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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR PIAUIENSE LTDA

FACULDADE PIAUIENSE – FAP TERESINA


COORDENAÇÃO DO CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS

A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA O BOM FUNCIONAMENTO DA


EMPRESA E TOMADA DE DECISÕES, COM ENFOQUE NO CONTROLE
INTERNO.

Hylca Oliveira Silva

Teresina (PI), Julho de 2007.


HYLCA OLIVEIRA SILVA

A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA O BOM FUNCIONAMENTO DA


EMPRESA E TOMADA DE DECISÕES, COM ENFOQUE NO CONTROLE
INTERNO.

Monografia apresentada a Faculdade


Piauiense, exigida como Trabalho de
Conclusão de Curso, requisito para a
obtenção do título de Bacharel em
Ciências Contábeis, sob a orientação do
Professor Domingos Sávio Jacinto e
Silva.

Teresina (PI), Julho de 2007.


A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA O BOM FUNCIONAMENTO DA
EMPRESA E TOMADA DE DECISÕES, COM ENFOQUE NO CONTROLE
INTERNO.

Hylca Oliveira Silva

Aprovada em _____/_____/_____

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________
Profª. Amanda Raquel da Silva Rocha
Mestre em Políticas Públicas
Presidente

______________________________________________________
Profº. Domingos Sávio Jacinto e Silva
Mestre em Administração Financeira
Membro

______________________________________________________
Profª. Maria Valéria Santos Leal
Especialista em Contabilidade
Membro

Teresina (PI), Julho de 2007.


DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a


Deus, pois sem ele não estaria aqui, a
minha mãe e aos meus irmãos pelo
apoio concedido nas horas difíceis e ao
Josué, pela ajuda e incentivo a continuar
lutando por esse sonho.
AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Pai todo Poderoso, Senhor dos Senhores e de todas as coisas,


por me conceder a permissão de chegar até aqui.
A minha Mãe e aos meus irmãos por acreditarem em mim, em especial a
minha mãe e ao amado Josué pelo apoio dedicado quando pensei em desistir.
A todos os professores que participaram desta etapa da minha vida que
contribuíram para o meu crescimento como ser humano e como profissional.
Em destaque ao meu orientador Professor Domingos Sávio Jacinto e Silva,
pelas conversas e ajuda nesse difícil processo, mais que se tornou uma gostosa
realização.
Aos colegas de sala e a todos que estiveram presente nesta caminhada, em
especial as amigas com quem pude trocar idéias Kátia, Adriana, Alessandra, Joana,
enfim a todos os participantes à frente ou nos bastidores que me ajudaram a chegar
à realização desta graduação.
SUMÁRIO

RESUMO....................................................................................................................... 07
ABSTRACT ................................................................................................................... 08
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 09
CAPÍTULO I: AUDITORIA ............................................................................................. 11
1.1. Estudo dos Aspectos Gerais da Auditoria .............................................................. 11
1.2. Órgãos relacionados com a Auditoria .................................................................... 15
1.2.1. CVM .................................................................................................................... 15
1.2.2. IBRACON ............................................................................................................ 16
1.2.3. CFC e CRC ......................................................................................................... 17
1.2.4. AUDIBRA ............................................................................................................ 17
1.2.5. CNAI .................................................................................................................... 18
1.3. Auditoria Interna X Auditoria Externa ..................................................................... 19
1.4. Auditoria de Sistemas Informatizados .................................................................... 25
CAPÍTULO II: AUDITORIA INTERNA E CONTROLES INTERNOS ............................. 27
2.1. Conceito e Aplicação da Auditoria Interna.............................................................. 27
2.2. Importância da Auditoria Interna ............................................................................ 29
2.3. Processo de atuação da Auditoria Interna.............................................................. 31
2.4. Sistema de Controle Interno ................................................................................... 32
2.5. Princípios Básicos do Controle Interno................................................................... 33
2.6. Importância do Controle Interno ............................................................................. 35
CAPÍTULO III: A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA TOMADA DE
DECISÃO DAS EMPRESAS ......................................................................................... 37
3.1. Auditoria Interna e o processo de tomada de decisão ........................................... 37
3.2. Pesquisa de Campo: Halley S.A Gráfica e Editora ................................................. 38
3.2.1. Conhecendo a Empresa - Visão geral da Halley ................................................. 38
3.2.2. Análise das funções desenvolvidas pelos profissionais participantes do
Controle Interno............................................................................................................. 40
3.2.3. Análise do Controle Interno da Empresa ............................................................. 42
3.2.4. Resultado encontrado sobre a Pesquisa de Campo ........................................... 43
CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 46
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................. 48
ANEXOS ....................................................................................................................... 50
RESUMO

A economia do nosso país passa por constantes transformações que afetam


diretamente as empresas e a suas atividades, haja vista as mesmas precisam
adaptar-se às condições do mercado competitivo, o que faz surgir a necessidade de
um sistema que auxilie a administração no controle dessas atividades. O trabalho
desenvolvido buscou verificar a importância da Auditoria Interna para o bom
funcionamento da empresa e tomada de decisões, com enfoque no Controle Interno
em uma empresa no ramo de Gráfica, com objetivo de avaliar de que forma a
Auditoria Interna contribuí para o controle eficiente na gestão administrativa.
Serviram como ferramentas para o trabalho a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de
campo, onde a Auditoria é abordada de uma forma geral, em seguida é dada uma
atenção a Auditoria Interna e aos Controles Internos e no último momento é feita a
verificação da importância da Auditoria Interna para tomada de decisão da empresa,
com o resultado da pesquisa de campo desenvolvida com uma visita a empresa e
auxílio de um questionário, onde mostra porque a empresa pesquisada possui
destaque no mercado.

Palavras-chaves: Auditoria Interna, Controle Interno, Eficiência.


ABSTRACT

The economy of our country goes by constant transformations that affect the
companies directly in all your activities, have seen that the same ones need to adapt
to the conditions of the competitive market, for that it is that the urgent need of a
system that aids the administration in the control of those activities appears. The
developed work looked for to verify the importance of the Audit it Interns for the good
operation of the company and electric outlet of decisions, with focus in the Internal
Control in a company in the branch of Graph, with objective of evaluating that forms
the Audit it Interns I contributed to the efficient control in the administrative
administration. They served as tools for the work the bibliographical research and the
field research, where the Audit is approached in a general way, soon after an
attention is given the Audit it Interns and to the Internal Controls and in the last
moment it is made the verification of the importance of the Audit it Interns for electric
outlet of decision of the company with the result of the field research developed with
a visit the company and aid of a questionnaire, where it shows because the
researched company possesses prominence in the market.

Key-Words: Audit Interns, Internal Control, Efficiency.


INTRODUÇÃO

A escolha do tema teve como intuito, evidenciar que há uma urgente


necessidade de um maior controle interno dentro das empresas, ressaltando sua
importância, pois através deste controle é que se pode controlar o patrimônio e
assim, corrigir as falhas existentes nas áreas mais importantes da entidade, para
reduzir custos e poder aumentar os lucros.

A finalidade principal da pesquisa foi dizer que o objetivo da Auditoria


Interna não é buscar as irregularidades, mas através do processo detectá-las e
corrigi-las, pois é essa auditoria que dá a confirmação das informações fornecidas
pelas demonstrações contábeis e a credibilidade dessas informações a fim de
melhorar o funcionamento da empresa.

Além de ter apresentado a importância da Auditoria Interna para as


empresas atualmente, que é a busca de forma clara e específica como essa área tão
experiente pode ajudar a melhorar o andamento das atividades das mesmas e de
que maneira pode contribuir para o bom funcionamento da empresa e tomada de
decisões em meio a um mercado altamente exigente.

Procurou-se também mostrar a comprovação de como uma empresa pode


ser bem administrada em parceria com uma Auditoria Interna eficiente, ao tentar
identificar e perceber as necessidades dos clientes em um mercado competitivo com
a ajuda da mesma, com o objetivo de caracterizar como acontece o processo de
Auditoria Interna dentro da empresa investigada.
10

Para atingir os objetivos propostos pelo trabalho foi necessário o


desenvolvimento de uma pesquisa de campo em uma empresa com o ramo de
atividade em Gráfica, antes disso foi fundamental a utilização de pesquisa
bibliográfica, que nada mais é que um conjunto de informações já publicadas em
livros e revistas, cujos autores buscaram solucionar a necessidade de fornecer
cuidados ao controle do patrimônio, e foi também utilizado material disponível na
Internet.

Surgiu inicialmente a necessidade de estudar no primeiro capítulo os


conceitos básicos a respeito de Auditoria, fazendo um apanhado dos seus aspectos
gerais e um breve entendimento dos órgãos que possuem relação com essa técnica,
tendo sido diferenciada a auditoria interna da externa, fazendo um relato sobre
auditoria de sistemas informatizados, meio de grande importância e auxílio aos
auditores da atualidade.

No segundo capítulo foi feito um enfoque na auditoria interna e controles


internos, conceituando e verificando a aplicação da auditoria interna e vendo sua
importância no processo de atuação da mesma. Analisando o sistema de controle
interno sendo seguido por todos os seus princípios básicos de acordo com a
importância desse controle para o bom desenvolvimento das atividades em todos os
setores da empresa.

