JORNAL DE GRANDE CIRCULAÇÃO NO SUL DO ONTÁRIO - O OBJECTIVO

PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER

Segunda -Feira, 7 de Março 2011 | Ano I N.º38 www.pcnewsnetwork.com *www.abcpcn.ca *www.abcpcn.com DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Premier do Ontario Aprender a ganhar

no “Portugal Square” mais uma Pátria

Dalton
McGuinty
esteve
na Escola
de Santa
Maria. Em
pleno
“Portugal No salão do Sporting Clube Português de Toronto, houve uma
Square”, o sessão de aprendizagem dos temas da Cidadania Canadiana.
“Premier” Mário Silva esteve em foco. Como o estiveram outros elementos
trabalhou. ligados à Política local. Valeu a pena. E a esta sessão... outras se
Pág. 8 vão seguir. Pág. 10

Na Sociedade
de Deficientes Rabo de
Peixe... de

gratidão fala alto cá dá cartas.

Uma festa
de despedida
da Bandeira
da Caridade
da Vila de
Rabo de Peixe
que está de volta
às origens.
Uma festa
que deu
cartas... Pag. 24

Há dias, na Sociedade de Deficientes, houve a reunião anual de

Rabo de Peixe dá cartas...
agradecimento a patrocinadores. Uma festa linda. Sobretudo
s i e r l Aldo
por ter permitido o convívio entre os que apoiam e os que são
o s ava Lima
apoiados. Um almoço que foi, efectivamente, mais do que isso.
D arn sabe
C
Respira-se saúde naquele recanto que também é Português.
Pág. 10

Revolta alastra ainda do ofício...

Quem viu...
• Na Libia ninguem sabe quem manda gostou. Quem
Acredita-se, de facto, que as próximas horas serão cruciais não viu...
para o desfecho da guerra civil na Líbia. vai, decerto,
Pág. 17 Ponta Delgada 21 arrepender-se. Pág. 16
 2 . Nossa Gente 7 de Março 2011
Uma
justificação Diga lá... Por: Lara Ingrid/Sérgio Alexandre
Pedro Jorge *Que é para si o “Dia Internacional da Mulher?
Costa Baptista
Desta vez escrevo voltando ao mesmo tema, para esclarecer O “Dia Internacional da Mulher” está por aí. Para muitos... ele não representada nada. Para outros, porém, pretende dar igual-
vários pontos, para os quais não quero nem equívocos nem dade a todo o ser humano, indiferentemente do sexo. Entre nós, nem sempre pensamos nisso, mas a verdade é que há ainda muitos
dúvidas. Para que fique claro, eu oponho-me e rejeito todos pontos que podemos melhorar. E se falarmos em determinados países do mundo, a situação é terrível... já que a mulher não é
os regimes autoritários e repressivos da individualidade hu- tratada com igualdade, nem nada que se pareça.
mana (da sua dignidade) e para com os quais dirija violência.
Mas o que se esta a passar no Norte de África ultrapassa os
temas de pura curiosidade e os jornalistas deviam ter mais
cuidado a tratar esses temas. Pois, para uma muita boa parte
das pessoas, os jornalistas e os meios de informação são as
vozes que as pessoas ouvem, em temas complexos. São os
jornalistas que os transmitem. MARIA DE FÁTIMA TAVARES
JOSÉ FERREIRA - O Dia In- MARIA MELO - O Dia Interna- PATRÍCIA ALVES - O Dia - O Dia International da Muher
Quero dizer: não é minha intenção afirmar que os jornalistas ternational da Mulher é um dia tional da Mulher é um dia para International da Mulher é um representa um dia para reflectir
são incompetentes, ou facciosos; são sim pessoas, que como em que no Continente Norte ajudar mais as mulheres porque dia para respeitar e agradecer, no quanto longe chegamos em
Americano se lutou e luta para elas são, muitas vezes, as víti- já que estamos num país que termos de alertar o quanto so-
todas tem as suas individualidades e características, que têm mos capazes em todas as áreas
como profissão retransmitir informação, que recebem e que que as senhoras tenham di- mas e nunca esquecer que elas valoriza as mulheres, enquanto
reitos iguais. Entre nós, não têm dois trabalhos, um no em- algures no mundo, as mulheres onde os homens têm tradicio-
testemunham. A forma como o fazem (deveria – mas não se nota a diferença, mas ainda prego e outro em casa. Eu penso são tratadas abaixo de animal nalmente pontificado. Embora,
está) não está em questão, para que chegue a todos de forma sem terem os direitos de votar, como mulheres, a nossa voz só
existem muitos paises que ai- que devia haver uma lei que, se poderá fazer um impacto glob-
concreta de ser compreendida. nda têm que melhorar e espero uma mulher tivesse mais de três trabalhar ou ate de falar. Ainda
no tempo em que vivemos, ex- al. Em toda a terra, somos – de-
que isso venha a concretizar-se filhos, devia ficar em casa a to- istem mulheres que sao tratadas veríamos ser - unidas nas nos-
O que se está a passar no Norte de África e Médio Oriente muito em breve. Desejo a todas mar conta dos seus filhos e ter como escravas sem terem nin- sas lutas para manter a unidade
é complexo e exige muito estudo e muita experiencia para as senhoras um dia da mulher o seu próprio ordenado. O gov- guém a quem recorrer e pedir nas nossas familias e os homens
compreender. A minha opinião sobre o tema – e penso ter muito feliz! erno devia olhar para isto. ajuda. Feliz Dia Da Mulher! que nos tem ajudado no cresci-
mento do nosso espirito.
competências académicas para o fazer - não será oferecida
a menos que tal me seja pedido, pois a verdade é que é uma
questão de sensibilidade política, cultural, geográfica e reli- Clubes e Associações
giosa. Daí ser tão complexa a sua natureza.

O que quis transmitir é que no mundo existem muitos re-

gimes e governos que são piores do que os da Líbia e do
Egipto, mas a verdade é que por enquanto ninguém faz nada,
e países desenvolvidos têm as melhores relações com os
mesmos. Mais: esses países são hoje parte integrante e indis-
Envie-nos a sua lista de eventos semanais
AMOR DA PÁTRIA (865 College ASAS DO ATLÂNTICO (1573 CASA DAS BEIRAS – Sábado, 12, Sábado, 12 de Março: Baile da Pin-
Street) - Sábado, 12 de Março, Jan- Bloor St W) – Sábado, 19 de Março, Festa de Carnaval , com Stacy Go- hata com o conjunto Mexe-Mexe,
tar convívio, a iniciar-se às 19h00 e Matança de Porco e Jantar de con- doi, dançarino de Samba. O jantar no salão nobre, às 19h00. Jantar e
baile com o DJ Amor da Pátria. vívio. sera servido às 7.30. DJ All Star. baile ou só baile. Sexta-feira, 18
Contactos: 416-604-1125. de Março: Espectáculo com Marco

Dar e receber
Paulo e a sua banda (uma iniciativa
pensável do comércio internacional. CASA DOS AÇORES – Sábado, 12 de Hollywood Productions com a
de Março - As Mulheres na C.A.O. CAT), no salão nobre, com jantar e
Mas o governo de Gadaffi cometeu dois grandes erros. 1º - intervenção de Humberta Araujo a iniciar-se às 19h00.
ignorou o inicio das manifestações. 2º abriu fogo sob o seu e musica por Reno; 19 de Março CENTRO CULTURAL PORTU-
próprio povo, o que é completamente inadmissível. Também - Baile da Primavera abrilhantado GUÊS DE MISSISSAUGA - Sex-
por Duo SomLuso. Para mais infor- ta-feira, 11, Grande Noite de Fados,
é verdade que ninguém sabe quem é esta gente que está a mações e reservas contacte a CAO com Soraya Mejdoubi e Paulo Fil-
fazer esta «revolução». Não se sabe qual a sua agenda, pla- Lara Ingrid 416 603 2900 ou Cidalia Sousa 289 ipe, com Manuel Moscatel, à gui-
nos e quem são os seus lideres. Se tudo for ao acaso e a única 997 8946. tarra, Valdemar Mejdoubi, à viola;
coisa que temos em comum nesta gente é o desejo de expul- Não importa onde estamos… quem somos… ou até onde va- COMUNIDADE ANGOLANA DO e Hernâni Raposo, à viola baixo;
mos…quando aquele sentimento maravilhoso tiver que apa- ONTARIO – Sábado, 12 de Março, Sabado, dia 12 de Marco, Baile da
sar o regime, então teremos a anarquia como garantia para o “Panela de Barro” (O sabor da gas- Pinha e do Sócio, com o conjunto
futuro a desordem e grupos de homens armados a evitarem recer, ele aparece! Com o Amor ninguém brinca. Temos é que
deixar-nos ir por ele e com ele. Não existem saídas. Nem espaço tronomia angolana). Início a partir Jovem Imperio. Para jantar reserve
que um governo responsável seja bem sucedido. para fugir daquela força gostosa, como dizem os nossos irmãos das 16:00 horas até as 19:00 horas. com antecedencia; Sábado, 19 de
Até para a semana. Brasileiros. Tudo consiste num risco, porém é uma experiência Local: Abrigo Centro, 900 Dufferin Março, espectáculo musical com
fantástica. Beijar de olhos fechados...andar de mão dada. St. Sala: 103. Um evento alusivo ao Marco Paulo e a sua banda. Reserve
Embora frágil, temos de saber ultrapassar o passar do tempo dia da mulher, que tem como maior com antedencia, pelo 905-286-
quando a beleza desaparece. Ou até quando as pessoas mudam. objectivo divulgar a cultura ango- 1311.
Ou até quando da própria morte. Ou uma discussão feia aparecer lana na província do Ontario e prin- FIRST PORTUGUESE - Sábado,
e levar-nos... a quem amamos. cipalmente angariar fundos para 26 de Março: Noite de Veteranos e
Quando se entrega de corpo e alma, é difícil esquecer os mo- a organização poder pôr em acção Fado Vadio. “March Break Camp”/
mentos passados. Vivemos tudo. Os momentos são sempre pou- alguns dos seus projectos. Ocupação de Tempos Livres: jogos,
cos os que temos com a pessoa amada. Passam num instante. AMOR DA PÁTRIA - Sábado, 12 trabalhos manuais, computador,
Ficha técnica Sentimo-lo sempre por perto. Um companheiro que nunca nos de Março, Jantar convívio, a ini- parque, dança, pintura, passeios,
Propriedade: irá deixar ficar mal. Um verdadeiro amigo que está sempre con- ciar-se às 19h00 e baile com o DJ etc., entre as 7h00 e as 18h00.
Amor da Pátria. Pequeno-almoço, almoço e lanche
ABC Portuguese Canadian Newspaper Ltd nosco, independentemente da hora ou do sítio.
ASAS DO ATLÂNTICO - Sábado, incluídos.
Muitas vezes somos mal entendidos. E queremos ter alguém que
não só nos ouve falar dos pesadelos que passamos ou dos sonhos 19 de Março: Jantar e Baile da
Director: que ainda esperemos realizar, mas que saiba das experiências Tradicional Matança do Porco com IRMANDADE DO DIV ESPIRI-
o DJ Asas. TO SANTO (Cristo Rei e Salvador
Fernando Cruz Gomes todas porque esteve connosco a passá-las também. Muitas vezes
CASA DO ALENTEJO - Terça- do Mundo) - Sábado, 19 de Março,
esse alguém especial parece que nos entra no cérebro e consegue
Conselho Empresarial: Fernando Cruz Gomes, ler os nossos pensamentos. Se precisarmos de tirar algum peso feira, 8 de Março: Dia Internacional Celebração da Comunidade, com
Presidente; Paulo Fernando, Vice-Presidente; da alma... é com ele que podemos confiar. Ele conhece os nos- da Mulher, com jantar de confrater- jantar no salão da Igreja e início às
nização, no salão azul, pelas 19h00. 18h30.
Carlo Miguel, Tesoureiro; e Lara Ingrid, Secretária. sos segredos mais ocultos, porém, sente sempre uma devoção
enorme quando nos vê. Se a vida não nos proporcionar tudo o
Redacção:Fernando Cruz Gomes, Lara Ingrid, que queremos, temos sempre um ombro ao qual nos podemos
Os doces mais
AB HOR

Carlo Miguel, Fernando Jorge, Sérgio Alexandre, encostar. Uma protecção. Não é preciso apenas ter alguém que
24

doces só aqui...
Sónia Catarina,Guida Micael, Luis Esgaio, nos dê somente mimos...mas que nos dê as forças para podermos
ER AS

