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SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Incêndio (projeto e representação) - Museus


 Quando se aborda o tema segurança contra incêndio, significa que
devem ser envolvidos os elementos de prevenção e combate a
incêndios. A ocorrência de um incêndio independe de condições
políticas, geográficas ou econômicas e pode ter proporções
devastadoras causando danos e perdas irrecuperáveis. Ao se
pensar em ações a serem tomadas em caso de incêndios, nos
preocupamos principalmente com as que visam a proteção da vida
dos ocupantes do local.
 Apesar da proteção da vida dos ocupantes ser indispensável, é
necessário proteger também alguns acervos, edifícios ou construções
históricas, sendo algumas de valor inestimável para uma cidade,
país ou até para a humanidade. Um incêndio que causa graves
danos a acervos, edifícios ou construções históricas pode significar
um impacto emocional e econômico muito grande para a
comunidade.
 Um incêndio destruindo, por exemplo, casarões no
Pelourinho, a Igreja do Bonfim, o Farol da Barra, o Mercado
Modelo, é algo que causaria grande impacto à sociedade.
Nestes casos, mesmo que o acervo ou as obras de arte
estejam protegidos por seguro, em determinadas situações
nenhum valor em dinheiro poderá repor essas peças.
 Temos exemplos de vários acontecimentos. Um deles foi
o incêndio no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro em
1978, que destruiu 90% da coleção do museu, que tinha
aproximadamente 1000 obras de arte. Em menos de uma
hora, o incêndio causou à época uma perda estimada em
50 milhões de dólares. Não era utilizado no edifício o
sistema de detecção e alarme. O edifício foi totalmente
recuperado, mas seu acervo não.
 A importância da segurança contra incêndio na área científica não
é apenas para por em prática tecnologias avançadas já existentes
e incentivar a criação de novos métodos mais econômicos para
construir, mas sim procurar também informar a população dos riscos
que a falta da segurança contra incêndio pode proporcionar a
vidas humanas, além de mostrar prejuízos irreparáveis para a
sociedade do ponto de vista histórico-cultural.
 É preciso ter uma preocupação maior com a preservação da cultura
fazendo com que os projetos de segurança contra incêndio sejam
executados, visando todos os aspectos relacionados a patrimônios
histórico-culturais. Não basta apenas fazer um projeto usando
normas regulamentadoras, é preciso visualizar a implantação de
todos os sistemas e equipamentos, devido a irregularidades nos
locais a serem implantados, como por exemplo, falta de espaço,
estrutura precária e difícil acessibilidade.
MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