Já no terceiro capítulo foram apresentadas a auditoria interna e o processo


de tomada de decisão. E em seguida, a pesquisa com uma breve explanação sobre
a empresa investigada, analisando as funções desenvolvidas pelos profissionais
participantes desse processo juntamente com o resultado encontrado com a
pesquisa.
1 - AUDITORIA

Neste capítulo será realizado um estudo sobre os aspectos gerais da


auditoria, abordando os órgãos relacionados com a área pesquisada, fazendo
distinção entre auditoria interna x auditoria externa, e procurando entender sobre a
auditoria de sistemas informatizados, meio utilizado e de grande importância para as
empresas na atualidade.

1.1. Estudo dos Aspectos Gerais da Auditoria

Existem inúmeros conceitos para Auditoria, vários autores já tentaram explicar


de forma clara e objetiva como funciona essa técnica, dentre eles, segundo Hilário
Franco e Ernesto Marra, pode-se definir auditoria como:

A técnica contábil que através de procedimentos específicos que lhe são


peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, inspeções, e na
obtenção de informações e confirmações relacionadas com o controle do
patrimônio de uma entidade objetiva obter elementos de convicção que
permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com
princípios fundamentais e normas de contabilidade e se as demonstrações
contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação
econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo
examinado e as demais situações nelas demonstradas. (FRANCO E
MARRA, 2001, p.28).

De uma maneira bem simples auditoria é o levantamento de dados, ou seja,


documentos, livros, registros, informações em geral de uma empresa e avaliação
das transações da mesma em conformidade com princípios e normas contábeis,
pois se torna elemento de alta importância no sistema de informações, mensuração
de desempenho e prestação de contas da administração.
12

Segundo William Attie (1998, p. 25): “A auditoria é uma especialização


contábil voltada a testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado
com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”.

É realmente um grande método que o ser humano possui, dispor dessa


técnica para utilizar somente sobre fins de opinião para demonstrar as situações
patrimoniais das empresas.

Pode-se entender um pouco sobre o Desenvolvimento Histórico da Auditoria.

Entre as diversas áreas de atuação do contador, a auditoria vem


experimentando um excelente desenvolvimento. Segundo William Attie:

A profissão do auditor data do século XVIII, onde alguns profissionais se


autonomeavam contadores públicos, executando, porém, um trabalho pouco
mais aprofundado do que aquele efetuado pelos contadores comuns. No
século XIX, aparece o denominado perito contador, cuja função básica era
de descobrir erros e fraudes. A partir de 1900, a profissão do auditor tomou
maior impulso através do desenvolvimento do capitalismo, tornando-se uma
profissão propriamente dita. (ATTIE, 1984, p. 34).

Antônio Lopes de Sá (2002, p. 21) diz que: “A denominação auditor é antiga,


mas não se conhece ao certo sua origem nem a data precisa em que se consagrou,
admitindo-se que pudesse ter sido adotada por volta do século XIII, na Inglaterra, no
reinado de Eduardo I”.

O termo auditor, no latim como substantivo tinha o sentido apenas de


significar “aquele que ouve”, ou “ouvinte”, nada podendo configurar com o que viria
ser adotado para representar aquele que daria opinião sobre algo que comprovou
ser verdade ou não. A auditoria surgiu primeiramente na Inglaterra, que foi a
primeira a possuir as grandes companhias de comércio e a primeira a instituir a
taxação do Imposto de Renda, baseada nos lucros das empresas.

A confiança que na Inglaterra se depositava nos auditores era muito grande e


haveria mesmo de surgir um brilhante futuro, não fossem a displicência e a
incapacidade de muitos profissionais surgidos na época, que influíram
desastrosamente na carreira extraordinária traçada para tal rumo.
13

Mesmo assim, sua importância é reconhecida há muitos anos desde a antiga


história. As provas constam em registros realizados entre a família real da Urukagina
de mais de 4.500 anos antes de Cristo, nessa época já existiam normas de auditoria
como textos, ou seja, havia relato de prática de auditoria.

Não se pode ser totalmente conhecedor da ciência contábil sem ter a


aprendizagem da auditoria contábil, pois essa prática vem sido exercida há muitos
anos, desde as primeiras necessidades humanas de se ter um controle mais amplo
de seus bens.

Na Idade Média várias foram às associações profissionais que, nos diversos


países da Europa, incumbiam-se de executar as funções de auditoria, destacando
entre elas os conselhos londrinos, em 1310 e o tribunal de contas em 1640 em paris.
No século XVIII já existiam novas diretrizes as técnicas contábeis, principalmente as
de auditoria. Para atender as necessidades das grandes empresas em 1845 pouco
depois da contabilidade penetrar nos domínios científicos o Railway Companie
Consolidation Aet, obrigava as verificações anuais dos balanços, que deveria ser
feita por auditores.

De acordo com a análise de Antônio Lopes de Sá:

No Brasil o movimento de arregimentação dos auditores iniciou-se em São


Paulo, há cerca de 30 anos através do Instituto de Contadores Públicos do
Brasil, mais tarde surgiram outras instituições, como o Instituto Brasileiro de
Auditores Independentes na Guanabara, assim como Instituições de
Contadores no Rio Grande do Sul ( ICARGS).(LOPES DE SÀ, 2002, p.22).

A auditoria é uma atividade que vem crescendo no Brasil, com a evolução e


competitividade dos mercados, cada vez mais as empresas estão em busca de
novas tecnologias que permitam à administração ousar perspectivas futuras para
suas atividades empresariais. De acordo com o surgimento de temas famosos como
“just-in-time”, “benchmarking”, dando a impressão de que a administração está
sempre se formulando, mesmo que às vezes seja apenas uma roupagem nova a
auditoria possui uma filosofia bem antiga, que permite às organizações minimizar os
riscos, garantindo a perpetuação dos seus negócios.
14

A atividade de auditoria é bastante dinâmica e está em permanente mutação,


o que requer maior atenção dos órgãos específicos ligados a essa área, no sentido
de padronizar e estabelecer os procedimentos, fortalecer o sistema de auditoria e
mercado de capitais, como conseqüência, darem maior segurança para os
investidores, notadamente, nas companhias de capital aberto. Essa atividade foi
estruturada, fundamentalmente, no inevitável fato que tinham os usuários da
informação contábil de contar com uma opinião que possui meio próprio de
subsistência e forma positiva que associasse qualidade e confiabilidade às
manifestações que a gerência faz, por meio das informações contábeis, sobre a
situação econômica e financeira da entidade.

Essa técnica vem ao longo do tempo desenvolvendo, cada vez mais um papel
de suprema importância para as empresas de um modo em geral, haja vista que,
tem como princípio básico a preservação do patrimônio das instituições, através da
aplicação de métodos e técnicas que buscam a redução da ineficiência, negligência,
incapacidade e improbidade dos colaboradores, bem como o controle dos bens,
direitos e obrigações que constituem o patrimônio. Tudo sendo por determinação,
tendo que ser elaborado sob a égide dos princípios da ética, de maneira que
possam estar moralmente fundamentados.

Legislação Brasileira Relacionada à Auditoria

De acordo com Hilário Franco e Ernesto Marra:

No Brasil, desde 1965 o Poder Público tem reconhecido a necessidade de


intervenção do auditor independente em atividades públicas e particulares.
A Lei n.º 4.728, de 14 de julho de 1965, é o texto legal pioneiro a mencionar
a auditoria e o auditor independente. Essa lei institui, em bases
consistentes, o chamado mercado de capitais. (FRANCO E MARRA, 2001,
p.34).

Lei Nº. 4.728, de 14 de Julho de 1965.

“Art. 20. Compete ao Conselho Monetário Nacional expedir normas a serem


observadas pelas pessoas jurídicas referidas nesse artigo, e relativas à”:
15

b) organização do balanço e das demonstrações de resultados, padrão de


organização contábil, relatórios e pareceres de auditores independentes registrados
no Banco Central “. (Grifos Nossos).

NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações


Contábeis com alterações e dá outras providencias.

1.2. Órgãos relacionados com a Auditoria

Os principais órgãos relacionados com a Auditoria são os seguintes:

• Comissão de Valores Mobiliários – CVM;


• Instituto Brasileiro de Contadores – Ibracon;
• Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade
– CFC e CRC;
• Instituto dos Auditores Internos do Brasil – Audibra;
• Cadastro Nacional de Auditores Independentes – CNAI.

1.2.1.Comissão de Valores Mobiliários – CVM

A Lei Nº. 6.385 de sete de dezembro de 1976 criou a Comissão de Valores


Mobiliários e estabeleceu a disciplina e fiscalização para as atividades de auditoria
das companhias abertas, dando à referida Comissão atribuição de examinar a seu
critério os registros contábeis, livros ou documentos dos auditores independentes.
Segundo a referida lei, somente as empresas de auditoria contábil ou os auditores
contábeis independentes registrados na Comissão de Valores Mobiliários poderão
auditar as demonstrações financeiras de companhias abertas e das instituições,
sociedades ou empresas que integram o sistema de distribuição e intermediação de
valores mobiliários. Além disso, estabeleceu que as empresas de auditoria contábil
ou auditores contábeis independentes responderão, civilmente, pelos prejuízos que
causarem a terceiros em virtude de culpa ou dolo no exercício de suas funções.

Segundo Marcelo Cavalcanti Almeida:


16

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), criada pela lei n.º 6.385/76 é


uma entidade autárquica e vinculada ao Ministério da Fazenda. Ela funciona
como órgão fiscalizador do mercado de capitais no Brasil. O auditor externo
ou independente, para exercer atividades no mercado de valores mobiliários
(companhias abertas e instituições, sociedades ou empresas que integram
o sistema de distribuição e intermediação de valores mobiliários), está
sujeito a prévio registro na CVM. (CAVALCANTI, 2003, p.31).

