TELECOM LAZER

Mais 18,5% oje.sapo.cv Refúgio

nos telemóveis na serra
P9 P12
RTA
Número 81 • Quinta-feira, 10 de Fevereiro de 2011 O JORNAL ECONÓMICO Preço:
OFE100$00 • Director: Luís Pimenta

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LEGISLATIVAS 2011

Lucro Santander
cai 16,9%
Pág. 3

Novabase com
lucro recorde
Pág. 3

UBS apura
993,8 milhões
Pág. 4

Xstrata dispara
86% em 2010
Pág. 5

Um mandato de desafios
ANÁLISE mista e investigador Vitor Reis. “Esta é sempre uma bandeira muito vai ser sempre o contraponto no cresci-
Toyota revê
ano em alta
Pág. 5
▲

O PAICV renovou a maioria absoluta no

Parlamento, ao eleger 37 dos 72 depu-
tados em jogo nas eleições legislativas
de domingo passado. Segue-se agora
um mandato repleto de grandes desa-
fios, quer na consolidação do trabalho
executado ao nível governativo, quer
pela conjuntura internacional delicada.
Os desafios mais complexos surgem,
quase todos, no plano social e económi-
co. E partem de uma base sólida: a
credibilidade internacional do país.
O vencedor das eleições em Cabo Ver-
de terá dificuldade em cumprir algu-
mas promessas feitas durante a cam-
panha, como o 13.º mês para todos os
funcionários públicos e a introdução do
salário mínimo, considera o econo-
“Creio que, do ponto de vista da prá-
tica, eles serão muito cautelosos na in-
trodução” dessas medidas, defendeu Ví-
tor Reis, numa primeira análise, feita
em declarações à Agência Lusa, do signi-
ficado dos resultados das eleições.
“Apesar das promessas, não sei até
que ponto José Maria Neves será capaz
de cumprir essa promessa de introdução
do 13.º mês, que vai ter implicações no
Orçamento do Estado”, considera.
Sobre a introdução de um salário mí-
nimo, Vitor Reis sustenta que “uma das
condições que tem facilitado o investi-
mento directo estrangeiro (IDE) são os
baixos salários” e questiona se será pos-
sível a fixação de um ordenado mínimo
em sectores chave como o turismo ou
até a indústria.
populista, de momento eleitoral”, lem-
brou o autor do livro "Desenvolvimento
mento de Cabo Verde, que é crescer sem
aumentar a dívida externa.
Swatch ganha
em Cabo Verde: As opções estratégicas e
o investimento directo estrangeiro”.
Quanto a outras promessas, como
melhorar o acesso à Internet nas escolas
mais 42%
José Maria Neves, com estes resulta- e investir mais no ensino superior, “vêm Pág. 5
dos eleitorais, parte para um terceiro na sequência do que tem vindo a ser fei-
mandato que “vai ser exigente dada a to” e “não será muito difícil”, advoga o
conjuntura internacional”, considera o economista, lembrando as condições de
economista. influência do Estado sobre a Cabo Verde MERCADOS
COTAÇÃO VARIAÇÃO
Mas tem, do lado positivo, “a seguran- Telecom e que a universidade tem vindo
ça de algum prestígio internacional, que a ser uma prioridade crescente. PSI 20 8.046,91 +0,99%
lhe garante por parte dos europeus e Também Carlos Sangreman, investi- FTSE 100 6.091,33 +0,67%
americanos fluxos de financiamento gador da Universidade de Aveiro e do DAX 7.323,24 +0,54%
que se vão mantendo”, além da experiê- centro de investigação do Instituto Su- €/$ 1,361 +0,32%
ncia, porque “já passou por algumas di- perior de Economia e Gestão, considera €/£ 0,8491 +0,90%
ficuldades no primeiro mandato, quan- que “não houve transição política, mas Brent 99,54 +0,45%
do teve de fazer um equilíbrio das con- se houvesse não mudaria a estratégia e
tas públicas”. as relações externas do país, nem opções Cotações em tempo real em:
Vitor Reis sublinha uma questão que de fundo económicas e sociais”.VER PÁG. 6 www.oje.pt
 QUINTA-FEIRA oje.sapo.cv
2 10 de Fevereiro de 2011

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TOP 10: As mais lidas SONDAGEM ONLINE
• Corticeira Amorim reforça na China e Rússia
• Recibos verdes obrigados a refazer contas Concorda com a harmonização de políticas
• Santander dá 4,2 mil milhões pelo Zachodni
• Exportações de frutas e legumes atingem 770 milhões de euros
económicas, sociais e salariais na Zona Euro,
e superam as do vinho como sugerem a Alemanha e a França?
• Sonangol na rota da ENI para a Galp
ESTA é a pergunta colocada Estabilização Financeira do
• Portucel aposta no hemisfério Sul aos leitores do OJE online. Euro, e será detalhado nu-
• Encomendas à indústria sobem 24,7% A Alemanha e a França ma cimeira em Março.
• Combustíveis fósseis podem ser relíquias do passado em 2050 propuseram aos parceiros A Alemanha, secundada
•Apoio do Governo permite diversificar as exportações, diz a AIP europeus um “pacto de pela França, defende a har-
• Primeiro voo internacional a partir de Beja deverá ser em Abril, competitividade e de con- monização da idade da re- Saiba mais em www.oje.pt
para Cabo Verde vergência” no sentido de re- forma em todos os países –
forçar a disciplina e a coor- nos 67 anos de idade, e in- QUINTA-FEIRA, 10 FEVEREIRO
Título do dia: Brisa denação no seio da Zona siste na necessidade de ins-
Euro, evitando assim novas crever juridicamente em INE (Portugal)
A Brisa caiu 1,80%, para crises da dívida. cada Estado um limite ao Índice de preços no consumidor em
5,249 euros, após o banco es- O processo, liderado por endividamento público. Janeiro. Índices de volume de negó-
5.27
panhol Caixanova Galicia ter Berlim, foi encarado em vá- Polémica é ainda a pro- cios, emprego, remunerações e horas
5.249
vendido mais de 2% do capi- rios sectores como uma posta do fim da indexação trabalhadas nos serviços, na constru-
tal da concessionária, por “condição” para a aprova- dos aumentos salariais à ta- ção e obras públicas, em Dezembro.
68,4 milhões de euros. ção do reforço do Fundo de xa de inflação.
29/Dez 8/Fev
BCE (Frankfurt, Alemanha)
Informação financeira ao minuto em www.oje.pt Participe em www.oje.pt Taxa de rendibilidade das
obrigações de dívida pública
e taxas de juro a três meses.

MADRID: Poluição em níveis recorde devido a anticiclone COMISSÃO EUROPEIA (Bruxelas)

Indicadores-chave da Zona Euro.

SEGUNDA-FEIRA, 14 FEVEREIRO

NOTA INE (Portugal)

Dados do 4.º trimestre de 2010.
RESPIRAR FUNDO CONGRESSO MUNDIAL MÓVEL 2011
HÁ dias em que, apesar de tudo, (Barcelona, Espanha)
se respira um pouco mais fundo. Sob o tema “Liderando a
Esta edição é sintomática disso Transformação” (até dia 17).
mesmo: apesar de nem todos os
resultados do ano registarem su-
EUROGRUPO (Bruxelas, Bélgica)
Reunião dos ministros das Finanças.
bidas, a verdade é que a tendên-
cia, pelo menos a nível interna- EUROSTAT (Luxemburgo)
cional, é de sensível recuperação Produção industrial em Dezembro.
nas empresas. O patamar de com-
paração é baixo, claro que sim, TERÇA-FEIRA, 15 FEVEREIRO
mas o ambiente começa, apesar
de tudo, a desanuviar. Aplicando INE (Portugal)
o chavão, temos, portanto, uma Índice de custo do trabalho,
economia a duas velocidades: a dados do 4.º trimestre de 2010.
das empresas e a dos Estados.
Que ainda não descolaram. [LP] ECOFIN (Bruxelas, Bélgica)
CONDIÇÕES climatéricas muito especiais, potenciadas por um sistema de altas pressões que se encontra estacionário sobre a região, Reunião dos ministros das Finanças.
estão a deixar a cidade de Madrid à beira de um ataque de nervos devido à concentração de elevados níveis de poluição. As autori-
dades estão a incitar a população a deixar o carro em casa. Sem resultado, como se vê. Foto EPA/Juan Carlos Hidalgo EUROSTAT (Luxemburgo)
TENHO DITO PIB na Zona Euro e nos 27
no 4.º trimestre de 2010.

“Vamos perder OS SITES ÀS 20H00 DE ONTEM QUARTA-FEIRA, 16 FEVEREIRO

soberania, mas
pusemo-nos a www.cincodias.com
jeito para perder
Eurodisney factura mais 8,5%
essa soberania” A Eurodisney facturou 316,8 mi-
lhões de euros entre Outubro e De-
José Poças Esteves, director da Saer - Sociedade
de Avaliação Estratégica e Risco, sobre Portugal zembro passados, desempenho que
perder soberania com o novo modelo europeu, traduz um aumento de 8,5% em
in Lusa
comparação com o mesmo período
do ano anterior, que representa o
primeiro trimestre do exercício para
O NÚMERO a empresa que explora o complexo
turístico localizado nos arredores de
curso proferido na passada segunda-
feira perante a Câmara do Comércio
dos EUA, defendendo que as políti-
cas da sua administração estabelece-
ram as bases para o sucesso empre-
sarial.
Avon falha estimativas trimestrais
A Avon Products, maior retalhista
de cosméticos porta-a-porta a nível
mundial, apresentou vendas e lucro
do quarto trimestre que ficaram
aquém das projecções dos analistas.
resultado líquido, excluindo itens
como as operações descontinuadas,
recuou para 107 milhões de dólares
(78,8 milhões de euros), ou 24 centa-
vos por acção, no trimestre termina-
do a 1 de Janeiro. Os analistas apon-
tavam para ganhos de 25 centavos.
www.europapress.es
EUA investem forte na Alta Velocidade
O vice-presidente norte-americano,
INE (Portugal)
Estatísticas do emprego,
dados do 4.º trimestre de 2010.
LEILÃO (Portugal)
O IGCP - Instituto de Gestão da Tesou-
raria e do Crédito Público realiza ao
longo de 2011 leilões todas as primei-
ras e terceiras quartas-feiras do mês.
Até ao fim do ano são lançadas dez
novas linhas de Bilhetes do Tesouro,
com maturidades em todos os meses
do próximo ano, com excepção de Ju-
nho e Dezembro. O montante indica-

15,8%
As exportações portuguesas de bens
aumentaram 15,8% no último trimestre
de 2010, com as importações a subir
10,3%, face ao mesmo período de 2009,
segundo dados divulgados pelo INE -
Instituto Nacional de Estatística.
Paris. O aumento da receita dos par-
ques temáticos cifrou-se em 2,9%,
para 169,4 milhões de euros, com a
evolução positiva do volume de ne-
gócios a resultar em grande medida
dos hotéis do complexo Disney Villa-
ge, com um incremento de 13,6%
para 127,6 milhões de euros.
www.bloomberg.com
Obama apela ao investimento nos EUA
O presidente norte-americano, Bara-
ck Obama, juntou o patriotismo à
economia, instando os líderes em-
presariais dos EUA a “entrarem em
jogo” em apoio ao seu país através
de um aumento do investimento.
“Agora é o momento para investir na
América”, declarou Obama num dis-
Deste modo, excluindo certos itens,
o resultado líquido da Avon recuou
para 59 centavos de dólar por acção,
em baixa face aos 66 centavos de mé-
dia das estimativas dos analistas. Por
seu lado, as vendas cresceram 1,3%
para a fasquia dos 3,18 mil milhões
de dólares (2,34 mil milhões de eu-
ros), também abaixo das projecções.
www.businessweek.com
Lucro da Sara Lee quebra 64%
A companhia alimentar Sara Lee,
que planeia uma divisão para o pró-
ximo ano, apresentou uma quebra
de 64% do seu lucro do segundo tri-
mestre, falhando as previsões dos
analistas devido à subida dos custos
das matérias-primas. Desta forma, o
Joe Biden, anunciou um investimen-
to de 53 mil milhões de dólares
(38.864 milhões de euros) ao longo
dos próximos seis anos para pros-
seguir com a construção de uma re-
de ferroviária nacional de Alta Velo-
cidade. Biden defendeu que esta pro-
posta vai revitalizar a indústria fer-
roviária dos EUA.
www.folha.com
Argentina autoriza Banco do Brasil
O Banco do Brasil informou que as
autoridades argentinas deram luz
verde à aquisição do Banco Patago-
nia. O Patagonia possui cerca de 775
mil clientes e activos avaliados em
2,56 mil milhões de dólares (1,88 mil
milhões de euros).
tivo situa-se no intervalo de 750 mi-
lhões e 1.250 mil milhões de euros.
QUINTA-FEIRA, 17 FEVEREIRO
INE (Portugal)
Síntese Económica de Conjuntura,
previsões agrícolas, índices de pre-
ços na produção industrial (Janeiro).
2.º FÓRUM MUNDIAL (Davos, Suíça)
Mais de 20 países participam na apre-
sentação de case studies das principais
companhias líderes mundiais, no
Communication on Top.
BCE (Frankfurt, Alemanha)
Balança de pagamentos.
EUROSTAT (Luxemburgo)
Produção na construção.

oje.sapo.cv
Novabase atinge
lucro recorde
em 2010
TECNOLOGIA
A NOVABASE quer crescer 4% este
ano com uma aposta no mercado in-
ternacional e vai estipular, a partir
de 2012, uma política de distribuição
regular de dividendos entre 30% a
40% dos lucros de cada exercício, dis-
se ontem o presidente executivo da
tecnológica portuguesa.
Durante a apresentação dos resul-
tados de 2010, Luís Paulo Salvado re-
feriu que 2011 vai ser um “ano difí-
cil”, sobretudo no mercado nacional
onde a empresa faz 85% do seu negó-
cio. Para atingir as metas de 2011,
que incluem um volume de negócios
de 245 milhões de euros e um EBIT-
DA (resultado antes de juros, impos-
tos, depreciações e apreciações) entre
20 e 22 milhões de euros, a empresa
quer reforçar a sua presença no exte-
rior e manter a quota em Portugal,
adiantou o responsável.
