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UNESP

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Unesp


FCT – Campus de Presidente Prudente

Química Analítica
POTENCIOMETRIA
TITULAÇÃO POTENCIOMÉTRICA DO ÁCIDO FOSFÓRICO (H3PO4)

Discentes: Carolina Schneider


Gabriela Bitto de Oliveira
Marisa da Silva Oliveira
Pedro Henrique Picelli de Azevedo
Docente: Homero Marques Gomes
Disciplina: Química Analítica
Curso: Engenharia Ambiental
2° ano

Presidente Prudente, 06 de novembro de 2010


SUMÁRIO

1. Objetivos ........................................................................................................................................02
2. Introdução
2.1.Titulação Potenciométrica .............................................................................................. 02
2.2. Tipos de titulação potenciométrica .................................................................................03
2.3. Localização do ponto final numa titulação potenciométrica ..........................................03
2.4. Determinação Gráfica .................................................................................................... 04
3. Metodologia
3.1. Materiais utilizados
3.1.1. Vidraria e instrumental .....................................................................................05
3.1.2. Reagentes e soluções ........................................................................................05
3.2. Procedimentos experimentais
3.2.1. Titulação do ácido fosfórico utilizando indicador ...........................................05
3.2.2. Titulação potenciométrica do ácido fosfórico ..................................................05
3.2.3. Titulação potenciométrica de coca-cola ...........................................................05
4. Resultados e discussões .................................................................................................................06
5. Conclusão ......................................................................................................................................12
6. Referências bibliográficas .............................................................................................................13

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1. OBJETIVOS

− Demonstrar experimentalmente a técnica de titulação de ácido poliprótico;

− Demostrar a aplicabilidade da técnica em amostras nas quais a aplicação de indicadores ácido


base é impossível;

− Comparar a técnica instrumental (pHmetro) com a convencional (indicador);

− Distinguir o ponto final e o ponto de equivalência.

2. INTRODUÇÃO

2.1. Titulação Potenciométrica


Na titulação potenciométrica, também chamada de potenciometria relativa, mede-se a f.e.m.
da célula no curso da titulação. As titulações, como sabemos, são acompanhadas de variações
bruscas de concentração nas imediações do ponto de equivalência, o que provoca uma variação
brusca no potencial do eletrodo indicador e, portanto, também na f.e.m. da célula. A titulação
potenciométrica é uma técnica de localização do ponto final na análise volumétrica, aplicável
sempre que se dispuser de um eletrodo indicador para a espécie desejada. São realizadas sucessivas
medições da f.e.m. da célula, sendo cada uma delas após a adição de um certo volume de solução
titulante. A seguir relacionam-se esses potenciais com o volume de solução titulante consumida. As
medições realizadas no decorrer da titulação potenciométrica são relativas e informam sobre as
variações ocorridas no potencial da célula. Através delas, pode-se estabelecer com precisão o ponto
de equivalência que determinará a concentração da espécie sob análise.
A titulação potenciométrica é mais trabalhosa do que a técnica volumétrica com indicadores
visuais e requer equipamento especial, mas apresenta uma série de vantagens sobre a técnica
convencional:
• Maior sensibilidade, pode ser aplicada à soluções bem diluídas;
• Pode ser empregada para soluções coloridas ou turvas, pois dispensa o uso de indicadores visuais;
• Pode ser aplicada para certas reações que não disponham de indicadores visuais adequados;
• Pode-se determinar sucessivamente vários componentes;
• Pode ser aplicada em meio não aquoso;
• Pode ser adaptada a instrumentos automáticos.
Em 1955, surgiram as primeiras buretas de pistão motorizadas, permitindo a automatização

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das titulações, acima de tudo com maior precisão na dosagem. As titulações potenciométricas,
atualmente, podem ser executadas manual ou automaticamente, com ou sem registro da curva.
Na titulação manual, utiliza-se um pHmetro e um conjunto de titulação, que compreende
uma bureta de pistão, montada junto com um agitador sobre uma base compacta. Esse tipo de
titulação potenciométrica requer o controle constante das diversas etapas, anotando o volume de
reagente dosado e o respectivo potencial, dados que posteriormente são utilizados para construir a
curva de titulação, de onde é calculado o volume de reagente gasto até o ponto de equivalência e a
concentração da espécie analisada.
Titulações automáticas dispensam todas as operações manuais e representam um grande
avanço sobre as automatizadas, que dependem de operações manuais e são comumente encontradas
nos laboratórios de controle de qualidade de matérias-primas ou de produtos finais, enquanto que as
titulações automáticas são empregadas na área industrial.

