You are on page 1of 65

ENDARTERECTOMIA DA ARTÉRIA CARÓTIDA EXTRACRANIANA

Extracranial Carotid Endarterectomy

Unitermos: endarterectomia de carótida, acidente vascular cerebral


Key words: carotid endarterectomy, stroke

José Carlos Costa Baptista-Silva

INTRODUÇÃO

A palavra carótida é originária do grego (Karotides) e significa estupor ou


sono profundo (devida a compressão da artéria carótida provocar inconsciência)
1.
O acidente (ataque) vascular cerebral por ser definido como sendo um
déficit neurológico focal súbito devido a uma lesão vascular, 2.
Thomas Willis (1685) descreveu os episódios precedentes do acidente
vascular, e que partículas estranhas seriam enviadas ao cérebro
desencadeando apoplexia,3:
_____"The seat of apoplexy seems to be within the same inward portion of the brain....
Both affects, the imagination and common sense, though in far differing degree affected, viz. in
the latter the irradiation of the spirits is wont . . . to be interrupted with little clouds, as it were,
scattered here and there, but in the former, the same is forthwith wholly darkened and undergoes
total eclipse.
The apoplexy, according to the import of the word, denotes a striking, and, by reason of the
stupendous nature of the affect, as though it contained something divine; it is called a sideration;
those who are seized with it, as though they were planet struck, or smitten by an invisible Deity,
fall on the ground on a sudden being deprived of sense and motion.
Its practical causes are like, as in most other affects of the brain, the blood is in fault, that either
engendering of itself or taking from elsewhere extraneous particles and such as are very averse
to the texture or constitution of the animal spirits and, as it were . . . sends them to the brain. If,
after the first seizure of a speechlessness being well over, the diseased afterward becomes more
drowsy and dull, is affected with a scotoma, and a frequent vertigo, it is a sign that he will be
obnoxious to other accesses of the apoplexy".
Tromboembolismo cerebral é um sério problema de saúde pública em
todos países que têm população numerosa envelhecida, 4-17.
Nos Estados Unidos da América estimam em 730.000 novos17 casos de
acidente vascular cerebral por ano e tendo despesas diretas e indiretas de 30
bilhões de dólares. Aproximadamente uma em cada cinco pessoas com acidente
vascular cerebral irá morrer nos próximos 30 dias. Metade dos sobreviventes irá
precisar de cuidados especiais, o que acarretará um grande problema sócio-
econômico para a família e ao país. O acidente vascular cerebral isquêmico de
origem carotídea é estimado em 20% de todos acidentes os vasculares
cerebrais, 2,4-17.
Ferris et al (1998) relataram que o acidente vascular cerebral é a terceira
causa de morte no Reino Unido, sendo responsável por 12% de todos os óbitos.
Dos doentes que tiveram acidente vascular isquêmico 80% tinham estenose de
carótida e, destes, 20% tinham estenose entre 70 e 99%. O acidente vascular
cerebral consome quatro por cento do produto interno daquele país em
tratamento e cuidados especiais dos doentes,18.
Mackey, Côté, Battista (1994) constataram que no Canadá o acidente
vascular cerebral é responsável por 7% de todos óbitos e com gastos anuais de
1,5 bilhões de dolares, 19.
Inicialmente, o acidente vascular cerebral era relacionado à doença
vascular intracerebral, porém, Savory(1856), Gowers (1875), e Hunt (1914),
chamaram a atenção para a importância das doenças vasculares extracranianas
na isquemia cerebral 20-30.
As primeiras operações de carótida foram realizadas através de ligadura
para controlar a hemorragia devida a trauma 31-35.
Móniz (1927,1937) foi o primeiro a descrever a arteriografia de carótida, o
que permitiu fazer o diagnóstico das lesões vasculares extracranianas e
intracranianas, 36,37. Fig 1

Figura 1 - Oclusão da carótida interna direita devido ao ferimento por arma de fogo, tentativa de suicídio (
segundo Moniz 1937).

A primeira reconstrução da artéria carótida por lesão aterosclerótica


estenosante foi realizada por Carrea, Mollins, Murphy (1951) na Argentina, e a
primeira endarterectomia bem sucedida foi realizada por Debakey (1953), 38-
48.
Porém, foram Eastcott, Pickering, Rob (1954) quem divulgaram a
operação de carótida como um método de prevenção de acidente vascular
cerebral, 49.
Endarterectomia é a melhor evidência terapêutica para doentes
sintomáticos e assintomáticos com estenose de carótida maior que 70%, 15.
Esta operação está sendo realizada com aumento progressivo de 15.000 em
1971 para 107.000 casos em 1985. Estima-se que atualmente são realizadas de
110.000 a 120.000 endarterectomias de carótida por ano nos Estados Unidos da
América para prevenir o acidente vascular cerebral, 11,12,15-19,49-55.

2
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CIRCULAÇÃO CEREBRAL

O cérebro e o cerebelo são irrigados por uma importante anastomose poligonal


(polígono de Willis) ao nível da base do crânio entre quatro artérias: duas
carótidas internas e duas vertebrais. Normalmente as artérias vertebrais são
originadas das artérias subclávias, enquanto as carótidas internas são ramos
das artérias carótidas comuns. A artéria carótidas comum à direita é ramo do
tronco arterial braquiocefálico e à esquerda do arco aórtico. Variações
anatômicas arteriais são encontradas tanto no extra como no intracraniano,
exemplos: a artéria carótida comum esquerda originando do tronco arterial
braquiocefálico; ausência da artéria comunicante anterior etc 8,51,55,56.
Os troncos arteriais tirocervical e costocervical ramos da artéria subclávia
são importantes vias de circulação colateral cerebral em caso de estenoses e
oclusões das artérias carótidas e vertebrais, 8,55.
As artérias intracranianas distais ao polígono de Willis têm irrigação
terminal, sendo que uma oclusão a este nível levará a lesão cerebral, por falta
de colaterais 8,15,55. Figuras 2,3.

Figura 3 - Cérebro e cerebelo


Figura 2 – Irrigação Cerebral e cerebelar

O cérebro corresponde apenas 2% do peso total do corpo, recebe 12 a 15


% do débito cardíaco, o que reflete a sua grande atividade metabólica. O fluxo
sangüíneo cerebral é, em média, de 50ml/100g/min, já o volume de sangue
cerebral é de 3 a 4 ml por 100 g de tecido cerebral. Lesão cerebral pode ocorrer
quando o fluxo for menor que 30 ml/100g/min. Ocorre perda da consciência
como resultado da isquemia cortical quando o fluxo cerebral diminui abaixo de
20 ml/100g/min. Mas, a atividade elétrica cerebral só cessa quando o fluxo
cerebral diminui abaixo de 15 ml/100g/min. Porém, a insuficência metabólica e
morte celular só ocorrem quando o fluxo cerebral aproxima de 6 ml/100g/min.
Nos indivíduos sadios o fluxo cerebral permanece constante para a pressão
arterial média entre 50 e 150 mmHg, em razão da alteração da resistência

3
vascular. A resistência vascular cerebral diminui com a diminuição da pressão e
aumenta com com a elevação da pressão até 150 mmHg, quando a pressão
arterial elava-se acima de 150 mmHg a resistência vascular cerebral diminui,
procurando compensar a elevação da pressão, daí o risco de ruptura de vasos e
acidente vascular hemorrágico. Porém, esta autoregulação é alterada em
algumas doenças como na hipertensão arterial, na aterosclerose e também nas
áreas isquêmicas cerebrais. O consumo de oxigênio pelo cérebro está
diretamente relacionado com a atividade metabólica cerebral. Variações do fluxo
cerebral dependem das variações da atividade metabólica cerebral. Os
anestésicos, exceção á ketamina, diminuem o consumo de oxigênio pelo
cérebro. Parece que os anestésicos intravenosos barbitúricos conferem
proteção cerebral durante os períodos de isquemia focal. A redução do
consumo de oxigênio cerebral, a normocarbia e a utilização a hipotermia
determinam proteção da função cerebral. Mas a hipotermia (proporcional ao
grau de queda da temperatura) reduz o consumo de oxigênio cerebral e também
o fluxo sanguíneo cerebral, 8,50,51,55,56. Fig 4,5

Figura 4- Variação do fluxo cerebral e do diâmetro das artérias intracerebrais em função da pressão arterial
média (segundo Chilon & Baumbach 1997).

Figura 5- Alterações do fluxo sangüíneo cerebral causadas por variações independentes na pressão de
CO2, pressão de O2 e na pressão arterial (modificado de Hannallah 1995)
Etiopatologia da Estenose de Carótida Extracraniana

4
A aterosclerose é a causa mais freqüente de estenose e trombose da
artéria carótida. Figura 6. Porém, podemos mencionar a arterite, trauma,
displasia fibromuscular, dissecção, homocisteína, como outras causas,
8,15,39,52,58-71.
A bifurcação carotídea é mais propensa à formação de placa de ateroma,
pois é uma área de separação do fluxo sangüíneo com estresse de cisalhamento
oscilante de alta e baixa amplitudes. Os estudos sobre a formação da placa de
ateroma nas bifurcações carotídeas e aórtica humanas demonstram que as
placas da íntima formam-se nas áreas de estresse de cisalhamento baixa
amplitude. A bifurcação carotídea é acometida em 40% de todas as lesões
estenosantes da artéria carótida, 13, 51, 56.

Figura 6 – Placa de ateroma retirada das carótidas comum, interna e externa por eversão.

Definição de isquemia cerebral é a diminuição do fluxo cerebral suficiente


para interferir com a função normal do cérebro. A isquemia leva a hipóxia,
porém, estes dois termos não são permutáveis. Hipóxia significa baixa
oxigenação sangüínea. Já a isquemia implica na diminuição ou ausência do fluxo
arterial (oxigênio, glicose e demais elementos do sangue) e a diminuição ou
ausência de remoção dos metabólitos (dióxido de carbono, ácido láctico etc)
8,15,51.
A isquemia cerebral pode ser global ou focal. A isquemia global é
usualmente produzida por abrupta e profunda redução da pressão arterial, tal
como ocorre no choque e na parada cardíaca, ou mesmo quando o doente tem
lesões significativas das carótidas e das vertebrais. O cérebro é o mais nobre
dos tecidos e a ausência de irrigação por poucos minutos poderá ter lesões
irreversíveis 8,58. Um exemplo de isquemia global irreversível é caso de morte
cerebral por parada abrupta da circulação cerebral devido ao trauma ou tumor
cerebral ou ainda hemorragia cerebral, como acontece no doador “cadáver” de
órgãos.
Isquemia focal é o que acontece na embolia, onde a artéria é ocluída e o
tecido cerebral cerebral correspondente não recebe fluxo sangüíneo e entra em
necrose. Podemos citar o ataque isquêmico transitório até acidente cerebral com
déficit permanente 8,58.

Quadro clínico de isquemia cerebral de origem carotídea

A doença carotídea pode ser devida à lesão estenótica ou oclusiva, sendo


sintomática ou assintomática, 4,5,33,35,71-73.

5
Os quatro mecanismos principais que produzem insuficiência
cerebrovascular nas artérias principais que irrigam o cérebro são (a) ulceração
produzindo microembolização; (b) redução do fluxo devido a múltiplas lesões
arteriais; (c) "síndrome de roubo" por onde é o sangue desviado do cérebro
através de vasos colaterais; e (d) embolia de locais distantes, principalmente do
coração, 6, 39,40,51.
Doentes assintomáticos são aqueles que têm lesões carotídeas
hemodinamicamente significantes e ou ulceradas e sem manifestação clínica
neurológica, 73,74. Foi encontrado por métodos não-invasivos que pouco mais
de um terço dos doentes com sopro no pescoço tem lesão significante na artéria
carótida. 8,69-80.
O ataque isquêmico transitório é definido como sendo déficit neurológico
(hemisférico, amaurose fugax, vestibulobasilar) com duração menor que 24
horas e completa recuperação clínica, embora tenha lesão anatômica. Na área
cerebral suprida pela carótida há normalmente discreta disfunção motora e
sensorial. Fraqueza motora facial e dos membros contralateral e perda sensorial
são clássicas (Cérebro: fraqueza ou dormência contralateral, afasia, alterações
comportamentais e cognitivas). Em 95 % da população o hemisfério dominante
é o esquerdo, ataque isquêmico transitório neste lado pode causar alteração
receptiva e expressiva afasia. No territótio vértebro–basilar pode causar ataxia
(desequlíbrio), tonteira, vertigem, disartria, diplopia, fraqueza ou dormência
unilateral ou bilateral, hemianopsia ou cegueira cortical, 2,8,10-12,78-80.
Isquemia cerebral progressiva, é a piora do quadro neurológico, após o
quadro de isquemia cerebral já instalado 8,11,12.
Acidente cerebral completo é quando o quadro neurológico tem pouca
alteração após a sua instalação, deixando o doente com seqüela detectada
clinicamente e pode ser classificado em: a-leve: sínais e sintomas neurológicos
residuais sem alterar a função; b-moderado: sínais e sintomas neurológicos
residuais com alteraração da função (membros superiores e inferiores, fala); c-
grave: sínais e sintomas neurológicos residuais com perda funcional sem
condições de sobrevivência independente 2,8,11,12.
A palpação do pulso carotídeo fornece pouca informação, pois só
conseguimos palpar a carótida comum com segurança. A palpação da artéria
temporal (continuação da artéria carótida externa) é importante, pois, esta artéria
tem relação com lesão na bifurcação e também nos casos de arterite temporal,
8, 59-61.
A palpação dos pulsos (inclusive a aorta) e mensuração da pressão
arterial dos membros superiores e inferiores são de extrema importância pela
alta associação entre lesão de artérias como aorta e seus ramos, artérias
períféricas com lesão carotídea e dessas com a doença coronariana, 8,59-61.
Ausculta do pescoço é indicada em todos doentes examinados,
especialmente se portadores de doença coronariana estenótica ou colusiva,
doença da aorta e seus grandes ramos, doença arterial periférica, etc). Se for
ouvido sopro, deve-se investigar com mapeamento dúplex, se encontrar
estenose de carótida com mais de 70%, o doente poderá ser investigado com
arteriografia digital [alguns serviços já indicam endarterectomia de carótida só

6
com o mapeamento dúplex], porém, a arteriografia ainda é o padrão ouro para
North American Symptomatic Carotid Endarterctomy Trial (NASCET)87,94-96,99,100
e European Carotid Surgery Trialist Collaboration Group (ECST)84,97,98.
Observação: apenas 60% das lesões carotídeas demonstradas pela arteriografia
apresentam sopros. Doentes com lesões menores que 50% ou maiores que
95%, e ou com oclusão não apresentam sopro, 6,11,12,53,58-100. A estenose
de carótida é responsável por 20% dos acidentes cerebrais isquêmicos
16,58,78-100.
Fundo de olho
Thomas, Eascott (1992) referiram que o fundo de olho é um exame
simples, não- invasivo e pode trazer informações importantíssimas da isquemia
retiniana e correlação com a estenose de carótida. Ocasionalmente durante a
amaurose fugax, podemos detectar a movimentação das plaquetas nas artérias
retinianas. O mais comum achado no fundo de olho de doentes com doença
vascular periférica e com placa de colesterol na bifurcação carotídea é infarto
retiniano dedido a embolia devido a: plaqueta-fibrina, colesterol (placa de
Hollenhorst), e calcificação. Mas origem a origem deste material na retina pode
ser da bifurcação carotídea ou de ulcerações mais proximais do arco aórtico ou
dos grandes vasos, ou ainda do coração. Isto representa um sinal de
arteriopatia. Na arterite de células gigantes (arterite temporal) pode demonstrar
alterações na retina por hipofluxo, que por muitas vezes já se apresenta com
cegueira antes do diagnóstico da doença de base. Os olhos, como o cérebro,
estão sujeitos a níveis críticos de perfusão, resultando em cegueira em alguns
doentes com oclusão arterial extracraniana por aterosclerose ou arterite.
Cegueira em associação com ausência de pulsos pulsos dos membros
superiores foi descrita por Takayasu em 1908, que encontrou no fundo de olho
neoformação capilar retiniana com fístulas arteriovenosas. Oclusão da artéria da
retina pode ser central ou somente de artéria secundária, sendo que a retina
pode ter lesão total ou parcial. Estas alterações da retina acontecem devidas a
atrofia da artéria e veia retinianas. Pressão intraocular pode ser reduzida pela
isquemia, ou aumentada por obstrução neovascular do humor aquoso no ângulo
da câmara anterior, causando glaucoma secundário. Drenagem pode ser
necessária se a cirurgia carótida está programada, pois a hiperemia da
revascularização poderia conduzir a cegueira. Assim, a operação pode ser
requerida no acompanhamento de problemas cerebrais. Esta forma de isquemia
oftálmica acontece em doentes com doença estenosante ou oclusiva bilateral,
por exemplo, nos casos da doença sem pulso como da arterite primária da aorta
(doença de Takayasu) 2,8,88.

Diagnóstico diferencial

Diagnóstico diferencial com isquemia cerebral de origem carotídea


extracraniana deve ser feito com: cefaléia, irritação meníngea, hemorragia
intracraniana, neoplasia (primitiva ou metástase cerebral), abscesso cerebral,
desmielinização, paresia de Todd (após convulsão parcial motora), conversão

7
histérica, encefalite, doença vértebro-basilar, acidente vascular cerebral não de
origem da carótida extracraniana, aneurisma de artéria intracraniana,
cardiopatia, embolia de origem cardíaca, da croça da aorta e paradoxal,
vasculite, trombofilia, angiodisplasias, crise hipertensiva arterial, trauma de
crânio, drogas que agem no sistema nervoso central, síndrome do anticorpo
anticardiolipina, homocisteinúria, hipoglicemia, hiperlipidemia, tumor do corpo
carotídeo etc 8,48,55,88-90.

Indicação de correção de estenose de carótida extracraniana

Todo procedimento médico deverá seguir rigorosamente a seguinte


tríade: benefício, risco e custo (Kekomäki 1998, Lepäntalo 1998, Myhre
1998)73,91-93.
A endarterectomia de carótida extracraniana sintomática com estenose
maior de 70% do diâmetro interno está bem estabelecida, tendo evidência clínica
que reduz em 17% o risco de acidente vascular cerebral em relação ao
tratamento clínico. Porém, a equipe cirúrgica não poderá ter mais de 5% de
complicações globais como acidente vascular cerebral e óbito (Moore et al.
1995, ECST 1991,1996,1998, , NASCET 1991, 1998a,b), 10-12,73,84,87,94-98.
A endarterectomia de carótida extracraniana com estenose entre 50 e
69% do diâmetro interno, só poderá ser indicada em doentes selecionados, pois
reduz pouco o risco de acidente vascular cerebral em relação ao tratamento
clínico, e somente onde as condições hospitalares e profissionais sejam
excepcionais. E mais, a equipe cirúrgica não poderá ter mais de 2% de
complicações globais como acidente vascular cerebral e óbito (NASCET
1998b),96.
A endarterectomia de carótida extracraniana com estenose menor que
50% do diâmetro interno, não traz nenhum benefício em relação ao tratamento
clínico (Moore et al 1995, ECST 1996, NASCET 1998b), 10-12,73,94-98.
Embora já exista indício de benefício da endarterectomia de carótida
extracraniana para doente assintomático com estenose de 60%, como ainda tem
controvérsia, é prudente aguardar novos ensaios clínicos para melhor
julgamento (ACAS 1995, Moore 1995, Safa 1999). Também aqui as
complicações globais terão que ser menores que 3% (ACAS 1995, Moore 1995).
11,12,14,16,19,64,73,101-105,108.
O tratamento operatório das lesões estenóticas carotídeas não é indicado
em doentes que apresentam com demência devida a lesões cerebrais múltiplas,
evidência de hemorragia intracranial, ou lesão cerebral com avançada
incapacidade, na insuficiência cardíaca descompensada, infarto do miocárdio
recente, angina instável, neoplasia avançada, diabetes melito e hipertensão
descontroladas, e ainda diagnóstico duvidoso, 68,69,73,76-106.
O doente que apresentar ataque isquêmico transitório ou acidente
vascular cerebral com pouca incapacidade associados a estenose significante
da carótida deve ser hospitalizado imediatamente e realizar avaliação
neurológica, clínica médica geral criteriosa e especialmente da função
cardiopulmonar, lembrando da associação entre aterosclerose de carótida e da

8
artéria coronária. Heparina intravenosa é freqüentemente útil no doente com
ataque isquêmico transitório. Heparina é contra-indicada se o doente tem
hipertensão arterial maligna, fonte hemorrágica cerebral potencial ou uma úlcera
ativa do sistema digestório. Se o doente for hipertenso grave, deverá ser
controlado antes da operação de carótida. Doença pulmonar obstrutiva grave
pode ser uma contra-indicação para cirurgia, cuidados clínicos devem ser
instituídos no pré-operatório para melhorar a função pulmonar 73,75-80, 91-106.
Se o doente estiver anêmico e a operação for urgente, a anemia deve ser
corrigida através de transfusão sanguínea antes da indução da anestesia geral,
51.
Estudos randomizados norte-americanos e europeus (NASCET, VACS,
ECST), foram realizados para melhor avaliar as indicações de endarterectomia
de carótida. Estes estudos mostraram que a endarterectomia de carótida tem
benefício tanto para o homem quanto para a mulher em doentes sintomáticos
com lesão estenosante maior que 70% do diâmetro interno 10-12,72-100,105.
Atualmente está pesquisando a indicação de operação ou angioplastia com stent
nos doentes com estenose de carótida maior ou igual a 50%, 107,108.
Outro estudo norte-americano o "ACAS"101 provou que a endarterectomia
de carótida era a terapia de escolha para prevenir acidente vascular cerebral em
doentes assintomáticos que tinham aterosclerose de carótida com estenose
maior de 60% e que estavam em boas condições clínicas. Este estudo também
definiu que o resultado era cirurgião dependente, e que as complicações como
morte e acidente vascular cerebral devidas ao ato operatório não podem superar
2%, 14,12,54,64,73,101,102.
A endarterectomia de carótida bilateral em um único ato operatório
atualmente está sendo realizada com resultados comparáveis quando é
realizada em dois tempos, com indicação bem precisa. Muitos autores
recomendam um intervalo mínimo de quatro a cinco dias entre a operação de
um lado em relação ao outro pelo risco de edema cerebral, porém o doente será
exposto aos riscos inerentes dessa operação duas vezes. A pressão aumentada
em vasos intracerebrais em áreas previamente isquêmicas pode conduzir
sangria intracraniana. Atualmente vários autores estão realizando a
endarterectomia de carótida bilateral e revascularização do miocárdio em uma
única operação com resultados excelentes, sendo morte e acidente vascular
cerebral menores que 6%, 43,73,109-129.
A associação entre estenose de carótida maior que 70% e doença
coronariana com indicação com indicação de revascularização do miocárdio é de
8%, 129. A realização de endarterectomia de carótida (inclusive bilateral) e
revascularização do miocárdio no mesmo ato operatório estão indicadas entre
0,4 a 3,4%, com resultados excelentes (óbito e AVC menor que 6%), embora
haja discordância 8,12,63,73,116,121,127,130-140.
Oclusão de carótida de um lado e estenose significante do outro, a
operação deste último tem indicação e com bons resultados, 141-147.
Alguns doentes selecionados com oclusão completa da artéria carótida
interna que também tem estenose da carótida externa do mesmo lado, podem

9
se beneficiar da endarterectomia desta última, por ser uma via colateral externa
significante para a circulação intracranial 40-43,47,146,147. 2
A associação de estenose de carótida extracraniana com indicação de
endarterectomia e aneurisma arterial intracerebral tem que discutir com o
neurocirurgão a prioridade da primeira operação. Aneurismas de artérias
cerebrais são mais freqüentes nos doentes portadores: de rins policísticos
autossômico dominante, arterites, doença de Marfan, síndrome de Ehlers-Danlos
tipos I e IV, deficiênica da α1-antitripisina, doença de Fabri, alcaptonúria,
acondroplasia, síndrome de Cohen, síndrome de Kahn, neurofibromatosis,
síndrome de Noonan, doença de Osler-Rendu-Weber, osteogênese imperfeita
tipo I, doença de Pompe, pseudoxantoma elasticum, síndrome de Rambaud,
esclerose tuberosa, síndrome de Wermer, síndrome 3M, aldosteronismo primário
(GRA) regulado pelo hormônio corticotrófico(ACTH) etc, 148-166.
Aneurisma de carótida extracraniana tem indicação de correção
operatória devido aos riscos de: embolia, trombose e ruptura 9,32,33,42,43,45,
52,63,167.
As lesões estenosantes significantes escalonadas (tandem lesions) na
carótida interna tem indicações de tratamento (operação ou angioplastia) com
resultados satisfatórios, embora haja controvérsia, 41,168-187.
A dissecação aguda de carótida existe controvérsia qual o melhor
tratamento, mas nos casos assintomática parece que o tratamento clínico é a
melhor opção, 5,12,187-195.
Tortuosidades de carótida (Elongation, coiling, kinking, looping), embora
haja muita controvérsia, mas prevalece que o tratamento operatório deve ser
indicado quando o doente for sintomático, 43,195-224.