1.2.2. Instituto Brasileiro de Contadores – Ibracon

O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON tem a função


de discutir, desenvolver e aprimorar as questões éticas e técnicas da profissão de
auditor e de contador e, ao mesmo tempo, atuar como porta-voz dessas categorias
diante de organismos públicos e privados e da sociedade em geral.

Auxiliar da difusão e na correta interpretação das normas que regem a


profissão, possibilitando aos profissionais conhecê-la e aplicá-la de forma
aprimorada, também é parte de nossa missão. Dessa forma, contribuímos para a
criação e a manutenção de um mercado sadio, regido pela ética profissional.

Também é função do IBRACON atuar no conjunto das entidades de ensino


colaborando para o aprimoramento da formação profissional, por meio da divulgação
das atribuições, do campo de atuação e da importância do trabalho do auditor
independente em nossa sociedade.

Para isso, o IBRACON promove periodicamente, seminários, palestras, fóruns


de discussão e treinamentos conduzidos por profissionais altamente qualificados,
visando à capacitação e à atualização permanente de seus associados. Dispõe de
biblioteca com títulos técnicos, e outros assuntos de interesse, e edita mensalmente
um boletim com artigos sobre temas do momento enviando eletronicamente a todos
os associados.

O IBRACON tem sede nacional em São Paulo e tem sete seções regionais,
que cobrem todo o território nacional. Trabalha em parceria com outras entidades
nacionais e internacionais para garantir a excelência e a integridade da profissão.

De acordo com Marcelo Cavalcanti de Almeida:


17

O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil ( Ibracon ), foi fundado


em 13-12-1971. O Ibracon é uma pessoa jurídica de direito privado sem fins
lucrativos. Os principais objetivos desse Instituto são os seguintes: fixar
princípios de contabilidade; elaborar normas e procedimentos relacionados
com auditoria ( externa e interna ) e perícias contábeis. (CAVALCANTI,
2003, p.31,32).

1.2.3. Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de


Contabilidade – CFC e CRC

Segunda a análise de Marcelo Cavalcanti, a saber:

O Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de


Contabilidade ( CFC e CRC ) foram criados pelo Decreto-Lei n.º 9.295, de
27-5-1946. Esses Conselhos representam entidades de classe dos
contadores, ou seja, é o local onde o aluno, após concluir o curso de
ciências contábeis na Universidade, presta um exame de suficiência e
registra-se na categoria de contador. (CAVALCANTI, 2003, p. 32,33).

A finalidade principal desses conselhos é o registro e a fiscalização do


exercício da profissão de contabilista.

1.2.4. Instituto dos Auditores Internos do Brasil – AUDIBRA

Instituto de Auditores Internos do Brasil – Audibra, fundado em 20 de


novembro de 1960, é uma entidade civil, sem fins lucrativos, de pessoas físicas
atuando em atividades de Auditoria Interna em qualquer modalidade. A Auditoria
Interna pela sua abrangência de atuação é uma Atividade Multidisciplinar que
compreende várias formações profissionais. Desde 1998 é filiado ao The Institute of
Internal Auditors – IIA, Instituto Internacional a partir de 2002, e desde o ano de
2000, vem estreitando e ampliando esse relacionamento extremamente necessário à
comunidade de Auditoria Interna e Controle no Brasil.

Como resultado, desde 2000 são aplicados no Brasil os exames para as


Certificações CIA-Certifield Internal Auditor e CCSA – Certification in Control Self-
Assessment-CONBRAI que em 2006 estará em sua 28ª edição. Desde 1991, em
convênio com Universidades, promove também cursos de Pós-graduação em
Auditoria Interna e atividades relacionadas.
18

O principal objetivo do Audibra é promover o desenvolvimento da auditoria


interna, mediante o intercâmbio de idéias, reuniões, conferências, intercâmbio com
outras instituições, congressos, publicações de livros e revistas e divulgação da
importância da auditoria interna junto a terceiros.

O Audibra tem como missão: estabelecer mediante intercâmbio de idéias, um


maior desenvolvimento técnico dos associados; Promover reuniões para o estudo de
matérias pertinentes a Auditoria e a realização de eventos técnico-culturais sobre
assuntos de Auditoria Interna; Desenvolver o espírito associativo dos Auditores
Internos, e difundir e promover o reconhecimento e a importância da função do
Auditor Interno no âmbito dos setores privado e público; Publicar bibliografia técnica
no campo da Auditoria Interna e de controle.

O valor do Audibra é a Entidade representativa da comunidade nacional de


auditores e dos profissionais de controle interno e externo, e que tem como bandeira
o fortalecimento destes profissionais, sua formação, capacitação permanente
atualização, tendo como lema: “Compromisso com a Excelência Profissional”.

A estrutura do AUDIBRA é constituída de:

• Assembléia Geral, órgão soberano do Instituto e é representado pela consulta


e por escrito a todos os associados, cujos votos são irrefutáveis;
• Conselho Deliberativo, órgão normativo, subordinado às diretrizes emanadas
da Assembléia Geral, constituído por Membros Natos e Membros Eleitos;
• Diretoria Executiva Nacional (integra as vice-presidências Regionais – Sul,
Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte).

1.2.5. Cadastro Nacional de Auditores Independentes - CNAI

O Conselho Federal de Contabilidade aprovou a resolução CFC nº. 1.019, de


18 de fevereiro de 2005, que dispõe sobre o Cadastro Nacional de Auditores
Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
19

Art. 1º - O Contador regularmente registrado no Conselho Regional de


Contabilidade (CRC), independente do tempo de inscrição, tendo sido aprovado no
Exame de Qualificação Técnica, terá direito ao registro no Cadastro Nacional de
Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

Art. 2º - Comporão o Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI)


os Contadores com registro regular na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), até
10 de dezembro de 2003, na condição de Responsáveis Técnicos de empresa de
auditoria ou como pessoa física, independente de se submeterem ao Exame de
Qualificação Técnica.

Art. 3º - O Contador que for aprovado no Exame de Qualificação Técnica de


que tratam as resoluções do CFC sobre essa matéria, de posse da Certidão de
Aprovação, poderá requerer, no prazo de 12 (doze) meses a contar da data de
publicação do resultado no Diário Oficial da União, a sua inscrição no Cadastro
Nacional dos Auditores Independentes (CNAI) do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC), sendo que, após esse prazo, o Contador deve se submeter a
novo Exame de Qualificação Técnica.

Art. 8º - O CNAI será mantido e monitorado pelo Conselho Federal de


Contabilidade (CFC), a quem caberá administrar e esclarecer toda a matéria
inerente ao mesmo.

Art. 9º - As Certidões de Registro serão emitidas pelos Conselhos Regionais


de Contabilidade (CRC’S), quando requeridas pelos cadastros ou obtidas por meio
eletrônico no site do CFC.

Art. 10 – Ao presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) caberá


resolver os casos omissos e as dúvidas resultantes da aplicação da presente
Resolução, dando ciência ao Plenário de suas decisões.

1.3. Auditoria Interna X Auditoria Externa


20

A técnica de auditoria pode ser executada por duas vias, sendo a auditoria
interna e a auditoria externa.

A auditoria interna e a auditoria externa, embora operando em diferentes


graus de profundidade, têm interesse comum e daí à conexão existente no trabalho
de ambas. Os exames são efetuados geralmente pelos mesmos métodos,
diferenciando-se apenas quanto à sua extensão. Por esta razão o trabalho das duas
auditorias deve ser coordenado de tal modo que seus programas impeçam a
execução de tarefas repetitivas.

De acordo com Sérgio Jund:

A prática de auditoria, seja ela interna (exceto para áreas operacionais onde
não estejam em análise as contas contábeis, seja externa, é de exercício
exclusivo do contador). Para o exame de demonstrações contábeis de
empresas de capital aberto, é necessário também o registro do profissional
na Comissão de Valores Mobiliários, além do registro no Conselho Regional
de Contabilidade. Esse assunto encontra-se regulamentado pela Resolução
n.º 821/97, para auditores externos e Resolução n.º 781/95 para auditores
internos, ambas aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade e
ainda, a Instrução CVM n.º 308/99, para registro de auditores externos,
Pessoa Física e Pessoa Jurídica, que atuem no âmbito do mercado de
valores mobiliários. (SÉRGIO JUND, 2004,p.50).

A Auditoria Interna será exercida por um funcionário da própria empresa, com


caráter permanente. Mesmo sendo funcionário da empresa sua função deve ser
exercida com absoluta independência profissional, conforme CFC.

Conforme Conselho Federal de Contabilidade (2003, p.110,111):

NBC P3 – Normas Profissionais do Auditor Interno

3.1 – Competência técnico-profissional

3.1.1 – O contador, na função de auditor interno, deve manter o seu nível de


competência profissional pelo conhecimento atualizado das Normas Brasileiras de
Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da
legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da
legislação aplicável à Entidade.
21

3.2 – Autonomia Profissional

3.2.1 - O auditor interno, não obstante sua posição funcional, deve preservar
sua autonomia profissional.

3.3 – Responsabilidade do Auditor Interno na Execução dos Trabalhos.

3.3.1 – O auditor interno deve ter o máximo de cuidado, imparcialidade e zelo


na realização dos trabalhos e na exposição das conclusões.

3.3.2 – A amplitude do trabalho do auditor interno e sua responsabilidade


estão limitados à sua área de atuação.

3.3.3 – A utilização da equipe técnica supõe razoável segurança de que o


trabalho venha a ser executado por pessoas com capacitação profissional e
treinamento requeridos nas circunstâncias.