2.2. Tipos de titulação potenciométrica


Neste método de indicação potenciométrica, pode-se executar normalmente titulações que
envolvem reações de neutralização, precipitação (ou complexação) e de óxido-redução.
Reações de neutralização
O eletrodo indicador pode ser um eletrodo de hidrogênio, de vidro ou de antimônio; o
eletrodo de calomelano é em geral, o eletrodo de referência. A exatidão com que o ponto final pode
ser localizado potenciometricamente depende da grandeza da variação da f.e.m nas vizinhanças do
ponto de equivalência, e esta variação depende da concentração e da força do álcali. Em todos os
casos os resultados são satisfatórios exceto:
• Os que se obtêm com um ácido, ou com uma base muito fracos (K<10-8) e com soluções muito
diluídas.
• Os que se obtém com o ácido e a base, ambos fracos. Neste último caso, pode-se conseguir uma
exatidão da ordem 1% com soluções 0,1 M.
O método pode ser usado para titular uma mistura de ácidos que tem forças muito diferentes.
A primeira modificação na curva de titulação ocorre quando o mais forte dos dois ácidos for
neutralizado, e a segunda quando a neutralização estiver completa. Para este método ter êxito, os
dois ácidos, ou bases, devem ter uma diferença de força pelo menos 105 para 1.

2.3. Localização do ponto final numa titulação potenciométrica


O ponto final de uma titulação pode ser fixado através do exame da curva de titulação, pelas
curvas das derivadas, ou pelo exame do gráfico de Gran. Existem ocasiões, no entanto, em que pode
ser útil um método de detecção elétrico, simples e independente de gráficos, em especial quando se

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fazem determinações de rotina. Nestes procedimentos, não se usa a combinação normal do eletrodo
de referência com o eletrodo indicador, e não há registro contínuo dos valores da f.e.m. durante a
titulação.

2.4. Determinação Gráfica


As curvas das titulações potenciométricas, isto é, o gráfico das leituras da f.e.m., contra o
volume adicionado de titulante, pode ser levantada ou pela
plotagem manual dos dados experimentais, ou pela plotagem
automática, mediante instrumentação apropriada, durante o decorrer
de qualquer titulação. Em geral a curva tem a mesma forma que a
curva de neutralização de um ácido, ou seja, é uma curva sigmóide
conforme a figura 1. O segmento central da curva aparece na figura
1.a, e é evidente que o ponto final está localizado no segmento
fortemente ascendente da curva, ou seja, se acha localizado a meia
altura do salto sobre a curva de titulação.
Para uma maior exatidão na determinação do ponto final,
emprega-se métodos geométricos para a sua determinação; são eles:
o método das bissetrizes, o método das tangentes paralelas e o
método dos círculos tangentes. A menos que a curva tenha sido
plotada automaticamente, a exatidão dos resultados de qualquer
Figura 1: Determinação Gráfica destes métodos dependerá da habilidade com que a curva de
do Ponto de Equivalência titulação tiver sido desenhada, pelos pontos plotados no gráfico, a
partir das observações experimentais. Por isso é usualmente preferível empregar métodos analíticos
para localizar o ponto final.

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3. METODOLOGIA

3.1. MATERIAIS UTILIZADOS


3.1.1. Vidraria e instrumental:
• Béqueres;
• Bureta;
• pHmetro com eletrodo combinado;
• Agitador magnético com barra magnética.

3.1.2. Reagente e solução:


• Solução padronizada de NaOH 0,2 mol/L;
• Solução de H3PO4 aproximadamente 0,04 mol/L
• Coca-cola zero;
• Água destilada;
• Solução de fenolftaleína 1%.

3.2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS


3.2.1. Titulação do ácido fosfórico utilizando indicador
Transferiu-se para um béquer 50,0 mL de solução de H3PO4 adicionando aproximadamente
100 mL de água destilada e gostas de fenolftaleína. O béquer foi colocado em cima do agitador
magnético com barra magnética, para que a titulação com a solução padrão de NaOH fosse
realizada até a viragem da solução de incolor para rósea. O volume resultante foi anotado para
cálculos posteriores

3.2.2. Titulação potenciométrica do ácido fosfórico


Assim como no experimento anterior, transferiu-se para um béquer 50,0 mL de solução de
H3PO4 , adicionando aproximadamente 100 mL de água destilada. O béquer foi colocado no
agitador magnético com barra magnética e o eletrodo do pHmetro foi ligado na solução. O pH
inicial foi anotado assim como todos os volumes e consecutivos pH.