 As medidas de proteção contra incêndio são aquelas


destinadas a proteger a vida humana e os bens materiais
dos efeitos nocivos do incêndio que já se desenvolve no
edifício. São necessárias ao sistema global de segurança
contra incêndio, na proporção em que as medidas de
prevenção venham a falhar, permitindo o surgimento do
incêndio. Estas medidas compõem os seguintes elementos do
sistema global: limitação do crescimento do incêndio;
extinção inicial do incêndio; limitação da propagação do
incêndio; precaução contra a propagação entre edifícios;
evacuação segura do edifício; precaução contra o colapso
estrutural; e rapidez, eficiência e segurança das operações
de combate e resgate.” (Berto, 1991).
 Proteção passiva
 A proteção passiva é formada por medidas que fazem
parte do edifício e que independem de uma ação para o
seu funcionamento em caso de incêndio, sendo possível a
execução de outra função paralelamente ao longo do seu
uso.
 A acessibilidade à construção é uma das medidas que é
pouco analisada pelos projetistas em caso de incêndios. As
construções são executadas sem a devida preocupação em
relação a implantação e ao desenho de suas fachadas, não
facilitando, dessa forma, as atividades de salvamento e
combate do corpo de bombeiros
 A implantação de meios de abandono seguro do edifício (rotas de
fuga) pelos seus ocupantes também é uma medida determinada
pela arquitetura, quando se cria as linhas de circulação no interior
do edifício.
 O estudo da estrutura, dos elementos constitutivos e dos
compartimentos determina a limitação ou contenção do crescimento
do incêndio no interior da construção, bem como o nível de proteção
dos seus ocupantes, sendo também medidas de proteção passiva
que devem ser planejadas no projeto do edifício.
 Outro elemento a ser analisado nas medidas de proteção passiva, é
o controle das características e quantidade de materiais
combustíveis reunidos tanto no acabamento interno quanto no
conteúdo da construção, pois são elementos decisivos na velocidade
da propagação do incêndio, assim como na sua intensidade e
duração.
 Proteção ativa
 A proteção ativa, ao contrário da passiva, é composta por
equipamentos e instalações contra incêndio que dependem de uma
ação para o seu funcionamento, seja manual ou automática. O objetivo
destas instalações é uma detecção rápida do incêndio, para que, dessa
forma, seja mais seguro o abandono dos ocupantes do edifício e
tornando possível um combate e controle mais eficazes do fogo.
Destacam-se como os principais sistemas de proteção ativa:
 Sistema de detecção e alarme automáticos de incêndio (detectores de
fumaça, temperatura, raios infravermelhos, etc. ligados a alarmes
automáticos)- NBR - 9441;
 Sistema de iluminação de emergência – NBR - 10898;
 Sistema de controle / exaustão da fumaça de incêndio.
 Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - NBR 13434
 Sistema de alarme manual de incêndio (botoeiras) NBR - 9441;
 Sistemas de extinção automática de incêndio (chuveiros automáticos –
sprinklers, e outros sistemas especiais de água ou gases) – NBR - 10897;
 Sistema de hidrantes – NBR 5667
 Sistemas de proteção por extintores de incêndio - NBR-12693
 Portas corta-fogo para Saída de Emergência - NBR 11742/2003;
 As portas corta-fogo são próprias para isolamento e proteção das rotas de fuga,
retardando a propagação do fogo e da fumaça.
Elas devem resistir ao calor por 60 minutos, no mínimo (o selo deve estar afixado
em conformidade com a ABNT). Toda porta corta-fogo deve abrir sempre no
sentido de saída das pessoas.
 Rotas de fuga NBR – 9077/1983;
 Corredores, escadas, rampas, passagens entre prédios geminados, e saídas, são
rotas de fuga e estas devem sempre ser mantidas desobstruídas e bem sinalizadas.
 Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (Pára-raios.) NBR 5419
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

 Uma das normas mais importantes em segurança


contra incêndio é a NBR-9077, pois com essa
norma é possível classificar o incêndio e identificar
os sistemas e equipamentos que devem ser
utilizados para cada tipo de construção, é possível
identificar a partir da área que a construção ocupa
a que se destina a construção, por exemplo,
escolas, igrejas bibliotecas entre outros e, a altura
da construção.
NBR 9077 Saídas de emergência em edifícios

 1 Objetivo
 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis que as edificações devem
possuir:
 a) a fim de que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio,
completamente protegida em sua integridade física;
 b) para permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros) para o
combate ao fogo e a retirada da população.
 1.2 Os objetivos previstos em 1.1 devem ser atingidos projetando- se:
 a) as saídas comuns das edificações para que possam servir como saídas
de emergência;
 b) as saídas de emergência, quando exigidas.
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 Condições gerais
 4.1 Classificação das edificações
 4.1.1 Para os efeitos desta Norma, as edificações são
classificadas:
 a) quanto à ocupação, de acordo com a Tabela 1 do
 Anexo;
 b) quanto à altura, dimensões em planta e
características
 construtivas, de acordo, respectivamente,
 com as Tabelas 2, 3 e 4 do Anexo.
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 Componentes da saída de emergência


 4.2.1 A saída de emergência compreende o seguinte:
 a) acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é,
 acessos às escadas, quando houver, e respectivas
 portas ou ao espaço livre exterior, nas edificações
 térreas;
 b) escadas ou rampas;
 c) descarga.
 4.3 Cálculo da população
 4.3.1 As saídas de emergência são dimensionadas em
 função da população da edificação.
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 4.4 Dimensionamento das saídas de emergência