Fora de portas serão intensificadas
as ofertas da divisão de TV Digital na
Índia, China, Rússia e Brasil, nas tele-
comunicações as apostas são França,
Dubai e Quénia e, por fim, incremen-
GDF Suez quer crescer Eni não está a negociar
1,5%/ano em Portugal venda da Galp Energia
ENERGIAS RENOVÁVEIS
O PRESIDENTE executivo da GDF Su-
ez Energia Portugal, filial do grupo
francês GDF Suez, prevê crescer em
Portugal “1,5% por ano” até 2020,
através da Eurowind e da participa-
ção de 42,5% na Generg. A Eurowind
tem quatro parques eólicos em Por-
tugal e a Generg é responsável por
2,3% da produção de energia do país,
nos segmentos das mini-hídricas, eó-
lica e solar.
Daniel Poulaillon disse que o gru-
Critical Software
fornece Força
Aérea dos EUA
SOFTWARE
A CRITICAL Software é a única em-
presa não norte-americana a integrar
um consórcio para fornecer serviços
de tecnologia de informação (TI) para
a Força Aérea dos EUA (USAAF), disse
fonte da empresa de Coimbra à agên-
cia Lusa. A Força Aérea dos EUA vai
adquirir, no âmbito deste acordo,
“uma vasta gama de serviços e solu-
ções de TI cobrindo um espectro alar-
gado de operações e missões”, acres-
centou Gonçalo Quadros, presidente
executivo da Critical Software.
tar o investimento nos seus maiores
mercados externos: Angola e Espa-
nha. A tecnológica quer aumentar o
peso do mercado externo nas vendas
totais de 15% para 18% em 2011,
afirmou Luís Paulo Salvado.
No ano passado, a Novabase regis-
tou o melhor ano de sempre em ter-
mos financeiros. O lucro acelerou
1,3% até 13 milhões de euros e o
EBITDA atingiu 22,2 milhões de eu-
ros (mais 2%). O volume de negócios
recuou ligeiramente 2,1% para 236,3
milhões de euros e as vendas no exte-
rior aumentaram 20%. O dividendo
proposto para este ano relativo a
2010 é de 0,13 euros por acção (cerca
de 4 milhões de euros).
Luís Paulo Salvado anunciou ainda
que, a partir de 2012, a Novabase irá
pagar um dividendo anual de forma
regular que ficará compreendido en-
tre 30% a 40% dos lucros de cada
exercício. A medida pretende com-
pensar os accionistas pela falta de li-
quidez do título e atrair novos inves-
tidores que prefiram remunerações
periódicas, adiantou o presidente
executivo.
po Suez, em Portugal, tem uma quo-
ta de 6,1% da produção de energias
renováveis. Portugal “é forte” nas re-
nováveis, salientou, notando que o
país está em 9.º lugar a nível mundi-
al na produção destas energias, com
uma quota de 2,2%.
Daniel Poulaillon falava no semi-
nário “O sector das energias renová-
veis em Portugal e França: Oportuni-
dades e parcerias”, organizado pela
Câmara de Comércio e Indústria Lu-
so-Francesa, em parceria com a Alma
Consulting Group.
Semapa ganha mais 60,7% em
2010 impulsionada por Portucel
HOLDING
O RESULTADO líquido da Semapa su-
biu 60,7% para 126,7 milhões de eu-
ros, em 2010, face ao ano anterior,
com o bom desempenho do negócio
da pasta e papel que compensou a
quebra das receitas da actividade ci-
menteira, saindo ligeiramente abai-
xo do previsto, anunciou a empresa.
A holding, que controla a papelei-
ra Portucel e detém a cimenteira não
cotada Secil, adiantou que as vendas
aumentaram 19,2% para 1.688,2 mi-
lhões de euros, enquanto o resultado
NEGÓCIOS
EGÍPTO: Manifestantes permanecem em Tahir
MULHERES muçulmanas, com bandeiras egípcias, conversam após um protesto anti-go-
vernamental em praça de Tahrir, no Cairo. Os manifestantes permaneceram pelo 14.º dia
consecutivo na principal praça da capital egípcia.
PETROLÍFERA
O PRESIDENTE da italiana Eni afir-
mou ontem que já não está a negoci-
ar com ninguém a venda da sua par-
ticipação na Galp Energia, depois das
negociações com a brasileira Petro-
bras terem abortado, noticia a agên-
cia de informação financeira Bloom-
berg.
Paolo Scaroni, que falava aos jor-
nalistas em Roma, afirmou que “há
interesse” em continuar na empresa
portuguesa.
antes de juros, impostos, deprecia-
ções e amortizações (EBITDA) cres-
ceu 54,8% para 452,7 milhões de eu-
ros, ajudado pelo controlo de custos.
A Semapa lembrou que a compara-
ção dos resultados em 2010 com os
do ano anterior é afectada pela entra-
da em funcionamento da nova fábri-
ca de Papel de Setúbal, no terceiro
trimestre de 2009, alterando o pró-
prio perfil da área de negócios de Pa-
pel e Pasta, aumentando o seu peso
relativo no grupo.
“Tendo em conta o enquadramen-
to macroeconómico, as expectativas
Foto EPA/Filipe Trueba
A Folha de São Paulo noticiou on-
tem que a Sonangol estará em nego-
ciações com a Eni para comprar a sua
posição na petrolífera nacional, de-
pois do falhanço das negociações
com a petrolífera estatal brasileira,
anunciado oficialmente na passada
segunda-feira.
A angolana Sonangol já detém
uma posição indirecta de 33% na
Galp, através da participação de 45%
na Amorim Energia.
A Eni detém uma participação de
33,34% na petrolífera portuguesa.
de evolução da actividade de papel
para os próximos meses têm que se
manter prudentes”, referiu a Sema-
pa em comunicado enviado ao regu-
lador do Mercado.
SEMAPA 2010
2010 2009
Vendas 1.688,2 1.416,4
EBITDA 452,7 292,4
Res. Líquido 126,7 78,8
Dív. Líquida 1.050,2 1.143
Unidade: milhões de euros Fonte: empresa
QUINTA-FEIRA
10 de Fevereiro de 2011 3
Santander Totta
com resultado
a cair 16,9%
▲
BANCA
O RESULTADO líquido do Santander
Totta caiu 16,9% no exercício de
2010, para os 437,7 milhões de euros.
O estreitamente das margens, com
menos 9,8%, apenas compensado pe-
lo crescimento de 2,8% das comis-
sões, resultou numa margem comer-
cial a cair 5,8%. O produto bancário
caiu 7,6% para os 1168,3 milhões de
euros.
Ontem, durante a apresentação de
resultados, o CEO da instituição fi-
nanceira, Nuno Amado, realçou a in-
tenção de reduzir o rácio de transfor-
mação em 10 pontos percentuais,
passando para os 115% durante o
corrente exercício.
Ainda relativamente ao exercício
de 2010, um dado relevante no Totta
foi a manutenção de um ROE de
15,3% e de um rácio de eficiência de
45,7%, o melhor do sector entre os
grandes bancos nacionais.
A nível de solidez financeira, o
banco apresenta um core capital de
10.3% e um tier I de 11,2%.
SANTANDER TOTTA 2010
Dez/10 Dez/09 Var.%
Marg comercial 1107,8 1175,6 (5,8)
Prod. bancário 1168,3 1264,9 (7,6)
R. Exploração 634,3 713,5 (11,1)
R. Líquido 434,7 523,3 (16,9)
Unidade: milhões de euros Fonte: banco
BREVES
Novacaixagalicia vende Brisa
A Novacaixagalicia vendeu ontem a
participação de 2,2% que detinha na
concessionária portuguesa Brisa, reve-
laram fontes financeiras à Europa
Press. Este é um dos vários desinvesti-
mentos que a entidade espanhola
espera realizar no futuro.
Sundor liga Lisboa e Tel Aviv
A linha aérea israelita Sundor, sub-
sidiária da companhia de bandeira El
Al, vai iniciar voos directos regulares
entre Lisboa e Tel Aviv, que até agora
não existiam, disse à Lusa fonte da
empresa. A ligação aérea entre os dois
países é feita actualmente com escalas
noutros aeroportos e de forma directa
apenas em voos charter.
VW lança três novos modelos
A Volkswagen, representada em
Portugal pela SIVA, espera atenuar a
queda geral das vendas de automóveis
em Portugal com o lançamento de três
novos modelos no primeiro trimestre
de 2011, disse à Lusa o director-geral
da marca alemã no país. José Duarte
afirmou esperar que com o lançamento
do novo Passat, do novo Jetta e ainda
do novo Eos, que a Volkswagen “consi-
ga contrariar, ou pelo menos atenuar, a
previsível queda nas vendas para 2011”.
Lanidor reforça em Espanha
A cadeia portuguesa de vestuário
Lanidor prevê aumentar a facturação
de 81,35 milhões para 90,6 milhões de
euros em 2011 e vai privilegiar, até
Var.
2013, a internacionalização para
19,2
Espanha, onde pretende crescer via
54,8
aquisições. Gustavo Filipe Amaro, da
60,7
Lanidor, apontou Espanha como “um
-8,1
mercado natural de expansão”, onde a
empresa quer “replicar o modelo que já
sabe que funciona em Portugal”.
 QUINTA-FEIRA
4 10 de Fevereiro de 2011
BREVES
Gamesa quer Reino Unido
A eléctrica espanhola Gamesa quer
tornar o Reino Unido o seu centro glo-
bal de energia eólica, disse ontem o
presidente executivo, Jorge Calvet. Em
entrevista ao diário britânico The
Times, o responsável revelou que pre-
tende construir uma fábrica de tur-
binas eólicas junto ao rio Tyne, no No-
roeste de Inglaterra ou em Humber
(Costa Este) e abrir um centro de I&D
em Glasgow, na Escócia.
Gas Natural oferece central
A Gas Natural ofereceu uma central de
ciclo combinado em Espanha à argelina
Sonatrach como pagamento da sen-
tença de 1,5 mil milhões de euros acor-
dada em Agosto passado. Esta resulta
da diferença de preços do gás entregue
pela energética argelina à Gas Natural
entre 2007 e 2009 e que resultou
numa correcção de preços de 30%.
Macquarie revê lucro em baixa
O Macquarie, maior banco de investi-
mento australiano, reviu em baixa as
estimativas para o lucro do segundo
trimestre fiscal (terminado a 31 de
Março) devido às menores receitas do
trading. O lucro dos seis meses deverá
descer 5% face ao período homólogo
de 2010.
Microsoft renova gestão
O presidente executivo da Microsoft,
Steve Ballmer, pretende fazer uma
série de promoções de empregados que
tenham uma formação em engenharia
e experiência no desenvolvimento
prático de produtos. A medida tem
como objectivo ajudar a Microsoft a
encurtar a distância face aos seus ri-
vais Apple e Google nas áreas da inter-
net, smartphones e tablets.
PUB
SEVILHA: Primeiro A400M será entregue em Dezembro de 2012
O AIRBUS A400M, de transporte militar, está a ser produzido em Sevilha, de onde a primeira unidade deverá sair no próximo ano, para
a Força Aérea Francesa. A ministra espanhola da Defesa, Carme Chacon (na foto) esteve presente no anúncio oficial da primeira entre-
ga (prevista para 11 de Dezembro de 2012). 170 aeronaves, para sete países, estão já em pipeline.
Lucro trimestral da UBS cresce 7%
para 993,8 milhões de euros
BANCA
A UBS obteve um aumento de 7% do
seu lucro do quarto trimestre e
atraiu novos fundos de clientes pre-
mium pelo segundo trimestre conse-
cutivo.
Deste modo, o resultado líquido do
maior banco helvético avançou para
1,29 mil milhões de francos suíços
(993,8 milhões de euros), em compa-
ração com os ganhos de 1,21 mil mi-
lhões de francos contabilizados um
ano antes, informou a UBS em comu-
NEGÓCIOS
nicado citado pela agência de infor-
mação financeira Bloomberg. Por
outro lado, os clientes contribuíram
com 6,1 mil milhões de francos (4,6
mil milhões de euros) líquidos para
as divisões dedicadas à gestão de for-
tunas da UBS.
Neste sentido, o CEO Oswald Grue-
bel, que promoveu a contratação de
novos gestores e de mais de 1.700 in-
vestment bankers desde que assu-
miu o cargo, em 2009, declarou estar
confiante de que as entradas de capi-
tal se “reforcem visivelmente” este
Foto EPA/José Manuel Vidal
ano.
No entanto, o lucro antes de im-
postos no banco de investimento
quebrou 75% para o patamar dos 75
milhões de francos (57,7 milhões de
euros), em termos homólogos, pena-
lizado pela subida dos custos e por
uma menos-valia de 509 milhões de
francos relacionada com a dívida do
próprio banco. Assim, Gruebel de-
fende que a UBS tem que assumir
mais riscos, à semelhança dos seus
concorrentes, como forma de gerar
mais lucros.
oje.sapo.cv
Oneworld ganha
500 milhões com
BA/American
AVIAÇÃO
A BRITISH Airways disse ontem que
o acordo comercial feito com a Ame-
rican Airlines para as ligações entre a
Europa e a América do Norte vai ge-
rar 500 milhões de dólares (366 mi-
lhões de euros) extra em receitas este
ano e reforçar a quota de mercado da
aliança Oneworld para 25% nos voos
de longo curso do Atlântico Norte
Numa entrevista à Bloomberg, o
vice-presidente para o mercado norte
e sul-americano da British Airways,
Simon Talling-Smith, adiantou que
espera adicionar “uns pontos extra”
à quota de mercado na rota de longo
curso mais lucrativa em todo o
mundo.
O acordo de code-share feito entre
a British Airways, Iberia e American
Airlines foi aprovado pelas autorida-
des europeias e norte-americanas em
Julho passado e permite o controlo
de metade dos voos entre o aeropor-
to londrino de Heathrow e os EUA.
Talling-Smith afirmou que cada pon-
to extra na quota de mercado nos vo-
os para a América do Norte represen-
ta uma subida de 250 milhões de
dólares (183 milhões de euros) em
vendas. Em Outubro, as três compa-
nhias anunciaram quatro novas ro-
tas entre os dois continentes e afir-
maram estar prontas para optimizar
horários e preços para tirar o máxi-
mo benefício da aliança. A Oneworld
tem como rivais nestas ligações as
alianças Star Alliance e SkyTeam.