3.2.3. Titulação potenciométrica de coca-cola


De início foi transferido 50 mL de coca-cola para um béquer, adicionando aproximadamente
100 mL de água. O mesmo procedimento feito no experimento anterior foi realizado neste para a
titulação da coca-cola.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Muitos dos ácidos com os quais trabalhamos são polipróticos, isto é, tem a capacidade de doar
mais do que um próton, e um exemplo é o ácido fosfórico. Quando o ácido fosfórico está em
solução aquosa, ele sofre as seguintes dissociações:
H3PO4 (aq) → H+ + H2PO4 (aq)
H2PO4- (aq) ↔ H+ + HPO42− (aq)
HPO4 2− (aq) ↔ H+ + PO43− (aq)
Quando o hidrogenofosfato de sódio está em solução aquosa, ocorrem as seguintes
dissociações:
Na2HPO4 (aq) → 2 Na+ + HPO 4 − (aq)
HPO4− (aq) ↔ H + + PO 4− (aq)
Quando adicionamos o hidróxido de sódio na solução, ocorrerá a neutralização das espécies
ácidas conforme equações abaixo::
(1)H3PO4 + NaOH → NaH2PO4 + H2O
(2)NaH2PO4 + NaOH → Na2HPO4 + H2O
(3)NaHPO4 + NaOH → Na3PO4 + H2O
A adição sucessiva de base vai fazer com que o ácido passe a formas iônicas com cargas cada vez
mais negativas, até que surja uma espécie aniônica que não se comporte como ácido.
Durante o experimento realizamos a titulometria de neutralização e a titulação
potenciométrica. Neste segundo caso, o valor da concentração do ácido foi obtido pelo método
gráfico, através da leitura dos volumes gastos de NaOH na titulação quando são obtidos os
diferentes pontos de equivalência. Quando começamos a adicionar a base, os íons OH- reagiram
com os H+ provenientes do ácido, mas o pH apresenta pequena variação por estarmos na presença
de uma solução tampão, mas, à medida que nos aproximamos do ponto de equivalência notamos
uma variação mais brusca do pH. Prosseguindo com a titulação, houve uma nova variação brusca
nos valores de pH, correspondente a uma segunda zona tampão. Há ainda a considerar um eventual
terceiro ponto de equivalência, que corresponderia à reacção: NaHPO + NaOH (l) → NaPO + H2O,
contudo este ponto de equivalência não é tão facilmente observável, tal como o segundo.
Precisaríamos de um PH muito alto para neutralizar o terceiro H+, porém isso não pode ser
alcançado pelo método utilizado.
A titulação de um ácido poliprótico é um pouco mais complexa que o habitual uma vez que
iremos ter tantos pontos de equivalência quantas as protólises do ácido. Essa técnica consiste em
observar o aumento de pH na medida em que é adicionado o titulante, no caso, uma base forte.
Durante o processo observa-se, no gráfico de pH vs. volume de titulante, um ponto de inflexão na
curva. Este ponto de inflexão é o ponto exato em que ocorre a neutralização do ácido pela base. Por

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tratar-se de um ácido poliprótico (3H+) observamos três pontos de inflexão pelos quais podemos
descobrir suas concentrações.

4.1. Titulação do ácido fosfórico utilizando indicador


H3PO4 (aq) + H2O (l) → H2PO4- (aq) + H3O+ (aq)
H2PO4- (aq) + H2O (l) → HPO42- (aq) + H3O+ (aq)
HPO42- (aq) + H2O (l) → PO43- (aq) + H3O+
H3PO4→ 3H+ + PO4-3

Foi utilizado a solução padrão de hidróxido de sódio até a viragem do indicador, que ocorre
em um PH próximo a 8,5. Com base no experimento feito com o PHmetro, observamos que no PH
de 8,5 ocorre a neutralização do segundo H+ do ácido, ou seja, quando ocorre a viragem da
fnolftaleína, foram neutralizados dois H+. Assim, o número de mols de NaOH gasto é o dobro do
número de mols do ácido, uma vez que a base reagiu numa proporção de 1:2 com o ácido:

