se
através de sua respectiva psicosfera, a qual, por sua vez, reflete o grau evolutivo
alcançado pelo homem encarnado ou desencarnado.

Por conseguinte, estudando-se a fisiologia celular no campo físico, pode-se relacioná-la


com a fisiologia do psicossoma, que, por sua vez, retrata indiretamente as características
do espírito, cujo conhecimento de sua natureza íntima, ainda é de difícil acesso ao
homem comum.

Com apoio no estudo de conceitos científicos acadêmicos e na análise dos conceitos


oriundos dos estudos realizados pelos pesquisadores desencarnados e psicografado por
Francisco Cândido Xavier e outros intermediários, de reconhecida idoneidade moral e
fidelidade mediúnica, pretende-se estabelecer uma analogia de conceitos, objetivando-se
o conhecimento da natureza física e extra-física do homem.
No diagrama seguinte, tem-se uma visão da célula típica, baseado no que se observa em
fotomicrografias eletrônicas.

Analisando-o, pode-se identificar de imediato as seguintes estruturas celulares:

1 – NÚCLEO

Encontra-se em todas as células animais e vegetais superiores. O núcleo possui a


membrana nuclear ou carioteca que o circunda, servindo de limite de separação entre o
núcleo e o citoplasma da célula.

Nesta membrana, observou-se a existência de poros, cuja função está ligada a


permeabilidade seletiva.

Como constituintes do núcleo tem-se:

- O nucleoplasma ou suco nuclear formado por uma massa clara, incolor, responsável
pela turgescência nuclear.
- A cromatina, substância com características específicas que se condensa e se organiza
durante a divisão celular, dando origem aos cromossomos formados por DNA e
proteína.
- Os nucléolos que são responsáveis pela formação dos ribossomos.
2 – CITOPLASMA

Este componente celular é delimitado pela membrana plasmática ou membrana celular,


tendo em seu interior:

2.1 - Mitocôndrios( do grego mythos = filamento + chondrion = grânulo).

São partículas de forma arredondada ou alongada presentes em todas as células( animais


e vegetais), cuja função está relacionada com a produção e armazenamento de energia
na célula.

2.2 - Retículo Endoplasmático Liso

São estruturas membranosas apresentando forma variável( túbulos ou vesículas


achatadas) que se anastomosam.

2.3 - Ribossomos

São partículas densas que desempenham importante função na síntese de proteínas.

Podem encontrar-se distribuídos pelo citoplasma ou então agrupar-se, formando os


polissomos.
Estes polissomos podem também apresentar-se justapostos ao retículo endoplasmático
liso. Neste caso, tem-se o retículo endoplasmático granular.

2.4 - Aparelho de Golgi

Tem o aspecto de vesículas achatadas, empilhadas. As bordas destas vesículas são


geralmente dilatadas. O aparelho de Golgi pode-se localizar em um determinado sítio da
célula ou apresentar-se composto de vários Aparelhos de Golgi em várias regiões
citoplasmáticas.

2.5 - Microtúbulos e filamentos

Observados freqüentemente, no citoplasma. Estas formações apresentam o aspecto de


túbulos ou filamentos, sua presença no citoplasma parece estar relacionado com a
existência de um esqueleto intra-celular, com os processos de adesão entre as células e
com os movimentos verificados no interior das células.

2.6 - Centrossomos ou Centríolos ( Latim, centrum = centro)

Estas formações apresentam forma cilíndrica, dupla, à semelhança de copo, presentes


nas células animais e ausentes nas células animais e ausentes nas células vegetais.

2.7 – Lisossomos

Encerram em seu interior as enzimas digestivas encarregadas de decomporem as


moléculas grandes, tais como as das gorduras, proteínas e ácidos nucleicos, em
moléculas menores que podem ser oxigenadas pelas enzimas oxidantes dos
mitocôndrios. Segundo Christian de Duve, da Universidade Católica de Louvain, os
lisossomos parecem constituir um mecanismo de ; "a membrana do lisossomo isola as
enzimas digestivas do resto do citoplasma".

