Professional Documents
Culture Documents
A moral é foro
íntimo do indivíduo o Direito estabelece sanções.
Direito Positivo: é o conjunto de regras jurídicas em vigor num país e numa determinada época.
Direito Natural: é a idéia abstrata do Direito, é aquilo que corresponde ao sentimento de justiça
de uma comunidade.
Direito Objetivo: é a mesma coisa que Direito Positivo, são as normas impostas pelo Estado.
Direito Subjetivo: a faculdade de cada um de agir dentro das regras da lei e de invocar a sua
proteção e aplicação na defesa de seus legítimos interesses.
Direito privado: é composto, inteira ou predominantemente por normas de ordem privada. São
normas de caráter supletivo, vigoram apenas enquanto a vontade dos interessados não dispuser de
modo diferente do previsto pelo legislador. Ex: Divisão de despesas de um muro divisório pode ser
dispensada, por se tratar de norma de ordem privada, prevista no art.1297, § 1º, do Código Civil.
DIREITO CIVIL
Conceito: O Direito Civil é o ramo do direito privado que regula as relações pessoais e
patrimoniais entre particulares que integram a sociedade.
Pessoa Física
Conceito: São entes a quem o ordenamento jurídico confere a possibilidade de adquirir direitos e
contrair obrigações.
A pessoa física pode ser assim considerada quando se adquire a personalidade jurídica.
Podemos então concluir que o início da pessoa física, se dá com o nascimento com vida ou
com a presunção dele no caso do nascituro.
Já o final, por lógica, ocorre com a morte ou, também, com a presunção desta, no caso
dos ausentes, etc.
Esta expresso no artigo 6º, do Código Civil: “A existência da pessoa natural termina com a
morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de
sucessão definitiva.”
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois
anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser
requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável
o falecimento.
Capacidade e Incapacidade
O artigo 1º do Código Civil nos traz uma noção de capacidade quando esclarece que:
“Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.”. Esse dispositivo alcança a todos e faz
com que assim, ninguém possa negar a capacidade de gozo de direito às pessoas.
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial.
Diferente da pessoa física, a pessoa jurídica, pode ser criada por ocorrência de fatos
históricos, norma constitucional, lei especial, tratados internacionais, ou pelo simples registro do
“animus” de se constituir uma pessoa jurídica. Do mesmo modo, as pessoas jurídicas terminam por
motivos diversos sendo que, as criadas por leis, são extintas por lei, as criadas em tratados
somente poderão ser desfeitas por outro contrário. Ainda, podem ser extintas por fatos históricos,
por distrato, falência ou por vencimento do prazo estipulado para seu funcionamento.
Com o convívio social, há a ocorrência constante de atos e fatos jurídicos, motivo pelo
qual foram estipuladas regras de convivência, moral e bons costumes.
A pratica de atos jurídicos de interesse comum, com vontade das partes, formam o
negócio jurídico, que não iremos abordar eis que são muitas as formas de se analisar esse
instituto. Contudo, necessário adentrarmos nos vícios do negócio jurídico, também chamados de
vícios dos atos jurídicos ou ainda, vícios de consentimento.
ERRO OU IGNORÂNCIA
O primeiro dos vícios dos atos jurídicos é o erro. O erro é o falso conhecimento ou noção
equivocada sobre um fato ou característica do objeto, pessoa, cláusula, etc. A ignorância é a
ausência de conhecimento ou noção.
Os erros essenciais são aqueles capazes de viciar o consentimento de uma das partes
tornando o negócio anulável. São exemplos: o erro in negotio, quando erra no negócio que esta
sendo realizado, ex: sujeito acha que esta vendendo uma casa mas na verdade esta doando; erro
in corpore, quando se erra no tipo de coisa negociada, ex: sujeito compra uma moto, mas na
verdade trata-se de uma bicicleta; erro in substantia, quando ocorre erro na substancia do objeto
negociado, ex: sujeito compra casa que pensava ter três andares mas na verdade possui apenas
dois e; erro in persona, que ocorre quando há falsa idéia sobre uma pessoa (art. 219, IV, CC), ex:
sujeito se casa com mulher que pensa ser pura, mas na verdade já fora deflorada por outro
cidadão.