Angioplastia de carótida via endovascular

A angioplastia de carótida com ou sem suporte interno (stent) tem sido


utilizada por neuroradiologistas, radiologistas, cardiologistas, cirurgiões
vasculares, porém ainda não tem suporte científico para sua utilização de rotina .
Este é um procedimento inovador e pode levar risco significante de acidente
vascular cerebral. Por outro lado, se o procedimento será acreditado, deve ser
estudado adequadamente através de estudos randomizados, multicêntricos para
obter ou não credibilidade na correção de estenose de carótida no pescoço.
Atualmente, pode ser utilizado com cautela no doente sintomático e que tem um
risco cirúrgico muito alto devido a outras doenças. Também poderia ser indicada
nos casos lesão alta de carótida interna ou em pescoço de difícil acesso
cirúrgico, exemplo pescoço com cicatrizes e retrações por queimadura, pós-
esvaziamento cervical e radioterapia. Recentemente foi publicado um consenso
americano-europeu (Veith et al 2001)229 ratificando que a angioplastia por via
endovascular de corótida mesmo com proteção cerebral e stent ainda não tem
sustenção científica para sua indicação de rotina, sendo necessário aguardar os
resultados dos estudos randomizados em andamento 16,66,73,225-255. Vários
ensaios clínicos independentes e ou com conflito de interesse (maioria) {Archer
(Guidant), Beach (Boston Scientific), Cabernet (Boston Scientific, EndoTex),

10
Caress (ISI), Crest (Guidant, NIH, NINDS), ICSS (Cavatas-2, UK stroke
association), Maveric (Medtronic), Sapphire (Cordis), Security (Abbott), Shelter
(Boston Scientific), Space (German government, Boston Scientific, Guidant)}
estão pesquisando em doentes de alto (maioria) e baixo risco para operação
aberta (endarterectomia) versus angioplastia endovascular com stent e proteção
cerebral contra embolia (Ouriel K, Yadav JS 2003)251. Após a publicação desses
ensaios a sociedade médica deverá pronunciar quando deverá ser utilizada a
angioplastia endovascular com stent e a endaterectomia de carótida. Até o
momento a operação aberta (endarterectomia) de carótida continua sendo a
escolha padrão 66,107,108,225-256. Lembre-se que a somatória de mortalidade
e acidente vascular cerebral nos primeiros trinta dias está entre 0,9 a 4% (média
2,11%), e a re-estenose tardia maior que 50% está entre 0,1 a 14% (média
3,8%) para os trabalhos publicados com mais de 500 endarterectomias de
carótida,252,253,255.

Avaliação pré-operatória

Exames indicados no pré-operatório de endarterectomia de carótida


extracraniana: mapeamento dúplex das artérias carótidas e vertebrais, fundo de
olho, tomografia computadorizada de crânio; arteriografia digital do arco aórtico,
dos vasos supra-aórticos, vasos intracranianos (artérias e veias) em várias
posições para ter uma orientação tridimensional dos vasos (SBACV 1998, ECST
1996,1998, NASCET 1991,1998) 87,95-100,257-270.

Fatores de risco para a endatrectomia de carótida

A idade não parece ser fator limitante para indicação de endarterectomia,


desde que o doente esteja em boas condições clínicas e com sobrevida
esperada maior que o risco da operação, 87,95-100,252,253,257-270.
Além da doença vascular cerebral, os doentes que vão ser submetidos a
endarterectomia carotídea extracraniana costumam ter outras doenças
associadas que devem ser minuciosamente avaliadas antes da operação. Em
dois estudos com um total de 1,546 doentes submetidos a endarterectomia da
carótida extracraniana 50% a 56% tinham antecedentes de hipertensão, 41% a
49% tinham coronariopatia, 13% a 18% apresentaram diabetes melito e entre
42% e 61% relataram uma história de tabagismo (Ennix et al. 1979 e Riles et
al1979), 271-274.
A coronariopatia é a principal causa de morbidade e mortalidade depois
da endarterectomia de carótida extracraniana (Ennix et al 1979, Riles et al.1979,
Prough 1984), 271-275. Os riscos de infarto do miocárdio depois da
endarterectomia da carótida extracraniana e de infarto cerebral durante e após a
revascularização miocárdica estimularam a indicação operatória combinada
(estagiada ou simultânea) 276-281. A associação de endarterectomia de
carótida sintomática com estenose maior que 70% ou assintomática com lesões
críticas e revascularização do miocárdio simultaneamente tem indicações
específicas e apresentam resultados comparáveis quando se pratica operações

11
em dois estágios e com menor custo, 8,11,12,63,73,83,86,94,116,121,126,
127,129-140,280-286. Para Safa et al. (1999), a revascularização isolada do
miocárdio é segura em presença de estenose da carótida assintomática
significante, 103.
Os doentes hipertensos submetidos a endarterectomia da carótida
extracraniana têm maior risco de desenvolver hipertensão arterial sistêmica pós-
operatória, que se associa a maior morbidade neurológica e mortalidade
287,288. Portanto, tais doentes devem ter a pressão arterial sistêmica
estabilizada no pré-operatório e continuar com suas medicações anti-
hipertensivas até a manhã da cirurgia, voltando a elas tão logo possível no pós-
operatório. Todavia, não é aconselhável reduzir rapidamente a elevação crônica
da pressão arterial sistêmica antes da cirurgia, pelo risco de hipotensão e
complicações cerebrais e cardíacas. A mensuração da pressão arterial sistêmica
pré-operatória diariamente ajuda a determinar a faixa de valores que o doente é
capaz de tolerar durante a operação. A pressão arterial sistêmica deve ser
medida em ambos os braços, já que os doentes com doença vascular periférica
têm uma alta incidência de discrepância da pressão arterial entre os braços
direito e esquerdo 289-293.
Existem evidências sugerindo que a hiperglicemia aumenta a gravidade
da lesão neurológica causada pela isquemia cerebral 294-311. Assim, é
prudente controlar rigorosamente a glicemia dos doentes diabéticos e evitar a
prescrição de solução glicosada durante a endarterectomia da carótida
extracraniana 293.
Ainda deve-se recomendar a interrupção do tabagismo pelo maior tempo
possível antes da cirurgia (durante este período o doente está exposto ao maior
risco de AVC). A interrupção do tabagismo pelo menos oito semanas diminui as
complicações respiratórias após a revascularização do miocárdio, 312. Os
doentes com doença pulmonar obstrutiva crônica também podem beneficiar-se
da fisioterapia e do uso de broncodilatadores, 313.
Recomendava-se um intervalo de seis semanas antes endarterectomia
da carótida extracraniana depois de um acidente vascular cerebral, para evitar o
desenvolvimento de um infarto hemorrágico que, com freqüência, é uma
complicação fatal, 78,314,315. Contudo, em estudos mais recentes concluíram
que é possível fazer a endarterectomia da carótida extracraniana depois de um
acidente vascular cerebral agudo sem risco maior, desde que a recuperação
neurológica seja segura 128-130,315-324.
Tanto NASCET (1991) quanto ECST (1991) orientam a realização de
rotina de arteriografia convencional pré-operatória para estimar o grau da
estenose arterial, mas esta angiografia tem risco estimado de 0,4% a 1,0% de
acidente vascular cerebral. Espera-se que os progressos nos métodos de
imagens não-invasivos, incluindo a angiografia por ressonância magnética,
possam eliminar a necessidade da angiografia convencional como um pré-
requisito para a endarterectomia da carótida extracraniana 11,95-111,184,319.
A arteriografia continua sendo o padrão ouro na decisão de endarterectomia
(ECST 1996, NASCET 1998, SBACV 1998), porém tem muitos serviços no

12
mundo indicam endarterectomia de carótida extracraniana só com ultra-som, 95-
111.
A seleção dos doentes sintomáticos e assintomáticos é realizada através do
ultra-som (mapeamento dúplex) e arteriografia. A arteriografia é o padrão-ouro
na decisão operatória ou para angioplastia ou tratamento clínico (ECST 1996,
NASCET 1999). O mapeamento dúplex (scan dúplex) é o método de escolha
para seleção inicial e seguimento dos doentes. Porém muitos serviços já estão
operando somente com mapeamento dúplex, porém, existe o risco de não
avaliar lesões nos vasos intratorácicos (tumores, aneurisma, angiodisplasias). A
arteriografia é indicada na emergência nos casos de trombose, embolia e
dissecação 11,12,95-111,169,177,180,256,316,324-347.
A tomografia cerebral é de extrema importância nos casos sintomáticos e
assintomáticos. Nos sintomáticos avalia se a lesão cerebral é estável ajudando
na decisão, quando indicar a endarterectomia. Avalia lesões tumorais malígnas e
benígnas, angidisplasias, hematomas, isquemia etc. Se diagnosticar lesão
intracraniana isquêmica nos doentes assintomáticos, os mesmos serão
considerados sintomáticos, 18,19,53,54,256,316,325-347.
Ressonância magnética é indicada nos casos de alergia ao contraste iodado,
e mais recentemente com melhor resolução é até possível substituir a
arteriografia digital,177,325-347 .

Anestesia para Cirurgia Carótida

Ainda não existe nenhuma justificativa científica demonstrando qual o tipo


de anestesia protege melhor o cérebro: loco-regional ou geral? A equipe
cirúrgica deverá optar por um tipo e adquirir experiência para que as
complicações globais (morte mais acidente vascular cerebral) não ultrapassem
6% para doentes sintomáticos e 3% para assintomáticos,38-49,64,81,84,87,94-
105,144,145,168,189,261,349-356.

Controle anestésico

O planejamento anestésico dos doentes que vão ser submetidos a


endarterectomia da carótida extracraniana deve visar dois objetivos principais. O
primeiro é manter a estabilidade hemodinâmica para otimizar a perfusão do
cérebro e do coração. O segundo é proporcionar uma recuperação rápida da
anestesia ao término da operação, para facilitar o exame da função neurológica
dos doentes 51,144,145,349-356.

Pré-medicação

Uma conversa tranqüilizadora com o doente durante a visita pré-


operatória pode ser muito útil para eliminar ou reduzir a necessidade de
sedativos. É preferível evitar a sedação intensa e o uso de drogas de ação
prolongada antes da endarterectomia da carótida extracraniana, já que elas
podem interferir na avaliação pós-operatória da função mental.

13
Operação

Endarterectomia clássica: o doente é posicionado em decúbito dorsal, sob


anestesia geral intra-traqueal (preferência do autor), é realizada rotação da
cabeça a 45° contralateral ao lado da operação. Realiza-se anti-sepsia do
pescoço e proteção com campos esterilizados. Uma incisão vertical é feita
paralela à margem anterior do músculo esternocleidomastóideo com abertura do
músculo platisma (a incisão pode ser transversa acompanhando as linhas de
força, pode melhorar a estética, porém, esta incisação não é recomendada para
lesão alta e para endaterectomia extensa). A artéria carótida comum é exposta
afastando lateralmente o músculo esternocleidomastóideo, com cuidado para
não lesar a veia jugular interna. As veias tributárias da veia jugular interna que
cruzam a artéria carótida comum e sua bifurcação são ligadas e divididas. O
nervo alça cervical do hipoglosso é afastado lateralmente e preservado-o
sempre que possível. As artérias carótidas comum, interna e externa são
dissecadas, e apresentadas com fita atraumáticas de silicone, tomando-se
cuidado para não provocar embolização. Todos os nervos da região devem ser
preservados como o hipoglosso, o glossofaríngeo, o vago, o ramo mandibular
marginal do nervo facial, o laríngeo externo, laríngeo recorrente, tronco
simpático e o nervo do corpo carotídeo. Este último deve ser anestesiado
localmente com lidocaína para prevenir alterações como hipotensão e
bradicardia. A heparina é utilizada sistêmica na dosagem de 2 mg/kg de peso
corpóreo três minutos antes do pinçamento carotídeo. A fita de silicone que
apresenta a artéria carótida interna pode ser utilizada para afastar cefalicamente
o nervo hipoglosso. A artéria carótida interna é pinçada primeiro, seguida pela
carótida comum e finalmente carótida externa, diminuindo o risco de
embolização para a carótida interna principalmente nos casos de trombos
recentes.
Embora muitos autores defendam o uso de desvio interno durante oclusão
carotídea de rotina, ou particularmente se a pressão distal na carótida interna
for menor que 50 mmHg, ou quando existe alteração no eletroencefalograma ou
no doppler transcraniano; como não existe evidência científica que justifique o
uso de desvio interno, optei por não utilizá-lo. Achamos que a proteção cerebral
é dada pelo menor tempo possível de pinçamento , pela anestesia geral e dose
heparina adequadas, e pela manutenção da pressão sangüínea arterial normal
ou moderadamente elevada de 15 a 20%.
Uma arteriotomia vertical é feita na artéria carótida comum com uma
lâmina número 11, estendendo-se na artéria carótida interna com tesoura de
Potts ou de Debakey. A dissecção da placa deve-se seguir o plano de clivagem
subintimal tomando-se cuidado para não lesar a camada média da artéria
carótida. A placa é removida através de dissecação sob visão direta iniciando na
carótida comum, depois na carótida externa e por último na interna. Se sobrar
alguma saliência principalmente na carótida interna deverá ser fixada com
pontos separados com fio monofilamentar não absorvível 6-0 ou 7-0. O
fechamento da carótida de mulher sempre e de homem com menos de 5

14
milímetros na carótida interna deverá ser realizada com remendo (veia,
pericárdio bovino ou dacronr) para prevenir estenose. O remendo deve ter uma
largura apropriada para restabelecer a circunferência normal da artéria (cuidado
para não alargar muito a carótida, pois pode provocar turbilhonamento e
provocar embolia). A anastomose é iniciada pelo ângulo distal da carótida
interna para a carótida comum. Antes do fechamento final sempre realizamos a
sangria controlada e isolada de cada carótida e aspiração cuidadosa para retirar
todos os detritos, e então terminamos o fechamento. A carótida externa é
liberada primeira, seguida da comum e após alguns segundos a interna, para
evitar embolização para as artérias cerebrais. 50% da dose da heparina
sistêmica utilizada é revertida com protamina intravenosa (cuidado protamina
pode causar hipotensão e arritmia). O fechamento da incisão é realizado por
planos após rigorosa hemostasia. Não é nossa rotina o uso de dreno, porém o
utilizamos sempre quando associamos a endarterectomia de carótida com
revascularização do miocárdio, 38-49,64,81,84,87,94-105,144,145,168,189,261,
349-356. Recomendamos que o doente seja acordado na sala de operação para
verificar se há comprometimento neurológico.

A endarterectomia por eversão

A endarterectomia por eversão da carótida interna (Everest trial) e ou da


comum, interna e externa (técnica de Etheredge,390) são empregadas
principalmente nos casos de dolicoartéria, são técnicas que dispensão o uso de
remendo e o risco de reestenose é baixo mesmo em mulheres. A técnica de
endarterectomia da interna com reimplante da mesma é uma variação de
Everest trial,357-390. Nós realizamos estas técnicas com freqüência.

Comprometimento do fluxo sangüíneo cerebral durante a


endarterectomia carotídea extracraniana.

Embora o objetivo da endarterectomia da carótida extracraniana seja


evitar o acidente vascular cerebral, o próprio procedimento pode acarretar
déficits neurológicos. Segundo Steed et al. (1982), as possíveis causas são:

A) Interrupção do fluxo sangüíneo na carótida. O pinçamento da


artéria carótida proximal e distalmente ao local da cirurgia é parte essencial do
procedimento e interrompe temporariamente o fluxo sangüíneo no vaso. Durante
este período, a perfusão do hemisfério cerebral homolateral costuma ser
mantida pelo fluxo sangüíneo proveniente da carótida contralateral e da artéria
vertebral através do polígono de Willis. Pode ocorrer isquemia do cérebro caso
este fluxo retrógrado seja inadequado. Pode-se instalar um desvio interno
(shunt) no local operado para manter o fluxo sangüíneo na carótida durante sua

15
oclusão; todavia, a utilização de um desvio interno pode associar-se a riscos tais
como embolização de resíduos ateromatosos, dissecção da íntima causando
oclusão aguda e limitação da exposição da placa e, portanto, da suficiência da
endarterectomia (Ferguson 1982).

B) Hipotensão sistêmica. O fluxo sangüíneo para regiões do cérebro


irrigadas por vasos ateroscleróticos e estenosados pode estar dependente da
pressão e, por isso, a perfusão desses locais pode ficar seriamente
comprometida em decorrência da hipotensão sistêmica prolongada.

C) Síndrome de hiperperfusão. O fluxo sangüíneo para regiões do


cérebro irrigadas por vasos estenosados poderia aumentar significativamente
depois da endarterectomia da carótida extracraniana, causando edema cerebral
e hemorragia. Doentes no pré-operatório com estenose crítica de carótida têm
freqüentemente má autorregulação vascular cerebral. Retorno ao fluxo normal
nestes doentes é normalmente associado com hiperfluxo no hemisfério cerebral
durante vários dias até a autoregulação ser restabelecida. Neste tipo de doentes,
particularmente os que tiveram uma apresentação neurológica instável,
hemorragia intracerebral pode acontecer no hemisfério de hiperfluxo. É
obrigatório o controle cuidadoso da pressão sangüínea a níveis normais. Esta é
a melhor profilaxia da síndrome do hiperluxo cerebral, pelo risco de óbito por
sangramento intracerebral (Wylie et al. 1964, NINCDS 1995, Papanicolaou et
al. 1996, Rockman et al. 1996, Hertzer et al. 1997, Robertson 1997).

D) Endarterectomia carotídea e a disfunção dos barorreceptores.


O local mais comum de estreitamento ateromatoso da artéria carótida é na sua
bifurcação especialmente na interna e na externa, junto do seio carótido, que
contém barorreceptores reguladores da pressão arterial sistêmica. As disfunções
dos barorreceptores são, com freqüência, responsáveis pelas variações da
pressão arterial sistêmica que ocorrem depois da endarterectomia de carótida
extracraniana, embora sejam transitórias no pós-operatório. Normalmente, a
hipertensão arterial sistêmica estira os receptores, que enviam impulsos ao
centro vasomotor no bulbo através do nervo do seio carótido, em resposta o
tônus vagal aumenta causando vasodilatação e bradicardia. A estimulação do
seio carótido durante a endarterectomia da carótida extracraniana pode levar a
hipotensão e bradicardia. A estimulação pode ser decorrente da manipulação
cirúrgica ou do fato de barorreceptores interpretarem o aumento fluxo sangüíneo
subseqüente à endarterectomia como hipertensão sistêmica. Por outro lado, a
lesão do nervo do seio carótido durante o procedimento pode interromper os
impulsos provenientes dos barorreceptores, isso que poderia ser interpretado
pelo cérebro como hipotensão sistêmica e causar estimulação simpática,
hipertensão e taquicardia, principalmente no caso de lesão nervosa bilateral
(Wade, Larson, Rickey 1968, Bove et al. 1979, Cafferta, Merchant, De Palma
1982, Artru, Merriman 1989). Pode-se diminuir a incidência de hipertensão no
pós-operatório preservando-se o feixe nervoso intercarotídeo que inerva os
barorreceptores (Cafferta et al 1982). Algumas vezes, a hipotensão intra-

16
operatória pode ser controlada com a infiltração de anestésico local nos nervos
do seio carótido durante a operação (Elliott et al. 1986). Todavia, esta técnica
não pode ser recomenda como profilática, por causa da grande incidência de
hipertensão que acompanha seu uso rotineiro. Como alternativa, coloca-se um
cateter na região da bifurcação carotídea para o bloqueio pós-operatório dos
nervos do seio carótido seja realizado em caso de hipotensão (Cafferta et al
1982). NASCET (1998a) não encontrou relação entre a endarterectomia de
carótida e alteração de pressão arterial sistêmica no pós-operatório tardio.

Monitorização intra-operatória

A monitorização rotineira dos doentes submetidos a endarterectomia da


carótida extracraniana deve incluir a eletrocardiografia contínua das derivações II
e V5, a oximetria de pulso e da temperatura. O uso de um analisador do CO2
expirado e, no caso, de emprego de miorrelaxantes, de um estimulador do nervo
periférico são importantes na anestesia geral. A instalação de um cateter intra-
arterial é essencial, visto que ele permite a monitorização contínua da pressão
arterial sistêmica desde o início da anestesia até o período pós-operatório. De
maneira geral, a monitorização da pressão venosa central durante a
endarterectomia da carótida extracraniana não é essencial, porque o potencial
desequilíbrio hídrico durante o procedimento é pequeno e a hemorragia intra-
operatória quando presente é evidente e fácil de calcular. Contudo, o cateter de
pressão venosa central é útil para a administração de drogas vasoativas. A
instalação de um cateter longo de pressão venosa central na fossa antecubital
associa-se a um tempo de fornecimento da droga um pouco prolongado, quando
comparado ao cateter curto de pressão venosa central introduzido no pescoço.
No entanto, o cateter no braço evita os riscos da canalização de veias do
pescoço, incluindo a punção acidental de artérias e formação de hematoma
cervical, que poderiam comprometer o fluxo sangüíneo da carótida. Em raros
casos, os doentes com disfunção miocárdica significativa exigem a instalação de
um cateter na artéria pulmonar para monitorizar e ajudar a otimizar os
parâmetros hemodinâmicos e orientar a escolha das drogas vasoativas. Em
mãos experientes, a ecocardiografia transesofágica pode ser útil nesse grupo de
doentes durante a anestesia geral (Chiappa et al 1979, Nehls 1987, Benjamin et
al. 1993, Fetter et al 1995, Hannallah 1995, Nehler et al. 1996, Cao 1997).