ultrapassar as fases da vida. Esse alguém que todos nós merec-

Cristina Alves (Lisboa), Helder Freire
TO

Jornalista(Lisboa), Maria joao Rafael (Lisboa)
Joao Ramos (Toronto) John Paz (Bradford),
Humberto Costa (Luanda)
Raul Quinquino (Hamilton)
Secretária de Redacção: Lara Ingrid
Chefe Gráfico: Sérgio Alexandre
Telf. 416 995-9904 * 647 962-6568 * 416 828 6568.
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725 College St. PO Box 31064 TORONTO ON M6G 1C0
emos é aquele que nos empurra...e nos mostra que o tal pano da
vida ainda não fechou. Pois temos muito para dar. Ele acredita
em nós quando todos... já esqueceram até do nosso nome.
Ele ou até ela, é alguém de quem, embora com modificações
pessoais para o melhoramento, nós nunca iremos ficar fartos.
Pois tudo neles encaixa em tudo o que precisamos, quase como
se fossemos feitos um pelo outro.
Ter alguém que amamos é sentir orgulho. É sentir o Amor que
sempre satisfaz. Ter alguém que acredita em si e no Homem
.
Grande. Verdadeiro e aberto. Para esse alguém, o simples facto
de nos ver já traz alegria. Pois somos amados apaixonadamente. Para encomendas
ligue
651 1780
Para quem conta mesmo, nós somos especiais.
Para muitas pessoas – lemos algures - somos apenas uma entre
milhares, mas para alguém, somos um ser único. Para estar com (416)
alguém é preciso senti-lo de dentro. De acreditar nele que nos
entregamos completamente com tudo que temos e somos para
sempre.
E tudo com a troca. Com o dar e receber.
JACK´S BAKERY
 7 de Março 2011
EDITORIAL
Ele mente... tão bem...!
Queríamos acreditar. Andámos mesmo, de Jornal em Jornal, a
indagar dados que nos levassem a acreditar que o Governo tem
razão. Que a crise é “só” mundial. Que as ondas de “desamor”
que se notam entre os Poderes da Oposição... são mesmo, apenas
e só, porque têm “inveja” dos êxitos deste Governo Socialista.
Que o Estado Social tem sido ben trabalhado pelo Governo e que
não há dinheiro... porque os malandrões do antigo regime, os que
estiveram nos Governos anteriores e o povo em geral... não o
deixaram nos cofres. Que há défice... porque tem de haver défice.
Queríamos acreditar... mas não acreditamos. Cá longe, onde cus-
ta mais ser Português – no Brasil ou no Canadá, na África do Sul
ou na Venezuela – nós, os outros Portugueses, já demos a receita
para fugir às dificuldades económicas. Trabalhámos... trabalhá-
mos muito. Lutámos contra os “papões” do não conhecimento
da Língua e dos meandros de novas técnicas. E se vencemos – e
muitos de nós vencemos... – foi porque, de facto, entendemos
que era possível vencer e abrimos o livro do bem viver. Trab-
alhando. Poupando. Poupando. Trabalhando. Olhando o futuro.
Helder Freire
Jornalista(Lisboa)
De baraço ao pescoço, José Sócrates foi a Berlim falar com
a chanceler Merkel. E o que é que saiu daí? Nada. Zero.
Ninguém percebeu, nem porque é que o Primeiro-Ministro
português aceitou deslocar-se a Berlim para falar com a
representante de um país, quando a União Europeia... são
27, nem porque é que a senhora Merkel o chamou, nem o
que discutiram, nem o que resultou dessa reunião.
Por mim, até daria de barato que um país com a nossa história,
tivesse ido prestar vassalagem à Alemanha, se dessa reunião
tivessem saído algumas medidas que nos ajudassem a sair do
buraco em que nos metemos. Por exemplo, se regressássemos
de Berlim com a notícia de que o Fundo de estabilização Fi-
nanceira iria ser reforçado e que a dívida pública portuguesa,
ou parte dela iria ser comprada por esse fundo. Mas não...
Na deprimente conferência de imprensa que os dois gover-
nantes deram após 40 minutos de conversa, ficámos a saber
que a Alemanha acha que Portugal está no bom caminho, mas
que é preciso aprofundar as medidas de austeridade e José
Sócrates limitou-se a reafirmar que Portugal não necessitava
de ajuda externa.
Para isto, que já se sabia, não era preciso ir tão longe de baraço
ao pescoço.
Portanto, devem ter existido outras razões que não foram reve-
ladas e que, por isso, abrem caminho a todas as especulações.
Para muitos, O Primeiro-Ministro e o Ministro das Finanças,
foram a Berlim receber um caderno de encargos que se irá
abater sobre o povo português. Aliás, tanto o Ministro das
Zero
Finanças, como o próprio Primeiro-Ministro, avisaram nas
vésperas do encontro de Berlim, que, se fossem necessárias
novas medidas para o Governo cumprir o défice, elas seriam
tomadas. Sobre os trabalhadores, paira o espectro do paga-
mento do subsídio de Natal em títulos da dívida ou do Tes-
ouro. Pelo menos é o que se fala por aí.
Se não vejamos: Por um lado, da «cimeira» de Berlim saiu
zero, para além de umas vagas declarações simpáticas da sen-
hora Merkel. Por outro, o Ministro das Finanças alemão ga-
rantiu, repetidamente, à comunicação social, que a Alemanha
se opunha a que o Fundo de Estabilização Financeira da União
Se não vejamos…
viesse a servir para comprar dívida pública. De resto, sobre
este assunto, a chanceler alemã não teve nem uma palavra.
Quer isto dizer – traduzindo – que a Alemanha deixou, defini-
tivamente, os países do sul da Europa à sua sorte. Endividem-
se onde quiserem, vão buscar o dinheiro aos juros que os agi-
otas internacionais quiserem e abram falência, saiam do Euro.
Não chateiem.
E a conversa deve ter corrido tão mal que até o Primeiro-
Ministro não teve coragem de capitalizar as palavras ocas mas
simpáticas da senhora Merkel, promovendo conferências de
Imprensa à chegada a Lisboa e incentivando os comentadores
do regime a escreverem sobre o «êxito» desta ida a Berlim.
Se não fosse assim, os mercados, que não dormem, teriam
acalmado baixando as taxas de juro.
Subiram!
Não nos parece que seja essa a “receita” deste Governo presidido
por um homem que, noutras circunstâncias – e talvez até noutro
país – era capaz de singrar. Era capaz de, copiando exemplos que
vêm nos compêndios da História da Economia geral, fazer um tra-
balho menos mau. Diferente do que está a fazer por agora. É que,
no fundo, ele acredita sempre... no que vai dizendo. Acredita ou
finge acreditar.
Não há muito demos connosco a dialogar com um grupo de Portu-
gueses. Portugueses normais. Sem grandes conhecimentos de Eco-
nomia (a não ser a economia doméstica), mas com uma dose muito
grande de amor à verdade. Um deles, homem rude, talvez vindo
das berças onde o amanho da terra era sinónimo de riqueza, olhava
e ouvia, muito entusiasmado, para José Sócrates, que perorava, na
altura, numa qualquer Televisão.
“Eu gosto deste homem”, dizia ele. E quando lhe perguntámos
porquê... a resposta foi apenas uma: “é que ele... mente tão bem”.
“Geração Rasca” volta a sair às ruas
Decorria a década de 90 e os estudantes universitários lutavam
contra as propinas no Ensino Superior Público. Esse movimento
estudantil congregou, para além dos alunos do ensino superior, os
alunos do secundário, tendo sido a primeira expressão pública mas-
sificada de uma geração inconformada, aquela que tem vivido com
maior intensidade os efeitos da globalização. Quatro estudantes
universitários e activistas do movimento anti-propinas foram os pri-
meiros a mostrar o rabo aos responsáveis pela instituição das propi-
nas, com o slogan “Não Pago”. E foi então que Vicente Jorge Silva
que é jornalista, político (deputado pelo PS) e cineasta português, se
tornou o pai da expressão «Geração Rasca», utilizada num editorial
do jornal o Público, por si assinado por altura das manifestações
estudantis contra a então responsável pelo Ministério da Educação,
Manuela Ferreira Leite.
15 anos após estes acontecimentos, Portugal vai assistir no próximo
dia 12 a outra manifestação convocada pela tão polémica geração,
que desta vez se auto-intitula «Geração à Rasca». Este movimento,
dirigido a todos os jovens em situação precária e desempregados
das gerações com 20, 30 e 40 anos, tem a particularidade de ter
sido lançado no Facebook por João e três amigos da Universidade
de Coimbra (Alexandre de Sousa Carvalho, Paula Gil e António
Frazão), que se inspiraram na canção “Parva que Sou”, dos De-
olinda.
Fazendo eu parte desta geração, espero que ninguém menospreze
esta manifestação, até porque ela não partiu de pessoas empregadas
com salário e alguma estabilidade, nem dos aparelhos que habitu-
almente as organizam e estruturam, bem pelo contrário, quem vai
expressar o seu descontentamento são aqueles que tiveram expecta-
tivas e não as viram realizadas; os que estudaram, têm cursos supe-
riores, mas não têm emprego; os que querem assumir a sua própria
vida e não o podem fazer; os que são obrigados a viver em casa
dos pais, pois não têm meios para garantir a sua autonomia; os que
olham para o futuro sem esperança e que se questionam sobre a sua
vida. Em suma: todos os que se afirmam como estando “à rasca”,
apesar de não serem rascas, ao contrário de muitos que o são e que
Lidar com a crítica
Lidar com a crítica não é fácil e quem desempenha um cargo públi-
co, vê-se muitas vezes confrontado com algumas incompreensões,
reparos e censuras, muitas delas sem razão, mas este é o resultado
de vivermos em democracia e, como tal, há que saber lidar, aceitar
e reagir galhardamente estas situações.
Da Terceira chega-nos a notícia de que na semana passada que
aquela ilha foi palco de atentados à liberdade de expressão, no-
meadamente o incidente num bailinho de carnaval e outro com a
ordem de proibição dos conselhos directivos das escolas darem en-
trevistas, sem a prévia autorização da tutela.
Um bailinho carnaval e uma nota de imprensa da Secretaria Re-
gional da Educação foi o rastilho para o alarido que se gerou, onde
se percebeu que neste reinado há já muitas pessoas que não são
capazes de lidar com a crítica.
Com efeito, alguns zelosos funcionários da empresa municipal
“Praia em Movimento” da Praia da Vitória, interromperam na Casa
do Povo do Juncal, a actuação de um bailinho de Carnaval de ido-
sos, por discordarem do enredo crítico, tão ao sabor do Entrudo
terceirense.
O bailinho dos idosos criticava a distribuição de cabazes feita pela
empresa municipal e, como sempre, no Carnaval da Terceira, de
forma jovial, pacata mas muito mordaz. Vai daí que 8 funcionários
daquela empresa invadiram o espectáculo e começaram a recitar
quadras em contraponto ao que estava ser dito em palco.
Prontamente este episódio foi classificado como um atentado à
liberdade de expressão, alegando-se que a crítica social e política é
o pão nosso de cada dia no Carnaval da ilha Terceira. Os bailinhos
sempre foram espaços de livre expressão popular, e sempre bem
Material Editorial . 3
Verdade. Coerência. Palavras que deveriam significar todo um
cotejar de realidades do dia-a-dia. Até porque parece provado que
o nosso Povo – o bom Povo Português – é bem capaz de entender
as dificuldades, se elas lhe forem explicadas com verdade e com
coerência. É bem capaz de entender. E é bem capaz de agir em
conformidade.
Cá longe, na diáspora que nem todos amam, guardamos a receita
para vencer a crise. Guardamo-la e estamos ansiosos por a pas-
sar... aos que têm a obrigação de governar. Quer estejam já no
Governo, quer estejam à espera de o ser. E neste aspecto, vale a
pena dizer que o PSD está a tardar a apresentação de uma ver-
dadeira alternativa. Uma alternativa consistente sobre os muitos
“cancros” que o País vai tendo. Sejam eles na Justiça, na Educa-
ção, na Saúde. E especialmente na reforma do Estado, que parece
ser perfeitamente prioritária. O tempo... também está contra nós.
Cristina Alves
jornalista (Lisboa)
todavia sobrevivem muito melhor.
Em Portugal, o desemprego tem ferido em demasia a classe média
e o desemprego juvenil atinge sobretudo os que já estudaram e con-
cluíram cursos mas que não têm tido sucesso na obtenção de em-
prego. Aliás, cada vez se estuda durante mais anos, prolongando a
aprendizagem, apenas para não se ser confrontado com o fantasma
imediato do desemprego.
Perante isto, estão convocados desempregados, quinhentoseuristas
e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados,
contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabal-
hadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estu-
dantes, estudantes e até mesmo os pais, que também são afectados
por esta realidade, já que têm que suportar a carga da autonomia
tardia ou pouco estável dos filhos.
O movimento, que se assume laico e pacífico, não deseja ganhar
conotações partidárias, até porque os próprios organizadores são
apartidários, o que não significa, obrigatoriamente, que sejam an-
tipartidos, mas apenas são pessoas que estão muito cansadas da
política, assim como toda a geração com 20, 30 e 40 anos.
Tendo por objectivo reforçar a democracia e “não derrubar gover-
nos”, como faz questão de sublinhar a organização, os manifestan-
tes apenas pretendem expor por escrito, numa folha A4, o motivo
da sua presença e apontarem uma solução. Os documentos serão
mais tarde entregues na Assembleia da República.
Em Lisboa, a Avenida da Liberdade será palco da acção, mas por
todo o país outras cidades já garantiram a sua solidariedade, nome-
adamente Coimbra, Funchal, Ponta Delgada ou Porto.
Seria bom que a classe política percebesse que poderá estar a lidar
com um fenómeno novo, que pode ultrapassar as centenas de mil-
hares de manifestantes da CGTP, UGT, partidos políticos, católicos
ou laicos.
António Pedro Costa
Deputado Regional
dos Açores
aceite pelas figuras públicas visadas que, nunca por nunca, condi-
cionaram o que quer que fosse.
Felizmente que um dos funcionários já veio pedir desculpas pub-
licamente, alegando que agiu de cabeça quente, mas este episódio
está gerar grande controvérsia na ilha Terceira e mesmo nos Açores.
Na reportagem emitida pela RTP Açores, um terceirense ferrenho
veio dizer que no tempo dos governos de Mota Amaral eles foram
os mais atacados até hoje pelas sátiras carnavalescas terceirenses,
mas que Mota Amaral nunca levantou um dedo para se insurgir
com o que quer que fosse.
O outro caso classificado como uma ofensa à comunidade educa-
tiva, foi a decisão da Secretaria Regional da Educação impedir que
os presidentes dos conselhos executivos das escolas dos Açores
prestem declarações aos jornalistas, sem antes contactar a asses-
soria de imprensa daquela Secretaria Regional.
Esta controversa decisão, mal engendrada da nova Secretária Re-
gional da Educação, constitui uma imposição abusiva às escolas,
constituindo uma clara tentativa de coartar a liberdade de expressão
e um atentado à democracia, tendo já sido apelidada de lei da rolha.
Estes episódios não podem ser reveladores de um clima de uma cer-
ta mordaça que se quer impor e também à liberdade de expressão
nos Açores.
 4 . Comunidades 7 de Março 2011
No Dia Mundial da Poesia
“Poesia na Primavera” em concurso
do maior interesse
A nota, a que já nos referimos, vem-nos do Jornal “Família Por- em que os concorrentes apresentarão duas quadras relativas ao tema
tuguesa”. Acentua a nota em causa que a Unesco, uma Agência proposto.
subsidiária das Nações Unidas, instituiu para os seus numerosos Exposição de publicações em livros, revistas e jornais. Publicação
membros o Dia Mundial da Poesia a ser celebrado cada ano, em de uma Revista Comemorativa.
21 de Março. Um (quase) inédito Concurso
Verificando-se que esta celebração será de grande interesse no O Concurso de Poesia estará aberto a qualquer pessoa que possa
prosseguimento dos nossos objectivos – dizem-nos do Jornal citado expressar-se em Português e deve constar de somente duas quadras
- sentimo-nos vocacionados para promover essa celebração com sobre o tema «Poesia na Primavera» entregues até à data marcada
a Diáspora Lusófona relacionada com a literatura poética e seus para a sua apresentação ao Júri que dará a sua classificação e atri-
autores e apreciadores. buição de respectivos prémios a anunciar.
O Canadá tem uma significativa presença de autores de países lusó- Os concorrentes deverão submeter as suas Poesias (só 2 quadras)
fonos que já publicaram livros nos países de origem e também no até ao dia 10 de Março para: SECRETARIADO «POESIA NA
Canadá e compõem versos que são cantados por grupos de artistas PRIMAVERA», Atenção: Fátima Bento / por Fax (416) 533-8501
que percorrem o país e entoam os seus versos. - Email:FamiliaPortuguesa@ica.net Correio: 949 Dufferin Street,
Perante os factos mencionados tomamos a iniciativa de celebrar o Toronto, Ontario - M6H 4B2
Dia Mundial da Poesia em conjunto com os membros da Diáspora O final do concurso de “Poesia na Primavera”, a 20 de Março, no
Lusófona. Ambiance Banquet Hall. As portas abrem às 12.30. O almoço de
Assim: Dia 20 de Março, em salão de festas, haverá almoço de convívio será servido à 1 hora.
convívio precedido de duas apresentações por autores qualificados Para reserva de lugares, contactar Paulo Pereira,
no campo da Poesia sobre: História da Poesia em Portugal, países Email:pereiramanuel@rogers.com
e regiões lusófonas; Estilos de Poesia e sua tipologia literária nas ou Jornal Família Portuguesa:
várias regiões. Haverá Poesia declamada e entoada de vários au- Email:FamiliaPortuguesa@ica.net
tores.
Final do Concurso de Poesia com o tema: «Poesia na Primavera» ou por telefone (416) 533-8501

Morreu
Carmen Mejdoubi
A notícia chega-nos de chofre. Escrita pela Adelia Mejdoubi, que
era nora da Carmen. Fazemos nossas – mutatis mutandis – as suas
palavras. Também nós, nas vezes que falámos com ela – anotámos
o espírito da Carmen. A sua forma de ser. O seu amor aos seus...
E aqui fica o nosso abraço aos familiares que perderam um ar-
rimo e uma referência. Um abraço, especialmente, ao Valdemar
e a Adélia. -ABC
Fala a Adelia:
Cármen: finalmente, chegou o dia de partires. Mas... vais ficar
nos nossos Corações para o resto das nossas vidas. Foste a in-
spiração de todos nós, família e amigos, e vais deixar um grande
buraco em todos nós. Foste uma amiga e mãe para mim, em todos
estes anos que te conheci (já vão 36). Fiz tudo por ti, mas talvez
me tenha esquecido de dizer que te amo muito e... que nunca achei
dares trabalho de mais.
Onde estiveres, lá no céu bem merecido, não te esqueças de nós
porque estás nos nossos corações para sempre. Não seremos os
mesmos sem ti... mas descansa em paz e que DEUS te ilumine
no teu sono.
A tua nora e filha (como sempre me chamaste) te amou muito.
DEUS TE ABENÇOE!
Adelia Mejdoubi

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o dia-a-dia das comunidades
 7 de Março 2011
“Calulu No Semba” para melhorar
o conhecimento de Angola
*Culinária, Música e Arte
com um Grupo Massemba que pretende andar em frente
Encontrámo-los por aí em plena Dundas. Fomos conversan-
do. Entendemos a ideia como a de quem quer andar mais em
frente no conhecimento de Angola, na sua Arte e Tradição. O
grupo chama-se Massemba Cultural, que é, afinal, no nosso
ponto de vista, a saudade feita sentimento.
Para M. Kibato Martins, “Massemba Cultural é um grupo
abrangente a todos os Angolanos que vieram para o Ca-
nadá, que estão na diáspora desde os anos 40, 50, 60...
até ao momento actual”. No fundo “é um grupo com o
objectivo de divulgar, trazendo ao Norte da América, a
Cultura Angolana, o hábito de danças, culinária, gastro-
nomia no geral”.
Cultura como identidade de um povo
Acredita que as pessoas de cá estão permeáveis a receber
e “viver” estas informações. “Acredito que sim – diz-nos –
Um esquilo… de mil saberes - I
À volta com os “sabores” locais
Fernando Cruz Gomes
O meu amigo Pedro - já o apresentei, lembram-se?! – veio ter
comigo às primeiras horas de sábado. Ainda mal tinha aberto os
olhos e quanto a tomar banho… nem pensar nisso. Estava mesmo
(ainda) a dormir e sou capaz de ter sonhado vê-lo mesmo frente a
mim. A adejar a cauda. A respirar o ar puro da manhã ainda fria.
Esquilo inteligente como é, quis, por força, conversa. E eu… lá me
fui deixando enredar no diz-tu-direi-eu, sempre nascente quando
se tem um animalzinho de estimação que age agora, afinal, como
meu irmão.
-Olha que quem muito dorme, pouco aprende. Não conheces o
ditado?! Se bem me lembro, foste tu que mo disseste, uma vez,
já lá vão muitos anos…
-Muitos anos… como se isso fosse possível. Tu ainda és um
“rookie”…
-Sou? Sou mesmo?! Espreita aqui para minha casa… espreita!
A verdade é que, sem nos apercebermos, íamos dando voltas e
mais voltas em torno do quintal quadrado que ainda me deixaram
(recordam-se?!). E não é que na “casa” do meu amigo – ainda um
dia hei-de saber que nome é que hei-de dar à casa do dito – havia de
tudo um pouco. Nozes? – Muitas. Mas, para além disso… havia um
Rádio e um aparelho de Televisão. Como se ele precisasse disso.
Um Rádio. Uma Televisão. Talvez daí lhe venham alguns dos seus
muitos saberes.
-Não. Hoje… não falamos em saberes. Vamos nos sabores. Nos
sabores desta tua comunidade que tu pensas conhecer. Ouvi
porque Cultura é a identidade de um Povo e, sendo assim,
acredito que interessa a todo um Povo angolano que está
fora, especialmente no Canadá”.
A Cultura é, de facto, a identidade de um povo. Assim sendo,
em que lugar é que está a Culinária? – Deixámos a pergunta
a Victó da Silva. “A Culinária é, também, um aspecto de Cul-
tura”. Nesta festa de 19 de Março, e segundo Victó, “vamos
fazer o Calulu, a Kizaka, a nossa feijoada e muito mais...”
O Makaafo e a boa cabidela não faltarão. “No entanto, nós
temos vários pratos típicos e vamos apresentar muitos...”
E mesmo quando perguntámos se era só para apresentar os
pratos, foi dizendo que “vamos também falar dos pratos a
quem estiver interessado, não sendo apenas para mostrar os
pratos... mas para aprender talvez até a fazê-los...”
O estilo de Música também
Neste género, é o primeiro evento do Grupo Massemba Cul-
tural. De qualquer modo – como nos diz Rui da Silva – “a
gente está a tentar trazer a Cultura, o estilo de Música
de Angola... tentar expandir tudo. Será até uma forma
de mostrar àqueles Angolanos que já estão por cá... que
recordar é viver. E o semba é a dança típica de Angola
e acredito que muita gente não tem convivido, directa-
mente, assim num ambiente só de semba. E esse é tam-
bém o propósito...”
Para Rui da Silva “espera-se que tudo isto seja abrangente e
que nós continuemos a fazer eventos desta natureza”.
Para já, a festa – a festa da Cultura, se quiserem – vai decor-
rer no dia 19 de Março, a partir das 6.30, na Casa das Beiras,
34 Caledonia Rd. E os interessados podem ainda falar para
647 985 4784 ou 416 602 4292.
muita coisa na Rádio. Vi muita coisa na Televisão. A visita do
Mayor… viste a visita?
-…sim. Mas não quero falar nisso.
-Não queres falar, porque estás metido em tudo isso. Estás en-
gajado em deixares passar tudo sem dizer nada. Eu já ouvi pes-
soas a criticarem-te por isso!
-Oh Pedro… oh amigo. Eu não quero falar porque entendo que to-
dos estão a fazer o melhor que podem…
-…pois é, mas podem pouco.
-Não concordas com a visita?
-Claro que concordo. E até gostei… mas são sempre os mesmos.
A maior parte já são velhos e velhas… eu não vi lá jovens. Onde
é que eles estão?
-…mas é isso mesmo. Querias que inventassem jovens… querias?!
Se eles se não apresentam… como é que tu querias’
-E olha que a reportagem também não foi por aí além…
-…mas que coisa! Tu não eras assim. Por mim, acho que foi óptima
a visita, que até teve cobertura.
- Cobertura? Aquilo teve cobertura? Olha que não vi lá os
maiorais. Não havia toda a Rádio nem toda a Televisão. Dá a
impressão que continuamos todos a sacrificar ao próprio umbi-
go. E quem não é por nós... é contra nós...
-Até concordo contigo muitas vezes… mas neste caso não. Acho
que tudo esteve bem e a contento de todos. Trouxe o abraço do
novo Mayor a uma comunidade que bem o merece. E um ou outro
“quiproquo” é também notado por quem organiza.
Canadá . 5
Músicos de Toronto
lembram
Cristina Taborda
Na quarta-feira, a partir das 7 horas da noite, e com entrada grátis,
o Lula Lounge será o cenário para uma homenagem à memória de
Cristina Taborda, que teve morte repentina, no dia 7 de Dezembro
de 2010. Tinha apenas 24 anos. O seu passamento foi sentido com
grande pesar e choque em toda a cena musical independente de To-
ronto, e não só.
Como nos conta Nuno Cristo, Cristina cantava e tocava viola com
o grupo Parks & Rec e era a voz de Anima Fado, liderava a sua
própria banda Radio Belle, fazia parte do Clay & Paper Theatre, e
actuava muitas vezes a solo.
Recordam-nos que, na altura do seu falecimento estava a estudar
artes de imagens na Universidade Ryerson.
Cristina nasceu em Vancouver mas cresceu em Portugal. Quando
regressou ao Canadá, há 6 anos, tornou-se logo uma participante
activa na cena musical de Toronto.
No evento em sua memória, participam elementos dos grupos mu-
sicais Anima Fado, Radio Belle, Parks & Rec, The Wilderness,
Hands & Teeth, Human Bodies, The Cautioneers e Up North Kids.
Uma homenagem que é merecida. Uma homenagem a que ABC se
associa inteiramente.
Ou não acreditas?
-…mudemos de conversa.
-É melhor!
O Governo em Portugal vai mesmo ao ar?
Na última semana, veio ao de cima a possibilidade do Governo do
sr. José Sócrates ir ao ar. Acredita-se que a situação esteja agora
em situação menos real. É que há manobras e mais manobras no
sentido de evitar eleições gerais antecipadas.
-…vai mesmo cair o governo do sr. Sócrates. Vai cair sim…
Pode demorar mais tempo – não ser na Primavera mas lá para
Dezembro – mas o Governo vai mesmo cair. O sr. Louçã, do BE,
está a “pôr-se ao jeito” de ajudar o Governo, a troco de várias
coisas, para fazer um acordo parlamentar. Mas como vais ver…
não vai chegar a tempo. Nem chega para isso. Eu ouvi. Eu vi.
-Mesmo assim, há coisas que em termos de Governo estão a ser
interessantes. O ministro dos Assuntos Parlamentares, está a fazer
tudo para desacreditar a chamada Oposição da Direita, designada-
mente o sr. Passos Coelho.
-…sim, se ainda tiver tempo de fazer tudo isso antes do Gov-
erno cair e dar lugar a outro que possa não ser tão amável para
os trabalhadores e para aquilo que eles representam.
E mais não disse. Foi por aí fora, quando deparou com um gato
vistoso, que é também seu amigo. Há gatos para tudo… e este a que
me refiro parece gostar do esquilo, do meu amigo Pedro. Que hoje,
de facto, parece ser do “contra”.
A ver se o apanho, de novo, para a semana…
 6 . Histórias da história 7 de Março 2011
A História... não perdoa
Marcello Caetano merecia mais sorte... Fernando
Cruz Gomes