3.3.4 – Cabe também ao auditor interno, quando solicitado, prestar assessoria


ao Conselho Fiscal ou Órgãos equivalentes.

3.6 – Cooperação com o Auditor Independente

3.6.1 – O auditor interno, quando previamente estabelecido com a


administração da entidade em que atua, e, no âmbito de planejamento conjunto de
trabalho a realizar deve apresentar os seus papéis de trabalho ao auditor
independente e entregar-lhe cópias, quando este entender necessário.

Por outro lado, há a Auditoria Externa exercida por um profissional liberal que
será obrigatoriamente um auditor independente, devidamente habilitado sem vínculo
empregatício à entidade auditada e que poderá ser contratado para auditoria
permanente ou eventual.
22

NBC P1 – Normas Profissionais de Auditor Independente (CFC, 2003, p.


76,77):

1.1. Competência Técnico-Profissional

1.1.1 - O Contador, na função de auditor independente, deve manter seu nível


de competência profissional pelo conhecimento atualizado dos Princípios
Fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade, das
Técnicas Contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à
profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação específica
aplicável à entidade auditada.

1.1.2 - O auditor, para assumir a responsabilidade por uma auditoria das


demonstrações contábeis, deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada,
de forma suficiente para que lhe seja possível identificar e compreender as
transações realizadas pela mesma e as práticas contábeis aplicadas, que possam
ter efeitos relevantes sobre a posição patrimonial e financeira da entidade, e o
parecer a ser por ele emitido sobre as demonstrações contábeis.

1.1.3 - O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar
adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada a utilização de
especialistas noutras áreas, em face de especialização requerida e dos objetivos do
contratante.

1.2 - Independência

1.2.1 - O auditor deve ser independente, não podendo deixar-se influenciar


por fatores estranhos, por preconceitos ou quaisquer outros elementos materiais ou
afetivos que resultem perda, efetiva ou aparente, de sua independência.

1.2.2 - Está impedido de executar trabalho de auditoria independente, o


auditor que tenha tido, por exemplo, relação de trabalho como empregado,
administrador ou colaborador assalariado, ainda que esta relação seja indireta, nos
dois últimos anos e participação direta ou indireta como acionista ou sócio, no
23

período a que se refere à auditoria ou durante a execução dos serviços, em relação


à entidade, suas colegiadas, controladas, controladoras ou integrantes do mesmo
grupo econômico.

1.3 - Responsabilidade do Auditor na execução dos trabalhos

1.3.1 - O auditor deve aplicar o máximo de cuidado e zelo na realização dos


trabalhos e na exposição de suas conclusões.

1.3.3 - O exame das demonstrações contábeis não tem por objetivo precípuo
a descoberta de fraudes. Todavia, o auditor independente deve considerar a
possibilidade de sua ocorrência.

1.3.4 - Quando eventuais distorções, por fraude ou erro, afetarem as


demonstrações contábeis de forma relevante, cabe ao auditor independente, caso
não tenha feito ressalva especificar em seu parecer, demonstrar, mediante,
inclusive, a exibição de seus papéis de trabalho às entidades referidas.

1.7 - Responsabilidade pela utilização do trabalho do Auditor Interno

1.7.1 – A responsabilidade do auditor não será modificada, mesmo quando o


contador, na função de auditor interno, contribuir para a realização dos trabalhos.

Diferenças básicas entre a Auditoria Interna e a Auditoria Externa

De uma forma integral, o trabalho executado pela auditoria interna é


plenamente e perfeitamente igual àquele executado pela auditoria externa. Ambas
realizam seus trabalhos utilizando-se das mesmas técnicas de auditoria, tem sua
atenção voltada para o controle interno como ponto de partida de seu exame e
formulam sugestões de melhorias para as deficiências encontradas e modificam a
extensão de seu trabalho de acordo com as suas observações e a eficiência dos
sistemas contábeis e de controle interno existentes.
24

Entretanto os trabalhos executados pelos auditores internos e externos têm


suas diferenças básicas:

Quadro 1: Auditoria Interna X Auditoria Externa


Auditoria Interna Auditoria Externa
A auditoria é realizada por um funcionário da A auditoria é realizada através da
empresa. contratação de um profissional independente.
O objetivo principal é atender as O objetivo principal é atender as
necessidades da administração. necessidades de terceiros que diz respeito a
fidedignidade das informações financeiras.
A revisão das operações e do controle A revisão das operações e do controle
interno é principalmente realizado para interno é principalmente realizada para
desenvolver aperfeiçoamento e para induzir determinar a extensão do exame e a
ao cumprimento de políticas e normas sem fidedignidade das demonstrações
estar restrito aos assuntos financeiros. financeiras.
O trabalho é subdividido em relação às áreas O trabalho é subdividido em relação às
operacionais e às linhas de responsabilidade principais contas do balanço patrimonial e da
administrativa. demonstração do resultado.
O auditor diretamente se preocupa com a O auditor incidentalmente se preocupa com a
intercepção e prevenção de fraude. intercepção e prevenção de fraude, a não ser
que haja possibilidade de substancialmente
afetar as demonstrações financeiras.
O auditor deve ser independente em relação O auditor deve ser independente em relação
às pessoas cujo trabalho ele examina, porém à administração, de fato e de atitude mental.
subordinado às necessidades e desejos da
alta administração.
A revisão das atividades da empresa é O exame das informações comprobatórias
contínua. das demonstrações financeiras e periódicas,
geralmente anual.
Fonte: William Attie, Auditoria: Conceitos e Aplicações (1984, p.55)

O trabalho do auditor externo não pode ser substituído pelo trabalho dos
auditores internos; entretanto, o auditor externo deve considerar os procedimentos
executados pelos auditores internos na determinação da natureza e extensão dos
procedimentos de auditoria a serem praticados no seu trabalho.
25

1.4. Auditoria de Sistemas Informatizados

As empresas atualmente possuem as mesmas necessidades de operações e


controle de suas atividades, até pouco tempo essas operações eram feitas à mão,
mas de acordo com o constante crescimento dessas empresas se tornou necessário
o uso de máquinas, ou seja, computadores. Hoje existem muitos sistemas de
informática para o controle dessas atividades.

De acordo com o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São


Paulo. (1999, p. 43):

À medida que os sistemas se tornam mais sofisticados, os procedimentos


de auditoria manuais vão sendo substituídos por procedimentos eletrônicos,
tendo em vista que o volume de lançamentos que passam a ser gerados por
computador aumenta. Em decorrência da mudança que se verifica na
natureza da existência da auditoria, as técnicas de auditoria que se
beneficiam da tecnologia são com freqüência mais apropriadas do que as
técnicas tradicionais. (CRCSP, 1999, p.43).

O processo de auditoria informatizado permite que a equipe da auditoria seja


eficiente e eficaz, incluindo benefícios: economia na auditoria; desempenho
consistente da auditoria; capacidade de analisar um grande número de transações
ou de dados que não seria possível manualmente; e redução ou eliminação de
tarefas mecânicas repetitivas. Por meios desses sistemas a auditoria pode ter:

• Eficiência: pode reduzir a quantidade de tempo necessário para conduzir uma


auditoria.
• Eficácia: permite que as equipes de auditoria dediquem mais tempo aos
resultados da aplicação em vez de somente executarem trabalho de
escritório.
• Independência: reduz a dependência da auditoria em relação ao pessoal de
sistemas do cliente.
• Consistência: os procedimentos podem ser realizados mais consistentemente
ano após ano.

Essa tecnologia é totalmente favorável à automação dos principais processos


de auditoria, visto que o auditor pode realizar seus trabalhos mais rapidamente,
26

reduzindo riscos e aumentando a produtividade dos mesmos, tendo os benefícios


acima mencionados. A segurança é hoje um dos maiores problemas enfrentados
pelas empresas e cabe a elas assegurar a proteção dos bens e serviços existentes
em toda sua extensão, por isso a auditoria de sistemas avalia esse ambiente e faz
recomendações para correção e melhoria dos controles internos para diminuição de
riscos.

O Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (1999, p.92) afirma que:


“a auditoria de sistemas é uma atividade voltada à avaliação dos procedimentos e
segurança vinculados ao processamento eletrônico das informações”.

O computador é uma ferramenta que serve para resolver problemas e como


tal foi construído com esse poder de força para solucionar ou amenizar os
problemas que surgem dentro das empresas. Hoje, o computador se faz presente
em praticamente todos os tipos de atividades que se possa imaginar, se tornou
necessário porque possui grande velocidade de processamento de dados e alto grau
de confiabilidade, possibilitando a rapidez dessas informações processadas.

Dentro do trabalho da auditoria, o uso do computador é imprescindível, pois


facilita muito quando se tem de solucionar determinados tipos de registro para serem
auditados, o sistema de informações contábeis passou a utilizar amplamente dos
computadores para a transformação dos dados contábeis iniciais em informações
contábeis finais. Um programa de auditoria perfeitamente elaborado, que avalie os
pontos de controle existentes com as técnicas corretas, é consequentemente, de
importância vital para o sucesso da auditoria.
2 - AUDITORIA INTERNA E CONTROLES INTERNOS

Neste capítulo será feito uma explanação sobre Auditoria Interna e Controles
Internos, o que leva a buscar informações sobre o conceito e aplicação dessas
áreas, e tentar explicar de forma clara e objetiva a importância das mesmas para as
empresas em sua administração.