Monitorização da Perfusão Cerebral

Segundo Hannallah (1995), a monitorização da perfusão cerebral durante


a endarterectomia da artéria carótida extracraniana varia muito entre diferentes
centros, em decorrência da falta de evidências conclusivas demonstrando que
uma variabilidade de conduta. A perfusão cerebral não é monitorizada durante a
endarterectomia da artéria carótida extracraniana em outros centros. Ferguson
(1982) afirmou que não são necessários a monitorização intra-operatória nem o
desvio interno para evitar o acidente vascular cerebral intra-operatório na
endarterectomia da artéria carótida extracraniana. Baseia tal recomendação no

17
fato de que a causa habitual do acidente vascular cerebral é um êmbolo, na falta
de confiabilidade das diferentes técnicas de monitorização e nos riscos
associados ao uso de desvio interno. Ele também afirma que a anestesia geral
realizada por anestesiologista experiente, junto com tempos de oclusão
relativamente curtos, bastam para impedir uma lesão celular irreversível durante
os períodos de redução do fluxo sangüíneo cerebral no momento da oclusão da
carótida, conforme mostrado pelos bons resultados descritos por autores que
evitam o uso de desvio interno. Thompson & Talkington (1976), Prough et al.
(1984), Thompson (1997) também afirmam que a monitorização intra-operatória
da perfusão cerebral durante a endarterectomia da artéria carótida extracraniana
é desnecessária, mas recomendam o uso rotineiro de desvio interno durante o
pinçamento da carótida. Estes baseiam suas recomendações no fato de o desvio
interno proporcionar o fluxo constante na artéria carótida interna durante a
operação, permitindo uma cirurgia tranqüila nos casos de lesões complicadas e
possibilitar o ensino aos residentes de cirurgia.
Para Hannallah (1995), todavia, a maioria dos centros que utiliza algum
meio de monitorizar a perfusão cerebral durante a endarterectomia da artéria
carótida extracraniana, emprega seletivamente o desvio interno durante a
oclusão da carótida, caso surjam sinais de perfusão inadequada. Segue-se um
resumo das diferentes técnicas de monitorização usadas hoje em dia:
A) Avaliação da função neurológica no doente acordado. A
realização da endarterectomia da artéria carótida extracraniana com anestesia
local ou regional permite a avaliação da função neurológica no doente acordado.
Pinça-se a artéria carótida durante um período teste de geralmente dois a três
minutos, qualquer alteração da consciência ou redução na força da pegada
contralateral é considerada indicação para a instalação de um desvio (shunt).
Esta técnica é descrita por seus defensores como sensível, simples e barata
(Zuccarello, Yeh, Tew, 1988).

B) Monitorização Eletrencefalográfica. Para Hannallah (1995), o


eletroencefalograma é largamente empregado para monitorizar a perfusão
cerebral durante a endarterectomia da artéria carótida extracraniana. O
enfraquecimento da voltagem ou a lentidão mantida no eletroencefalograma
após o pinçamento da carótida são considerados indicações para a instalação
de um desvio (Chiappa, Burke, Young, 1979). Os defensores da monitorização
eletroencefalográfica sugerem que ela é um indicador extremamente sensível da
isquemia peri-operatória. Sundt et al. (1987) afirmaram que jamais despertaram
um doente da anestesia com um novo déficit que não houvesse sido previsto
pelo eletroencefalograma.
Todavia, outros têm questionado a sensibilidade da monitorização por
eletroencefalograma na detecção da isquemia cerebral intra-operatória (Rob
1969, Green et al. 1985, Kresowik et al. 1991). Pruitt (1983) demonstrou as
limitações da monitorização eletrencefalográfica em 1.009 endarterectomias da
artéria carótida extracraniana, em que se utilizou bloqueio cervical e
monitorização eletroencefalograma. O eletroencefalograma continuou normal,

18
porém, o estado clinico mostrou isquemia cerebral óbvia em 39 doentes,
explicada pelo fato de o eletroencefalograma ter mostrado alterações
principalmente superficiais; assim, não se poderia esperar que ele revelasse a
isquemia nas regiões mais profundas do cérebro. O eletroencefalograma
mostrou isquemia em 52 doentes, mas, o estado clinico deles não se alterou, o
que pode ter relação com o fato de que o limiar de insuficiência celular elétrica
ser inferior ao da insuficiência metabólica. O eletroencefalograma
computadorizado, composto de monitor da função cerebral e o conjunto
espectral comprimido, tem um sinal mais fácil de interpretar do que o do
eletroencefalograma simples, porém, requer um técnico para monitorizá-lo
continuamente durante a cirurgia (Rampil et al., 1983). Rockman et al. (1996)
relataram que o eletroencefalograma tem 20% a 25 % de falso positivo e
negativo. Fig 4
C) Medida da Pressão no Coto. A pressão no coto cranial é a pressão
da carótida interna quando as artérias carótidas comum e externa estão
pinçadas. Reflete a pressão retrógrada do fluxo colateral proveniente do
polígono de Willis. A pressão de coto mínima aceitável descrita, dita como
indicação de um fluxo sangüíneo colateral adequado para o hemisfério cerebral
homolateral durante a oclusão da carótida, varia de 25 a 70 mm Hg
(Archie,1991). A técnica é bastante simples, mas sua exatidão em termos de
determinar a suficiência do fluxo sangüíneo colateral foi questionada (MacKay
1976, Connolly et al. 1977, Erwin 1980, Rosenthal 1981). Isto poderia ser
explicado pelo fato de que a pressão nem sempre se correlaciona com o fluxo.
Além disso, a pressão do coto reflete o fluxo sangüíneo médio para todo o
hemisfério cerebral e, por isso, talvez seja incapaz de detectar focos de perfusão
comprometida (Hannallah 1995).

19
Figura 4- Limiar de isquemia cerebral depende do tempo de isquemia, da circulação
colateral, da temperatura etc. Área escura corresponde à penumbra.
(modificado de Hachinski 1984).

Outras técnicas que foram usadas no passado ou estão sendo avaliadas


atualmente para monitorizar a perfusão cerebral durante a endarterectomia da
artéria carótida extracraniana são a medida da saturação de oxigênio no sangue
venoso jugular, a medida de eliminação do xenônio do fluxo sangüíneo cerebral,
a ultra-sonografia Doppler transcraniana e o potencial somatossensorial evocado
(Spencer 1992, Kearse 1992, Kuntsevich et al. 1995, Giannonni et al. 1996, Cao
et al. 1997, Gossett 1997, Lennard 1997, Jordan et al. 1999a,b, Lennard et al.
1999).

Desvio interno (shunt)

Desvio interno (shunt) ainda não tem consenso para uso rotineiro e muitos
autores nunca o usam Cooley 1956, Thompson & Austin 1962, Akin 1975,
Cooley & Wukasch 1979, Winslow et al 1988, Benjamin et al. 1993, Sbarigia et
al. 1993, Fetter et al. 1995, Souza et al. 1995, Frawley et al. 1966, Griewing,
Doherty, Kessler 1996, Cao et al. 1997, Frawley et al. 1997, Pistolese et al.
1993,1997, Salvian et al. 1997, Thompson 1997, Counsell 1999). Os riscos do
uso do desvio interno (shunt) são: embolia de ateroma e ar, lesão da íntima
distalmente e ainda a necessidade de incisão mais longa (Moore, 1977).
Imparato at al. (1982) relataram que por muitos anos utilizaram anestesia
regional e desvio interno seletivo. O desvio interno foi utilizado nos doentes

20
acordados que apresentavam sinais de isquemia cerebral no teste de
pinçamento (por exemplo, perda de consciência, afasia, fraqueza de
extremidade, contusão, ou reduzindo a velocidade atividade mental), enquanto
nos doentes sob anestesia geral foi sempre usado o desvio interno. Observando
o estado neurológico do doente acordado, puderam determinar o início do
evento isquêmico temporário e permanente. Estes autores relataram suas
experiências em dez doentes que apresentaram acidente vascular cerebral
relacionados a isquemia durante o endarterectomia, sendo que cinco casos
foram relacionados a dificuldade com colocação do desvio interno. Eles
aprenderam destes casos e de outros, que podem surgir dificuldades com a
colocação do desvio, como dissecação da parede arterial, dificuldade na
introdução do desvio devida a placa de ateroma, e deslocamento intraarterial do
desvio interno. Um doente desenvolveu hipotensão enquanto o desvio interno
era colocado. O evento isquêmico foi devido a inadequada perfusão cerebral
durante hipotensão. Outro doente tolerou a endarterectomia sem o desvio, após
bradicardia desenvolveu isquemia cerebral. Isto pareceu que o cérebro estava
bem perfundido pelo fluxo colateral contanto que houvesse um débito cardíaca
adequado. A bradicardia resultou em redução de fluxo sangüíneo cerebral e
isquemia cerebral subseqüente. Os outros três acidentes vasculares cerebrais
aconteceram no hemisfério contralateral com oclusão da artéria carótida interna.
Nestas circunstâncias a artéria operada é freqüentemente a principal artéria de
irrigação dos dois hemisférios cerebrais. Explicaram que às vezes é difícil de
monitorar isquemia particularmente no hemisfério contralateral se o doente já
teve acidente vascular cerebral desse lado. Tendo identificado isto como uma
situação de alto risco, eles normatizaram o uso rotineiro de desvio interno nos
doentes com oclusão de contralateral e também em qualquer doente com um
déficit neurológico pré-operatório ou infarto cerebral recente diagnosticado pela
tomografia computadorizada. Considerando que antes de 1985 só 21% dos
doentes com oclusão da carótida contralateral, sendo que mais recente esta
conduta é utilizada em 53%. Houve uma diminuição na taxa de acidente vascular
cerebral em doentes com oclusão de contralateral para 0,7%, quando
comparado com a taxa anterior que era de 6,7% (Adelman et al. 1995). Outro
fator importante na prevenção do infarto cerebral é uma técnica cirúrgica
meticulosa para a introdução do desvio intra-arterial. E ainda, após o desvio
interno estar colocado e funcionando corretamente, é importante que o débito
cardíaco seja normal para manutenção do fluxo cerebral adequado.
Hertzer et al. (1978), Perdue (1982) lembraram que é importante ter
cuidado na dissecação do bulbo carotídeo e também na passagem da fita de
apresentação da artéria para não desprender placa de ateroma e trombo, e
provocar embolização. Estes mecanismos foram identificados prontamente em
doentes acordados que demonstram mudanças no estado mental associadas
com o tempo e a seqüência da operação.
Frawley et al (1996) relataram numa série de 259 endarterectomias de
carótida extracraniana, sendo que o lado contralateral 56 vezes estava ocluído e
nos outros 203 tinham estenose mais 70%, e em nenhum caso utilizou desvio
interno, tendo 1,3% de complicação (óbito e acidente vascular cerebral).

21
Concluíram que o desvio interno é obsoleto, e que a proteção cerebral é dada
pela anestesia geral, uso de barbitúricos e a manutenção da homeostase.
Thompson (1997) explicou a proteção cerebral é dada pela anestesia
geral e pelo uso rotineiro de desvio interno. Embora reconheça que para a
maioria dos seus casos não haveria necessidade do uso do desvio interno.

A pressão sangüínea do doente é controlada rigorosamente para evitar


episódios de hipotensão ou de hipertensão arterial sistêmica. O doente é
observado na unidade de terapia intensiva por período mínimo de 24 horas. Esta
observação em terapia intensiva deve incluir atenção meticulosa para o pescoço
pelo risco de formação de hematoma. A avaliação deve incluir: controle da
oxigenação, exames neurológicos periódicos e também exame geral (DeWeese
et al. 1968, Goldstone & Moore 1978, ACAS 1995, Darling et al. 1996a,b,
Frawley et al. 1996, Frawley et al.1997, Habozit et al. 1997, Robertson 1997,
Welch et al. 1997, ACAS 1998, Baptista-Silva 1998).

Complicações da operação da artéria carótida

A complicação grave durante a endarterectomia de carótida é a


embolização de placa aterosclerótica. Isto pode ser prevenido com dissecação
cuidadosa e dose adequada de heparina. Pós endarterectomia, a complicação
mais séria é trombose carotídea. Se o doente acordar hemiparético ou com um
déficit neurológico significante, esta complicação é a causa mais provável. É
recomendado que o doente seja encaminhado imediatamente ao centro
cirúrgico, reabrir a ferida operatória realizar uma arteriografia para determinar se
a artéria ocluiu. Se a houve oclusão arterial, deve-se reabri-la e realizar sangria
retrógrada da carótida interna para remoção dos trombos. Antes de restabelecer
fluxo na carótida interna, é recomendado que uma outra arteriografia seja
realizada, e se encontrar trombos distais na carótida interna e ou artérias
cerebrais, deve-se realizar terapia regional com trombolítico (estreptoquinase,
uroquinase, ativador tecidual do plasminogênio). Esta terapia requer trabalho
conjunto com neuroradiologista com experiência em terapia trombolítica cerebral
regional. Se terapia trombolítica for aplicada, o remendo só pode ser de veia
para evitar sangria. Cuidado especial com a hemostasia na ferida operatória
para evitar hematoma, que é a complicação mais freqüente .
Doentes no pré-operatório com estenose crítica de carótida têm
freqüentemente má autoregulação vascular cerebral. Retorno ao fluxo normal
nestes doentes é freqüentemente associado com hiperfluxo no hemisfério
cerebral durante vários dias até a autoregulação ser restabelecida. Neste tipo de
doentes, particularmente esses que tiveram uma apresentação neurológica
instável, hemorragia intracerebral pode acontecer no hemisfério de hiperfluxo. É
obrigatório o controle cuidadoso da pressão arterial sistêmica em níveis
normais. Esta é a melhor profilaxia na síndrome do hiperluxo cerebral, pelo risco
de óbito por sangria intracerebral.
Outras complicações pós-operatórias incluem dano para os nervos
hipoglosso, facial, vago, etc. Freqüentemente os nervos auricular magno e

22
cervical transverso são seccionados com a incisão de pele que conduzem a
entorpecimento da orelha até o ângulo da mandíbula. O dano de nervo auricular
magno normalmente pode ser evitado, considerando que a seção de nervo
cervical transverso é inevitável na incisão vertical habitual.
Re-estenose de carótida de algum grau acontece de 15 a 20% dos casos
operados mas é sintomática só em 2 a 3%,. Muitos cirurgiões realizam estudo
ultra-sonográfico no 30º dia de pós-operatório para investigar a perviedade e se
existe estenose da corótida endarterectomizada. É recomendável uma
avaliação ultra-sonográfica da carótida operada uma vez por por ano. Se a re-
estenose for maior que 70% ou sintomática, a re-operação pode ser necessária.
Ainda há dúvida quanto à indicação de operação para re-estenose
assintomática. Nesses casos raros que são sintomáticos, é obrigatória a
utilização de remendo para aumentar o diâmetro interno da carótida, pois
normalmente a re-estenose é devida a hiperplasia miointimal e não placa
aterosclerótica, normalmente não é possível realizar endarterectomia.
Re-estenose após endarterectomia descrita por Cossman et al (1978)
como sendo o resultado principalmente de proliferação de miointimal
exuberante. Porém, Cooley & Wukasch (1979) acreditam que a maioria dos
casos de re-estenose de endarterectomia de carótida é devido ao fechamento
primário e a contratura fibrosa subseqüente da parede arterial,. A técnica de
correção de re-estenose pós endarterectomia de carótida merece menção
especial, porque o tecido cicatricial dificulta dissecação e exposição distal da
artéria carótida interna. A artéria carótida interna não deve ser dissecada, depois
do pinçamento das artérias carótidas comum e externa, realiza-se a incisão
longitudinal em toda área de estenose e introduz-se um cateter de embolectomia
"Fogarty" na carótida interna para controlar a sangria retrógrada sem interferir
com o procedimento. O fechamento da carótida com re-estenose tem que ser
realizado com colocação de remendo. A re-operação para correção de estenose
reincidente tem um risco significativamente aumentado de acidente vascular
cerebral.

Complicações imediatas da endarterectomia de carótida


extracraniana

As operações para corrigir as lesões estenosantes da artéria carótida


extracraniana foram propostas para prevenir a isquemia cerebral e óbito, porém,
o ato operatório pode ter conseqüências desastrosas (Fisher 1951, Strully,
Hurwitt, Blankenberg 1953, Carrea, Mollins, Murphy 1955, DeBakey 1975).
As complicações imediatas da endarterectomia de carótida podem ser
divididas em: lesões cerebrais devidas a isquemia e hemorragia; óbito; lesões de
nervos, estenose e pseudoaneurisma da artéria carótida, infecção, hemorragia
da ferida operatória e outras.
Segundo Moore (1977), Thompson (1997), a endarterectomia de carótida
extracraniana traz benefício duradouro, protegendo o cérebro de acidente
vascular de 85 a 90% em 10 anos.

23
Segundo Segal et al. (1993), Anthony, Johansen 1994, Hertzer (1995),
Steiger (1995), a segurança da operação de carótida depende de vários fatores
como: seleção dos doentes, técnica cirúrgica, experiência e número de operação
realizadas pelo cirurgião e da estrutura hospitalar. Em 1989, um subcomitê de
Stroke Council of the American Heart Association recomendou que as
complicações como mortalidade e acidente vascular cerebral durante os 30
primeiros dias da endarterectomia da carótida extracraniana fossem menores
que: 3% para doentes assintomáticos, 5% para os com história de ataque
isquêmico transitório, 7% para os com acidente vascular cerebral prévio e 10%
para reoperação de reestenose de carótida. Os ensaios clínicos ECST (1991),
NASCET (1991), VA (1993) e ACAS (1995) mostraram uma incidência de morte
e acidente vascular cerebral de 7,5%, 5,8%, 4,3% e 1,5% respectivamente,
nos trinta primeiros dias após a endarterectomia de carótida. Em 1996,
SVS/ISCS-NA estimaram que a incidência de morte e acidente vascular
cerebral deveria ser menor que 3% para doentes assintomáticos e menor que
6% para sintomáticos. Em 1998b, NASCET esclareceu que para doentes
sintomáticos com estenose de carótida entre 50 e 69%, as complicações devem
ser menores que 2% para que o referido procedimento fosse justificado.
Segundo Jacobowitz & Riles (1997), a incidência do acidente vascular
cerebral peri-operatório tem diminuído com o aumento da experiência mundial.
Isto em parte tem acontecido devida a seleção criteriosa dos doentes para a
operação, melhora da técnica operatória e anestésica, e melhor treinamento do
cirurgião. Muitos centros têm relatado a incidência de acidente vascular cerebral
menor que 3%. Entretanto, as complicações estão diretamente relacionadas
com a técnica empregada, normalmente manifestadas como acidente vascular
cerebral em alguns casos, e raramente como oclusão assintomática da artéria
operada. Por muitos anos, os cirurgiões têm usado as taxas de acidente
vascular cerebral peri-operatório para justificar ou criticar técnicas particulares
(anestesia local versus geral, fechamento com remendo versus primário, uso de
desvio interno seletivo ou de rotina, monitorização intra-operatória com
eletroencefalograma versus pressão arterial de coto distal, Doppler
transcraniano etc.). Vários cirurgiões experientes usando uma variedade de
técnicas têm tido baixas taxas de complicações, demonstrando que não é só
uma técnica particular que vai eliminar o acidente vascular cerebral peri-
operatório. Após muitos anos de pesquisa em várias partes do mundo, o
acidente vascular cerebral continua sendo a principal causa de morbidade e
mortalidade da operação de carótida extracraniana (Anderson et al. 1999).
Riles et al. (1994) descreveram os mecanismos de acidente vascular
cerebral decorrentes da operação de carótida como:
I - Isquemia cerebral durante a operação devida: a) dificuldade na
colocação do desvio interno (shunt), b) hipotensão com o desvio interno dentro
da carótida, c) bradicardia, d- oclusão da carótida interna contralateral;
II - Trombose e embolia no pós-operatório.
III - Hemorragia intracraniana (aneurismas intracranianos, angiodisplasia,
tumores etc)

24
IV- Acidente vascular cerebral decorrente de: a) trombectomia da artéria
carótida interna (hemorragia, reperfusão; trombose; fístula carótido-seio
cavernoso); b) acidente vascular cerebral relacionado: à infecção da ferida com
hemorragia cervical; hemorragia na sutura; anóxia global devida a extubação
precoce, c) acidente vascular cerebral em outros territórios vasculares: occipital;
tronco cerebral; hemisfério contralateral; acidente vascular cerebral decorrentes
de outras fontes (ateroembolismo do arco aórtico; embolia cardíaca e angiografia
cerebral).
V - Embolia intraoperatória devida: a dissecção da carótida e ao
despinçamento da carótida.

Trombose e embolia pós-operatórias

Bandyk et al. (1988), Sandmann et al. (1993) referiram que usam o


mapeamento dúplex e arteriografia no intraoperatório para pesquisar erro
técnico. Quando encontraram fluxo anormal, na reexploração encontraram
alguns defeitos técnicos como: dissecção de placa e de íntima distal (flap), e
estrangulamento (stricture) do diâmetro interno.
Jacobowitz, Rilesl (1997) descreveram dois subgrupos importantes de
acidente vascular cerebral: a) trombose de carótida interna pós-operatória
imediata com embolização, b) embolização pós-operatório sem evidência de
oclusão arterial. Ambos os subgrupos são parte má técnica operatória durante a
endarterectomia da carótida. Muitos de seus doentes ainda estavam na sala de
recuperação quando ocorreu o acidente vascular cerebral. E que a maioria tinha
suportado o pinçamento da carótida sob anestesia local e provavelmente houve
embolização de trombos formados antes da oclusão. Durante a reexploração foi
encontrado defeito técnico no local de agregação plaquetária. Os defeitos
encontrados foram lesão arterial pela pinça, dobras em vasos redundantes,
saliência (ledge) distal, estenose no fechamento e área endarterectomizada
rugosa. Mas em muitos doentes não foi possível identificar a falha técnica na
reoperação.
Fode (1986) relatou que nos Estados Unidos da América um terço dos
cirurgiões usam derivação interna (shunt), um terço nunca usam, e um terço ás
vezes; Murie (1994) na Inglaterra 60% dos cirurgiões nunca usam shunt. Frawley
(1996 e 1997) nunca usa e acha obsoleto, Thompson (1997) usa sempre
embora esclareça que na maioria dos doentes não seria necessário. Nós não
usamos shunt devido risco de embolia (de ateroma, de coágulo e gasosa), de
lesão distal da carótida, e sobretudo porque não existe um método preditivo
seguro ( Doppler transcraniano, Eletrencelograma, pressão retrógada, anestesia
loco-regional etc...) de quando utilizá-lo, corforme a literatura ( Streichenberger
et al 1995, Frawley et al 1996, Imparato et al 1996, Frawley et al 1997,
Thompson 1997, Counsell et al 1999). Mas usamos heparina e a manutenção da
pressão arterial em níveis normais do doente, dissecação cuidadosa das
carótidas, no nosso entender são medidas mais seguras para prevenção de
acidente vascular cerebral no peri-operatório.