e nós também
Uma mexerufada. Daquelas que não dá para entender. Que nunca
vimos explanada em livro, mas que, de facto, continua a martelar-
nos a cabeça. E como infelizmente... ainda pensamos – contrari-
amente ao que acontece a muito boa gente – deixem-nos continuar
com uma teoria só nossa. Daquelas que nos acompanharão até à
tumba, mesmo que muitos a tenham como balela.
O “25 de Abril” foi, de facto, “feito” por Marcello Caetano. “Feito”
no melhor sentido do termo. Com a ajuda de muita gente que de
política sabia tanto como ainda hoje o gato que temos lá em casa...
sabe.
Quando foi para o Governo, onde já chegou tarde, e sabendo, como
sabia, que era a “segunda escolha” – quem diz “segunda” também
pode dizer “terceira” ou “quarta” – tentou mudar o regime. Por den-
tro. Se possível sem fazer sangue. Com “paninhos quentes”, o que
nem sempre ajuda. Sobretudo a quem, como ele, já chegou tarde ao
Governo... Como indícios de que ele quereria mudar, tenha-se em
linha de conta que quis acabar com a PIDE e só lhe deixaram mu-
dar o nome. Quis deixar que os Partidos políticos concorressem às
eleições... só lhe deixaram fazer uma coisa parecida com “eleições
democráticas”. De um lado a tal Acção Nacional Popular, que su-
cedera à União Nacional, e do outro... todos os outros e mesmo
esses... com certas reservas.
milicianos. Que criou o descontentamento de um lado e do outro.
Descontentes que, agarrados à tal “bíblia” que já tinham... fez des-
moronar o velho edifício do velho... Estado Novo.
Para Marcello havia a certeza... de que os militares ao deitarem
abaixo o regime... o iriam buscar depois para governar.
Como é que se esqueceu do “Partidão”?
Esqueceu-se, porém, de que entre as duas coisas verdadeiramente
organizadas que havia em Portugal, uma (a do Partido Comunista)
haveria de pegar em tudo o que lhe foi possível e evitar a solução
que agradaria a Marcello. A outra (a Igreja Católica) não se meteu
Jornalista (Toronto)
no assunto, havendo de entrar na liça muito mais tarde quando a
guerra de palavras (e não só) estava no auge...
Marcello foi então para o exílio. Talvez atraiçoado por muitos.
Talvez... amargurado por ver – e ele via... – para onde estavam a
levar o País. No Brasil chorou, decerto, lágrimas de sangue. De tal
maneira que, nem depois de morto, quis vir para Portugal.
Uma mexerufada. Com teorias que fomos alicerçando quando na
primeira viagem que Marcello fez ao Brasil, ainda Presidente do
Conselho de Ministros, tivemos a honra de o ouvir durante a longa
madrugada que a viagem demorou de Lisboa a Belém (salvo erro).
Ele não dormia no avião. Nós também não. Quando o vimos em pé,
como que a passear pela cabine... entrámos em conversa. Palavra
aqui, palavra acolá. Conceito que era mais do que isso. Duas ou
três “dicas” que fizemos entrar na “máquina pensadora” deram-nos
a dimensão do drama que o velho professor vivia. Ele queria de-
mocratizar. Ele queria partir o regime por dentro. Ele queria fazer o
povo mais feliz. E a “revolução” seria a melhor maneira de o con-
seguir. De conseguir dar força às pequenas “aberturas” que tinha
conseguido. Como aquela de, pela primeira vez, ter dado pelas Ca-
sas do Povo uma coisa parecida com “reforma” aos nossos mais
velhos...
Achamos que Marcello Caetano – que, no nosso ponto de vista,
nada tinha a ver com Salazar e com a sua filosofia política – merece-
ria mais sorte. E nós, povo, também...

E ele queria, de facto, mudar o regime.

À volta pelas capitais europeias, numa tentativa de tomar o pulso
para a hipótese de uma entrada de Portugal para a (então) CEE,
ouviu sempre a resposta de que... sim, sim... mas primeiro era pre-
ciso descolonizar. Ninguém perdoava a Portugal que tivesse sido o
primeiro País a ir para África, por exemplo, e continuasse por lá,
quando todos os outros já tinham saído. E descolonizar... ele não
podia.
A “queda real” do Estado Novo
A partir daí, começou a “queda” real do tal Estado Novo. Marcello
Caetano cogitava na melhor maneira de avançar para resolver as
Desejamos-lhe um PRÓSPERO ANO NOVO... com Saúde!

profundas assimetrias da sociedade portuguesa. Sabia – ele sabia –

que os ultras do regime não confiavam nele. Sabia – ele sabia – que
as Forças Armadas (ao nível do que se foi chamando “brigada do
reumático”) estava com o Poder real. E o Poder real, que antes de
Marcello, era exercido com mão de ferro por Salazar... estava agora
nas mãos de uns quantos “pseudo-filhos” do Estado Novo. Em que
pontificava Américo Thomaz, Cazal Ribeiro, Henrque Tenreiro,
etc.
E vai daí, um dia vai a Lisboa o então comandante-chefe das Forças
Armadas na Guiné. António Spínola, talvez um herói militar, mas
uma autêntica “galinha política”, conta ao professor que... a situa-
ção na Guiné estava perdida. Que era uma questão de meses, Que...
Marcello fez perguntas. Indagou. Entusiasmou o velho militar ao
ponto deste dizer que era capaz de ter algumas ideias sobre a solução
que poderia ser encontrada. Que ele próprio na Guiné... ensaiara
pequenos passos, ao dar como que autonomia a certas “tabancas”.
Que tinha essas ideias escalonadas em papel. Que até já pensara
escrever um livro. O então presidente do Conselho de Ministros
quis saber mais coisas. Como é que se resolveria o problema total.
E Spínola foi falando naquilo que haveria de ser o tal “Portugal e o
Futuro”. Que, para Marcello, seria a “bíblia” do descontentamento
dos ultras. Acreditamos que deve ter mesmo incentivado o velho
general a publicar o Livro.
Quando o “Portugal e o Futuro” saiu... era a “bíblia” que ficava à
espera que a seguissem.
Marcelo Caetano esfregou as mãos de contente por debaixo da
mesa. Mesmo que, depois, para ultra ver, tivesse de exonerar
Spínola.
O passo seguinte foi dado por um ministro-general. Que criou o
decreto em que se equiparava os oficiais do Quadro aos oficiais

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 7 de Março 2011 Canada/Economia . 7
Dólar Canadiano sobe
O dólar canadiano atingiu,
na segunda-feira passada, um
máximo de três anos, com os
dados estatísticos a mostrarem
que a economia cresceu mais
rápido do que o esperado em
Dezembro.
O “loonie” subiu 0,76 de um
centavo, cotando-se, como

Fernando Martins
base, a 102,94 centavos de
dólar dos EUA e os preços dos
metais preciosos também au-
mentaram, com os preços do
petróleo a estabilizarem. Foi o cell 416 -258-8104
maior aumento desde 14 de No-
vembro de 2007.
As Estatísticas do Canadá in- cento no quarto trimestre, após Interno Bruto cresceu 3,1 por
formaram que o PIB anualizado expansão de 1,8 por cento no cento em 2010, após declínio
cresceu a uma taxa de 3,3 por terceiro trimestre. O Produto de 2,5 por cento em 2009.

Comentário Semanal de Economia e Mercados

– Semana de 28 de Fevereiro a 4 de Março

Ritmo de criação de Emprego COMECE O ANO A GANHAR!

Visite Fernando Martins e Ready Honda
acelera, mas preço do Petróleo e traga hoje para casa um dos nossos
constitui um risco modelos premiados
O carro mais vendido
A primeira semana de cada mês é marcada pela divulgação do mais importante relatório da eco-
nomia americana – o Relatório do Emprego, –, que, em Fevereiro, revelou-se ligeiramente melhor em todo Canada, em
do que o esperado pelo mercado ao nível do seu principal número – o Emprego Não-Agrícola –, cada ano, nos últimos
sobretudo devido à revisão em alta do crescimento do mês anterior, o qual, ainda assim, não deixou
13 anos!
de ser significativamente afectado pelo Inverno rigoroso que se fez sentir nesse mês, nos EUA, que
terá levado algumas empresas a adiarem a realização de contracções, ao perspectivarem possíveis
interrupções temporárias de actividade, e/ou a impossibilitar os trabalhadores de laborarem.
O Relatório trouxe, igualmente, outras surpresas positivas, como o facto de o número de indústrias
que aumentaram os seus empregos ter atingido máximos desde Maio de 1988, ou a redução da
Taxa de Desemprego, para 8.9%, o nível mais baixo desde Abril de 2009, mas mais do dobro dos
níveis pré-crise.

“Impressionantemente” considerado
2011 CR-V Considerado o automovel com o entre os 10 melhores carros pela
melhor valor de revenda pelo “Kelley Blue revista “Car and
Book-kbb.com” Driver” 25 vezes!

No Sector Privado foram criados 222 mil empregos, acima das estimativas de Consenso (+200
mil), representando o 12º mês consecutivo de ganhos. Refira-se que o mês de Fevereiro corre-
sponde ao 2º melhor mês do actual ciclo, apenas superado por Abril de 2010 (+229 mil), algo que
não deverá ser entendido apenas como uma correcção face às referidas condições meteorológicas
adversas, mas como uma tendência de aceleração do ritmo de criação de postos de trabalho, já que
TAMBÉM TEMOS MAIS DE 100 VEÍCULOS USADOS
a respectiva média móvel de 3 meses registou um máximo de ciclo. Neste sentido, uma redução COM CERTIFICADO “HONDA”
da incerteza nos mercados financeiros é essencial para que este processo não seja interrompido,
sendo que essa normalização é necessária em duas frentes: i) uma resolução da Crise da Dívida Se teve ou tem problemas com o seu credito
Soberana nos países periféricos que, em Maio de 2010, foi determinante no adiamento das inten-
ções de contratação; ii) a correcção nos preços do Petróleo, cujos ritmos de crescimento coarctam, podemos ajudar.
decisivamente, os rendimentos das famílias, podendo colocar em risco uma recuperação sustentada *Facilitamos na troca do seu carro usado Fernando Martins
do Consumo Privado, interrompendo o ciclo virtuoso: Emprego, Consumo, Lucros Empresariais
e, novamente, Emprego. Na verdade, em Janeiro, pela primeira vez em cerca de um ano, assistiu-
se pretende troca-lo por outro. sales and leasing consultant -O Fernando esta disponível
se a uma queda mensal do Consumo Privado, nos EUA, demonstrando que, perante a subida dos Ready Honda
no seguinte horário.
Preços dos Combustíveis, e atendendo a que a sua procura é bastante inelástica, a solução é cortar
noutro tipo de consumos, embora também tenha sido provocada por alguns factores esporádicos,
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como diversas tempestades de neve em várias regiões. Relembre-se que, em 2008, e depois de a
Tuesday 9-4 Mississauga, Ont. L5A 1W9
economia já estar a sofrer do embate da crise do Imobiliário – a chamada crise do sub-prime –, a
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Thursday 9-4
subida dos preços dos combustíveis contribuiu, decisivamente, para a redução do Rendimento Real
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das famílias e para a intensificação da recessão, que, meses depois, receberia a preciosa “ajuda” da
falência da Lehman Brothers para provocar a mais grave recessão desde os anos 30 do século XX.
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Não estamos minimamente a afirmar que esta subida dos preços do Petróleo (que resulta de um 905-896-3500 ext.1146
prémio geo-político) irá conduzir a economia para a recessão, mas que, a manter-se durante muito
mais tempo, terá, certamente, efeitos não negligenciáveis sobre o ímpeto de crescimento.
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monthly payment due at lease inception. Total lease obligation is $9,027
 8 . Comunidades
Portugal Square
Uma história
que vale a pena descobrir...
Aquele Portugal Square. As histórias que por ali há, em termos de
projecção da (hoje) grande comunidade portuguesa! A verdade é
que a comunidade, então a dar os seus primeiros passos, estava a
nascer por ali. Por isso, a Igreja de Santa Maria, a primeira igreja
dos Portugueses em Toronto.
Quando, há dias, por lá passámos, uma vez mais, pensámos nisso.
E tentámos fazer logo um pequeno... historial do muito que por ali
se passou.
Já o adivinhávamos. O “dedo” do padre Alberto Cunha esteve,
decerto, metido nisso. E mesmo tendo obtido a promessa de que, em
breve, iríamos aprofundar o tema... a verdade é que a “aplicação”
para a existência do “Portugal Square” esteve envolvida nos
meandros da Igreja de Santa Maria, onde aquele sacerdote foi
pároco.
E onde viu crescer a comunidade. E onde “espicaçou” o entusiasmo
dos paroquianos de então.
É que, de facto, por ali cresceram muitas coisas. A primeira
orquestra de cordas, impulsionada por alguém que sabia o que
estava a fazer. O primeiro cerimonial do Dia de Portugal. O início
das Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres. A aplicação – e
era a primeira, salvo erro, entre todas as comunidades – para que a
Bandeira Nacional Portuguesa fosse hasteada no mastro nobre da
Câmara Municipal.
Muitas... muitas outras coisas, a que nos havemos de referir em
breve. Até porque os termos da aplicação para que aquele recanto...
fosse chamado “Portugal Square” estão, decerto, nos Arquivos
Históricos da cidade.
ou Jornal Família Portuguesa: Email:FamiliaPortuguesa@ica.net
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“Kindergarten” a tempo inteiro
Premier nos “fundamentos”
da comunidade no Portugal Square
Encontro com os mais novos na Escola de Santa Maria
O Governo Provincial parece interessado em aumentar as possibi-
lidades da nossa gente mais jovem dar maior incremento aos seus
conhecimentos, ter mais tempo para se integrar no Ensino, avan-
çar, em suma, nas coisas que podem ser importantes – são mesmo
importantes – para o seu futuro. E assim, ao que disse, na manhã
de quarta-feira, o Premier do Ontario, Dalton McGuinty, daqui até
Setembro de 2012, haverá cerca de 900 escolas elementares a mais
para oferecer o “full-day kindergarten”. Por essa altura, haverá mil
e 700 escolas com o programa em causa.
O curioso, neste anúncio do Governo, é que foi escolhido o Por-
tugal Square para o aparato habitual nestas ocasiões. O Portugal
Square e a sua Escola de Santa Maria – paredes meias com a Igreja
que foi a primeira que esteve aberta aos Portugueses. Talvez não
haja ligação entre os factos. Talvez que o nome Portugal Square
pouco diga, até, aos dignitários que compareceram por lá. Para nós,
porém, há como que um significado interessante de anotar.
Não são fáceis os tempos que vivemos
E o Premier foi, desde logo, acentuando, temas e frases que repre-
sentam muito. Disse que “não são fáceis os tempos que vivemos”,
acrescentando, desde logo, que “não há coisas fáceis”. E deixou no
ar a ideia de que se pretende consolidar “um futuro mais brilhante
para as nossas crianças” e que “reforçar a nossa economia” passa
também por proporcionar uma melhor Educação para os nossos fil-
hos e netos.
E mesmo que se diga – como ouvimos dizer – que tudo isto é feito
devido à proximidade das eleições, com muitas sondagens a salta-
rem de Jornal em Jornal, para Dalton McGuinty, “as sondagens são
o que são e... vêm e vão”. Até porque, (o Premier o disse) “um
Político, sobretudo na posição cimeira, começa a sua campanha
no dia em que é eleito pela primeira vez, ou seja, está sempre em
campanha”.
Ouvimos ainda dizer que, quando se fala com os mais velhos, ouve-
se logo falar em prioridades. E mesmo que haja diferenças entre as
várias pessoas ouvidas... há uma que é comum a todos: “Preparar o
futuro dos nossos filhos e netos...”
7 de Março 2011
McGuinty em
foto com os que
o receberam
Premier a ver o Passado
Futuro diferente para melhor
Tudo em prol dos mais novos para que o futuro seja diferente para
melhor. Foi, afinal, o tema fulcral deste anúncio feito, na Escola de
Santa Maria, no Portugal Square, pelo Premier do Ontario.
Assim, em Setembro de 2012, haverá mais 900 escolas com o pro-
grama. Número que faz avançar para 1.700 as escolas que têm o
programa.
No princípio... era o contacto com os mais novos. No seu estilo ha-
bitual, o Premier foi metendo conversa com os meninos e meninas.
Tornou-se, se assim nos podemos expressar, um deles. Depois, era
o anúncio do programa geral do “Kindergarten” em tempo inteiro.
Sim, porque a Educação é a base de tudo.
Até porque é isso, no fundo, que todos querem... querem que os
filhos e netos estejam à altura do futuro que aí vem.
E isto sem deixar de falar noutras coisas. Sobretudo nas pergun-
tas que foram sendo feitas. Pelos muitos repórteres que estiveram
presentes.
Uma visita ao Portugal Square. Talvez sem saber – nós talvez tam-
bém não o sabemos – o que significa para os que vieram primeiro
este nome, esta denominação.
Uma grande Escola
Um pouco contra o protocolo – e nisso fomos únicos – atirámos-lhe
uma pergunta. É que a Santa Maria, Escola instalada no Portugal
Square, tem muito a ver com a nossa gente...
“Uma grande Escola – Dalton McGuinty a responder – uma escola
antiga, que tem uma grande tradição. É interessante ver por aqui
tantos estudantes, a fazer parte da população local de tantos anos.
Um panorama fantástico, sem cuidar de saber a origem dos estu-
dantes, de onde eles vêm, e a todos tratamos com respeito e amor,
dando-lhes a melhor Educação possível”.
Pois. E o Premier, para além do mais, parece gostar de crianças,
como ABC lhe referiu. Empolga-o o entusiasmo daquela gente que
há-de ser o alicerce do futuro. “Gosto de crianças, como é evidente.
Sempre entendo que temos de dar aos nossos filhos e netos a mel-
hor meta para eles terem sucesso. E isso passa, naturalmente, por
lhe darmos a melhor Educação possível...”
Uma visita interessante. Com um anúncio também interessante.
Mais 900 escolas que se vão integrar no “full-day Kindergarten”.
7 de Março 2011 Mensagem . 9