 4.4.1 Largura das saídas
 4.4.1.1 A largura das saídas deve ser dimensionada em
 função do número de pessoas que por elas deva transitar,
 observados os seguintes critérios:
 a) os acessos são dimensionados em função dos pavimentos
que servirem à população;
 b) as escadas, rampas e descargas são dimensionadas
 em função do pavimento de maior população, o qual
determina as larguras mínimas para os lanços
correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o
sentido da saída.
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 4.4.1.2 A largura das saídas, isto é, dos acessos,


escadas,
 descargas, e outros, é dada pela seguinte fórmula: N =
P/C
 Onde:
 N = número de unidades de passagem, arredondado
 para número inteiro
 P = população, conforme coeficiente da Tabela 5 do
 Anexo e critérios das seções 4.3 e 4.4.1.1
 C = capacidade da unidade de passagem, conforme
 Tabela 5 do Anexo
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 4.4.2 Larguras mínimas a serem adotadas


 As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem
 ser as seguintes:
 a) 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem
 e 55 cm, para as ocupações em geral, ressalvado
 o disposto a seguir;
 b) 2,20 m, para permitir a passagem de macas, camas,
 e outros, nas ocupações do grupo H, divisão
 H-3.
 4.4.3 Exigências adicionais sobre largura de saídas
 4.4.3.1 A largura das saídas deve ser medida em sua parte
 mais estreita, não sendo admitidas saliências de alizares, pilares, e outros,
com dimensões maiores que as indicadas na Figura 1, e estas somente em
saídas com largura superior a 1,10 m.
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 4.5 Acessos  e) ser sinalizados e iluminados


 4.5.1 Generalidades com indicação clara
 4.5.1.1 Os acessos devem satisfazer às  do sentido da saída, de acordo
seguintes condições: com o estabelecido
a) permitir o escoamento fácil de todos

os ocupantes
 nesta Norma.
 do prédio;  4.5.1.2 Os acessos devem
 b) permanecer desobstruídos em todos os
permanecer livres de
pavimentos; quaisquer
 c) ter larguras de acordo com o  obstáculos, tais como móveis,
estabelecido em 4.4; divisórias móveis, locais para
 d) ter pé-direito mínimo de 2,50 m, com exposição de mercadorias, e
exceção de outros, de forma permanente,
 obstáculos representados por vigas, mesmo quando o prédio esteja
vergas de portas, e outros, cuja altura supostamente fora de uso.
mínima livre deve ser de 2,00 m;
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 4.5.2 Distâncias máximas a serem  d) a redução de risco pela facilidade de


percorridas saídas em
 4.5.2.1 As distâncias máximas a serem  edificações térreas.
percorridas para  4.5.2.2 As distâncias máximas a serem
 atingir um local seguro (espaço livre percorridas constam da Tabela 6 do
exterior, área de refúgio, escada Anexo.
protegida ou à prova de fumaça), tendo  4.5.2.3 Para uso da Tabela 6 do Anexo
em vista o risco à vida humana devem ser consideradas as
decorrente do fogo e da fumaça, devem características construtivas da edificação,
considerar: constante na Tabela 4 do Anexo,
 a) o acréscimo de risco quando a fuga é edificações classes X, Y e Z.
possível em apenas um sentido;  4.5.2.4 Um prédio é classificado como
 b) o acréscimo de risco em função das de classe X – edificações em que a
características construtivas da edificação; propagação do fogo é fácil - quando
 c) a redução de risco em caso de tiver qualquer peça estrutural ou
proteção por chuveiros automáticos; entrepiso combustível ou não resistente
ao fogo e desprotegido.
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 4.5.2.5 Qualquer edificação dotada de  c) existência, em edifícios de escritórios


