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FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS

FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS – FIP


PROGRAMA DE ESPECIALIZAÇÃO (LATO-SENSU)
CURSO DE ESPECIALIZAÇAO EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA

MARIA LIDUÍNA BARROS MACÊDO

O PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DO DEFICIENTE AUDITIVO


NA REDE ESTADUAL

CRATO-CE
2011
MARIA LIDUÍNA BARROS MACÊDO

O PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DO DEFICIENTE AUDITIVO


NA REDE ESTADUAL

Trabalho de conclusão de curso – Artigo Científico apresentado ao


Programa de Pós-Graduação Lato Sensu do Curso de Especialização
em Educação Inclusiva das Faculdades Integradas de Patos, em
cumprimento às exigências para obtenção do título de Especialista.

Orientadora: Glaucea Maria Ferreira Leite, Dra.

CRATO-CE
2011
MARIA LIDUÍNA BARROS MACÊDO

O PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR DO DEFICIENTE AUDITIVO NA REDE


ESTADUAL

Trabalho aprovado em: 15/03/2011

Nota:

Professor : Dra. Glaucea Maria Ferreira Leite.

CRATO-CE
2011
RESUMO

A presente pesquisa investigou como está acontecendo o processo de integração e inclusão


dos alunos portadores de deficiência auditiva na rede estadual. Procurou promover uma
sensibilização dos profissionais que trabalham em classe inclusiva com portadores de
necessidades especiais em classe de ensino regular, para que possa adquirir incentivo,
autonomia, espírito crítico, criativo, passando a exercer a sua cidadania. Visando-se a
socialização do deficiente auditivo em uma sociedade dominante e excludente, a que se
encontram educadores sem qualificação e ambiente inadequado para o atendimento necessário
do aluno em estudo. Baseando-se nos princípios de “igualdade de oportunidade” e educação
para todos, é que se questionam a inserção e permanência à escolarização aos alunos
considerados portadores de necessidades especiais, em que estão amparados pela Declaração
de Salamanca. Obviamente um espaço aberto e adequado do ensino inclusivo. Considerando
os obstáculos citados acima, onde são encontrados particularmente sobre os princípios da
educação inclusiva.

PALAVRAS CHAVES: Educação, inclusão auditiva, aprendizagem.


ABSTRACT

This study investigated how the process is going on integration and inclusion of students with
hearing impairment in the state. Sought to promote an awareness of professionals working in
inclusive class with special needs in regular education class, so you can get encouragement,
autonomy, critical thinking, creative, going to exercise their citizenship. With the aim of the
socialization of hearing impaired in a dominant society and exclusionary, those educators are
unqualified and unsuitable environment for the care required of the student in the study.
Based on the principles of "equal opportunity" education for all, do you question the insertion
and maintenance of school students considered handicapped, which are supported by the
Salamanca Statement. Obviously an adequate open space and inclusive education.
Considering the obstacles cited above, which are found particularly on the principles of
inclusive education.

KEYWORDS: Education including auditory learning.

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1.INTRODUÇÃO

A presente pesquisa teve como ponto de partida questões relacionadas à Educação


Especial ou especificamente à Integração e a inclusão dos alunos portadores de deficiência
auditiva na rede estadual.
Entende-se que, para alcançar esse processo, a escola como agente integrador, deverá
procurar melhores resultados na prática institucional, através da eficiência, e preocupar-se com a
consecução dos objetivos vinculados aos aspectos pedagógicos e a sua capacidade de responder e
atuar o equilíbrio interno e externo, determinando sua capacidade para atingir seus objetivos
definidos pela sociedade, o que demonstrar estar cumprindo a sua função social.
O objetivo desta pesquisa será, portanto averiguar como estão sendo realizadas a
integração e inclusão dos alunos portadores de deficiência auditiva nas escolas públicas estaduais,
analisando as diferentes concepções de integração e inclusão como também, as ações
desenvolvidas pelas escolas durante o processo de educação dos portadores de necessidades
educacionais especiais.
Observando algumas considerações que envolvem os portadores de necessidades
especiais, nos aspectos social e educacional dando oportunidade a construção do
desenvolvimento da criança portadora de deficiência auditiva frente às praticas pedagógicas,
direcionaremos nossa pesquisa buscando respostas aos questionamentos: Como os professores e
gestores percebem o processo de integração e inclusão dos portadores de deficiência auditiva no
ensino regular? As entidades mantenedoras das escolas públicas estaduais estão disponibilizando
recursos suficientes para que seja desenvolvido o processo de integração e inclusão?
As questões citadas acima nos mostram que devemos investigar os avanços e retrocessos
que acontece no processo de integração e inclusão tendo por base o trabalho pedagógico que as
escolas vêm desenvolvendo buscando esta finalidade.
É preciso incluir para proporcionar condições nas escolas para que ela venha formar
gerações mais preparadas para viver a vida de forma plena e livre sem preconceitos e barreiras.
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2.REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. O que é educação inclusiva?