Calculo da concentração de H3PO4 presente na amostra no ponto de viragem do


titulador:
n (NaOH) = 0,2 x 16,50.10-3 = 3,3.10-3 mol
n (H3PO4) = n (NaOH) / 2 → n (H3PO4) = 3,3.10-3 / 2 = 1,65. 10-3 mol
C=n/V → [H3PO4] = 1,65. 10-3 / 50,0 x 10-3 = 0,033 → [H3PO4] = 3,3.10-2 mol/L

4.2. Titulação potenciométrica do ácido fosfórico


Vol. de NaOH (mL) pH do H3PO4 Vol. de NaOH (mL) pH do H3PO4
0 1,33 13 6,98
1 1,40 14 7,17
2 1,62 15 7,41
3 1,72 16 7,82
4 1,89 16,5 8,12
5 2,01 17 9,62
6 2,19 17,5 10,52
7 2,36 18 10,85
8 2,92 18,5 11,05
8,5 4,53 19 11,18
9 5,77 21 11,50
9,5 6,12 23 11,70
10 6,28 30 12,10
11 6,54 40 12,37
12 6,76 50 12,50
Quadro 1. Volume de NaOH gastos em mL x pH da solução

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14
pH

12

10

NaOH
0 mL
0 1 2 3 4 5 6 7 8 8,5 9 9,5 10 11 12 13 14 15 16 16,5 17 17,5 18 18,5 19 21 23 30 40 50
Gráfico 1. Curva de titulação do ácido fosfórico

Gráfico 2. Determinação gráfica dos pontos estequiométricos do ácido fosfórico

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A análise dos gráficos mostra que o primeiro ponto de equivalência (ponto de inflexão) ocorre
quando o volume de titulante é de 8,4 mL e o segundo ponto de equivalência ocorre com um
volume de 16,8 mL .

Calculo da concentração de H3PO4 no 1° ponto de equivalência, no momento em que


apenas 1 hidrogênio havia sido neutralizado:

V (NaOH) = 8,40 mL
n (NaOH) = 0,2 x 8,40.10-3 = 1,68.10-3 mol
No ponto de equivalência a estequiometria é de 1:1, então:
n (H3PO4) = n (NaOH) → n (H3PO4) = 1,68.10-3 mol
C = n / V → [H3PO4] = 1,68. 10-3 / 50,0 x 10-3 = 0,0336 → [H3PO4] = 3,36.10-2 mol/L

Calculo da concentração de H3PO4 no 2° ponto de equivalência, no momento em que o


seguindo hidrogênio é neutralizado, proporção de 1:2 :

V (NaOH) = 16,80 mL
n (NaOH) = 0,2 x 16,80.10-3 = 3,36.10-3 mol
No ponto de equivalência a estequiometria é de 1:2, então:
n (H3PO4) = n (NaOH)/2 → n (H3PO4) = 3,36.10-3/2 = 1,68.10-3 mol
C = n / V → [H3PO4] = 1,68. 10-3 / 50,0 x 10-3 = 0,0336 → [H3PO4] = 3,36.10-2 mol/L

A concentração de ácido encontrada em ambos os pontos estequiométricos são iguais,


[H3PO4] = 3,36.10-2 mol/L, o que comprova a veracidade da tabela obtida na prática.

4.3. Titulação potenciométrica de coca-cola


Vol. de NaOH (mL) pH do H3PO4 Vol. de NaOH (mL) pH do H3PO4
0 3,12 7 11,34
1 4,70 8 11,57
2 5,63 9 11,73
3 6,40 10 11,85
3,5 6,90 12 12,00
4 8,30 14 12,13
4,5 9,00 16 12,23
5 9,30 18 12,29
5,5 10,62 20 12,36
6 10,98 30 12,55
Quadro 2. Volume de NaOH gastos em mL x pH da solução de coca-cola

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14
pH

12

10

NaOH
0 mL
0 1 2 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 7 8 9 10 12 14 16 18 20 30

Gráfico 3. Curva de titulação do ácido fosfórico presente na coca-cola

Gráfico 4. Determinação gráfica dos pontos estequiométricos do ácido fosfórico da coca-cola


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A análise dos gráficos mostra que o primeiro ponto de equivalência (ponto de inflexão)
ocorre quando o volume de titulante é de, aproximadamente, 3,75 mL e o segundo ponto de
equivalência ocorre com um volume de 5,20 mL.