oje.sapo.cv
Resultado líquido
da Xstrata
dispara 86%
MINERAÇÃO
A XSTRATA, maior exportadora
mundial de carvão utilizado na pro-
dução de energia, indicou que o seu
lucro anual disparou 86%, com a su-
bida da procura nos mercados emer-
gentes a impulsionar os preços, pre-
vendo ainda um crescimento mais
baixo na Ásia para este ano.
Neste sentido, o resultado líquido,
antes de itens extraordinários, avan-
çou para 5,15 mil milhões de dólares
(3,7 mil milhões de euros), em com-
paração com os 2,77 mil milhões de
dólares obtidos um ano antes, infor-
mou a companhia helvética em co-
municado citado pela Bloomberg.
Acresce que este valor bateu os 5,02
mil milhões de dólares de estimativa
média do conjunto de nove analistas
inquiridos pela agência de informa-
ção financeira.
Sublinhe-se que os resultados da
Xstrata aumentaram no mesmo sen-
tido dos preços das commodities.
Neste quadro, o preço médio do car-
vão para centrais energéticas no por-
to australiano de Newcastle, uma re-
ferência para o mercado da Ásia, su-
biu para 99 dólares por tonelada mé-
trica em 2010, contra 72 dólares no
ano anterior, de acordo com os dados
do McCloskey Group. Por seu lado, o
cobre, o outro produto principal do
portefólio da Xstrata, atingiu um
preço médio de 7,558 dólares, um in-
cremento de 45%.
Swatch ganha mais
42% em 2010
INDÚSTRIA RELOJOEIRA
O RESULTADO líquido do Swatch
Group avançou para 1,07 mil mi-
lhões de francos suíços (824,3 mi-
lhões de euros) em 2010, em compa-
ração com os 759 milhões de francos
contabilizados no ano anterior, de-
sempenho que traduz um incremen-
to homólogo de 42%. A projecção
média dos 11 analistas auscultados
pela agência Bloomberg apontava pa-
ra um lucro de apenas 1,05 mil mi-
lhões de francos (809 milhões de eu-
ros).
Por outro lado, a maior fabricante
mundial de relógios está a estudar a
aquisição de produtoras de compo-
nentes, com o objectivo de alcançar
vendas anuais de 10 mil milhões de
francos (7,7 mil milhões de euros) no
prazo de quatro anos, revelou o seu
CEO, Nick Hayek. Neste quadro, a de-
BERLIM: Fruta fresca
A MAIOR feira mundial de fruta e vegetais frescos, a Fruit Logistica 2011, abriu portas
em Berlim, reunindo este ano um número recorde de 2300 expositores. A mostra decorre
até dia 11.
tentora de marcas como a Omega,
Breguet, Blancpain ou Longines deve
investir entre 250 milhões e 300 mi-
lhões de francos suíços para aumen-
tar a capacidade, bem como 150 mi-
lhões no sector da distribuição, con-
cretizou o responsável, em entrevista
concedida à Bloomberg.
Acresce que a empresa helvética
consegue financiar este investimen-
to “facilmente” com recurso ao seu
próprio cash flow, ainda de acordo
com Nick Hayek. As reservas de capi-
tal do Swatch Group aumentaram
66% para o patamar dos 1,83 mil mi-
lhões de francos (1,4 mil milhões de
euros) no final de 2010, o que pode
ajudar a financiar aquisições ou in-
vestimentos nas áreas de componen-
tes e distribuição. A administração
da Swatch vai ainda discutir a possi-
bilidade de uma recompra de acções
próprias.
NEGÓCIOS
Foto EPA/Tim Brakemeier
ArcelorMittal espera um
“ano forte” em 2011
METALÚRGICA
A ARCELORMITTAL, maior produto-
ra mundial de aço, espera “um ano
forte” em 2011, apesar dos prejuízos
apurados no quarto trimestre do ano
passado devido à queda dos preços
do aço e subida dos custos com as
matérias-primas.
Em comunicado, a empresa infor-
ma que registou um prejuízo de 780
milhões de dólares (571 milhões de
euros) no último trimestre de 2010,
que compara com um lucro de 1,1
mil milhões de dólares (805 milhões
de euros) inscritos no período homó-
logo do ano anterior.
O EBITDA (resultado antes de ju-
ros, impostos, depreciações e apreci-
ações) atingiu 1,85 mil milhões de
dólares (1,35 mil milhões de euros),
superando a média avançada por 17
analistas à Bloomberg (1,68 mil mi-
10 de Fevereiro de 2011
Toyota sobe
previsão de
lucro em 40%
INDÚSTRIA AUTOMÓVEL
A TOYOTA subiu a sua estimativa de
lucro para o final do exercício em
40%, com as vendas na Ásia e em ou-
tros mercados emergentes a supera-
rem as projecções da empresa japo-
nesa.
Desta forma, o resultado líquido
da maior construtora automóvel
mundial deve mais do que duplicar
para a fasquia dos 490 mil milhões
de ienes (4,3 mil milhões de euros)
nos 12 meses que terminam no pró-
ximo dia 31 de Março, em compara-
ção com os 209 mil milhões de ienes
apurados há um ano, informou a
Toyota em comunicado citado pela
agência de informação financeira
Bloomberg. Recorde-se que a fabri-
cante nipónica tinha previsto em No-
vembro um lucro líquido de apenas
350 mil milhões de ienes (3,1 mil mi-
lhões de euros).
A Toyota segue-se à rival Honda no
incremento das previsões de resulta-
dos, numa altura em que a indústria
automóvel global está a recuperar da
lhões de dólares, cerca de 1,23 mil
milhões de euros).
Os produtores de aço têm sofrido
com a subida do custo das matérias-
primas e a queda do preço do aço nos
mercados internacionais à medida
que a procura vai enfraquecendo.
Entre o primeiro e o quarto trimes-
tre do ano passado, o preço do miné-
rio de ferro – um dos componentes
usados na produção do aço – mais do
que duplicou, enquanto o carvão pa-
ra aquecimento encareceu 38%, se-
gundo dados da divisão de research
do HSBC.
“2010 manteve-se como um ano
de muito desafios”, afirmou no co-
municado, o presidente executivo da
ArcelorMittal, Lakshmi Mittal. “A re-
toma da procura continua e espera-
mos que 2011 seja um ano mais forte
que 2010”, acrescentou o responsá-
vel.
QUINTA-FEIRA
5
crise financeira. O crescimento das
vendas no mercado asiático está a
ajudar a Toyota a compensar a valo-
rização do iene para máximos de 15
anos, bem como o impacto das reco-
lhas de veículos recorde devido a fa-
lhas relacionadas com aceleração in-
voluntária.
No terceiro trimestre fiscal, o re-
sultado líquido deslizou 39% para
93,6 mil milhões de ienes (837,7 mi-
lhões de euros), em comparação com
o período homólogo, superando os
91 mil milhões de ienes da estimati-
va média dos quatro analistas con-
tactados pela Bloomberg. Refira-se
que o lucro quebrou depois de Tó-
quio ter colocado em Setembro um
ponto final no programa de incenti-
vos que impulsionou as vendas dos
veículos mais eficientes e após o iene
ter atingindo o seu nível mais eleva-
do desde 1995 em Novembro.
A Toyota sublinhou que as suas
vendas na Ásia, excluindo o mercado
japonês, subiram 21% para um total
de 335 mil unidades no trimestre en-
cerrado a 31 de Dezembro.
BREVES
VW faz acordo com sindicatos
A Volkswagen fez ontem um acordo
com os sindicatos alemães para um
aumento de 3,2% nos salários de 100
mil funcionários a fim de evitar futuras
greves, à medida que a produção e a
procura atingem níveis recorde. O acor-
do é válido por 16 meses, entre
Fevereiro deste ano e 31 de Maio de
2012. O maior fabricante automóvel
germânico emprega cerca de 170 mil
funcionários na Alemanha e o aumento
poderá incentivar outros sindicatos a
pedir novas subidas salariais devido à
retoma da economia.
Continental vai despedir 500
A companhia aérea United Continental
anunciou ontem que vai despedir cerca
de 500 trabalhadores na sede de
Houston da Continental. As duas
empresas fizeram uma fusão no ano
passado para criar a maior transporta-
dora aérea mundial, uma operação que
ficou avaliada em 3,170 mil milhões de
dólares (2,32 mil milhões de euros).
Fonte oficial explicou que os cortes
foram feitos em cargos que passarão a
ser exercidos na sede da United.
PUB
 QUINTA-FEIRA
6 10 de Fevereiro de 2011
LEGISLATIVAS 2011
O CICLO QUE
AFINAL NÃO FOI
INTERROMPIDO
Mais do que uma vitória, as responsa-
bilidades do futuro executivo de José
Maria Neves são ainda maiores, num
país sem recursos naturais, dependente
da ajuda externa e que terá de conti-
nuar a provar perante os parceiros
internacionais que a boa governação
e a transparência são uma imagem
da marca de Cabo Verde.
Por José Sousa Dias (OJE/Lusa)
A
vitória do PAICV não sur-
preendeu. As obras e o tra-
balho apresentado pelos
dois executivos de José Ma-
ria Neves (2001/06 e 2006/11) “enche-
ram suficientemente o olho” dos elei-
tores indecisos, que optaram pela “se-
gurança da obra feita”, tal como suce-
deu na década de 90 em Portugal com
o “cavaquismo”.
Estradas, portos e aeroportos,
aposta na energia, convencional e re-
novável, escolas, novas tecnologias
da informação, habitação e saúde
(hospitais) foram obras visíveis ou es-
tão a ser visíveis ao comum dos cida-
dãos.
O que surpreendeu foi a derrota
do MpD, que não conseguiu vencer o
desgaste de 10 anos de governação
de José Maria Neves, mesmo utilizan-
do a argumentação, forte e que cai
nos ombros do cidadão, do desem-
prego, falta de energia e ainda com a
incumprida meta do crescimento
económico a dois dígitos.
Por outro lado, o desejo de mudan-
ça, lema de campanha do MpD, tam-
bém não foi suficiente para a vitória
do regressado líder “ventoinha”, Car-
los Veiga (primeiro-ministro de 1991
a 2000), que apelou nesse sentido pa-
ra tentar manter o mito dos ciclos
políticos de dez anos desde que se
instaurou o pluralismo político no
arquipélago, em 1990.
Publicado semanalmente à quarta-feira
Propriedade
O Jornal Económico, Lda
Registo Legal: 04/2009
Sede
Rua da Liberdade e Democracia,
nº12 – 3º andar
Achada de Santo António – Praia
República de Cabo Verde
Os 37 deputados eleitos pelo PAICV
dão nova maioria absoluta – a terceira
consecutiva –, mas as responsabilida-
des, sobretudo económicas, tornaram-
se agora fulcrais para o atingir das me-
tas traçadas por José Maria Neves, no-
meadamente a redução da pobreza, a
resolução definitiva do défice ener-
gético e habitacional, do desemprego,
maioritário entre os jovens e fazer
crescer uma economia que, dizem os
especialistas, não aguenta com mais
uma crise internacional, pois está pra-
ticamente no limite do endividamen-
to.
Os 33 deputados do MpD – mais
quatro, todos ganhos ao PAICV, do que
na anterior legislatura – terão pela
frente uma tarefa “hercúlea”, ao se-
O desejo de mudança,
lema de campanha do
MpD, também não foi
suficiente para a vitória
do regressado líder “ven-
toinha”, Carlos Veiga
rem confrontados com uma política
de investimentos que os parceiros in-
ternacionais têm generosamente
apoiado, com Portugal, Estados Uni-
Director
Luís Pimenta
lpimenta@oje.pt
Editora Executiva
Helena Rua
hrua@oje.pt
Redacção
Ana Santos Gomes (colaboradora), Armanda
Alexandre, Almerinda Romeira, Catarina
Costa (revisão), Isabel Cabral, Luís
Gonçalves, Mafalda Simões Monteiro, Pedro
Assis Conceição, Pedro Castro, Sandra
Martins Pereira (colaboradora)
e Vítor Norinha
LEGISLATIVAS
dos e União Europeia (UE) na linha da
frente.
O FACTOR “PRESIDENCIAIS”
Mas, se a questão económica domina
actualmente as atenções, Cabo Verde
terá, ainda este ano, na parte política,
outro acontecimento relevante e que
irá pesar, não na relação inter-par-
tidária, mas sim na intra-partidária: as
eleições presidenciais, a realizar den-
tro de seis meses. A bipolarização rei-
nante – a União Cabo-Verdiana Inde-
pendente e Democrática (UCID) man-
teve os dois deputados da anterior le-
gislatura e continua fora do cenário
político dominante – leva a que os
dois principais partidos – PAICV e
MpD – se debatam com “divergências
internas”. Dentro da esfera política do
PAICV perfilam-se três candidaturas,
tantas quantas as do MpD. Carlos
Veiga, derrotado por Pedro Pires nas
presidenciais de 2001 e 2006, já re-
petiu que não se candidata à votação,
garantindo que será líder da oposição
no Parlamento, mas nem todos acredi-
tam nisso, vendo no líder “ventoinha”
a única personalidade do partido com
o carisma que Jorge Carlos Fonseca e
Amílcar Spencer Lopes não têm. Além
disso, defendem analistas locais, Car-
los Veiga ainda não terá digerido bem
as derrotas frente a Pedro Pires e, mui-
to menos agora, frente a José Maria
Neves.
Arte
Carlos Hipólito
Marta Simões
Fotografia
Victor Machado
Contactos Área Editorial
noticias@oje.publ.cv
Departamento Comercial
João Pereira
jpereira@oje.publ.cv
No PAICV, a situação parece ainda
mais complicada, uma vez que se con-
frontam duas tendências – uma lide-
rada por Pedro Pires, que terminará o
segundo mandato, impossibilitando-o
constitucionalmente de se apresentar
à votação, e outra por José Maria Ne-
ves. O primeiro apoia tacitamente
Aristides Lima, presidente do agora
extinto Parlamento. O segundo, igual-
mente de forma tácita, Manuel Ino-
cêncio de Sousa, o “todo poderoso”
ministro das Infra-estruturas que tem
dado imagem às obras do regime. Por
fora corre David Hopffer Almada, de-
putado e constitucionalista, aparente-
mente sem o apoio dos dois mais im-
portantes dirigentes do antigo partido
único (1975/90).
PARA QUANDO E QUE TIPO DE GOVERNO
Politicamente, as preocupações do fu-
turo governo no Parlamento serão
menores do que as questões internas
partidárias. Com nova maioria absolu-
ta, a grande fatia dos investimentos
está praticamente em curso ou por
aprovar, a revisão constitucional está
concretizada e nada se perspectiva, no
curto prazo, de alterações que, na
Assembleia Nacional, necessitem da
aprovação por uma maioria de dois
terços. Em relação às medidas para o
imediato prometidas por José Maria
Neves, que assumirá a pasta de pri-
meiro-ministro pela terceira vez con-
Distribuição
João Baptista
jbaptista@oje.publ.cv
Conselho de Administração
Guilherme Borba gborba@oje.publ.cv,
Marcos Rodrigues mrodrigues@oje.publ.cv
Impressão
Sogapal – Soc. Gráfica da Paiã, SA
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secutiva (já assumiu que não se candi-
data às presidenciais), destaque para a
promessa de institucionalização do
13.º mês, para a privatização da Elec-
tra (empresa nacional de água e ener-
gia eléctrica) e os Transportes Aéreos
de Cabo Verde (TACV, companhia
aérea de bandeira), a par da conclusão
de novas infra-estruturas, sobretudo
José Maria Neves nada
adiantou sobre a futura
composição do Governo
no domínio dos portos, do aumento
do ritmo do crescimento económico e
da oferta de emprego e ainda do com-
bate ao desemprego e à exclusão so-
cial, entre outras.
No seu discurso de vitória das legis-
lativas de domingo, José Maria Neves
nada adiantou sobre a futura com-
posição do Governo. Analistas locais
defendem a criação de um novo gover-
no e não uma mera remodelação mi-
nisterial, uma vez que, alegam, será o
“desbaratar” da confiança que lhe foi
renovada pelo eleitorado, que optou,
ao mesmo tempo, por reforçar a capa-
cidade de fiscalização da oposição,
que, afinal de contas, acabou por
“roubar” quatro deputados ao PAICV.
Tiragem
7.500
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fotografias e ilustrações pode ser reproduzida,
por quaisquer meios sem prévia autorização do editor.
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 QUINTA-FEIRA
oje.sapo.cv PUBLICIDADE 10 de Fevereiro de 2011 7
 QUINTA-FEIRA
8 10 de Fevereiro de 2011
PME vão ter
apoios de
275 milhões
CRÉDITO
O GOVERNO vai criar novos seguros
de crédito “dirigidos às empresas que
têm ciclos longos de produção”, bem
como manter linhas de crédito co-
mercial e simplificar processos para
reduzir custos administrativos das
empresas, no valor de 275 milhões
de euros.
O valor de apoio às empresas ron-
da os 275 milhões de euros, sendo
que 200 milhões são para os seguros
e 75 milhões de euros para o financi-
amento, referiu o primeiro-ministro,
José Sócrates, durante o Congresso
das Exportações, que decorreu on-
tem em Santa Maria da feira.
No total de 2010, os dados prelimi-
nares do Instituto Nacional de Esta-
tística (INE) apontam um crescimen-
to das exportações de 15,7%, para
36.769 milhões de euros, com as im-
portações a aumentarem 10,5%, pa-
ra os 56.783 milhões de euros.
Em Dezembro, as exportações au-
BREVES
Eurogrupo reúne-se em Março
Os líderes dos 17 países da Zona Euro
vão reunir-se em cimeira extraordinária
a 13 de Março, para debater um plano
de acção que visa evitar novas crises
da dívida, avançou fonte diplomática à
agência noticiosa francesa AFP. "Ainda
não foi confirmado oficialmente, mas
será a 13 de Março. Trata-se de uma
cimeira informal dos 17 chefes de
Estado e de Governo do Eurogrupo",
concretizou a mesma fonte.
Produção cai 1,5% na Alemanha
A produção industrial da Alemanha,
maior economia europeia, quebrou
inesperadamente pelo segundo mês
consecutivo em Dezembro, com as
baixas temperaturas a provocarem
uma queda no sector da construção.
Desta forma, a produção diminuiu 1,5%
em comparação com Novembro, quan-
do tinha deslizado 0,6%, informou o
Ministério da Economia germânico.
China sobe taxas de juro
O banco central da China subiu as suas
taxas de juro na terça-feira, o segundo
aumento promovido em pouco mais de
um mês, intensificando o combate con-
tra os altos níveis de inflação. Neste
sentido, a taxa directora subiu 25 pon-
tos base para 3%, indicou o Banco
Popular da China.
Moody´s corta outlook jordano
A agência de notação financeira
Moody´s anunciou a redução de
“estável” para “negativo” do outlook da
dívida soberana da Jordânia em moeda
estrangeira, devido à crise política no
Egipto, com possíveis repercussões no
mundo árabe. A Moody´s anunciou
ainda o corte do rating da dívida jor-
dana em moeda local de Baa3 para
Ba2, com uma perspectiva (outlook)
negativa. A Jordânia enfrenta proble-
mas económicos e sociais estruturais
semelhantes aos da Tunísia e do Egipto.
NACIONAL E INTERNACIONAL
mentaram 24,3% em comparação
com Dezembro de 2009, a segunda
maior subida mensal homóloga do
ano, só ultrapassada pelo 25,8% de
Março.
No último trimestre de 2010, as ex-
portações de bens aumentaram
15,8%, com as importações a subir
10,3%, face ao mesmo período de
2009. Esta variação teve como conse-
quência um agravamento do défice
da balança comercial em 79,2 mi-
lhões de euros, refere o INE que, do
lado das categorias económicas, des-
taca o aumento das exportações de
bens nas categorias de fornecimen-
tos industriais e de material de trans-
porte e acessórios e a subida nas im-
portações de combustíveis e lubrifi-
cantes e de fornecimentos industri-
ais.
O comércio extracomunitário, no
último trimestre, viu as exportações
aumentarem 17,8% e as importações
16%, em comparação com o mesmo
período do ano anterior.
Hotéis portugueses recebem mais
5% de hóspedes em 2010
TURISMO
A ACTIVIDADE turística recuperou
em 2010, com os hotéis a acolherem
13,6 milhões de hóspedes, mais 5%
do que no ano anterior, e Lisboa a re-
gistar um crescimento de 9,3% nas
dormidas.
Os dados preliminares ontem di-
vulgados pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE) mostram uma ten-
dência de recuperação do turismo,
face aos efeitos desfavoráveis da crise
económica em 2009, com o número
de dormidas a aumentar para os 37,5
PARVOS QUE SOMOS?
CAUSA JUSTA
João Caiado Guerreiro*
UMA música, “Parva que sou” dos
Deolinda, apanhou o zeitgeist da ju-
ventude portuguesa. E acordou Por-
tugal para uma questão que venho
há muito trazendo à atenção dos
amáveis leitores: Portugal não pode
ÍNDIA: Feira de aviação demonstra poder do mercado
TAMBÉM na aviação a Índia está a assumir protagonismo enquanto mercado: sintomático disso mesmo é o evento Aero India, que
abriu portas na base aérea de Yelhanka, na cidade de Bangalore. Os números rivalizam com os “shows” europeus: mais de 600 exposi-
tores, provenientes de 63 países.
milhões em 2010 (mais 2,9% do que
no ano anterior).
Em 2010, os proveitos totais atingi-
ram 1.821 milhões de euros (mais
3,2%), enquanto os proveitos de apo-
sento subiram para 1.234 milhões de
euros (mais 3,7%).
Os turistas nacionais foram res-
ponsáveis por 13,8 milhões de dor-
midas e os estrangeiros por 23,7 mi-
lhões, registando-se variações homó-
logas positivas em ambos os casos (4
e 2,2% respectivamente).
Em termos regionais, Lisboa foi o
destino que mais cresceu em dormi-
continuar a tratar tão mal as gera-
ções mais jovens. Desemprego, pre-
cariedade, baixos salários. Este fenó-
meno, que a letra da música de Ana
Bacalhau tão bem retrata, nasce do
nulo crescimento da economia. E
existe, em boa parte, para sustentar
os “direitos adquiridos” de outros,
que se acham com direito a tudo
deixando quase nada para os que
vêem a seguir. A letra da música não
deixa dúvidas:
“Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou! Porque isto es-
tá mal e vai continuar, já é uma sorte
eu poder estagiar. Que parva que eu
sou! E fico a pensar, que mundo tão
parvo onde para ser escravo é preciso
estudar.
Sou da geração casinha dos pais, se
já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou. Filhos, mari-
das (9,3%), seguido do Alentejo
(6,7%), Centro (4,8%), Norte (4,2%), A-
çores (3%) e Algarve (2,6%). As dormi-
das só caíram na Madeira (-8,9%), o
que estará relacionado com os pro-
blemas climatéricos que atingiram a
ilha.
O mercado italiano foi o que mais
progrediu, com uma variação homó-
loga de 8,6% nas dormidas, seguido
do espanhol (3,1%), do holandês
(2,8%) e do francês (1,7%). Os merca-
dos irlandês, britânico e alemão
mantiveram a variação negativa (4,6,
1,8 e 1,7%, respectivamente).
dos, estou sempre a adiar e ainda me
falta o carro pagar. Que parva que eu
sou!
E fico a pensar, que mundo tão
parvo onde para ser escravo é preciso
estudar. Sou da geração vou queixar-
me pra quê? Há alguém bem pior do
que eu na TV. Que parva que eu sou!
Sou da geração eu já não posso mais
que esta situação dura há tempo de-
mais: E parva não sou! E fico a pen-
sar, que mundo tão parvo onde para
ser escravo é preciso estudar.”
Esta é uma triste falta de esperan-
ça, que leva a uma fuga para o es-
trangeiro dos jovens mais prepara-
dos de sempre. Sem perspectivas de
carreira, os nossos jovens, que tanto
custaram a preparar, emigram pro-
curando no estrangeiro as oportuni-
dades que Portugal não lhes oferece.
É o preço de um mercado de traba-
lho a duas velocidades: uns têm to-
oje.sapo.cv
Foto EPA/Jagadeesh Nv
Inflação no Brasil
com maior taxa
desde 2005
JANEIRO
A INFLAÇÃO brasileira em Janeiro
foi de 0,83%, a maior taxa mensal
desde Abril de 2005, quando a varia-
ção foi de 0,87%, informou o Institu-
to Brasileiro de Geografia e Estatísti-
ca (IBGE). Contribuiu para o resulta-
do o aumento dos preços de géneros
alimentícios, bebidas e transportes,
salientou o IBGE.
No acumulado dos últimos 12 me-
ses, o IPCA atingiu os 5,99%, acima
dos 12 meses imediatamente anteri-
ores (5,91%).
dos os “direitos adquiridos”, outros,
os mais jovens, tem muito pouco. Há
300 mil portugueses entre os 15 e os
34 anos à procura de emprego. Se
lhes somarmos todos os que tem em-
prego precário, são muitos mais.
Um destes dias, vamos ter que fa-
zer as tão adiadas reformas: flexibili-
zar a lei laboral para criar bons em-
pregos; aceitar que estes impostos
inibem a inovação, o investimento, o
crescimento económico e a criação
de emprego; vamos ter que perceber
que tanta garantia criou uma socie-
dade com demasiadas desigualdades.
Até lá, bem podemos cantar a músi-
ca dos Deolinda, pensando os parvos
que somos em deixar perder a nossa
juventude!
*Advogado
jguerreiro@fcguerreiro.com
espaços negócios
SUPLEMENTO COMERCIAL
de
ESCRITÓRIOS