25
Norris, Krajewski, Bornstein (1990) descreveram a importância da
circulação colateral na isquemia cerebral e que o teste da reatividade do dióxido
de carbono cerebral junto com a compressão carotídea pode discriminar os
potenciais doentes que vão ter lesão cerebral durante o pinçamento da carótida.
Sundt et al (1975) lançaram empiricamente a idéia de predizer as complicações
da endarterectomia de carótida baseado em fatores de risco como estabilidade
neurológica, clínico e achados angiográficos. McCrory et al (1993) basearam-se
nos dados clínicos dos doentes para predizerem as complicações
endarterectomia de carótida. Nenhum destes modelos usou tomografia
computadorizada para verificar infarto cerebral. Moore, Yee, Hall (1973), Taylor
& Porter (1986), Troëng et al (1995) relataram que doentes portadores de
acidente vascular cerebral prévio estão com risco aumentado de complicações
pós-endarterectomia do que os que tem ataque isquêmico transitório ou
amaurose fugax. Entretanto, Kearse et al (1995) não conseguiram demonstrar
qualquer relação entre alterações da eletrencefalografia pré-operatória e o
padrão de isquemia cerebral pela monitorização eletrencefalograficamente
durante o pinçamento de carótida. Rothwell et al (1997) em revisão sistemática
não encontraram diferença entre os fatores de risco pré-operatórios como
acidente vascular cerebral e ataque isquêmico transitório no surgimento peri-
operatório de acidente vascular cerebral e óbito. Eles concluíram que a
dicotomia não é entre acidente vascular cerebral e ataque isquêmico transitório,
mas sim entre isquemia ocular e cerebral.
Colledge et al (1996), Rothell et al (1997), Blohmé et al (1998)
verificaram que o infarto cerebral diagnosticado pela tomografia
computadorizada é mais freqüente nos doentes que tem sintomas corticais do
que os que têm sintomas só de retina. Cao et al (1996) verificaram que os
doentes que tinham clínica de acidente vascular cerebral, na avaliação pela
tomografia computadorizada tem mais infarto cerebral do que os doentes que
tem clínica de ataque isquêmicos retinianos e corticais.
Blohmé et al (1999) encontraram um achado de isquemia cerebral na
tomografia é um importante sinal preditivo de maior risco de acidente vascular
cerebral após endarterectomia de carótida extracraniana. Nossos achados estão
de acordo com os de Cao et al 1999 que demonstraram correlação entre
isquemia cerebral no pre-operatório pela tomografia computadorizada e aumento
de acidente vascular e óbito no pós-operatório, o está conforme os achados de
Graber et al (1984). Porém, Aburahma et al (1996) não encontraram correlação
entre infarto cerebral prévio pela tomografia computadorizada e complicações
cerebrais no pós endarterectomia.
Blohmé et al (1999) é razoável acreditar que a presença de um infarto
cerebral prévio pela tomografia computadorizada deveria ser levada em conta
quando estratificar os pacientes em estudos ou quando comparando resultados
de diferentes centros após endarterectomia de carótida. A taxa de complicações
de 5,9%, incluindo acidente vascular cerebral e óbito está de acordo com
resultados de ECST 1991 e NASCET 1991, e com a revisão de Rothwell et al.
(1996). Os resultados dentro dos subgrupos de doentes é bastante diferente.
Uma taxa de complicação neurológica de 13.9% no grupo de doentes com

26
acidente vascular cerebral prévio com diagnóstico de infarto cerebral pela
tomografia computadorizada é preocupante, porém, ainda menor que o risco de
não operar. Muitas investigações mostraram o risco-benefício positivo que
favorece cirurgia nos doentes que tem lesão cerebral no pré-operatório. Mansour
et al (1995) informaram uma incidência anual de 8-11%. Hier et al (1991)
relataram um taxa cumulativa de 14.1% em dois anos. Sacco et al (1982)
encontraram um taxa de 44% para os homens e 24% para mulheres em 5 anos
com 17.9% que acontecem durante o primeiro ano. De acordo esta literatura,
ainda parece benéfico recomendar cirurgia até mesmo para doentes com
acidente vascular cerebral e presença de infarto na tomografia computadorizada.
Golledge et al (1995) referiram que uma taxa de complicação operatória de 0%
para o grupo de amaurose fugax é impressionante, mas o benefício da operação
é diminuído pelo fato que este grupo se não operado tem um prognóstico melhor
que os com clínica de lesão cortical como ataque isquêmico cerebral. Riles et al
(19940, Whitney et al (1997), Spencer (1997) relataram que a principal causa de
acidente vascular cerebral peri-operatória é a embolia.
Blohmé et al (1999) poderia especular em cima de que mecanismo é
responsável para o risco aumentado de acidente vascular cerebral peri-
operatório nos doentes com tomografia computadorizada no pré-preoperatório
com lesão cerebral. A vulnerabilidade da zona de penumbra ao redor de área
isquêmica sugere que hipoperfusão peri-operatória pudesse ser responsável
pelo infarto adicional. Outra explicação poderia ser que a circulação cerebral
regional prejudicada faz estes doentes mais suscetíveis para dano celular como
resultado de embolia. Em conclusão, sinais e sintomas pré-operatórios corticais
ou retinianos têm estatisticamente impacto significante na taxa de complicação
cirúrgica. A presença de uma área isquêmica avaliada pela tomografia
computadorizada aumenta o risco peri-operatório. Nós sugerimos o estudo dos
resultados da endarterectomia de carótida em subgrupos de doentes de acordo
com os fatores de risco.
Norris & Zhu (1990,1992) quanto maior for a estenose maior maior será o risco
de acidente vascular cerebral e infarto cerebral assintomático avaliado pela
tomografia computadorizada aumenta o risco de AVC.

Embolização tardia em evidência de trombose

Considerando que o mecanismo de acidente vascular cerebral por trombose


pós-operatória está bastante claro, mas a fisiopatologia exata deste subgrupo
permanece uma incógnita. A maioria dos acidentes vasculares cerebrais era
moderada e ipsilateral com a endarterectomia e geralmente aconteceu depois da
trombose completa da carótida. O acidente vascular cerebral pode acontecer
após algumas horas até dias após a endarterectomia da carótida. Neste caso
deve-se realizar de imediato a angiografia ou o mapeamento dúplex, que
mostram a trombose da artéria carótida interna e comum, mas só
ocasionalmente demonstram um defeito que pode ter sido a fonte dos êmbolos.
A tomografia computadorizada é importante principalmente para elucidar o
diagnóstico de hemorragia intracraniana. Nem sempre é possível revelar a causa

27
exata do acidente vascular cerebral. Uma explicação provável é que a fonte de
êmbolos é pequeno defeito técnico, nem sempre passível de visibilizá-lo pelo
mapeamento dúplex ou pela angiografia. Quando não for possível demonstrar a
fonte embolígena e se a artéria está pérvia, normalmente não é utilizada a
anticoagulação e o doente evolui bem.

Hemorragia intracraniana ou lesão de reperfusão

Sundt et al. (1981) relataram que a estenose crítica da carótida é um fator de


risco importantíssimo na hemorragia de intracraniana pós-endarterectomia. . A
ocorrência de hemorragia intracraniana é totalmente impossível de predizer, e
seu mecanismo de ação é não compreendido. É provável que a barreira hemato-
encefáfica cerebral pode ser alterada com aumento do fluxo sangüíneo cerebral
que acontece depois da endarterectomia da carótida.
Pomposelli et al. (1988) disseram outros fatores de risco como: hipertensão
grave no intra-operatório e pós-operatório, enquanto acidente vascular cerebral
prévio não pareceu de muita importância
Jacobowitz & Riles (1997) explicaram que a hemorragia intracraniana acontece
mais comumente do primeiro ao décimo dia de pós-operatório e normalmente
sem pródromos ou propatia. Embora a hipertensão arterial tenha relação com a
hemorragia intracraniana; porém, esta última não acontece na maioria dos
doentes com estenose crítica ou com hipertensão arterial grave no intra-
operatório e no pós-operatório. Na experiência dos autores a hemorragia
intracraniana acontece uma em 1000 operações.
Doentes no pré-operatório com estenose crítica de carótida têm freqüentemente
má auto-regulação vascular cerebral. Retorno ao fluxo normal nestes doentes é
normalmente associado com hiperfluxo no hemisfério cerebral durante vários
dias até a auto-regulação ser restabelecida. Nestes doentes, particularmente os
que tiveram uma apresentação neurológica instável, hemorragia intracerebral
pode acontecer no hemisfério de hiperfluxo. Então, é obrigatório o controle
cuidadoso da pressão sangüínea aos níveis normais. Esta é a profilaxia na
síndrome do hiperfluxo cerebral diminuindo o risco de óbito por sangramento
intra-craniano (Wylie et al. 1964, Schwartz et al 1992, NINCDS 1995,
Papanicolaou et al. 1996, Rockman et al. 1996, Hertzer et al. 1997, Robertson
1997).
Uma década depois do início da operação de carótida para prevenção de
acidente vascular cerebral, Breutman et al (1963) informaram 6 casos de
hemorragia cerebral que desenvolve depois de endarterectomia carótida. Wylie
et al (1964) informaram uma associação entre operação de carótida e
hemorragia de intracranial subseqüente, descrevendo quatro eventos
ipsilateralais e um contralateral devida sangria intracraniana. Até janeiro de 1999
conseguimos encontrar na literatura internacional 68 casos de hemorragia
intracraniana pós-endarterectomia de carótida. Porém, o número de casos na
literatura podia ser maior se todos fossem publicados. Segundo Jansen et al
(1994) e Mansour et al (1996) calcularam que o risco de hemorragia
intracraniana pós-operação de carótida para prevenir acidente vascular cerebral

28
é de 1%. Ouriel et al (1999) sendo a freqüência anual de endarterectomia
carótida nos Estados Unidos da América é de mais de 100.000 procedimentos
por ano só de beneficiários da "Medicare", esperaríamos 10 hemorragias
intracranianas em cada 1000 doentes, o que poderia resultar em 1000 casos por
ano só naquele país.
Ouriel et al (1999) foi identificada uma variedade de fatores de risco
sangria intracraniana pósendarterectomia de carótida. Wylie et al (1964)
descreveram que talvez o primeiro fator risco descrito após a revascularização
de carótida tenha sido o infarto cerebral agudo. Caplan et al (1978) informaram
que a hiertensão arterial é um dos fatores de risco da hemorragia intracraniana
após endarterectmia de carótida. Ouriel et al (1999) outro fator é a doença
oclusiva. Hafner et al (1987) descreveram uma associação significante entre a
operação para correção da estenose crítica de carótida e hemorragia pós-
operatória.
Ouriel et al (1999) publicaram uma série de 11 doentes com hemorragia
de intracranial depois de endarterectomia de carótida confirmando a associação
entre hemorragia pós-operatória, hipertensão, e doença oclusiva significante de
carótida extracraniana. Hemorragia geralmente aconteceu em doentes com
sintomas de hipertensão intracraniana, inclusive enxaqueca, hipertensão arterial
acentuada, e bradicardia. Em contraste com série prévia, a idade mais jovem foi
encontrada como um fator de risco adicional. É possível que o desígnio de
estudos prévios não permitiu identificação de idade como um fator, porque a
maioria destes estudos não incluiu um grupo controle para comparação. Nossos
achados e de outros implicam na hiperperfusão pós-operatória como o
mecanismo de etiológico comum na hemorragia intracraniana subjacente depois
de operação de carótida. Sundt et al (1981) relataram aumento do fluxo
sangüíneo cerebral depois de endarterectomia carótida e sugeriram que a
síndrome de hiperperfusão ou hiperfluxo era a causa de enxaqueca e ataques
apoplético, e que estes podem ser os arautos de hemorragia cerebral iminente.
Piepgras et al (1988) relataram que em 14 doentes com hemorragia
intracraniana pós-operatória ipsilateral o fluxo sangüíneo cerabral estava
aumentado em duas vezes em relação ao fluxo de base. Jansen et al (1994)
documentaram um aumento da velocidade do fluxo cerabral pelo Doppler
transcraniano e relacionaram este aumento com a sangria intracraniana pós-
endarterectomia de carótida. Bernstein et al (1984) e Mansour et al (1996)
documentaram alteração histológica arterial intracraniana comparada com a da
hipertensão arterial maligna nos doentes que morreram de hemorragia
intracraniana após endarterectomia de carótida. Hemorragia acontece dentro do
tecido cerebral sadio, e não o tecido francamente infartado, reforçando a crença
adicional da hipótese de hiperperfusão, com rompimento vascular no local
doente, vaso hiperfundido.
Ouriel et al (1999) formularam observações consistentes da hipótese
etiológica da hemorragia intracerebral pós-operatória. Primeiro, doença
extracraniana de longa duração e hipoperfusão causam dilatação vascular
intracraniana compensatória e perda de autoregulação. A endarterectomia de
carótida alivia a estenose, mas a hiperperfusão resulta do aumento pressórico

29
no leito vascular distal com dilatação máxima, não diferente da hiperemia dos
pés após revascularização dos membros inferiores. A síndrome do hiperfluxo
cerebral de forma leve para moderada produz edema cerebral, enxaqueca, e
ocasionalmente ataques apopléticos. Em sua forma grave, o hiperfluxo nos
vasos intracranianos pode resultar em hemorragia intracraniana. A identificação
de doentes propensos a hemorragia de intracraniana permitiria que tomasse as
precauções para reduzir o risco da complicação. Manutenção de pressão
sangüínea ligeiramente abaixo dos níveis normais, evitando o uso de
anticoagulante e antiagregante plaquetário no pós-operatório, e relativa
restrição hídrica racional nos doentes com vários fatores de risco. Medida da
velocidade de Doppler transcraniana, embora possivelmente possa predizer
hemorragia iminente, não está na rotina da maioria dos laboratórios vasculares.
Os doentes deveriam ser informados da possibilidade desta potencial
complicação e também o cirurgião vascular deve estar alerta se houver
enxaqueca significante. Infelizmente, pouco pode ser feito para salvar o doente
uma vez acontece uma hemorragia volumosa. Porém, a decisão sobre qual a
melhor conduta frente ao sangramento intracraniano é do neurocirurgião.
Outros fatores de risco para sangria no intra e pós-operatório são
aneurisma intracraniano, tumores, angiodisplasias, anticoagulantes.

Acidente vascular cerebral por outros mecanismos

Toole (1984), Rushton & Kurkora (1984) relataram que outros acidentes
vasculares cerebrais têm uma variedade de causas. A trombectomia é associada
com acidente vascular cerebral, porém, esta prática é rara.
Jacobowitz, Rilesl (1997) afirmaram que a trombectomia é usada
ocasionalmente, normalmente quando há evidência de trombose aguda,
particularmente quando os doentes continuam tendo ataque isquêmico
transitório após a oclusão carotídea e também quando tem o diagnóstico prévio
de oclusão da carótida contralateral. Após a trombectomia aumenta o risco de
síndrome de reperfusão e fístula arteriovenosa com o seio cavernoso. Outros
riscos de acidente vascular cerebral pós-operação de carótida são: asfixia por
hematoma cervical, ou por extubação precoce, embolia do coração, do arco
aórtico etc.

Planos terapêuticos para o acidente vascular cerebral pós-operatório

30
Após a endarterectomia, o doente pode acordar hemiparético ou com um
déficit neurológico significante. Este quadro neurológico pode se manifestar
devido a embolização, a trombose da carótida, ao hipofluxo durante o ato
operatório ou ainda por hemorragia intracraniana. É muito importante que faça o
diagnóstico provável o mais rápido possível e principalmente afastar hemorragia
intracraniana, através de mapeamento dúplex, tomografia computadorizada,
ressonância magnética e angiografia.
Se o diagnóstico de trombose for confirmado é recomendado que o
doente seja encaminhado imediatamente à sala operatória, reabrir a ferida
operatória, realizar uma arteriografia para determinar se a artéria ocluiu. Se
houve oclusão arterial, deve-se reabrí-la e realizar sangria retrógrada da carótida
interna para remoção dos trombos. Deve-se passar o cateter de Fogarty, tanto
proximal quanto distal; tomar cuidado para não provocar fístula arteriovenosa
com seio cavernoso. Antes de restabelecer fluxo na carótida interna, é
recomendado que outra arteriografia seja realizada, e se encontrar trombos
distais na carótida interna e ou artérias cerebrais, deve-se realizar terapia
regional com trombolítico (estreptoquinase, uroquinase, ou ativador tecidual do
plasminogênio). Esta terapia requer trabalho conjunto com neuroradiologista
com experiência em terapia trombolítica cerebral regional. Se for descoberto
defeito técnico, este deverá ser corrigido. Se a terapia trombolítica for aplicada, o
remendo só pode ser de veia para evitar sangria. É necessário cuidado especial
com a hemostasia na ferida operatória para evitar hematomas (Wylie et al 1964,
Crawford et al. 1966, Thompson et al. 1966, DeWeese et al. 1968, Thompson &
Talkington 1976, Moore 1977, Thompson 1977, Cooley & Wukasch 1979,
Cossman et al. 1978, Thompson 1983, Meyer et al. 1986, Zarins & Gewertz
1989, Berguer 1993, NINCDS 1995, Comerota & Eze 1996, Frawley et al. 1996,
Papanicolaou et al. 1996, Rockman et al. 1996, Bradbury et al. 1997, Chang &
Stein 1997, Frawley et al. 1997, Gossett et al. 1997, Hertzer et al. 1997, Renton
1997, Riles et al 1997, Robertson 1997, Thompson 1997, Trachiotis & Pfister
1997, Welch et al. 1997).
Doente com hemorragia intracraniana, há pouco para oferecer do ponto
vista terapêutico, normalmente são o controle da pressão arterial sistêmica e
controles gerais. Neste casos sempre será importante a decisão feita pelo
neurocirurgião. Em doentes com hematomas volumosos a drenagem será uma
medida necessária e urgente para tentar salvar a vida do doente. Em alguns
casos, a hemorragia pode envolver o ventrículo, e pode causar obstrução
ventricular, piorando o déficit neurológico, um desvio intraventricular temporário
pode ser importante para a recuperação do doente, impedindo a hidrocefalia.

Outras complicações pós-operação de carótida extracraniana

A hemorragia no pescoço pós-operatória é causada por porejamento


generalizado, exacerbada pela heparinização sistêmica ou pela sangria no local
da arteriotomia, pode formar um volumoso hematoma cervical (Sundt et al.
1987), capaz de comprimir a traquéia e obstruir as vias respiratórias. Além disso,

31
o hematoma pode comprimir e distorcer as estruturas faríngeas, dificultando ou
impossibilitando a visibilidade da laringe. Caso a obstrução respiratória seja
significante e se acompanha de impossibilidade de entubar a traquéia ou ventilar
os pulmões sob máscara facial, a abertura imediata da ferida e a evacuação do
hematoma podem ajudar a aliviar a compressão traqueal e facilitar o controle
das vias respiratórias. Podem ser necessárias outras medidas, tais como
ventilação a jato transtraqueal, cricotirotomia ou traqueostomia (Benumof 1991).
Hipertensão arterial sistêmica depois da endarterectomia de carótida
extracraniana se correlaciona com maior mortalidade e incidência elevada de
complicações neurológicas e cardíacas, razão pela qual deve ser tratada
agressiva e rapidamente (Lehv, Salzman, Silen 1970, Caplan et al. 1978,
Skudlarisk & Mooring 1982, Skydell et al. 1987). A hipotensão é outra
complicação séria que pode ocorrer depois da endarterectomia de carótida
extracraniana e resultar em isquemia cerebral e miocárdica (Steed et al. 1982).
Assim, deve-se corrigir imediatamente qualquer causa identificável de
hipotensão arterial sistêmica.
Lesão dos nervos hipoglosso, glossofaringeo, facial, vago, laringeo
superior, recorrente laringeo, alça do hipoglosso, cadeia simpática e ramo
marginal mandibular do facial etc, pode ocorrer durante a operação de carótida.
extracraniana. Em um estudo prospectivo, Hertzer et al. (1980) constataram que
38 doentes tiveram lesão de pelo menos um nervo craniano em 240
endarterectomias de carótida extracraniana. As lesões foram sintomáticas em 23
dos 38 doentes e muitos deles recuperaram-se totalmente. Freqüentemente os
nervos auricular magno e cervical transverso são secionados com a incisão de
pele que conduzem a entorpecimento da orelha até o ângulo da mandíbula. A
lesão do nervo auricular magno normalmente pode ser evitada, considerando
que a seção de nervo cervical transverso é inevitável na incisão vertical habitual
(Cooley & Wukasch 1979, Robertson 1997, Hertzer et al., 1997).
A reestenose de carótida de algum grau acontece em 15 a 20% dos casos
operados, mas é sintomática só em 2 a 3% (Cooley & Wukasch 1979, Moore et
al. 1995, Hertzer et al., 1997, Robertson 1997, Frericks et al. 1998). Muitos
cirurgiões realizam estudo ultra-sonográfico no 30º dia de pós-operatório para
investigar a perviedade e se existe estenose da carótida endarterectomizada. É
recomendável uma avaliação ultra-sonográfica da carótida operada uma vez por
ano. Se a reestenose for maior que 70% ou sintomática, então re-operação pode
ser necessária. Ainda há dúvida quanto a indicação de operação para
reestenose assintomática. Nesses casos raros que são sintomáticos, é
obrigatória a utilização de remendo para aumentar o diâmetro interno da
carótida, pois normalmente a reestenose é devida a hiperplasia miointimal e não
placa aterosclerótica, não sendo possível realizar endarterectomia (Cooley &
Wukasch 1979, Morre et al. 1995, AbuRahma et al. 1996, Cao et al. 1997, Entz,
Jaranyi, Nemes 1997, Hertzer et al., 1997, Ricotta & O'Brien 1997, Robertson
1997, Tangkanakul 1997, Frericks et al. 1998).
A reestenose após endarterectomia é descrita por Cossman et al. (1978)
como sendo o resultado principalmente de proliferação de miointimal
exuberante. Porém, Cooley & Wukasch (1979) acreditam que a maioria dos

32
casos de reestenose de endarterectomia de carótida é devido ao fechamento
primário e a contratura fibrosa subseqüente da parede arterial. A técnica de
correção de reestenose pós-endarterectomia de carótida merece menção
especial, porque o tecido cicatricial impede dissecação e exposição distal da
artéria carótida interna. A artéria carótida interna não deve ser dissecada. Depois
do pinçamento das artérias carótidas comum e externa, realiza-se a incisão
longitudinal em toda a área de estenose e introduz-se um cateter de
embolectomia (Fogarty) na carótida interna para controlar a sangria retrógrada
sem interferir com o procedimento. Todo fechamento de carótida com
reestenose tem que realizado com colocação de remendo. A reoperação para
correção de estenose reincidente tem um risco significativamente aumentado de
acidente vascular cerebral (Thompson & Talkington , 1976, Cossman et al. 1978,
Cooley & Wukasch 1979, Thompson 1983, Zarins & Gewertz 1989, AbuRahma
et al. 1996, Comerota & Eze 1996, Papanicolaou et al. 1996, Thompson et al.
1966, Ballota et al. 1997,1998, Cao et al. 1997, Entz et al. 1997, Lennard et al.
1997, Raithel 1997, Ricotta O'Brien 1997, Robertson 1997, Salvian et al. AJ
1997, Thompson , 1997, Vale et al.1997, Yadav et al.1997,1999, Yao 1997).
Cefaléia é relatada de acontecer no pós-operatório de operação de
carótida em 42 % dos doentes (Pearce 1976, Messert & Black 1978). A causa
permanece obscura, porém, tem sido aventada a possibilidade da distensão dos
vasos após a desobstrução da carótida (Appenzeller, 1978), porém, não justifica
a cefaléia tardia. O distúrbio da auto-regulação, lesão do nervo do seio carótido
ou lesão do nervo simpático podem estar implicados na fisiopatologia da cefaléia
(Pearce 1976, Messert & Black 1978).
Convulsão é relata de ocorrer de 0,4 a 1,3% dos doentes submetidos a
operação de carótida extracraniana, e pode estar associada a hemorragia
intracerebral, sendo necessária a tomografia computadorizada para elucidação
diagnóstica. Nestes doentes o uso de anticoagulate deve ser proscrito (Youkey
et al. 1984, Reigel et al. 1987)
Infecção em operação de carótida deve ser sempre tratada através de
desbridamento, antibioticoterapia adequada, o remendo deve ser
obrigatoriamente de veia, realizar a rotação muscular para proteção da sutura e
evitando a ligadura carotídea (Cooley & Wukasch 1979, Thompson 1997,
Zacharoulis et al.1997).