Esta organização sem fins lucrativos, coordenada pela congregação da Igreja Baptista Dovercourt.
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 Guida Micael/ F. Cruz Gomes

10 . Comunidades 7 de Março 2011

Na Sociedade dos Deficientes

gratidão fala alto
A Luso-Canadian Charitable Society – o nosso Centro para defi-
cientes – esteve em festa. A festa da gratidão. De facto, era um
almoço, para agradecer a todos aqueles que têm contribuido, de
uma ou de outra maneira, para a organizacao. Muitos patrocina-
dores. Deputados locais. O cônsul-geral de Portugal em Toronto,
Júlio Vilela.
Para Jack Prazeres, “estamos aqui para agradecer àqueles que mais
ajudaram no último ano”. E agradecem a todos os que continuem
a ajudar, com pequenos ou grandes donativos, um centro que bem
o merece pelo que já vai fazendo. É um evento que todos os anos é
efeito, com os utentes do centro a confraternizarem entre si e com
os que ajudam a movimentar tudo aquilo.
Para Jack Prazeres, o importante é que, de facto, a Sociedade de
Deficientes continua a oferecer vários programas para cerca de 8
dezenas de deficientes da comunidade. No fundo, é um enriqueci-
mento da própria vida dos utentes. Um enriquecimento que está
já a extravazar – é o termo - para outros extractos da sociedade
luso-canadiana.
Jack Prazeres insiste em que “está tudo a andar perfeitamente”. E
diz que “o Community Living Toronto chama ao nosso centro... o
Cadillac dos serviços para as pessoas que mais precisam. Portanto,
somos os melhores dentro da grande área de Toronto”.
Presença de deputados luso-canadianos e não só. Peter Fonseca,
Laura Albanese e Charles Sousa entendem a força desta instituição.
Para Peter Fonseca, uma frase e um conceito: “Esta casa para os
deficientes é, afinal, o coração da nossa comunidade”. Laura Al-
sistindo em que tem muito orgulho por ser Português, “até por estes
exemplos da nossa comunidade, que dão o seu suporte àqueles que
mais precisam”.
Para os utentes – e a Isaura faz parte dos móveis e utensílios – tudo
é uma maravilha.
Jack Prazeres dá conta do muito que já foi feito e do muito que há
ainda a fazer. E dá conta, até, do orgulho na “força” que a Socie-
dade – a nossa Sociedade – já tem.
Para já a Sociedade de Deficientes tem em curso mais um program.
Chama-se Universidade Senior. A sua primeira aula teve inicio em
meados de Janeiro. E os dirigentes vão pedindo a todas as pessoas
da comunidade que estao interesadas no programa para passarem

Seu nome é
banese, que vai ali sempre que há ocasiões do género, entende que pelo centro no 2295 da St. Clair Ave. W. (entre a Keele e Run-
“esta gente merece todo o nosso apoio”, sobretudo pelo que vão nymede) para preencher a sua inscricao. Enfim, mais um serviço...
fazendo ao longo dos tempos. Charles Sousa até vai mais longe, in- mais um óptimo serviço.

Maravilhoso Aprender a ganhar

Rev. João Duarte
O nome do profeta Isaías significa “O Senhor é a minha salva-
ção.” Isaías viveu aproximadamente 700 anos antes de Cristo ter
nascido e teve o privilégio de ministrar a Palavra de Deus por mais
de sessenta anos durante os reinados dos reis de Judá, Uzias, Jotão,
Acaz e Ezequias (Isaías 1:1).
O profeta Isaías teve a alegria de ver Deus ouvir a sua oração
e livrá-los da potência mais poderosa do mundo antigo, a Assíria.
Todavia, a coisa mais maravilhosa em que Isaías é conhecido é
pelas muitas profecias que ele anunciou no seu livro, as quais se
cumpriram exactamente como ele as anunciou, incluíndo as profe-
cias acerca da vinda do Senhor Jesus Cristo, o Salvador do mundo.
Uma dessas profecias encontra-se em Isaías 9:6 em que lemos o
seguinte: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu;
e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será:
Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Prín-
cipe da paz.” Esta profecia está falando acerca do nascimento do
Senhor Jesus Cristo e o identificou com cinco nomes. Um desses
nomes é que Ele haveria de ser chamado “Maravilhoso.”
O nome de Cristo é “maravilhoso” por cinco razões. Seu nome é
maravilhoso porque o seu nascimento é diferente de todos os outros
bebés. Ele nasceu sem ter um pai humano. A sua mãe era virgem e
ele nasceu pelo poder do Espírito Santo (leia Isaías 7;14; Mateus
1:18-25 e Lucas 1:26-38). Seu Pai foi o Deus Altíssimo.
Seu nome é maravilhoso porque ele nunca pecou. Jesus foi o
único bebé que nasceu sem herdar a natureza pecaminosa de Adão.
Jesus nasceu sem pecado e viveu uma vida inteira aqui na terra sem
ter pecado algum. Só este facto é uma maravilha pois todos nós
sabemos que não se passa um dia que não pecamos, por pensamen-
tos, palavras e acções.
Seu nome é maravilhoso porque ele só fez e faz maravilhas. Mui-
tos ignoram que Jesus Cristo é o Criador dos céus, da terra, do mar
e de tudo quanto neles existem (João 1:3; Hebreus 1:2). Portanto,
Jesus antes de nascer da virgem de Maria já existia em Espírito
(João 1:1-2). Os milagres que ele fez aqui na terra foram coisas
maravilhosas. Ele curou os paralíticos, os leprosos, os cegos, os
surdos e libertou aqueles que estavam controlados por demónios.
Ele transformou a água em vinho num casamento, deu comida a
mais de cinco mil homens com cinco pães e dois peixes, acalmou
mais uma Pátria
Guida Micael/ F. Cruz Gomes
Uma iniciativa deveras interessante. O deputado federal pela área
da Davenport, Mário Silva, em conjunto com o Sporting Clube de
Toronto e os vereadores da CMT Ana Bailão e César Palacio orga-
nizaram uma campanha de Cidadania para todos aqueles que dese-
jam obter a Cidadania.
Há políticos Canadianos – alguns deles até de origem portuguesa
– que se interrogam acerca da forma como a nossa gente encara a
vida no Canadá. Os Portugueses são bons trabalhadores, cumpri-
dores das leis, interessados no desenvolvimento do País. E mesmo
vivendo com a saudade no coração... entendem este País como
coisa sua. O que só nos pode encher de justo orgulho.
Quando chega a altura das eleições locais – a qualquer nível – a
nossa gente é, no entanto, aquela que menos vota. Que menos se
interessa por essa vertente importante do País que é também nosso.
Não vota... pronto! E o curioso é que, não votando para as eleições
locais, também não vota para as eleições Portuguesas, para as quais
também pode votar.
Por isso, a ideia de fazer uma campanha de cidadania canadiana.
O deputado Federal pela área da Davenport, Mário Silva, em con- Importa, agora, que, para além de ajudar a preencher papéis, os
junto com o Sporting Clube Português de Toronto e os Vereadores que meteram ombros a esta tarefa, tentem, a pouco e pouco, dar a
Municipais Ana Bailão e Cesar Palacio, organizaram a sessão, que entender aos Luso-Canadianos... que é importante votar. Que nin-
teve, a despeito de tudo, boa assistência. guém deve deixar de exercer um direito que é também um dever.
A campanha decorreu entre as 11 e as 16 horas, ontem, na sede do
É aí que nós entendemos ser importante e pertinente esta campanha
Sporting. Foi, no fundo, uma tentativa de servir. Uma tentativa de de Cidadania Canadiana. Importa que todos a entendam por esse
pôr a nossa gente mais de acordo com as necessidades gerais. ângulo. Votar é um dever. Votar é um direito... que se transforma
Já por outras ocasiões se fez o mesmo. Já por outras ocasiões se fez em obrigação.
um apelo a uma participação mais activa na vida do País, também A campanha vai continuar, designadamente, com mais uma sessão
na vertente do voto e das eleições. em Maio próximo.

Dra. Ema Secca

os mares e os ventos, andou sobre as águas do mar da Galileia e
ressuscitou os mortos. Os seus ensinamentos foram maravilhosos
pois até os sábios disseram pasmados, “Como sabe este letras,
não as tendo aprendido”, (João 7:15) e a multidão após ter ouvido
o sermão da montanha se admirou da sua doutrina “porquanto os
ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas”
ADVOGADA
(Mateus 7:29).
Seu nome é maravilhoso porque a a sua morte tem poder para
em Portugal
nos salvar do pecado que herdamos de Adão. Isaías apontou para
o poder da sua morte ao profetizar o seguinte: “Mas ele foi ferido
Pode resolver-lhe todos os assuntos
pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades: o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisadu-
em qualquer área jurídica
ras fomos sarados. Todos nós andámos desgarrados como ovel-
has; cada um se desviava pelo seu caminho: mas o Senhor fez
cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Isaías 53:5-6). Setecen-
CONTACTE E TERÁ
tos anos depois o profeta João Baptista confirmou a profecia de
Isaías ao apontar para Jesus e dizer: “Eis o Cordeiro de Deus que BONS RESULTADOS
tira o pecado do mundo” (João 1:29).
Em quinto lugar o seu nome é maravilhoso porque todo aquele
que crer no significado do seu nome será salvo do pecado, da morte
Tel: 214418910 (Lisboa)
e do castigo eterno. O nome de Jesus significa que “Ele salvará o
seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:21). O apóstolo Pedro disse:
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“E em nenhum outro há salvação, porque também, debaixo do
céu, nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
e-mail: emaseca@netcabo.pt
devemos ser salvos” (Actos 4:12). Portanto, “Todo aquele que
nele crer não será confundido...Porque todo aquele que invocar
o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:11,13).
7 de Março 2011 Mensagem . 11

PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER

 12 . Desporto 7 de Março 2011

Benfica perde em Braga e pode ter-se despedido do título

O Benfica quebrou a série de 18
vitórias consecutivas ao perder
(1-2) em Braga, desaire que de-
ixa os encarnados praticamente
fora da corrida pelo título. Savi-
ola marcou primeiro, Hugo Vi-
ana e Mossoró deram a volta
ao marcador. Javi García foi
expulso ainda na primeira parte.
Marcou primeiro o Benfica
numa primeira parte muito dis-
putada, com várias ocasiões de
golo de parte a parte. Saviola
encostou para o 1-0 depois de
Artur não ter conseguido segu-
Luis Filipe Vieira:
rar um livre batido por Carlos
Martins.
O SC Braga respondeu, com
Lima e Hugo Viana a testarem
os reflexos de Roberto e Ukra,
na pequena área, a atirar ligei-
ramente ao lado. Cardozo, em
duas ocasiões, também forçou
Artur a defesas apertadas.
Aos 41 minutos, o árbitro Car-
los Xistra entendeu agressão de
Javi García a Alan e mostrou
vermelho directo ao médio es-
panhol. Na transformação do
livre – encostado à linha lat-
eral, a meio do terreno de jogo
do Benfica – Hugo Viana ten-
tou colocar em profundidade,
a bola ganhou altura e acabou
por surpreender Roberto, que
estava adiantado. Ficou mal
na fotografia o guardião encar-
nado no lance que deu o empate
ao SC Braga, como refere “A
Bola”.
Entram melhor os minhotos
para a etapa complementar,
com Lima a forçar Roberto a
nova defesa por instinto, após
remate na pequena área na se-
quência de cruzamento na dire-
ita de Mossoró. Os encarnados
equilibraram sem, no entanto,
incomodarem o guarda-redes
adversário.
Mesmo em inferioridade nu-
mérica, Jorge Jesus reforçou
o ataque e lançou Kardec para
o lugar de Carlos Martins. No
instante seguinte, Mossoró mar-
cou o golo da vitória. E que golo
o do brasileiro do SC Braga,
que disparou forte de fora da
área, colocado junto ao ângulo
superior direito da baliza de Ro-
berto.
O Benfica não conseguiu reagir
à desvantagem e acabou por
perder o encontro, ficando prati-

Às vezes não nos deixam ganhar...

O presidente do Benfica passou
pela zona mista do Estádio Axa
e teceu duras críticas à actuação
de Carlos Xistra. Luís Filipe
Vieira diz que «estava escrito
nas estrelas desde o início o que
se iria passar» no campeonato,
argumentando que os encarna-
dos foram «constantemente em-
purrados».
«Todos os benfiquistas devem
sentir um orgulho muito grande
neste grupo de trabalho, nos
jogadores e na equipa técnica.
Se dúvidas houvesse, ficou
provado que seria muito difícil
camente arredado da luta pelo Já o SC Braga alcançou três lugares que dão acesso às com-
título – o líder FC Porto está preciosos pontos na luta pelos petições europeias.
agora a 11 pontos.
ao Benfica chegar lá acima. Fo-
mos constantemente empurra-
dos», acusou Luís Filipe Vieira,
apontado a mira a Carlos Xistra.
«O protagonista do jogo de hoje
já havia tido o protagonismo
no jogo em Guimarães, no qual
anulou um golo a Cardozo e
não assinalou um penalty des-
carado sobre o Carlos Martins.
É pena, mas é este o futebol que
temos», notou.
O líder máximo dos encarnados «Há alturas em que não nos de-
lamentou ainda o clima hostil ixam ganhar. Estava escrito nas
que marcou a deslocação das estrelas desde o início o que se
águias à cidade dos arcebispos.

Leão volta a sorrir...

iria passar», atirou.

