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Fundamentao
da
Moral:
o
que
distingue
uma
aco
moralmente
correcta
de
uma
aco
moralmente
errada?
Immanuel
Kant
(1724-1804):
um
dos
filsofos
mais
influentes
de
sempre.
Desenvolveu
as
suas
idias
de
forma
sistemtica,
abrangendo
quase
todas
as
reas
centrais
da
filosofia:
tica,
filosofia
poltica,
teoria
do
conhecimento,
metafsica,
esttica
e
filosofia
da
religio.
Em
tica,
foi
o
famoso
defensor
da
deontologia,
um
tipo
de
teoria
que
no
tem
em
conta
as
consequncias
das
aces,
mas
apenas
as
intenes
do
agente.
De
todas
as
coisas
que
possvel
conceber
neste
mundo
(...)
no
existe
nada
que
possa
ser
considerado
bom
sem
qualificao
excepto
a
vontade
boa.
A
inteligncia,
a
perspiccia,
o
discernimento
e
sejam
quais
forem
os
talentos
do
esprito
que
se
queira
nomear
so,
sem
dvida,
bons
e
desejveis
em
muitos
aspectos,
tal
como
as
qualidades
do
temperamento
como
a
coragem,
a
Vontade
boa
Boa em si
poderia
produzir
meramente
para
favorecer
qualquer
inclinao,
ou
mesmo
a
soma
de
todas
as
inclinaes.
Mesmo
que
esta
vontade,
devido
a
um
destino
especialmente
desafortunado
ou
proviso
mesquinha
da
natureza
madrasta,
seja
completamente
desprovida
de
poder
para
cumprir
o
seu
propsito;
mesmo
que
se
com
o
maior
esforo
nada
conseguisse
alcanar
e
apenas
restasse
a
Cumprir
o
dever
pelo
dever
vontade
boa
mesmo,
assim,
a
vontade
boa,
como
uma
jia
brilharia
com
a
sua
prpria
luz,
como
algo
que
tem
todo
o
seu
valor
em
si.
A
sua
utilidade
e
esterilidade
nunca
podem
aumentar
ou
dimuinuir
o
seu
valor.
A
sua
utilidade
seria,
por
assim
dizer,
apenas
o
contexto
para
nos
permitir
lidar
com
ela
na
vida
corrente
ou
para
atrair
a
ateno
de
quem
no
ainda
especalista
(...).
KANT,
I,
(1998),
Fundamentao
da
Metafsica
dos
Costumes.
Lisboa:
Lisboa
Editora,
p.60
(Adaptado
por
Joana
Ins
Pontes)
Interpretao:
1. Explique
o
que
significa
dizer
que
a
vontade
boa
sem
qualificao.
2. Formule
explicitamente
o
primeiro
argumento
utilizado
por
Kant
a
favor
da
ideia
de
que
s
a
vontade
boa
sem
qualificao?
3. Por
que
razo
Kant
pensa
que
a
vontade
boa
no
o
em
funo
das
suas
consequncias?
4. Uma
vontade
boa
parece
constituir
a
condio
indispensvel
at
para
se
ser
digno
de
felicidade.
Concorda
com
Kant?
Justifique.