Resumo

A doença carotídea estenótica faz parte de doença sistêmica e é


marcadora de doença caronariana.
A endarterectomia de carótida sintomática com estenose maior de 70% do
diâmetro interno está bem estabelecida, tendo evidência clínica que reduz em
17% o risco absoluto de acidente vascular cerebral em relação ao tratamento
clínico isolado em ambos sexos. Porém, as complicações globais como

33
acidente vascular cerebral e óbito,nos primeiros 30 dias, deverão ser menores
que 6%.
A endarterectomia de carótida assintomática com estenose maior de 60%
do diâmetro interno é aceitável desde que as complicações como acidente
vascular cerebral e óbito sejam inferiores a 2%.
A endarterectomia de carótida sintomática com estenose maior de 70% do
diâmetro interno e revascularização do miocárdio simultaneamente é justificável
desde que as complicações globais como acidente vascular cerebral e óbito,nos
primeiros 30 dias, sejam menores que 6%.
A endarterectomia de carótida assintomática com estenose maior de 70%
do diâmetro interno e revascularização do miocárdio simultaneamente é
justificável desde que as complicações globais como acidente vascular cerebral
e óbito,nos primeiros 30 dias, sejam menores que 3%.
A angioplastia de carótida com stent e proteção cerebral atualmente só
está indicada em casos especiais de risco operatório muito aumentado pela
endarterectomia.
A endarterectomia de carótida é o padrão para o tratamento de lesão
estenótica carotídea extracraniana.
Todos os doentes devem ser acompanhados no pós-operatório
indefinidamente controlando todos os fatores de risco como hipertensão arterial,
diabetes melito, obesidade, tabagismo, sedentarismo, estresse, cardiopatias,
coagulopatias, doenças inflamatórias, dislipidemias etc. e também o uso
continuado de acido acetil salicílico na dosagem de 200 a 300 mg por dia.
REFERÊNCIAS

1. Stedman: a medical dictionary. 26th ed. Baltimore: Williams & Wilkins; 1995.
Carotid; p.285.
2. André C. Manual de AVC. Rio de Janeiro: Revinter; 1999.
3. Willis T. Instructions and prescriptions for curing the apoplexy. In: Willis T.
The London practice od Physick. Thomas Basset, William Cooke; 1685.
p.420-8.
4. Fisher M. Occlusion of the internal carotid artery. Arch Neurol Psychiat
1951;65:346-77.
5. Fisher M. Occlusion of the carotid arteries. Arch Neurol Psychiat
1954;72:187-204.
6. Blaisdell FW, Clauss RH, Galbraith JG, et al. Joint study of extracranial
arterial occlusion. IV. A review of surgical considerations. JAMA
1969;209:1889-95.
7. Joint Committee for Stroke Facilities. I. Epidemiology for stroke facilities
planning. Stroke 1972;3:360-6.
8. Toole JF, Barnett HHM, Mumenthaler M, Hachinski V, Till JS.
Cerebrovascular disorders. New York, Raven Press, 1984. 436p.

34
9. Courbier R, editor. Basis for a classification of cerebral arterial diseases.
Amsterdam: Excerpta Medica, 1985.
10. Moore W S, Quinones-Baldrich W J. Extracranial cerebrovascular disease. In
Moore W S. Ed.: Vascular Surgery, 4th ed. Orlando, Grune & Stratton, 1993,
pp. 532-76.
11. Moore WS, Barnett HJM, Beebe HG, et al. AHA Scientific Statement. Special
Report: Guidelines for Carotid Endarterectomy. A multidisciplinary Consensus
Statememt from the Ad Hoc Committee, American Heart Association.
Circulation 1995; 91(2):566-79.
12. Moore WS, Barnett HJM, Beebe HG, et al. AHA Scientific Statement. Special
Report: Guidelines for Carotid Endarterectomy. A multidisciplinary Consensus
Statememt from the Ad Hoc Committee, American Heart Association. Stroke
1995;26(1):188-201.
13. Deng X, Marois Y, How T, Methi Y, King M, Guidoin R. Luminal surface
concentration of lipoprotein (LDL) and its effect on the wall uptake of
cholesterol by canine carotid arteries. J Vasc Surg 1995;21:135-145.
14. Huber TS, Durance PW, Kazmers A, Jacobs LA. Effect of the Asymptomatic
Carotid Atherosclerosis Study on carotid endarterectomy in Veterans Affairs
medical centers. Arch Surg 1997;132(10):1134-9.
15. Robertson J. Carotid endarterectomy. In: Welch KMA, Caplan LR, Reis DJ,
Siesjö BOK, Weir B. Cerebrovascular diseases. San Diego, Academic Press,
1997. Cap. 146, 582-6.
16. Roubin GS, New G, Iyer SS, Vitek JJ, Al-Mubarak N, Liu MW, Yadav J,
Gomez C, Kuntz RE. Immediate and late clinical outcomes of carotid artery
stenting in patients with symptomatic and asymptomatic carotid artery
stenosis: a 5-year prospective analysis. Circulation 2001;103(4):532-7.
17. Patel ST, Haser PB, Korn P, Bush HL Jr, Deitch JS, Kent KC. Is carotid
endarterectomy cost-effective in symptomatic patients with moderate (50% to
69%) stenosis? J Vasc Surg. 1999 ;30(6):1024-33.
18. Ferris G, Roderick P, Smithies A, George S, Gabbay J, Couper N, Chant A.
An epidemiological needs assessment of carotid endarterectomy in an
English health region. Is the need being met? BMJ 1998;317(7156):447-51.
19. Mackey A, Cote R, Battista RN. Asymptomatic carotid disease. In: Canadian
Task Force on the Periodic Health Examination. Canadian Guide to Clinical
Preventive Health Care. Ottawa: Health Canada, 1994; 692-704.
20. Paré A. The Workes of That Famous Chirurgion Ambrose Parey. Translated
out of Latine and Compared With the French. By Th. Johnson. 4th English ed.
London, 1678 (Reprinted, New York, Milford House, 1968).
21. Albernethy, J. - Surgical observations. Surgical works. London. 1804;2:193-
209.
22. Cooper A. Second case of carotid aneurysm. Med Chir Trans 1809;1:222-3.

35
23. Coley RW. Case of rupture of the carotid artery, and wounds of several of its
branches, successfully treated by tying the common trunk of the carotid itself
Med Chir J Rev 1817;3(13):1-4.
24. Cooper A. Account of the first successful operation performed on the common
carotid artery for aneurysm in the year 1808 with the postmortem examination
in the year 1821. Guy’s Hosp Rep 1836;1:53-9.
25. Savory WS. Case of a young woman in whom the main arteries of both upper
extremities and of the left side of the neck were throughout completely
obliterated. Med Chir Trans London 1856;39:205-19.
26. Gowers WR: On a case of simultaneous embolism of central retinal and
middle cerebral arteries. Lancet 1875;2:794-795.
27. Osler W. The Principles and Practice of Medicine. 7th ed. New York: D.
Appleton and Company, 1909.
28. Hunt JR: The role of the carotid arteries in the causation of vascular lesions of
the brain with remarks on certain special features of the symptomatology.
Amer J Med Sci 1914;147:704-14.
29. Elkin DC. John Homans Lecture. N Engl J Med 1951;245:997-1000.
30. Goldstone J, Moore WS. A new look at emergency carotid artery operations
for the treatment of cerebrovascular insufficiency. Stroke 1978;9:599-602.
31. Twitchell A. Gunshot wound ofthe face and neck: Ligature of the carotid
artery. New Engl Quart J Med Surg 1842;1(2):188-93.
32. Winslow N: Extracranial aneurysm of the internal carotid artery. Arch Surg
1926;13:689.
33. Shipley AM, Winslow N. Walker WW: Aneurysm in the cervical portion of the
internal carotid artery. An analytical study of the cases recorded in the
literature between August 1,1925 and July 31,1936. Report of two new cases.
Ann Surg 1937;105:673.
34. Keevil JJ. David Fleming and the operation for ligation of the carotid artery. Br
J Surg 1949;37:92-5.
35. Rittenhouse EA, Radke HM, Sumner DS: Carotid artery aneurysm. Arch Surg
1972,105:786.
36. Moniz E. L’encephalographic artérielle son importance dan la localization des
tumeurs cerebrales. Rev Neurol (Paris) 1927;2:72-90.
37. Moniz E, Lima A, de Lacerda R. Hemiplègies par thrombose de la carotide
interne. Presse Medicale 1937;45:977-9.
38. Carrea R. Molins M, Murphy G. Surgical treatment of spontaneous thrombosis
of the internal carotid artery in the neck. Carotid-carotideal anastomosis.
Report of a case. Acta Neurol Lat Am 1955;1:71-78.

36
39. Struly KJ, Hurwitt ES, Blankenberg HW. Thromboendarterectomy for
thrombosis of the internal carotid artery in the neck. J Neurosurg 10:474-482,
1953.
40. Cooley DA, Al-Naaman YD, Carton CA. Surgical treatment of arteriosclerotic
occlusion of common carotid artery. J Neurosurg 1956;13:500-6.
41. Cooley DA, DeBakey ME: Surgical considerations of intrathoracic aneurysms
of the aorta and great vessels. Ann Surg 1952;135:660.
42. Beall AC, Crawford ES, Cooley DA, DeBakey ME: Extracranial aneurysms of
the carotid artery. Report of seven cases. Postgrad Med 1962;32:93-6.
43. Cooley DA, Wukasch DC. Revascularization of the extracranial cerebral
circulation. In: Cooley DA, Wukasch DC. Techniques in vascular surgery.
Philadelphia, Saunders, 1979. p. 20-44.
44. Crawford ES, DeBakey ME, Garrett HE, Howell J: Surgical treatment of
occlusive cerebrovascular disease. Surg Clin North Am 46:873, 1966.
45. DeBakey ME, Cooley DA: Successful resection of aneurysm of thoracic aorta
and replacement by graft. JAMA 152:673, 1953.
46. DeBakey ME, Crawford ES, Cooley DA, et al. Cerebral arterial insufficiency:
one to 11-year results following arterial reconstructive operation. Ann Surg
1965;’161:921-945, 1965.
47. DeBakey ME, Crawford ES, Cooley DA, Morris GC. Surgical considerations of
occlusive disease of innominate, carotid, subclavian and vertebral arteries.
Ann Surg 1959;149:690-710.
48. DeBakey ME. Successfal carotid endarterectomy for cerebrovascular
insufficiency. JAMA 1975;233:1083-5.
49. Eastcott HHG, Pickering GW, Rob CG. Reconstruction of internal carotid
artery in a patient with intermittent attacks of hemiplegia. Lancet 1954;2:994-
6.
50. Denman FR, Ehni G. Duty WS. Insidious thrombotic occlusion of cervical
arteries treated by arterial graft, a case report. Surgery 38:569-77, 1955.
51. Hannallah MS. Controle anestésico dos doentes submetidos a
endarterectomia carotídea. In: HANNALLAH MS. Anestesia para cirurgia
vascular. Rio de Janeiro, Interlivros, 1995. V. 13, p. 135-150.
52. Ramadan F, Rutledge R, Oller D, Howell P, Baker C, Keagy B. Carotid artery
trauma: A review of contemporary trauma center experiences. J VASC SURG
1995;21:46-56.
53. Chaturvedi S. Policherla PN, Femino L. Cerebral angiography practices at
US teaching hospitals. Implications for carotid endarterectomy. Stroke
1997;28(10):1895-7.

37
54. Executive Committee for the Asymptomatic Carotid Atherosclerosis Study.
Endarterectomy for asymptomatic carotid artery stenosis. JAMA
1995;273:1421-8.
55. Dean R H. Carotid artery occlusive disease. In: Sabiston Jr DC, Lyerly HK.
Textbook of surgery. The biological basis of modern surgical practice. 15th
ed. Philadelphia, Saunders, 1997. Cap.50, 1618-1767.
56. Welch KMA, Caplan LR, Reis DJ, Siesjö BOK, Weir B. Cerebrovascular
diseases. San Diego, Academic Press, 1997.
57. Whitley D, Whitley M, Neville RF. Considerações hemodinâmicas e clínicas
na cirurgia vascular. . In: Hannallah MS. Anestesia para cirurgia vascular.
Rio de Janeiro, Interlivros, 1995. V. 13, p. 1-18.
58. Hass WK, Fields WS, North RR, Kricheff II, Chase NE, Bauer RB: Joint study
of extracranial arterial occlusion. ll. Arteriography, techniques, sites,
complications. JAMA 203:159, 1968.
59. Churg Ac, Churg J, Hunder GG. Systemic vasculitides. New York, Igaku-
Shoin, 1991. 389p.
60. Lande AD, Berkmen YM, MaAllister Jr HA. Aortitis. Clinical, pathologic and
radiographic aspects. New York, Raven Press, 1986. 278p.
61. Coyle KA, Smith RB, Salam AA, Dodson TF, Chaikof EL, Lumsden AB.
Carotid endarterectomy in patients with contralateral carotid occlusion: review
of a 10-year experience. Cardiovasc. Surg. 4(1):71-75, 1996.
62. Killen DA, Foster JH, Gobbel WG Jr, Stephenson SE Jr, Collins HA, Billings
FT, Scott HW Jr: The subclavian steal syndrome. J Thorac Cardiovasc Surg
51:539, 1966.
63. Akins CW, Moncure AC, Daggatt WM, Cambria RP, Hilgenberg AD,
Torchiana DF, Vlahakes GJ. Safety and efficacy of concomitant carotid and
coronary artery operations. Ann Thorac Surg 60(2):311-317, 1995.
64. Asymptomatic carotid atherosclerosis study executive committee.
Endarterectomy for asymptomatic carotid artery stenosis. JAMA
273(18):1421-1428, 1995.
65. Baker JD, Rutherford RB, Bernstein EF, Courbier R, Ernst CB, Kempczinski
RF, et al. Suggested standards for reports dealing with cerebrovascular
disease. J Vasc Surg. 8:721-729, 1988.
66. Baker W. CREST: a moral and ethical conundrum. Cardiovasc. Surg.
5(5):461-462, 1997.
67. Gossett B. Martinelli O. Guerricchio R. Irace L, Benedetti-Valentini F.
Transcranial Doppler in 178 patients before, during, and after carotid
endarterectomy. J Neuroimaging 7(4):213-216, 1997.

38
68. Havelius U, Bergqvist D, Falke P, Hindfelt B, Krakau T. 1. Impaired dark
adaptation in symptomatic carotid artery disease. Neurology 49(5):1353-
1359, 1997
69. Havelius U, Bergqvist D, Falke P, Hindfelt B, Krakau T. 11. Improved dark
adaptation after carotid endarterectomy. Evidence of a long-term ischemic
penumbra? Neurology 49(5):1360-1364, 1997.
70. Mueller T, Furtmueller B, Aigelsdorfer J, Luft C, Poelz W, Haltmayer M . Total
serum homocysteine--a predictor of extracranial carotid artery stenosis in
male patients with symptomatic peripheral arterial disease.. Vasc Med
2001;6(3):163-7
71. Kadwa AM, Robbs JV, Abdool-Carrim ATO. Aortic arch angiography prior to
carotid endarterectomy. Is its continued use justified? European J Vasc
Endovasc Surg 13( 6): 527-530, 1997.
72. Pan MX, Saloner D, Reilly LM, Bowersox JC, Murray SP, Anderson CM,
Gooding GAW, Rapp JH. Assessment of carotid artery stenosis by
ultrasonography, conventional angiography, and magnetic resonance
angiography: Correlation with ex vivo measurement of
plaque stenosis. J VASC SURG 21:82-89, 1985.
73. Point of View. Statement regarding carotid angioplasty and stenting. J. Vasc
Surg 24:900, 1996.
74. Steinke W, Riles S, Artemis N, Schwartz A, Hennenci M. Power Doppler
imaging of carotid artery stenosis. Comparison with color Doppler flow
imaging and angiography. Stroke 28(10):1981-1987, 1997.
75. Whittemore AD, Mannick JA. Surgical treatment of carotid disease in patients
with neurologic deficits. J Vasc Surg 5:910-3, 1987.
76. Lin PM, Javid H. Doyle EJ. Partial internal carotid artery occlusion treated by
primary resection and vein graft. J Neurosurg 13:650-655, 1956.
77. Lozano-Vilardell P. Rimbau EM, Gomez F. [Carotid endarterectomy]. Rev
Neurol 25(138):283-286, 1997.
78. Paty PS, Darling RC 3rd, Woratyla S, Chang BB, Kreienberg PB, Shah DM.
Timing of carotid endarterectomy in patients with recent stroke.Surgery
122(4):850-855, 1997.
79. Salasidis GC, Latter DA, Steinmetz OK, Blair JF, Graham AM. Carotid artery
duplex scanning in preoperative assessment for coronary artery
revascularization: The association between peripheral vascular disease,
carotid artery stenosis, and stroke. J VASC SURG 21:154-162, 1995.
80. Vermeulen FEE. Concerned with heart and brain reflections of the past and
projections into the future. Cardiovasc Surg 5(5):447-452, 1997.
81. Schwartz LB, Bridgman AH, Kieffer RW, Wilcox RA, McCann RL, Tawil MP,
Scott SM. Asymptomaticcarotid artery stenosis and stroke in patients
undergoing cardiopulmonary bypass. J Vasc Surg 1995;21:146-153.

39
82. Schwartz ML, Panetta TF, Kaplan BJ, Legatt AD, Suggs WD, Wengerter KR,
Marin ML, Veith FJ. Somatosensory evoked potential monitoring during
carotid surgery. Cardiovasc Surg 1996;4(1):77-80, 1996.
83. Bassiouny HS, Sakaguchi Y, Mikucki SA, McKinsey JF, Piano G, Gewertz
BL, Glagov S. Juxtalumenal location of plaque necrosis and neoformation in
symptomatic carotid stenosis. Vasc Surg 26(4):585-594, 1997.
84. ECST European Carotid Surgery Trialist Collaborative Group . MRC
European Carotid Surgery Trial: interim results for symptomatic patients with
severe (70-99%) or with mild (0-29%) carotid stenosis. Lancet 337:1235-
1243, 1991.
85. Fields WS, Maslenikov V, Meyer JS, Hass WK, Remington RD, McDonald M:
Joint study of extracranial arterial occlusion. V. Progress report of prognosis
following surgery or nonsurgical treatment for transient cerebral ischemic
attacks and cervical carotid artery lesion. JAMA 211 :1993, 1970.
86. Goldstein LB, Hasselblad V, Matchar DB, McCrory DC. Comparison and
meta-analysis of randomized trials of endarterectomy for symptomatic carotid
artery stenosis.Neurology 45(11): 1965-1970,1995.
87. NASCET. North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial
Collaborators (Beneficial effect of carotid endarterectomy in symptomatic
patients with high-grade carotid stenosis. N Engl J Med 325:445-53, 1991.
88. Tomas DF, Eastcott HHG. Carotid-vertebral insufficiency. In: Eastcott
HHG,editor. Arterial surgery. 3th ed Edinburgh, Churchill Livingstone, 1992.
p223-88.
89. Baptista Silva JCC. Endarterectomia da artéria carótida extracraniana. Rev
Bras Clin Terap 1998;24(3):101-10.
90. Baptista Silva JCC. Complicações imediatas da cirurgia de carótida
extracraniana.(tese, livre docência). São Paulo: Universidade Federal de São
Paulo; 1999.
91. Kekomäki M. Decision Making In Surgery- General Considerations. Ann Chir
Gynaecol 1988; 87:122-3.
92. Lepäntalo M. Surgical decision-making in an era of constrained economical
resources. Ann Chir Gynaecol 1998;87:119-20.
93. Myhre HO. Critical Self Assessment - Is It Too Much For A Surgeon? Ann
Chir Gynaecol 87:124-5, 1998.
94. Strandness DE. What you did not know about the North American
Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial. J Vasc Surg 1995;21:163-5.
95. NASCET - Eliasziw M, Spence JD, Barnett HJM. Carotid endarterectomy
does not affect long-term blood pressure: observations from the NASCET.
Cerebrovasc Dis 1998a;8(1):20-4.

40
96. NASCET (North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial).
Barnett HJM, Taylor DW, Eliasziw M, Fox AJ, Ferguson GG, Haynes RB,
Rankin RN, Clagett GP, Hachinski VC, Sackett DL, Thorpe KE, Meldrum HE,
Spence JD. Benefit of Carotid Endarterectomy in Patients with Symptomatic
Moderate or Severe Stenosis. N Engl J Med 1998b;339:1415-25.
97. ECST (European Carotid Surgery Trial). Endarterectomy for moderate
symptomatic carotid stenosis: interim resulte from the MRC. Lancet
1996;347(9015):1591-3.
98. ECST (European Carotid Surgery Trialists' Collaborative Group). Randomised
trial of endarterectomy for recently syntomatic carotid stenosis: final results of
the MRC European Carotid Surgery Trial. Lancet 1998;351(9113):1379-87.
99. NASCET. Ferguson GG, Eliasziw M, Barr HW, Clagett GP, Barnes RW,
Wallace MC, Taylor DW, Haynes RB, Finan JW, Hachinski VC, Barnett HJ.
The North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial : surgical
results in 1415 patients. Stroke. 1999 ;30(9):1751-8.
100. NASCET. Paciaroni M, Eliasziw M, Kappelle LJ, Finan JW, Ferguson GG,
Barnett HJ. Medical complications associated with carotid endarterectomy.
North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial (NASCET) Stroke.
1999 ;30(9):1759-63.
101. ACAS (Asymptomatic carotid atherosclerosis study executive committee).
Endarterectomy for asymptomatic carotid artery stenosis. JAMA
1995;273(18):1421-8.
102. ACST. Robless P, Emson M, Thomas D, Mansfield A, Halliday A. Are we
detecting and operating on high risk patients in the asymptomatic carotid
surgery trial? The Asymptomatic Carotid Surgery Trial Collaborators. Eur J
Vasc Endovasc Surg 1998;16(1):59-64.
103. Safa TK, Friedman S, Mehta M, Rahmani O, Scher L, Pogo G, Hall M.
Management of coexisting coronary artery and asymptomatic carotid artery
disease: report of a series of patients treated with coronary bypass alone. Eur
J Vasc Endovasc Surg 1999;17(3):249-52.
104. Sarasin FP, Bounameaux H. Bogousslavsky J. Asymptomatic severe
carotid stenosis: immediate surgery or watchful waiting? A decision analysis.
Neurology 1995;45(12):2147-53.
105. AbuRahma AF, Metz MJ, Robinson PA. Natural history of > or =60%
asymptomatic carotid stenosis in patients with contralateral carotid occlusion.
Ann Surg. 2003;238(4):551-61
106. Van Damme H, Lacroix H, Desiron Q, Nevelsteen A, Limet R, Suy R.
Carotid surgery in octogenarians: is it worthwhile? Acta Chir Belg
1996;96(2):71-7.
107. Hobson II, RW, Brott T, Ferguson R, Roubin G, Moore W, Kuntz R,
Howard G, Ferguson J. CREST: Carotid revascularization endarterectomy
versus stent trial. Cardiovasc. Surg. 5(5):457-458, 1997.