É um programa de educação que consiste em por em prática um novo conceito que tem
como base tornar a educação acessível a todas as pessoas e, com isso, atender as exigências de
uma sociedade que vem combatendo preconceitos, discriminações, barreiras entre seres, povos e
culturas. Dá-se-a também através de mecanismos que irá atender a diversidade como, por
exemplo, proposta curricular adaptada, a partir daquelas adotadas pela educação comum. O
atendimento dos educandos portadores de necessidades especiais como o surdo em classes
comuns, exige serviços de apoio integrado por doentes e técnicos qualificados e uma escola
aberto a diversidade.
A educação especial vive no momento transformações em termos da sua concepção e
diretrizes legais. Por isso o compromisso de estabelecer um plano de ação político pedagógico
para a área, que envolva a perspectiva de inclusão das pessoas portadoras de necessidades
educacionais especiais.
Esta área tem sido utilizada para conceituar um tipo de educação diferente da viabilizada
no ensino regular, ou seja, uma modalidade da educação que se destina as crianças excepcionais.
No Brasil, ate os anos 50 não se falava educação especial, mas sim educação de
deficientes. Existiam poucas instituições e eram destinadas as deficiências especificas. Não se
pode negar que nesta década a educação especial sofre um processo mais intenso de atuação
incluindo distúrbios desajustes e inadaptações de origens culminando por volta dos anos 70 com
a instalação de um subsistema educacional, com a disseminação de instituições públicas e
privadas de atendimento ao excepcional e com a criação de órgãos normativos, estadual e federal.
Atualmente, com o redimensionamento da educação especial observa-se uma nova
concepção e prática diferente que resulta numa modificação da nomenclatura vigente. A
educação especial decorre agora, pelas mesmas vias que a educação regular constituindo-se em
uma modalidade de atendimento que perpassa todos os níveis de ensino. Privilegia-se uma
educação inclusiva, através da qual as escolas devem buscar práticas de educar com êxito todas
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as crianças, inclusive as que têm maiores comprometimentos (portadores de Síndrome e