ESTRUTURA Com o edifício Entreposto I total-

mente ocupado, o promotor vai
avançar com as obras no
Entreposto II
Pág. V

MULTIUSOS ENTREVISTA
A consultora imobiliária Worx é a
primeira empresa do sector a ser
regulada pelo RICS, afirma Pedro

NASCE EM TRÓIA
Rutkowski
Págs. VI e VII
Pág. II

INSTRUÇÃO
A CB Richard Ellis intermediou a
venda da componente residencial do
Edifício Leonel, localizado no Chiado,
em Lisboa, à Norfin
Pág. VIII

ESCRITÓRIOS
O índice imobiliário LPI convidou a
consultora B. Prime a integrar o
conjunto de operadores que actu-
am nesta indústria
Pág. VIII
PUB
 QUINTA-FEIRA
II 10 de Fevereiro de 2011
BREVES
Escritórios cresceram
em Dezembro
Em Dezembro de 2010, o mercado de
escritórios de Lisboa registou uma absorção
de 19.602 m2, o que evidencia um cresci-
mento de 164% face ao mês de Novembro,
mas uma variação homóloga negativa de
9%, revela o Office Flashpoint da Jones
Lang laSalle. Com este volume, a perform-
ance anual do mercado totaliza os 105.781
m2 de ABL ocupada, o que se constitui
como um mínimo histórico desde que o exis-
tem dados agregados (1998). A zona do
Parque das Nações (zona 5) foi a mais
dinâmica em Dezembro, com uma ocupação
de 6.512 m2, tendo sido nesta área que se
registou a maior operação do período,
nomeadamente, o arrendamento de 6.229
m2 no Edificio Sony, pela AXA Seguros. A
zona 6 (Corredor Oeste) foi a segunda de
maior actividade, com o arrendamento de
5.185 m2 em Dezembro. A zona 2 registou
também uma dinâmica destacada, com
4.210 m2 tomados. Em termos de áreas de
actividade, a nota de maior dinamismo vai
para o sector de Serviços Financeiros, com
o arrendamento de 6.229 m2, seguindo-se
as empresas de TMT’s & Utilities, cuja
actividade ocupacional resultou no arrenda-
mento de 4.111 m2 em Dezembro.
Obrecol/FDO-Construções renovam
escola
No âmbito do Programa de Modernização
do Parque Escolar, o consórcio
Obrecol/FDO-Construções acaba de concluir
a obra Escola Secundária Joaquim Gomes
Ferreira Alves, situada em Valadares, Vila
Nova de Gaia. Trata-se de um edifício esco-
lar constituído por seis blocos articulados
entre si por passagens cobertas e que inte-
gra ainda um pavilhão desportivo com bal-
neários, campos de jogos e recreios exteri-
ores. A intervenção – orçada em 11,8 mil-
hões de euros e com a duração de 18 meses
– incidiu na remodelação e beneficiação das
instalações existentes, ao nível do reordena-
mento interior, alteração dos revestimentos
interiores e exteriores, manutenção das
condições estruturais, remodelação integral
das infra-estruturas eléctricas, telecomuni-
cações, águas e esgotos. A empreitada
incidiu também ao nível da construção nova,
nomeadamente edifícios destinados a labo-
ratórios, áreas oficinais e artes e ginásios.
Efapel com vendas a crescer
ligeiramente
A maior empresa nacional de fabrico de
material eléctrico de baixa tensão em
Portugal, a Efapel, registou um ligeiro
crescimento das suas vendas líquidas no
último ano, as quais atingiram os 23 mil-
hões de euros. Este crescimento homólogo
de 4% ficou aquém dos objectivos definidos
para o ano que terminou, tendo sido afecta-
do pela conjuntura económica actual de
diversos mercados europeus. Relativamente
à actividade em 2010, destaca-se o aumen-
to da sua quota de mercado e da sua apos-
ta no processo de internacionalização. Os
mercados emergentes foram determinantes
para garantir o nível da actividade que a
empresa portuguesa tem vindo a alcançar,
dado que foram menos afectados pela crise
mundial. A empresa de Serpins (Coimbra)
exporta já os seus produtos para 45 países
distribuídos pelos quatro continentes, repre-
sentando os mercados externos cerca de
um terço da sua facturação global. A
Ucrânia e o Suriname foram os dois novos
mercados para onde a empresa começou a
exportar em 2010.
ESPAÇOS DE NEGÓCIOS
CENTROS DE EVENTOS AQUALUZ
TRÓIA ARRANCA EM MAIO
Uma nova infra-estrutura multifuncional vai nascer na Península de Tróia, aproveitando a
oferta de alojamento e lazer da região
O
Centro de Eventos Aqualuz
Tróia, com inauguração
prevista para o próximo
mês de Maio, surge como
complemento da oferta de aloja-
mento e de lazer das unidades
Aqualuz, disponibilizando serviços
direccionados para os encontros
empresariais e eventos na Penínsu-
la de Tróia.
Em pleno coração do troiaresort,
a menos de uma hora de Lisboa e
num cenário natural de excepção,
nasce agora uma infra-estrutura
multiusos que responde eficazmen-
te às mais diversas necessidades.
Um edifício moderno e funcional,
especialmente projectado para uma
integração harmoniosa com a natu-
reza envolvente, proporciona todo o
conforto e tranquilidade a empre-
sas e particulares que pretendam
utilizar o espaço para qualquer
acontecimento.
Com uma área total de 681 m2 e
capacidade até 630 lugares senta-
dos, o centro de eventos possibilita cessários à realização de qualquer tégia de complementaridade prota- capazes de dar resposta a uma mul-
uma divisão até três espaços distin- evento, podendo ainda ser comple- gonizada pela Sonae Turismo Ho- tiplicidade de solicitações empre-
tos – uma sala polivalente, um au- mentado pelas seis salas de reu- téis. A nova infra-estrutura multi- sariais ou particulares, fortalecendo
ditório e um foyer de 183 m2 – ben- niões do hotel. funcional é o reflexo da preocupa- a Península de Tróia não só como
eficiando de luz natural e de todos A criação do Centro de Eventos ção existente com o alargamento de uma opção de lazer, mas também
os meios técnicos e audiovisuais ne- Aqualuz Tróia inscreve-se na estra- uma oferta de serviços associados, como destino de eventos.
EDIFÍCIO D. PEDRO V, NO PORTO, CB RICHARD ELLIS INSTALA
VENDIDO À LOGICOMER TELEPIZZA NO VIVACI DAS CALDAS
A Telepizza saiu de uma artéria da cidade
das Caldas da Rainha e instalou-se no espaço
comercial Vivaci
A CB RICHARD Ellis (CBRE) concluiu mos a proporcionar a qualidade e o
a implantação da nova loja Telepizza serviço a que temos habituado os
no centro comercial Vivaci Caldas da nossos Clientes.”
Rainha. Esta abertura marca a pas- Ana Jaca, Consultora do Depar-
sagem da loja, até aqui situada numa tamento de Agência de Retail da CB
das artérias da cidade, para o interior Richard Ellis confirmou “os centros
do centro comercial, com o objectivo Vivaci reúnem no mesmo espaço
de potenciar as suas vendas, estar uma oferta de comércio e serviços
ainda mais próxima dos clientes e com distinta variedade e qualidade,
melhorar a sua experiência com a que favorece uma maior movimen-
marca. tação de clientes e potencia as ven-
A LOGICOMER adquiriu o edifício D. equipado com elevador e WC priva- O Vivaci Caldas da Rainha, pro- das – consideramos uma mudança
Pedro V, no Porto, para a instalação do em todas as fracções, dispõe de priedade do grupo FDO, encontra-se estratégica e concluímos mais um
da nova sede. O edifício é composto piso de parqueamento equipado aberto desde 2008 e tem um ABL su- bom negócio para ambas as partes”.
por cinco fracções autónomas. com portão automático. O seu pé di- perior a 14 mil m2. Com uma local- A Telepizza surgiu em Espanha
Susana Ferreira, do departamento reito permite a construção de mez- ização central apresenta como princi- em 1987 e é actualmente líder de
de escritórios da Abacus Savills no zanines, originando assim um pais lojas o Pão de Açúcar do grupo mercado no serviço de entregas ao
Porto afirma em nota: “Este imóvel maior aproveitamento da área bruta Auchan, a Sportzone do grupo Sonae, domicílio de comida pronta-a-comer.
reúne as principais características de construção. A sua localização pri- a Rádio Popular, a Stradivarius, a Pull Conta com mais de 1.000 lojas espa-
idealizadas pelo cliente de hoje: loca- vilegiada, num ponto estratégico da &Bear, Bershka, entre outras, para lhadas por todo o mundo, distribuí-
lização junto às principais entradas e cidade, oferece rápido e fácil acesso além de 5 salas de cinema na área de das por Espanha, Portugal, Chile,
saídas da cidade, flexibilidade de lay- à A1 (Lisboa) e à A3 (Braga), através lazer e entretenimento Vivacine. Polónia, Guatemala, El Salvador, Co-
out, possibilidade de acabamentos da Rua do Campo Alegre e VCI. Com Na área do food court, onde está lômbia, Emirados Árabes Unidos e
em função das necessidades e esta- a Praça da Galiza, a Rotunda da Boa- agora localizada a nova loja da Te- mais recentemente, iniciou a sua ex-
cionamento privativo. A arquitectu- vista a escassos metros, nesta zona lepizza, estão ainda as lojas Burguer pansão na China, através de um
ra das linhas de construção, a auto- encontra-se as instalações mais im- Ranch, Balcão da Portugália e Pateo. acordo, sob a forma de “joint-ven-
nomia oferecida e o privilégio na portantes de Instituições como o Segundo Gonzalez Barrajón, direc- ture” (50% de participação para am-
proximidade ao emblemático rio Millennium e Fidelidade, entre ou- tor geral da Telepizza Portugal, “a bas as companhias), com Christine, o
Douro, foram o culminar da respos- tros. entrada no Centro Comercial Vivaci líder local no sector da panificação e
ta aos requisitos e necessidades apre- A Logicomer foi fundada em 1989 é decisiva para uma marca que pre- pastelaria. Actualmente, Christine
sentados pela Logicomer”. e tem cerca de 150 colaboradores. tende estar junto dos seus clientes. oferece os produtos Telepizza em
O complexo está dotado de todas Desenvolve serviços inerentes à ges- Acreditamos que se trata de um in- vários dos seus pontos de venda. Em
as infra-estruturas necessárias à ins- tão e recuperação de créditos, essen- vestimento que será bem sucedido e Portugal, a cadeia conta com 116
talação de uma grande empresa, cialmente a instituições de crédito. estamos preparados para continuar- lojas (55 próprias e 61 franchisadas).
 QUINTA-FEIRA
PUBLICIDADE 10 de Fevereiro de 2011 III
 QUINTA-FEIRA
IV 10 de Fevereiro de 2011
BREVES
Arquiled no museu do Benfica
A Arquiled, PME – Projectos de Iluminação e o
Sport Lisboa e Benfica iniciaram um projecto
para a iluminação LED do futuro museu do
clube. Com poupanças da ordem dos 60% nos
gastos em luz, o projecto da empresa de Mora
é já visível na exposição dedicada aos 50 anos
de Eusébio. O ponto alto da parceria será a ilu-
minação total dos 2 mil m2 do novo museu do
Benfica.
CIN reforça posição
A CIN, um dos líderes ibéricos de tintas e
vernizes, ocupa agora o 37º lugar do Coating
World, um ranking mundial das empresas pro-
dutoras de tintas, depois de uma subida de
quatro posições em apenas um ano. A CIN,
que em 2009 ocupava o 41º lugar, é a única
empresa portuguesa a marcar presença neste
ranking. Para este resultado contribuiu a fac-
turação da empresa, que em 2009 foi de 217
milhões de euros. Na liderança do Coating
World está a holandesa Akzo Nobel, seguindo-
se a norte-americana PPG e a germânica
Henkel. A CIN opera exclusivamente no merca-
do de tintas e vernizes. A empresa é respon-
sável pelo fabrico e distribuição de produtos
para decoração, construção civil, protecção
anticorrosiva e Indústria (metal e madeira).
Com 1.400 empregados e sete unidades fabris
em países como Portugal, Espanha, França,
Angola e Moçambique, a CIN distribui os seus
produtos na Península Ibérica através duma
rede de lojas próprias, para além de franchisa-
dos, concessionados e revendedores autoriza-
dos. Exporta também para vários mercados da
Europa Central e da América Latina.
ThyssenKrupp com nova loja
A ThyssenKrupp Elevadores inaugurou em
Leiria a sua segunda loja da rede de atendi-
mento directo ao público, trazendo para a
cidade do Liz um conceito inovador na abor-
dagem do mercado da elevação em Portugal.
Estrategicamente localizada na Praça Nova
(Nova Leiria) - no novo centro empresarial de
Leiria, situado bem perto do coração da cidade
- esta nova loja vai ao encontro das exigências
do mercado em termos de soluções de assis-
tência técnica, reparação e conservação de
todo o tipo elevadores, independentemente da
sua marca de origem. A Loja de Leiria é o
segundo estabelecimento do novo conceito
que valoriza fundamentalmente a proximidade
ao mercado e ao cliente, “através da sua local-
ização privilegiada e abrangência geográfica”,
refere Carlos Pinto sub-director-geral da
ThyssenKrupp Elevadores. A 28 de Janeiro
último, a ThyssenKrupp Elevadores lançou, em
Aveiro, a primeira loja da sua rede de atendi-
mento directo ao público.
Throttleman Factory Store no Vivaci Maia
A loja Throttleman – espaço dedicado à co-
mercialização de artigos de moda para ho-
mem, mulher e criança – abriu as portas no
centro comercial Vivaci Maia. Trata-se de uma
“factory store” com 220 m2 que disponibiliza
produtos originais da marca, a preços reduzi-
dos. Presente há duas décadas no mercado
português, a marca de moda está em plena
fase de crescimento. A aposta recai sobretudo
na internacionalização. No entanto, o mercado
nacional não está à margem da expansão que
a Throttleman protagoniza.
ESPAÇOS DE NEGÓCIOS
ESCRITÓRIOS EUROPEUS
COM CRESCIMENTO
MODESTO DE RENDAS,
DIZ A JONES LANG LASALLE
O crescimento das rendas no mercado de escritórios europeus é reduzido,
refere a Jones Lang LaSalle no European Office Clock do 4.º trimestre
2010
O
Office Rental Index da Jo-
nes Lang LaSalle a crescer
0,8% no trimestre e 5,4%
em termos homólogos, o
que é interpretado como um cresci-
mento modesto de rendas no merca-
do europeu de escritórios.
O European Office Clock da Jones
Lang LaSalle destaca ainda um cres-
cimento no mercado ocupacional ao
longo do trimestre, com a absorção a
crescer 20% quer na Europa Central
e de Leste (ECL) quer na Europa Oci-
dental. Contudo, o research apresen-
ta também uma perspectiva modera-
da para 2011, pois os riscos “macro”
continuam a existir. Adicionalmente,
a compressão dos yields e o cresci-
mento modesto das rendas contin-
uaram a influenciar positivamente o
valor dos imóveis, à medida que quer
a actividade do mercado quer a con-
fiança registaram melhorias.
A recuperação económica em toda
a região durante o 4º trimestre man-
teve o mesmo ritmo verificado no
trimestre anterior, contudo esta re-
toma continua a duas velocidades,
com a Alemanha e os Países Nórdi-
cos a apresentarem o crescimento
mais forte, em contraste com a Ir-
landa, Grécia, Portugal e Espanha,
que sentem crescentes dificuldades.
As rendas “prime” em toda a Eu-
ropa continuaram o seu ritmo mo-
derado de crescimento, com o Euro-
pean Office Index da Jones Lang
LaSalle a crescer 0,8% no trimestre,
o que compara com o crescimento
trimestral de 0,7% registado no 3.º
trimestre. Em termos homólogos, as
rendas de escritórios estão agora
5,4% acima de igual período do ano
passado, depois de quatro trimestres
consecutivos de crescimento. As ren-
das permaneceram estáveis em mais
de metade dos mercados contempla-
dos no Índex da Jones Lang LaSalle,
contudo verificaram-se algumas ex-
cepções notáveis. As rendas caíram
em Barcelona (menos 26%), Madrid
(menos 1,6%) e Edimburgo (menos
1,7%), tendo subido em sete outros
mercados. As subidas mais expressi-
vas ocorreram em Lyon (5,2%), Mi-
lão (4,0%) e Estocolmo (2,6%), bem
como nos mercados alemães de Ber-
lim, Dusseldorf e Munique. Em mui-
tos mercados, a forte diferença de
performance entre a procura de es-
paços prime e de qualidade superior
e espaços secundários deverá man-
ter-se, sendo esta uma tendência que
deverá persistir até que o crescimen-
to económico ganhe ritmo.
Em Lisboa, o comportamento das
rendas foi marcado pela estabilida-
de, com uma variação nula, quer em
termos trimestrais quer em termos
homólogos, cifrando-se os valores
prime em 228 euros/mês/ano. Esta é
a segunda renda mais baixa de entre
os países analisados, sendo apenas
superado por Estugarda, que regista
uma renda de 210 euros/mês/ano.
Os volumes de absorção na Euro-
pa dispararam neste último trimes-
tre do ano, com cerca de 3 milhões
de m2 transaccionados, num cresci-
mento de 20% face ao trimestre an-
terior e num nível trimestral inédito
desde 2007. A absorção foi impul-
sionada pelas melhorias quer na
Europa Ocidental quer na ECL, que
observaram crescimentos trimes-
trais de 20% cada. O take up anual
na Europa ascendeu a 10,7 milhões
de m2 em 2010, um terço mais do
que em 2009, com 17 dos 24 merca-
dos monitorizados pela Jones Lang
LaSalle neste índice a apresentarem
actividade acima dos níveis de 2009.
Este volume pan-europeu foi ainda
4% acima da média dos últimos 10
anos, um resultado que muito pou- ao longo dos seis meses anteriores. cimento dos fundamentais do mer-
cos esperariam no inicio do ano. Mas Na Europa Ocidental, este indicador cado, a confiança dos investidores
apesar dos volumes de arrendamen- caiu ligeiramente dos 10%, valor melhorou na última metade de
to estarem a melhorar, os ocupantes atingido no 3.º trimestre, para um 2010. O investimento directo em
mantêm a sua postura de cautela dígito (9,8%), mas na ECL, manteve- imobiliário terciário na região EMEA
com muitas operações a continua- se estável nos 14,4%. em 2010 totalizou os 102 mil mi-
rem a ser marcadas por estratégias A conclusão de nova oferta man- lhões de euros, num crescimento de
de consolidação e acções de arrenda- teve-se estável ao longo do trimestre, 45% face a 2009. No total, 15 dos
mento. Esta postura deverá manter- com cerca de 1,2 milhões de m2 de mercados registaram um crescimen-
-se à medida que persistirem os ris- novo stock a surgir no mercado, o to no valor dos imóveis ao longo do
cos relacionados com a recuperação que eleva para próximo dos 5 mi- trimestre, liderados por Milão, onde
económica. A austeridade fiscal pro- lhões de m2 o stock concluído em a valorização foi de 7,2%, impulsio-
mete minar a confiança quer de con- 2010. Este volume anual representa nada pela combinação de rendas em
sumidores quer de empresários e um decréscimo de 32% face a 2009 e crescimento e nova compressão de
tem o potencial de moderar a procu- as perspectivas para 2011 são de que yields. Contudo, quatro mercados
ra de espaços de escritórios ao longo se registe ainda uma maior redução. exibiram uma descida no valor dos
de 2011. O “pipeline” de promoção permane- imóveis: em Budapeste e Dublin essa
A absorção líquida foi positiva ce baixo e para os que procuram desvalorização deveu-se à mudança
pelo 6.º trimestre consecutivo, com o espaços de elevada qualidade, a pos- nas yields, enquanto que em Barce-
stock ocupado na região EMEA a sibilidade de escolha está a ficar lona e Edimburgo se baseou inte-
crescer cerca de 1,2 milhões de m2 limitada na maioria dos mercados. A gralmente na performance negativa
ao longo do trimestre, principalmen- oferta de espaços usados permanece das rendas. Com a esperada estabili-
te devido às boas performances de elevada em muitos mercados e está dade de yields em maior número de
Berlim, Londres, Paris e Moscovo. As agora disponível a preços mais redu- mercados, a valorização dos imóveis
únicas quedas no stock ocupado zidos. A decrescente disponibilidade a curto-prazo deverá ser motivada
ocorreram em Frankfurt e Haia, ten- de espaço prime continuará a impul- pelo comportamento das rendas e as
do ambos os mercados registado um sionar a estabilidade e crescimento melhores performances deverão
aumento nas taxas de disponibilida- de rendas na maioria dos mercados. ocorrer onde as perspectivas para os
de. A taxa de disponibilidade euro- Impulsionada pela alargada recu- mercados ocupacionais são mais po-
peia registou um ligeiro decréscimo peração económica na Alemanha e sitivas. Provavelmente nunca antes
de 10 pontos base para os 10,2% no em alguns mercados Nórdicos (par- de 2014 veremos os picos registados
trimestre, depois de ter estabilizado ticularmente a Suécia) e pelo fortale- em 2007.
 QUINTA-FEIRA
ESPAÇOS DE NEGÓCIOS 10 de Fevereiro de 2011 V

BROADWAY MALYAN CONCEBE CENTRO CTT DA MAIA BREVES

O grupo de arquitectura Broadway Malyan desenhou o centro opera-
cional dos CTT, na Maia. Eficiência é a palavra de ordem
O NOVO Centro Operacional de Cor- cluído pela Broadway Malyan em tamento de correspondência mas,
reio do Norte, na Maia — o mais re- Portugal —, é considerado um mo- também, um exemplo de sustentabi-
cente projecto arquitectónico con- delo de eficiência operacional no tra- lidade energética e ambiental. É o
maior investimento já realizado pe-
los CTT em infra-estruturas, com
um valor superior a 10 milhões de
euros.
Segundo a arquitecta Margarida
Caldeira, responsável pelo escritó-
rio da Broadway Malyan em Portu-
gal e pelo desenvolvimento de pro-
jectos na América Latina, “na con-
cepção do edifício partiu-se de uma
lógica de sustentabilidade, tendo
sido debatidas e implementadas di-
versas medidas e soluções técnicas
que contribuem para a redução dos
consumos e para a minimização do
impacto ambiental da própria cons-
trução”.
Com uma vocação maioritaria-
mente industrial, o edifício foi pen-
sado com base num organigrama
funcional complexo que relaciona e
localiza os diferentes departamen-
tos que o compõem, visando a má-
xima eficiência operacional no
tratamento da correspondência. Ca-
racteriza-se por uma imagem con-
temporânea e uma linguagem ac-
tual, adaptadas à imagem e identi-
dade dos CTT.
A cobertura da nave operacional
do edifício está estudada e calcula-
da para poder vir a integrar mantas
fotovoltaicas, que poderão ocupar
uma área de cerca de 12 mil m2 da
cobertura, capaz de fornecer uma
parte significativa da energia eléc-
trica que o edifício consome. O es-
paço envolvente foi também alvo de
projecto de arquitectura paisagista
da Broadway Malyan, ocupado por
zonas ajardinadas que preservaram
parte da mata e orla associadas ao
coberto arbóreo existente, tendo
como princípio a criação de espaços
exteriores de distinção onde se
cumpram objectivos de ordem esté-
tica, funcional e ecológica.
Grupo Invictus factura 90 milhões
O grupo Invictus, que actua como revende-
dor no mercado imobiliário, atingiu em
2010 uma facturação de 90 milhões de
euros, o que representa um crescimento de
80% relativamente ao ano anterior. A
procura directa por parte do cliente final
tem aumentado significativamente, tendo
em conta o conceito inovador aplicado pelo
grupo. O posicionamento recai na compra
de um número considerável de fracções em
empreendimentos novos, prontos a habitar.
O desconto de quantidade reverte também
em prol do cliente final, podendo atingir os
20%. Actualmente, o grupo efectua cerca
de 90% dos negócios com a banca e apenas
10% resultam de parcerias com promotores
imobiliários. A tendência tem vindo a acen-
tuar-se desde 2008, ano em que o peso da
banca representava pouco mais de 10% dos
negócios do grupo. “Em 2011, o grupo
Invictus pretende aumentar a quantidade
de activos para revenda, pelo que estamos
continuamente a avançar com novos investi-
mentos. Está ainda prevista a entrada em
novos segmentos do mercado imobiliário.
Acreditamos que o nosso modelo de negó-
cio pode ser aplicado a outras áreas dentro
do sector”, revela, em nota, Pedro Paredes,
CEO da empresa.
Estudio de Comunicación no México
O Estudio de Comunicación, grupo multina-

ENTREPOSTO I ATINGE OCUPAÇÃO MÁXIMA cional de comunicação empresarial e insti-

tucional que opera em Portugal desde

Com o edifício Entreposto I totalmente ocupado, o promotor vai avançar

com as obras no Entreposto II
O EDIFÍCIO Entreposto I atingiu a
taxa máxima de ocupação, com cerca
de 23 inquilinos de diversos sectores
de actividade, bem como concessões
e marcas de automóveis a ocuparem
o maior centro de escritórios da zona
oriental de Lisboa, no qual traba-
lham cerca de duas mil pessoas nu-
ma área total de 60 mil m2.
A construção única e de qualidade
do edifício, bem como a sua central-
idade, com acessos privilegiados às
principais vias rodoviárias de Lisboa
e à futura estação de metro, fazem
do edifício Entreposto um espaço
dotado de características únicas, ca-
pazes de responder às mais variadas
exigências empresariais.
Entre os vários sectores de activi-
dades, destaca-se o miolo de merca-
do de “call centers” devido ao bom
pé direito e poucos pilares do edifí-
cio.
Ao longo de 2011 terão início as
obras do Edifício Entreposto II, que
será contíguo ao actual na zona
norte, mais concretamente na
Avenida Dr. Francisco Luís Gomes.
Com cerca de 4.800 m2, este edifício
terá uma capacidade de estaciona-
mento para 350 veículos, uma gale-
ria comercial e segurança por 24
horas.
De destacar que o Edifício da Pra- poucos pilares por piso). Com a com- 2002. Actualmente é um dos 2004, chegou a acordo com a AB Com -
ça José Queirós – Entreposto I foi ad- pra pelo Grupo Entreposto, e com a maiores centros de escritórios da empresa de referência no mercado mexi-
quirido pelo Grupo Entreposto em realização da EXPO 98 e a profunda cidade e um dos factores que dotou cano da comunicação empresarial e
1992. O edifício fora construído en- reabilitação urbana que lhe estaria o Grupo Entreposto, nomeadamente relações públicas - para a constituição de
tre os anos de 1965 e 1968 para uma associada na zona oriental de Lisboa, a Entreposto Gestão Imobiliária uma nova empresa, que passará a denomi-
central de camionagem (daí o facto o edifício Entreposto foi alvo de uma (EGI) de um apreciável Know-how na nar-se AB Estudio de Comunicación.
de haver uma rampa central e extensa intervenção entre 2001 e área dos escritórios.
JLL apresentou livro
O livro “O Novo Paradigma do Investimento
Imobilirio”, da autoria de Carlos Moedas e
de Amaro Laia, foi apresentado pela Jones

RETALHO Lang LaSalle, patrocinadora da obra, aos

seus clientes e colaboradores. A obra, que
tem prefácio de João Duque, presidente do
ISEG, faz uma análise do novo paradigma
vigente no sector imobiliário, de acordo com

Edifícios concluídos T4 2010 o qual esta indústria passou do simples

“tijolo e argamassa” para um activo finan-
ceiro gerido de forma semelhante a uma
acção ou obrigação.