O Sporting colocou este

domingo ponto final em je-
jum de oito jogos sem vencer,
batendo o Beira-Mar por 1-0,
em Alvalade, na 22.ª jornada da
Liga. Tento solitário de Matías
Fernández, na marcação de
uma grande penalidade, aos 78
minutos, permitiu ao leão voltar
a sorrir.
Na estreia de José Couceiro na
O Jack vende qualidade... Liga, ficou aquém das expec-
tativas a exibição do Sporting
após jogo bem conseguido no
derby com o Benfica, na meia-
Qualidade, final da Taça da Liga.
Ansiedade foi um adversário
Variedade de Pão, suplementar e retirou discerni-
mento ao leão. Pela frente es-
Doces e Salgados teve um adversário organizado
nas tarefas defensivas e que fez
do contra-ataque a sua principal
venha deliciar-se arma.
Uma grande penalidade con-
ou encomende... vertida por Matías Fernández,
à passagem do minuto 78, por

651 1780
mão na bola de Élio, desfez o
nulo e revelou-se decisiva. O
(416) remate do chileno, da marca dos
onze metros, garantiu ao leão a
JACK´S BAKERY conquista dos três pontos e o re-
gresso desejado às vitórias.
 7 de Março 2011 Desporto . 13

FC Porto não desarma Liga de Honra

Trofense recupera
e vence Guimarães
O FC Porto venceu no sábado o V. Guimarães por 2-0, no Estádio
a liderança
do Dragão. Falcao e Cristian Rodríguez decidiram o jogo na etapa
complementar.
Segunda parte com o pé no acelerador permitiu ao FC Porto levar
de vencida um adversário que pouco fez para justificar o assalto ao
terceiro lugar.
Falcao, que bisara no triunfo por 3-0 em Olhão, abriu caminho ao
triunfo dos azuis-e-brancos aos 68 minutos, com um remate colo-
cado que deu o melhor seguimento a soberba assistência de James
Rodríguez.
O lance de inspiração da dupla colombiana deu expressão ao
domínio portista na etapa complementar, depois de exibição amorfa
nos primeiros 45 minutos. O Trofense recuperou a liderança da Liga de Honra em
Sem Hulk, os dragões não patentearam o habitual poder de fogo futebol, depois de a Oliveirense ter somado um nulo no jogo
no ataque, sentindo dificuldades para contrariar a boa organização ter feito funcionar o marcador na primeira metade. da 20.ª jornada da competição, em que nenhuma equipa
defensiva dos vimaranenses. O V. Guimarães, que jogava no Dragão a possibilidade de ascender logrou a vitória em terreno alheio.
Ainda assim, Falcao, em duas ocasiões, e Álvaro Pereira poderiam ao terceiro lugar, revelou algum atrevimento nos minutos iniciais

BORGES
– Targino obrigou Helton a defesa apertada logo a abrir -, mas foi
perdendo o ímpeto até ficar remetido a tarefas defensivas.
Os minhotos procuraram o tento da igualdade na recta final do en-
contro, expondo-se ao contra-ataque do FC Porto. No período de
descontos, Cristian Rodríguez sentenciou o triunfo do líder, numa
FOODS APRESENTA saída rápida para o ataque cinco minutos depois de N´Diaye ter
recebido ordem de expulsão.
Resultados- Sexta-feira, 04 mar:
A equipa da Trofa recebeu o Penafiel e já sabia que um
triunfo possibilitaria ascender ao primeiro lugar e relegar
para segundo a Oliveirense, que, no sábado, empatou 0-0 na
visita ao Freamunde, posicionado a meio da tabela.
Apenas um ponto separa agora Trofense e Oliveirense,
adversários na próxima jornada, em Oliveira de Azeméis,
num encontro programado para domingo. A Oliveirense e
o Santa Clara (venceu o Moreirense por 1-0, no fecho da

Académica - União de Leiria, 0-0
- Sábado, 05 mar:
FC Porto - Vitória de Guimarães, 2-0
Domingo, 06 mar:
Marítimo - Rio Ave, 0-1
Vitória de Setúbal – Olhanense, 0-0
Sporting - Beira-Mar, 1-0
Sporting de Braga – Benfica, 2-1
- Segunda-feira, 07 mar:
Paços de Ferreira - Naval 1.º Maio, 11:00
Portimonense – Nacional, 3:15 (SportTV)
Programa da 22.ª jornada:
- Sexta-feira, 11 mar:
Beira-Mar - Paços de Ferreira, 3:15 (SportTV)
- Sábado, 12 mar:
Rio Ave – Sporting, 1:15 (TVI)
Vitória de Guimarães - Vitória de Setúbal, 3:15 (SportTV)
- Domingo, 13 mar:
Naval 1.º Maio – Marítimo, 11:00
Nacional – Académica, 11:00
Benfica – Portimonense, 3:15 (SportTV)
- Segunda-feira, 14 mar:
União de Leiria - FC Porto, 3:15 (SportTV)
Europeus de Atletismo ronda) são as únicas equipas que ainda não perderam em
casa em jogos do campeonato.
“Veteranos” ainda O Feirense, vitorioso por 2-1 na receção ao menos cotado
Sporting da Covilhã, continua em terceiro, a dois pontos da
Oliveirense e três do Trofense.
conseguem vencer... A formação de Santa Maria da Feira viaja até Barcelos no
próximo sábado (10:00), para defrontar o Gil Vicente, que,
Francis Obikwelu, campeão nos 60 Muito bem esteve igualmente a nesta 20.ª ronda, não foi além de uma igualdade 2-2 em
metros, e Naide Gomes, segunda no também trintona Naide Gomes, no Arouca.
salto em comprimento, colocaram comprimento. Aos 31 anos, conti- O deslize dos gilistas, que caíram para a quinta posição, foi
Portugal em plano de destaque na nua a ser uma atleta de grandes mo- aproveitado pelo Estoril, que, no sábado, se impôs por 2-0
última jornada dos Europeus de mentos, liderando o concurso até ao ao último classificado, o Fátima, na Amoreira.
atletismo, que ontem encerraram quarto salto e só perdendo o ouro
em Paris.
Numa jornada só de finais, em que
por um escasso centímetro.
também se destacou o recorde mun-
dial do triplo, “faltou” a presença
de Sara Moreira na final dos 3.000
metros, onde teria sido uma grande
candidata ao triunfo, não fosse o ir-
remediável erro de inscrição que a
relegou para os 1.500 metros.
Francis, que vai fazer 33 anos em
Novembro, dá-se bem com a pista
coberta de Paris. Foi na capital
francesa que há 14 anos - ainda
como junior e com a nacionalidade
nigeriana - conseguiu a sua primei-
ra grande medalha, bronze nos 200
metros do Mundial.
Chegou a despedir-se da modali-
dade, após os Jogos Olímpicos de
2008, mas, passado um ano apenas,
regressou para ajudar os “miúdos”
da estafeta 4x100 metros. No ano
passado, esteve nos Europeus de
Barcelona, sem pressão, mudou
de treinador, para o grupo de João
Ganço, o mesmo treinador de Nél-
son Évora, e este ano voltou ao pri-
meiro plano, de forma totalmente Matricule os seus filhos
inesperada.
O velocista naturalizado português
em finais de 2001 viu o seu nome
envolvido no caso de doping em Na ACADEMIA
Espanha - onde esteve vários anos,
com o grupo de Manuel Pascua e
Maria José Martinez - e esperava-
se que isso o afetasse psicologica- DE FUTEBOL
mente, mas, aparentemente, não.
Em Paris, ganhou a sua série e uma
das meias-finais - esta corrida de
forma totalmente autoritária, de-
DO SPORTING
sacelerando e ainda assim a fazer
6,61 metros.

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No dia 12 de Março:
PARA TODO O CANADÁ
rou a final para ganhar, conseguiu-o
e fez mais que isso, retirando um Baile da Pinha com jantar e entretenimento
1831 Mattawa Ave., Mississauga centésimo ao seu “velho” recorde

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nacional (era de 2004), para 6,53.
A “guarda de honra” no pódio
com o DJ Five Star.
905 277 0677 não podia ser mais prestigiante: o
britânico Dwain Chambers, que Sábado, 26 de Março:
SEMPRE À SUA MESA
Noite de Fados.
defendia o título, e o francês Chris-
tophe Lemaitre, campeão europeu

BORGES de 100 metros em Barcelona e

primeiro atleta branco abaixo dos
10,00 segundos.
 14 . Ainda comunidades 7 de Março 2011

Danças de Carnaval a mexerem

com a saudade de todos
Danças de Carnaval. Uma tradição. Até com vários nomes. Parece
ter nascido na Terceira... mas rapidamente se espalhou por toda a
parte. Sobretudo pelas partes para onde – com a emigração – se
dirigiam os Açoreanos.
No sábado, eram várias as colectividades que tinham Danças de
Carnaval ou, no mínimo, bailes de Carnaval. Com mais tempo es-
tivemos na Casa dos Açores.
Na Casa dos Açores, deparámos, desde logo, com o maior entu-
siasmo numa casa cheia. Com os mais velhos, necessariamente, a
lembrarem os seus tempos de outrora. E com jovens, quer a entra-
rem nas danças, quer até a ver e a presenciar. A Casa dos Açores
tem vindo a levantar a onda de preservação dos usos e costumes das
ilhas de onde são oriundos os seus sócios.
Uma jovem... “mestra”
Kayla Leal – filha do Élio, claro, ele que tem tudo aquilo no
sangue... – está metida nas danças de Carnaval. Este ano foi mesmo
“mestra”. Jovem como é, parece muito interessada. E conta que
uma sua amiga já anda há muitos anos nisto... “e eu também que-
ria”. Um dia, o tio da amiga, perguntou-lhe se ela queria ser “mes-
tra”. Estavam no Petisco. E o Petisco esteve na base de tudo. E
ela... disse que sim. Ainda lhe perguntámos se o pai, ali mesmo, não
tinha nada a ver com a ideia. E ela: “Não... não teve nada a ver com
isso”. E nós a picar: “ele até lhe disse para a Kayla não se meter
nisto...” E ela: “Não. Ele disse que se eu queria ir... poderia ir...”
É. A verdade é que as Danças de Carnaval estão no sangue de todos
quantos nasceram na Terceira e não só.
Élio Leal diz da sua saudade
O Élio Leal está por cá... há montes de anos. Perguntámos-lhe se
t u de
v en e
*J meça ssar-s
u
ele, depois de tantos anos, por cá, ainda gosta das Danças. “Eu
co ntere
ai
adoro isto. É uma tradição nossa... porque é que eu não havia de
gostar disto...?”
Diz-nos que, como nasceu lá, nos Açores, na Terceira, “tudo isto
representa muito, representa convívio, representa manter uma Kayla Leal,
tradição que vem do tempo dos nossos avós e é a recordação uma jovem
daqueles três dias de Carnaval, que a gente tanto gostava de ver... as que gosta
palhaçadas sadias, coisas para chorar, coisas para rir...” E acentua das Danças
que tudo isto é muito importante, como todas as outras tradições.
“Mas, por lá... mesmo como mais novos, a gente estava sempre à
espera do Carnaval, para sairmos de casa e convivermos com os
amigos... naqueles dias fazia-se uma comidinha melhor...”
Satisfação. Alegria. Entusiasmo. Élio Leal vive, de facto, todo o
conjunto das Danças de Carnaval.
E mesmo os de São Miguel
Carlos Botelho não é da Terceira. Estava ali mesmo. E vá de meter
conversa com ele. Quase como sendo desta nossa 10.ª ilha... “Em
São Miguel as coisas são diferentes. Havia os Jogos das Limas, a
batalha das limas, as máscaras, as brincadeiras que se faziam... uns
bailaricos... era, de facto, diferente”. Carlos Botelho, quando da
tropa, ainda esteve na Terceira, mas não por altura do Carnaval.
A verdade é que quando veio para cá – principalmente quando fez
parte do Clube de Mississauga – “comecei a ver e a gostar destas
danças...”

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 7 de Março 2011
Portugal vai presidir ao Comité
de Sanções à Líbia
O embaixador português na ONU, José Moraes Cabral, foi o nome
escolhido para assumir a liderança da comissão de sanções à Líbia
do Conselho de Segurança das Nações Unidas na próxima terça-
feira.
O Conselho de Segurança da ONU irá oficializar, amanhã, terça-
feira, dia 8 de Março, Portugal para chefiar a comissão das sanções
da ONU contra a Líbia. A primeira reunião está marcada para os
próximos dias, revela fonte diplomática das Nações Unidas citada
pela France Press.
O embaixador de Portugal na ONU, Moraes Cabral, irá liderar a
comissão iniciando, imediatamente, os contactos para a sua res-
tante composição, indicaram as mesmas fontes.
«Houve consenso sobre o seu nome», adiantou um dos diplomatas
ViniPortugal à conquista
de Nova Iorque
A ViniPortugal levou 42 empresas portuguesas a marcar presença
na feira New York Wine Expo, no Jacob K. Javits Convention Cen-
trer, que se realizou durante três dias em Nova York, no final do
mês de Fevereiro. O objectivo da ViniPortugal é promover a marca
Wines of Portugal e dar a conhecer os vinhos de Portugal ao con-
sumidor americano.
Sónia Fernandes, área manager para os Estados Unidos da Améri-
ca, focou a importância do conhecimento por parte dos americanos
dos vinhos portugueses: “É fundamental formar e dar informação
Crianças perseguidas, humilhadas
e agredidas na escola
É uma realidade incontornável e atinge, sobretudo, crianças en-
tre os 13 e os 16 anos. São perseguidas, humilhadas e agredidas
na escolas por colegas. A violência escolar, hoje mais conhecida
por bullying, atinge proporções alarmantes e foi o tema em de-
bate nas V Jornadas da Adolescência, que decorreram na Escola
Secundária das Laranjeiras.
No âmbito destas jornadas, o sociólogo Miguel Brilhante, na con-
ferência intitulada “Práticas e Representações Sociais do Fenó-
meno «Bullying»”, apresentou dados preocupantes sobre este
fenómeno, os quais resultaram de um inquérito realizado a 600
alunos daquele estabelecimento de ensino de Ponta Delgada.
Durante a conferência, Miguel Brilhante enalteceu a iniciativa da
Escola Secundária das Laranjeiras, considerando a mesma como
um exemplo de coragem no sistema de ensino dos Açores.
A Escola das Laranjeiras, sublinhou, confronta-se com o prob-
lema do bullying e não tem medo de debater a situação, contrari-
amente ao que acontece com outros estabelecimentos de ensino,
que preferem ignorar ou esconder os casos de violência escolar
existentes.
Com este tipo de iniciativas, disse Miguel Brilhante, abre-se, uma
vez mais, “a escola à comunidade e a todos aqueles que devem
– ou deveriam, pelo menos – estar atentos à problemática da ado-
lescência”.
13% já agrediram colegas
No balanço que fez sobre as “Práticas e Representações Soci-
ais do bullying por parte dos alunos do 3º Ciclo das Escola das
Laranjeiras”, o sociólogo revelou que 13% dos inquiridos já agre-
diu um colega de forma continuada. Uma das razões apontadas
é não admitirem que “alguém se arme em esperto” (70%), mas
41% apontou como razão “afectiva” para a prática do bullying o
aumento da auto-estima.
Entre os alunos inquiridos, 40% conhece alguém que tenha já
praticado bullying e 27% já assistiu a episódios daí resultantes,
sendo que 42% pediu ajuda a outras pessoas na tentativa de re-
solver o problema e 29% limitou-se a “não fazer nada”.
Dos 600 alunos sujeitos ao inquérito em questão, há um total de
42% dos alunos que afirma que o bullying “é uma prática fre-
quente no território escolar (Escola Secundária das Laraneiras)”.
“Uma discussão entre amigos...”
Os alunos da Escola Secundária das Laranjeiras entendem que as
pessoas praticam bullying porque “se sentem bem a exercer poder
intimidatório junto das pessoas (37%)” e porque “é uma forma de
Ainda a tempo . 15
Óscares consagram
«O Discurso do Rei»
Nomeado para 12 Óscares, «O Discurso do Rei» venceu quatro, nas
categorias mais importantes. Também com quatro brilhou «Incep-
tion», que dominou nas categorias técnicas. Nos prémios de rep-
resentação ganharam os esperados. «127 Horas» e sobretudo «In-
domável», que concorria a 10 Óscares, foram para casa sem nada.
próximos do processo. Acrescentando que «é urgente agir em razão
do que se está a passar (na Líbia). A primeira reunião (da comissão)
deverá ser organizada muito rapidamente, dentro dos próximos
dias”, garantiu.
Além de melhor filme e realizador, «O Discurso do Rei» venceu
para melhor argumento original e actor, consagrando Colin Firth.
Natalie Portman conseguiu o Óscar para melhor actriz por Cisne
Negro.
O filme em que estava nomeado concorria em 12 categorias e a
Academia acabou por se curvar quatro vezes perante a história do
ao consumidor e ao mercado sobre o melhor que os Vinhos de Por- rei gago (Jorge VI de Inglaterra) que, em termos de prémios cin-
tugal têm para oferecer. A promoção e consequente comercializa- ematográficos, falou alto e bom som para todo o mundo, este ano.
ção dos vinhos portugueses no estrangeiro é o principal objectivo
da ViniPortugal”. «A Rede Social» venceu três Óscares, «The Fighter - Último
O certame, durante o qual decorreram dois seminários organizados Round», venceu dois mas nas categorias de actores secundários -
pela ViniPortugal, destinou-se não só a profissionais do sector mas Melissa Leo e Christian Bale. «Alice no País das Maravilhas» tam-
também ao consumidor final. Os primeiros dois dias estão reserva- bém recebeu dois, tal como «Toy Story 3», que venceu para melhor
dos para o público em geral e o último, dia 27, para profissionais do filme animado e canção original.
sector. – Cristina Alves
terem poder (35%)”.
Metade dos 600 alunos inquiridos (50%) considera que a prática
do bullying não é normal porque não é socialmente correcto pro-
vocar e ameaçar as pessoas (50%).
Vencedores:
De acordo com os alunos inquiridos, a prática de actos de violên-
Melhor Filme: O Discurso do Rei
cia tem origem na rua e advém do convívio com os amigos (43%)
Melhor Actor: Colin Firth, O Discurso do Rei
e da escola, com a disputa por uma hierarquia (35%).
Melhor Actriz: Natalie Portman, Cisne Negro
Melhor Realizador: Tom Hooper, O Discurso do Rei
Por último, os alunos da Escola Secundária das Laranjeiras defen-
Melhor Fotografia: A Origem
dem que a melhor forma de lidar com o bullying é denunciar de
Melhor Actriz Secundária: Melissa Leo, Último Round
imediato aos pais, professores ou funcionários da escola (72%),
Melhor Actor Secundário: Christian Bale, Último Round
enquanto 16% refere que ceder às provocações e humilhações é a
Melhor Argumento adaptado: A Rede Social
melhor estratégia.
Melhor Argumento original: O Discurso do Rei
“Receitas anti-bullyin” Melhor Filme Estrangeiro: Num Mundo Melhor
Melhor Curta-Metragem de Animação: The Lost Thing
Melhor Longa-Metragem de Animação: Toy Story 3
Quanto às “receitas anti-bullyin”, o sociólogo afirmou que estas
Melhor Banda-Sonora original: A Rede Social
estão, sobretudo, nas mãos dos professores, na acção dos pais e
Melhor Canção Original: Randy Newman, Toy Story 3
até mesmo na própria comunidade.
Melhor Mistura de som: A Origem
Melhor Montagem de som: A Origem
Defendeu que os professores não podem tratar os jovens como
Melhor Maquilhagem: O Lobisomem
“coitados” nem colocá-los debaixo de “holofotes”, trabalhando
Melhor Guarda-roupa: Alice no País das Maravilhas
no sentido de descobrir as suas competências positivas e destacá-
Melhor Documentário de curta-metragem: Strangers No More
las, fazendo-o de forma honesta e não condescendente.
Melhor Curta-metragem: God of Love
Cabe ainda aos professores, segundo Miguel Brilhante, criar
condições para o jovem aprender a lidar e a resolver os problemas,
Melhor Documentário de longa-metragem: Inside Job - A Verdade
da Crise
bem como falar sobre a violência na turma, na escola e junto da
Melhores Efeitos visuais: A Origem
comunidade.
Melhor Cenografia: Alice no País das Maravilhas
Melhores Efeitos Visuais: A Origem
Quanto aos pais, o sociólogo defendeu que estes devem estar em
Melhor Montagem: A Rede Social
alerta, mostrar-se abertos a ouvir e ponderar os jovens, fazer com
que sintam confiança e segurança em casa, com abertura para falar
sem ser pressionado, julgado ou criticado.
Os pais devem, ainda, preparar os jovens para identificar esses
problemas, ensinar-lhes a argumentar, a falar sobre o tema em vez
de chorar, fugir ou bater e educar para que sejam capazes de falar
sobre as emoções e os afectos.
São apenas receitas que Miguel Brilhante aponta, defendendo a
necessidade de “fazer, experimentar, partilhar para chegar a bons
resultados”.
O sociólogo apresentou, por outro lado, alguns “percursos anti-
bullying”. Em primeiro lugar disse que “o sistema de ensino tem
de ir à escola e, em segundo”, que “a educação precisa de ser (re)
educada”.
Depois, afirmou como urgente o regresso aos valores, exigindo
novas políticas e novos intervenientes e “uma nova sociedade
(?)”.
 16 . Comunidade 7 de Março 2011

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Aldo Lima agradou em cheio Guida Micael/Cristina Alves

Um estilo diferente de comédia à Portuguesa... sem o ser

Aldo Lima é um dos pioneiros do stand-up em Portugal. Antes da
sua cara se tornar conhecida, através de várias campanhas publici-
tárias, já ele tentava explicar a gerentes de espaços nocturnos que
lhe era possível subir ao palco sozinho e, sem contar anedotas, di-
vertir qualquer plateia.
Foi já no início do novo século que se estreou na stand-up com-
edy no “Levanta-te e Ri”, um programa de televisão ao vivo de
stand-up comedy português, produzido e transmitido pela SIC. A
temática das suas apresentações é transversal, o humor é mordaz e
desconcertante, a expressividade física é única.
O disparate mistura-se com os assuntos sérios e somos convidados
a pensar de forma crítica. Sem dúvida um dos grandes talentos da
nova comédia em Portugal.
Pois... foi este Aldo Lima que, sábado, esteve no The Mod Club.
Um comediante que sabe o que faz... que brinca com as plateias e
que soube, do princípio ao fim, pisar o palco,,, ele que esteve quase
para ir ao Elizabeth Theatre. Onde, decerto, brilharia também.
E a verdade é que este humorista de boa gema... conseguiu pôr o
público ao rubro, com gargalhadas sonoras. Mesmo quando Aldo

JACK´S
Lima enveredava por histórias menos novas... mas rejuvenescidas.
Ou quando, como foi o caso, entrou a fazer de relator futebolístico
ao nosso estilo. Ou a reportar um espectáculo tauromáquico, vivido
na pele de diversos personagens.
E que, antes da apresentação de Aldo Lima, apresentou dois artis-
tas luso-canadianos, Tony Ferreira e Reno Silva. Tony Ferreira já
canta há quatro anos por cá. Escreve as suas próprias canções em
Portugues. O seu primeiro CD será lançado no final deste mês. Vai
chamar-se “Retalhos”.