deficiência mentais graves).
Deste contexto demanda o termo necessidades educacionais especiais, referindo-se a
“todas as crianças ou jovens cujas necessidades se originam em função de deficiências ou
dificuldades de aprendizagem” (SALAMANCA, 1994, p.67).
Uma das causas que levou a pensar-se em inclusões dos portadores de necessidades
educativas foi pelo fato de ser atendidos em Escolas Especiais que atendiam exclusivamente
alunos portadores de necessidades educativas especiais, este atendimento sofreu severas criticas,
pelo fato de reduzir ou eliminar a oportunidade do convívio do aluno portador de deficiência com
sua família, vizinhança e ate com a sociedade.
É importante lembrarmos-nos que sempre haverá crianças e adolescentes que necessitarão
desses atendimentos em escolas especializadas, já que estas, geralmente, apresentam uma gama
de serviços médicos e paramédicos, além dos educacionais propriamente ditos, que não são
encontrados nos recursos escolares comuns e que, para muitos alunos são imprescindíveis.
Sabendo-se da necessidade que esses alunos apresentam em socializar-se, foram
instalados em escolas comuns regulares, as classes especiais, caracterizadas pelo agrupamento de
alunos de acordo coma a sua categoria de excepcionalidade com a responsabilidade de um
professor especializado.
Estas classes especiais funcionam com o auxílio ou com o serviço especial, dependendo
da forma do atendimento que o mesmo esteja necessitando. Depois de feito esse processo, sentiu-
se a necessidade em integrar ou incluir esses alunos em uma classe comum de ensino.
Percebemos com isso uma aproximação nesses dois tipos de ensino, o regular e o especial,
portanto, não se pode acabar com um nem com o outro sistema de ensino, mas sim juntá-los,
unificando num sistema educacional único, partindo do principio (de que todos os seres humanos
possuem o mesmo valor e os mesmos direitos), otimizando seus esforços e se utilizando de
praticas diferenciadas sempre que necessário, para que tais direitos sejam garantidos. É isso que
significa na pratica, “incluir a educação para todos”, conforme mencionado na declaração de
Salamanca, 1994, p.35 “A experiência em muitos países demonstra que a integração das crianças
e dos jovens com necessidades educativas especiais é mais eficazmente alcançada em escolas
inclusivas que servem a todas crianças de uma comum idade.”.
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Devemos ter uma perspectiva realista com esse processo de inclusão dos portadores de
necessidades educativas especiais no ensino regular: não se mudam atitudes da noite para o dia,
sejam elas individuais ou coletivas. Principalmente quando consideramos que toda nossa tradição
histórica tem sido omissa, preconceituosa e discriminativa.
Uma grande polêmica referente a esse aspecto é que localidades em que a educação
especial auditiva já tenha se constituído como sistema paralelo de ensino, referem-se à oneração
financeira de tal reformulação. Dessa forma, nenhum começo é fácil.
Existe uma preocupação muito grande no processo de transformação de um paradigma de
exclusão para um que seja, de inclusão já que o educando está habituado com elemento que
apresentam a mesma deficiência, ao serem incluídos em classes regulares, torna-se constrangedor
pois terá, contato com diversos modelos de alunos, e isso os restringe no inicio, depois se
adaptam ao processo. Há uma preocupação no que diz respeito a capacitação profissional da
educação regular e da educação especial.
Essa inquietação ocorre pelo fato do profissional de educação regular não se achar
preparado para atuar com esses alunos excludentes pelo fato de não terem cursos específicos para
atuarem com essa clientela.
A necessidade de se planejar programas educacionais flexíveis que possam abranger os
mais variados tipos de alunos e que possam, ao mesmo tempo, oferecer o mesmo conteúdo
curricular sem perca de qualidade do ensino e da aprendizagem.
Para que esse planejamento seja bem sucedido e necessário a união de profissionais
especializados, pedagogos da área (deficiência) e o corpo técnico da escola, para se chegar a um
consenso e adaptar de forma coerente no currículo, técnicas que suprirão as necessidades tanto
dos portadores de necessidades como dos alunos ditos “normais”.

2.2.O processo de inclusão

Para que haja a inclusão da criança com necessidades especiais na rede estadual, deve-se
pensar em uma preparação para os profissionais que irão estar envolvidos nesse processo,
principalmente o professor que ira ter contato com essas crianças, desta forma, o
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desenvolvimento de seus conhecimentos e habilidades facilitarão a sua prática-pedagógica na


avaliação e estimulação precoce dessas crianças desde a pré- escola, com o auxilio de programa
assistencial infantil que atendesse a criança com idade de 0 a 6 anos, no sentido promover o seu
desenvolvimento intelectual, físico e social, onde estaria pronto para a escolarização.
Precisa-se sim de profissionais especializados, pelo fato do mesmo ter experiência e
fundamentações teóricas que irão facilitar o trabalho pedagógico tornando-o mais eficaz.