2.1. Conceito e Aplicação da Auditoria Interna

A auditoria interna é uma atividade de grande importância para a


administração da empresa, principalmente se essa auditoria for eficiente, haja vista
que é considerado um ponto de extrema relevância para efeito do controle interno.
Essa atividade serve como meio de identificação para a empresa detectar se todos
os procedimentos internos definidos estão sendo efetivamente seguidos e se as
informações obtidas são necessariamente verdadeiras ou não.

De acordo com Sérgio Jund:

A Auditoria Interna é uma atividade de avaliação independente e de


assessoramento da administração, voltada para o exame e avaliação da
adequação, eficiência e eficácia dos sistemas de controle, bem como da
qualidade do desempenho das áreas, em relação às atribuições e aos
planos, às metas, aos objetivos e às políticas definidas para as mesmas.
(JUND, 2004, p.26).

Formada por profissionais que, com a utilização de métodos próprios de


pesquisa, verificação e análise, aplicados de modo constante e com profundidade, a
auditoria interna colabora com a administração para um melhor desempenho geral
28

em todas as áreas da organização. Por ser constituída de empregados da empresa,


com vínculo empregatício, esse órgão em geral, denomina-se auditoria interna e
seus elementos integrantes “auditores internos”.

Essa área tem por finalidade desenvolver um plano de verificação dos atos,
fatos e operações da empresa, é um controle, cuja função é medir e avaliar a
eficácia de outros controles. Tem por objetivo auxiliar a alta administração e
desenvolver adequadamente suas atribuições, proporcionando-lhe análises,
recomendações e comentários objetivos, acerca das atividades examinadas.

Para que os trabalhos de auditoria interna tenham êxito, torna-se


absolutamente necessária a compreensão, o apoio e a colaboração de todos os
funcionários da empresa, os quais deverão entender a presença do auditor interno
em suas áreas de trabalho, antes da função de fiscalização, como preposto da
administração, cujo objetivo é orientar para obtenção de interesse comum. Tudo em
conforme com os padrões e normas contábeis, pois estabelecem regras de conduta
profissional e procedimentos técnicos a serem observados e seguidos.

Normas Brasileiras de Contabilidade T – 12 – Da Auditoria Interna

12.2.2 – Aplicação dos Procedimentos de Auditoria Interna

12.2.2.1 – O auditor interno deve obter, analisar, interpretar e documentar as


informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais para dar suporte aos
resultados de seu trabalho.

12.2.2.2 – O processo de avaliação das informações contábeis compreende:

a) a obtenção de informações sobre todos os assuntos relacionados com os


objetivos e alcance da auditoria interna. As informações devem ser suficientes,
adequadas, relevantes e úteis no fornecimento de evidência às conclusões e
recomendações da auditoria interna:
29

1. a informação suficiente é factual e convincente, de tal forma que uma


pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor
interno;

2. a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor


evidência alcançável através do uso apropriado das técnicas de auditoria interna;

3. a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e recomendações


da auditoria interna;

4. a informação útil é a que auxilia a Entidade a atingir suas metas.

b) a aplicação dos procedimentos de auditoria interna, incluindo os testes e


técnicas de amostragem, e, onde praticável, deve ser definida antecipadamente e
ampliada ou alterada se as circunstâncias assim o exigirem.

12.2.2.3 - O processo deve se supervisionado para alcançar razoável


segurança de que o objetivo do trabalho da auditoria interna está sendo atingido.

12.2.2.4 – O auditor interno deve adotar procedimentos adequados para


assegurar-se que todas as contingências ativas e passivas relevantes, decorrentes
de processos judiciais, reivindicações e reclamações, bem como de lançamentos de
tributos e contribuições em disputa, foram identificadas e são do conhecimento da
administração da Entidade.

12.2.2.5 – O auditor interno deve examinar a observância das legislações


tributárias, trabalhistas e societárias, bem como o cumprimento de normas
reguladoras a que estiver sujeita a Entidade.

2.2. Importância da Auditoria Interna

Com o passar dos anos, as empresas, em suas diversas atividades vêm


crescendo a passos largos e por isso tornou-se necessário um controle maior
dessas transações, vendo que o próprio administrador não poderia supervisionar
30

pessoalmente todas as áreas da organização. Esse acompanhamento é feito pela


auditoria interna que serve para fiscalizar, como também para prestar informações
importantes para o administrador. Com uma empresa pequena com poucos
profissionais é mais fácil para o administrador controlar as atividades, mas com o
crescimento e o aumento do número de colaboradores, o proprietário deve delegar a
outras pessoas a função de cuidar de setores distintos como: recebimento,
pagamento, controle de produção, controles de compras e das vendas e assim por
diante.

Dessa forma, mesmo com essa segregação de função, o controle delegado a


terceiros terá de ser examinado para certificar-se de que o controle exercido pelo
próprio dono está sendo adequadamente cumprido pelos subordinados. Neste ponto
é que a auditoria interna toma sua forma, como meio fiscalizador de que todos os
procedimentos internos e rotinas de trabalho estão sendo executados de forma tão
boa quanto seria exercida pelo próprio proprietário.

Segundo Crepaldi (2004, Pág. 42):

Observa-se que a auditoria interna presta ajuda à administração, com


vistas à possibilidade de eliminar inconvenientes ao desempenho da gestão.
Por ser empregado da empresa, o auditor interno perde sua independência
profissional. Pode ser muito zeloso e cumprir a ética, mas é evidente sua
demasiada submissão aos administradores. Servindo à empresa, a auditoria
interna não se presta para informações. (CREPALDI, 2004, p. 42).

Além disso, as informações contábeis necessárias para uma tomada de


decisão tornaram a contabilidade mais importante, isto porque, a auditoria interna
serve como meio de verificação e executa seu trabalho com o objetivo de constatar
se estas informações obtidas merecem confiança e expressam realmente a verdade
sobre a empresa. Visto que esses dados contábeis estão sujeitos a erros, quer por
ineficiência dos empregados ou por falta de conhecimento destes ou por dados
errôneos para encobrir fraudes, a auditoria interna mais uma vez tem sua
importância como aliada ao trabalho do administrador para a detecção desses erros
e suas possíveis soluções.
31

A boa auditoria deve se centrar na atividade de prevenção do erro, da


omissão e da desonestidade, do que na “verificação” depois do fato já ter se
consumado. Por outro lado, a auditoria assim planejada torna-se mais útil e
construtiva, uma vez que permite ao auditor contribuir com melhoria das normas,
rotinas e procedimentos da empresa. Além disso, esse procedimento também
contribui para que a auditoria tenha uma melhor imagem dentro da empresa em que
presta seus serviços profissionais.

A auditoria interna é acessória da administração da empresa, e é de suma


importância para seu bom funcionamento, e para auxiliar todos os membros da
administração no desempenho efetivo de suas funções e responsabilidades. Não se
deve esquecer que, a auditoria deve ter em mente que a posição ocupada é
privilegiada, pois tem permissão de vislumbrar o universo da empresa, e que realiza
suas tarefas em todos os locais da empresa e a formação do pessoal varia de
acordo com as áreas de atuação dos elementos componentes da empresa.

2.3. Processo de Atuação da Auditoria Interna

Uma auditoria interna para ser eficiente e atuante deve possuir as


características de independência e de pessoal qualificado. Apesar de independência
ser um pouco difícil, já que essa área é subordinada à administração da empresa,
mas havendo segregação de funções entre a auditoria e os demais departamentos
da empresa, sendo vista diretamente pela administração e com total liberdade de
investigação ocorrerá um grau de alta qualidade de independência em auditoria
interna.

Havendo pessoal competente, com conhecimentos suficientes de


contabilidade e das técnicas de auditoria e usando-as adequadamente, a auditoria
interna não encontrará dificuldades no decorrer de seus trabalhos. Para atingir a
meta de pessoal qualificado o auditor deve ter suficiente formação educacional,
conhecendo o ramo de negócios desenvolvido pela empresa e ser adequadamente
treinado para possibilitar uma visão mais ampla e realista dos negócios realizados
pela empresa, buscando solucionar suas deficiências.
32

O desempenho da atividade de auditoria interna tornou-se necessária para


atender a administração da empresa, por ser uma auditoria periódica, com maior
grau de profundidade e visando também a outras áreas não relacionadas com
contabilidade, como por exemplo: sistema de controle de qualidade, administração
de pessoal etc. Sua atuação interessa principalmente às seguintes pessoas e/ou
órgãos: executivos de empresas, que não podem fiscalizar todos os atos de seus
subordinados; investidores que não tomam parte ativa na administração de uma
sociedade; financiadores e fornecedores que desejam ver confirmada a
possibilidade de liquidação de seus créditos; o Fisco, que tem na auditoria uma
colaboração útil para orientação dos contribuintes e para evitar sonegação de
impostos.

Etapas do processo de atuação de Auditoria:

Auditor → planeja o trabalho → avalia os controles internos → analisa e


define os riscos → elabora o programa de auditoria → efetua a revisão analítica →
executa os demais procedimentos de auditoria previstos no programa → colhe e
avalia as evidências → organiza e fecha os papéis de trabalho → emite o relatório.

As responsabilidades de auditoria interna, na organização devem ser


claramente determinadas pelas políticas da empresa. A autoridade correspondente
deve propiciar ao auditor interno livre acesso a todos os registros, propriedades e
pessoal que possam vir a ter importância para o assunto em exame, e facilitar assim,
o processo de atuação da auditoria interna, pois esse departamento é essencial para
a entidade que não queira caminhar no escuro e não ser surpreendida
desprevenidamente por perdas irrecuperáveis.