Vivafit abriu em Lepe, Huelva

A SUPERFÍCIE ocupada em Portugal por conjuntos comerciais é actualmente
de 3,46 milhões de m2, incluindo os espaços em centros comerciais, retail
parks e outros formatos como outlets, centros de lazer e hipermercados com
galeria comercial.
Nos últimos 5 anos foram inaugurados em média 270 mil m2 por ano de
área bruta locável (ABL) de conjuntos comerciais, sendo que em 2010 foram
inaugurados apenas 54 mil m2. Este volume representa uma descida de
mais de 80% comparativamente com 2009.
A área inaugurada em 2010 corresponde a dois únicos conjuntos comer-
ciais: o Leiria Shopping, que resultou da expansão da galeria comercial do
hipermercado Continente, com uma área adicional de 19.500 m2; e o
Barreiro Retail Planet, com 35.000 m2 de ABL inaugurado em Novembro e
que aposta na agregação de um centro comercial e de um retail park no
mesmo complexo.
Refira-se ainda que as expectativas para 2011 apontam para um aumento
da área nova em conjuntos comerciais, com a abertura prevista de um total
de 183.000 m2 de ABL, ainda assim abaixo dos valores dos últimos 10 anos.
Fonte: CB Richard Ellis. ABL: Área Bruta Locável
A Vivafit, uma das maiores redes de giná-
sios em Portugal, abriu um espaço na locali-
dade de Lepe, junto a Huelva, o terceiro com
a insígnia portuguesa no país vizinho.
Depois de Madrid e Badajoz, ambas
unidades próprias, o ginásio de Lepe é o
primeiro franchisado da Vivafit em Espanha,
país onde a PME nacional espera abrir mais
pontos em 2011. A Vivafit prossegue a sua
internacionalização prevendo abrir na Índia
no proximo dia 14 de Fevereiro e Singapura
em Abril, “espreitando” a possibilidade de
entrar no Brasil. Com mais de 100 ginásios
em Portugal, a VivaFit abriu só em 2010
dez insígnias correspondendo a mais de
3.000 sócias, quando no total a empresa já
ultrapassou as mais de 40.000 clientes.
 QUINTA-FEIRA
VI 10 de Fevereiro de 2011
A WORX É A PRIMEIRA
EMPRESA DO SECTOR
A SER REGULADA PELO RICS
A consultora Worx, liderada por Pedro Rutkowski, é a primeira consultora nacional a ser regulada
pelo RICS, o que constitui um “selo de garantia” a nível dos melhores standards internacionais.
Também a Invescon, uma empresa integrada na consultora e especializada na reabilitação, é a
primeira companhia de “project management” com “selo” RICS. A consultora está a crescer exter-
namente e, depois de Angola, está a estudar a entrada em outros mercados internacionais.
C
om uma presença muito forte
nos escritórios, investimento,
montagem de parcerias e em
áreas como as avaliações e o
research, a consultora Worx, associa-
da da multinacional Knight Frank,
fechou 2010 cimentando a sua posi-
ção como uma das principais consul-
toras do mercado. Nos escritórios co-
locou 25% dos espaços do ano, au-
mentou a quota e Pedro Rutkowski, o
director geral da empresa, espera
manter o ritmo para este ano.
O gestor confirma que, apesar da
actual situação, Portugal não sofreu
uma bolha imobiliária como Espanha
e, como em qualquer crise, apresenta
oportunidades muitos interessantes
para os “players”. Defende os fundos
de investimento nacionais e diz que
estes têm capacidade para valoriza-
rem os activos, colocando-os no mer-
cado no momento adequado.
Quais os valores de imobiliário, nos
vários segmentos, que colocaram em
2010?
Em escritórios a Worx tem mais de
25% do mercado, tendo em conta que
o take-up de 2010 atingiu os 105 mil
m2.
O que os diferencia da concorrência?
Essencialmente o nosso “aproach”,
que é muito pró-activo. Esta é, e con-
tinuará a ser, a nossa filosofia. Por ou-
tro lado, a nossa estrutura, que prima
pela qualidade e não pela quantidade,
é relativamente reduzida, mas, repi-
to, permite-nos ser muito mais pró-
activos.
E em outras áreas?
Na parte de avaliações estamos entre
as consultoras mais activas. Este de-
partamento avaliou cerca de quatro
milhões de m2, o que significou va-
lores da ordem dos 5,8 mil milhões de
euros.
A título de exemplo concretizámos
a avaliação do Edifício sede da CGD e
ESPAÇO DE NEGÓCIOS
mais recentemente fizemo-lo tam-
bém para as Regiões Autónomas dos
Açores e da Madeira. Aqui fizemos a
avaliação do património em consór-
cio com o BES e com a Vieira de Al-
meida, num total de 7.500 activos,
desde hospitais e edifícios ministe-
riais até os portos. Ainda a nível de
avaliações, somos lideres nos fundos
de pensões, para além de termos de-
senvolvido muitas avaliações para
múltiplas entidades internacionais.
Somos a primeira empresa a ser
regulada pelo RICS, o que é um “selo
de garantia” pelos melhores stan-
dards internacionais. Este estatuto foi
conferido em Dezembro. Também
uma sociedade que é participada pela
Worx e que actua na reabilitação, a
Na parte de avaliações
estamos entre as consul-
toras mais activas. Este
departamento avaliou
cerca de quatro milhões de
m2, o que significou val-
ores da ordem dos 5,8 mil
milhões de euros
Invescon, também passou a ser regu-
lada pelo RICS, o que significa que se
trata da primeira sociedade RICS em
“project management”. Este “selo”
reflecte as capacidades que temos
dentro do nosso escritório. pois fomos a primeira empresa em estudo, um facto que constitui uma cionamos com duas áreas completa-
Portugal a ter um departamento de mais-valia relevante e que vai muito mente diferentes: consultoria e ava-
E outras áreas não transaccionáveis? research no escritório, inicialmente para além da nossa opinião, a qual liações e a área de mediação. Tivemos
Em arquitectura estamos igualmente como Knight Frank e depois como tem, obviamente, de trabalhar sobre um crescimento fortíssimo na área de
muito fortes, e reforçámos recente- Worx. Devo frisar que nesta área o os números que existem no mercado. consultoria e avaliações, para além de
mente a equipa. Temos vindo a desen- mercado estava a desenvolver estudos uma quota relevante na área de co-
volver muitos projectos e com bons muito idênticos e considerámos que Ainda em 2010, o que correu melhor mercial, retalho e agência.
resultados. poderíamos dar um outro enquadra- no vosso negócio, as áreas transac-
Também o departamento de re- mento/contributo. Nesse sentido, con- cionáveis ou as não transaccionáveis? Entretanto em 2011, o que é expectá-
search é uma área onde apostamos vidámos algumas personalidades O ano passado manteve-se forte nas vel acontecer nos escritórios?
forte. Fomos inovadores e criativos, para pertencerem ao nosso painel de transaccionáveis. Devo frisar que fun- Teremos um ano peculiar. Já consegui

surpreender-me relativamente a
2010, pois nunca pensei que fosse um
ano tão positivo para nós, pois au-
mentámos a nossa quota. Para este
ano a expectativa é manter esta posi-
ção no mercado. Independentemente
desse objectivo, acredito que seja um
ano difícil pelo facto de as empresas
estarem em transição mas, friso, con-
tinua a haver espaço para algum cres-
cimento, quer seja com escritórios
novos ou com escritórios com maior
capacidade versus custos.
Dentro dos escritórios, o que é que
será relevante em 2011 para os ocu-
pantes? Os custos e/ou a localização?
Essencialmente serão os custos, em-
bora se possa englobar também a lo-
calização. O importante é ser um
apoio para as empresas. Temos de
tentar saber os que as companhias
precisam, tentar colocarmo-nos no
lugar dos gestores e gerir de forma a
beneficiar ao máximo as empresas
que estão a mudar de escritório. Terá
de ser uma atitude que faz sentido e
que vai significar uma poupança, a
par de uma melhoria de condições.
Que tipo de clientes tem a Worx em
termos de origem e que perspectivas
tem de movimentos destes clientes
para o corrente ano?
Em termos nacionais e externos e no
negócio deste ano, a nossa expectati-
va é que as mudanças deverão correr
com os clientes estrangeiros com
maiores áreas. Os ocupantes nacio-
nais que procurem novos espaços de-
verão envolver áreas relativamente
pequenas.
Há empresas estrangeiras novas a en-
trar em Portugal?
Efectivamente há novos clientes ex-
ESPAÇO DE NEGÓCIOS
ternos, contrariamente àquilo que se
faz constar entre as pessoas. Estas
companhias estão a descobrir novas
oportunidades e bons negócios. Não
posso falar muito da parte de investi-
mento/compras de activos, mas posso
falar de posicionamento no mercado
português. Falo de novos clientes que
estão à procura de oportunidades.
E a nível de investimento?
É uma situação diferente. Temos de
ser mais competitivos. Actualmente,
Portugal não é um destino interna-
cional de investimento. E temos obri-
gatoriamente de contrariar esta ten-
dência.
Na prática, o que é que isso significa
em termos de “yield” para escritórios
“prime”?
O “yield” não tem a ver apenas com o
factor risco, mas tem muito a ver com
o factor arrendamento e as qualida-
des do activo e do arrendatário. Aqui-
lo que posso dizer é que, nas condi-
ções actuais, um “yield” de 7% (para
os escritórios “prime”) é considerado
pouco competitivo. E isso porque ha-
verá outros investimento em outras
capitais europeias com maior capaci-
dade de valorização, o que faz com
que os fundos estrangeiro desta in-
dústria estejam a investir mais em Es-
panha do que cá. O pensamento deles
é que a retoma em Espanha será mui-
to mais acelerada do que a nossa.
Neste cenário, qual o comportamento
dos fundos de investimento portu-
gueses?
Estão receptivos, independentemente
de alguns deles estarem a sofrer algu-
ma desvalorização. Acrescento que a
rendibilidade de um FI não pode ser
vista anualmente, tem de ser analisa-
da num período que pode ir aos sete
ou oito anos.
É verdade, ou não, que boa parte dos
FI I portugueses têm parte dos activos
no mercado, com receio de necessita-
rem e liquidez imediata para even-
tuais resgates?
Não tenho notado isso. Os fundos têm
os seus activos, que vendem e com-
pram embora, claro, o mercado esteja
actualmente mais vendedor. Há uma
situação relevante nesta conjuntura:
os fundos portugueses não estão a
vender a qualquer preço. Claro que se
houver uma oportunidade poderão
vender mas não irão assumir menos-
-valias nas transacções. Considero,
aliás, que os FII têm perfeita capaci-
dade para aguentar os activos e valo-
rizá-los, colocando-os no mercado no
momento adequado.
Que antecipação faz do desenvolvi-
mento para este ano da área indus-
trial e logística?
É uma área em reajustamento. Foi o
primeiro sector a ressentir-se da crise
e, neste momento, é um mercado
pouco dinâmico, mas que tem vindo a
reajustar-se.
Que zonas estão a preferir os estran-
geiros?
Os pedidos que temos é para as zonas
de logística existentes, caso da Azam-
buja, Alverca, Montijo ou Alcochete.
Uma área em crescimento está ligada
às obras. Qual a importância da área
de “fit-out”?
A nossa estratégia passa por acompa-
nhar o cliente desde o início. Começá-
mos por ter arquitectura com entida-
des do exterior, até que pelo posicio-
namento que queríamos assumir con-
10 de Fevereiro de 2011
siderámos ser uma mais-valia para os
nossos clientes ter o departamento in-
terno. O objectivo era ter um único
interlocutor na Worx. Considero que
esta mais-valia resultou muito bem e
um dos exemplos foi a sede da Gene-
ralli, onde fizemos a reabilitação glo-
bal do edifício, ou ainda o caso dos es-
critórios da KPMG. O ponto forte des-
te trabalho passa por descobrir as ten-
dências arquitectónicas, ou os novos
métodos de utilização de espaço, ou
como rentabilizar o espaço possível.
Friso que não pretendemos fazer
obras, mas temos as empresas que
nos dão confiança para os trabalhos
nesta área. A Invescon tem um papel
fundamental nesta vertente.
Com está a funcionar a Invescon?
A empresa está no universo da Worx.
A ideia inicial foi ir buscar uma enti-
dade que nos complementasse num
serviço que não tínhamos, ligado à
construção e engenharia. Através da
Invescon expandimos para Angola. A
Worx Angola tem no país, oito cola-
boradores e está a fazer muito traba-
lho em termos de avaliações, “project
management”, investimento e arren-
damentos comerciais.
Como tem funcionado a reabilitação
urbana em Lisboa?
Considero que começa a haver condi-
ções para se desenvolver a verdadeira
reabilitação e dentro deste conceito
temos de saber o que é reabilitar um
edifício e o que é reabilitar uma zona.
Temos uma área no escritório dedica-
da ao urbanismo e estamos a organi-
zar um projecto para arrancar no iní-
cio de 2011.
Está a falar de um projecto Worx liga-
do a reabilitação?
QUINTA-FEIRA
VII
Ainda não queremos dar pormenores,
porque estamos ainda na fase de estu-
dos. Posso dizer que a área da reabili-
tação residencial é um mercado com
grande potencial e que gera oportuni-
dades para promotores, construtores
e consultores. Iremos juntar entida-
des porque acreditamos que deve ha-
ver uma participação activa de em-
presas e entidades públicas.
Voltando a Angola, estão focados ape-
nas em Luanda?
Não. Estamos posicionados com sede
em Luanda mas trabalhamos em todo
Fiquei supreendido relati-
vamente a 2010, pois
nunca pensei que fosse um
ano tão positivo para nós,
já que aumentámos a
nossa quota. Para este ano,
a expectativa é manter
esta posição no mercado
o país. Aliás, já fizemos avaliações em
várias cidades do país, com destaque
para Lobito e Benguela.
E fora de Angola, que outras países
estão vosso radar?
Estamos a aprofundar o potencial de
outros países, incluindo África, onde,
aliás, já fizemos trabalho. Sem adian-
tar muito posso dizer que já temos
uma estrutura num outro mercado e
que será divulgado brevemente. No
futuro imediato queremos ter outra
dimensão e apostar mais profunda-
mente neste e noutros países.
PUB
 QUINTA-FEIRA
VIII 10 de Fevereiro de 2011 ESPAÇOS DE NEGÓCIOS

Coluna CB RICHARD ELLIS VENDE

Legal EDIFÍCIO LEONEL NA R. DO CARMO
MIGUEL MARQUES A gestora Norfin é a nova proprietária do emblemático edifício
DOS SANTOS Leonel, na Baixa de Lisboa
ADVOGADO - SÓCIO DA GARRIGUES
RESPONSÁVEL PELO DEPARTAMENTO DE

A
CB Richard Ellis intermediou a vel particularmente indicado para uma fundos de investimento imobiliário, à ges-
IMOBILIÁRIO E URBANISMO DA venda da totalidade da compo- operação de Short-stay Apartments de alto tão dos activos nas suas vertentes técnica,
GARRIGUES PORTUGAL nente residencial do Edifício nível e uma operação de investimento comercial e financeira, e à gestão dos pró-
Leonel à Norfin – Sociedade Ges- com grande potencial”. prios imóveis. Como investidores nos seus
tora de Fundos de Investimento Imobiliá-
rio.
Trata-se de um edifício histórico situado

Quereremos na Rua do Carmo, uma das mais impor-

tantes ruas comerciais da baixa lisboeta,
integralmente recuperado pela Imopólis
após o incêndio do Chiado, outra socie-

perpetuar os dade gestora de fundos imobiliários, e cujo

projecto é da autoria do conceituado ar-
quitecto Álvaro Siza Vieira. A CB Richard

arrendamentos
Ellis actuou em nome da Imopólis nesta
transacção, que foi concluída no final de
Dezembro.
O Edifício Leonel apresenta excepcio-

antigos? nais acabamentos, um rigoroso traço e ele-

vados padrões estéticos, características
afirmadas de Siza Vieira. Tem uma ABC
total de cerca de 1.500 m2, distribuída por
cinco andares e 10 fracções habitacionais
do tipo T1 e T2, com áreas que variam
entre os 95 e os 133 m2.

É
hoje claro que o Novo Regime do Arrendamento Urbano
(“NRAU”), de 2006, não cumpriu o seu desígnio reformador,
nem foi capaz de reanimar o mercado do arrendamento.
Como já aqui dissemos por mais do que uma vez, o NRAU, ape-
sar de conter um regime equilibrado e eficiente relativamente
aos “contratos novos”, foi um flop relativamente aos “contratos
antigos” (contratos habitacionais celebrados antes de 1990 e
contratos não habitacionais celebrados antes de 1995), os quais
representam mais de metade dos contratos de arrendamento
urbano actualmente em vigor.
Sendo várias as causas geralmente apontadas para o fracasso
do NRAU (relativamente aos “contratos antigos”), parece hoje
evidente que a decisão de não intervir no regime de transmissão
por morte dos contratos de arrendamento foi certamente uma
delas.
Existe um consenso generalizado de que a dinamização do
mercado de arrendamento (e, consequentemente, da reabilita-
ção urbana) passa, muito decisivamente, pelo fim dos “contrato
antigos”, sendo certo que, a par de outras soluções, a restrição
dos casos de transmissão por morte dos contratos de arrenda-
mento poderia contribuir decisivamente para esse objectivo –
esta medida, embora não tivesse efeitos imediatos, seria sem
dúvida uma forma de, a prazo, com um reduzidíssimo custo
social, ir pondo termo aos “contratos antigos”. Refira-se que
este caminho foi seguido, com sucesso, noutros ordenamentos
jurídicos (como o espanhol).
Infelizmente, o anterior Governo Sócrates (legislador do
NRAU), seja por preconceito ideológico, seja por pensar que o
imperativo constitucional do direito à habitação deve ser garan-
tido pelos senhorios e não pelo Estado, seja por temer o impacto
público deste tipo de decisões, optou por desperdiçar esta opor-
tunidade, mantendo (e até piorando) um regime de transmissão
por morte dos contratos de arrendamento que, para além de
datado e obsoleto, está em contraciclo com o que se faz nos nos-
sos vizinhos europeus. Mais uma vez, questões de natureza
ideológica ou de táctica politica contribuíram decisivamente
para perpetuar o ciclo negativo dos mercados do arrendamento
e da reabilitação urbana.
Mas o actual Governo, a propósito das suas 50 mediáticas me-
didas para a competitividade e o emprego (onde incluiu princí-
pios genéricos sobre a promoção dos mercados do arrendamen-
to e da reabilitação urbana), tem agora uma boa oportunidade
para arrepiar caminho. Serão necessárias medidas concretas,
em lugar de posições de princípio, e sabemos que o Governo
foge das primeiras como o diabo da cruz. Mas o tempo que vive-
mos não está para filosofias, estando mais para acções concre-
tas, e a força das circunstâncias certamente levará o Governo a
ter consciência disso.
A restrição do regime da transmissão por morte do contrato
de arrendamento (a par das necessárias medidas relativas ao
regime da prorrogação forçada, ao regime da actualização das
rendas e ao regime do despejo) não poderá deixar de ser equa-
cionada no âmbito das 50 medidas em causa. O seu impacto será
lento, mas determinante para o sucesso, a prazo, da revitaliza-
ção dos mercados do arrendamento e da reabilitação urbana. E
a cereja em cima do bolo é que nem sequer é uma medida cujos
impactos sociais negativos sejam significativos. A ver vamos.
Ricardo Valente, da Imopólis, realça a
importância deste edifício “que suporta o
passadiço de acesso entre o Largo do Car-
mo e o elevador de Santa Justa e é a segun-
da grande intervenção da Imopólis na
reabilitação da zona do Chiado, na sequên-
cia da promoção dos ‘Terraços de Bragan-
ça’ entre as ruas do Alecrim e António Ma-
ria Cardoso, também da autoria do arqui-
tecto Siza Vieira“.
Acessível através da Rua do Carmo e do
largo do convento com o mesmo nome, a
traça, localização e integração do Edifício
Leonel, frente ao Elevador de Santa Justa,
tornam-no numa peça chave para a carac-
terização de uma das ruas mais típicas do
Chiado.
Francisco Sottomayor, director do de-
partamento de Promoção da CB Richard
Ellis, refere que “a localização privilegiada
do edifício, os excepcionais acabamentos e
a assinatura de um dos mais importantes
arquitectos portugueses tornam este imó-
B. PRIME PARTICIPA NO LISBON PRIME INDEX
O índice imobiliário LPI convidou a consultora B. Prime a inte-
grar o conjunto de operadores que actuam nesta indústria
DEVIDO À relevância que a actividade da
B. Prime assumiu durante o ano de 2010,
esta empresa foi convidada a ingressar
neste índice imobiliário que conta com a
participação das principais consultoras
imobiliárias que operam no mercado na-
cional.
O LPI é o único Índice imobiliário que
apresenta mensalmente os valores de ar-
rendamento (m2/mês) reais do mercado
de escritórios de Lisboa, cujo rigor é ga-
rantido pelos próprios agentes envolvi-
dos. O LPI tem como objectivo registar as
transacções de arrendamento ou compra,
que representem uma mudança ou novo
ocupante do espaço de escritórios na ci-
dade de Lisboa e periferia, nomeadamen-
te do Concelho de Oeiras, Cascais e Sin-
tra.
O LPI faculta ainda outros valores, no-
meadamente a prime rent (renda mais
elevada passível de ser obtida no merca-
do) e volumes de absorção por zonas, in-
A Imopólis - Sociedade Gestora de Fun-
dos de Investimento Imobiliário, é uma
empresa com 14 anos de experiência que
se dedica à administração, gestão e repre-
sentação de Fundos de Investimento Imo-
biliário, com actuação exclusiva no mer-
cado português. Foi constituída em
Outubro de 1983 e entra no mercado
imobiliário com a chancela do Grupo
Mello. Desde essa altura que vai acumu-
lando know how e envolvendo-se com os
principais players do mercado imobiliá-
rio, tanto a nível nacional como interna-
cional. Recentemente, a sociedade foi
adquirida por um Fundo Imobiliário
Europeu, gerido pela JP Morgan, e desde
essa data que é a porta de entrada deste
grupo no mercado português.
A Norfin dedica-se à administração de
cluindo as transacções de arrendamento
e compra. Todos os negócios reportados
pelas consultoras associadas têm por base
uma única definição de zonas de serviços
de Lisboa. Esta ferramenta de informação
é por isso uma fonte fidedigna que con-
fere uma maior transparência ao merca-
do e que apoia os inúmeros estudos de
research desenvolvidos pelas consultoras.
António Gil Machado, gestor do LPI
considera que “o rigor do Lisbon Prime
Index é garantido pelos próprios agentes
que cumprem critérios muito rigorosos
que lhes são impostos e que tornaram
este índice uma fonte de informação fun-
damental para o sector”. O mesmo res-
ponsável considera que “a reputação pro-
fissional dos sócios da B. Prime justifica o
convite feito a esta jovem consultora para
fazer parte do LPI”.
A B. Prime que actualmente comercia-
liza cerca de 30 mil m2 de escritórios tem
apostado em transaccionar imóveis ou
fundos, a Norfin conta com as principais
sociedades gestoras de fundos de pensões
da Península Ibérica, as prncipais segu-
radoras, fundações de relevo, institutos
públicos e investidores particulares quali-
ficados “family offices”. A empresa dedi-
ca-se agora na forte aposta no investimen-
to imobiliário no mercado espanhol, enfo-
cando a sua actividade nas principais
cidades da Península Ibérica. O seu Fundo
de Investimento Imobiliário Fechado to-
talmente dedicado ao segmento escritó-
rios – Vision Escritórios, foi classificado
pelo International Property Databank com
a segunda maior rentabilidade nos últi-
mos três anos e premiada em 2007 com o
Europroperties Investments Awards, co-
mo melhor Fundo de Investimento Espe-
cializado.
portfólios prime, em diferentes zonas da
cidade de Lisboa. Na Zona 2 destaca-se o 5
de Outubro, 202 e na Zona 4 destacam-se
os Terraços de Bragança, o Chiado 12 e o
Serpa Pinto. Na zona 5 tem em portfólio
o Espace & Explorer que ganhou recente-
mente o prémio SIL para melhor projecto
de escritórios do ano, e a Torre Zen. Na
Zona 6, a B. Prime comercializa dois dos
edifícios da Quinta da Fonte e o Duo Mi-
raflores Premium, este último promovi-
do pela Geril.
O Lisbon Prime Index é o sistema de
informação de referência para o mercado
de escritórios de Lisboa, participando na
qualidade de membros os consultores
imobiliários Abacus, Aguirre Newman, B.
Prime, CB Richard Ellis, Colliers P&I,
Cushman & Wakefield, GVA Consultimo,
Jones LangLaSalle, Silfiducia e Worx.
Contribuem ainda para o LPI diversos
proprietários de referência do mercado
imobiliário de Lisboa.