41
108. Hobson RW 2nd. Carotid angioplasty-stent: clinical experience and role
for clinical trials. J Vasc Surg 2001;33(2 Suppl):S117-23. CREST
109. Halliday AW. Asymptomatic carotid stenosis - looking for a sensible
strategy. Eur Vasc Endovasc Surg 12:389-90, 1996.
110. Nehler MR, Moneta GL, Lee RW, Edwards JM, Taylor ML, Porter JM.
Improving selection of patients with less than 60% asymptomatic internal
carotid artery stenosis for follow-up carotid artery duplex scanning. J Vasc
Surg 24:580-587, 1996.
111. Clauss RH, Bole PV, Paredes M, Doscher W, Adeyemo A, Kreminitzer
MW. Simultaneous bilateral carotid endarterectomies. Arch Surg. 1976
;111(11):1304-6.
112. Ketonen P, Luosto R, Mattila S, Nemes A, Ketonen L. Surgical experience
with simultaneous bilateral carotid endarterectomies. Scand J Thorac
Cardiovasc Surg. 1979;13(3):321-6.
113. Clauss RH, Babu SC, Patel KR, Singh BM, Shah PM, Siegel TS.
Simultaneous bilateral carotid endarterectomy operations. J Cardiovasc Surg
(Torino). 1985 ;26(3):297-9.
114. Dimakakos PB, Antoniou A, Mourikis D, Katsaros G. Surgical outcome of
carotid artery disease: analysis of 367 carotid endarterectomies. Int Surg.
1998 Oct-Dec;83(4):350-4.
115. Dimakakos PB, Arapoglou B, Papasava M, Papadimitriou J. Our first
experience applying simultaneous bilateral carotid endarterectomy. Int Angiol.
1996 Mar;15(1):9-13.
116. Trachiotis GD, Pfister AJ. Management strategy for simultaneous carotid
endarterectomy and coronary revascularization. Ann Thorac Surg
64(4):1013-1018, 1997.
117. Dimakakos PB, Kotsis TE, Tsiligiris B, Antoniou A, Mourikis D.
Comparative results of staged and simultaneous bilateral carotid
endarterectomy: a clinical study and surgical treatment. Cardiovasc Surg.
2000 Jan;8(1):10-7.
118. Kumar ID, Singh S, Williams G, Train J. Bilateral one-stage carotid
endarterectomy--Is there an indication? Eur J Vasc Endovasc Surg. 2001
Jun;21(6):575-6.
119. Friedman SG, Lamparello PJ, Riles TS, Imparato AM, Sakwa MP. Surgical
management of the patient with bilateral internal carotid artery occlusion. J
Vasc Surg 1987 ;5(5):715-8.
120. AbuRahma AF, Copeland SE. Bilateral internal carotid artery occlusion:
natural history and surgical alternatives. Cardiovasc Surg 1998 ;6(6):579-83.
121. Kurihara H, Tsuchiya K, Ohsawa H, Saito H, Iida Y, Noda Y, Koizumi H.
[Coronary revascularization in a patient with bilateral internal carotid artery

42
stenosis and aneurysm of brachiocephalic artery: a case report]. . Kyobu
Geka 2000 ;53(3):225-8
122. Dylewski M, Canver CC, Chanda J, Darling RC 3rd, Shah DM. Coronary
artery bypass combined with bilateral carotid endarterectomy. Ann Thorac
Surg 2001 Mar;71(3):777-81; discussion 781-2.
123. Hayes PD, Payne D, Lloyd AJ, Bell PR, Naylor AR.Patients'
thromboembolic potential between bilateral carotid endarterectomies remains
stable over time. Eur J Vasc Endovasc Surg 2001;22(6):496-8.
124. Dimakakos PB. Bilateral carotid endarterectomy. Eur J Vasc Endovasc
Surg 2001;22(5):477.
125. Rodriguez-Lopez JA, Diethrich EB, Olsen DM. Postoperative morbidity of
closely staged bilateral carotid endarterectomies: an intersurgical interval of 4
days or less. Ann Vasc Surg 2001 ;15(4):457-64.
126. Renton S, Hornick P, Taylor KM, Grace PA. Rational approach to
combined carotid and ischaemic heart disease. Br J Surg 84(11):1503-1510,
1997.
127. Rodino W, Panetta TF, Burack JH, Bryan DH, Williams RF. Combined
carotid endarterectomy, innominate artery reconstruction, and coronary artery
bypass grafting: Case report. J Vasc Surg 1996;24:1017-1021.
128. Darling RC 3rd, Kubaska S, Shah DM, Paty PS, Chang BB, Lloyd WE,
Leather RP. Bilateral carotid endarterectomy during the same hospital
admission.Cardiovasc Surg 1996,4(6):759-762.
129. Huh J, Wall Jr MJ, Soltero ER. Treatment of combined coronary and
carotid artery disease. Curr Opin Cardiol. 2003;18(6):447-53.
130. Hertzer NR, O'Hara PJ, Mascha EJ, Krajewski LP, Sullivan TM, Beven
EG. Early outcome assessment for 2228 consecutive carotid endarterectomy
procedures: The Cleveland Clinic experience from 1989 to 1995. J Vasc Surg
26:1-10, 1997.
131. Vicaretti M, Fletcher JP, Klineberg P, Richardson AJ, Hazelton S, Allen R,
Tomlinson P, Nunn G, Chard R, Meldrum-Hanna W. Combined coronary
artery bypass grafting and carotid endarterectomy. Cardiovasc Surg 1997
;5(3):266-70.
132. Darling RC 3rd, Dylewski M, Chang BB, Paty PS, Kreienberg PB, Lloyd
WE, Shah DM. Combined carotid endarterectomy and coronary artery bypass
grafting does not increase the risk of perioperative stroke. Cardiovasc Surg
1998 ;6(5):448-52.
133. Donatelli F, Pelenghi S, Pocar M, Moneta A, Grossi A. Combined carotid
and cardiac procedures: improved results and surgical approach. Cardiovasc
Surg 1998 ;6(5):506-10.

43
134. Peric M, Huskic R, Nezic D, Gradinac S, Popovic Z, Popovic AD, Bojic M.
Combined carotid and coronary artery surgery: what have we learned after 15
years? Cardiovasc Surg 1998 ;6(2):156-65.
135. Souza JM, Berlinck MF, Oliveira PAF, Ferreira RP, Mazzieri R, Martins
JRM, Rojas SO, Senra DF, Oliveira SA. Revascularização miocárdica
associada a endarterectomia de carótida. An Paul Med Cir 1995;122(4):115-
21.
136. Evagelopoulos N, Trenz MT, Beckmann A, Krian A. Simultaneous carotid
endarterectomy and coronary artery bypass grafting in 313 patients.
Cardiovasc Surg 2000 ;8(1):31-40.
137. Minami K, Fukahara K, Boethig D, Bairaktaris A, Fritzsche D, Koerfer R. J.
Long-term results of simultaneous carotid endarterectomy and myocardial
revascularization with cardiopulmonary bypass used for both procedures.
Thorac Cardiovasc Surg 2000 ;119(4 Pt 1):764-73.
138. Fusari M, Parolari A, Agostinelli A, Spirito R, Rubini P, Esposito G,
Alamanni F, Biglioli P. Coronary and major vascular disease: aggressive
screening and priority-based therapy. Cardiovasc Surg 2000 ;8(1):22-30.
139. Kaul TK, Fields BL, Riggins LS, Wyatt DA, Jones CR. Coexistent coronary
and cerebrovascular disease: results of simultaneous surgical management in
specific patient groups. Cardiovasc Surg 2000 ;8(5):355-65.
140. Antunes PE, Anacleto G, Ferrão de Oliveira JM, Euge'nio L, Antunes MJ
Staged carotid and coronary surgery for concomitant carotid and coronary
artery disease. . Eur J Cardiothorac Surg 2002 ;21(2):181-186.
141. Lyons C, Galbraith JG. Surgical treatment of atherosclerotic occlusion of
the internal carotid artery. Ann Surg 146: 487-96, 1957.
142. Habozit B, Derosier JP, Galilard A. Risk of early controlateral carotid
endarterectomy.Ann Vasc Surg 11(5):491-495, 1997.
143. DeWeese JA, Rob CG, Satran R. et al. Surgical treatment for occlusive
disease of the carotid artery. Ann Surg 168: 85-94, 1968.
144. Frawley JE, Hicks RG, Gray LJ, Niesche JW. Carotid endarterectomy
without a shunt for symptomatic lesions associated with contralateral severe
stenosis or occlusion. J Vasc Surg 1996;23:421-427.
145. Frawley JE, Hicks RG, Beaudoin M, Woodey R. Hemodynamic ischemic
stroke during carotid endarterectomy: An appraisal of risk and cerebral
protection. J Vasc Surg 1997;25:611-619.
146. Rutgers DR, Klijn CJ, Kappelle LJ, Eikelboom BC, van Huffelen AC, van
der Grond J. Sustained bilateral hemodynamic benefit of contralateral carotid
endarterectomy in patients with symptomatic internal carotid artery occlusion.
Stroke 2001 ;32(3):728-34.

44
147. Perler BA, Burdick JF, Williams GM. Progression to total occlusion is an
underrecognized complication of the medical management of carotid disease.
J Vasc Surg. 1991 ;14(6):821-6; discussion 826-8.
148. Rinkel GJ, Djibuti M, Algra A, van Gijn J. Prevalence and risk of rupture of
intracranial aneurysms: a systematic review. Stroke;29(1):251-6, 1998.
149. International Study of Unruptured Intracranial Aneurysms Investigators.
Unruptured intracranial aneurysms--risk of rupture and risks of surgical
intervention. N Engl J Med;339(24):1725-33,1998.
150. Juvela S. Recommendations for the management of patients with
unruptured intracranial aneurysms. Stroke ;32(3):815-6,2001.
151. Ausman JI. The New England Journal of Medicine report on unruptured
intracranial aneurysms: a critique. Surg Neurol ;51(2):227-9,1999.
152. Inagawa T, Hada H, Katoh Y. Unruptured intracranial aneurysms in elderly
patients. Surg Neurol ;38(5):364-70,1992.
153. Schievink WI. Genetics of intracranial aneurysms. Neurosurgery
40(4):651-62,1997.
154. Litchfield WR, Anderson BF, Weiss RJ, Lifton RP, Dluhy RG. Intracranial
aneurysm and hemorrhagic stroke in glucocorticoid-remediable
aldosteronism. Hypertension; 31(1 Pt 2):445-50, 1998.
155. Linn FH, Bromberg JE, Rinkel GJ, Algra A, van Gijn J. Familial intracranial
aneurysms. Lancet; 349(9063):1477-8, 1997.
156. Arnaout MA. The vasculopathy of autosomal dominant polycystic kidney
disease: insights from animal models. Kidney Int ;58(6):2599-610, 2000.
157. Basaria S, Mehta NN. Renal and extrarenal autosomal dominant
polycystic kidney disease. Postgrad Med J ;76(902):814, 2000.
158. Ronkainen A, Hernesniemi J, Puranen M, Niemitukia L, Vanninen R,
Ryynanen M, Kuivaniemi H, Tromp G. Familial intracranial aneurysms.
Lancet ;349(9049):380-4,1997.
159. Perrone RD. Extrarenal manifestations of ADPKD. Kidney Int ;51(6):2022-
36, 1997.
160. Schievink WI, Spetzler RF. Screening for intracranial aneurysms in
patients with isolated polycystic liver disease. J Neurosurg ;89(5):719-
21,1998.
161. Wijdicks EF, Torres VE, Schievink WI, Sterioff S. Cerebral hemorrhage in
recipients of renal transplantation. Mayo Clin Proc;74(11):1111-2, 1999.
162. Schievink WI, Prendergast V, Zabramski JM. Rupture of a previously
documented small asymptomatic intracranial aneurysm in a patient with
autosomal dominant polycystic kidney disease. Case report. J Neurosurg
;89(3):479-82,1998.

45
163. Beltramello A, Puppini G, Bricolo A, Andreis IA, el-Dalati G, Longa L,
Polidoro S, Zavarise G, Marradi P. Does the tuberous sclerosis complex
include intracranial aneurysms? A case report with a review of the literature.
Pediatr Radiol ;29(3):206-11,1999.
164. Raaymakers TW. Aneurysms in relatives of patients with subarachnoid
hemorrhage: frequency and risk factors. MARS Study Group. Magnetic
Resonance Angiography in Relatives of patients with Subarachnoid
hemorrhage. Neurology ;53(5):982-8, 1999.
165. Watnick T, Phakdeekitcharoen B, Johnson A, Gandolph M, Wang M,
Briefel G, Klinger KW, Kimberling W, Gabow P, Germino GG. Mutation
detection of PKD1 identifies a novel mutation common to three families with
aneurysms and/or very-early-onset disease. Am J Hum Genet ;65(6):1561-71,
1999.
166. Nekrysh SY. Association between heritable connective tissue disorders
and intracranial aneurysms. Surg Neurol ;54(1):77-8,2000.
167. Kaupp HA, Haid SP, Jurayj MN, Bergan JJ, Trippel OH: Aneurysms of the
extracranial carotid artery. Surgery 72:946-949, 1972.
168. May J, White GH, Waugh R, Brennan J. Endoluminal repair of internal
carotid artery aneurysm: A feasible but hazardous procedure. J Vasc Surg
1997;26(6):1055-60.
169. Johnson JM, Kennelly MM, Decesare D, Morgan S, Sparrow A. Natural
history of asymptomatic carotid plaque. Arch Surg 120:1010 -1015, 1985.
170. Kartchner MM, McRae LP. Noninvasive evaluation and management of
the "asymptomatic" carotid bruit. Surgery 82:840-843,1977.
171. Gock SL, Mitchell PJ, Field PL, Atkinson N, Thomson KR, Milne PY.
Tandem lesions of the carotid circulation: combined extracranial
endarterectomy and intracranial transluminal angioplasty. Australas Radiol.
2001;45(3):320-5.
172. Christou I, Felberg RA, Demchuk AM, Grotta JC, Burgin WS, Malkoff M,
Alexandrov AV. A broad diagnostic battery for bedside transcranial Doppler to
detect flow changes with internal carotid artery stenosis or occlusion. J
Neuroimaging. 2001 ;11(3):236-42.
173. Arko FR, Buckley CJ, Lee SD, Manning LG, Patterson DE. Combined
carotid endarterectomy with transluminal angioplasty and primary stenting of
the supra-aortic vessels. J Cardiovasc Surg (Torino). 2000 ;41(5):737-42.
174. Guppy KH, Charbel FT, Loth F, Ausman JI. Hemodynamics of in-tandem
stenosis of the internal carotid artery: when is carotid endarterectomy
indicated? Surg Neurol. 2000 ;54(2):145-52; discussion 152-3.
175. Pappada G, Marina R, Fiori L, Carozzi C, Taho A, Petri D, Sganzerla E,
Gaini SM. Surgery and stenting As combined treatment of a symptomatic

46
tandem stenosis of the carotid artery. Acta Neurochir (Wien).
1999;141(11):1177-81.
176. Rouleau PA, Huston J 3rd, Gilbertson J, Brown RD Jr, Meyer FB, Bower
TC. Carotid artery tandem lesions: frequency of angiographic detection and
consequences for endarterectomy. AJNR Am J Neuroradiol. 1999 ;20(4):621-
5:
177. Saouaf R, Grassi CJ, Hartnell GG, Wheeler H, Suojanen JN. Complete
MR angiography and Doppler ultrasound as the sole imaging modalities prior
to carotid endarterectomy. Clin Radiol. 1998 ;53(8):579-86.
178. Levien LJ, Benn CA, Veller MG, Fritz VU. Retrograde balloon angioplasty
of brachiocephalic or common carotid artery stenoses at the time of carotid
endarterectomy. Eur J Vasc Endovasc Surg. 1998 ;15(6):521-7.
179. Sidhu PS, Morgan MB, Walters HL, Baskerville PA, Fraser SC. Technical
report: Combined carotid bifurcation endarterectomy and intra-operative
transluminal angioplasty of a proximal common carotid artery stenosis: an
alternative to extrathoracic bypass. Clin Radiol. 1998 ;53(6):444-7.
180. Chen JC, Salvian AJ, Taylor DC, Teal PA, Marotta TR, Hsiang YN. Can
duplex ultrasonography select appropriate patients for carotid
endarterectomy? Eur J Vasc Endovasc Surg. 1997 ;14(6):451-6.
181. Lin Y, Phillis JW. Deoxycoformycin and oxypurinol: protection against focal
ischemic brain injury in the rat. Brain Res. 1992 ;571(2):272-80.
182. Geuder JW, Lamparello PJ, Riles TS, Giangola G, Imparato AM. Is duplex
scanning sufficient evaluation before carotid endarterectomy? J Vasc Surg.
1989 ;9(2):193-201.
183. Moore WS. Does tandem lesion mean tandem risk in patients with carotid
artery disease? J Vasc Surg. 1988 ;7(3):454-5.
184. Bogousslavsky J, Barnett HJ, Fox AJ, Hachinski VC, Taylor W.
Atherosclerotic disease of the middle cerebral artery. Stroke. 1986
;17(6):1112-20.
185. Keagy BA, Poole MA, Burnham SJ, Johnson G Jr. Frequency, severity,
and physiologic importance of carotid siphon lesions. J Vasc Surg. 1986
;3(3):511-5:
186. Mukherjee D, Inahara T. A case of tandem lesions in the extracranial
internal carotid artery. Arch Surg. 1983;118(11):1351.
187. Sunohara N, Mukoyama M, Mano Y, Toyoshima E, Satoyoshi E. [Frontal
pseudoataxia, discussion on its mechanism (author's transl)] Rinsho
Shinkeigaku. 1981 ;21(8):671-81.
188. Day AL, Rhoton AL, Quisling RG. Resolving siphon stenosis following
endarterectomy. Stroke. 1980;11(3):278-81.

47
189. Treiman GS, Treiman RL, Foran RF, Levin PM, Cohen JL, Wagner
WH, Cossman DV. Spontaneous dissection of the internal carotid artery: A
nineteen-year clinical experience. J Vasc Surg 1996;24:597-607.
190. Neau JP, Petit E, Gil R. [Dissection of cervical arteries] Presse Med. 2001
;30(38):1882-9.
191. Rubinstein SM, Haldeman S. Cervical manipulation to a patient with a
history of traumatically induced dissection of the internal carotid artery: a case
report and review of the literature on recurrent dissections. J Manipulative
Physiol Ther. 2001;24(8):520-5.
192. Ad N, Lee P, Cox JL. Type A aortic dissection with associated anomaly of
the carotid and vertebral vessels. J Thorac Cardiovasc Surg. 2002
Mar;123(3):570-1.
193. Albuquerque FC, Han PP, Spetzler RF, Zabramski JM, Mcdougall CG.
Carotid dissection: technical factors affecting endovascular therapy. . Can J
Neurol Sci 2002 ;29(1):54-60.
194. Johnson SP, Fujitani RM, Leyendecker JR, Joseph FB. Stent
deformation and intimal hyperplasia complicating treatment of a post-carotid
endarterectomy intimal flap with a Palmaz stent. J Vasc Surg 1997;25:764-
768.
195. Thompson J.E. - Carotid surgery: The past is prologue. J. Vasc. Surg.,
25(1):131-140, 1997.
196. Benes V, Mohapl M. Alternative surgery for the kinked internal carotid
artery. Acta Neurochir (Wien) 2001;143(12):1267-71.
197. Gugulakis AG, Matsagas MI, Vasdekis SN, Giannakakis SG, Lazaris AM,
Sechas MN. Evolving techniques in the treatment of carotid artery kinking: the
use of resected redundant arterial segment. Am Surg. 2001;67(1):67-70.
198. Van Damme H, Sakalihasan N, Limet R. Fibromuscular dysplasia of the
internal carotid artery. Personal experience with 13 cases and literature
review. Acta Chir Belg. 1999;99(4):163-8.
199. Walker RA, Walker EA, McCabe A, Horrocks E, Budd JS, Horrocks M.
Vascular surgical society of great britain and ireland: Re-evaluation of criteria
for reoperation in carotid endarterectomy using intraoperative duplex imaging
Br J Surg 1999;86(5):691-2.
200. Taylor SM, Langan EM 3rd, Snyder BA, Cull DL, Crane
MM.Nonendarterectomy procedures of the carotid artery: a five-year review.
Am Surg. 1999;65(4):323-7.
201. Schenk P, Temmel A, Trattnig S, Kainberger F. Current aspects in
diagnosis and therapy of carotid artery kinking]HNO. 1996;44(4):178-85.
202. Koskas F, Kieffer E, Bahnini A, Ruotolo C, Rancurel G. Carotid eversion
endarterectomy: short- and long-term results. Ann Vasc Surg. 1995;9(1):9-15.

48
203. Koskas F, Bahnini A, Walden R, Kieffer E. Stenotic coiling and kinking of
the internal carotid artery. Ann Vasc Surg 1993 ;7(6):530-40.
204. Terada T, Tsuura M, Kinoshita Y, Yokote H, Itakura T, Hayashi S, Komai
N. Stenotic kinking of the cavernous internal carotid artery with a giant intra-
cavernous aneurysm: case report.Neuroradiology. 1994;36(8):608-10.
205. Baker WH, Koustas G, Burke K, Littooy FN, Greisler HP. Intraoperative
duplex scanning and late carotid artery stenosis.J Vasc Surg. 1994;19(5):829-
32.
206. Moreau P, Albat B, Thevenet A. Fibromuscular dysplasia of the internal
carotid artery: long-term surgical results. J Cardiovasc Surg (Torino). 1993
;34(6):465-72.
207. Sise MJ, Ivy ME, Malanche R, Ranbarger KR. Polytetrafluoroethylene
interposition grafts for carotid reconstruction. J Vasc Surg. 1992;16(4):601-6.
208. Miller N, Dardik H. Kink in the internal carotid artery. Can J Surg.
1991;34(3):205-6.
209. Collins PS, Orecchia P, Gomez E. A technique for correction of carotid
kinks and coils following endarterectomy. Ann Vasc Surg. 1991;5(2):116-20.
210. Nicholls SC, Phillips DJ, Primozich JF, Lawrence RL, Kohler TR, Rudd
TG,Strandness DE Jr. Diagnostic significance of flow separation in the carotid
bulb. Stroke. 1989;20(2):175-82.
211. Wiechowski SW, Mierzecki AM. Surgical treatment of cerebrovascular
insufficiency in patients with pathological elongation of the internal carotid
artery. Eur J Vasc Surg 1988;2(2):105-10.
212. Pappada G, Guazzoni A, Panzarasa G, Sani R, Allegra G, Geuna E. Early
postoperative angiographic findings after carotid endarterectomy.Acta
Neurochir (Wien) 1988;95(3-4):114-20.
213. End A, Ehrmann L, Wimberger D, Magometschnigg H, Schreiner W,
Staudacher M.[Kink stenosis of the internal carotid artery--surgical or
conservative therapy?] Vasa Suppl. 1988;26:153-6.
214. Kohler TR, Langlois Y, Roederer GO, Phillips DJ, Beach KW, Primozich
J,Lawrence R, Nicholls SC, Strandness DE Jr. Variability in measurement of
specific parameters for carotid duplex examination. Ultrasound Med Biol.
1987;13(10):637-42.
215. Chino ES. A simple method for combined carotid endarterectomy and
correction of internal carotid artery kinking. J Vasc Surg 1987;6(2):197-9.
216. Hans SS. Resection of extracranial carotid artery aneurysm and correction
of kink. Surg Gynecol Obstet 1987;164(4):384-6.
217. Effeney DJ, Giuliano A, Krupski WC, Goldstone J. Intraluminal thrombus
from a kink at the distal end of a carotid aneurysm. J Cardiovasc Surg
(Torino)1984;25(5):469-72.

