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Densitometria Óssea

A osteoporose recebeu atenção mundial depois que a Organização Mundial de Saúde a considerou com a
epidemia do Século 21. Isto se deve devido à alteração do perfil demográfico mundial, conseqüente ao
aumento da longevidade e à diminuição das taxas de natalidade, principalmente nos Estados Unidos da
América do Norte e na Comunidade Européia. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a osteoporose
atinge mais de 75 milhões de pessoas na Europa, Japão e EUA, causando mais de 2,3 milhões de fraturas
anualmente na Europa e EUA. Somente nos Estados Unidos mais de 20 milhões de mulheres são afetadas
por este problema de saúde. De acordo com a Sociedade Brasileira de Osteoporose o número de pessoas
afetadas pela osteoporose no Brasil seria de 5.500.000. Com o aumento da população
de brasileiros idosos, este número aumentará mais ainda.
Por conta deste quadro, a preocupação com a osteoporose estimulou estudos e
pesquisas, gerando significativos avanços nas técnicas diagnósticas e nas estratégias efetivas para a
prevenção e o tratamento da osteoporose.
A osteoporose é uma doença causada pela perda de massa óssea que leva a menor força do osso,
formação de osso de baixa qualidade e aumento do risco de fratura. As áreas mais comumente afetadas o
quadril, coluna e punhos.
Embora a osteoporose esteja associada geralmente à terceira idade, ela também pode se manifestar já na
infância e sua prevenção deve ser feita nos primeiros anos de vida.
A osteoporose é basicamente um problema de saúde da mulher, embora os homens possam ser afetados,
em menor escala, por esta doença.
A expectativa de vida mais longa da mulher a coloca em maior risco para a osteoporose. Quando os
ossos de uma mulher atingem a maturidade plena, em torno dos 30 anos de idade, ela já apresenta uma
massa óssea total 10 a 25 por cento menor que a massa óssea de um homem. Na época da menopausa, por
volta dos 50 anos, há uma diminuição no a produção de estrogênio, que tem ação protetora sobre os ossos.
A menopausa marca um momento em que as mulheres experimentam acelerada perda óssea.
A osteoporose pode ser classificada em primária (idiopática) e secundária. A forma primária, por sua vez,
é classificada em tipo I e tipo II. No tipo I, também conhecida por tipo pós-menopausa, existe rápida
perda óssea e ocorre na mulher recentemente menopausada. Predominantemente atinge o osso trabecular
e é associada a fraturas das vértebras e do rádio distal. A tipo II, ou senil, é relacionada ao
envelhecimento e aparece por deficiência crônica de cálcio, aumento da atividade do paratormônio e
diminuição da formação óssea.
A osteoporose secundária é decorrente de processos inflamatórios, como a artrite reumatóide; alterações
endócrinas, como hipertireoidismo e desordens adrenais; mieloma múltiplo; por desuso; por uso de
drogas como heparina, álcool, vitamina A e corticóides. Os corticóides inibem a absorção intestinal do
cálcio e aumentam sua eliminação urinária, diminuem a formação osteoblástica e aumentam a reabsorção
osteoclástica.

O esqueleto tem uma função dupla. Ele fornece a sustentação estrutural para os músculos e os órgãos,
servindo também como um depósito para o cálcio do corpo e outros minerais essenciais, tais como o
fósforo e o magnésio. O esqueleto retém 99% do cálcio do corpo; o um por cento restante é liberado para
circular no sangue e é essencial para funções corporais importantes, que variam desde a contração
muscular à função nervosa e também coagulação sangüínea. Como outros órgãos do corpo, o tecido ósseo
está sendo constantemente reconstruído.

Esta renovação é necessária para o crescimento, para o reparo dos danos menores que ocorrem no estresse
diário e para a manutenção do funcionamento correto do corpo. A degradação ou a reabsorção do
esqueleto é feita por células conhecidas como osteoclastos, que são formadas a partir de determinados
tipos de células do sangue.