Calculo da concentração de H3PO4 da coca-cola no 1° ponto de equivalência, no


momento em que apenas 1 hidrogênio havia sido neutralizado:

V (NaOH) = 3,75 mL
n (NaOH) = 0,2 x 3,75.10-3 = 0,75.10-3 mol
No ponto de equivalência a estequiometria é de 1:1, então:
n (H3PO4) = n (NaOH) → n (H3PO4) = 0,75.10-3 mol
C=n/V → [H3PO4] = 0,75. 10-3 / 50,0 x 10-3 = 0,015 → [H3PO4] = 1,5.10-2 mol/L

Calculo da concentração de H3PO4 da coca-cola no 2° ponto de equivalência, no


momento em que o seguindo hidrogênio é neutralizado, proporção de 1:2 :

V (NaOH) = 5,2 mL
n (NaOH) = 0,2 x 5,2.10-3 = 1,04.10-3 mol
No ponto de equivalência a estequiometria é de 1:2, então:
n (H3PO4) = n (NaOH)/2 → n (H3PO4) = 1,04.10-3/2 → n (H3PO4) = 0,52 mol
C=n/V → [H3PO4] = 0,52. 10-3 / 50,0 x 10-3 = 0,0104 → [H3PO4] = 1,04.10-2 mol/L

O resultado obtido para a concentração do ácido fosfórico nos diferentes pontos


estequiométricos é diferente, sendo de [H3PO4] = 1,5.10-2 mol/L, no primeiro ponto, e de [H3PO4] =
1,04.10-2 mol/L, no segundo ponto. Há três explicações possíveis para que isso tenha ocorrido,
sendo que elas podem se somar ou agirem isoladas: erros no momento em que a tabela foi
construída, não respeitando os pequenos intervalos de adição da solução padrão de NaOH próximo
ao ponto de equivalência, gerando, assim, um gráfico não compatível com a prática; pode haver
erros no momento de calcular o ponto estequiométrico a partir do gráfico, traçando linhas erradas e;
o ao fato dos pontos estequiométricos serem muito próximos gera um gráfico de difícil análise
devido ao pouco espaçamento de uma curva de desprotonação para a outra.

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5. CONCLUSÃO
Todos os experimentos foram preprados com o mesmo volume de solução a ser titulada e com
substâncias que possuiam ácido fosfórico (H3PO4) com o intuito de comparar os resultados obtidos
a respeito da concentração desse ácido em cada uma deles. Assim, na titulação do ácido fosfórico
utilizando indicador, o resulado da concentração de H3PO4 na segunda desprotonação, já que o
indicador possui ponto de viragem proximo a esse, foi de 3,3.10-2 mol/L, na titulação
potenciométrica do ácido fosfórico, um resultado semelhante foi obtido para a [ H 3PO4] na primeira
e nansegunda desprotonação, 3,36.10-2 mol/L, levando em consideração que as técnicas
potenciométricas possui maior sensibilidade, os resultados mostram que a titulação com indicador,
apesar de ser completamente manual, possui grande precisão quando feita da maneira correta.
Para os experimentos de titulação potenciométrica do ácido fosfórico na coca-cola, a
concentração de ácido encontrada na primeira desprotonação foi de 1,5.10-2 mol/L e na segunda de
1,04.10-2 mol/L, havendo uma significativa diferença entra os resultados, porém o mesmo pode ter
ocorrido devido a contrução da tabela que não permitiu a obtenção do gráfico condizente com a
prática, havendo, portanto, erro na determinação do ponto estequiométrico.
A coca-cola possui um pH inicial de 1,33 enquando a solução de ácido fosfórico tem pH de
3,12, esses dados podem ser relacionados de forma inversamente proporcional com a concentração
de ácido presente na solução, onde quanto menor o pH maior é a concentração de H3PO4, já que a
coca-cola possui concentração em torno de 1,5.10-2 mol/L enquanto a solução de ácido fosfório
3,36.10-2 mol/L.

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6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

OHLWEILER, Otto Alcides. Química Analítica quantitativa. 2a. ed, volume 3, Rio de Janeiro,
Livros Técnicos e Científicos, 1976

VOGEL, A. I e outros. Análise Química Quantitativa. 5a. ed, Rio de Janeiro: Livros Técnicos e
Científicos, 1992.

HARRIS, Daniel C. Quantitative Chemical Analysis. 5a. ed, W. H. Freeman and Company, New
York, 2000.

sites:
<http://www.analiseinstrumental.hpg.ig.com.br/1s2001/3tc/f/3tc1s01f5.html> Acessado em
dezembro de 2010
<http://www.deboni.he.com.br/tq/analitica/pote.htm#23> Acessado em dezembro de 2010

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