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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

XI Fórum de Letras

CRENÇAS SOBRE AVALIAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA:


Um estudo com professores da Educação de Jovens e Adultos

KATIA BRUGINSKI MULIK


katiamulik@yahoo.com.br
JUSTIFICATIVA

• Prática em sala de aula com a EJA

• Continuidade da pesquisa da graduação

• Interesse pela questão da avaliação


OBJETIVO GERAL

• Investigar as crenças implícitas na prática


avaliativa em língua inglesa do grupo de
professores de um centro estadual de
educação de jovens e adultos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar as crenças dos professores

• Fazer um levantamento das avaliações


utilizadas pelos professores

• Confrontar as crenças dos professores


com a prática
METODOLOGIA

• A coleta de dados se caracterizou em entrevista


oral gravada e transcrita – 3 professores.

• Roteiro com questões

• Coleta de documentos internos da instituição –


provas, PPP e PTD.

• Análise interpretativista
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

• Conceitos de crenças

-Horwitz (1988)
-Barcelos (2004, 2006)
-Silva (2007)
-Kudiess (2005)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Entendemos crenças no ensino-aprendizagem de


línguas como ideias ou conjunto de ideias para as
quais apresentamos graus distintos de adesão
(conjecturas, ideias relativamente estáveis, convicção e
fé). As crenças na teoria de ensino e aprendizagem de
línguas são essas ideias que tanto alunos, professores
e terceiros têm a respeito dos processos de ensino-
aprendizagem de línguas e que se (re)constrói neles
mediante as suas próprias experiências de vida e que
mantêm por um certo período de tempo.
SILVA (2005, p.77)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Esquematização de
crenças segundo Kudiess
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

• Conceitos de avaliação
- Perrenoud (2000)
- Demo (1996)
- Morosov e Martinez (2008)
- Hoffmann (2009)
- Norris (2000)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O uso de testes
Fonte: adaptado de Norris (2000)
CENÁRIO DA PESQUISA

• Escola estadual – específica para a modalidade


EJA

• Entrevista com 3 professores – inglês


(mínimo de 7 anos de atuação)

• Coleta das avaliações

• Documentos da escola (proposta de ensino)


RESULTADOS

• Incoerências entre o que é decidido pelo grupo


e o que é avaliado

• Unanimidade na participação do aluno como


forma de avaliação

• Controvérsias na importância da avaliação

• Alunos vêem a avaliação como punição


RESULTADOS

• Unanimidade na dificuldade de produção escrita

• Perfil do aluno afeta no ensino (divergência)

• Avaliação individualizada (cada aluno tem um


tratamento)

• Notas não refletem no aprendizado


RESULTADOS

• Estratégias de ensino modificadas a partir do


resultado

• Correção coletiva (unanimidade)

• Incoerências entre o PPP e o PTD e o que é


ensinado

• Ex: Presença mínima de textos autênticos


RESULTADOS

• Ex: pouca produção escrita

• Escrita = perguntas e respostas

• Ex: apresentação oral de trabalhos

• As crenças dos professores influencia na prática


avaliativa

• Responsabilidade social perante o aluno


RESULTADOS

PROF 1 – “O que eu professora ... qual é a minha


responsabilidade social diante de uma aluna de 56 anos
que é zeladora numa escola e que precisa do certificado
de conclusão de curso para poder ser efetivada no seu
emprego. Tá, essa aluna não atingiu a nota que deveria.
Então o que eu faço? Mantenho a reprovação dela ou
intervenho de uma outra maneira? É angustiante essa
situação por que o que é justo pra um tem que ser justo
pra outro, mas ao mesmo tempo eu acho que nós
professores temos que ter o livre arbítrio e usar o bom
senso. O que eu faço com essa aluna?
RESULTADOS

PROF 2 – “Ah eu penso assim no lado


humano. Assim se eu tiver reprovando um
aluno eu acho que eu to negando assim
pra ele o direito da cidadania né? Eu
procuro fazer o máximo pra que isso não
ocorra”
SUGESTÕES DE TRABALHO
COM A EJA

• Encaminhamento metodológico mais


próximo da realidade dos alunos
• Propagandas – palavras em inglês
• Nomes de estabelecimentos em inglês
• Embalagens
• Estrangeirismos
• Cultura dos povos
“Acreditar que não acreditamos
em nada é crer na crença do
descrer”

Millôr Fernandes
REFERÊNCIAS
• SHOHAMY, E. A practical handbook of language testing for second language
teachers.Tel Aviv, Israel, 1985. Manual não publicado.
• SILVA, Kleber Aparecido da. Crenças sobre ensino e aprendizagem de línguas na
Lingüística Aplicada: um panorama histórico dos estudos realizados no contexto brasileiro.
Linguagem e Ensino, v.10, n.1, p.235-271, jan./jun.2007.
• PERRENOUD, Philippe. 10 novas competências para ensinar: convite à viagem. Porto
Alegre: Artmed, 2000. 192
• MOROSOV, Ivete; MARTINEZ, Juliana. A didática do ensino e a avaliação da
aprendizagem em língua estrangeira. Curitiba: IBPEX, 2008. 194 p.
• HORWITZ, Elaine K. The Beliefs about Language Learning of Beginning University Foreign
Language Students. The Modern Language Journal,72, 1988.
• KUDIESS, Elisabeth. As crenças e os sistemas de crenças do professor de inglês sobre o
ensino e a aprendizagem de língua estrangeira no sul do Brasil: sistemas, origens e
mudanças. Linguagem e Ensino, vol. 8, n.2, 2005.
• BARCELOS, Ana Maria Ferreira. Ser professor de inglês: crenças, expectativas e
dificuldades dos alunos de letras. In: ABRAHÃO, Maria Helena Vieira. (Org.) Prática de
ensino de língua estrangeira: experiências e reflexões. Campinas: Pontes Editores,
ArteLíngua, 2004.

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