oje.sapo.cv Editado por: Mafalda Simões Monteiro mmonteiro@oje.pt
Telecom
Mercado mundial
de telemóveis cresce
18,5% em 2010
ANÁLISE king mundial de vendas de telemó-
veis, no entanto o volume global de
NO ÚLTIMO trimestre de 2010, ven- vendas recuou 2,4% no último tri-
deram-se 401,4 milhões de telemó- mestre de 2010, em relação ao tri-
veis, mais 17,9% do que os 340,5 mi- mestre homólogo. As vendas de
lhões no trimestre homólogo, revela smartphones da marca subiram 38%
a IDC. Na totalidade do ano os fabri- no mesmo período.
cantes venderam 1,39 mil milhões A Samsung, o segundo maior fa-
de unidades, mais 18,5% do que no bricante, vendeu 80,7 milhões de
ano anterior (1,17 mil milhões). De unidades do trimestre, devido ao
assinalar que em 2009, o mercado aumento das vendas da gama Galaxy
mundial de telemóveis se tinha re- S, smartphones com o sistema opera-
traído 1,6%. “Uma economia mais tivo Android.
forte e uma maior gama de smart-
phones a preços acessíveis, contri- VENDAS MUNDIAIS telemóveis
buiu para o mercado a apresentar a
maior taxa de crescimento desde Fabricante 2010 2009
Nokia 453,0 431,8
2006, quando cresceu 22,6%, explica
Samsung 280,2 227,2
um comunicado da IDC.
LG Electronics 116,7 117,9
Segundo os analistas, os smartpho-
ZTE 51,8 26,7
nes vão contribuir para o crescimen-
Research In Motion 48,8 34,5
to do mercado global de telemóveis Outros 437,7 333,5
até 2014. Este ano, o segmento de Total 1388,2 1171,6
smartphones vai crescer 43,7%, pre- Unidade: milhões de unidades Fonte: IDC
vê Kevin Restivo, analista da IDC.
A Nokia continua a liderar o ran-
THE DAILY: O primeiro jornal para o iPad já foi lançado
O The Daily é o primeiro jornal criado de raíz para o iPad, da Apple. Rupert Murdoch,
chairman e CEO da News Corporation, apresentou a publicação que integra texto, vídeo
ou interactividade. O jornal custa 0.99 dólares por semana ou 39,99 por ano. Foto DR
Uzo tem novo tarifário Google mostra arte em
e telemóvel dual sim detalhe com Art Project
LOW COST clientes podem não recarregar o car-
tão e falar a 17 cêntimos/minuto.
A UZO, operador low cost da Portu- Associado ao tarifário, a Uzo
gal Telecom (PT), anunciou novos lançou um novo telemóvel dual SIM,
preços. “É um tarifário económico o AEG X70, com entrada para dois
desde o primeiro minuto”, explicou cartões, um deles não bloqueado. O
ao OJE fonte da PT. Permite falar a oi- telemóvel permite o acesso à In-
to cêntimos por minuto para todas ternet, tem rádio FM e leitor de MP3.
as redes fixas e móveis nacionais Não é o primeiro tarifário econó-
sem carregamentos obrigatórios, a mico a surgir este ano. Em Janeiro, a
qualquer hora do dia. O carregamen- TMN lançou o tarifário a preços re-
to de, no mínimo, 15 euros é válido duzidos “e” e a Optimus o Tarifário
durante 30 dias consecutivos. Os Livre com chamadas a 9 cêntimos.
NEGÓCIOS
Var. %
4,9%
23,3%
-1,0%
94,0%
41,4%
31,2%
18,5%
A Nokia continua a liderar as vendas, apesar da perda de quota no trimestre
Start Up Cardmobili é
finalista em Barcelona
INOVAÇÃO
A START UP portuguesa Cardmobili,
criadora do serviço móvel com o
mesmo nome, integra a lista dos fi-
nalistas dos Mobile Premier Awards,
uma competição internacional de re-
ferência para a inovação e criativi-
dade no âmbito das aplicações mó-
veis, anunciou a empresa.
O serviço Cardmobili permite reu-
nir e fazer a gestão, num smartpho-
ne ou no PC online, da informação
de mais de 1500 cartões de fidelidade
e de pontos disponíveis, evitando an-
dar com a carteira cheia de cartões.
A prazo, esperam os responsáveis
MUSEUS
O GOOGLE firmou uma parceria
com 17 dos museus de arte mais im-
portantes do mundo que permite a
qualquer um observar, em alta reso-
lução, mais de 1000 obras de quase
500 artistas e ver o mais ínfimo deta-
lhe de 17 obras digitalizadas com su-
per-resolução. Ao longo de ano e
meio o Google trabalhou com aque-
les museus, distribuídos por 11 cida-
des e nove países, incluindo o Natio-
10 de Fevereiro de 2011
Foto DR
da empresa, “esta aplicação poderá
acabar com a emissão de cartões de
plástico ou em papel”.
O serviço foi seleccionado no âm-
bito do Mobile Europe 2.0 para inte-
grar a lista dos 20 finalistas dos Mo-
bile Premier Awards. Os resultados
serão conhecidos no dia 14 de Feve-
reiro num evento paralelo ao World
Mobile Congress que se realiza de 14
a 17 de Fevereiro em Barcelona.
O Cardmobili já está disponível em
Portugal, EUA, Canadá e em vários
países europeus, para as plataformas
Windows Mobile, Windows Phone 7,
Android, iPhone, Blackberry, Sym-
bian, Java e Vodafone 360.
nal Gallery de Londres, o MoMA de
Nova Iorque, o Hermitage de São Pe-
tersburgo ou o Museu Van Gogh em
Amesterdão. Entre as obras dispo-
níveis, encontra-se a Noite Estrelada
de Vicent van Gogh (MoMa), ou o Re-
gresso do filho pródigo de Rem-
brandt (Hermitage), São Petersburgo.
Os utilizadores podem visitar vir-
tualmente as galerias dos museus - e
até vê-los por fora -, através do recur-
so à tecnologia 360º do Street View
em http://googleartproject.com.
QUINTA-FEIRA
9
Dados em tablets
aumenta 205
vezes até 2015
TRÁFEGO MÓVEL
O TRÁFEGO de dados móveis vai au-
mentar 26 vezes entre 2010 e 2015,
atingindo neste ano os 6,3 exabytes
por mês, ou 75 exabytes por ano - o e-
quivalente a 19 mil milhões de DVD
-, prevê a Cisco. A propagação de dis-
positivos móveis com acesso à Inter-
net, como os tablet PC ou os smart-
phones, e dos conteúdos móveis
compatíveis, em particular vídeos,
serão os principais responsáveis pelo
aumento do mercado.
A maior taxa de crescimento do
tráfego móvel registar-se-á nos tablet
PC, como o iPad, que aumentará 205
vezes, refere o estudo Cisco Visual
Networking Index.
Globalmente, durante o período
em análise, o tráfego apresenta uma
taxa de crescimento composta anual
de 92%, avança a Cisco. O vídeo mó-
vel representará 66% de todo o trá-
fego móvel de dados em 2015, um
crescimento de 35 vezes no período.
O estudo da Cisco prevê ainda que
em 2015, mais de 5,6 mil milhões de
equipamentos pessoais estejam
conectados a redes móveis.
NOTÍCIAS
Zon recicla mil toneladas
A Zon TVcabo recebeu o certificado
100R da Sociedade Ponto Verde para o
conjunto dos seus edifícios e lojas. A
marca 100R atesta que a Zon cumpre
o encaminhamento para reciclagem
dos resídos de embalagens, equipamen-
tos e outros resíduos e adopta boas
práticas ambientais nos seus edifícios.
A certificação surge na sequência do
projecto de sustentabilidade EcoZon.
Clix integra My Smile Factory
O portal Clix.pt integrou nos seus con-
téudos a loja online My Smile Factory.
A permuta permitirá à My Smile Facto-
ry disponibilizar as mais recentes novi-
dades no recém renovado portal Clix,
que, por seu lado, passará a oferecer u-
ma oferta diversificada de leilões on-
line. Uma das modalidades mais popu-
lares deste site é o sistema leilão inver-
tido.
Vila Galé com app móvel
O grupo hoteleiro Vila Galé criou uma
aplicação móvel que permite a marca-
ção de estadias e a consulta de infor-
mações sobre os hotéis do grupo em
Portugal e no Brasil. A aplicação foi de-
senvolvida pela M-Insight e está dispo-
nível nas versões para iPhones, da Ap-
ple, dispositivos com o sistema operati-
vo Android e equipamentos preparados
para correr aplicações Java. O down-
load da aplicação Java poder ser feito
no site da Vila Galé. As versões para
iPhone e Android estão disponíveis nas
respectivas lojas de aplicações.
 QUINTA-FEIRA
10 10 de Fevereiro de 2011 MERCADOS Toda a informação financeira em www.oje.pt
ÍNDICES: PSI 20 E EUROSTOXX 50 Dados fornecidos por MNF Gestão de Activos
DEFENSIVAS DE CONSUMO

Mercados Consumer Staples Preço€

DANONE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44,95 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6

JERÓNIMO MARTINS . . . . . . . . . .11,62 . . . . . . . . . . . . . . . .4,9
L'ORÉAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88,95 . . . . . . . . . . . . . . .-0,2
UNILEVER NV-CVA . . . . . . . . . . . . .21,88 . . . . . . . . . . . . . . .-0,2

Health Care Preço€

Variação%

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,4
CARREFOUR SA . . . . . . . . . . . . . . . .35,24 . . . . . . . . . . . . . . .-0,8

Variação%
Cotação
Variação anual% Max 52 sem.€ Min 52 semanas€
Dividendo
Dividend Yield% Dívida/Capitais Proprios%
Leverage
Dívida/EBITDA P/E
Valorização
EV/EBITDA

. . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .18,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,8

. . . . . . . . . . . . .14,2 . . . . . . . . . . . . . .41,28 . . . . . . . . . . . . . . . . .30,85 . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .112 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,6
. . . . . . . . . . . . .-4,4 . . . . . . . . . . . . . .48,50 . . . . . . . . . . . . . . . . .39,35 . . . . . . . . . . . . . . .2,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,1
. . . . . . . . . . . . . .1,9 . . . . . . . . . . . . . .12,67 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,17 . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .26,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,2
. . . . . . . . . . . . . .7,1 . . . . . . . . . . . . . . .90,00 . . . . . . . . . . . . . . . . .70,90 . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . .22,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,4
. . . . . . . . . . . . .-6,1 . . . . . . . . . . . . . . .24,11 . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,68 . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,7

Variação anual% Max 52 sem.€ Min 52 semanas€ Dividend Yield% Dívida/Capitais Proprios% Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,3
BAYER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .55,48 . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . .59,17 . . . . . . . . . . . . . . . . . .43,10 . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,2
SANOFI-AVENTIS . . . . . . . . . . . . . .51,14 . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . .57,45 . . . . . . . . . . . . . . . . . .44,01 . . . . . . . . . . . . . . . .4,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5

Cíclicas de Consumo
Defensivas de Consumo 145
115 135
110 125
105 115
100 105

95 95
85
90
85

MSCI EURO TELECOM SERVICE CONSUMER DISCRETIONARY

MSCI EURO CONSUMER STAPLE HEALTH CARE

CÍCLICAS DE CONSUMO
Cotação Dividendo Leverage Valorização
Consumer Discretionary Preço€ Variação% Variação anual% Max 52 semanas€ Min 52 semanas€ Dividend Yield% Dívida/Capitais Próprios% Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . .5,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .204 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0

DAIMLER AG . . . . . . . . . . . . . . . . . .55,14 . . . . . . . . . . . . . . . .2,7 . . . . . . . . . . . . . .8,7 . . . . . . . . . . . . . .59,09 . . . . . . . . . . . . . . . . .29,93 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .214 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,0
LVMH MOËT HENNES . . . . . . . . . .119,60 . . . . . . . . . . . . . . . .2,7 . . . . . . . . . . . . .-2,8 . . . . . . . . . . . . .129,05 . . . . . . . . . . . . . . . . . .74,95 . . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .19,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,4
ZON MULTIMEDIA S . . . . . . . . . . . .3,80 . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . .12,1 . . . . . . . . . . . . . . . .4,12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,77 . . . . . . . . . . . . . . . .4,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .511 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .29,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8

Telecommunication Services Preço€ Variação% Variação anual% Max 52 semanas€ Min 52 semanas€ Dividend Yield% Dívida/Capitais Próprios% Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .165 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,1
Powered by DEUTSCHE TELEKOM . . . . . . . . . . .10,02 . . . . . . . . . . . . . . .-0,3 . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . .10,64 . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,51 . . . . . . . . . . . . . . . .7,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .122 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,6
FRANCE TÉLÉCOM . . . . . . . . . . . . .16,45 . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . .17,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,01 . . . . . . . . . . . . . . .8,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .136 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8
PORTUGAL TEL-REG . . . . . . . . . . . . .8,71 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . .3,9 . . . . . . . . . . . . . .10,12 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,96 . . . . . . . . . . . . . . .7,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .295 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,5
SONAECOM SGPS SA . . . . . . . . . . . .1,38 . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . . .2,2 . . . . . . . . . . . . . . . .1,79 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,13 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,2
TELEFÓNI CA . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18,66 . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . .10,0 . . . . . . . . . . . . . . .19,69 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,67 . . . . . . . . . . . . . . . .7,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .234 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,6
CÍCLICAS INDUSTRIAIS
Cotação Dividendo Leverage Valorização
Energy Preço€ Variação% Variação anual% Max 52 semanas€ Min 52 semanas€ Dividend Yield% Dívida/Capitais Próprios% Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA

Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . .10,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .69 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,2