2.4. Sistema de Controle Interno

O controle interno engloba todas as iniciativas e medidas tomadas pelos


empresários, no sentido de montar um mecanismo detector de erros, manipulação
de valores, atos lesivos, ou simplesmente desperdícios que afetam de forma direta
ou indireta o desenvolvimento e o progresso da empresa. Não se deve, todavia,
pensar em controle interno como uma forma única e irrestrita de evitar fraudes.
33

Marcelo Cavalcanti Almeida (2003, p. 63) conceitua Controle Interno:

O controle interno representa em uma organização o conjunto de


procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos,
produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução
ordenada dos negócios da empresa. (ALMEIDA, 2003, P. 63)

Na revisão do sistema de controle interno, a decisão de cada situação deve


ser baseada nas relações pertinentes pela forma que foram determinadas pelo
julgamento profissional do auditor. Assim, a extensão e a natureza do programa de
auditoria são substancialmente influenciadas pelo sistema de controle interno em
funcionamento da empresa.

Uma empresa deve possuir um bom sistema de controle interno que faça
parte de toda a organização e com todos os métodos coordenados, e também que
os deve examinar dentro das técnicas básicas e dar sua interpretação, função esta
que compete à auditoria. A revisão do controle interno tem como alvo verificar a
exatidão e o grau de confiança dos seus controles escriturais, para que possa
promover a eficiência operacional e definir os processos de auditoria que serão
utilizados e em qual extensão.

Para Crepaldi (2004, p. 249): “O controle interno gira em torno dos aspectos
administrativos, que tem influência direta sobre os aspectos contábeis. Por isso
precisa-se considerá-los, também conjuntamente, para efeito de determinação de
um aspecto adequado do sistema de controle interno”.

Se a avaliação geral do auditor acerca do sistema de controle interno


constatar ser este adequado, tal fato sugere que o sistema contém todos os
aspectos fundamentais, procedimentos e práticas compatíveis, de forma a
possibilitar alcançar os objetivos a que se propõe.

2.5. Princípios Básicos do Controle Interno


34

A fim de tentar compreender o universo do controle interno existe a


necessidade de serem estudados os princípios básicos referentes a ele, pois
correspondem a medidas que devem ser adotadas em termos de política, sistemas e
organização. São eles: responsabilidade; rotinas internas; segregação de funções,
confronto dos ativos com os registros, amarrações do sistema; auditoria interna,
limitações do controle interno e custo do controle versus benefícios.

O princípio da responsabilidade diz respeito às atribuições dos funcionários


ou setores internos da empresa, que devem ser claramente definidas e limitadas, de
preferência por escrito, de acordo com esses manuais internos, e podem assim
assegurar que as tarefas sejam cumpridas pelos funcionários de acordo com suas
responsabilidades. A responsabilidade deve ser determinada, se não existe uma
delimitação exata da responsabilidade, o controle será ineficiente.

O princípio das rotinas internas são os meios utilizados pelos funcionários na


realização de suas atividades, esses procedimentos estão inclusos em manual de
organização denominada rotinas internas.

O princípio do acesso aos ativos, define que esse acesso deve ser limitado
aos funcionários, isto é, deve ser determinado quais funcionários que possam ter
acesso aos ativos, e deve ser feito um controle cuidadoso.

O princípio da segregação de funções define que um funcionário ou


departamento não deve ocupar uma posição em que tenha controle contábil, e ao
mesmo tempo, controle das operações que geram os lançamentos contábeis, isto é,
não deve ter mais de uma função, pois reduz as oportunidades para que se
cometam fraudes.

O confronto dos ativos com os registros define que devem se comprovar os


ativos com seus respectivos registros, essa comparação deve provar a exatidão dos
saldos detalhados sob responsabilidade de determinado funcionário com o objetivo
de detectar desfalque de bens ou registros errados.
35

O princípio de amarrações do sistema diz que o sistema de controle interno


deve ser conhecido, de maneira que sejam registradas apenas as transações
autorizadas, por seus valores corretos e dentro do período de competência.

A auditoria interna é responsável pela credibilidade do controle interno, ou


seja, revisão e avaliação independente das normas, operações e registros da
empresa. Mesmo que haja um excelente controle interno é necessária à verificação
se as normas internas estão sendo seguidas e se há necessidade de implantação de
novas normas.

As limitações do controle interno são principalmente com relação a: conluio de


funcionários na apropriação de bens da empresa; instrução inadequada dos
funcionários com relação às normas internas; negligência dos funcionários na
execução de suas tarefas diárias.

Custo do controle versus benefícios consiste na minimização da probabilidade


de falhas e desvios quanto ao atendimento dos objetivos e metas. O custo do
controle interno não deve exceder aos benefícios que dele se espera obter.

2.6. Importância do Controle Interno

É a empresa que é responsável pelo estabelecimento do sistema de controle


interno e pela verificação do seu cumprimento. O exercício de um adequado controle
interno é de suma importância para o bom desenvolvimento das atividades em todos
os setores da empresa, na busca para atingir os resultados mais favoráveis com
menores desperdícios.

Para Attie (1984, p. 60): “Um sistema de contabilidade que não esteja apoiado
em um controle interno eficiente é, até certo ponto, inútil, uma vez que não é
possível confiar nas informações contidas nos seus relatórios”.

Apesar do controle interno ser de uma importância inquestionável, algumas


empresas não acham esse método de controle tão importante assim, acham que ao
possuir funcionários de confiança a empresa está totalmente segura, mas o maior
36

número de casos de irregularidades deve-se a esses funcionários que se


consideravam de confiança. Confiar nas pessoas não é errado, mas não controlá-las
torna algo de grande risco.

A estrutura organizacional da empresa é complexa, quanto maior a entidade,


mais complexa se torna essa estrutura e para ter o controle das operações
eficientemente, a administração necessita de relatórios e análises que reflitam a
realidade de como anda a empresa, pois essa mesma administração possui a
responsabilidade pela prevenção ou descoberta de erros ou fraudes. Por isso a
importância de um sistema de controle interno adequado é indispensável para a
execução correta dessa responsabilidade.

A melhor proteção para a empresa contra as fraquezas humanas é um


controle interno que funcione adequadamente, pois possibilita a redução de que
erros ou tentativas de fraudes permaneçam encobertas por muito tempo e dá mais
confiança à sua administração.

Pode-se entender a importância do controle interno a partir do momento em


que se verifica que ele pode garantir a continuidade do fluxo de operações com as
quais convive a empresa, pois esse controle tem por finalidade medir o desempenho
real e agir preventivamente, para assegurar que não ocorram erros potenciais,
causando prejuízos à entidade.
3 - A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA PARA TOMADA DE DECISÃO DAS
EMPRESAS.

Neste capítulo será feito um estudo que procura comprovar a importância da


auditoria interna para o processo de tomada de decisão nas empresas, sendo feito
uma pesquisa de campo em uma empresa que possui destaque no mercado,
tentando identificar seu diferencial, ou seja, analisar se a empresa pesquisada
possui um controle interno eficiente.

3.1. Auditoria Interna e o processo de tomada de decisão

Muitas empresas empregam auditores internos cuja função é examinar


transações detalhadas, revisarem procedimentos contábeis e operacionais da
empresa e determinar o sistema de controle interno mais adequado, assim como o
grau de observância das políticas estabelecidas pela administração.

Se for bem organizada e contar com pessoal competente, a função de


auditoria interna pode vir a ser um importante fato no desempenho do sistema de
controle interno, tornando-se fator preponderante para se originar todo o processo
de tomada de decisão em todos os setores da empresa.

A partir do momento em que a Auditoria Interna demonstra capacidade para


discutir aspectos do ponto de vista gerencial, a administração começa a se
interessar com mais intensidade pelo que o auditor pode fazer, quando ela encontra
problemas e consegue mostrar possíveis soluções a administração a trata como
38

uma área diferenciada, ou seja, uma área realmente de auxílio à tomada de


decisões.

Por se tratar de uma atividade que procura antever os problemas


organizacionais, atuando nas causas e não nos efeitos, desenvolvendo trabalhos
competentes, oferecendo oportunidades de melhorias e fortalecendo os controles
internos, a diretoria precisa de sua opinião, pois a mesma emite relatórios de
recomendações ou sugestões, possibilitando à administração analisar a melhor
decisão a ser tomada, a fim de melhorar o andamento das atividades da empresa. A
auditoria interna é o apoio de que necessita para obter eficiência e eficácia na
condução de seus negócios.

A auditoria interna pode ser considerada um instrumento de controle


gerencial para tomada de decisão, porque é um setor que tem como função, a
confirmação permanente de que os procedimentos adotados para o controle interno
estão sendo realizados com eficiência, bem como a verificação de que os registros
contábeis correspondem à realidade dos fatos ocorridos no patrimônio. Essa
verificação trás para a empresa certa tranqüilidade quanto a inibir a possibilidade de
ocorrência de fraudes, erros, desfalques, etc.