estrutura resistente (grupo D), de grandes salões -
 ao fogo é classificada como de classe Y - dependências com mais de 125 m2 - sem
mediana resistência ao fogo - se, em divisões ou utilizando divisórias leves,
qualquer ponto da edificação, houver não-resistentes ao fogo;
qualquer uma das seguintes condições de  d) vãos de iluminação e ventilação,
risco: dando para pátios internos que não
 a) aberturas entre pavimentos, que atendam às condições de espaço livre
permitam a fácil propagação vertical do exterior (ver 3.27).
incêndio, tais como escadas, vazios
ornamentais ou não, dutos desprotegidos,
e outros;
 b) inexistência de distância satisfatória
entre aberturas de pavimento
consecutivos, tais como prédios com
paredes-cortina, "pele de vidro", peitoris
muito baixos e outros;
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 4.5.2.6 Para que um prédio seja  consecutivos, com parede ou viga com
classificado em Z - edificações resistência ao fogo igual à exigida para
 em que a propagação do fogo é difícil - a laje de entrepiso e nunca inferior a 2
e, portanto, a distância máxima a ser h;
percorrida possa ser maior, é necessário  esta distância entre aberturas pode ser
que: substituída por aba horizontal que
 a) sua estrutura seja de concreto armado avance 0,90 m da face da edificação,
ou protendido, calculado e executado solidária com o entrepiso e com a mesma
conforme NBR 5627; resistência ao fogo deste;

 b) tenha paredes externas com  d) tenha isolamento entre unidades


resistência ao fogo igual ou superior à autônomas, conforme
da estrutura, resistindo, pelo menos, a 2 h  4.5.2.7.
de fogo;
 c) tenha isolamento entre pavimentos, o
qual é obtido por afastamentos mínimos
de 1,20 m entre vergas e peitoris de
aberturas situadas em pavimentos
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 4.5.3 Número de saídas  4.5.4 Portas


 4.5.3.1 O número mínimo de saídas  4.5.4.1 As portas das rotas de saída e
aquelas das salas
exigido para os diversos
 com capacidade acima de 50 pessoas e
 tipos de ocupação, em função da altura, em comunicação
dimensões em planta e características  com os acessos e descargas devem abrir
construtivas de cada edificação, acha-se no sentido
na Tabela 7 do Anexo.  do trânsito de saída (ver Figura 2).
 4.5.3.2 Além dos casos constantes da  4.5.4.2 A largura, vão livre ou “luz”
Tabela 7 do Anexo, das portas, comuns ou
 corta-fogo, utilizadas nas rotas de saída,
 admite-se saída única nas habitações deve ser dimensionada
multifamiliares (A-2), quando não houver
 como estabelecido em 4.4, admitindo-se
mais de quatro unidades autônomas por uma
pavimento.
 redução no vão de luz, isto é, no vão
livre, das portas em
 até 75 mm de cada lado (golas), para o
contramarco,
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 marco e alizares. As portas devem ter as  4.5.4.4 As portas das antecâmaras,


seguintes dimensões mínimas de luz: escadas e outros devem
 a) 80 cm, valendo por uma unidade de  ser providas de dispositivos mecânicos e
passagem; automáticos, de modo a permanecerem
 b) 1,00 m, valendo por duas unidades de fechadas, mas destrancadas, no sentido
passagem; do fluxo de saída, sendo admissível que
se mantenham abertas, desde que
 c) 1,50 m, em duas folhas, valendo por disponham de dispositivo de fechamento,
três unidades de passagem. quando necessário.
 Nota: Acima de 2,20 m, exige-se coluna  4.5.4.5 Se as portas dividem corredores
central. que constituem rotas de saída, devem:
 4.5.4.3 As portas das antecâmaras das  a) ter condições de reter a fumaça e ser
escadas à prova de providas de
 fumaça e das paredes corta-fogo devem  visor transparente de área mínima de
ser do tipo corta- 0,07 m2, com
 fogo, obedecendo à NBR 11742, no que
lhe for aplicável.
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 altura mínima de 25 cm;  4.6 Rampas