GLOSSÁRIO
EV
Enterprise Value é uma medida
de valorização de dada empresa usada
como alternativa à capitalização
de mercado. Trata-se da soma desta
última com a dívida, os interesses
minoritários e as acções preferenciais
menos as disponibilidades. É o valor
justo teórico da aquisição de uma
empresa, já que aquele que compra
paga as responsabilidades da dívida
e recebe o cash da empresa adquirida.
EV/EBITDA
Compara o valor do negócio contra
os resultados antes do pagamento
de juros, amortizações e impostos.
Se uma empresa tem dívida, o seu
comprador tem de tê-la em conta.
Com a ajuda deste rácio percebe-se
quantos anos o negócio demora a
pagar o esforço de aquisição. A grande
vantagem deste rácio (sobre o P/E,
p.ex.) é não ser afectado pela estrutura
de capital de uma empresa, que
distorce a análise do negócio.
TIER 1
É a principal medida de solidez
financeira de uma instituição finan-
ceira do ponto de vista do regulador.
Inclui todo o capital atribuído aos
accionistas e as reservas do banco,
portanto, fundos que só o banco
pode influenciar. É a métrica utilizada
para a capacidade de um banco
de fazer face a perdas futuras.
ENI SPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18,20 . . . . . . . . . . . . . . . .0,2 . . . . . . . . . . . . .11,4 . . . . . . . . . . . . . .18,37 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,30 . . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,3
GALP ENERGIA-B . . . . . . . . . . . . . .15,21 . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . .6,0 . . . . . . . . . . . . . .15,29 . . . . . . . . . . . . . . . . .10,51 . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .91 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . .36,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,4
REP SOL YPF SA . . . . . . . . . . . . . . . .23,55 . . . . . . . . . . . . . . .-0,4 . . . . . . . . . . . . .12,9 . . . . . . . . . . . . . .23,88 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,31 . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .88 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,4
TOTAL SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43,63 . . . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . .10,0 . . . . . . . . . . . . . .44,63 . . . . . . . . . . . . . . . . .35,66 . . . . . . . . . . . . . . .5,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,7
Industrials Preço€ Variação% Variação anual% Max 52 semanas€ Min 52 semanas€ Dividend Yield% Dívida/Capitais Próprios% Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,3 . . . . . . . . . . . . . .7,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .179 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,8
BRISA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,25 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,8 . . . . . . . . . . . . . .0,6 . . . . . . . . . . . . . . .6,62 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,51 . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .245 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .22,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,3
PHILIPS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23,23 . . . . . . . . . . . . . . . .0,9 . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . .27,01 . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,58 . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9
MOTA-ENGIL SGPS . . . . . . . . . . . . . .2,03 . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . .16,5 . . . . . . . . . . . . . . . .3,50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,65 . . . . . . . . . . . . . . .5,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .674 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,4
S AINT GOBAIN . . . . . . . . . . . . . . . .43,42 . . . . . . . . . . . . . . .-0,7 . . . . . . . . . . . . .12,8 . . . . . . . . . . . . . .43,87 . . . . . . . . . . . . . . . . . .27,81 . . . . . . . . . . . . . . . .2,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .72 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9
SCHNEIDER ELECTR . . . . . . . . . . .112,80 . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . .120,00 . . . . . . . . . . . . . . . . .72,00 . . . . . . . . . . . . . . .1,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,2
SIEMENS AG-REG . . . . . . . . . . . . . .93,91 . . . . . . . . . . . . . . . .0,0 . . . . . . . . . . . . . .1,3 . . . . . . . . . . . . . .96,00 . . . . . . . . . . . . . . . . .61,56 . . . . . . . . . . . . . . .2,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .68 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,7
SONAE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,83 . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . .6,4 . . . . . . . . . . . . . . .0,92 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,68 . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .204 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,2
VINCI SA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43,78 . . . . . . . . . . . . . . . . .1,5 . . . . . . . . . . . . . .7,6 . . . . . . . . . . . . . .44,98 . . . . . . . . . . . . . . . . .33,01 . . . . . . . . . . . . . . . .3,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .198 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,6
Information Technology Preço€ Variação% Variação anual% Max 52 semanas€ Min 52 semanas€ Dividend Yield% Dívida/Capitais Próprios% Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . .10,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,1
NOKIA OYJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,28 . . . . . . . . . . . . . . .-0,9 . . . . . . . . . . . . . .6,9 . . . . . . . . . . . . . . .11,82 . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,59 . . . . . . . . . . . . . . .4,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,4
SAP AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .43,45 . . . . . . . . . . . . . . .-0,2 . . . . . . . . . . . . .14,0 . . . . . . . . . . . . . .43,68 . . . . . . . . . . . . . . . . .30,91 . . . . . . . . . . . . . . . .1,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,8
Materials Preço€ Variação% Variação anual% Max 52 semanas€ Min 52 semanas€ Dividend Yield% Dívida/Capitais Próprios% Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .154 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,1
ALTRI SGPS SA . . . . . . . . . . . . . . . . .3,40 . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . . .0,1 . . . . . . . . . . . . . . . .5,27 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,08 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .529 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,8
ARCELORMITTAL . . . . . . . . . . . . . .28,02 . . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . .4,0 . . . . . . . . . . . . . .33,64 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,24 . . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5
BASF SE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57,60 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,2 . . . . . . . . . . . . .-3,5 . . . . . . . . . . . . . . .61,88 . . . . . . . . . . . . . . . . .39,40 . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .80 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,8
CIMPOR-CIMENTOS . . . . . . . . . . . . .4,91 . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 . . . . . . . . . . . . .-3,2 . . . . . . . . . . . . . . .6,03 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,91 . . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .109 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .13,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,8
CRH PLC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16,59 . . . . . . . . . . . . . . .-0,1 . . . . . . . . . . . . . .7,0 . . . . . . . . . . . . . .22,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,51 . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .55 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . .24,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,3
INAPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,38 . . . . . . . . . . . . . . .-0,5 . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . . .0,67 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,36 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .282 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15,7
PORTUCEL EMPRESA . . . . . . . . . . .2,54 . . . . . . . . . . . . . . . .0,8 . . . . . . . . . . . . .11,4 . . . . . . . . . . . . . . .2,54 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,62 . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,8
SEMAPA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,20 . . . . . . . . . . . . . . . .1,7 . . . . . . . . . . . . .11,1 . . . . . . . . . . . . . . . .9,20 . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,85 . . . . . . . . . . . . . . .2,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,3
SONAE INDÚSTRIA . . . . . . . . . . . . . .1,88 . . . . . . . . . . . . . . . .0,9 . . . . . . . . . . . . .-1,6 . . . . . . . . . . . . . . .2,71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,60 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .197 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,9 . . . . . . . . . . . . . . . . .N.D. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,6
Cíclicas Industriais BREVES
125
120 Euribor a 3 meses em queda para 600 milhões de euros face a 2,0 mi-
115 O mercado monetário português fechou lhões na véspera, tendo absorvido 137 065
110 com a taxa spot overnight em alta e com a milhões de euros vs. 71 446 milhões antes.
105
100 do tom/next a descer, enquanto as das res-
tantes maturidades ficaram inalteradas. A Ordens sobem 41,6% em 2010
95
90 taxa Euribor a três meses, medida-base pa- Em 2010, o valor das ordens de compra e
85 ra avaliar o estado dos empréstimos e um venda sobre instrumentos financeiros rece-
80
75 misto das expectativas com as taxas de juro, bidas pelos intermediários financeiros re-
bem como o apetite dos bancos por risco, gistados na CMVM subiu 41,6%, para
caiu pela 2.ª sessão consecutiva, após um 144,4 mil milhões de euros. Em Dezembro
mês de subidas, para 1,079% (de 1,084%). O último, o montante transaccionado totali-
MSCI EURO ENERGY INDUSTRIAL INFO TECHNOLOGY MATERIALS montante cedido pelo BCE nas operações de zou 9,08 mil milhões de euros, menos
facilidade permanente em overnight subiu 36,7% que no mês anterior.
 QUINTA-FEIRA
Editado por: Armanda Alexandre aalexandre@oje.pt MERCADOS 10 de Fevereiro de 2011 11
SENSIVEIS À TAXA DE JURO
Cotação Dividendo Valorização
Financials Preço€ Variação% Variação anual% Max 52 semanas€ Min 52 semanas€ Dividend Yield% ROE% Tier 1 P/E Price/Book ANÁLISE MERCADOS
Em colaboração com:
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8 . . . . . . . . . . . . .17,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5% . . . . . . . . . . . . . . . .10,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8
BPI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,45 . . . . . . . . . . . . . . . .0,8 . . . . . . . . . . . . . .5,0 . . . . . . . . . . . . . . .2,10 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,25 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,1% . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,9
BCP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,63 . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 . . . . . . . . . . . . . .8,2 . . . . . . . . . . . . . . .0,86 . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,51 . . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,7% . . . . . . . . . . . . . . . .10,3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,5
BES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,09 . . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . .7,3 . . . . . . . . . . . . . . . .4,26 . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,48 . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,9% . . . . . . . . . . . . . . . . .7,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,6
B ANCO SANTANDER . . . . . . . . . . . .9,01 . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 . . . . . . . . . . . . .13,7 . . . . . . . . . . . . . . .10,88 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,11 . . . . . . . . . . . . . . . .5,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,0% . . . . . . . . . . . . . . . . .8,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,0 O MERCADO accionista europeu en-
BBVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,05 . . . . . . . . . . . . . . . .0,2 . . . . . . . . . . . . .19,7 . . . . . . . . . . . . . . .10,95 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,87 . . . . . . . . . . . . . . .4,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,5% . . . . . . . . . . . . . . . . .8,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,1 cerrou com ganhos nos principais
BNP PARIBAS . . . . . . . . . . . . . . . . .56,81 . . . . . . . . . . . . . . . .0,9 . . . . . . . . . . . . .19,3 . . . . . . . . . . . . . .59,34 . . . . . . . . . . . . . . . . .40,81 . . . . . . . . . . . . . . . .2,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .N.D. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,1% . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,9 índices, ainda que abaixo dos máxi-
CRÉDIT AGRICOLE . . . . . . . . . . . . .11,82 . . . . . . . . . . . . . . . .3,3 . . . . . . . . . . . . .24,4 . . . . . . . . . . . . . . .13,78 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,87 . . . . . . . . . . . . . . . .3,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5% . . . . . . . . . . . . . . . .12,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 mos a que negociaram devido a no-
DEUTSCHE BANK-RG . . . . . . . . . . .46,98 . . . . . . . . . . . . . . . .0,2 . . . . . . . . . . . .20,2 . . . . . . . . . . . . . .55,25 . . . . . . . . . . . . . . . . .35,93 . . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,3% . . . . . . . . . . . . . . . . .8,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8 tícias vindas da China, que mais
ING GROEP NV-CVA . . . . . . . . . . . . .9,20 . . . . . . . . . . . . . . . .2,3 . . . . . . . . . . . . .26,3 . . . . . . . . . . . . . . . .9,20 . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,34 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,2% . . . . . . . . . . . . . . . . .9,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,7 uma vez subiu as taxas de juro para
INTESA SANPAOLO . . . . . . . . . . . . . .2,49 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,1 . . . . . . . . . . . . .22,7 . . . . . . . . . . . . . . . .2,99 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,88 . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,4% . . . . . . . . . . . . . . . .13,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 tentar arrefecer a economia.
SOC GÉNÉRALE . . . . . . . . . . . . . . . .48,16 . . . . . . . . . . . . . . . . .1,2 . . . . . . . . . . . . .19,7 . . . . . . . . . . . . . .49,43 . . . . . . . . . . . . . . . . .29,71 . . . . . . . . . . . . . . . .0,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,7% . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8 Numa sessão escassa em indica-
UNICREDIT SPA . . . . . . . . . . . . . . . . .1,87 . . . . . . . . . . . . . . . .-1,8 . . . . . . . . . . . .20,9 . . . . . . . . . . . . . . . .2,30 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,46 . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,6% . . . . . . . . . . . . . . . .20,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,6 dores económicos, a produção in-
Cotação Dividendo Leverage Valorização dustrial na Alemanha foi o único
Utilities Preço€ Variação% Variação anual% Max 52 semanas€ Min 52 semanas€ Dividend Yield% Dívida/Capitais Próprios% Dívida/EBITDA P/E EV/EBITDA indicador relevante. Um relatório
Média . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,1 . . . . . . . . . . . . . .7,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .125 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,7
do Governo alemão revelou que a
E.ON AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24,50 . . . . . . . . . . . . . . .-0,7 . . . . . . . . . . . . . .6,8 . . . . . . . . . . . . . .29,00 . . . . . . . . . . . . . . . . .20,86 . . . . . . . . . . . . . . .6,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .86 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,3 produção industrial na maior econo-
EDP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,85 . . . . . . . . . . . . . . .-0,4 . . . . . . . . . . . . .14,4 . . . . . . . . . . . . . . . .3,05 . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,38 . . . . . . . . . . . . . . .5,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .163 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,3 mia da Zona Euro caiu pelo segundo
EDP RENOVÁVEIS S . . . . . . . . . . . . .4,43 . . . . . . . . . . . . . . . .1,6 . . . . . . . . . . . . . .2,0 . . . . . . . . . . . . . . .6,14 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,65 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . .43,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,3 mês consecutivo, -1,5% e -0,6% res-
ENEL SP A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,28 . . . . . . . . . . . . . . . .0,4 . . . . . . . . . . . . .14,4 . . . . . . . . . . . . . . . .4,28 . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,42 . . . . . . . . . . . . . . . .5,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .156 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,0 pectivamente, devido a problemas
GDF SUEZ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29,26 . . . . . . . . . . . . . . .-0,8 . . . . . . . . . . . . . .9,0 . . . . . . . . . . . . . .30,05 . . . . . . . . . . . . . . . . .22,64 . . . . . . . . . . . . . . .5,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3,2 . . . . . . . . . . . . . . . . . .14,9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6,9 associados com o tempo muito rigo-
IBERDROLA SA . . . . . . . . . . . . . . . . .6,38 . . . . . . . . . . . . . . . .0,0 . . . . . . . . . . . . .10,5 . . . . . . . . . . . . . . . .6,58 . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,50 . . . . . . . . . . . . . . .3,0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .106 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .12,4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,0 roso sentido no último mês. O sec-
REN-REDE ENERGÉT . . . . . . . . . . . . .2,57 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .-0,4 . . . . . . . . . . . . . . . .3,16 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,44 . . . . . . . . . . . . . . .6,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .222 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,5 . . . . . . . . . . . . . . . . . .11,8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9,1 tor da construção foi o que mais pe-
R WE AG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53,22 . . . . . . . . . . . . . . .-0,6 . . . . . . . . . . . . . .6,7 . . . . . . . . . . . . . .68,50 . . . . . . . . . . . . . . . . .47,65 . . . . . . . . . . . . . . . .6,6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .147 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,7 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4,2 sou no índice, e foi fortemente afec-
PUB tado na sua actividade pelas condi-
ções meteorológicas.
O dólar também tem vindo a
Sensíveis à Taxa de Juro sentir dificuldades em cimentar os
ganhos dos últimos dias, apesar de
110
ser cada vez mais evidente que a
105 recuperação económica nos EUA
100 está mais sustentada. O mercado
tem tido dificuldades em ver estes
95
desenvolvimentos como positivos
90 para o dólar, isto apesar de as
85
yields estarem a subir. A recupera-
ção económica nos EUA integra-se
80 numa recuperação económica glo-
bal e o mercado continua a ver isto
como uma boa razão para conti-
nuar a investir em moedas associa-
MSCI EURO FINANCIALS UTILITIES das a países com taxas de juro mais
elevadas, incluindo as chamadas
moedas-commodity, como o dólar
australiano e o dólar canadiano, e
BOLSA DE CABO VERDE ACÇÕES também asiáticas.

Variação face Últimas

Resultado Dividendo por acção Price Book Por Duarte Caldas, analista
Acção Última Cotação Data cotação 52 semanas Dividend Yield(*) Payout Ratio PER
Liquido por acção 2009 2009 Value
anterior Máx. Mín
SCT 4.890,00 03-02-2011 0,00% 6.000,00 4.885,00 655,34 625,00 12,78% 0,95 2,25 7,46
BCA 3.100,00 03-02-2011 3,33% 3.400,00 3.000,00 449,73 89,95 2,90% 0,20 1,41 6,89
CECV 2.800,00 03-02-2011 8,32% 2.800,00 2.070,00 221,02 198,00 7,07% 0,90 1,21 12,67 Agenda do dia
ENACOL 4.399,00 03-02-2011 0,00% 4.400,00 4.000,00 78,86 227,31 5,17% 0,60 1,48 11,61
Resultados Air France, Coca-Cola,
Ralph Lauren.

BOLSA DE CABO VERDE OBRIGAÇÕES

Reuters

Obrigação Cotação (1) Data Maturidade

Últimas 52 semanas
Taxa de juro
próximo cupão
Data pagamento
próximo cupão
Data
de Amortização
Yield to
Maturity (2)
CÂMBIOS COTAÇÕES DE DIVISAS
Máximo Mínimo
EUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3668 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar
OBRIGAÇÃO BI 6% 2013 100,00 03-02-2011 9 100,00 100,00 6,00% 01-07-2011 08-07-2018 6,00% Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,2791 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Real
Electra A 6,65% 2017 101,96 03-02-2011 5 101,96 100,00 6,65% 14-06-2011 12-06-2012 5,14% Cabo Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .106,935 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Escudo
Electra B 6,121% 100,00 03-02-2011 10 100,00 100,00 6,12% 15-06-2011 14-06-2017 6,12% Canadá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3542 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar
China . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8,9572 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Yuan Renmimbi
Electra C TBA+2% 100,00 03-02-2011 20 100,00 100,00 5,85% 16-06-2011 14-06-2027 5,85%
Hong Kong . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,6382 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Dólar
IFHA - Euribor +1,3% Japão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111,99 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Iene
/TBA+2,1% 2014 100,00 03-02-2011 5 100,00 100,00 5,95% 06-07-2011 05-01-2014 5,95% Reino Unido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .0,8496 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Libra
IFHB: TBA + 2,9%, Suíça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1,3093 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Franco
Angola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .127,09 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Kwuanza
Floor de 6,5% 2015 100,00 03-02-2011 5 100,00 100,00 6,75% 14-03-2011 14-09-2015 6,75%
Coreia do Sul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1504,82 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Won
Tecnicil Imob 7,5% 100,00 03-02-2011 5 100,00 100,00 7,50% 16-03-2011 16-03-2015 7,50%
Dinamarca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7,4549 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Coroa
Sogei - Euribor+2,75%
(Floor 6,4%; Cap 7,4%) 100,00 03-02-2011 5 100,00 99,99 6,40% 18-02-2011 18-02-2014 6,40%
Reuters
Tecnicil Industria - 7,5% 100,00 03-02-2011 5 100,00 100,00 7,50% 23-04-2011 23-10-2010 7,50% MERCADORIAS E MATÉRIAS-PRIMAS
Cabo Verde Fast Ferry, SA - 9% 105,00 03-02-2011 5 105,00 100,00 9,00% 31-07-2011 31-07-2015 7,67%
Petróleo Fecho Unidade % YTD
Asa - Obrigação - Euribor
WTI (N. Iorque) 87,7 dólar USD/barril -2,38
/TBA + 2,25% 112,90 03-02-2011 5 112,90 100,00 5,75% 10-02-2011 10-08-2012 -2,51%
Brent (Londres) 100,08 dólar USD/barril 7,51
Tecnicil A - Euribor +2,216% 100,00 03-02-2011 5 100,00 100,00 3,37% 06-02-2011 06-08-2012 3,37% Mercadorias
Tecnicil B - Euribor +2,216% 100,00 03-02-2011 5 100,00 100,00 3,37% 06-02-2011 06-08-2012 3,37% Cacau 32,46 dólares/ton 8,20
Tecnicil C - Euribor +2,216% 100,00 03-02-2011 5 100,00 100,00 3,37% 06-02-2011 06-08-2012 3,37% Café 247,65 Cênt. de dól./libra 4,80
OBRIGAÇÃO MSAL: Milho 673 Cênt. de dól/bushel 9,25
TBA + 3,35% (Floor 6,9%) 100,00 03-02-2011 15 100,00 100,00 7,20% 15-07-2011 15-07-2025 7,20%
Trigo 876,75 Cênt. de dól./bushel 11,72
Algodão 175,2 Cênt. de dól./libra 22,65
OBRIG. MPRAIA:
Metais
TBA + 3,30% (Floor 6,9%) 100,00 03-02-2011 20 100,00 100,00 7,15% 23-07-2011 23-07-2030 7,15%
Platina 1852,5 dólares USD/onça 6,19
OBRIG. BAI 5,9% 100,00 03-02-2011 6 100,00 100,00 5,90% 17-06-2011 17-12-2016 5,90% Ouro 1364,4 dólares USD/onça -2,82
OBRIG. BCA Taxa crescente Prata 30,11 dólares USD/onça -1,05
(5,75% a 6,25%) 100,00 03-02-2011 7 100,00 100,00 5,75% 17-06-2011 20-12-2016 5,75% Cobre N.D. dólares/ton N.D.
 Lifestyle
RELÓGIOS
Calvin Klein apresenta
colecção ck Graceful
A Calvin Klein acaba de apresentar a sua mais
nova colecção ck Graceful, um relógio para se-
nhoras, de tema circular e com uma construção
que reflecte o espírito do design dos anos 70.
A caixa é em aço polido e enquadra um
mostrador preto ou prateado, ponteiros de
níquel polidos e protegido por vidro mineral,
suavemente integrada num distintivo elo central
oval, ajustável e seguro por um fecho.
Submergível a 30 metros.
EM DESTAQUE
CRÍTICA RESTAURANTE
O SABOR DE CABANAS
pág. 14
12 QUINTA-FEIRA
10 de Fevereiro de 2011
CASA DAS PENHAS DOURADAS DESIGN HOTEL & SPA
ENTRE A SERRA E O CÉU
Fica a 1.500 metros de altitude, em pleno Parque Natural da
Serra da Estrela. Pertinho do céu, é assim que nos sentimos
no Spa deste Design Hotel. Por Sandra Martins Pereira
Bem-estar
▲
E
sta semana voltámos à Serra
da Estrela, mais propriamen-
te a Manteigas. À nossa fren-
te dispõe-se um rendilhado
de curvas e arvoredo e começamos a
nossa subida. São 1.500 metros de al-
titude e uma paisagem de cortar a
respiração. O ar é puro e gelado, mas
incapaz de nos congelar a alma, até
porque lá no alto da montanha espe-
ra-nos uma Casa, na verdadeira acep-
ção da palavra, a Casa das Penhas
Douradas, um Design Hotel inaugu-
rado em 2006 e que recentemente
ampliou este espaço, criando tam-
bém um Spa.
Lá dentro, as rústicas salas de estar
sucedem-se, convidando a uns mo-
mentos de descanso, acompanhados
por um dos muitos livros colocados
nas estantes e pelo calor das lareiras.
A viagem foi longa, o cansaço é al-
gum e a paisagem e o silêncio pedem
uma boa massagem. Está na hora de
experimentar o Spa.
Quatro são as salas disponíveis pa-
ra tratamentos: uma para o duche Vi-
chy e duas outras para massagens, de
casal e de tratamentos corporais. E
finalmente, uma sala de relaxamen-
to, onde a bétula (árvore local) é parte
dominante da decoração. No chão,
um pavimento que nos faz lembrar o
solo rochoso e caracaterístico daque-
la região. Um projecto que esteve a
cargo do arquitecto Pedro Brígida.
Brisa da montanha, Águas primor-
diais e Docura de água são os trata-
mentos Terraké, da Thalgo, dedica-
dos ao rosto. Todos de 60 minutos,
desintoxicam, hidratam e dão lumi-
nosidade à pele.
Para o corpo, o destaque vai para a
Frescura da neve, Águas primordiais
e Força mineral, esta última indicada
para os homens. Estes são tratamen-
tos de 120 minutos.
Para este Spa, a Terraké desenhou
massagens como a Coração de mas-
sagem com pincéis; Coração de mas-
sagem gota de água; Velas Perron
Rigot e Terraké para Homem. Todas
de 60 minutos.
Quisemos experimentar os rituais
de assinatura da Casa, mais propria-
mente a massagem com paus de
bétula. Foram 60 minutos de puro re-
laxamento, em que os paus de bétula
substituíram as experientes mãos da
terapeuta e deslizaram no óleo tam-
bém de bétula, alecrim e zimbro. Dos
pés à cabeça, o efeito relaxante fez-se
sentir de imediato.
Uma das mais valias destes rituais
de assinatura é precisamente a utili-
zação de ervas da Serra da Estrela
misturados com os produtos da Ter-
raké.
Nesta categoria pode ainda experi-
mentar a massagem para casal, onde
é utilizado o óleo de urze. A esfolia-
ção Flor da Penha é a terceira opção.
Vinte minutos de esfoliação com flor
de sal, mel e zimbro.
Destaque ainda para os rituais de
massagem, com drenagem linfática,
geotermal, vichy e vichy com massa-
gem.
Mas atenção que o Spa pode sair do
Spa. Sim, leu bem. É que a Casa das
Penhas Douradas proporciona a
Quick massage, feita numa cadeira. E
nem os mais pequenos foram esque-
cidos com a Thai Children (grátis
com marcação).
Depois do Spa, dirija-se à sala de
relaxamento e beba um chá. Depois?
Bem, depois é consigo, mas ainda po-
de fazer hidromassagem e sauna ou
simplesmente dar umas braçadas na
piscinia interior aquecida com vista
DETALHES
panorâmica. Casa da Penhas Douradas
Quanto a nós, a opção foi mesmo Penhas Douradas, Apartado 9,
um banho revigorante e uma flute de 6260-200 Manteigas
Tel: (+351) 275 981 045
champanhe ao calor da lareira. www.casadaspenhasdouradas.pt
Afinal o céu existe e estava mesmo mail@casadaspenhasdouradas.pt
ali. Vá e mime-se!