BAKERY
Enfim... um comediante bem à maneira. Que sabe o que faz e que
não perde pitada de uma reaprendizagem de casos velhos que ele O segundo cantor foi Reno. Já canta por cá há mais de 8 anos. A
vai rejuvenescendo. bateria era o seu instrumento favorito quando era pequenino... mas
diz que não sabe o que aconteceu quando começou com a guitarra
Prata da casa... a abrir - talvez tivesse sido a magia do instrumento pensamos nos. Cantou
A apresentação do espectáculo esteve a cargo de Raquel Carvalho. e encantou com as suas múcas româticas.
A Jacks vende qualidade Com a plateia a acompanhar.

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 7 de Março 2011 Ainda a tempo . 17
Lá “por cima”
também havia festa
Habituámo-nos a ir “lá acima” ao Centro Cultural Português de
Mississauga. No sábado, não fugimos ao hábito. E era apenas um...
Baile de Carnaval com jantar e o conjunto Mexe-Mexe. No con-
junto começava para nós a “novidade”. É que o novo vocalista,
João Finto, é mesmo... um senhor vocalista. Mexe com o público.
E anima a festa. Foi a primeira vez que o vimos e ouvimos. Não
há-de ser a última.
O Baile de Carnaval... encheu por completo o vasto salão. E fez
extravasar de alegria e entusiasmo a colectividade. Jorge fazia 50 anos. E fazia os 50 anos por ali, no Centro Português. Era mesmo um Baile de Carnaval. Ainda vimos uma ou outra más-
A determinado momento, era o presidente da colectividade, Gilber- Com muitos amigos em seu redor. E com os balões “50” a dar nota cara, mas como já lá chegamos tarde... pouco nos pudemos aper-
to Moniz, a dizer-nos que na sala estava um aniversariante. Carlos de entusiasmo. Parabéns, por isso. ceber de tudo.

Acto de Heroismo
Maria Joao Rafael
Augusta Duarte Martinho – é a mulher do momento. Não, não foi
ministra, não foi estrela de novela nem cantora da moda. Desde
D. Inês, rainha de Portugal, creio que a vida de um cadáver nunca
deu tanto que falar. Augusta Martinho representa, neste momento,
o receio mais íntimo de qualquer português.
No inicio do mês, um cidadão comum adquiriu um apartamento na
Rinchoa, Sintra, e ao entrar pela primeira vez em casa, deparou-
se com o cenário macabro, de um cadáver quase em ossadas, na
cozinha. Este foi o fim de Augusta Duarte Martinho, octogenária,
desaparecida desde Agosto de 2002 e o inicio da sua história de
notoriedade. Os alertas do desaparecimento foram teimosamente
cumpridos pela vizinha e pelo primo que com ela privavam no dia-
a-dia, quer à PSP, à Guarda Nacional Republicana, aos serviços de
Segurança Social, ao Tribunal… tudo em vão. De repente uma ido-
sa, a viver sozinha, com uma vida inteira em dia, com hábitos como
toda a gente, desaparece e ninguém responsável neste país quer sa-
ber. Da vida há pouco a dizer – foi educadora de infância; teve um
companheiro que morreu antes dela, com quem nunca chegou a
casar; sem filhos; era saudável; pequenina; foi cumpridora com as
suas obrigações até ao dia em que a morte a trespassou e tombou na
sua própria casa e por ali ficou na companhia dos cadáveres do cão
e de 2 canários, durante 9 eternos anos.
A ironia da situação é que as mesmas autoridades, policiais, soci-
ais e fiscais, que se recusaram de todas as vezes a abrir a porta de
casa para confirmarem a sua presença ou não, foram precisamente a
chave mandatária para a execução do leilão em hasta pública da sua
casa e se procedesse à abertura da porta do apartamento, para que
os novos proprietários se instalassem. E a coisa revelou-se ao fim
destes 9 anos de interrogações e das dúvidas de quem gostava dela
– à frente de um serralheiro, da polícia (a mesma que se recusara
há 9 anos a abri-la), e do infeliz novo proprietário – que agora já
não o é. Considere que tudo isto aconteceu, porque esta cidadã res-
peitadora deixou de pagar o IMI (imposto municipal sobre imóveis)
desde que morreu - como é óbvio, e o Estado facilmente poderia ter
descoberto; uma vez que as cartas e as notificações eram devolvi-
Republicanos admitem enviar
armas a rebeldes líbios
O líder republicano no Senado norte-americano, Mitch McConnell,
admitiu no domingo, numa entrevista, a hipótese dos Estados Uni-
dos “armarem os rebeldes” na Líbia.
McConnell falava numa entrevista ao programa “Face the Nation”,
da estação de televisão CBS, na qual comparou a situação com out-
ras acções similares realizadas durante o período da Guerra Fria.
“Outra opção que utilizámos com frequência durante a Guerra Fria
é simplesmente ajudar e armar os rebeldes”, afirmou o senador re-
publicano. McConnel referiu, no entanto, que é preciso saber “com
quem estamos a lidar” antes de fornecer armas aos revolucionários
20 pessoas detidas em Luanda
quando se concentravam
para manifestação anti-Governo
Cerca de 20 pessoas, incluindo o “rapper” angolano «brigadeiro
Mata Frakus” e jornalistas do Novo Jornal, foram esta madrugada
detidas pela polícia em Luanda quando se concentravam na praça
1.º de maio para uma manifestação anti-Governo.
O “rapper” angolano “brigadeiro Mata Frakus” e toda a equipa
líbios, que contestam o regime do líder líbio Muammar Kadhafi.
Na mesma linha de pensamento, o ex-candidato presidencial e se-
nador republicano John McCain também indicou numa entrevista
ao canal ABC que, a par da ajuda humanitária, os Estados Unidos
podiam acrescentar “assistência técnica, ao nível dos serviços de
informação e formação”. “Estamos claramente do lado dos rebel-
des”, reforçou o senador republicano pelo estado do Arizona.
“Uma intervenção no terreno por parte dos Estados Unidos seria
contraproducente, mas podemos ajudar de várias maneiras: ajuda
humanitária, formação, bem como ajudar um governo provisório
em Benghazi”, concluiu John McCain. Também o antigo consel-
heiro de segurança nacional do antigo presidente George W. Bush,
Stephen Hadley, sublinhou hoje que seria “útil” o fornecimento de
“material anti-aéreo” às forças insurgentes que controlam a região
Leste da Líbia.
Por seu lado, a administração de Barack Obama tem mantido um
discurso de apoio ao povo líbio, referindo sempre que a solução da
crise tem de ser “multilateral”. O chefe do gabinete da administ-
ração norte-americana, Bill Daley, reiterou hoje que “os Estados
Unidos e os seus aliados têm falado nas últimas semanas para con-
seguir um esforço coordenado que pressione Kadhafi”. Daley con-
cluiu que esse esforço “deve ser internacional e não de um único
país”.
do Novo Jornal estão detidos no Comando Provincial de Luanda
desde o início desta madrugada, segundo o portal eletrónico Angola
24horas.
A manifestação vai decorrer apesar das detenções, disse o coorde-
nador do protesto

Cor e samba no Carnaval

das à procedência, de uma dívida de menos de 1.500 euros.
Fala-se agora do fantasma da solidão desta sociedade envelhecida
e a Igreja defende o princípio da boa vizinhança. Há cada vez mais
gente a viver só, com hiatos sociais e familiares. Não me parece
ter sido o problema desta senhora e penso que está longe de ser

da Madeira
uma questão estritamente de velhos; afinal ainda o ano passado foi
detectada a mesma situação com um jovem de trinta e poucos anos,
em pleno centro de Lisboa – e mais uma vez a descoberta sucedeu-
se aquando a visita do avaliador do banco que fez a penhora, por
falta de pagamento. Neste caso, ficara cerca de 7 anos sepultado em
casa sem que ninguém desse conta.
O cortejo alegórico do carnaval madeirense, no sábado à
É caso para pensar se a contabilidade do país não estará em aberto noite, foi este ano dedicado ao tema da “Floresta Mágica”.
– se por um lado somos números na altura de pagar, parece que nin- Alberto João Jardim só assistiu.
guém se esforça por saber de nós quando faltamos – é assim como Turistas, entre eles algumas figuras públicas do Continente,
aqueles montantes que não batem certo nos balancetes e ninguém e madeirenses encheram as ruas da cidade para ver um corso
sabe para onde foram ou qual a origem… É uma espécie de cont-
abilidade aldrabada, onde se possam abater créditos com facturas
que começou um pouco antes da hora marcada, com fogo-
que ninguém entende… no final somos apenas números. de-artifício lançado no Parque de Santa Catarina.
“O corpo estava deitado de bruços. Não havia maus cheiros e nunca
ninguém disse nada.” – referiu o comandante dos bombeiros de
Agualva-Cacém, aquando a recolha do cadáver de Augusta. Por cá
ficou muita gente calada a pensar nas probabilidades de lhe acon-
tecer o mesmo – neste preciso momento, já descobriram mais dois
casos, desta vez, com meses. Afinal parece que é recorrente e que
de futuro teremos de nos habituar, mas quando voltar a acontecer, As trupes animaram duas horas de cortejo servidas com dan-
decerto já não vai ter o impacto do caso de Augusta Duarte Mar- ças coreografadas, com algumas das trupes a optarem pelo
tinho – que não foi ministra, nem estrela de novela, nem cantora uso de temas conhecidos, cantados ao vivo.
da moda – foi uma senhora que estimava crianças e animais; uma
cidadã comum que pagava as suas contas a tempo e horas, apesar Este é um dos principais cartazes turísticos da região e a ocu-
dos menos de 200 euros de reforma que lhe pudessem (se é que pação hoteleira está estimada, segundo a secretária regional
pudessem??!) fazer face às despesas e tentar viver condignamente. do Turismo, Conceição Estudante, nos 70 por cento, o que é
Afinal, vendo bem as coisas, Augusta, foi a verdadeira essência do indicativo de “alguma retoma” no sector.
heroísmo.
 18 . Coisas e loisas
Nelly Furtado vai doar Crianças perseguidas, humilhadas
dinheiro que recebeu e agredidas na escola
de Kadafi
A cantora Nelly Furtado anunciou que vai doar um milhão de
dólares (727 mil euros) que recebeu do líder líbio Muammar Kadafi
por um concerto particular.
Na rede social Twitter, a cantora Nelly Furtado explica que, em
2007, ganhou um milhão de dólares (cerca de 727 mil euros) de
Muammar Kadafi por um concerto particular, de 45 minutos, que
realizou para vários convidados num hotel em Itália.
Perante os acontecimentos que têm sido notícia, nomeadamente a
repressão contra opositores, a fuga forçada de milhares de pessoas
da Líbia e a pressão internacional, a cantora decidiu doar o dinheiro
recebido de Kadafi, numa atitude de solidariedade para com o povo
líbio.
É uma realidade incontornável e atinge, sobretudo, crianças entre
os 13 e os 16 anos. São perseguidas, humilhadas e agredidas na
escolas por colegas. A violência escolar, hoje mais conhecida por
bullying, atinge proporções alarmantes e foi o tema em debate nas
V Jornadas da Adolescência, que decorreram na Escola Secundária
das Laranjeiras.
No âmbito destas jornadas, o sociólogo Miguel Brilhante, na con-
ferência intitulada “Práticas e Representações Sociais do Fenómeno
«Bullying»”, apresentou dados preocupantes sobre este fenómeno,
os quais resultaram de um inquérito realizado a 600 alunos daquele
estabelecimento de ensino de Ponta Delgada.
Durante a conferência, Miguel Brilhante enalteceu a iniciativa da
Escola Secundária das Laranjeiras, considerando a mesma como
um exemplo de coragem no sistema de ensino dos Açores.
A Escola das Laranjeiras, sublinhou, confronta-se com o problema
do bullying e não tem medo de debater a situação, contrariamente
ao que acontece com outros estabelecimentos de ensino, que pref-
erem ignorar ou esconder os casos de violência escolar existentes.
Com este tipo de iniciativas, disse Miguel Brilhante, abre-se, uma
vez mais, “a escola à comunidade e a todos aqueles que devem – ou
deveriam, pelo menos – estar atentos à problemática da adolescên-
cia”.
13% já agrediram colegas
No balanço que fez sobre as “Práticas e Representações Sociais do
bullying por parte dos alunos do 3º Ciclo das Escola das Laranjei-
ras”, o sociólogo revelou que 13% dos inquiridos já agrediu um
colega de forma continuada. Uma das razões apontadas é não ad-
mitirem que “alguém se arme em esperto” (70%), mas 41% apon-
tou como razão “afectiva” para a prática do bullying o aumento da
auto-estima.
Entre os alunos inquiridos, 40% conhece alguém que tenha já prati-
cado bullying e 27% já assistiu a episódios daí resultantes, sendo
que 42% pediu ajuda a outras pessoas na tentativa de resolver o
problema e 29% limitou-se a “não fazer nada”.
Dos 600 alunos sujeitos ao inquérito em questão, há um total de
42% dos alunos que afirma que o bullying “é uma prática frequente
no território escolar (Escola Secundária das Laraneiras)”.
“Uma discussão entre amigos...”
Os alunos da Escola Secundária das Laranjeiras entendem que as
pessoas praticam bullying porque “se sentem bem a exercer poder
intimidatório junto das pessoas (37%)” e porque “é uma forma de
7 de Março 2011
terem poder (35%)”.
Metade dos 600 alunos inquiridos (50%) considera que a prática do
bullying não é normal porque não é socialmente correcto provocar
e ameaçar as pessoas (50%).
De acordo com os alunos inquiridos, a prática de actos de violência
tem origem na rua e advém do convívio com os amigos (43%) e da
escola, com a disputa por uma hierarquia (35%).
Por último, os alunos da Escola Secundária das Laranjeiras defen-
dem que a melhor forma de lidar com o bullying é denunciar de
imediato aos pais, professores ou funcionários da escola (72%),
enquanto 16% refere que ceder às provocações e humilhações é a
melhor estratégia.
“Receitas anti-bullyin”
Quanto às “receitas anti-bullyin”, o sociólogo afirmou que estas es-
tão, sobretudo, nas mãos dos professores, na acção dos pais e até
mesmo na própria comunidade.
Defendeu que os professores não podem tratar os jovens como
“coitados” nem colocá-los debaixo de “holofotes”, trabalhando no
sentido de descobrir as suas competências positivas e destacá-las,
fazendo-o de forma honesta e não condescendente.
Cabe ainda aos professores, segundo Miguel Brilhante, criar
condições para o jovem aprender a lidar e a resolver os problemas,
bem como falar sobre a violência na turma, na escola e junto da
comunidade.
Quanto aos pais, o sociólogo defendeu que estes devem estar em
alerta, mostrar-se abertos a ouvir e ponderar os jovens, fazer com
que sintam confiança e segurança em casa, com abertura para falar
sem ser pressionado, julgado ou criticado.
Os pais devem, ainda, preparar os jovens para identificar esses
problemas, ensinar-lhes a argumentar, a falar sobre o tema em vez
de chorar, fugir ou bater e educar para que sejam capazes de falar
sobre as emoções e os afectos.
São apenas receitas que Miguel Brilhante aponta, defendendo a
necessidade de “fazer, experimentar, partilhar para chegar a bons
resultados”.
O sociólogo apresentou, por outro lado, alguns “percursos anti-
bullying”. Em primeiro lugar disse que “o sistema de ensino tem
de ir à escola e, em segundo”, que “a educação precisa de ser (re)
educada”.
Depois, afirmou como urgente o regresso aos valores, exigindo no-
vas políticas e novos intervenientes e “uma nova sociedade (?)”.

UM ROMANCE QUE O NÃO É

Tozé convidou os amigos para o seu carro. Antes, abriu a mala da viatura, mas fez questão de não mos-
Qualquer semelhança com trar nada do que lá estava. Era como que um ritual cujos contornos não desejava desvendar a ninguém.
Foi dizendo que “as armas estão ali”, embora ninguém visse armas nenhumas, até porque elas não
casos ou factos da vida real existiam. Antes de se meter no carro... fez no solo empedrado umas quantas flexões.

pode não ser pura coincidência - É para me manter em forma... isto serve às mil maravilhas.