Os erros acidentais são aqueles que por si só não viciam o negócio, pois recaem sob
qualidades acessórias, sem causar prejuízo real, como por exemplo comprar automóvel que pensa
tem 100 litros, mas descobre após a aquisição que possui apenas 97 litros. Notem que a diferença
não altera a propriedade do negócio a ponto de causar dúvida com relação ao consentimento.
DOLO
Dolo Civil é o ato malicioso ou fraudulento empregado por uma das partes ou terceiro,
com objetivo de ludibriar a outra, causando-lhe prejuízo e obtendo proveito.
COAÇÃO
É a pressão, física ou moral, mediante emprego de força física ou grave ameaça, para
forçar a parte a realizar negócio sem sua vontade.
LESÃO
Ocorre quando, por vontade ou inexperiência, uma parte realiza negócio e, condição de
inferioridade, causando-lhe lesão de qualquer espécie, ou seja, uma parte obtém vantagem da
outra, por conta de sua inferioridade, despreparo ou inexperiência.
ESTADO DE PERIGO
Ocorre quando uma pessoa assume obrigação excessiva e desproporcionalmente onerosa, mesmo
ciente do perigo, em razão da necessidade extrema e de sua condição de inferioridade.
A Fraude contra credores caracteriza-se por ser o ato intencional e consciente do devedor,
praticado com objetivo de onerar ou diminuir seu patrimônio, liberando-o de execuções, ou seja, é
quando sujeito, sabendo de possível penhora ou alcance de seus bens, acaba por se desfazer,
vendendo, doando ou cedendo a outro, impedindo que seja incluído com objeto de execução.
Conceito
O conceito de obrigação é muito amplo, já que a definição muda quando utilizada em
ramos diferentes do Direito, mas ao final todas se assemelham.
No âmbito do Direito Civil, formulei o conceito simples e de fácil entendimento sendo
como: o vínculo de direito (relação jurídica), que une uma ou mais pessoas (sujeitos), no qual se
determina que o devedor (sujeito passivo) deva realizar uma prestação, positiva ou negativa, em
favor do credor (sujeito ativo).
Obs: Sempre considerar apenas uma das obrigações presentes na relação jurídica, ou
seja, é necessário identificar em que pólo está inserido o devedor ou credor, já que, como
exemplo, o vendedor é devedor e credor ao mesmo tempo se analisarmos por completo a relação.
Obs2:A obrigação promove apenas direito pessoal, não direito real.
Elementos Constitutivos
Para compor uma obrigação, são necessários três elementos (requisitos): sujeitos, objeto
e vínculo jurídico.
Os sujeitos são o credor (sujeito ativo) e o devedor (sujeito passivo). O credor tem
interesse em que a prestação, positiva ou negativa, seja cumprida. O devedor é aquele que deve
desempenhar certa atividade em favor do credor, é quem tem o dever de efetuar a prestação
Obs: É indispensável a presença de ambos na relação. Ex: Confusão – único filho que deve
ao pai que falece.
O objeto da obrigação sempre será a prestação do devedor, positiva ou negativa, frente
ou credor. Ex: obrigação de entregar um automóvel.
Devem ser lícitos, não podendo contrariar o direito, a moral, os bons costumes e a ordem
pública, sob pena de nulidade. Ex: Fabricar notas falsas; possíveis, física e juridicamente, sendo
que a impossibilidade absoluta gera nulidade. Ex: Obrigação de entregar pedra de Marte
(impossibilidade física) ou de vender bem público (impossibilidade jurídica) e; avaliáveis
economicamente, ou seja, suscetíveis de estimação econômica que possibilite uma indenização.
Podem ser ainda, determinados quando individualizados ou determináveis quando genéricas. Ex:
automóvel de placa JFK-1234, chassi nº.171171171 (determinado) ou apenas automóvel de marca
X, modelo Y, ano Z de cor W (determinável).
O vínculo jurídico é o que amarra o sujeito passivo ao sujeito ativo para a satisfação do
crédito, é a força que obriga o devedor a cumprir prestação devida ao credor.
Espécies - Classificação
Existem três espécies de obrigações: a obrigação civil, também chamada de jurídica,
perfeita ou completa, que é aquela em que o vínculo é composto pelo débito e pela
responsabilidade; a obrigação moral, que constitui mero dever de consciência, não havendo nem
débito, nem responsabilidade (Ex: ajudar aos necessitados) e; obrigação natural, aquela que não é
passível de execução pelo credor, mas, se o devedor cumprir voluntariamente, é válido o
pagamento, ou seja, não há responsabilidade, apenas o débito (Ex: Dívidas de jogo, dívidas
prescritas, apostas desportivas).