No caso de ruptura de membrana, dá-se o extravasamento das enzimas digestivas que


irão produzir a dissolução da célula.

3 – MEMBRANA CELULAR

É uma membrana externa que serve de limite, separando a célula do meio extracelular.
"Os estudos com o microscópio eletrônico confirmaram a existência universal dessa
membrana plasmática", sendo de importância fundamental para a integridade celular.
Esta membrana apresenta uma semipermeabilidade ou permeabilidade seletiva,
permitindo pois a passagem de algumas substâncias mais facilmente do que outras.

Por meio desta permeabilidade seletiva a célula pode controlar a entrada e saída de
subst6ancias. A composição protéica da membrana garante sua integridade estrutural e
flexibilidade.

As referências sobre a constituição da célula são necessárias para que se possa


estabelecer um paralelo entre a constituição física e extra-física do organismo
psicossomático do homem ( integração entre o corpo físico e espírito).
Não se propõe aprofundar-se na Citologia ou na Biologia Celular propriamente ditas,
mas sim apoiar-se nos estudos destas disciplinas científicas, buscando uma visão
integrada de conceitos.

Com o apoio no livro Evolução em Dois mundos, psicografado por Francisco Cândido
Xavier e Waldo Vieira é possível colher valiosos ensinamentos esclarecedores sobre a
natureza extra-física do homem.

Que relação existe entre células e centros vitais?

Os centros vitais ou chacras são considerados os "fulcros energéticos" de interação


automática da alma ou espírito com o respectivo ponto físico.

Os centros vitais desempenham várias funções por meio das quais influenciam as
células em suas diferentes modalidades de especialização adatativa e funcional, bem
como em seu metabolismo celular.

A fisiologia celular está na dependência da interação harmônica e equilibrada entre o


Espírito e o corpo físico que o retrata em sua manifestação no meio físico, submetido às
leis biogenéticas do plano evolutivo em que se encontra.

Os centros vitais como núcleos energéticos de interação fisiológica entre o Espírito e o


corpo físico estão localizados no perispírito ou psicossoma.

Estes centros vitais estão intimamente integrados através dos respectivos campos
energéticos mantendo conexões através destes mesmos campos de força com os
correspondentes centros orgânicos no corpo físico.

Para facilitar a compreensão das relações entre os centros vitais e os centros orgânicos
correspondentes no corpo físico, elaborou-se os esquemas seguintes:

Graças aos ensinamentos ministrados pelos mentores espirituais numa conjugação de


esforços educativos entre encarnados e desencarnados, o Espiritismo orienta o homem
no conhecimento da Verdade transcendente que ilumina, esclarece e o liberta,
emancipando-o para maiores realizações em sua ascenção evolutiva.
O homem desencarnado possui uma organização fisiológica adaptada à nova condição
existencial, cuja "estrutura eletromagnética" apresenta modificações relacionadas aos
"fenômenos genésicos e nutritivos, de acordo, porém, com as aquisições da mente que o
maneja".

Há uma íntima relação entre as alterações perispiríticas , decorrentes da metamorfose


que se processa no fenômeno da morte ou desencarnação, e a conduta espiritual do
indivíduo.

O centro coronário, entre outras funções, registra automaticamente todos os reflexos


oriundos de emoções, sentimentos e pensamentos acalentados pelo indivíduo durante
sua existência, repercutindo nos demais centros vitais com maior ou menor influência
nos diferentes órgãos e sistemas do organismo físico.

Tais reflexos podem contribuir favoravelmente para a manutenção do equilíbrio celular,


caso a mente esteja vibrando positivamente na faixa do bem, e o indivíduo consiga
manter aquela atitude consciente de vigilância e ação edificante do trabalho honesto,
espírito de compreensão e solidariedade, contribuindo, direta ou indiretamente, para o
bem daqueles que estão sob sua influência pessoal ou da sociedade em geral.