Livro a editar muito em breve, agora a ser apresentado
aos leitores de ABC com extractos em fascículos
(continuação)
De resto, ele fazia gala disso quando entrava, por exemplo, no café da aldeia, onde ia diàriamente,
várias vezes. Era capaz de confiar no Raul e no António Mota, mas quando lhes contava algumas das
suas histórias - que queria manter secretas - era certo e sabido que deixava no ar a ameaça:
- A mim ninguém me vira! Se contarem isto a alguém... eu mato.
E fazia no próprio pescoço o gesto da degola. Diga-se, desde já, para que conste, que o Tozé era incapaz
de levar avante a ameaça. Pelo menos ali. De qualquer modo, ele deixava-a no ar e quer Raul, quer
o António, pensavam entender que a ameaça era mesmo para se cumprir. O comando Tozé repetia,
depois, a ameaça várias vezes.
- Eu mato! Ao Tozé comando ninguém vira....
Não matava coisíssima nenhuma e era até natural que, dias depois, ao contar a mesma história, não
deixasse no ar qualquer ameaça ou qualquer pedido para que não repetissem a sua história.
Uma noite, convidou os dois amigos para irem com ele fazer uma “operação”. Os amigos quiseram
saber o que era e se era perigosa.
- Claro que não. É uma operação simples. Cerca da meia noite, eu entro em acção e só quero que vocês
vejam. Vocês são apenas as minhas testemunhas. Mais nada... o trabalho é meu e os riscos, se os hou-
ver, são meus. Um comando... não tem medo!
Meia noite era hora que não agradava muito ao Raul e ao António. Sobretudo porque nas aldeias
perdidas entre as serranias, como era o caso daquela, contavam-se muitas histórias pouco agradáveis
relacionadas com a meia-noite. De qualquer modo, para não desagradarem ao Tozé, lá aceitaram ir para
a tal “operação” de que nada sabiam.
O curioso é que Tozé sentia-se estranhamente feliz. Poucos, na aldeia, o viram alguma vez feliz. Talvez
apenas numa ou noutra ocasião esporádica, o comando mostrava qualquer sentimento no olhar e no
face. Na maior parte dos casos, um riso era como que um esgar, a jeito de trejeito que tanto podia signi-
ficar escárneo como aquiescência. E não explicava o que sentia, mesmo que para tanto fosse “puxado”.
De resto, já eram poucos os que insistiam em falar com ele e muito menos em pedir-lhe explicações
deste ou daquele gesto. Deixavam-no andar porque ele era, para a maior parte das pessoas, “meio lou-
co”, chamando-lhe alguns “excêntrico”.
Desta vez, não. Tozé mostrava-se abertamente feliz.
Meteu os amigos na viatura e rumou para fora da aldeia. A determinado ponto, meteu por uma estrada
velha e sinuosa para o lado do Mosteiro. Sempre em silêncio, foi passando por entre os campos deser-
tos, como é evidente, àquela hora, e não cultivados. Diga-se em abono da verdade que, ali, chegava a
parecer que ninguém cultivava nada.
Um ou outro pinheiro na berma da estrada. Muito matagal. E uma ribeira, quase seca, que serpenteava
por ali e que tinha uma ponte, muito estreita, para dar passagem à estrada. Do milheiral de outros me-
ses anteriores, restavam uns coutos mais ou menos decepados, à espera que o arado viesse, de novo,
esventrar a terra. Árvores de fruta, ainda em crescimento, sucediam-se por todo o lado. E lá em cima,
a nascer na estrada que os amigos percorriam, um monte que dava para várias outras aldeias daquela
mesma freguesia. Nem o pipilar de uma ave se ouvia, já que, por ali, não abundavam as aves nocturnas,
que eram capazes de morar, isso sim, lá mais para a frente, no cemitério próximo do Mosteiro.
Era para o cemitério que o Tozé se dirigia.
Com grande espanto dos amigos, Tozé dirigiu-se para o lado da estrada que delimitava o cemitério,
àquela hora deserto, já se vê. Aparentemente, Tozé poderia trazer consigo a chave, na medida em que
um familiar seu fazia lá serviços. Se a tinha ou não, ninguém se apercebeu, porque Tozé entrou no
reduto daquele “campo sagrado” pelos seus próprios meios.
Primeiro parou frente à parede, em jeito de cerca que fechava o cemitério. Olhou em redor. Voltou ao
carro e atirou com uma frase seca para os amigos:
- É aqui a operação...
 7 de Março 2011 Coisas e loisas . 19

Canadá representado no Festival

de Animação de Lisboa
O realizador canadiano Jacques Drouin estará presente em
Portugal no contexto da Monstra, o Festival de Animação
de Lisboa que caminha para a 10ª edição. Este festival, que
acontece entre 21 e 27 de Março em várias salas de Lisboa,
apresenta o que de melhor se realiza no mundo do cinema de
animação e divulga novas propostas de diálogo entre as artes
da animação e a performance, interactividade, entre outras.
Aproveitando a presença em Portugal de vários convidados,
a direcção do Monstra realiza oficinas, workshops e encon-
tros em torno do cinema de animação para adultos e para o
público mais novo, numa vertente de formação. É precisa-
mente através dos workshops que o público terá a oportuni-
dade (mediante inscrição) de se encontrar com autores que
irão demostrar algumas técnicas inovadoras de animação.
É o caso do workshop “Animação de Alfinetes: Pinscreen”,
que será apresentada, a 24 e 25 de Março na Fundação Calo-
uste Gulbenkian (das 10h00 às 13h00), por Jacques Drouin,
o único realizador no mundo a fazer animação com esta téc-
nica. O workshop tem um valor de inscrição de 50 euros
(cerca de 67 CAD).
Pinscreen em foco
Pinscreen (ecrã de alfinetes em português) é uma das técni-
cas mais específicas da animação, que consiste em utilizar a
sombra de pequenos ‘pinos’ (alfinetes) que podem ser movi-
dos de dentro para fora e vice-versa. Quando uma fonte de
luz transversal os ilumina cada alfinete produz uma sombra,
permitindo a criação de inúmeas formas e texturas. O work-
shop que Jacques Drouin realiza em Portugal é único, assim
como única a possibilidade de participar, aprender e praticar
esta interessante técncia de animação.
Um realizador com honras de retrospectiva
Jacques Drouin nasceu no Canadá em 1943 e estudou na Es-
cola de Belas Artes de Montreal, tendo mais tarde feito o
curso de Realização na UCLA, na Califórnia. A sua carreira
está ligada a uma das técnicas de animação mais raras e com-
ser apresentada na Fundação Gulbenkian. Este filme, que
representa um exemplo especialmente criativo da técnica de
animação pin screen, é sobre um artista que entra para dentro
de um quadro e vagueia numa paisagem povoada de sím-
bolos que desencadeiam associações inesperadas, evocando
as paisagens do nosso sub-consciente. Com argumento do
próprio Jacques Drouin, esta curta-metragem de sete minu-
tos foi produzida pela National Film Board of Canada (NFB)
& Office National du film du Canada (ONF) e conta com
música de Jean Denis Larochelle.
Na retrospectiva de Jacques Drouin, vãso ainda ser exibidos
as curtas-metragens: «Trois exercices sur l’écran d’épingle
d’Alexeieff» (1974), «NightAngel» (1986), «Ex-Child»
(1994), «Hunting Lesson» (2001) e «Imprints» (2004). No
plexas: a animação com alfinetes ou pinscreen. Seguidor de decorrer do festival vão também ser aprentados quatro filmes
Alexandre Alexeïeff e Claire Parker, pioneiros desta técnica, de estudante: «Cutouts» (1967), «Angel Trap» (1968), «The
Drouin começa a trabalhá-la nos anos 70 no National Film Letter» (1968) e «Angel’s Flight rendez-vous» (1969).
Board of Canadá. Apesar da influência destes realizadores Ainda durante a Monstra setá apresentado um documentário,
no seu trabalho ser óbvia, desenvolveu um estilo próprio na realizado por Guillaume Fortin em 2009, no qual é apresen-
exploração do potencial do pinscreen. tada uma análise profunda da vida e obra de Jacques Drouin,
Drouin começou a explorar outras técnicas em «NightAn- contada pelo próprio.
gel» (1986) co-realizado pelo cineasta checo, Bretislav
Pojar, onde mistura o pinscreen com a animação de mari-
onetas. Feito sem qualquer recurso ao computador, o filme
é o resultado de um processo complexo no qual as imagens
criadas pelo pinscreen são sobrepostas às marionetas. Mais
tarde, com os filmes «Ex-Child» (1994) e «A Hunting Les-
son» (2001), Drouin aplicou as regras da filmagem ao vivo
ao pinscreen.
Já «Imprints» (2004) representa como que um retorno de
Drouin às raízes. O filme mostra a relação entre um artista
e a sua criação. A câmara fecha na superfície do pinscreen
e chega a aventurar-se a mostrar o seu aspecto material. In-
tenso e marcante, este filme é uma espécie de declaração de
amor do realizador ao pinscreen.
«Mindscape» (1976) é um dos filmes realizados por Jacques
Drouin que será exibido a retrospectiva do realizador que vai

- Mas, ó Tozé... não era melhor...

O comando cortou cerce a pergunta.
- É aqui a operação. Do que vocês virem e ouvirem...
não quero que digam a ninguém. De contrário... - era
outra vez o gesto de cortar pescoço - eu mato mesmo.
Raul e António torceram-se nas cadeiras do carro.
Não estavam muito felizes com a tal “operação”,
para mais à meia noite. Pensavam no que poderia ser
e como é que eles próprios haveriam de explicar a
sua presença, ali, se viesse alguém, tanto mais que a
estrada dava para outras aldeias vizinhas. Chegaram
mesmo a querer sair da viatura e regressar a casa a pé.
Mas... foram ficando.
Raul sugeriu, até, que se acercassem mais para ver e
ouvir melhor... a despeito do medo que os avassalava
também.
E ele, lá dentro, continuava:
- Eduardo! Sou eu... vi-te cair! Mas estou aqui ao pé de ti! Eduardo... presente!
O mesmo cerimonial. O mesmo grito. A mesma continência.
No final... era o regresso. Antes, porém, frente a todas aquelas campas, o Tozé perfilou-se mais uma
vez. Era o “adeus final”, que ele queria fazer em grande!
- Eu sou o Tozé... o Tozé comando! Vi-vos cair a todos... mesmo que de alguns só tenha a memória!
Vi-vos cair a todos! E hoje, ao vir aqui... eu quero dizer-vos que estava melhor se estivesse ao pé de
vós! Se há Deus - e eu acredito nEle - tem de me levar, brevemente, para junto de vós! Não vivemos,
cá baixo, o suficiente para cimentarmos a amizade. Eu quero ir também. Este mundo não nos entende...
como vos não entendeu a vós. É melhor ir!
Ainda disse mais umas coisas que o Raul e o António não entenderam. Falava num Domingos... que
estava longe! Falava em que ele haveria de gostar de estar ali com ele.
No final... depois de uma continência perfeita de um minuto... Tozé gritou de novo:

Tozé não tirou armas nenhumas da bagageira, como
é evidente. Mãos nuas, foi-se ao cercado de pedra,
ainda com mais de dois metros. As mãos... fincaram-
-se nos tijolos e calhaus que delimitavam a cerca. Segundos depois, num salto que os amigos nunca
tinham visto, Tozé estava lá dentro, ficando de novo direito e firme. Era, talvez, o treino dos comandos
que o mantinha em forma.
Raul e António foram-se aproximando, então, pé-ante-pé da porta do cemitério Tinha fortes grades de
ferro. Ali poderiam ver melhor, sentir, afinal, o que se estava a passar. Sobretudo em mente como a do
Tozé que nunca fora muito dado a exteriorizações de fé ou de religião.
Primeiro, o comando atirou aos ares um grito que eles não perceberam nem conheciam. Um grito
guerreiro que era capaz de ser como que um “santo e senha” de que se fala muitas vezes. Depois, a
pouco e pouco, duas ou três estrofes de músicas militares trauteadas. Com letra que fala em heroismo
e em coragem, em ousadia e em amor à Pátria. Logo a seguir, era como que uma marcha por entre os
canteiros. Aqui e além, frente a uma campa, o comando parava e gritava um nome.
- Tó! Meu Tó! Sou eu! Tó... presente!
Ficava ali uns instantes, fixando a terra fria e mantendo um ar longínquo como que ensimesmado. Dava
meia volta, com continência e tudo... e seguia para outra campa.
Raul e António estavam impressionadíssimos. Começavam a perceber que o amigo não era, afinal, tão
vazio de sentimentos, como o chegaram a catalogar. Bem ao contrário... estava a demonstrar coração,
saudade, o extravar de sentimentos que nem todos têm. Fazia-o talvez excêntricamente...
- Tó... meu Tó! Tu não foste comando... mas foste o amigo que entendeu os comandos, porque me
entendeste a mim! Eu mesmo, aqui, e com a autoridade que me dão todos os colegas que já morreram,
e que só não estão neste cemitério, todos, por que cá não caberiam eu te promovo a comando por mé-
rito. E lá em cima, quando nos juntarmos todos... quando todos fizermos de novo uma companhia de
comandos... quando todos lutarmos contra as patifarias que há no mundo... tu, meu Tó, hás-de ser o
nosso advogado. É que nem aqui, na terra, te deixaram ser o que eras: um grande advogado! E depois
levaram-te. Deus levou-te. Não sei se ele precisaria lá de ti... talvez. Mas roubou-te a todos nós.
Depois, antes de sair, Tozé atirou aos ares gritos lancinantes. Era um chorar convulsivo que ninguém
poderia explicar. As lágrimas, que os amigos não viam... caíam, decerto, pela cara do Tozé. Os gritos
eram de alguém que queria agarrar, afinal, imagens... e sons... e sombras de amigos que lá longe, na
terra querida, tinham ficado a dormir para sempre.
Quando voltou para junto dos amigos... já tinha enxugado as lágrimas. Já a dor se não via estampada
no rosto. Calma e seguramente, disse apenas:
- Vamos embora! A operação “Assalto ao cemitério” foi um êxito! Se voltar a fazê-la há-de ser lá longe,
muito longe daqui. Vamos embora... e esqueçam-se do que viram e ouviram, se é que viram alguma
coisa.
Seguiu-se um período de silêncio, que ninguém quis cortar. Para Raul e António, era a prova provada
de que Tozé não era doido, como a aldeia dizeia. Tozé era, isso sim, um homem que sofria (e sofria
muito). Que não conseguia adaptar-se a uma vida normal, porque lhe tinham moldado o cérebro e as
atitudes por outros valores, outras tendências. Ensinaram-no a matar e ele não queria matar...
(Continua)
 20 . Automobilismo 7 de Março 2011
Renault Twizy Paulo Alves – Carlos Moreira

vai custar 6990 euros Tiago Monteiro piloto oficial

O Twizy é o modelo menos convencional da gama de eléctricos
da Renault. Mas é também o mais funcional para o trânsito
citadino. Pode ser conduzido por jovens a partir dos 16 anos
(desde que tenham licença da subcategoria B1) e é um misto
de pequeno automóvel citadino (tem quatro rodas) com uma
scooter de três rodas.
Tem apenas dois lugares, com a particularidade de estarem
colocados em tandem (um atrás do outro) e uma capacidade de
carga de 63,3 litros. A bateria tem uma autonomia média de 100
km, que pode variar consoante o tipo de condução. A recarga pode
ser feita numa tomada específica ou num posto da rede Mobi.e, com
da Monroe no WTCC 2011
Na temporada de 2011, Tiago Monteiro vai ser o piloto oficial da
Monroe no Campeonato do Mundo de Carros de Turismo (WTCC)
A Tenneco, construtor dos amortecedores Monroe e dos sistemas
de escape Walker, anunciou a sua colaboração com Tiago Monteiro
como piloto oficial da Monroe no Campeonato do Mundo de Carros
de Turismo (WTCC) em 2011.
Depois de ter terminado a época 2010 do WTCC no quinto lugar
do campeonato, Tiago Monteiro vai este ano estar o volante do Seat
Leon da Sunred Engineering com as cores da Monroe. “Ter o Tiago
como embaixador em 2011 é uma excelente forma da Monroe
marcar presença neste campeonato. Estamos à espera de uma época
fabulosa”, afirmou Alex Gelbcke, vice-presidente e director geral
da Tenneco para o mercado europeu.
Por sua vez, Tiago Monteiro mostrava-se orgulhoso com este apoio:
“Estou muito satisfeito pela confiança que a Monroe depositou no
meu trabalho e no WTCC este ano. É uma marca de muito prestigio
a nível nacional mas sobretudo internacional pelo que o meu
objectivo passa por tornar esta parceria bem sucedida para ambas
as partes. Gostava de agradecer ao Alex Gelke e à sua equipa pela
confiança depositada em mim e no meu projecto desportivo”. e 20 de Março. A Monroe apresentará Tiago Monteiro na primeira
A primeira corrida do WTCC tem lugar em Curitiba, no Brasil, a 19 corrida na Europa, em Zolder, na Bélgica, a 23 e 24 de Abril.

Álvaro Parente piloto

uma duração de três horas e meia.

É mais pequeno do que um smart fortwo, medindo 2,32 metros de

comprimento, 1,19 de largura e 1,46 de altura. Isto faz com que

da McLaren
seja possível estacioná-lo de forma perpendicular ao passeio, uma
vantagem na cidade.

A Renault garante a segurança do seu modelo citadino, contando

com uma célula de segurança e conta, de série, com airbag para o Há muito que nos bastidores corria
condutor e cintos de segurança de 4 pontos à frente e 3 pontos atrás. a informação, mas o segredo é
Monta ainda quatro travões de disco para uma travagem eficaz.
O Twizy dispõe de um sistema de anti-arranque codificado e de a alma do negócio e por isso só
bloqueio da coluna de direcção. agora é possível divulgar: Álvaro
Parente vai ser anunciado como
Existem vários opcionais, como um saco desportivo semi-rígido
de 50 litros de capacidade. Para o frio, pode ser adquirido uma piloto oficial da McLaren no seu
protecção adicional contra o frio e as intempéries. Como acontece programa de GT, com o McLaren
nas scooter, trata-se de uma capa que cobre as pernas do condutor. MP4-12C GT3, carro que está
Pode ter ainda ligação bluetooth e entradas auxiliares. Para não
riscar o pára-choques traseiro estão disponíveis sensores traseiros. previsto chegar às competições
em 2012. O programa vai hoje
O preço de aquisição é de 6990 euros, acrescidos de 45 euros ser anunciado oficialmente, com
mensais para o aluguer das baterias, com uma quilometragem
máxima de 7500 km anuais. A Renault garante que, com todos os o piloto do Porto a dedicar-se
custos somados, a poupança é de 15% face a uma scooter de três em 2011 ao desenvolvimento do
rodas. novo carro, que a partir de 2012,
marcará o regresso da McLaren às
Saab Phoenix competições de resistência, depois
dos sucessos na década de 1990
com o McLaren F1 GTR.