2.3. O aluno com deficiência auditiva

O deficiente auditivo é considerado dessa forma, ao ser constatado sua perda total ou
parcial de resíduos auditivos, por doenças congênitas ou adquiridas dificultando assim a
compreensão da fala através desse órgão (ouvido).
A deficiência auditiva pode manifestar-se como:
• Surdez leve / moderada: é aquela em que a perda auditiva é de 70 decibéis, que dificulta,
mais não impede o individuo de se expressar oralmente, bem como de perceber a voz
humana com ou sem a utilização de um aparelho auditivo.
• Surdez severa / profunda: é a perca auditiva acima de 70 decibéis, que impede o individuo
de entender, com ou sem aparelho auditivo, a voz humana, bem de adquirir naturalmente
o código de língua oral.
Os alunos portadores de deficiência auditiva necessitam de métodos, recursos didáticos e
equipamentos especiais para correção e desenvolvimento da fala e da linguagem.
A socialização do deficiente auditivo na sociedade dominante, onde ocorre o preconceito,
a falta de educadores qualificados e o ambiente adequado para o atendimento do aluno com
necessidade de Educação Especial para que seja amenizada esta problemática a Educação
Especial assume a cada ano, importância maior dentro da perspectiva de atender as crescentes
exigências de uma sociedade em processo de renovação e de busca incessante da democracia, que
só será alcançada quando todas as pessoas indiscriminadamente tiverem acesso à informação, ao
conhecimento e aos meios necessários para a formação de sua plena cidadania.
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A inclusão do deficiente auditivo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial
até os graus superiores de ensino, sob o enfoque sistêmico a educação especial integra o sistema
educacional vigente, identificando-se com sua finalidade, que é a de formar cidadãos conscientes
e participativos.
A educação deve ser, por principio liberal, democrático e não doutrinário. Dentro dessa
concepção o educando é acima de tudo, digno de respeito e do direito à educação de melhor
qualidade.
A principal preocupação da educação dessa forma deve ser o desenvolvimento integral do
homem e a sua preparação para uma vida produtiva na sociedade fundada no equilíbrio entre o
interesses individuais e as regras de vida nos grupos sociais. Devemos enfrentar o maior desafio
de tornar a escola um espaço aberto e adequado ao ensino de todo e qualquer aluno, incluindo
aquele com deficiência. Sabemos, entretanto, que são muitos obstáculos à oferta de educação a
esse alunado, particularmente de maneira integrada, dentro dos princípios da educação inclusiva.
Sabe-se que a humanidade prima pela igualdade de valores dos seres humanos e, com tal,
pela garantia de igualdade de seus direitos, por mais contraditórios que possa parecer, este ser
era, ou ainda é excluído pelo ritmo de produção cada vê mais vital à crescente competitividade
por lhe dificultar o exercício pleno de seus deveres de cidadão de uma humanidade trabalhadora,
produtiva, participativa e contribuinte.

3. METODOLOGIA

O trabalho realizado teve como natureza uma pesquisa aplicada, pois utilizamos de
entrevistas com as professoras dos alunos com deficiência auditiva.
A pesquisa teve como abordagem uma pesquisa qualitativa. Como procedimentos e
técnicas utilizou-se de pesquisas bibliográficas, entrevistas, observação da criança deficiente no
ambiente escolar.
O estudo teve como objetivo a pesquisa exploratória onde proporcionou uma maior
familiaridade com o problema em questão.
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3.1 Análise dos resultados