3.2. Pesquisa de Campo: Halley S.A. Gráfica e Editora

3.2.1. Conhecendo a Empresa – Visão geral da Halley

A Halley S.A. Gráfica e Editora, é uma sociedade anônima de capital


autorizado, tendo sido constituída no dia vinte e dois de outubro de 1985, através do
registro arquivado na Junta Comercial do Estado do Piauí - JUCEPI e rege-se por
um estatuto nos termos da Lei Nº. 6.404, de quinze de dezembro de 1997, inclusive
legislação especial de que trata o Artigo 299 da mencionada lei federal, atualizada
pela Lei Nº. 9.457, de cinco de maio de 1997 e pela AGO/AGE de vinte e sete de
abril de 2001, ciente do cumprimento dos seus deveres legais através do Decreto
Nº. 9.740, de vinte e sete de junho de 1997 referente a impressão de documentos
fiscais e ainda para a Lei Nº. 8.078, de onze de setembro de 1990 - Código de
Defesa do Consumidor.
39

Firme na necessidade de se adequar às rápidas mudanças estruturais neste


mundo globalizado que se observa em todos os segmentos, insistem na busca da
excelência dos seus processos produtivos na aquisição de modernos equipamentos,
insumos eficazes aos seus serviços e na captação dos seus recursos humanos que
fazem a impressão da gráfica, visando continuamente em atender às necessidades
e expectativas de seus clientes com aprimoramento do sistema da qualidade Halley
implantado que possui elementos planejados, documentados e implementados
conforme os requisitos da norma NBR ISO 9001/2000- Sistema de Gestão da
Qualidade – requisitos, emitida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT. Na busca da satisfação de seus clientes fez-se menção ao código de
proteção ao consumidor.

A política ambiental da Halley busca a preservação de recursos naturais e o


uso racional de insumos como fontes de qualidade no trabalho e de economia. Essa
postura se manifesta na manutenção de um aprazível bosque circundando todas as
instalações e na implantação de programas de normas na reciclagem das sobras
industriais, no tratamento de afluentes e no combate ao desperdício.

A estrutura administrativa da empresa é composta da seguinte forma:


40

Além de possuir uma elevada capacidade tecnológica, a estrutura de


atendimento adota procedimentos que possibilitam maior agilidade com clientes,
desde o orçamento, acompanhamento do trabalho, faturamento e entrega.

A Halley S.A. Gráfica e Editora é uma referência em impressão no mercado


brasileiro, por trás da qualidade dos impressos, não há somente máquinas de última
geração e tecnologia de ponta que colocam o parque industrial entre os mais
atualizados do país, a alta definição, a capacidade de produção, o esmerado
acabamento e a eficiência operacional são resultados também do contínuo
investimento em capacitação, em incentivo, reconhecimento, bem estar no ambiente
de trabalho, responsabilidade social e do respeito ao meio ambiente.

A Halley desenvolve um permanente programa de capacitação profissional


que envolve cursos, treinamentos, viagens e participação em congressos e feiras, os
funcionários são incentivados a ampliar a formação e a escolaridade, sendo
oferecidos convênios com instituições de 2º e 3º graus para facilitar o acesso a
escolas e universidades compatibilizando horários e atividades.

3.2.2. Análise das funções desenvolvidas pelos profissionais participantes do


controle interno.

Ao analisar as funções desenvolvidas pelos profissionais envolvidos


diretamente no bom funcionamento da empresa, a pesquisa observou que a
empresa se destaca desde a entrada, ou seja, desde a recepção que é uma sala
ampla, que causa uma boa impressão, logo em seguida possui salas de
atendimento aos clientes, são algumas salas separadas dos outros setores, como se
fossem pequenas salas de reunião para um melhor atendimento ao cliente.

A empresa possui um escritório no qual se encontram os setores de contas a


receber, onde um funcionário é responsável pelos recebimentos da empresa,
utilizando um programa interno para controle de contas; o setor de compras, onde
também um funcionário responde por esse setor, a qual os demais setores da
empresa solicitam através de minutas os produtos necessários para compra;
estando localizado ainda o setor de faturamento, sendo que dois funcionários
41

manuseiam esse departamento, pois são responsáveis por ordens e serviços da


empresa e baixa dos trabalhos já faturados no sistema; o setor de contabilidade,
onde dois profissionais operam esse setor, sempre interligados com os outros
setores.

Ao observar o setor da tesouraria, que é uma área de extrema importância


para o controle da empresa, pois se trata dos numerários da mesma, ou seja, do
dinheiro, percebe-se que a empresa mantém uma única pessoa responsável por
esse setor em uma sala em separado que trata de todo o processo de pagamento
da empresa, incluindo a folha de pagamento de funcionários. Ao lado do escritório
existe ainda uma sala de reuniões para aproximadamente 20 pessoas e a sala da
diretoria.

Foram visitados outros setores da empresa como a pré-impressão que é


responsável por fazer a programação e tratamento do serviço, isto é, a porta de
entrada, que o recebe, o fecha e o trabalha de acordo com os processos da
empresa. O setor de produção, dividido em off-set e acabamento, que são
responsáveis pela transformação do produto, cortam o papel, colocam em máquinas
de alta qualidade tecnológica e o imprime. O departamento de cartonagem é
responsável pela confecção e montagem de caixas. O setor de empacotamento
fecha os trabalhos e cria os devidos pacotes de acordo com cada tamanho. A
expedição identifica, confere o serviço, fatura e entrega ao cliente, tudo feito com a
ajuda da máquina humana e do programa interno de controle.

O setor de estoque e almoxarifado são departamentos de grande


importância para empresa, a mesma os mantém sendo administrado por pessoas
que controlam o estoque por meio informatizado sendo dado a entrada no setor de
compras, indo direto para o seu sistema, há uma conciliação diária, tendo uma
ordem de serviço para a baixa o qual é interligado com o orçamento.

A empresa possui uma atividade terceirizada que é a aplicação de verniz e


possui um laboratório de desenvolvimento de tintas, tudo isso tendo a preocupação
com o seu capital intelectual que é sua equipe de colaboradores altamente
capacitados para o desenvolvimento de suas diversas atividades.
42

3.2.3. Análise do Controle Interno da Empresa

Ao analisar o controle interno da empresa, pôde-se observar que a empresa


possui um bom controle, pois há a existência de segregação de funções, onde cada
funcionário é designado para determinada função, não ocupando outra.
Respondendo também ao princípio da responsabilidade, onde as atribuições dos
funcionários ou setores internos da empresa são claramente definidas e limitadas. A
empresa possui um manual interno, onde as rotinas internas são os meios utilizados
pelos funcionários na realização de suas atividades. O acesso aos ativos é limitado
e existe o confronto dos ativos com os registros, pois há uma conciliação diária,
enfim a empresa possui um bom controle interno, pois possui também um manual de
gestão da qualidade.

A empresa dispõe de colaboradores qualificados, para isso fazem-se


treinamentos e cursos de aprimoramento como: Cursos de inglês, de aplicação
técnica em máquinas, aprimoramento em programas e outros cursos específicos nos
diversos setores da empresa, para que sejam cada vez melhores e continuem com a
qualidade que possuem.

Pôde-se observar que a empresa cumpre os princípios do controle interno,


pois possui sistema informatizado que permite aos funcionários esse controle, fazer
o confronto dos ativos com registros, com o auxilio da informática, ferramenta
importante de ajuda às empresas em todas as suas atividades, pois permite a
redução de erros e possibilita a um setor controlar o outro.

As atribuições e responsabilidades dos funcionários, seções, divisões de


departamentos estão claramente definidos nos manuais internos da empresa, assim
como os procedimentos sobre as principais atividades da mesma. A empresa utiliza
um manual de contabilidade a fim de permitir o registro ordenado e consistente de
suas transações.

As transações e os controles estão sujeitos a uma verificação periódica por


parte de um setor de auditoria interna e possui um sistema orçamentário; receitas.
despesas, compras e bens do imobilizado, etc. É feito um estudo para concessão de
43

crédito antes de ser processada a venda a prazo, pois existem controles que
assegurem que todas as vendas sejam imediatamente contabilizadas e enviada uma
cópia à contabilidade.

O controle da empresa assegura que sejam tomadas as providências para as


contas a receber em atraso, existindo garantias que os recebimentos de vendas a
prazo sejam imediatamente depositados na conta corrente da empresa, pois é
limitado o acesso dos funcionários aos recebimentos.

Por serem segregadas as funções de manuseio de recebimentos e registros


contábeis, são garantidas que essas operações sejam contabilizadas na época
devida e que sejam formalizadas apenas as compras previamente aprovadas e nas
melhores condições de mercado. Os setores internos da empresa emitem requisição
de bens ou serviços pré-numerada e devidamente aprovada e a remete ao setor de
compras.

É feita cotação de preços junto aos fornecedores, a fim de obter as melhores


condições comerciais, pois existe a segurança de que somente as compras
efetivamente recebidas e de acordo com seus instrumentos formalizadores sejam
liberadas para pagamento.

Por existir um setor de contas a pagar, cujo objetivo é habilitar notas fiscais
para pagamento, os controles internos asseguram que os documentos sejam pagos
na época devida. As funções relativas às folhas de pagamento estão claramente
definidas e segregadas referentes a recrutamento e seleção, cargos e salários, cujas
informações e os cálculos da folha e de outros relatórios são conferidos. Mediante
todo esse controle, a empresa faz conciliações periódicas para todas as contas
bancárias e para outras contas, por tudo isso, pode-se concluir que a empresa
pesquisada possui um controle interno muito bom, ou melhor, um controle interno
eficiente.

3.2.4. Resultado encontrado sobre a Pesquisa de Campo


44

A pesquisa de campo foi realizada na empresa Halley S.A. Gráfica e Editora,


com o objetivo de verificar e comprovar que o seu diferencial no mercado era possuir
um controle interno eficiente. A pesquisa foi viabilizada via questionário que foi
respondido pelo funcionário Paulo Henrique que executa o cargo de coordenador de
qualidade, com ajuda de cada chefe dos outros setores.