Estas células escavam furos no osso, liberando pequenas quantidades de cálcio na corrente sangüínea,
que é necessário para outras funções vitais. As células chamadas de osteoblastos, que são produzidos por
células do osso, reconstroem a seguir o esqueleto, primeiramente enchendo os furos com o colágeno,
colocando, então, cristais de cálcio e fósforo. A cada ano, aproximadamente 10% a 30% do esqueleto do
adulto é remodelado desta maneira.

O equilíbrio osteoclasto-osteoblasto é controlado por uma mistura complexa de hormônios e fatores


químicos.

A osteoporose é uma doença do esqueleto onde existe uma diminuição lenta da quantidade de cálcio nos
ossos, ao ponto deles se tornarem frágeis e propensos a fraturas. Ou seja, os ossos perdem a densidade.
Até que uma pessoa atinja os 40 anos, o processo de desintegração e reconstrução do osso pelos
osteoclastos e osteoblastos é um sistema quase perfeitamente acoplado, uma fase estimulando a outra.
Quando uma pessoa envelhece, entretanto, este sistema se deteriora e os dois processos ficam fora de
sincronização. As razões disto não são bem claras. Alguns indivíduos têm uma taxa muita elevada do
turnover ósseo; alguns têm um turnover muito gradual, mas a desintegração do osso pode eventualmente
ultrapassar o acúmulo.

A osteoporose é diagnosticada quando a densidade óssea diminui a ponto das fraturas acontecerem com
estresse suave. Este é conhecido como limiar de fratura. Ela é definida pela Organização Mundial de
Saúde como a densidade mineral óssea que esteja um desvio padrão (SD) de 2,5 ou mais abaixo do BMD
médio para adultos jovens. Um desvio padrão abaixo do normal em uma medida da densidade mineral
óssea do quadril equivale a adicionar 14 anos ao risco de fratura de uma pessoa. As medidas entre 1 e 2,5
SD abaixo do normal são definidas como osteopenia. Há dois tipos primários da osteoporose: tipo I e II.
O tipo I ou osteoporose de turnover elevado ocorre em algumas mulheres entre as idades de 50 e de 75
por causa da diminuição repentina dos níveis do estrogênio na posmenopausa, o que resulta em uma
depleção rápida do cálcio do esqueleto.

Esta diminuição do cálcio está associada com as fraturas de compressão das vértebras, fazendo com que
haja um colapso da coluna; como também fraturas do quadril, do pulso ou do antebraço causadas por
quedas ou por acidentes menores.

A osteoporose do tipo II ou de turnover baixo, conhecida também como osteoporose senil ou relacionada
à idade, acontece quando o processo da reabsorção e da formação do osso não mais funciona de forma
coordenada; a destruição do osso supera a sua remodelação. Isto ocorre com o passar da idade em todas as
pessoas de alguma forma.

A osteoporose do tipo II afeta tanto homens como mulheres e é associada primariamente com as fraturas
da perna e coluna. Em mulheres mais velhas, pode ocorrer tanto a osteoporose do tipo I como a do tipo II.

O fator determinante para a real existência da osteoporose do tipo I ou II é a quantidade de cálcio


presente no esqueleto. Na realidade alguém que tenha ossos muito densos provavelmente nunca perderá
cálcio o bastante para alcançar o ponto onde ocorre osteoporose, enquanto que uma pessoa que tenha uma
densidade óssea baixa poderia facilmente desenvolver osteoporose apesar de perder relativamente
somente um pouco de cálcio.

A Densitometria Óssea é uma das mais avançadas tecnologias para avaliação e monitoramento de alterações na densidade
mineral óssea (massa óssea). Por permitir a máxima precisão nos resultados e principalmente nos exames comparativos, é o
método por excelência para diagnosticar precocemente doenças que interferem no metabolismo ósseo.

A osteoporose, caracterizada tanto por uma deficiência quantitativa quanto qualitativa, pode levar a massa óssea a um grau de
fragilidade, permitindo que fraturas ocorram por traumas mínimos.
O exame periódico de densitometria óssea permite detectar estados de redução da massa óssea, estimar a resistência óssea e
avaliar o risco de futuras fraturas em pacientes com baixa massa óssea, principalmente na coluna lombar e fêmur, auxiliando
no tratamento médico.