Com os depoimentos de professores, familiares e aluno a respeito do processo de


inclusão, chegamos à conclusão depois de ouvir o depoimento de uma das mães entrevistadas,
que na teoria tudo se torna mais fácil, porém na prática está deixando a desejar. Isso nos reporta a
Bueno (1993) em suas análises afirma que “o descompasso é ainda maior entre a teoria e a
prática, entre o discurso oficial e a realidade.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB, de 20/12/96, a maioria das
crianças portadoras de necessidades educacionais especiais passa a ser atendidas nas escolas
regulares, com exceção de algumas delas que prosseguirão sua escolaridade em instituições ou
classes especiais, quando sua deficiência for muito comprometida dificultando assim sua
inclusão.
A importância da nova LDB no que diz respeito à educação especial, não pode ser
subestimada. Ela não institui somente a obrigatoriedade do portador de necessidades especiais a
freqüentar a rede regular de ensino, como estabelece serviço de apoio especializado para o
atendimento das necessidades de cada criança. Em relação ao corpo docente, prevê um quadro de
professores qualitativamente preparados para atuar junto a esses alunos, digamos que 75% desse
quadro de professores.
O que nos preocupou após as entrevistas realizadas em que foi unânime a afirmação em
todas as categorias entrevistadas que o profissional que está atendendo as pessoas portadoras de
necessidades educacionais especiais no processo de inclusão não estão preparados para atuar com
essa clientela, podemos dizer que existe 40% de professores com pouca formação na área da
educação especial, e precisam de técnicas e mecanismos para desenvolver suas habilidades
principalmente se as pessoas apresentarem surdez profunda.
Que vantagens teria um aluno com deficiência auditiva severa, de frequentar uma classe
em que ele não compreende a aula, não tem condições de fazer os mesmos trabalhos que os
outros colegas fazem e fica isolado em um canto, pois o professor não consegue transmitir-lhe os
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conteúdos por não ter preparo nem conhecimento da Língua de Sinais (LIBRAS), para facilitar
seu aprendizado.
Em relação ao nível pré-escolar, a integração ou inclusão de crianças com deficiência de
vários níveis sejam viáveis, desde que essas crianças tenham atendimento especializado paralelo
e seus professores recebam orientação de como lidar com elas independente do tipo ou grau de
deficiência.
Para aqueles alunos mais prejudicados é preciso planejar com muito cuidado, para que
não seja mais um excluído do processo educacional.
Segundo Glat (1988, p.11) afirma: “Se não houver uma modificação estrutural no sistema
educacional brasileiro, a inclusão de alunos portadores de necessidades educacionais especiais,
principalmente os mais prejudicados nunca será concretizada, logo a noção de inclusão total não
é uma proposta, e sim uma utopia.”
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando a situação existente em nosso país, pode-se constatar, nas ultimas décadas, foi
empreendido inegável esforço por parte de determinados segmentos sociais e políticos no sentido
de incluir em varias leis o direito à igualdade educacional e atendimento integrado de aluno com
deficiência auditiva regular de ensino.
Mesmo com a legalidade, observa-se que o sistema educacional não se estruturou para
oferecer esse serviço educacional, as pessoas portadoras de deficiência em geral, principalmente
no sistema publico de ensino. Já que a inclusão não é d interesse apenas dos alunos com
deficiência auditiva, uma vez que ao inserirmos este educando na escola regular estar-se exigindo
da instituição novos posicionamentos e procedimentos de ensino baseados em concepções e
práticas pedagógicas mais evoluídas, além de mudanças na atitude de professores, modos de
avaliação e promoção dos alunos para séries e níveis de ensino mais avançados.
A inclusão é igualmente um motivo que força o aprimoramento da capacitação
profissional dos professores em serviços e que questiona a formação dos educandos.
A integração tem sido muito falseada na maior parte dos planos e projeto na área de
educação do portador de deficiência auditiva em nosso país, na verdade, ainda persistem muitas
polêmicas sobre o significado real de integração, muitas vezes as pessoas envolvidas nesse
processo procede de forma instituitiva, não conduzindo uma integração educacional efetiva, nesse
caso há uma mera integração física, e não um atendimento especifico que venha atender as
necessidades do deficiente, principalmente o auditivo que requer de especificidade em sua
comunicação, variando de acordo com o nível de perda auditiva.
No âmbito escolar, observa-se a falta de preparo pedagógico do professor para atender
essa clientela, pois os cursos de formação para o magistério não dá um fundamentação teórica
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nem pratica para o exercício da função referente a esse processo. Nesse caso, o professor de
classe regular necessita de acompanhamento do especialista para minimizar a sua angústia.
Dessa forma, torna-se necessária uma preparação prévia desse professor, a redução de
números de alunos por turma, uma estrutura física adequada e o apoio especializado ao docente
regular, um acompanhamento permanente aos pais e uma campanha de conscientização com a
comunidade sobre a problemática da inclusão do surdo em classe regular.
Sabe-se que, ainda há muito que fazer, pensar, pesquisar, discutir e debater sobre esse
assunto, que por si só é tão complexo. As possibilidades não se esgotam com esta pesquisa, tão
pouco se considera encerrado as discussões sobre o tema.
Logo, o objetivo maior é sensibilizar o meio acadêmico, os pais, os professores que
trabalham ou não com educação especial e a própria comunidade em geral a estarem atentos aos
problemas encontrados pelos portadores de deficiência auditiva, quanto a seus anseios, as suas
dúvidas e os seus desejos.
Pode-se falar em integração ou inclusão dos portadores de deficiência auditiva no ensino
regular à medida que esses segmentos se mobilizarem para tentar minimizar o tema em estudo,
certamente estaremos dando um passo definitivo contra a exclusão e a favor da inclusão
constituindo um motivo para que a escola se mordenize e atenta às exigências de uma sociedade
que não admite preconceito, discriminações, barreiras sociais, culturais ou pessoais.
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5 . REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BUENO, José Geraldo Silveira. Crianças com necessidades especiais: integração segregação do
aluno diferente. São Paulo: Acesso em HTTP://www.educacaoonline.pro.br

BRASIL, Política Nacional de Educação Especial. MEC. Brasília: SEESP, 1994

CAVALCANTE, Meire. Deficiência Auditiva. Inclusão você está preparado? Revista Nova
Escola. São Paulo: Editora Abril, 2006

CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE NECESSIDADES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL. A


Declaração de Salamanca sobre princípios. Política e Prática em Educação Especial, 1994

Ferreira, J.R. a nova LDB e as necessidades educativas especiais. São Paulo: Mímeo, 1997

GLAT, Rosana. A integração dos excepcionais: realidade ou mito? Mensagem da APAE,


1988.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São
Paulo, 2005

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