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1. Provas em Espécies
Trata-se de uma prova técnica. Para esta prova é obrigatório um perito oficial, caso não haja
peritos oficiais, o juiz nomeará duas pessoas idôneas com curso superior e habilitação para o
exame.
*A prova pericial não vincula o juiz, ou seja, o juiz pode discordar com os peritos.
* As partes podem indicar assistentes técnicos, que só participarão depois de realizada a
perícias.
• Corpo de delito são vestígios deixados pelo crime.
• Se o crime deixar vestígios será obrigatório o exame de corpo de delito e nenhuma prova
poderá suprir sua ausência, nem mesmo a confissão – artigo 158, CPP.
1. Exame de corpo de delito (ECD) direto: recai sobre o próprio objeto; (é aquele feito
diretamente nos vestígios),
2. Exame de corpo de delito (ECD) indireto: quando os vestígios desaparecerem – art. 167 CPP;
Exceção: nos Crimes Contra a Propriedade Imaterial da ação privada é obrigatório o ECD
constatando a falsidade para o recebimento.
2.2 Características
* A Prova Pericial tem que ter os seguintes características:
Perícia oficial – parte indica assistente técnico que poderá; apresentar o laudo ou pode ser
ouvido.
• Após a admissão:
ATENÇÃO: o perito pode depor porem devem ser observados dois requisitos:
2. esse mandado deve ser encaminhado com 10 dias de antecedência para o perito.
3. Interrogatório
É um meio de prova e um meio de defesa. O interrogado não pode permanecer em silencio no interrogatório
de informações pessoais.
* O interrogatório é dividido em duas partes (art. 187 do CPP): sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos.
* Renovação do interrogatório (art.196 do CPP): toda vez em que o juiz achar necessário, poderá haver novo
interrogatório, ou se houver pedido fundamentado das partes.
Obs.: os surdos, mudos, cegos precisam de pessoas especializadas, junto com eles em seus interrogatórios.
3.1 Procedimento
b) Qualificação do acusado;
* O interrogatório é obrigatório.
b) Réu preso:
II- o réu possui circunstância pessoal em que é melhor ficar no presídio; ex.: réu amputado das 2 pernas.
III- o réu puder influenciar no ânimo da testemunha, ressalvado o art. 217 CPP
IV- responder a gravíssima questão de ordem pública.
Prazo: a decisão deve ocorrer com 10 dias de antecedência (art. 185, parágrafo 3º, CPP), em relação à
audiência; antes do interrogatório entrevista reservada com defensor – art. 185, parágrafo 4º, CPP
d) Retirada do réu em sala de audiência – art. 217 CPP
É o ato através do qual o agente aceita no todo ou em parte os fatos que lhe são imputados.
A confissão não é a rainha das provas possuindo o mesmo valor dos demais elementos probatórios.
Será constituído de duas partes: informações sobre a pessoa do acusado e a segunda parte questionamento
sobre a acusação que lhe é imputada.
Atenção:
1. O esclarecimento é requerido por meio do juiz; a parte não pergunta diretamente ao acusado – regra.
3. O jurado pode fazer perguntas, e as faz por meio do Magistrado e não diretamente.
4. Confissão
Art. 197 do CPP
a) Simples: pura admissão do fato
b) Qualificadora: admite fato mais opõe a outro. Ex.: matar em legítima defesa.
5. Declaração do Ofendido
Não comete falso testemunho
Não integra o rol máximo testemunha
b) Proteção intimidade - § 6º
c) Encaminhamento para tratamento - § 5º
* O advogado do co-réu deve ser intimado para o interrogatório do outro acusado e poderá fazer reperguntas
a ele (independente da ocorrência da delação).
6. Prova Testemunhal
Todos têm o dever de depor
* terceiro alheio do crime
* tem o dever de dizer a verdade
* sob pena de incidir no crime de falso testemunho
* presta depoimento
b) Procedimento Sumário: 5
6.2 Modalidades:
a) Dispensada: art. 206, CPP - se forem às únicas tem que depor, não prestam compromissos.
b) Proibida: art. 207, CPP - salvo, se a parte autorizar e se quiserem. O advogado não pode prestar
depoimento, nem mesmo se houver autorização da parte, salvo em autodefesa.
1. O não comparecimento injustificado de acordo com o artigo 218, CPP prevê a hipótese de condução
coercitiva também conhecida pela condução debaixo da vara.
2. O não comparecimento incidirá também em crime de desobediência conforme estabelece o artigo 330,
CPP.
3. De acordo com o artigo 342, CPP se a testemunha se recusar a depor cometerá crime de falso
testemunho.
4. As testemunhas dispensadas de depor são aquelas que a lei prevê, são elas: os parentes do acusado.
Neste caso o depoimento é facultativo, em caso de recusa esta não cometerá crime de falso
testemunho.
5. O artigo 203, CPP prevê o crime de falso testemunho, ou seja, se a testemunha não disser a verdade
cometerá o crime de falso testemunho. Salvo se for doente mental, CADI, menores de 14 anos.
6. As testemunhas proibidas são aquelas que mesmo que queiram depor não podem, em razão de
cargo, profissão, ofício e ministério. Artigo 207, CPP e 154 CP. Salvo se forem liberadas, contudo esta
liberação é facultativa.
Este sistema se restringe ao plenário do júri. Onde o juiz começa inquirindo e as partes completam. As partes
poderão perguntar aos jurados desde que intermediadas pelo juiz.
Atenção: segundo o art. 212, parágrafo único, CPP, o juiz seria o último a perguntar, mas é controverso, no
entanto, no Plenário do Júri, está expressamente previsto que o juiz é o primeiro a perguntar.
7. Acareação
Toda testemunha poderá ser acareada - Art. 229 do CPP.
Significa colocar cara a cara as pessoas quando há divergência entre as versões. Podem ser estas pessoas,
testemunhas, ofendido, ou acusado.
7.1 Procedimento
Art. 230 do CPP
Cabe acareação por precatória
Estas testemunhas irão verificar a validade do ato, sob pena de não cumprida a nulidade do ato.
9. Busca e Apreensão
Tem natureza cautelar
9.1 Modalidades
a) Pessoal: não precisa de mandado (Art. 244, CPP);
* Exceções:
a) Flagrante;
b) Prestação de socorro;
c) Consentimento do morador
d) Carro: não precisa de mandado, salvo, trailer
Não será admitida a interceptação telefônica quando ocorrer qualquer das seguintes hipóteses:
* * O Prazo é de 15 dias, prorrogável por mais 15 dias. Pode prorrogar quantas vezes precisar, enquanto
presentes os motivos. O STJ fixou no mês 08 de 08 que só se prorrogou o prazo uma única vez.
Atenção: pode haver renovação por tantas vezes quantas forem necessárias, desde que comprovada a
indispensabilidade do meio de prova.
11. Indícios
2. (OAB/CESPE – 2007.3. PR) Relativamente ao instituto da prova criminal, assinale a opção correta.
a) É permitida a juntada de documentos no plenário do tribunal do júri, desde que trate de prova relativa ao
fato imputado e esclareça a verdade real.
b) A existência de prova da materialidade e de indícios de autoria são suficientes para o recebimento da
denúncia, para a determinação de interceptação telefônica e para a inclusão do réu no rol dos culpados.
c) As provas periciais, ainda que produzidas durante o inquérito policial, têm valor probatório, visto que se
submetem ao contraditório diferido.
d) A confissão feita durante o interrogatório judicial pode suprir a ausência do laudo de exame cadavérico.
Gabarito: 1. A; 2. C.