Mark Webber rejeita ideia de corridas

com pista molhada artificialmente
A ideia aventada por Bernie
Ecclestone de fazer corridas
com piso molhado de forma
artificial não colheu a
aceitação de Mark Webber. O
piloto australiano considerou
que uma medida como essa
desrespeitaria a tradição e o
legado de um desporto como a
O Phoenix é um superdesportivo em forma de protótipo que Fórmula 1.
combina um motor a gasolina com um motor eléctrico e antecipa a
nova linguagem de design da marca sueca Inquirido pela BBC Sport se
Animada pela decisão estratégica da Spyker em vender o seu a Fórmula 1 necessita de uma
negócio de superdesportivos para se dedicar em exclusivo à marca medida como essa para ser
sueca, a Saab revelou em Genebra um coupé 2+2 muito desportivo. mais espetacular e se estava
de acordo com elas, Mark
Em forma de protótipo, o Saab Phoenix antecipa a linguagem de Webber respondeu “não e
não”.
desenho a ser utilizada nos próximos modelos da marca e combina
um motor a combustão com tecnologia eléctrica.
“Não seria a forma mais
elegante de tornar o espetáculo
Enquanto o motor a gasolina movimenta as rodas dianteiras, o
motor eléctrico tem a função de mover as rodas traseiras, num mais interessante. [O desporto]
pode ser mais espetacular
sistema de tracção integral híbrido que a marca designa por eXWD.
A potência do motor 1.6 a gasolina gera 200 CV, a que se somam quando temos condições
atmosféricas diversificadas,
mais 34 CV oriundos do propulsor eléctrico.
isso é verdade. Mas temos
de pensar em pilotos como
Aliados à leveza do conjunto, os dois motores permitem que o
Phoenix demore 5,9 segundos na aceleração até aos 100 km/h, com Jimmy Clark, Jackie Stewart
ou Ayrton Senna e todos esses,
os consumos a cifrarem-se na casa dos 5 litros.
mais divertida. mestres das corridas à chuva.
O Jackie ainda está vivo, mas
os outros dois pilotos dariam
‘voltas no caixão’ se soubessem
que tínhamos aspersores e
mangueiras em redor da pista”,
acrescentou o australiano.
Também Nick Fry, diretor da
Mercedes GP, se afirmou pouco
interessado na possibilidade de
contar com ‘chuva’ artificial
ao longo de todos os grandes
prémios: “Penso que o Bernie
está a lançar algumas ideias
para o entretenimento, mas a
Fórmula 1 tem a ver com o
facto de lidar com as condições
existentes em cada momento. qual era o programa e [a chuva] de Ecclestone, rejeitando
teria início a qualquer momento de forma veemente que a
Penso que ter essas condições
de forma artificial não faz parte durante a corrida. Estaria a modalidade se transforme em
da natureza da F1”, considerou. chover efetivamente. Poderia algo fabricado. Evocando o
parar e voltar a chover mais exemplo dado pelo Wrestling
No entanto, também em tarde. Ou talvez não. Ninguém norte-americano, “cuja
iria saber”. credibilidade morreu a partir
declarações à BBC, Ecclestone
parece estar cada vez mais do momento em que passou
Acerca deste assunto, Joe a ser ‘Sports Entertainment”
convicto da sua ideia: “Ficaria
satisfeito por fazer isso Saward, reputado jornalista da e por livros como Rollerball,
Fórmula 1 e que escreve sobre Saward apelida a ideia como
acontecer. A minha ideia passa
por criar um programa em que o assunto num blog da sua “terrível” e “destrutiva para a
autoria, ridicularizou a ideia credibilidade do desporto”.
ninguém soubesse exatamente
 7 de Março 2011 Ainda a tempo . 21

Corso de Carnaval em Ponta Um cordão policial

defende Sócrates
Delgada brilhou O primeiro-ministro enfrentou, sábado, os protestos de uma cen-
tena de manifestantes, que o aguardavam no acesso ao Hospital
*Quatro mil participantes nas ruas da cidade da Guarda para contestar a introdução de portagens na A23, A24
e A25. Os ânimos exaltaram-se e a polícia foi forçada a intervir.
José Sócrates lembrou que foi “obrigado a negociar” com o PSD a
aplicação das portagens
A manifestação espontânea foi convocada pelas redes sociais e a
ela juntaram-se as pessoas que participaram num buzinão convo-
cado pela comissão de utentes contra a introdução das portagens
nas referidas auto-estradas.
No momento da chegada da comitiva de Sócrates ouviram-se mui-
tos assobios e palavras de desagrado contra o primeiro-ministro
pelo anúncio da introdução de portagens nas Scut daquela região.
As viaturas entraram na área do hospital a grande velocidade e os
manifestantes tentaram furar o cordão policial e aproximar-se do
Ponta Delgada (Laranjeiras, Domingos Rebelo e Antero de Quen- local onde a comitiva do primeiro-ministro parou para visitar as
tal). obras do hospital, mas foram impedidos pelos agentes da PSP no
O Corso de Carnaval de Ponta Delgada saiu novamente às ruas da Dirigindo-se às centenas de alunos presentes, a autarca de Ponta local.
cidade, integrando cerca de quatro mil participantes e fazendo a Delgada reforçou a importância da competição no reconhecimento “Estamos no Interior, longe de tudo, e a existirem portagens, tudo
alegria das milhares de pessoas que assistiam à iniciativa que tem do mérito de cada um deles e disse mesmo que “o mérito será o vos- vai ser agravado nesta zona, votada ao ostracismo”, queixou-se
mais de uma década de existência. so guia para a vida”, sem esquecer que “é preciso trabalhar muito Zulmiro Almeida, porta-voz da Comissão de Utentes das Auto-
Depois da concentração no Campo de São Francisco, as largas para ter mérito e vencer”. Estradas da Beira Interior, presente no protesto, e citada pelo “Cor-
dezenas de grupos que integraram o desfile deram asas à imagina- Esta maratona de dança é uma iniciativa organizada pelo Departa- reio da Manhã”. Segundo este responsável da comissão de utentes,
ção e espalharam muita cor e boa disposição. Os temas escolhidos mento de Educação Física e Desporto da Escola das Laranjeiras, caso o Governo não suspenda a aplicação de portagens nas Scut
foram variados. Entre índios, palhaços e trajes de antigas lavadei- em parceria com ANIMA Cultura-Câmara de Ponta Delgada, des- (auto-estradas sem custos para o utilizador) - que deverão ser intro-
ras, passando pelo reino animal e pelas marchas populares, também tinando-se a todos alunos das Escolas Secundárias de Laranjeiras, duzidas até 15 de Abril -, os protestos podem endurecer e levar ao
não faltou o apelo à Educação como pedra basilar da sociedade. Domingos Rebelo e Antero Quental. encerramento de estradas.
Ao longo dos anos, esta iniciativa do ANIMA Cultura-Câmara Mu- Saliente-se que a maratona está integrada na programação da Se- José Sócrates reiterou que a introdução de portagens nestas auto-
nicipal de Ponta Delgada tem vindo a despertar o interesse de novas mana Desportiva da Escola Secundária das Laranjeiras e o seu prin- estradas não foi uma vontade do seu Governo. “Toda a gente sabe
instituições e entidades, contando com o envolvimento de todas as cipal objectivo é a consciencialização dos jovens para o facto de a qual é a posição do Governo. A posição do Governo era a de que as
freguesias do concelho. actividade física ser um factor necessário à melhoria da saúde. auto-estradas no Interior não pagassem portagem”, sustentou o pri-
As crianças mais em foco Paralelamente, a Maratona de Dança das Laranjeiras promove tre- meiro-ministro, adiantando que “todas as pessoas de boa-fé sabem
A maior parte dos participantes neste desfile carnavalesco são cri- ino de resistência, o convívio e a competição saudável com os jo- que o Governo foi obrigado a negociar e a obter um compromisso”.
anças de vários estabelecimentos de ensino, jardins-de-infância, vens das outras escolas.
ATL municipais e instituições particulares de solidariedade social.
No total, desfilaram, sábado, pelas principais artérias do centro
histórico de Ponta Delgada 49 instituições e entidades, representan-
do 14 estabelecimentos de ensino das Áreas Escolares de Capelas,
Ginetes, Canto da Maia e Roberto Ivens; 15 creches e jardins-
de-infância, nove IPSS, quatro escolas profissionais, três escolas
secundárias e quatro ATL da Divisão de Acção Social da Câmara
Municipal de Ponta Delgada.
Para Berta Cabral, tem de haver alegria independentemente das
conjunturas serem mais ou menos favoráveis, sobretudo para as
crianças e jovens que não têm culpa nenhuma da actual situação de
crise em que vivemos”.
“O Corso de Carnaval de Ponta Delgada surge da vontade de mil-
hares de pessoas, desde educadores, professores, auxiliares, pais e
as próprias crianças, que trabalham arduamente e com grande ex-
pectativa para chegar a este dia” - referiu a Presidente da autarquia,
sublinhando a dedicação de todas as pessoas envolvidas na orga-
nização de uma iniciativa que traz alegria e cor à cidade e que deve
continuar a realizar-se todos os anos.
Reconhecer o mérito de cada um
A Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada disse, en-
tretanto, na Escola das Laranjeiras, que a competição é importante
para o reconhecimento do mérito de cada um”.
Berta Cabral falava durante a entrega de prémios aos vencedores
(femininos e masculinos) da VI Maratona de Dança, que decorreu
no Pavilhão do Complexo Desportivo da Escola das Laranjeiras,
e na qual participaram 300 alunos das três escolas secundárias de
 22 . Passatempos 7 de Março 2011

Gossip Horóscopo
Carneiro
Português milionário pela segunda vez na BetClic. 21-3 A 20-4
Há menos de um ano, em Julho de 2010, um português foi notícia por Irá manifestar-se em si uma forte sensualidade. Com disciplina
receber um jackpot de dois milhões de euros (cerca de CAD 2.690 e controlo tornará os seus hábitos mais saudáveis.
milhões) no casino da BetClic, um valor fantástico para quem tinha
apostado apenas um euro (CAD 1,35). E como se um jackpot não Touro
fosse suficiente, a sorte grande foi novamente bater à mesma porta e 21-4 A 20-5
o mesmo cliente BetClic ganhou agora pouco menos de um milhão, Poderá voltar a receber uma proposta de trabalho que estava
novamente numa slot machine. suspensa há algum tempo. O cansaço tomará conta de si.

“Foi de facto incrível ter ganho pela segunda outro jackpot, oito
meses depois do primeiro, nem queria acreditar” - comentou João, Gémeos
o afortunado português. Ainda assim, e avaliando as oportunidades 21-5 A 20-6
que o casino da BetClic costuma oferecer, “a verdade é que desde há algum tempo atrás me convenci que seria Momento pouco favorável para grandes investimentos. No
possível”, acrescentou o cliente do operador de apostas online. amor poderá surgir um mal-entendido, mas tudo se vai resolver.
João, que ainda está a ponderar como irá investir o prémio, voltou a ver recompensado o seu gosto pelas slot
machines. Este jackpot, no valor de 981 mil euros (CAD 1.320), foi conseguido no jogo Arabian Nights.
Caranguejo
21-6 A 20-7
Não espere grandes alterações em termos financeiros. Na
saúde, dê mais atenção aos seus ouvidos.

Sudoku Palavras Cruzadas Leão

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 21-7 A 20-8
1 7 8 5 Espera-o um período isento de preocupações a nível de saúde.
1 Fique atento e evite qualquer tipo de gasto supérfluo.
7 8 2 9 4 2
3 Virgem
5 1
21-8 A 20-9
4 Cuidado com a automedicação. Época favorável ao
8 7 6 investimento em novos negócios.
5
3 7 8 1 2 4 6
Balança
1 3 5 7 21-9 A 20-10
No amor, esteja atento a tudo o que o rodeia. Avizinham-se
8 algumas dificuldades financeiras.
2 5
9
5 6 9 4 2 10 Escorpião
11 21-10 A 20-11
4 3 8 6 Cuidado com os excessos alimentares. Período menos favorável
para empréstimos. Deixe o ciúme de lado e aproveite o amor.
11- Solar; Essa 11- Lesar; Pó; Má Horizontais Verticais
10- Rãs; Caída 10- Aba; Ar; Fo 1- Vento brando e aprazível/ 1- Parte posterior do pé/Fiança;
9- II; Arpento 9- Vê; oa; Altas Estadista israelita, morta em 2- Suspiros/Ralé; Sagitário
1978; 3- Pátria de Abraão/Ser
8- Elevou; Elfo 8- Alot; Atende
7- Cá; Cata 7- País; Ei
2- Colhera/Formação de imaginário que aterroriza as 21-11 A 20-12
Cuidado com os vírus gripais. Reina a estabilidade no campo
6- Aéreo 6- Preocupar
5- Arrifes; Aar 5- Sua; Fé; Orca calcário argiloso; crianças/Artigo definido;
4- Rapa; Rito 4- Pairava
3- Campeão/Oração/Sozinho; 4- Raspa/Prática do domínio do financeiro. A felicidade espera por si no amor, aproveite-a.
4- Planava; sagrado;
3- Ur; Papão; As 3- Ás; Prece; Só
2- Ais; Plebe 2- Tirara; Lias
5- Que lhe pertence/Crença/ 5- Recifes/Rio da Suíça;
Capricórnio
1- Tarso; Aval 1- Aura; Meir
VERTICAIS HORIZONTAIS Mamífero cetáceo; 6- Distraído;
Palavras Cruzadas 6- Inquietar; 7- Aqui/Pesquisa; 21-12 A 20-1
7- Nação/Chamamento; 8- Levantou/Divindade da A sua carreira está em alta. Saúde manter-se-á numa situação
8- Parva (inv.)/Acode; mitologia germânica; estável. Período bom para estar com o seu amor.
9- Olha/Vogais de Loba/ 9- Dois em romano/Medida
1 7 6 5 8 3 9 4 2

2 4 9 7 1 6 5 3 8 Elevadas; agrária adoptada pelos antigos

10- Orla/Atmosfera/Início de romanos;
5 3 8 2 9 4 6 7 1
fora; 10- Batráquios/Prostrada;
Aquário
7 8 5 3 2 9 4 1 6 11- Afectar/Poeira/Vil; 11- Casa pertencente a um 21-1 A 20-2
nobre/Aquela; Cuidado com a diabetes, não coma muitos doces. Momento
propício para um investimento mais sério.
Anedota
4 9 2 1 6 8 7 5 3

3 6 1 4 5 7 8 2 9

Durante a aula a professora pergunta: Peixes

8 2 7 6 4 1 3 9 5

- Zézinho o teu trabalho de casa?

21-2 A 20-3
6 1 4 9 3 5 2 8 7
- Está aqui!
9 5 3 8 7 2 1 6 4 Faça análises ao sangue com maior regularidade. Os gastos
- Mas só fizeste 3 das 6 contas que marquei!
Sudoku
desenfreados podem prejudicá-lo significativamente.
- Era para a professora não perder tanto tempo a corrigi-las!

LEIA E DIVULGUE ABC

 7 de Março 2011
Erva
de S. Roberto -Carpinteiro de cofragem com
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território português, tendo sido introduzida, também, na América 8705. Telefonar depois das 19
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O nome de S. Roberto parece ter origem no século 11, podendo
referir-se a S. Roberto , que era uma figura da Igreja ou ao Duque
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Sendo igualmente usada para tratar diarreias, infecções da pele, SOLUÇÃO
infecções acompanhadas de dor na bexiga. Normalmente neste ul- das 9h as 5h.
timo caso, junta-se os pés de cereja, as barbas de milho e as folhas PARA
de morangueiro bravo.
Ajuda na resolução das afecções gastrointestinais, úlceras gástricas, SALÃO PRECISA PROFESSORA
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inflamações gengivais, infecção das amígdalas . Usado também em Favor telefonar NEGOCIO
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associação com muitas outras ervas para reduzir desde as hemor-
ragias menstruais, colite e muitas outras situações. O cheiro que se
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desprende dele é repelente de insectos. entre 9 am e 5 pm. Contactar Dália ou
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Rabo de Peixe dá cartas...

Carlo Miguel Cruz Gomes / F Cruz Gomes

conta-nos que tudo aquilo “é
uma tradição de Rabo de Peixe...
era dos pescadores e nós, aqui
no Canadá, continuamos a
nossa tradição de lá. È a festa
da despedida da Caridade... nós
angariamos fundos para a sede
de lá de Rabo de Peixe...”
Paulo Rebelo, a funcionar como
vice-presidente da Direcção do
Grupo, entende que isto não vai
terminar. “A gente queria que a
juventude se juntasse mais ao
bailinho... e já temos alguns,
mas precisamos de mais”.
Sobretudo para que este género
de festa se mantivesse por mui-
tos mais anos. Fala-nos em que
há um a tocar acordeão, que tem
12 anos, e de um outro com 25
anos.
A noite, em termos artísticos,
contou com a participação de
Henrique Cipriano, o conjunto
‘Unique Touch”, “Bailinho dos
Amigos de Rabo de Peixe”, o
jovem baterista Kristofer Me-
deiros. E a animação de todos,
afinal.

O grupo
dos mais
entusiastas

Pessoas conhecidas Rostos bonitos em festa bonita

Era um grupo de amigos. A rep-
resentar, naturalmente, a típica
vila de Rabo de Peixe. Uma vila
que já foi (nem sabemos se será
ainda) a maior de Portugal. No
salão da Local 183 realizou a
propósito da sua saudade e da
sua maneira de ajudar os de lá...
uma festa-convívio e de despe-
dida da Bandeira da Caridade da
Vila de Rabo de Peixe. A Ban-
deira que está, afinal, de volta
às origens.
As receitas – e, de momento, ai-
nda não é conhecido o montante
Vereador Frank Monteiro - revertem para a continuação
fala a ABC das obras da Sede da “Irman-
dade das Festas da Bandeira da
Caridade”, da referida vila.
Até um vereador de Cambridge
Frank Monteiro, agora vereador
de Cambridge, era um dos mais
animados. “Eu gosto disto...
acho que até vou tocar os fer-
rinhos que me estão a dar”.
Fala-nos na sua parceira “que
gosta disto” e “eu suporto-a
100 por cento”. Ainda lhe per-
guntámos se em Cambridge tem
algo parecido com isto. “Temos,
também, mas um bocado dife-
rente”. Talvez para o ano seja
igual. “Sim... sim... vamos fazer
o mesmo lá...”
José Faria, que andava por ali,
mais do que entusiasmado,