A densitometria óssea é um método rápido e preciso, totalmente não invasivo, com baixa emissão de raios-X, tanto para o
paciente quanto para o técnico. Durante a realização do exame, o paciente permanece deitado em uma mesa acolchoada,
enquanto o “braço” do aparelho, que contém o tubo de raios-X de um lado e o detector de radiação de outro, percorre a área
examinada, gerando as imagens em um monitor de computador.

Quando a densitometria deve ser solicitada?


- Mulheres na menopausa sem uso de terapia de reposição hormonal
- História familiar ou pessoal de fratura do quadril
- Tabagismo
- Mulheres menopausadas altas e magras
- Homem com condições clínicas associadas à perda óssea
- Uso de medicações que causem perda óssea, como corticóides, anticonvulsivantes e barbitúricos,
hormônio tiroideano, diabetes tipo 1, doenças hepáticas, nefropatia e história familiar de osteoporose
- Pacientes com metabolismo ósseo acelerado, que se manifesta nos exames de urina.
- Pacientes com doevça tiroideana, como hipertiroidismo.
- Pacientes com hiperparatiroidismo.
- Pacientes que apresentaram fratura causada por um leve trauma.
- Pacientes que apresentem evidência radiológica da fratura vertebral ou outros sinais de osteoporose.
Preparação para o exame
Alimentar-se normalmente no dia do exame. Não tomar suplementos de cálcio pelo menos 24 horas antes
do exame.
Usar roupas confortáveis sem ziper, fivelas ou botões de metal. Chaves, carteiras, moedas devem ser
removidas das regiões a ser examinadas.
Todos objetos de metal, óculos, jóias ou vestimenta que contenha componentes de metal que possa
interferir com o equipamento de raios-x devem ser removidos. Algumas vezes a paciente tem que vestir
uma bata hospitalar.
A paciente deve informar ao técnico ou ao médico se foi submetida a algum exame radiológico
contrastado ou exame de Medicina Nuclear. Nestes casos a paciente pode ter que esperar até duas
semanas para ser submetida à densitometria.
As pacientes devem informar da probabilidade de gravidez.

Como é o aparelho de densitometria?


Existem dois tipos de densitometro: o central e o periférico. A Diagnose possui o equipamento central que
é o mais comumente utilizado, que serve para examinar a coluna lombar, quadril e corpo inteiro.
O equipamento consiste de uma mesa de exame e um braço que fica suspenso sobre a paciente.
Os equipamentos do tipo periférico medem a densidade mineral óssea do punho, calcâneo ou dedo e têm
pequenas dimensões e não são considerados equipamentos padrões.

Como funciona a densitometria?


A maquina de densitometria envia um feixe de raios-x invisível, com dois picos de energia distintos em
direção ao paciente. Um destes picos de energia é absorvido principalmente por partes moles e outro por
osso. A quantidade de partes moles e subtraída do total e o que resta é a densidade mineral da paciente.
O equipamento de densitometria dispõe de um software especial que faz estes cálculos e mostra no
monitor do computador, juntamente com gráficos.

Como é que o exame é realizado?


A paciente fica deitada na mesa de exame especial, que tem um tubo de raios x posicionado em sua
porção inferior e um braço móvel, com o detector de radiação, acima do paciente.
Durante o exame o detector e o tubo de raios x se movem juntos para fazer a varredura dos locais
examinados: quadril e coluna lombar, geralmente.
Para se fazer o exame da coluna a paciente coloca as pernas sobre um bloco, para promover um melhor
alinhamento da pelve e coluna lombar.
Para se avaliar o quadril o pé da paciente é colocado em um tipo de braçadeira que promove uma rotação
interna da perna.
Em ambos os casos o detector passa lentamente pela área desejada, gerando imagens na tela do
computador.
Os exames do antebraço são mais simples.O antebraço é colocado sobre a mesa de exame em um suporte
e o exame é iniciado. Como a área a ser examinada é muito pequena, o exame é muito rápido.
Este exame é realizado nos casos onde a paciente é muito pesada para a mesa de exame, que suporta
pacientes até 120 kg.

Um outro exame chamado de Avaliação Lateral da Coluna é realizado quando existe suspeita de fraturas
de corpos vertebrais.

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