Cientificamente, não se conhece, ainda, o mecanismo de interação entre os diferentes


centros vitais, e suas conexões com os diferentes núcleos de ligação com o corpo físico,
e ainda não foi possível penetrar mais fundo no conhecimento objetivo da natureza
dinâmica do perispírito e, muito menos, do espírito propriamente dito.

Admite-se que o perispírito seja a matriz energética organizadora de corpo físico, sob a
ação determinante do espírito.

É lícito, porém, admitir-se, a título de hipótese de trabalho, um modelo conceitual para


se estudar a natureza humana em seus múltiplos aspectos.

Embora possa parecer destituído de propósito estabelecer algumas relações entre célula
e perispírito, parece ser do consenso geral entre os espiritualistas( Teosofistas,
rosacruzes, esoteristas, umbandistas e congêneres) que o corpo físico é uma réplica do
corpo espiritual, o qual possui várias designações, conforme a nomenclatura utilizada
pelas diferentes escolas mencionadas.

Deste modo, é bom lembrar mais uma vez que, quanto maior for o conhecimento sobre
a organização fisiológica do homem e de suas ações e reações psicossomáticas, maior é
a probabilidade de se aproximar do conhecimento da natureza extrafísica do próprio
homem.

Admite-se, pois, que o perispírito possua uma organização celular, tornando-se um


"modelo organizar biológico (MOB)", cuja natureza energética ainda é desconhecida.

É de supor-se que o perispírito mantenha um campo bioenergético organizador, com


ação realimentadora, capaz de garantir a manutenção da organização celular durante o
tempo de manifestação vital, biológica, compatível com as necessidades evolutivas do
indivíduo encarnado.
A renovação celular durante todo o decorrer do ciclo vital de desenvolvimento, desde as
primeiras fases da embriogênese, obedece ao bio-ritmo perispirítico que, por sua vez,
reflete a ação dos fatores determinantes do espírito, de acordo com a posição evolutiva
individualmente alcançada.

Deste modo, pode-se deduzir que a interação entre Espírito e corpo físico, através do
perispírito, em sua função mediadora de ligação energética, seja muito mais complexa e
mais abrangente do que se possa imaginar.

Apoiando-se no princípio da integração dos componentes de um sistema dinâmico entre


si, e do próprio sistema, como um conjunto de partes integradas, é possível admitir-se a
mútua interdependência entre os diferentes componentes do sistema ternário
ESPÍRITO, PERISPÍRITO e CORPO FÍSICO.

Daí ressaltar-se a íntima relação existente entre os componentes do ternário humano, a


exigir perseverantes investigações científicas, para melhor conhecimento da natureza
física e extra-física do homem.

A anatomia do corpo físico reflete, pois, a anatomia do perispírito, cujas propriedades


transcendem as dimensões espaço temporal conhecidas, exigindo o indispensável
progresso da metodologia científica, para poder melhor analisar a estrutura bio-
energética que provavelmente deva caracterizá-lo como "modelo organizador
biológico", sob a ação automática do poder criador do espírito, em seus diferentes
estágios evolutivos.

Sendo o corpo físico uma réplica do perispírito, poder-se-á supor que o mesmo tenha
uma organização celular e que as células perispiríticas obedecem aos mesmos princípios
morfológicos que se evidenciam no nível biológico, havendo, entretanto, a necessária
adaptação ao bio-rítmo vibratório celular no plano físico, para que a organização celular
se processe harmoniosamente na estruturação do organismo humano como um todo,
segundo os moldes celulares pré-existentes, e em obediência à ação morfogenética do
espírito.

Como se realizam tão complexas ações e reações morfogênicas, pouco se sabe e, ainda,
em termos científicos, a ignorância é muito grande, aumentada pelos tabus e
preconceitos culturais existentes.