ORIENTE-SE NA NATUREZA
Não é muito divulgado em Portugal, mas os participantes
são cada vez mais. Portugueses ou estrangeiros, juntam-se
para durante alguns dias se orientarem, ou não, por terrenos
em paisagens únicas.
Lazer
▲
C
entenas de estrangeiros che-
gam, dentro de um mês, a
Portugal para um estranho
programa: desembarcam no
aeroporto, alugam um carro, dirigem-
se a um hotel entre Évora e Portalegre
e, durante quatro dias, vão andar no
mato em busca de um prisma branco
e laranja com 30 cm de altura. É a for-
ça da orientação e do Portugal “O” Me-
eting (POM) que, entre 5 e 8 de Março,
estará por Alter do Chão e Portalegre.
Aquele “O” é a abreviatura de “Ori-
enteering”, o termo inglês que desi-
gna este desporto nascido há mais de
100 anos na Escandinávia, onde con-
tinua a ter grande popularidade. A
prova mais concorrida, o O-Ringen,
que se realiza todos os anos em Julho
na Suécia, já teve edições com mais de
20 mil participantes.
Em Portugal o recorde está nas
3.500 inscrições e verificou-se em
2008 no Mundial de Veteranos. Mas
esse foi um evento directamente su-
pervisionado pela federação interna-
cional da modalidade, a IOF. Em ter-
mos estritamente nacionais, a prova
rainha é o POM que, desde 2000, se
disputa anualmente entre sábado e
terça-feira de Carnaval, com 4 etapas,
uma das quais a contar para o World
Ranking Event (WRE).
O POM ganhou de há muito um lu-
gar de honra no calendário interna-
cional, sendo permanentemente
anunciado na página do “World of O”.
Daí que atraia tantos estrangeiros, so-
bretudo do Norte e Centro da Europa,
onde a neve dificulta a prática da ori-
entação nesta época do ano. E é curio-
so verificar que a prova portuguesa
tanto atrai veteranos (o escalão mais
numeroso costuma ser o dos 60 anos)
como atletas de topo mundial.
Jornal OJE Cabo Verde - Edição 10/02
Editado por Sandra Martins Pereira spereira@oje.pt
Atendendo ao clima e à variedade de
terrenos cartografados, Portugal é o
palco ideal para as grandes selecções
treinarem e competirem neste início
de temporada. O POM 2010 foi, justa-
mente, a prova que obteve maior pon-
tuação no WRE, dada a presença ma-
ciça de campeões.
Nos últimos 5 anos, o POM teve lu-
gar em Abrantes, S. Pedro do Sul, Al-
garve, Mora e Figueira da Foz. Desta
vez, os atletas vão correr em mapas
de três concelhos do Norte Alenteja-
no: Alter do Chão, Crato e Portalegre.
Fernando Costa, presidente do Grupo
Desportivo 4 Caminhos e director da
prova, espera ultrapassar as 1.820 ins-
crições oficialmente registadas na
edição de 2010. Não hesita em afir-
mar que os visitantes recordarão por
muito tempo a excelência dos ter-
renos onde vão ser montados os per-
cursos. E por isso convida toda a gen-
te a acompanhar o evento em
http://www.gd4caminhos.com/even-
tos/pom2011/pt/noticias/1.
A maioria dos participantes no
POM estende por mais uns dias a sua
presença em Portugal, competindo,
no fim-de-semana seguinte, no 2º
Meeting Internacional de Arraiolos,
que também inclui uma prova a pon-
tuar para o WRE.
Tão importante como a compe-
tição é, no entanto, a vertente recrea-
tiva desta modalidade. Qualquer pes-
soa, independentemente da idade e
condição física, pode fazer um per-
curso de iniciação, em cenários natu-
rais quase sempre de enorme beleza.
E cenários assim não faltam em ter-
ritório português.
PUB
 QUINTA-FEIRA
14 10 de Fevereiro de 2011
Crítica restaurante
O SABOR DE CABANAS
E
ram 14 horas da passada sex-
ta-feira e andava eu a condu-
zir pela Av. Ria Formosa, em
Cabanas, à procura de um
restaurante muito recomendado.
O nome escapava-me, a morada
muito mais e decido ligar para uma
pessoa que trata esta região por tu!
Coordenadas registadas e atraves-
so a renovada marginal que em mui-
to embelezou esta pequena vila.
Estranho o facto de estar muito sol
PUB
e os restaurantes estarem todos va-
zios, mas lembrando-me das horas é
perfeitamente aceitável. Curioso foi,
ao chegar à porta de Noélia, poucas
mesas livres se viam e o serviço não
tinha direito ao descanso dos vizi-
nhos.
Eram quase 14h30 e mesmo assim
apressaram-se a responder positiva-
mente ao pedido de mesa. Aliás,
meia hora após a minha chegada ain-
da chegou um grupo de três, que
LIFESTYLE
nem pediu, foram directamente para
a mesa – eram certamente locais.
A sala é decorada sem grandes pre-
ceitos ou algo que se destaque, al-
guns quadros com fotografias do
Ruy de Carvalho, um painel de azu-
lejos... enfim, a minha primeira im-
pressão é que tinha entrado mais nu-
ma cafetaria/pastelaria do que num
restaurante.
Sentado na esplanada a apanhar
sol, dou uma vista de olhos na carta:
sugestões do dia eram cinco salgados
e seis doces. Na carta principal havia
11 entradas, três sopas, quatro ma-
riscos, cinco omeletas, três massas,
14 saladas, 10 peixes, cinco carnes, e
ainda 18 especialidades! Para termi-
nar ainda apresentam 20 sobremesas
e cinco opções de fruta.
Rendo-me às especialidades e para
primeiro prato vêm umas tostas de
tomate com biqueirão e regadas a
azeite(€7), que para começar estava
óptimo.
Seguiu-se a canja de amêijoas – 2
pax (€10) - muito bem executada,
cheia de sabor, apesar das amêijoas
de viveiro, o arroz ainda um pouco al
dente e os coentros a dar um equilí-
brio muito interessante ao bivalve,
lembrando muito o bulhão pato.
Fiquei com vontade de provar a
muxama de atum com azeite e alho
(€5) e a salada de atum (€8), mas fi-
quei-me por uma tosta com abacate,
salsa, rúcula, camarão e tomate que
não me fascinou, pareceu-me até um
pouco desequilibrada, precisando de
um pouco mais de acidez.
Terminei os salgados com a raia
alhada (€12) - percebi de imediato a
alta recomendação para este prato,
boa conjugação de todos os sabores e
o peixe denunciava fresquidão com a
oje.sapo.cv
Por Vicente Themudo de Castro
sua carne suculenta e firme.
Havia ainda umas cataplanas e ar-
rozes que pretendia provar, como o
de lingueirão com batata doce - 2 pax
(€25). O polvo trapalhão com batata
doce - 2 pax (€20) - também está bem
referenciado, mas fica para uma
próxima visita.
Nas sobremesas, apesar da vastíssi-
ma oferta, optei por um Dom Rodri-
go (€3), mas havia opções como o mi-
mo de amêndoa (€3), morgado de fi-
go (€3), tarte de alfarroba (€3), entre
outros.
A carta de vinhos não é nada de es-
pecial, mesmo assim tem cinco ver-
des, 18 brancos, dois rosés e 21 tin-
tos, a preços muito apelativos – falta
alguns vinhos com mais corpo, ex-
pressão e os rosés são escassos para
um restaurante à beira “ria”.
Muito tinha ouvido falar no servi-
ço, e nem a simpatia, nem a eficiên-
cia foram objecto de reparos, troco
mesmo por elogios, nunca faltou co-
mida no meu prato, bebida no meu
copo e o retirar do prato era sempre
acompanhado da pergunta: “Está tu-
do do seu agrado?”.
Em conversa apercebi-me que den-
tro de um ano mudam de casa e tro-
cam a imagem de cafetaria pela de
restaurante, mantendo sempre a
qualidade gastronómica. Ainda não
estão lá mas já digo: “Bem hajam”.
Noélia há seis anos trocou as formas
da pastelaria pelos tachos de cozinha
e que bom para nós, pois temos mais
um restaurante e mais uma cozi-
nheira que merece referência.
DETALHES
Restaurante Noélia e Jerónimo
Avenida Ria Formosa - Edifício Cabanas-Mar
Cabanas de Tavira
8800-591 - Tavira
W 7º 35' 54'' N 37º 8' 8''
+351 281 370 649 / +351 968 534 971
Encerra Quarta-feira todo o dia
Horário: 12h00 às 15h00 e das 19h30 às 22h00
Preço médio: €20
Tipo de Cozinha: Tradicional portuguesa
Cartões: Visa e MB

oje.sapo.cv
GASTRONOMIA
Alandroal recebe II Edição
da “Mostra do Peixe do Rio”
O MUNICÍPIO de Alandroal recebe, entre
18 de 27 de Fevereiro, a II Edição da “Mos-
tra do Peixe do Rio de Alandroal”, que
pretende dar a conhecer, ao público em
geral, um dos pontos fortes da gastrono-
mia típica deste concelho alentejano.
Durante o período da mostra, iguarias
únicas desta região como “A Caldeta de
Peixe do Rio”, o “Lúcio Grelhado” ou a
“Carpa Frita” poderão ser apreciadas nos
restaurantes do concelho aderentes a es-
ta iniciativa, como por exemplo o “Hor-
MÚSICA
Carlos do Carmo homenageia
músicos no Teatro São Luiz
CARLOS DO CARMO sobe ao palco da Sala
Principal do São Luiz Teatro Municipal,
em Lisboa, nos dias 11 e 12 de Fevereiro,
às 21 horas, para um concerto de home-
nagem aos músicos que, no passado co-
mo no presente, têm sido a base funda-
LIFESTYLE
telã da Ribeira”, “O Tarro”, o “Pateo de
Cascalhais”, “A Maria”, a “Casa Mateus”,
o “Monte Agrícola”, a “Adega os Rama-
lhos”, o “Central”, o “Quartel”, a “Herda-
de dos Barros”, “A Lanterna”, o “Zé do Al-
to” ou “A Chaminé”. Os visitantes vão po-
der também participar em actividades
várias, como o Percurso Pedestre “Em
Busca do Poejo”, um Atelier de Cozinha
com um conceituado Chef nacional,
Workshops de Gastronomia e de Food
Experience sobre temáticas diversas co-
mo por exemplo, “O Vinho e o Peixe do
mental para a construção da sua sólida
carreira.
Aos 71 anos de idade e 48 de carreira,
Carlos do Carmo fará uma viagem musi-
cal pelos temas da sua vida, no qual o
fadista estará acompanhado por uma ge-
QUINTA-FEIRA
10 de Fevereiro de 2011 15
Aonde ir
TEATRO LISBOA
O Teatro Nacional
D. Maria II recebe,
a partir de amanhã,
a peça “Azul Longe
nas Colinas”, uma
adaptação para
teatro do texto
Rio” com a presença do enólogo Paulo original de Denis
Foto Pedro Macedo
Laureano. Potter – “Blue
Se desejar pernoitar, são também ade- Remembered
rentes a esta iniciativa unidades hotelei- Hills”, que estreou
ras como o Monte do Peral, o Hotel Rural na BBC em 1979, e
Nave Terra, a Casa de Terena, o Monte que aqui conta com a encenação de Beatriz Batarda. Al bano
dos Vicentes, a Herdade D. Pedro, a Her- Jerónimo, Bruno Nogueira, Dinarte Branco, Elsa Oliveira,
dade do Monte Outeiro, a Quinta Dias em Leonor Salgueiro, Luísa Cruz e Nuno Nunes dão vida a sete
Sonho, a Casa da São, a Herdade dos Bar- amigos que têm por hábito brincar num bosque, perto da vila
ros, o Monte das Galhanas, a Hospedaria onde vivem, durante as férias de Verão. Através da brincadeira
Pêro Rodrigues e a Landroal Residencial, vão descobrir a violência do mundo que os rodeia e procuram
com descontos de 20% sobre o preço do compreendê-lo imitando a realidade dos adultos. Para ver até
balcão. 20 de Março, de quarta-feira a sábado às 21h45 e domingos às
16h15.
10 de Fevereiro, Sala Estúdio, TNDMII, Lisboa
EXPOSIÇÃO CASINO LISBOA
O Casino Lisboa inaugura. no dia
14 de Fevereiro, “Dia dos
Namorados”, a exposição “Sorte
ao Jogo – Sorte ao Amor”, da
autoria do artista plástico Nélio
Saltão. Integrada por 30 quadros,
pintados predominantemente a
encarnado, a exposição retrata a
viagem de uma obra de arte per-
dida, à procura do seu autor e
amigo. Depois de percorrer
Cascais,
a peça inicia uma viagem pela
cidade de Lisboa, descobrindo o
charme e o amor que a metró-
pole tem para oferecer.
Patente até 28 de Fevereiro na
Galeria de Arte, localizada na área circundante ao Arena Lounge,
todos os dias das 15h às 3h da madrugada, excepto às sextas-
feiras e sábados, cujo horário será das 16h às 4h da madrugada.
14 a 28 de Fevereiro, Galeria de Arte, Casino de Lisboa
MÚSICA GRÂNDOLA
O Auditório Municipal do Cine-
Teatro Granadeiro, em Grândola
recebe no dia 11 de Fevereiro,
a partir das 21h30, o espectáculo
“Corvos Visitam U2”, dos Corvos.
Este é o novo espectáculo da
banda, que interrompe a tournée
de promoção ao novo álbum
“Medo”, para homenagear o
grupo irlandês. “With or Without
You”, “Sunday Bloody Sunday”
ou “Pride” são alguns dos temas
recriados por Pedro Teixeira e
Tiago Flores nos violinos, Cláudio
Nunes no violoncelo, Luís Santos
ração afirmada de guitarristas como Ri- na viola d’arco e Pita na bateria.
cardo Rocha, José Manuel Neto, Carlos Da imagem de marca da banda,
Manuel Proença, José Maria Nóbrega e aliada a uma abordagem inovadora que explora a fusão da esco-
Fernando Araújo, assim como músicos de la clássica e do rock, resulta um espectáculo de inesgotável ener-
outros géneros como o contrabaixista gia. Os bilhetes para este concerto custam 4€ (adultos) e 3€ (cri-
Carlos Bica, o espanhol António Serrano anças, seniores e Cartão Jovem).
na harmónica e o maestro, músico e com- 11 de Fevereiro, Cine-Teatro Granadeiro, Grândola
positor António Victorino d’Almeida, ao
piano. TERTÚLIA CULTURAL SERRA DA ESTRELA
A Orquestra Sinfonietta de Lisboa, diri- O Museu do Pão, em Seia, apresenta no dia 12 de Fevereiro pelas
gida pelo maestro Vasco Pearce de Aze- 22 horas, a Tertúlia Cultural
vedo, acompanhará o artista lisboeta com Museu do Pão, com Vitorino.
arranjos de Bernardo Sassetti, Pedro Mo- O músico irá abordar temas
reira, Vasco Pearce de Azevedo e António relacionados com o seu percur-
Victorino d’Almeida. Os bilhetes têm o so artístico e cultural, assim
preço de 12€ a 25€. como as suas opiniões relativa-
mente ao Portugal actual no
Fotos Joana Lima Rocha
que respeita à música, literatu-
ra, teatro/cinema, comunicação
e produção cultural. Com
entrada livre, as Tertúlias do
Museu do Pão convidam todos
os que gostam de aprender,
trocar experiências e sobretudo
conversar de forma espontânea
numa atmosfera intimista e
informal, enquanto tomam um
quente e reconfortante chá.
12 de Fevereiro, Bar-Biblioteca,
Museu do Pão, Seia

16
Desporto
Duelo particular com atracção extra em Genebra
▲
PORTUGAL X ARGENTINA
AS SELECÇÕES de Portugal e da Ar-
gentina defrontam-se hoje na cidade
suíça de Genebra em jogo particular
que oporá algumas das maiores figu-
ras do futebol mundial, sobretudo
entre aqueles que são considerados
os dois melhores jogadores da actua-
lidade, Cristiano Ronaldo e Lionel
Messi.
Entre Portugal e Argentina, cota-
Armindo
visa êxito a
médio prazo
▲
MUNDIAL DE RALIS
O PILOTO português Armindo Araú-
jo, bicampeão mundial de Produção
(PWRC), disse ontem que caso venha
a competir no WRC terá um projecto
a três anos e que espera de um “gran-
de resultado” a médio/longo prazo.
Armindo Araújo reafirmou que
apenas lhe falta a resposta de um pa-
trocinador e que só com esse apoio é
que poderá entrar no campeonato
mundial de ralis. “Mais uma semana,
menos uma semana, tem que haver
uma decisão. Tudo está do lado do
patrocinador”, referiu o piloto.
Certo é o interesse de duas equipas
nos serviços do português, a Ford e a
Mini, mas Armindo Araújo explicou
ainda não ter sido tomada uma deci-
Hélder Rodrigues aponta às
vitórias no Mundial e Dakar
▲
TODO-O-TERRENO
O MOTARD português Hélder Rodri-
gues, terceiro classificado no Dakar
2011, aponta já as suas baterias ao
Mundial, no qual espera fazer o seu
melhor resultado de sempre e chegar
ao título.
“Foi um ano muito bom. Fui ter-
ceiro no Mundial e no Dakar, pelo
que espero fazer o melhor de sempre
no campeonato do Mundo, em que já
fui segundo. Agora, gostava de ven-
cer e vou trabalhar para isso”, disse o
piloto.
QUINTA-FEIRA
10 de Fevereiro de 2011
das no ranking FIFA em oitavo e
quinto lugares, respectivamente, há
alguns aspectos comuns no seu tra-
jecto recente, o primeiro dos quais o
facto de terem sido as últimas selec-
ções a derrotarem a actual campeã
da Europa e do Mundo, a Espanha.
Mais do que derrotar os espanhóis,
actualmente proeza ao alcance de
muito poucas equipas, o que surpre-
endeu verdadeiramente foram os nú-
meros das vitórias de Portugal (4-0) e
são, dependendo do projecto em que
venha a ser inserido.
“(Queremos) uma equipa que nos
dê um projecto a médio/longo prazo
e que nos insira nos programas de
desenvolvimento e testes. A minha
decisão tem a ver com a minha posi-
ção futura dentro da equipa e não
tanto com o ano de 2011”, acrescen-
tou. Com a possibilidade do WRC no
horizonte, o piloto de Santo Tirso
não fará o calendário completo, já
que uma época inteira custa entre os
3,0 e os 3,5 milhões de euros.
“Será um programa seleccionado
de corridas e estamos a fazer um in-
vestimento mais ou menos como fi-
zemos na produção, em que apresen-
támos um projecto a três anos”, disse
o piloto de 33 anos.
Hélder Rodrigues considera que o
Dakar é a grande meta, mas que du-
rante o ano o campeonato do Mundo
de todo-o-terreno é o objectivo, nu-
ma época que considera muito lon-
ga, dura e com muitas corridas - en-
tre 25 a 30 em todas as competições.
O Dakar é a meta, com o piloto lis-
boeta a dizer que é o objectivo de to-
dos os corredores. “Este ano fui ter-
ceiro e acho que a dificuldade de fa-
zer segundo ou primeiro é a mesma.
(...) estamos a trabalhar para que já
no próximo ano possa ser um candi-
dato a vencer”, finalizou.
Argentina (4-1), que se vão defrontar
pela sétima vez, depois de seis parti-
culares, o último dos quais em 1972,
no Rio de Janeiro, que terminou com
a única vitória lusa, contra quatro
dos sul-americanos.
Outro ponto comum entre ambas
resulta da modesta participação no
Mundial da África do Sul, para o qual
partiram como potenciais candida-
tos a discutirem o título juntamente
com Espanha, Brasil, Alemanha, Itá-
OPEN DE FRANÇA: Cibulkova avança em Paris
A TENISTA eslovaca Dominika Cibulkova responde à adversária croata Ana Vrljic na 1.ª
eliminatória do Open de França que decorre em Paris. Cibulkova, 8.ª favorita, venceu
Vrljic pelos parciais de 6/0 e 6/2.
Dias Ferreira prepara
candidatura à presidência
▲
ELEIÇÕES NO SPORTING CP
JOSÉ DIAS Ferreira, actual presiden-
te da mesa da Assembleia-Geral, está
a preparar a candidatura à presidên-
cia do Sporting Clube de Portugal,
mas só tomará uma posição oficial
após 14 de Fevereiro, revelou ontem
à Lusa uma fonte da candidatura.
Segundo a mesma fonte, “um con-
junto de pessoas ligadas ao Sporting
entende que a situação é muito com-
plicada”, na sequência da demissão
do presidente José Eduardo Betten-
court, que levou os órgãos sociais a
lia, Holanda e Inglaterra. A selecção
portuguesa caiu nos oitavos-de-final
aos pés da Espanha, enquanto os ar-
gentinos se ficaram pelos quartos-
de-final perante a Alemanha.
O facto do jogo ser particular e
não estarem pontos em jogo pode
contribuir para proporcionar um
grande espectáculo, se os aspectos
tácticos não forem sobrevalorizados
a ponto de condicionarem a iniciati-
va e a criatividade dos artistas de am-
Foto Ian Langsdon/EPA
anunciarem a resignação para 14 de
Fevereiro. “Dias Ferreira entende a
delicadeza do momento do Sporting
e a urgência de encontrar soluções
desportivas e financeiras dignas de
um candidato ao título e de uma po-
tência europeia. Mas só tomará posi-
ção oficial depois do dia 14”, acres-
centou a fonte.
Se confirmar a candidatura às elei-
ções marcadas para 26 de Março, Di-
as Ferreira deverá deixar a presidên-
cia da mesa da Assembleia-Geral
imediatamente após a demissão dos
órgãos sociais.
bos os lados. Entre estes, registe-se a
ausência de Pepe do lado português e
de Carlos Tevez e Kun Aguero do la-
do argentino, e a curiosidade de Sér-
gio Batista ter chamado dois jogado-
res que actuam em Portugal, o cen-
tral Otamendi, do FC Porto, e o médi-
o esquerdo Nico Gaitán, do Benfica.
A partida a realizar no Stade de
Genéve, com início às 20 horas
(RTP1), será dirigida pelo árbitro suí-
ço Massimo Busacca.
ÚLTIMA HORA
WWW.ABOLA.PT
A selecção nacional de futebol sub-
20, orientada por Ilídio Vale, empa-
tou 1-1 frente à formação sub-21 da
Noruega, num jogo realizado no Es-
tádio Municipal de Rio Maior que
concluiu o estágio de dois dias reali-
zado naquela cidade. A selecção sub-
20 termina assim o estágio de prepa-
ração em Rio Maior, sendo que todos
os jogadores regressaram ainda on-
tem aos seus clubes.
WWW.OJOGO.PT
O novo técnico do Wolfsburgo deci-
diu suspender o médio brasileiro
Diego por um jogo, na sequência de
este ter marcado um penalty sem
ser o jogador escolhido para o fazer.
Diego falhou mesmo a conversão do
castigo máximo. “Decidi suspendê-
lo por um jogo pelo que fez na últi-
ma partida. Depois, tudo será esque-
cido e ele terá a oportunidade de
nos mostrar que pode ajudar a equi-
pa”, explicou Pierre Littbarski.
WWW.MAISFUTEBOL.IOL.PT
Guardiola vai continuar no FC Bar-
celona até Junho de 2012. O treina-
dor chegou a acordo com o clube ca-
talão para prolongar o vínculo por
mais um ano, anunciou o site oficial
do Barcelona num comunicado.
Neste momento, as partes chegaram
a um princípio de entendimento e
“nos próximos dias”, adianta a nota
oficial, o acordo vai ser passado ao
papel, com a assinatura do contrato
que formalizará a renovação.
TEMPO PARA OJE
Porto
MIN. 11 MÁX. 16
Lisboa
MIN. 10 MÁX. 16
Faro
MIN. 11 MÁX. 17