Tipos de Obrigações – Obrigação de dar coisa certa e incerta, restituir, de fazer e de não
fazer.
OBRIGAÇÃO DE DAR: conduta humana que tem por objeto uma coisa, subdividindo-se em três:
obrigação de dar coisa certa, obrigação de restituir e obrigação de dar coisa incerta.
Com relação a obrigação de dar, como dito inicialmente, esta gera apenas um crédito, não
fazendo surgir por si só o direito real de propriedade. Isto se dará com a entrega do objeto ao
credor por meio da tradição (objeto móvel) e da transcrição (imóveis). Essa explicação é
importante para entendermos as conseqüências pela perda ou deterioração do objeto da obrigação.
A obrigação de dar coisa certa é aquela em que, o devedor tem a obrigação de entregar ao
credor, objeto previamente especificado, determinado, individualizado, distinto dos demais do
mesmo gênero e espécie (Ex. Entregar o automóvel de chassi nº. 171171171, entregar a vaca
marcada com as iniciais RG no couro). Neste caso, não pode o devedor entregar coisa diversa, pois
o credor não é obrigado a recebê-la, ainda que mais valiosa. No caso dos acessórios da coisa, a
regra geral é de que acompanha o principal, a não ser que seja estipulado o contrário.
Nessa modalidade, pode ser que no espaço de tempo entre a estipulação da obrigação e a
efetiva entrega ocorram acréscimos ou a perda ou deterioração do objeto. a) No caso de
acréscimos, como até a tradição a coisa pertence ao devedor, a este pertence também os
acréscimos, melhoramentos, podendo exigir do credor o aumento do preço e se este não aceitar
resolver a obrigação, devolvendo o preço combinado se já tiver recebido (Ex: Compra da Égua
Pocotó, que quando da tradição, fica prenhe). Quanto aos frutos, se colhidos ou apartados até a
tradição, pertencem ao devedor e os pendentes ao credor. b) No caso de perda ou deterioração da
coisa há que analisar as hipóteses. Se houver culpa do devedor, este terá que devolver a quantia
eventualmente paga e, se for o caso, responderá ao credor por perdas e danos (Só há condenação
em indenização por perdas e danos se houver culpa). Se ocorrer sem culpa do devedor, deve o
devedor apenas restituir ao credor quantia eventualmente paga, sem pagamento de perdas ou
danos.
A obrigação de dar coisa incerta é a espécie de obrigação em que a coisa não é única,
singular, exclusiva e preciosa como na obrigação de dar coisa certa, mas sim é uma coisa genérica
determinável pelo gênero e pela quantidade. Ao invés de uma coisa determinada/certa, temos aqui
uma coisa determinável/incerta (ex: cem sacos de café; dez cabeças de gado, um carro popular,
etc). Tal coisa incerta, indicada apenas pelo gênero e pela quantidade no início da relação
obrigacional, vem a se tornar determinada por escolha no momento do pagamento. Ressalto que
coisa “incerta” não é “qualquer coisa”, mas coisa sujeita a determinação futura. Então se João deve
cem laranjas a José, estas frutas precisam ser escolhidas no momento do pagamento para serem
entregues ao credor.
Esta escolha chama-se juridicamente de concentração que nada mais é do que o processo
de escolha da coisa devida, de média qualidade, feita via de regra pelo devedor. A concentração
implica também em separação, pesagem, medição, contagem e expedição da coisa, conforme o
caso. As partes podem combinar que a escolha será feita pelo credor, ou por um terceiro.
Após a concentração a coisa incerta se torna certa. Antes da concentração a coisa devida
não se perde pois genus nunquam perit (o gênero nunca perece). Se João deve cem laranjas a
José não pode deixar de cumprir a obrigação alegando que as laranjas se estragaram, pois cem
laranjas são cem laranjas, e se a plantação de João se perdeu ele pode comprar as frutas em outra
fazenda
“Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo
possuidor.
Parágrafo único. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o encontrar,
entregará a coisa achada à autoridade competente.”
Conceito: espécie de obrigação positiva pela qual o devedor se compromete a praticar algum
serviço lícito em benefício do credor.