As ligações e conexões energéticas entre as células perispiríticas e as células somáticas,


devem ocorrer através dos respectivos campos bio-elétricos celulares, os quais atuam
intimamente relacionados, num clima de harmonia ou de desarmonia fisiológica, a
refletir, respectivamente, o estado de equilíbrio mento-afetivo do espírito, segundo sua
posição evolutiva e vida consciencial.

As reações psicossomáticas do indivíduo, durante a vida de relação no plano físico,


refletem as disposições íntimas do ESPÍRITO, em sua individualidade inconfundível, a
imprimir suas características pessoais no que pensa, sente e age.

Daí a importância de se salientar que os pensamentos, emoções e sentimentos tendem a


se expressar no campo da ação concreta, por que são expressões legítimas, reais e ativas
originárias do dinamismo do próprio espírito em sua criação constante.
Todo pensamento acalentado, tende a se expressar em termos de ação concreta,
influenciando positiva ou negativamente a todos quantos estejam sintonizados na
mesma faixa de interesse, propósitos, emoções e sentimentos.

Admitindo-se que o perispírito apresenta uma organização celular esta se revela pela
natureza dinâmica de seu campo energético, a refletir maior ou menor autonomia do
espírito, segundo sua respectiva posição evolutiva.

Cada célula perispirítica, como verdadeira unidade anátomo-morfo-fisiológica, possui o


seu respectivo campo energético, por meio do qual desencadeia um mecanismo de
dinâmica alteração no plano biológico, desde os primeiros estágios embriogênicos,
induzindo os diferentes mecanismos de estruturação morfogênica, culminando no pleno
crescimento e desenvolvimento do organismo.

Considerando a função mediadora do perispírito, este age como um sistema integrado,


mantido pela ação determinante do espírito. As células perispiríticas, com seus
respectivos campos energéticos, desenvolvem um bio-ritmo funcional compatível com a
autonomia evolutiva do próprio espírito, refletindo seu estado de harmonia ou de
desarmonia mental e afetiva, vindo a repercutir na manutenção ou não de seu próprio
equilíbrio, quer seja encarnado ou desencarnado.

Deste modo, da interação dinâmica e equilibrada dos campos energéticos celulares


perispiríticos, resultará que o próprio perispírito, como um todo integrado, desenvolve e
mantém o seu respectivo campo energético, por meio do qual permanece ligado
dinamicamente, ao corpo físico, no estado de encarnação.

Quando o espírito desencarna, os núcleos de ligações energéticas que o mantinham


unidos ao corpo físico, através do perispírito, se rompem, permitindo ao Espírito
desligar-se completamente do veículo físico, constituindo neste estado um sistema
binário – o Espírito envolvido pelo perispírito – por meio do qual atua nas dimensões
extra-físicas do Universo.

Desde os primórdios da embriogênese, as células ao nível biológico, se diferenciam


para a formação dos diferentes tecidos, órgãos, aparelhos e sistemas, sob a ação
automática dos processos de diferenciação morfogenética que ocorre também no
próprio perispírito, durante sua fase de miniaturização.

Complexas operações bio-eletromagnétias se efetuam simultaneamente, numa íntima


interação entre o modelo organizacional perispirítico e o corpo físico, durante as
diferentes etapas da morfogênese, refletindo sempre o estado consciencial do espírito
reencarnante, continuando esta íntima interação realimentadora, durante o ciclo vital de
permanência no plano físico.

Ao nível biológico, quais as estruturas citológicas servem de pontos de ligação com as


correspondentes estruturas perispiríticas?

A resposta para tal pergunta não é fácil, exigindo que se faça uma constante pesquisa
sobre as informações e os ensinamentos oriundos dos autores desencarnados,
analisando-os criteriosamente, para verificar a concordância universal indispensável à
confiabilidade e aceitação geral de tais ensinamentos, e suas conseqüentes repercussões
no campo do conhecimento humano.