A pesquisadora não teve acesso ao manual interno da empresa, mas sabe-


se que este existe, pois é de grande importância para o funcionamento da empresa,
é nele que está contido o conjunto de normas, procedimentos, funções, atividades e
objetivos que devem ser obedecidos e cumpridos por todos os participantes indireta
e diretamente envolvidos em todo o processo, porém teve acesso ao manual de
gestão da qualidade.

A empresa apresenta adequada divisão das funções em conformidade com


os princípios básicos do controle interno, a observação desses princípios,
juntamente com a aplicação de meios eletrônicos de processamento de dados, faz
com que a empresa apresente seu diferencial no mercado, mediante investimento
em tecnologia e também em seu capital humano.

Há a preocupação com as relações sociais, existe o reconhecimento público


de funcionários que se destacam em suas atividades, a Halley oferece o prêmio
assiduidade, uma recompensa em dinheiro a aqueles que não faltam ao trabalho
durante o ano, oferece também lazer e bem estar aos seus colaboradores, através
de passeios e confraternizações.

A responsabilidade social da empresa dá-se com a disposição de um centro


médico para a prevenção da saúde de seus funcionários e familiares, bem como um
restaurante industrial que oferece alimentação processada sob o acompanhamento
de uma nutricionista, disponibiliza material escolar aos filhos dos funcionários e
apóia inúmeros eventos, obras e manifestações nas áreas culturais.

Além de estar localizada dentro de um bosque a empresa preserva espécies


da flora e fauna regional, preocupa-se com o uso racional de recursos naturais e
desenvolve um programa de conservação de energia, reciclagem de material e
45

resíduos industriais, e uma subestação de tratamento de esgoto, o que mostra sua


preocupação com o meio ambiente.

Possui instalações que oferecem conforto, segurança e funcionalidade


favorecendo o bem estar e a produtividade, quem visita a Halley se impressiona com
a limpeza dos ambientes, a organização e a harmonia no ambiente de trabalho.
Possui auxílio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA na
segurança, pois existe um baixo nível de ruídos e uma boa iluminação, com
refletores espelhados em todo o setor de produção.

De acordo com sua postura ética com clientes e fornecedores, seus


compromissos sociais com seus funcionários e a comunidade com distribuição de
cestas básicas e a contribuição com o desenvolvimento do mercado, mostram que a
Halley causa boa impressão não apenas com o resultado de seu trabalho, mas com
a maneira séria como trabalha.

Pode-se observar que a empresa em questão possui um programa de


atendimento por telefone, fax, on-line via site e por e-mail onde são efetuados os
atendimentos a clientes, para efeito comercial, para reclamações, dúvidas ou
sugestões. Possui uma capacidade de transferência via internet – FTP para
transporte de arquivos de clientes de outros estados.

A Halley possui um ótimo controle interno e um sistema eficiente de


atendimento que busca a satisfação de seus clientes sem esquecer a capacitação
adequada de seus colaboradores, tudo isso contribui para o bom funcionamento da
empresa e tomadas adequadas de decisões frente ao mercado altamente
competitivo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho apresentou a importância da Auditoria Interna para as


empresas, por acreditar que é uma importante ajuda para os administradores em
todas as suas atividades.

O objetivo deste trabalho foi verificar a importância da auditoria interna para


o bom funcionamento da empresa e tomada de decisões, através da pesquisa
realizada conseguiu-se afirmar que o controle interno representa uma fonte relevante
para informar e suportar todas as decisões dos administradores.

Foi possível verificar que o controle interno e sua base informativa


representam elementos necessários ao processo decisório e à continuidade
empresarial, pois com esse controle o administrador possui maior probabilidade de
acertar nas decisões e atingir a eficiência almejada.

Para comprovar essa importância foi necessário fazer uma breve


explanação sobre: auditoria; auditoria interna e controles internos e a importância da
auditoria interna para tomada de decisões das empresas. Ainda para conquistar
esse objetivo com a pesquisa realizada, foi de extrema importância analisar as
funções desenvolvidas pelos profissionais participantes desse controle, verificando
assim o controle interno da empresa.

Com o resultado obtido através da pesquisa de campo, pôde-se observar


que a empresa segue os princípios do controle interno, tendo ainda a preocupação
47

com as relações sociais, responsabilidade social, ambiente de trabalho e ainda,


preocupa-se também com o meio ambiente. Tendo constatado que, diante de uma
auditoria interna eficiente, a empresa terá um melhor andamento de suas funções,
comprovando como uma empresa pode ser bem administrada em parceria com esse
controle.
48
BIBLIOGRAFIA

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. 6. ed. São


Paulo: Atlas, 2003.

ATTIE, William. Auditoria: Conceitos e Aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

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http://www.audibra.org.br/quem_somos.htm. Acesso em: 20 de mar. 2007.

CONHEÇA O IBRACON. Disponível em: http://www.ibracon.com.br/conheca/.htm.


Acesso em: 20 de mar. 2007.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: Teoria e Prática. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 2004.

CORDEIRO, Cláudio Marcelo Rodrigues. Auditoria como instrumento de gestão. In:


Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná – Ano 26 nº. 130. 2º
Quadrimestre de 2001.

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO.


Auditoria por meios eletrônicos. – São Paulo: Atlas, 1999. “Organização: IBRACON”.

FRANCO, Hilário. Auditoria Contábil/ Hilário Franco, Ernesto Marra. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2001.

JUND, Sérgio. Auditoria: Conceitos, Normas, Técnicas e Procedimentos: Teoria e


900 Questões. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

MARKETING, Halley S. A. Disponível em: http://halleysa.com.br.htm. Acesso em: 25


de abr. 2007.

MQH-01, Manual de Gestão da Qualidade Halley de 09 de maio de 2005,


Revisão/Atualização: 7. ed. – Alterações pós-auditoria de recertificação.

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS E NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE


DE AUDITORIA E PERÍCIA / Conselho Federal de Contabilidade. Brasília: CFC,
2003.
49

SÀ, Antônio Lopes de. Curso de Auditoria. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
ANEXOS
O objetivo do presente questionário é entender como funciona o controle
interno da empresa e verificar a importância da auditoria interna para o bom
funcionamento da empresa e tomada de decisões.

Questionário sobre Controle Interno

Nome:__________________________
Cargo:___________________________

1- As atribuições e responsabilidades dos funcionários, seções, divisões,


departamentos, gerência e/ou filiais estão claramente definidas nos manuais
internos da empresa?
[ ] Sim [ ] Não

2- Os procedimentos sobre as principais atividades da empresa (vendas,


recebimentos, pagamentos, salários, registros contábeis etc.) estão também
definidos nos manuais internos?
[ ] Sim [ ] Não

3- A empresa utiliza um manual de contabilidade (estrutura de contas, quando cada


conta deve ser debitada e creditada, modelos padronizados das demonstrações
contábeis e relatórios gerenciais internos e as práticas contábeis utilizadas) a fim
de permitir o registro ordenado e consistente de suas transações?
[ ] Sim [ ] Não

4- A empresa usa um sistema orçamentário (receitas, despesas, compras de


matérias-primas e bens do imobilizado etc.)?
[ ] Sim [ ] Não

5- As transações e os controles estão sujeitos a uma verificação periódica por parte


de um setor de auditoria interna?
[ ] Sim [ ] Não
6- É feito um estudo para concessão do crédito ao cliente antes de ser processada
a venda a prazo (a fim de minimizar as perdas de contas a receber com clientes
duvidosos) ?
[ ] Sim [ ] Não

7- Existem controles que assegurem que todas as vendas sejam imediatamente


contabilizadas? E enviada uma cópia da nota fiscal a contabilidade?
[ ] Sim [ ] Não

8- Os controles atuais asseguram que sejam tomadas providências para as contas


a receber em atraso (análise das contas em base mensal por idade de
vencimento) ?
[ ] Sim [ ] Não

9- Os controles existentes garantem que os recebimentos de vendas a prazo sejam


imediatamente depositado na conta corrente da empresa? É limitado o acesso
dos funcionários aos recebimentos?
[ ] Sim [ ] Não

10- São segregadas as funções de manuseio de recebimentos e registros contábeis,


garantindo que os recebimentos sejam contabilizados na época devida?
[ ] Sim [ ] Não

11- O sistema de controles assegura que sejam formalizadas apenas as compras


previamente aprovadas e nas melhores condições de mercado?
[ ] Sim [ ] Não

12- Os setores internos da empresa emitem requisição de bens ou serviços pré-


numerada e devidamente aprovada e a remete para o setor de compras?
[ ] Sim [ ] Não
13- É feita cotação de preços junto aos fornecedores, a fim de obter as melhores
condições comerciais?
[ ] Sim [ ] Não

14- Existe segurança de que somente as compras efetivamente recebidas e de


acordo com seus instrumentos formalizadores são liberados para pagamento?
[ ] Sim [ ] Não

15- Existe um setor de contas a pagar, cujo objetivo é habilitar notas fiscais para
pagamento? Os controles internos asseguram que os documentos sejam pagos
na época devida?
[ ] Sim [ ] Não

16- As funções relativas à folha de pagamento estão claramente definidas e


segregadas, referente a recrutamento e seleção, cargos e salários?
[ ] Sim [ ] Não

17- As informações e os cálculos das folhas de pagamentos e outros relatórios que


determinam as quantias a pagar aos funcionários são conferidos?
[ ] Sim [ ] Não

18- A empresa prepara periódicas conciliações para todas as contas bancárias e


para outras contas?
[ ] Sim [ ] Não

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