 b) abrir no sentido do fluxo de saída;  4.6.1 Obrigatoriedade
 c) abrir nos dois sentidos, caso o corredor  O uso de rampas é obrigatório nos
possibilite seguintes casos:
 saída nos dois sentidos.  a) para unir dois pavimentos de
 4.5.4.6 Em salas com capacidade diferentes níveis em
acima de 200 pessoas e  acessos a áreas de refúgio em
 nas rotas de saída de locais de reunião edificações com
com capacidade  ocupações dos grupos H-2 e H-3;
 acima de 200 pessoas, as portas de  4.6.3.2 As declividades máximas das
comunicação com os rampas internas devem
 acessos, escadas e descarga devem ser  ser de:
dotadas de ferragem  a) 10%, isto é, 1:10, nas edificações de
 do tipo antipânico, conforme NBR 11785. ocupações A, B, E, F e H;
 b) 12,5%, isto é, 1:8, quando o sentido
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 de saída é na descida, nas edificações  4.7 Escadas


de ocupações D e G; sendo  4.7.1 Generalidades
 a saída em rampa ascendente, a  Em qualquer edificação, os pavimentos
inclinação sem saída em nível
 máxima é de 10%;  para o espaço livre exterior devem ser
 c) 12,5% (1:8), nas ocupações C, I e J. dotados de escadas,
 4.6.3.3 Quando, em ocupações em que  enclausuradas ou não, as quais devem:
sejam admitidas  a) quando enclausuradas, ser constituídas
 rampas de mais de 10% em ambos os com material
sentidos, o sentido  incombustível;
 da saída for ascendente, deve ser dado  b) quando não enclausuradas, além da
um acréscimo de incombustibilidade, oferecer nos
 25% na largura calculada conforme 4.3. elementos estruturais resistência ao fogo
de, no mínimo, 2 h;
 c) ter os pisos dos degraus e patamares
revestidos com materiais resistentes à
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 propagação superficial  4.7.10.5 As escadas enclausuradas


 de chama, isto é, com índice "A" da NBR 9442; protegidas devem
 d) ser dotados de guardas em seus lados
abertos,  possuir ventilação permanente inferior,
 conforme 4.8; com área de 1,20 m2 no mínimo, junto ao
 e) ser dotadas de corrimãos, conforme 4.8; solo, podendo esta ventilação ser por
 f) atender a todos os pavimentos, acima e
veneziana na própria porta de saída
abaixo da descarga, mas terminando térrea ou em local conveniente da caixa
obrigatoriamente no piso desta, não podendo da escada ou corredor da descarga, que
ter comunicação direta com outro lanço na
mesma prumada (ver Figura 3); permita a entrada de ar puro, em
 g) ter os pisos com condições antiderrapantes, condições análogas à tomada de ar dos
e que permaneçam antiderrapantes com o uso; dutos de ventilação (ver 4.7.13).
 h) atender à seção 4.5.1.2.
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 4.7.12 Antecâmaras  mínima de 0,84 m2 e, quando retangular,


obedecendo à proporção máxima de
 4.7.12.1 As antecâmaras, para 1:4 entre suas dimensões;
ingressos nas escadas enclausuradas  f) ter a abertura de saída de ar do duto
(ver Figura 12), devem: respectivo situada junto ao teto, ou, no
máximo, a 15 cm deste, com área mínima
 a) ter comprimento mínimo de 1,80 m; de 0,84 m2 e, quando retangular,
 b) ter pé-direito mínimo de 2,50 m; obedecendo à proporção máxima de
1:4 entre suas dimensões;
 c) ser dotadas de porta corta-fogo na  g) ter, entre as aberturas de entrada e
entrada, de acordo com a NBR 11742, e de saída de ar, a distância vertical
de porta estanque à fumaça na mínima de 2,00 m, medida eixo a eixo;
comunicação com a caixa da escada;  h) ter a abertura de saída de ar situada,
no máximo, a uma distância horizontal de
 d) ser ventiladas por dutos de entrada e 3,00 m, medida em planta, da porta de
saída de ar, de acordo com 4.7.13.2 a entrada da antecâmara, e a abertura de
4.7.13.4; entrada de ar situada, no máximo, a
uma distância horizontal de 3,00 m,
 e) ter a abertura de entrada de ar do medida em planta, da porta de entrada
duto respectivo situada junto ao piso, ou, da escada.
no máximo, a 15 cm deste, com área
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 4.9 Elevadores de emergência  atender a todas as normas gerais de