Em "Evolução em Dois Mundos", Edição FEB – (p. 50) André Luiz informa que os
cromossomas... partilham do corpo físico pelo núcleo da célula em que se mantém e do
corpo espiritual pelo citoplasma em que se implantam". À página 55, outra informação
interessante se verifica, relacionada ao centro celular em sua função de manter "a junção
das forças físicas e espirituais, ponto esse em que se verifica o impulso mental, de
natureza eletromagnética, pelo qual se opera o movimento dos cromossomas ...".

Ressalta-se a importância dos cromossomas pela função genética que desempenha ao


nível biológico no plano físico, e, mais ainda, a do citoplasma, outro componente
fundamental da célula.

Penetrando na intimidade ultra microscópica dos cromossomas, encontram-se os genes,


que são as unidades físicas da hereditariedade.

Na figura abaixo, tem se a representação de uma célula animal:

Entre os genes, encontram-se os "elementos chamados bióforos ou unidades de força


psicossomática que atuam no citoplasma, projetando sobre as células e,
conseqüentemente, sobre o corpo, os estados da mente"...

Na figura seguinte, pretende-se representar, grosseiramente as ações mento-afetivas do


Espírito sobre todas as células do organismo físico, através das células perispiríticas e
dos seus respectivos campos bio-energéticos.

Para facilitar a compreensão está representada apenas uma única célula, devendo-se
deduzir que tal mecanismo de interligações bio-energéticas se efetua através das
diferentes unidades celulares perispiríticas e de seus respectivos centros de força, em
conexões com as respectivas unidades celulares no campo físico e biológico.

Os estados da mente repercutem no metabolismo celular, através dos "BIÓSFOROS",


os quais estabelecem os elos de ligação entre os genes existentes no núcleo e o
citoplasma, garantindo pois a unidade funcional entre as células do corpo físico.

Nas figuras,seguintes procura-se, igualmente, representar o centro celular que mantém a


junção entre as forças físicas e os impulsos eletromagnéticos oriundos da mente, graças
aos quais se processa o movimento dos cromossomas durante as diferentes etapas da
mitose e da meiose, no deslocamento dos cromossomas em direção aos respectivos
pólos celulares, para culminarem, posteriormente, na divisão completa da célula ao final
da telófase.
Além das estruturas citadas, os mitocôndrios existentes no citoplasma, podem ser
considerados "acumulações de energia espiritual em forma de grânulos".

Os mitocôndrios, figura seguinte, constituem verdadeiros acumuladores de energia, a


qual é utilizada nos diferentes processos de biossíntese celular, desempenhando,
portanto, importante função no metabolismo orgânico.

Corte de um mitocôndrio típico, revelando as duas camadas de membranas separadas


por um espaço intra-estrutural.

Internamente pode-se ver as cristas mitocondriais.

Os mitocôndrios recebem da mente, sob a forma de impulsos energéticos, os reflexos de


seus estados de equilíbrio ou de desequilíbrio, resultante da harmonia ou da perturbação
mento-afetiva em que pode se encontrar o espírito, durante esta ou aquela fase de sua
encarnação.

As diferentes operações físico-químias, que caracterizam a biossíntese celular, são


influenciadas automaticamente pelos impulsos energéticos da mente, que interferem em
todos os processos fisiológicos da célula, com a conseqüente repercussão sobre todo o
organismo

A células do corpo físico refletem a dinâmica das células perispiríticas, das quais são
verdadeiras réplicas e que mantém uma íntima interação recíproca, através dos bióforos
ou "unidade de força psicossomática" que atuam no citoplasma e, conseqüentemente,
sobre todas as células e tecidos do corpo físico.

As conexões energéticas entre a organização celular perispirítica e a organização celular


do corpo físico, se fazem não só através dos bióforos, mas também por meio do centro
celular, mitocôndrios e um pigmento ocre existente nas células nervosas ou neurônios.