Enquanto na obrigação de dar o objeto da prestação é uma coisa, na obrigação de fazer o
objeto da prestação é um serviço (ex: professor ministrar uma aula, advogado redigir uma petição,
cantor fazer um show, pedreiro construir um muro, médico realizar uma consulta, etc.). E se eu
quero comprar um quadro e encomendo a um artista, a obrigação será de fazer ou de dar? Se o
quadro já estiver pronto a obrigação será de dar, se ainda for confeccionar o quadro a obrigação
será de fazer.
fungível: quando o serviço puder ser prestado por uma terceira pessoa, diferente do
devedor, ou seja, quando o devedor for facilmente substituível, sem prejuízo para o credor, a
obrigação é fungível (ex: pedreiro, eletricista, mecânico, caso não possam fazer o serviço e
mandem um substituto, a princípio para o credor não há problema). As obrigações de dar são
sempre fungíveis pois visam a uma coisa, não importa quem seja o devedor.
infungível: ao credor só interessa que o devedor, pelas suas qualidades pessoais, faça o
serviço (ex: médico e advogado são profissionais de estrita confiança dos pacientes e clientes, um
cantor famoso contratado para realizar um show). Chama-se esta espécie de obrigação de
personalíssima ou intuitu personae (= em razão da pessoa). São as circunstâncias do caso e a
vontade do credor que tornarão a obrigação de fazer fungível ou não.
Mas se tal recusa decorre de um caso fortuito (ex: o cantor gripou e perdeu a voz, ou
sofreu acidente), extingue-se a obrigação, podendo, ainda, se for o caso, estipularem novas
condições para o cumprimento.
Conceito: vínculo jurídico pelo qual o devedor se compromete a se abster de fazer certo ato, que
poderia livremente praticar, se não tivesse se obrigado em benefício do credor.
O devedor vai ter que sofrer, tolerar ou se abster de algum ato em benefício do credor.
Exemplos: o engenheiro químico que se obriga a não revelar a fórmula do perfume da fábrica onde
trabalha; o condômino que se obriga a não criar cachorro no apartamento onde reside; o professor
que se obriga a não dar aula em outra faculdade; o comerciante que se obriga a não fazer
concorrência a outro, etc. Pode haver limite temporal para a obrigação.
Como na autonomia privada a liberdade é grande, as obrigações negativas podem ser bem
variadas, mas obrigações imorais e anti-sociais, ou que sacrifiquem a liberdade das pessoas, são
proibidas, ex: obrigação de não se casar, de não trabalhar, de não ter religião, etc. Tudo é uma
questão de bom senso, ou de razoabilidade. Interessante a expressão “razoável”, é uma expressão
muito ligada ao Direito.
A violação da obrigação negativa se resolve em perdas e danos, então se o engenheiro
divulgar a fórmula do perfume terá que indenizar a fábrica. Mas se for viável, o credor poderá
exigir o desfazimento pelo devedor (ex: José se obriga a não subir o muro para não tirar a
ventilação do seu vizinho João, caso José aumente o muro, João poderá exigir a demolição). No
caso do perfume não há como desfazer a revelação do segredo, então uma indenização por perdas
e danos é a solução.
Neste exemplo do muro, se José se mudar, o novo morador terá que respeitar a
obrigação? Não, pois quem celebrou o contrato não foi ele.
Ainda tratando do exemplo do muro, e se a Prefeitura obrigar José a aumentar o muro por
uma questão de estética ou urbanismo? José terá que obedecer e João nada poderá fazer, pois o
Direito Público predomina sobre o Direito Privado (é o chamado “Fato do Príncipe”, em alusão aos
monarcas que governavam os países na Europa medieval).
TABELA DE DIREITOS TRABALHISTAS – REGRAS GERAIS
(TABELA DAS VERBAS RESCISÓRIAS)
- Despedida com justa causa: ocorre quando a iniciativa de rescindir o contrato de trabalho parte
do empregador, tendo em vista justa causa praticada pelo empregado.
- Despedida sem justa causa: ocorre quando o empregador despede o seu empregado sem que ele
tenha tido culpa de nada, ou seja, sem que o empregado tenha praticado nenhum ato que
justifique uma justa causa para rescisão do contrato.
- Pedido de demissão: ocorre quando o empregado resolve rescindir o contrato de trabalho por
motivos particulares.
- Prazo certo – determinado: ocorre quando existe um contrato de trabalho por prazo certo, ou
seja, quando o trabalho inicia já com uma data certa para acabar.