segurança previstas nas NBR 5410 e
 4.9.1 Obrigatoriedade NBR 7192, e ao seguinte (ver Figura 12):
 É obrigatória a instalação de elevadores  a) ter sua caixa enclausurada por
de emergência: paredes resistentes a 4 h de fogo;
 b) ter suas portas metálicas abrindo
 a) em todas as edificações com mais de para antecâmara ventilada, nos termos
20 pavimentos, excetuadas as de classe de 4.7.12, para varanda conforme
de ocupação G-1, e em torres 4.7.14, para hall enclausurado e
exclusivamente monumentais de pressurizado, para patamar de escada
pressurizada ou local análogo do ponto
ocupação F-2; de vista de segurança contra fogo e
 b) nas ocupações institucionais H-2 e H-3, fumaça;
sempre que sua altura ultrapassar 12,00  c) ter circuito de alimentação de energia
m. elétrica com chave própria independente
da chave geral do edifício, possuindo
 4.9.2 Exigências este circuito chave reversível no piso da
descarga, que possibilite que ele seja
 4.9.2.1 Enquanto não houver norma ligado a um gerador externo na falta de
específica referente a energia elétrica na rede pública.
 elevadores de emergência, estes devem
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 4.10 Áreas de refúgio  4.10.1.3 Em edificações dotadas de


 4.10.1 Conceituação e exigências áreas de refúgio, as

 4.10.1.1 Área de refúgio é a parte de  larguras das saídas de emergência


um pavimento separada podem ser reduzidas

 do restante por paredes corta-fogo e  em até 50%, desde que cada local
portas cortafogo, compartimentado tenha

 tendo acesso direto, cada uma delas, a  acesso direto às saídas, com larguras
uma escada correspondentes

 de emergência (ver Figura 18).  às suas respectivas áreas e não-menores


que as mínimas
 4.10.1.2 A estrutura dos prédios
dotados de áreas de refúgio  absolutas de 1,10 m para as edificações
em geral, e
 deve ter resistência a 4 h de fogo,
devendo obedecer  2,20 m para as ocupações H-2 e H-3.

 à NBR 5627, se for de concreto armado


ou protendido.
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 4.10.2 Obrigatoriedade
 É obrigatória a existência de áreas
de refúgio nos seguintes
 casos:
 a) em prédios institucionais de
ocupações H-2 e H-3,
 quando classificados em M, N ou O
por suas alturas
 (altura superior a 6,00 m);
 b) em prédios institucionais e
educacionais - ocupações
 H-1, H-2 e E - quando forem
classificados
 em “W” por suas dimensões em
plantas (mais de
 5000 m2).
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Extintores
 EXTINTORES
 Para ajudar no combate de pequenos
focos de incêndio, foram criados os
extintores.
 Atenção: há vários tipos de extintores
de incêndio, cada um contendo uma
substância diferente e servindo para
diferentes classes de incêndio. Vamos
conhecê-los.
 Extintor com água pressurizada É
indicado para incêndios de classe A
(madeira, papel, tecido, materiais sólidos
em geral).
 A água age por resfriamento e
abafamento, dependendo da maneira
como é aplicada.
 Extintor com gás carbônico Indicado para
incêndios de classe C (equipamento
elétrico energizado), por não ser
condutor de eletricidade. Pode ser usado
também em incêndios de classes A e B.
Extintores
 Extintor com pó químico seco Indicado  Recomendações
para incêndio de classe B (líquido  Aprenda a usar os extintores de
inflamáveis). Age por abafamento. Pode incêndio. Conheça os locais onde estão
ser usado também em incêndios de instalados os extintores e outros
classes A e C. equipamentos de proteção contra fogo.
Nunca obstrua o acesso aos extintores
 Extintor com pó químico especial ou hidrantes. Não retire lacres,
Indicado para incêndios de classe D etiquetas ou selos colocados no corpo
(metais inflamáveis). Age por dos extintores.
abafamento.  Não mexa nos extintores de incêndio e
 Não use água hidrantes, a menos que seja necessária
a sua utilização ou revisão periódica.
 Em fogo de classe C (material elétrico
energizado), porque a água é boa
condutora de eletricidade, podendo
aumentar o incêndio.
 Em produtos químicos, tais como pó de
alumínio, magnésio, carbonato de
potássio, pois com a água reagem de
forma violenta.
PRINCIPAIS LOCAIS DE PRESERVAÇÃO