Tal pigmento é designado "FATOR DE FIXAÇÃO", estando intimamente relacionado


com o corpo espiritual, cuja função na dinâmica do pensamento é de muita importância,
por se relacionar diretamente com a "mente em si mesma, quando esta se distancia do
movimento revelador em que a vida se exprime e avança, adensando-se ou rarefazendo-
se ele, nos círculos humanos, conforma a atitude mental do Espírito, na quota de tempo
em que se lhe perdure a existência carnal".
Deste modo, pode-se inferir que cada célula somática e germinativa mantém as
correspondentes conexões estruturais e energéticas com as respectivas células
perispiríticas, através das estruturas citológicas mencionadas, as quais estão presentes
em todas as células, incluindo igualmente as próprias células nervosas ou neurônios, os
quais constituem a unidade neurológica integrante de todo o sistema nervoso central e
periférico.

Na célula nervosa, encontram-se os corpúsculos de Nissel que são "acúmulos de retículo


endoplasmático granular".

No desenho esquemático, a seguir, tem-se a representação de uma célula nervosa:

O corpo celular (soma) é a "fábrica" do neurônio. Ele produz todas as proteínas para os
dendritos, axônios e terminais sinápticos, e contém organelas especializadas tais como
mitocôndrias, aparelho de Golgi, retículo endoplasmático, grânulos secretórios,
ribosomos e polissomos para fornecer energia e agrupar as partes em produtos
completos.

Citosol - É o fluído aquoso e salgado com uma solução rica em potássio dentro da
célula contendo enzimas responsáveis pelo metabolismo da célula.

1. Núcleo - Derivado do Latin "nux", castanha, o núcleo é o arquivista e o arquiteto da


célula. Como arquivista ele contém os genes, consistindo de DNA, o qual contém a
"história"da célula, a informação básica para manufaturar todas as proteínas
características. Como arquiteto, ele sintetiza RNA a partir do DNA e o transporta
através de poros ao citoplasma para uso na síntese de proteínas. .Nucleolo é uma
organela que está envolvida ativamente na síntese de ribossomos e na transferência do
RNA ao citosol.

2. Aparelho de Golgi - É uma estrutura ligada à membrana que exibe um papel no


empacotamento de peptídios e proteínas (incluindo neurotransmissores) dentro das
vesículas.

3. Poliribosomos - Existem vários ribossomos unidos por um cordão. O cordão é um fio


único de RNAm (RNA mensageiro, uma molécula envolvida na síntese de proteínas do
lado de fora do núcleo) Os ribossomos associados atuam nele para fazer múltiplas
cópias da mesma proteína.

4. Membrana Neuronal

5. Mitocôndria - Esta é a parte da célula responsável pela energia na forma de ATP


(adenosina trifosfato). Os neurônios necessitam de uma enorme quantidade de energia.
O cérebro é um dos tecidos mais ativos metabolicamente . No homem, por exemplo, o
cérebro usa 40 ml de oxigênio por minuto. A mitocôndria usa oxigênio e glucose para
produzir a maioria da energia da célula.
O cérebro consome grandes quantidades de ATP. A energia química armazenada em
ATP é usada como combustível na maioria das reações bioquímicas do neurônio. Por
exemplo, proteínas especiais na membrana neuronal usam energia liberada pela quebra
de ATP em ADP para bombear certas substâncias através da membrana para estabelecer
diferenças de concentração entre o lado interno e externo do neurônio.

6. Retículo Endoplamático Rugoso (RE rugoso) e Retículo Endoplamático Liso (RE


liso) (7) - É um sistema de tubos para o transporte de materiais dentro do citoplasma.
Ele pode ter ribossomos (RE rugoso) ou não (RE liso). Com ribossomos, o RE é
importante para a síntese de proteínas.