49
218. Rosenthal D, Stanton PE Jr, Lamis PA, McClusky D. Surgical correction of
the kinked carotid artery. Am J Surg 1981;141(2):295-6.
219. Hermanns B, Dittrich H, Jelesijevic V, Knoll D, Storm G.
Ophthalmodynamic studies in kinking of the internal carotid artery. Surgical
implications. Thorac Cardiovasc Surg 1980;28(1):61-3.
220. Sauvage LR, Walker MW, Berger K, Robel SB, Lischko MM, Yates SG,
Logan GA. Current arterial prostheses. Experimental evaluation by
implantation in the carotid and circumflex coronary arteries of the dog.Arch
Surg. 1979 Jun;114(6):687-91.
221. Nadjafi AS, Vollmar J. [Clinical significance and surgical treatment of kink-
stenoses in the internal carotid artery]Med Welt. 1976;27(50):2420-2.
222. Desai B, Toole JF. Kinks, coils, and carotids: a review.Stroke
1975;6(6):649-53.
223. Herrmann HD, Fischer D, Loew F. Experiences with intraluminal occlusion
with the Fogarty catheter in the treatment of carotid-cavernous sinus fistulas
and other lesions at the base of the skull. Acta Neurochir (Wien)1975;32(1-
2):35-54.
224. Isermann H. [Abnormally large loops and kink formation of the carotid
artery in the neck and unusually dilated arteries in the carotid angiogram]
Nervenarzt 1970l;41(7):355-6.
225. Beebe H, Archie JP, Baker WB, Barnes RW et al. Concern about safety of
carotid angioplasty. Stroke 1996;27:197-8.
226. Clagett GP, Barnett HJM, Easton JD. The carotid artery stenting versus
endarterectomy trial (CASET) Cardiovasc. Surg. 1997;5(5):454-6.
227. Diethrich EB, Ndiaye M, Reid DB. Stenting in the carotid artery: initial
experience in 110 patients. J Endovasc Surg 1996;3:42-62.
228. Thompson JE. Caroditis angioplasty - a reserved position. Cardiovasc.
Surg. 1997;5(5):459-460, 1997.
229. Veith FJ, Amor M, Ohki T, Beebe HG, Bell PR, Bolia A, Bergeron P,
Connors JJ 3rd, Diethrich EB, Ferguson RD, Henry M, Hobson RW 2nd,
Hopkins LN, Katzen BT, Matthias K, Roubin GS, Theron J, Wholey MH,
Yadav SS. Current status of carotid bifurcation angioplasty and stenting
based on a consensus of opinion leaders. J Vasc Surg 2001;33(2
Suppl):S111-6.
230. Vale FL, Fisher WS 3rd, Jordan WD Jr, Palmer CA, Vitek J. Carotid
endarterectomy performed after progressive carotid stenosis following
angloplasty and stent placement. Case report. J Neurosurg 1997;87(6):940-3,
1997.
231. Yadav JY, Roubin GS, Iyer S, Vitek J, King P, Jordan WD, Fisher WS.
Elective stenting of the extracranial carotid arteries. Circulation 1997;95:376-
81.

50
232. Yao JS. Carotid stent in the treatment of carotid stenosis: a debate.
Cardiovasc. Surg. 1997;5(5):453.
233. Wholey MH, Wholey M, Bergeron P, Diethrich EB, Henry M, Laborde JC,
Mathias K, Myla S, Roubin GS, Shawl F, Theron JG, Yadav JS, Dorros G,
Guimaraens J, Higashida R, Kumar V, Leon M, Lim M, Londero H, Mesa J,
Ramee S, Rodriguez A, Rosenfield K, Teitelbaum G, Vozzi C. Current global
status of carotid artery stent placement. Cathet Cardiovasc Diagn 1998
;44(1):1-6 Comment in: Cathet Cardiovasc Diagn. 1998 ;44(1):7-8.
234. Hanley HG, Sheridan FM, Rivera E. Carotid stenting: a technology in
evolution. J La State Med Soc 2000 ;152(5):235-8.
235. Wholey MH, Wholey M, Mathias K, Roubin GS, Diethrich EB, Henry M,
Bailey S, Bergeron P, Dorros G, Eles G, Gaines P, Gomez CR, Gray B,
Guimaraens J, Higashida R, Ho DS, Katzen B, Kambara A, Kumar V,
Laborde JC, Leon M, Lim M, Londero H, Mesa J, Musacchio A, Myla S,
Ramee S, Rodriquez A, Rosenfield K, Sakai N, Shawl F, Sievert H,
Teitelbaum G, Theron JG, Vaclav P, Vozzi C, Yadav JS, Yoshimura SI.
Global experience in cervical carotid artery stent placement. Catheter
Cardiovasc Inter; 2000; 50(2):160-7.
236. Hanley HG, Sheridan FM, Rivera E. Carotid stenting: a technology in
evolution. J La State Med Soc 2000 ;152(5):235-8.
237. New G, Roubin GS, Iyer SS, Vitek JJ, Wholey MH, Diethrich EB, Hopkins
LN, Hobson RW 2nd, Leon MB, Myla SV, Shawl F, Ramee SR, Yadav JS,
Rosenfield K, Liu MW, Gomez CR, Al-Mubarak N, Gray WA, Tan WA,
Goldstin JE, Stack RS. Safety, efficacy, and durability of carotid artery
stenting for restenosis following carotid endarterectomy: a multicenter study. J
Endovasc Ther 2000 ;7(5):345-52.
238. Hobson RW 2nd, Howard VJ, Brott TG, Howard G, Roubin GS, Ferguson
RD. Organizing the Carotid Revascularization Endarterectomy versus
Stenting Trial (CREST): National Institutes of Health, Health Care Financing
Administration, and industry funding. Curr Control Trials Cardiovasc Med.
2001;2(4):160-164.
239. Roubin GS, Hobson RW 2nd, White R, Diethrich EB, Fogarty TJ, Wholey
M, Zarins CK. CREST and CARESS to evaluate carotid stenting: time to get
to work! J Endovasc Ther 2001;8(2):107-10.
240. Jaeger H, Mathias K, Drescher R, Hauth E, Bockisch G, Demirel E, Gissler
HM. Clinical results of cerebral protection with a filter device during stent
implantation of the carotid artery. Cardiovasc Intervent Radiol 2001
;24(4):249-56.
241. Brooks WH, McClure RR, Jones MR, Coleman TC, Breathitt L. Carotid
angioplasty and stenting versus carotid endarterectomy: randomized trial in a
community hospital. J Am Coll Cardiol. 2001 ;38(6):1589-95.

51
242. Chaturvedi S, Sohrab S, Tselis A. Carotid stent thrombosis: report of 2
fatal cases Stroke 2001;32(11):2700-2.
243. Amar AP, Larsen DW, Teitelbaum GP. Percutaneous carotid angioplasty
and stenting with the use of gadolinium in lieu of iodinated contrast medium:
technical case report and review of the literature. Neurosurgery 2001
;49(5):1262-6.
244. Amar AP, Larsen DW, Teitelbaum GP. Percutaneous carotid angioplasty
and stenting with the use of gadolinium in lieu of iodinated contrast medium:
technical case report and review of the literature. Neurosurgery 2001
;49(5):1262-6.
245. Chuang YM, Wu HM. Early recognition of cerebral hyperperfusion
syndrome after carotid stenting--a case report. Kaohsiung J Med Sci 2001
;17(9):489-94.
246. Ohta H, Sakai N, Nagata I, Sakai H, Higashi T, Takahashi J. [Bilateral
carotid stenting for radiation-induced arterial stenosis]. No Shinkei Geka 2001
;29(6):559-63.
247. Uchida N, Ishihara H, Sakashita M, Kanou M, Sumiyoshi T. Repair of the
thoracic aorta by transaortic stent grafting (open stenting). Ann Thorac Surg
2002 ;73(2):444-8; discussion 449.
248. Angelini A, Reimers B, Della Barbera M, Sacca S, Pasquetto G, Cernetti
C, Valente M, Pascotto P, Thiene G. Cerebral protection during carotid artery
stenting: collection and histopathologic analysis of embolized debris. Stroke
2002 ;33(2):456-61.
249. Thompson CS, Ramaiah VG, Rodriguez JA, Diethrich EB Regarding
"Preprocedural risk stratification: Identifying an appropriate population for
carotid stenting". . J Vasc Surg 2002 ;35(1):181-2.
250. Jordan WD Jr, Alcocer F, Wirthlin DJ, Fisher WS, Warren JA, McDowell
HA Jr, Whitley WD. High-risk carotid endarterectomy: Challenges for carotid
stent protocols. J Vasc Surg 2002 ;35(1):16-22.
251. Ouriel K, Yadav JS. The role of stents in patients with carotid disease
(review). Rev Cardiovasc Med. 2003 ;4(2):61-7.
252. Birkmeyer JD, Stukel TA, Siewers AE, Goodney PP, Wennberg DE, Lucas
FL. Surgeon volume and operative mortality in the United States. N Engl J
Med. 2003;349(22):2117-27.
253. Ecker RD, Pichelmann MA, Meissner I, Meyer FB. Durability of Carotid
Endarterectomy. Stroke 2003 ;34(12):2941-2944.
254. Jones JW, McCullough LB, Richman BW. Management of disagreements
between attending and consulting physicians. J Vasc Surg 2003;38(5):1137-
1138.

52
255. Sheikh K, Bullock C. Variation and changes in state-specific carotid
endarterectomy and 30-day mortality rates, United States, 1991-2000. J Vasc
Surg 2003;38(4):779-84.
256. Wholey MH, Al-Mubarek N, Wholey MH. Updated review of the global
carotid artery stent registry. Catheter Cardiovasc Interv. 2003;60(2):259-66.
257. Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia vascular. Carótida,
consenso. 1998.
258. Alozairi O, MacKenzie RK, Morgan R, Cooper G, Engeset J, Brittenden J.
Carotid endarterectomy in patients aged 75 and over: early results and late
outcome. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2003;26(3):245-9.
259. Nystedt P, Lyttkens CH. Age diffusion never stops? Carotid
endarterectomy among the elderly. Appl Health Econ Health Policy.
2003;2(1):3-7.
260. Roberts WC, Laborde NJ 3rd, Pearl GJ. Comparison of ages between
men and women and their distribution across five age decades among
patients undergoing carotid endarterectomy. Am J Cardiol. 2003;92(6):762-3.
261. Rockman CB, Svahn JK, Willis DJ, Lamparello PJ, Adelman MA,
Jacobowitz GR, Lee AM, Gagne P, Deutsch E, Landis R, Riles TS. Carotid
endarterectomy in patients 55 years of age and younger. Ann Vasc Surg.
2001;15(5):557-62.
262. Maxwell JG, Taylor AJ, Maxwell BG, Brinker CC, Covington DL, Tinsley E
Jr. Carotid endarterectomy in the community hospital in patients age 80 and
older. Ann Surg. 2000;231(6):781-8.
263. Wong DT, Ballard JL, Killeen JD. Carotid endarterectomy and abdominal
aoritc aneurysm repair: are these reasonable treatments for patients over age
80? Am Surg 1998;64(10):998-1001.
264. Perler BA, Dardik A, Burleyson GP, Gordon TA, Williams GM. Influence of
age and hospital volume on the results of carotid endarterectomy: a statewide
analysis of 9918 cases. J Vasc Surg. 1998;27(1):25-31.
265. Levy PJ, Olin JW, Piedmonte MR, Young JR, Hertzer NR. Carotid
endarterectomy in adults 50 years of age and younger: a retrospective
comparative study. J Vasc Surg. 1997;25(2):326-31.
266. Perler BA. The impact of advanced age on the results of carotid
endarterectomy: an outcome analysis. J Am Coll Surg. 1996;183(6):559-64.
267. Roques XF, Baudet EM, Clerc F. Results of carotid endarterectomy in
patients 75 years of age and older. J Cardiovasc Surg (Torino).
1991;32(6):726-31.
268. Maxwell JG, Rutherford EJ, Covington DL, Churchill P, Patrick RD, Scott
C, Clancy TV. Community hospital carotid endarterectomy in patients over
age 75. Am J Surg. 1990;160(6):598-603.

53
269. Pinkerton JA Jr, Gholkar VR. Should patient age be a consideration in
carotid endarterectomy? J Vasc Surg. 1990;11(5):650-8.
270. Raithel D, Grobe T. Follow-up after carotid endarterectomy with special
reference to the age(author's transl)] Aktuelle Gerontol. 1982;12(3):88-9.
271. Ennix CL Jr, Lawrie GM, Morris GC Jr, Crawford ES, Howell JF, Reardon
MJ,Weatherford SC. Improved results of carotid endarterectomy in patients
with symptomatic coronary disease: an analysis of 1,546 consecutive carotid
operations. Stroke 1979;10(2):122-5.
272. Edwards JH, Kricheff II, Riles T, Imparato A. Angiographically undetected
ulceration of the carotid bifurcation as a cause of embolic stroke. Radiology.
1979;132(2):369-73.
273. Imparato AM, Riles TS, Gorstein F. The carotid bifurcation plaque:
pathologic findings associated with cerebral ischemia. Stroke.
1979;10(3):238-45.
274. Riles TS, Kopelman I, Imparato AM. Myocardial infarction following carotid
endarterectomy: a review of 683 operations. Surgery 1979;85(3):249-52.
275. Prough DS, Scuderi PE, Stullken E, Davis CH Jr. Myocardial infarction
following regional anaesthesia for carotid endarterectomy. Can Anaesth Soc
J. 1984;31(2):192-6.
276. Emery RW, Cohn LH, Whittemore AD, Mannick JA, Couch NP, Collins JJ
Jr. Coexistent carotid and coronary artery disease. Surgical management.
Arch Surg 1983;118(9):1035-8.
277. Babu SC, Shah PM, Singh BM, Semel L, Clauss RH, Reed GE. Coexisting
carotid stenosis in patients undergoing cardiac surgery: indications and
guidelines for simultaneous operations. Am J Surg 1985;150(2):207-11.
278. Barnes RW. Asymptomatic carotid disease in patients undergoing major
cardiovascular operations: can prophylactic endarterectomy be justified? Ann
Thorac Surg 1986;42(6 Suppl):S36-40.
279. Moore WS, Treiman RL, Hertzer NR, Veith FJ, Perry MO, Ernst CB.
Guidelines for hospital privileges in vascular surgery. J Vasc Surg 1989
;10(6):678-82.
280. Hertzer NR, Loop FD, Beven EG, O'Hara PJ, Krajewski LP. Surgical
staging for simultaneous coronary and carotid disease: a study including
prospective randomization. J Vasc Surg 1989;9(3):455-63.
281. Lord RS, Graham AR. The validity of internal carotid back pressure
measurements during carotid endarterectomy for unilateral carotid stenosis.
Aust N Z J Surg 1986;56(6):493-7.
282. Cremer J, Harringer W, Brandt M, Steinhoff G, Haverich A. [Simultaneous
operations of the carotid bifurcation and coronary vessels in moderate
systemic hypothermia] Langenbecks Arch Chir Suppl Kongressbd.
1996;113:1021-3.

54
283. Giangola G, Migaly J, Riles TS, Lamparello PJ, Adelman MA, Grossi E,
Colvin SB, Pasternak PF, Galloway A, Culliford AT, Esposito R, Ribacove G,
Crawford BK, Glassman L, Baumann FG, Spencer FC. Perioperative
morbidity and mortality in combined vs. staged approaches to carotid and
coronary revascularization. Ann Vasc Surg. 1996;10(2):138-42.
284. Everson SA, Kauhanen J, Kaplan GA, Goldberg DE, Julkunen J,
Tuomilehto J, Salonen JT. Hostility and increased risk of mortality and acute
myocardial infarction: the mediating role of behavioral risk factors. Am J
Epidemiol. 1997;146(2):142-52.
285. Takach TJ, Reul GJ Jr, Cooley DA, Duncan JM, Ott DA, Livesay JJ,
Hallman GL, Frazier OH. Is an integrated approach warranted for concomitant
carotid and coronary artery disease? Ann Thorac Surg. 1997;64(1):16-22.
286. Takach TJ, Beggs ML, Nykamp VJ, Reul GJ Jr. Concomitant cerebral and
coronary subclavian steal. Ann Thorac Surg. 1997;63(3):853-4.
287. Towne JB, Bernhard VM. Neurologic deficit following carotid
endarterectomy. Surg Gynecol Obstet. 1982;154(6):849-52.
288. Asiddao CB, Donegan JH, Whitesell RC, Kalbfleisch JH. Factors
associated with perioperative complications during carotid endarterectomy.
Anesth Analg. 1982;61(8):631-7.
289. Bladin CF, Alexandrova NA, Murphy J, Alexandrov AV, Maggisano R,
Norris JW. The clinical value of methods to measure carotid stenosis. Int
Angiol. 1996;15(4):295-9.
290. Alexandrova NA, Gibson WC, Norris JW, Maggisano R. Carotid artery
stenosis in peripheral vascular disease. J Vasc Surg 1996;23(4):645-9.
291. Frank JI, Ropper AH, Zuniga G. Vasodepressor carotid sinus syncope
associated with a neck mass. Neurology 1992;42(6):1194-7.
292. Frank E, Brown BM, Wilson DF. Asymptomatic fusiform aneurysm of the
petrous carotid artery in a patient with von Recklinghausen's
neurofibromatosis. Surg Neurol 1989;32(1):75-8.
293. Longstreth WT Jr, Shemanski L, Lefkowitz D, O'Leary DH, Polak JF,
Wolfson SK Jr. Asymptomatic internal carotid artery stenosis defined by
ultrasound and the risk of subsequent stroke in the elderly. The
Cardiovascular Health Study. Stroke. 1998;29(11):2371-6.
294. Pulsinelli WA, Levy DE, Duffy TE. Regional cerebral blood flow and
glucose metabolism following transient forebrain ischemia. Ann Neurol
1982;11(5):499-502.
295. Pulsinelli WA, Duffy TE. Local cerebral glucose metabolism during
controlled hypoxemia in rats. Science. 1979;204(4393):626-9.
296. Duffy TE, Pulsinelli WA. Regional cerebral glucose metabolism during
hypoxia. Adv Neurol 1979;26:287-92.

55
297. Longstreth WT Jr, Copass MK, Dennis LK, Rauch-Matthews ME, Stark
MS, Cobb LA. Intravenous glucose after out-of-hospital cardiopulmonary
arrest: a community-based randomized trial.Neurology. 1993;43(12):2534-41.
298. Michaud LJ, Rivara FP, Longstreth WT Jr, Grady MS. Elevated initial
blood glucose levels and poor outcome following severe brain injuries in
children. J Trauma 1991 ;31(10):1356-62.
299. Longstreth WT Jr, Diehr P, Cobb LA, Hanson RW, Blair AD. Neurologic
outcome and blood glucose levels during out-of-hospital cardiopulmonary
resuscitation. Neurology 1986;36(9):1186-91.
300. Mullner M, Sterz F, Binder M, Schreiber W, Deimel A, Laggner AN. Blood
glucose concentration after cardiopulmonary resuscitation influences
functional neurological recovery in human cardiac arrest survivors. J Cereb
Blood Flow Metab 1997;17(4):430-6.
301. Calle PA, Buylaert WA, Vanhaute OA. Glycemia in the post-resuscitation
period. The Cerebral Resuscitation Study Group. Resuscitation. 1989;17
Suppl:S181206.
302. Nakakimura K, Fleischer JE, Drummond JC, Scheller MS, Zornow MH,
Grafe MR, Shapiro HM. Glucose administration before cardiac arrest worsens
neurologic outcome in cats. Anesthesiology. 1990;72(6):1005-11.
303. Norhammar AM, Ryden L, Malmberg K. Admission plasma glucose.
Independent risk factor for long-term prognosis after myocardial infarction
even in nondiabetic patients. Diabetes Care. 1999;22(11):1827-31.
304. Salerno DM, Asinger RW, Elsperger J, Ruiz E, Hodges M. Frequency of
hypokalemia after successfully resuscitated out-of-hospital cardiac arrest
compared with that in transmural acute myocardial infarction. Am J Cardiol.
1987;59(1):84-8.
305. Tirschwell DL, Longstreth WT Jr, Rauch-Matthews ME, Chandler WL,
Rothstein T, Wray L, Eng LJ, Fine J, Copass MK. Cerebrospinal fluid creatine
kinase BB isoenzyme activity and neurologic prognosis after cardiac arrest.
Neurology. 1997;48(2):352-7.
306. Longstreth WT Jr, Clayson KJ, Chandler WL, Sumi SM. Cerebrospinal
fluid creatine kinase activity and neurologic recovery after cardiac arrest.
Neurology 1984;34(6):834-7.
307. Grubb NR, Elton RA, Fox KA. In-hospital mortality after out-of-hospital
cardiac arrest. Lancet 1995;346(8972):417-21.
308. Urban P, Scheidegger D, Buchmann B, Barth D. Cardiac arrest and blood
ionized calcium levels. Ann Intern Med 1988;109(2):110-3.
309. Adams HP Jr, Olinger CP, Marler JR, Biller J, Brott TG, Barsan WG,
Banwart K. Comparison of admission serum glucose concentration with
neurologic outcome in acute cerebral infarction. A study in patients given
naloxone. Stroke. 1988;19(4):455-8.

56
310. Schreiber W, Gabriel D, Sterz F, Muellner M, Kuerkciyan I, Holzer
M,Laggner AN. Thrombolytic therapy after cardiac arrest and its effect on
neurological outcome. Resuscitation 2002;52(1):63-9.
311. Kim C, Becker L, Eisenberg MS. Out-of-hospital cardiac arrest in
octogenarians and nonagenarians. Arch Intern Med 2000;160(22):3439-43.
312. Warner KE, Ernster VL, Holbrook JH, Lewit EM, Pertschuk M, Steinfeld JL,
Whelan EM. Public policy on smoking and health: toward a smoke-free
generation by the year 2000. A statement of a working group to the
Subcommittee on Smoking of the American Heart Association. Circulation
1986;73(2):381A-395A.
313. Smoking and health: a physician's responsibility. A statement of the Joint
Committee on Smoking and Health. American College of Chest Physicians,
American Thoracic Society, Asian Pacific Society of Respirology, Canadian
Thoracic Society, European Respiratory Society, International Union against
Tuberculosis and Lung Disease. Respirology 1996;1(1):73-7.
314. Wylie EJ, Hein MF, Adams JE. Intracranial hemorrhage following surgical
revascularization for treatment of acute strokes. J Neurosurg 21:212-218,
1964.
315. Rob CG. Operation for acute completed stroke due to thrombosis of the
internal carotid artery. Surgery. 1969;65(5):862-5.
316. Bond R, Narayan SK, Rothwell PM, Warlow CP; European Carotid
Surgery Trialists' Collaborative Group. Clinical and radiographic risk factors
for operative stroke and death in the European carotid surgery trial. Eur J
Vasc Endovasc Surg 2002;23(2):108-16.
317. Buxton RB, Kerber CW, Frank LR. Pulsatile flow artifacts in two-
dimensional time-of-flight MR angiography: initial studies in elastic models of
human carotid arteries. J Magn Reson Imaging 1993;3(4):625-36.
318. Bower TC, Merrell SW, Cherry KJ Jr, Toomey BJ, Hallett JW Jr, Gloviczki
P, Naessens JM, Pairolero PC. Advanced carotid disease in patients requiring
aortic reconstruction. Am J Surg. 1993;166(2):146-51.
319. Gasecki AP, Ferguson GG, Eliasziw M, Clagett GP, Fox AJ, Hachinski V,
Barnett HJ. Early endarterectomy for severe carotid artery stenosis after a
nondisabling stroke: results from the North American Symptomatic Carotid
Endarterectomy Trial. J Vasc Surg. 1994;20(2):288-95.
320. Hoffmann M, Robbs JV, Abdool Carrim AT. Carotid endarterectomy after
recent stroke--how soon? An interim analysis. S Afr J Surg. 1998;36(2):63-7.
321. Bhatti TS, Harradine K, Davies B, Heather BP, Earnshaw JJ. First year of
a fast track carotid duplex service. J R Coll Surg Edinb 1999 ;44(5):307-9.
322. Hoffmann M, Robbs J. Carotid endarterectomy after recent cerebral
infarction. Eur J Vasc Endovasc Surg. 1999 ;18(1):6-10.