As principais construções que são ou abrigam patrimônio histórico


destacam-se:
 Museus;

 Centros históricos;

 Bibliotecas;

 Igrejas

 Para a segurança da população que ocupa essas construções


históricas é imprescindível a implantação dos equipamentos
determinados no projeto e a utilização de saídas de emergência
específicas para cada caso, além de medidas auxiliares,
garantindo, desse modo, a inteira proteção do ocupante, como, por
exemplo, orientação, alarmes, sistemas de detecção, etc.
 Em se tratando de museus numa montagem de uma
exposição, é necessária a análise de diversas características
de segurança contra incêndio. É importante dar atenção
especial ao tipo de material usado para revestir, conservar
ou sustentar objeto. É fundamental a especificação do
material para que não ajude de forma significativa para a
propagação do incêndio e alcançar o próprio objeto que
deveria estar sendo protegido.
 A diversidade de objetos que podem fazer parte do
acervo de um museu é enorme, sendo necessária uma
compreensão das particularidades de medidas de proteção
contra incêndios, para que sejam aplicadas as mais
adequadas para cada caso.
CONCLUSÃO

 Elaborando um projeto com as devidas especificações técnicas e utilizando um conjunto de


equipamentos baseados em normas que especificam seu tamanho, forma, dimensão, validade
e utilização para prevenir e combater o incêndio de forma física, utilizando para uma grande
eficiência o uso de recursos como energia, água, materiais, entre outros. Reduzindo assim o
impacto sobre a construção, defendendo vidas humanas, protegendo a estrutura do local,
preservando seus bens, acervos e até mesmo sua importância cultural.
 Projetos de segurança contra incêndio são realizados para prevenir o acontecimento e reduzir
o impacto do incêndio na construção e na saúde humana através de sistemas de proteção
ativa e passiva. Levando à idéia de prevenção, análise e combate de forma específica para
patrimônios histórico-culturais, foi visto que cada projeto deve ser analisado separadamente,
levando em consideração as normas regulamentadoras e as condições específicas de cada
construção como materiais que compõem a construção, análise de sua estrutura e dificuldades
de acessibilidade, fazendo com que a construção fique devidamente protegida, evitando
dessa forma que em primeiro lugar se coloque em risco a vida dos ocupantes do local,
protegendo-se também os acervos que possuem valores inestimáveis, construções vizinhas e a
própria construção, bem como também não trazendo impactos à economia das cidades já
que, muitas vezes essas construções tem grande importância no turismo das mesmas.
REFERÊNCIAS
 ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12693:
Sistemas de proteção por extintores de incêndio. Rio de Janeiro, 1993.
 ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077:
Saída de emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 1983.
 BERTO, A. F. “Medidas de proteção contra incêndio: aspectos fundamentais
a serem considerados no projeto arquitetônico dos edifícios’’. São Paulo,
1991. Dissertação (Mestrado) – FAUUSP.

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