Verificar o núcleo que se apresenta mais caro e o núcleo bem visível ao centro.

Os corpúsculos de Nissel são granulações citoplasmáticas com grande quantidade de


ribonucleoproteínas.

Tais corpúsculos são ribossomos cuja função está relacionada à síntese protéica. Visto
ao microscópio eletrônico, os corpúsculos de Nissl apresentam-se como vesículas
membranosas, achatadas, tendo uma superfície rugosa, onde se encontram dispersos,
numerosos grânulos de ARN (ácido ribonucléico ).

Os mitocôndrios estão localizados entre os corpúsculos de Nissl e sua função está


relacionada à obtenção de energia através da respiração.

Os corpúsculos de Nissel dispersos no citoplasma "representam alimento psíquico" que


desempenha importante função na restauração energética das células nervosos, durante
o sono físico, quando então, por meio do perispírito, o homem assimila os recursos
energéticos de que necessita, através da respiração que se faz sem interrupções,
garantindo, assim, o suprimento energético indispensável não só a restauração das
células nervosas, como também à manutenção do equilíbrio fisiopsicossomático de todo
o cosmo celular.

O homem encarnado ou desencarnado mantém assim o seu equilíbrio fisiológico, graças


ao suprimento de oxigênio indispensável à respiração celular, bem como assimila outros
recursos energéticos hauridos no imenso reservatório de fluido cósmico, indispensável à
biossíntese e ao metabolismo, não só do corpo físico, como também ao metabolismo do
próprio perispírito em sua permanente função de "modelo organizar biológico".

As operações bioenergéticas que se processam no campo celular estão intimamente


relacionadas às operações que se verificam igualmente no campo perispirítico, havendo
uma interação dinâmica através das diferentes estruturas citológicas já mencionadas, as
quais funcionam como núcleos de conexão entre as referidas células e as células
perispiríticas.
Além destes núcleos de conexão célula física e sua respectiva matriz perispirítica,
convém relembrar a existência dos centros vitais ou chacras, os quais mantém a unidade
e a interação funcional das células, tecidos, órgãos e aparelhos, estando pois, sob sua
ação específica numa profunda relação de interdependência dinâmica, mantida pela
coordenação geral do Centro Coronário, mediante o qual o homem encarnado ou
desencarnado assimila os recursos energéticos e espirituais do plano de vida
consciêncial a que cada qual se encontra ligado, em consonância com o respectivo grau
evolutivo.

Sob a reflexão automática, consciente e inconsciente, os diferentes sistemas integrantes


do perispírito se conectam entre si e com os respectivos sistemas estruturais no campo
físico, para garantir a perfeita harmonia fisiopsicossomática de todo o organismo.

Deste modo, todo o organismo está na dependência direta ou indireta desta íntima
interrelação mente e corpo e de seu correspondente estado de equilíbrio ou desequilíbrio
mental e afetivo.

Daí a importância do auto-conhecimento e da auto-educação, promovendo no próprio


ser humano, uma constante equilibração para preservá-lo com êxito nos freqüentes
choques e contrachoques decorrentes das ações e reações que se verificam
continuadamente na vida de relação entre encarnados e desencarnados.

Referências Bibliográficas

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JUNQUEIRA, L.C. e CARNEIRO J., HISTOLOGIA BÁSICA, Editora Guanabara


Koogan S.A. 1974 – Rio de Janeiro
(*) Bacharel e licenciado em História Natural, biólogo e Mestre em Educação, professor
titular aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS), Diretor da Sociedade Espírita "Bezerra de Menezes", de Porto Alegre,
da Associação Médico-Espírita-RS, do Conselho Superior do Hospital Espírita de Porto
Alegre, membro do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Espiritualidade da UFRGS,
conferencista, escritor, autor dos livros "Psicosfera", "Espiritismo: Educação Anímico-
Consciencial", "Anatomia do Desencarne" e "Os Espíritos têm Sexo?" .

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