57
323. Ballotta E, Da Giau G, Baracchini C, Abbruzzese E, Saladini M,
Meneghetti G. Early versus delayed carotid endarterectomy after a
nondisabling ischemic stroke: a prospective randomized study. Surgery. 2002
;131(3):287-93.
324. Steed DL, Peitzman AB, Grundy BL, Webster MW. Causes of stroke in
carotid endarterectomy. Surgery 1982;92(4):634-41.
325. Naylor AR, Rothwell PM, Bell PR. Overview of the principal results and
secondary analyses from the European and North American randomised trials
of endarterectomy for symptomatic carotid stenosis. Eur J Vasc Endovasc
Surg 2003;26(2):115-29.
326. Streifler JY, Eliasziw M, Benavente OR, Alamowitch S, Fox AJ, Hachinski
V, Barnett HJ; North American Symptomatic Carotid Endarterectomy Trial
Group. Development and progression of leukoaraiosis in patients with brain
ischemia and carotid artery disease. Stroke 2003;34(8):1913-6.
327. Crisby M. Editorial comment--Risk stratification by clinical symptoms and
timing of carotid endarterectomy: how could it optimize our decision making
and benefit patients with carotid stenosis? Stroke 2003;34(9):2302-3.
328. MacKenzie R, Nimmo F, Bachoo P, Alozairi O, Brittenden J. The
relationship between socio-economic status, geography, symptomatic carotid
territory disease and carotid endarterectomy. Eur J Vasc Endovasc Surg
2003;26(2):145-9.
329. Illig KA, Shortell CK, Zhang R, Sternbach Y, Rhodes JM, Davies MG,
Ouriel K,Tansky W, Johansson M, Green RM. Carotid endarterectomy then
and now: outcome and cost-effectiveness of modern practice. Surgery
2003;134(4):705-12.
330. Dawson DL, Zierler RE, Strandness DE Jr, Clowes AW, Kohler TR. The
role of duplex scanning and arteriography before carotid endarterectomy: a
prospective study. J Vasc Surg 1993;18(4):673-83.
331. Turnipseed WD, Kennell TW, Turski PA, Acher CW, Hoch JR. Magnetic
resonance angiography and duplex imaging: noninvasive tests for selecting
symptomatic carotid endarterectomy candidates. Surgery 1993;114(4):643-9.
332. McKittrick JE, Cisek PL, Pojunas KW, Blum GM, Ortgiesen P, Lim RA. Are
both color-flow duplex scanning and cerebral arteriography required prior to
carotid endarterectomy? Ann Vasc Surg 1993;7(4):311-6.
333. Mittl RL Jr, Broderick M, Carpenter JP, Goldberg HI, Listerud J, Mishkin
MM,Berkowitz HD, Atlas SW. Blinded-reader comparison of magnetic
resonance angiography and duplex ultrasonography for carotid artery
bifurcation stenosis. Stroke 1994;25(1):4-10.
334. Ballard JL, Fleig K, De Lange M, Killeen JD. The diagnostic accuracy of
duplex ultrasonography for evaluating carotid bifurcation. Am J Surg
1994;168(2):123-30.

58
335. Lustgarten JH, Solomon RA, Quest DO, Khanjdi AG, Mohr JP. Carotid
endarterectomy after noninvasive evaluation by duplex ultrasonography and
magnetic resonance angiography. Neurosurgery 1994;34(4):612-9.
336. Carriero A, Ucchino S, Magarelli N, Legnini M, Macri MA, Napolitano AM,
Bonomo L. Carotid bifurcation stenosis: a comparative study between MR
angiography and duplex scanning with respect to digital subtraction
angiography. J Neuroradiol 1995;22(2):103-11.
337. Patel MR, Kuntz KM, Klufas RA, Kim D, Kramer J, Polak JF, Skillman JJ,
Whittemore AD, Edelman RR, Kent KC. Preoperative assessment of the
carotid bifurcation. Can magnetic resonance angiography and duplex
ultrasonography replace contrast arteriography? Stroke 1995;26(10):1753-8.
338. Erdoes LS, Marek JM, Mills JL, Berman SS, Whitehill T, Hunter GC,
Feinberg W, Krupski W. The relative contributions of carotid duplex canning,
magnetic resonance angiography, and cerebral arteriography to clinical
decisionmaking: a prospective study in patients with carotid occlusive
disease. J Vasc Surg 1996;23(5):950-6.
339. Ballard JL, Deiparine MK, Bergan JJ, Bunt TJ, Killeen JD, Smith LL. Cost-
effective evaluation and treatment for carotid disease. Arch Surg
1997;132(3):268-71.
340. Collier PE. Changing trends in the use of preoperative carotid
arteriography: the community experience. Cardiovasc Surg 1998;6(5):485-9.
341. Ozaki CK, Irwin PB, Flynn TC, Huber TS, Seeger JM. Surgical decision
making for carotid endarterectomy and contemporary magnetic resonance
angiography. Am J Surg 1999;178(3):182-4.
342. Modaresi KB, Cox TC, Summers PE, Jarosz JM, Verma H, Taylor PR,
Padayachee TS. Comparison of intra-arterial digital subtraction angiography,
magnetic resonance angiography and duplex ultrasonography for measuring
carotid artery stenosis. Br J Surg 1999;86(11):1422-6.
343. Golledge J, Ellis M, Sabharwal T, Sikdar T, Davies AH, Greenhalgh RM.
Selection of patients for carotid endarterectomy. J Vasc Surg 1999;30(1):122-
30.
344. Abou-Zamzam AM Jr, Moneta GL, Edwards JM, Yeager RA, Taylor LM Jr,
Porter JM. Is a single preoperative duplex scan sufficient for planning bilateral
carotid endarterectomy? J Vasc Surg 2000;31(2):282-8.
345. Back MR, Wilson JS, Rushing G, Stordahl N, Linden C, Johnson BL,
Bandyk DF. Magnetic resonance angiography is an accurate imaging adjunct
to duplex ultrasound scan in patient selection for carotid endarterectomy. J
Vasc Surg 2000;32(3):429-40.
346. Wikstrom J, Johansson LO, Rossitti S, Karacagil S, Ahlstrom H. High-
resolution carotid artery MRA. Comparison with fast dynamic acquistion and
duplex ultrasound scanning. Acta Radiol 2002;43(3):256-61.

59
347. Back MR, Rogers GA, Wilson JS, Johnson BL, Shames ML, Bandyk DF.
Magnetic resonance angiography minimizes need for arteriography after
inadequate carotid duplex ultrasound scanning. J Vasc Surg 2003;38(3):422-
31.
348. Lei M, Archie JP, Kleinstreuer C. Computational design of a bypass graft
that minimizes wall shear stress gradients in the region of the distal
anastomosis. J Vasc Surg 25:637-646, 1997.
349. Rockman CB, Riles TS, Gold M, Lamparello PJ, Giangola G, Adelman
MA, Landis R, Imparato AM. A comparison of regional and general
anesthesia in patients undergoing carotid endarterectomy. J Vasc Surg
1996;24(6):946-953.
350. Reivich M, Holling E, Roberts B. Toole JF: Reversal of blood flow through
the vertebral artery and its effects on cerebral circulation. N Engl J Med
265:878-879, 1961.
351. Wells BA, Keats AS, Cooley DA: Induced tolerance to cerebral ischemia
produced by general anesthesia during temporary carotid occlusion. Surgery
54:216, 1963.
352. Thompson JE, Kartchner MM, Austin DJ, et al. Carotid endarterectomy for
cerebrovascular insufficiency (stroke): follow-up of 359 cases. Ann Surg
163:751-763, 1966.
353. Riles TS, Gold MS, Lamparello MAA. Regional anesthesia for carotid
endarterectomy. In: CALLIGARI KD, DeLAURENTIS DA, BAKER WH ED.
Management of extracranial cerebrovascular disease. Philadelphia,
Lippincott-Raven, 1997. Cap.9, 111-21.
354. Tangkanakul C, Counsell C, Warlow C. Carotid endarterectomy pertormed
under local anaesthetic compared to general anaesthetic: a systematic review
of the evidence. In: Warlow C, Van Gijn J. Sandercock P (eds.) Stroke
Module of The Cochrane Database of Systematic Reviews, [updated 02
December 1996]. Available in The Cochrane Library [database on disk and
CDROMl. The Cochrane Collaboration; Issue 1. Oxtord: Update Software;
1997. Updated quarterly.
355. Tangkanakul C, Counsell CE, Warlow CP. Local versus general
anaesthesia in carotid endarterectomy: a systematic review of the evidence.
European J Vasc Endovasc Surg 13(5): 491-499, 1997.
356. Bond R, Warlow CP, Naylor AR, Rothwell PM; European Carotid Surgery
Trialists' Collaborative Group. Variation in surgical and anaesthetic technique
and associations with operative risk in the European carotid surgery trial:
implications for trials of ancillary techniques.Eur J Vasc Endovasc Surg
2002;23(2):117-26.
357. Berguer, R., Eversion Endarterectomy of the Carotid Bifurcation. In
Current Critical Problems in Vascular Surgery, Vol. 5.,ed. F. J. Veith. Quality
Medical Publishing, St. Louis, 1993, 441-447.

60
358. Darling RC, Paty PSK, Shah DM, et al. Eversion endarterectomy of the
internal carotid artery: Technique and results in 449 procedures. Surgery
120:635-40, 1996.
359. Darling RC 3rd, Mehta M, Roddy SP, Paty PS, Kreienberg PB, Ozsvath
KJ, Chang BB, Shah DM. Eversion carotid endarterectomy: a technical
alternative that may obviate patch closure in women. Cardiovasc Surg.
2003;11(5):347-52.
360. Friedman SG. Clinical application of eversion carotid endarterectomy.
Vasc Endovascular Surg. 2003;37(4):239-44.
361. Cao P, De Rango P, Zannetti S. Eversion vs conventional carotid
endarterectomy: a systematic review. Eur J Vasc Endovasc Surg
2002;23(3):195-201.
362. Iseli TA, Puttaswamy V, Campbell WA, Atkinson NR. Eversion carotid
endarterectomy. ANZ J Surg 2001;71(10):570-3.
363. Katras T, Baltazar U, Rush DS, Sutterfield WC, Harvill LM, Stanton PE Jr.
Durability of eversion carotid endarterectomy: comparison with primary
closure and carotid patch angioplasty. J Vasc Surg 2001;34(3):453-8.
364. Osman HY, Gibbons CP. Completion angioscopy following carotid
endarterectomy by the eversion technique or the standard longitudinal
arteriotomy with patch closure. Ann R Coll Surg Engl 2001;83(3):149-53.
365. Cao PG, de Rango P, Zannetti S, Giordano G, Ricci S, Celani MG.
Eversion versus conventional carotid endarterectomy for preventing stroke.
Cochrane Database Syst Rev 2001;(1):CD001921.
366. Chang BB, Darling RC 3rd, Patel M, Roddy SP, Paty PS, Kreienberg PB,
Lloyd WE, Shah DM. Use of shunts with eversion carotid endarterectomy. J
Vasc Surg 2000;32(4):655-62.
367. Radak D, Radevic B, Sternic N, Vucurevic G, Petrovic B, Ilijevski N,
Radicevic S, Neskovic AN, Bojic M. Single center experience on eversion
versus standard carotid endarterectomy: a prospective non-randomized
study. Cardiovasc Surg 2000;8(6):422-8.
368. Gao MY, Sillesen HH, Lorentzen JE, Schroeder TV. Eversion carotid
endarterectomy generates fewer microemboli than standard carotid
endarterectomy. Eur J Vasc Endovasc Surg 2000;20(2):153-7.
369. Ballotta E, Renon L, Da Giau G, Toniato A, Baracchini C, Abbruzzese E,
Saladini M, Moscardo P. A prospective randomized study on bilateral carotid
endarterectomy: patching versus eversion. Ann Surg 2000;232(1):119-25.
370. Darling RC 3rd, Shah DM, Chang BB, Paty PS, Kreienberg PB, Lloyd WE,
Roddy SP. Carotid endarterectomy using the eversion technique.Semin Vasc
Surg 2000;13(1):4-9.

61
371. Economopoulos KJ, Gentile AT, Berman SS. Comparison of carotid
endarterectomy using primary closure, patch closure, and eversion
techniques. Am J Surg 1999;178(6):505-10.
372. Cao P, Giordano G, De Rango P, Zannetti S, Chiesa R, Coppi G, Palombo
D, Peinetti F, Spartera C, Stancanelli V, Vecchiati E. Eversion versus
conventional carotid endarterectomy: late results of a prospective multicenter
randomized trial. J Vasc Surg 2000;31(1 Pt 1):19-30.
373. Shah DM, Darling RC 3rd, Chang BB, Kreienberg PB, Paty PS. Carotid
endarterectomy by eversion technique. Adv Surg 1999;33:459-76.
374. Zannetti S, Cao P, De Rango P, Giordano G, Parlani G, Lenti M, Nora A.
Intraoperative assessment of technical perfection in carotid endarterectomy: a
prospective analysis of 1305 completion procedures. Collaborators of the
EVEREST study group. Eversion versus standard carotid endartectomy. Eur J
Vasc Endovasc Surg 1999;18(1):52-8.
375. Ballotta E, Da Giau G, Saladini M, Abbruzzese E, Renon L, Toniato A.
Carotid endarterectomy with patch closure versus carotid eversion
endarterectomy and reimplantation: a prospective randomized study. Surgery
1999;125(3):271-9.
376. Ballota E, Da Giau G, Guerra M, Toffano M. Carotid eversion
endarterectomy and reimplantation: a safe and simple technique to prevent
acute thrombosis-occlusion and/or early and late restenosis. Cardiovasc.
Surg 5(5):473-480,1997.
377. Shah DM, Darling RC 3rd, Chang BB, Paty PS, Kreienberg PB, Lloyd WE,
Leather RP. Carotid endarterectomy by eversion technique: its safety and
durability. Ann Surg 1998;228(4):471-8.
378. DeBakey ME. Regarding "A randomized study on eversion versus
standard carotid endarterectomy: study design and preliminary results: the
Everest trial".J Vasc Surg 1998;28(4):753.
379. Cao P, Giordano G, De Rango P, Zannetti S, Chiesa R, Coppi G, Palombo
D, Spartera C, Stancanelli V, Vecchiati E. A randomized study on eversion
versus standard carotid endarterectomy: study design and preliminary results:
the Everest Trial. J Vasc Surg 1998;27(4):595-605.
380. Jausseran JM, Ferdani M, Houel F, Rudondy P, Rezzi J, Reggi M,
Padovani R. [Carotid endarterectomy using eversion. One year radiologic
results] J Mal Vasc. 1998;23(1):7-12.
381. Coppi G, Vecchiati E, Nora A, Tusini N, Moratto R. [Carotid
endarterectomy using the classical technique and by eversion] Ann Ital Chir
1997;68(4):463-71.
382. Cao P, Giordano G, De Rango P, Caporali S, Lenti M, Ricci S, Moggi L.
Eversion versus conventional carotid endarterectomy: a prospective study.
Eur J Vasc Endovasc Surg 1997;14(2):96-104.

62
383. Chakfe N, Beaufigeau M, Edah-Tally S, Steinmetz E, Popescu S, Hassani
O, Clavert P, Suret-Canale MA, Kretz JG. [Carotid endarterectomy by
eversion and reimplantation. Techniques and results] J Mal Vasc
1997;22(3):168-72.
384. Baan J Jr, Thompson JM, Reul GJ, Cooley DA, Brand R, Henderson MC,
van Baalen JM, van Bockel JH. Vessel wall and flow characteristics after
carotid endarterectomy: eversion endarterectomy compared with Dacron
patch plasty. Eur J Vasc Endovasc Surg 1997;13(6):583-91.
385. Kiskinis DA, Saratzis NA, Megalopoulos AA, Dalainas VH. The technique
of eversion carotid endarterectomy. Int Angiol 1996;15(4):312-5.
386. Jones CE, Jescovitch AJ Jr, Kahn A, Walters GK, Johnson CJ. Technical
results from the eversion technique of carotid endarterectomy. Am Surg
1996;62(5):361-5.
387. Cooley DA, Colosimo LR. Eversion technique for carotid endarterectomy.
Surg Gynecol Obstet 1993;177(4):420-2.
388. Raithel D. Carotid eversion endarterectomy: a better techinique than the
standard operation? Cardiovasc. Surg. 5(5):471-472, 1997.
389. Ballotta E, Da Giau G. Selective shunting with eversion carotid
endarterectomy.J Vasc Surg 2003;38(5):1045-50.
390. Etheredge SN. A simple technic for carotid endarterectomy. Am J Surg
1970;120(2):275-8.
391. AbuRahma AF, Khan JH, Robinson PA, S. Saiedy S, Short YS, Boland JP,
White JF, Conley Y. Prospective randomized trial of carotid endarterectomy
with primary closure and patch angioplasty with saphenous vein, jugular vein,
and polytetrafluoroethylene: Perioperative (30-day) results. J Vasc Surg
24:998-1007, 1996.
392. Cao P, Giordano G, Zannetti S, Rango P, Maghini M, Parente B,
Simoncini F, Moggi L. Transcranial Doppler monitoring during carotid
endarterectomy: Is it appropriate for selecting patients in need of a shunt? J
Vasc Surg 26(6):973-980, 1997.
393. Entz L, Jaranyi Z and Nemes A. Comparison of perioperative results
obtained with carotid aversion endarterectomy and with conventional patch
plasty. Cardiovas Surg 5:16-20, 1997.
394. Konstadinos A. Plestis, MD, Paul Loubser, MD, Eli M. Mizrahi, MD,
George Kantis, MS, Zhi-Dong Jiang, MPH, and Jimmy F. Howell. Continuous
electroencephalographic monitoring and selective shunting reduces
neurologicmorbidity rates in carotid endarterectomy. J Vasc Surg 25:620-628,
1997.
395. Lennard N, Smith J, Dumville J, Abbott R, Evans DH, London NML,
Bell PRF, Naylor AR . Prevention of postoperative thrombotic stroke after

63
carotid endarterectomy: The role of transcranial Doppler ultrasound. J. Vasc
Surg 26:579-584, 1997.
396. Wassmann H, Fischdick G, Jain KK. Cerebral protection during carotid
endarterectomy-EEG monitoring as a guide to the use of intraluminal shunts.
Acta Neurochir (Wein) 71(1-2):99-108, 1984.
397. Counsell C, Salinas R. Warlow C, Naylor R The role of patch angioplasty
in carotid endarterectomy: a systematic review of the randomized trials
comparing patching with primary closure. In: Warlow C, Van Gijn J.
Sandercock P (eds.) Stroke Module of The Cochrane Database of Systematic
Reviews, [updeted 02 December 1996]. Available in The Cochrane Library
[database on disk and CDROM]. The Cochrane Collaboration; Issue 1.
Oxtord: Update Software; 1997. Updated quarterly.
398. Comerota AJ, Eze AR. Intraoperative high-dose regional urokinase
infusion for cerebrovascular occlusion after carotid endarterectomy. J Vasc
Surg 24:1008-1016, 1996.
399. Cossman D, Callow AD, Stein A, Matsumoto G: Early restenosis after
carotid endarterectomy. Arch Surg 113:275, 1978.
400. Meyer FB, Sundt TM Jr, Piepgras DG, et al. Emergency carotid
endarterectomy for patients with acute carotid occlusion and profound
neurological deficits. Ann Surg. 203: 82-88, 1986.
401. Zarins CK & Gewertz BL. Aortic arch and extracranial cerebrovascular
procedures . In: Zarins CK & Gewertz BL. Atlas of vascular surgery. New
York, Churchill Livingstone, 1989. p. 1-39.
402. Papanicolaou G, Toms C, Yellin AE, Weaver FA. Relationship between
intraoperative color-flow duplex findings and early restenosis after carotid
endarterectomy: A preliminary report. J Vasc Surg 24:588-596, 1996.
403. The National Institute of Neurological Disorders and Stroke rt-PA Stroke
Study Group. Tissue plasminogen activator for acute ischemic stroke. N Engl
J Med 333:1581-1587, 1995.
404. Ricotta JJ, O'Brien-lrr MS. Conservative management of residual and
recurrent lesions after carotid endarterectomy: Long-term results. J Vasc Surg
26(6):963-972, 1997.
405. Borst GJ, Ackerstaff RG, Mauser HW, Moll FL. Operative management of
carotid artery in-stent restenosis: first experiences and duplex follow-up. Eur J
Vasc Endovasc Surg 2003;26(2):137-40.
406. Salvian AJ, Taylor DC, Hsiang YN, Hildebrand HD, Litherland HK, Humer
MF, Teal PA, Macdonald DB. Selective shunting with EEG monitoring is safer
than routine shunting for carotid endarterectomy. Cardiovasc Surg 5(5):481-
485, 1997.

64
407. Dylewski M, Canver CC, Chanda J, Darling RC 3rd, Shah DM. Coronary
artery bypass combined with bilateral carotid endarterectomy. Ann Thorac
Surg 71(3):777-81, 2001.
408. Ballotta E, Da Giau G. Selective shunting with eversion carotid
endarterectomy. J Vasc Surg 38(5):1045-50, 2003.
409. O'Donnell TF Jr, Rodriguez AA, Fortunato JE, Welch HJ, Mackey WC.
Management of recurrent carotid stenosis: should asymptomatic lesions be
treated surgically? J Vasc Surg 1996 ;24(2):207-12.
410. Ramadan NM, Gilkey SJ, Mitchell M, Sawaya KL, Mitsias P.
Postangiography headache. Headache. 1995 Jan;35(1):21-4.
411. Zacharoulis DC, Gupta S, Seymour P, Landa RA. Use of muscle flap to
cover infections of the carotid artery after carotid endarterectomy J Vasc Surg
1997;25:769-773.
Data da última modificação:
19 de maio de 2004.
Sobre o autor:

José Carlos Costa Baptista-Silva

Professor Associado (livre docente) e Adjunto IV do


Departamento de Cirurgia da Universidade Federal de São Paulo/
Escola Paulista de Medicina,
São Paulo, Brasil.
Endereço para correspondência:
Rua Borges Lagoa, 564, cj 124, CEP 04038-000, São Paulo – SP
Fone: +11 55718419
Fax: +11 5574 5253
E-mail: jocabaptista@uol.com.br
URL: http://www.bapbaptista.com
(24630palavras)

Como citar este capítulo:


Baptista-Silva JCC. Endarterectomia da artéria carótida extracraniana. Baptista-Silva JCC,
, editor. Cirurgia vascular:
guia ilustrado. São Paulo: 2003.
Disponível em: URL: http://www.bapbaptista.com

65

You might also like