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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTERIO DA EDUCAÇÃO

TRABALHO DE PESQUISA (GEOGRAFIA)

TEMA: A DERIVA DOS CONTINENTES

4º GRUPO

ELEMENTOS DO GRUPO

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Índice
 1 Introdução
 2 Densenvolvimento
 2.1 Evidências da deriva continental criadas por
Alfred Lothar Wegener
 2.2 A Teoria de Wegener
 2.3 História e impacto
o 2.4 Deriva continental
o 2.5 Continentes flutuantes
 2.6 Tectónica de placas noutros planetas
 3 Conclusão
 4 Referências
INTRODUÇÃO

Alfred Wegener (1880-1930)


O meteorologista e geofísico Alfred Wegener (1880-1930) formulou a teoria da deriva
continental, com base nas linhas costeiras dos vários continentes, que parecem encaixar-se
umas nas outras, nos estratos rochosos similares em continentes separados entre si, e nos
fósseis.

Argumentou que, há cerca de 200 milhões de anos, havia um supercontinente


designado por Pangea (Pangéia), que começou a fracturar-se.

Wegener estava também intrigado com as ocorrências das estruturas geológicas


pouco comuns e dos fósseis de plantas e animais encontrados na América do Sul e África,
que estão separados actualmente pelo Oceano Atlântico. Deduziu que era fisicamente
impossível para a maioria daqueles organismos ter nadado ou ter sido transportado através
de um oceano tão vasto. Para ele, a presença de espécies fósseis idênticas ao longo das
costas litorais de África e América do Sul era a evidência que faltava para demonstrar que,
uma vez, os dois continentes estiveram ligados.

Esta figura representa o ajuste actual da linha da costa do continente da América do


Sul com o de África. Com a cor roxa representam-se as estruturas geológicas e rochas
idênticas. Repara-se na continuidade, nos dois continentes, das manchas roxas.
DENSEVOLVIMENTO

Evidências da deriva continental criadas por Alfred Lothar Wegener

Alfred Lothar Wegener apresentou esta teoria utilizando aspectos morfológicos,


paleoclimáticos, paleontológicos e litológicos.

Com relação às rochas, haveria coincidência das estruturas geológicas nos locais dos
possíveis encaixes entre os continentes, tais como a presença de formações geológicas de clima
frio nos locais onde hoje imperam climas tropicais ou semi-tropicais. Estas formações, que
apresentam muitas similaridades, foram encontradas em localizações como a América do Sul,
África e Índia.

As evidências fósseis também são bastante fortes, tanto vegetais como animais. A flora
Glossopteris aparece em quase todas as regiões do hemisfério sul, América do Sul, África,
Índia,Japão, Austrália e Antartica. Um réptil terrestre extinto do Triássico, o Cinognatus, aparece
na América do Sul e na África e o Lystrosaurus, existe na África, Índia e Antártica. O mesmo
acontece com outros répteis de água doce que, evidentemente, não poderiam ter nadado entre
os continentes. Se estes fósseis existem em vários continentes distintos que hoje estão
separados por milhares de quilômetros de oceano, os continentes deveriam estar unidos, pelo
menos durante o período Triássico. A hipótese alternativa para estas evidências seria uma
hipotética ligação entre os continentes (pontes de terra) que atualmente estaria submersas.

A Teoria de Wegener

Animação mostrando como a deriva continental ocorreu desde Pangea até hoje.

Atualmente existem seis continentes, sendo eles: América, África, Ásia, Oceania, Europa
e Antártica. A teoria de Wegener propunha a existência de uma única massa continental
chamada Pangeia, que começou a se dividir a 200 milhões de anos atrás.
Esta ideia foi complementada na época por Alexander Du Toit, professor sul-africano de
geologia, que postulou que primeiro a Pangeia se separou em duas grandes massas
continentais, Laurásia ao norte e Gondwana no sul. Posteriormente estas duas massas teriam se
dividido em unidades menores e constituído os continentes atuais.

Embora Wegner apresentasse provas extremamente fortes da sua teoria da deriva


continental, falhava na explicação do mecanismo que seria responsável pela separação dos
continentes. Wegner simplesmente postulou que as massas continentais teriam se arrastado
sobre o assoalho oceânico, separando-se umas das outras, movidas por forças gravitacionais
produzidas pela saliência equatorial.

Considerações físicas formuladas por Harold Jeffreys, importante geofísico inglês


contemporâneo de Wegner, provaram que tal processo seria impossível: primeiro porque as
forças alegadas por Wegner seriam muitas ordens de grandeza mais fracas do que as que
seriam necessárias para produzir tal efeito e, segundo, porque o arrasto da base dos continentes
sobre o fundo oceânico produziria a sua ruptura geral.

Esta fraqueza do raciocínio de Wegner, fez com que os geólogos e o mundo acadêmico,
de uma forma geral, pusessem de lado, pelo menos provisoriamente, a sua teoria.

No final da década de 1950, do mundo submarino começou a trazer evidências da


topografia submarina e, principalmente, de certas características do comportamento magnético
das rochas do assoalho submarino, o que ressucitou a teoria de Wegener. Desta vez, porém, os
mecanismos de deriva continental já estavam mais bem estabelecidos pelo trabalho de vários
pesquisadores, entre os quais se destaca o geólogo inglês Arthur Holmes. As forças geradas
pelas correntes de convecção do manto terrestre são fortes o suficiente para deslocar placas,
constituídas pela crosta submarina e continental.

Segundo a teoria da deriva continental, a crosta terrestre é formada por uma série de
"placas" que "flutuam" numa camada de material rochoso fundido. As junções das placas (falhas)
podem ser visíveis em certas partes do mundo, ou estar submersas no oceano. Quando as
placas se movem umas ao encontro das outras, o resultado do atrito é geralmente sentido sob a
forma de um tremor de terra (exemplo a falha de Santo André na Califórnia).

As placas não somente se movem umas contra as outras, mas "deslizam" umas sob as
outras - em certos lugares da Terra, o material que existe na crosta terrestre é absorvido e
funde-se quando chega às camadas "quentes" sobre as quais as placas flutuam. Se este
processo existisse só neste sentido, haveria "buracos" na crosta terrestre, o que não acontece. O
que se passa de facto é que, entre outras placas, material da zona de fusão sobe para a zona da
crosta para ocupar os espaços criados (exemplo, a "cordilheira" submersa no Oceano Atlântico).

Os continentes que são os topos destas placas flutuam - ou derivam - no processo. Por
isso a expressão "deriva continental".

História e impacto
A deriva continental foi uma das muitas ideias sobre tectónica propostas no final do
século XIX e princípios do século XX. Esta teoria foi substituída pela tectónica de placas e os
seus conceitos e dados igualmente incorporados nesta.

Padrão de distribuição de fósseis nos vários continentes.

Em 1915 Alfred Wegener foi o primeiro a produzir argumentos sérios sobre esta ideia, na
primeira edição de The origin of continents and oceans . Nesta obra ele salientava que a costa
oriental da América do Sul e a costa ocidental de África pareciam ter estado unidas antes. No
entanto, Wegener não foi o primeiro a fazer esta sugestão (precederam-no Francis Bacon,
Benjamin Franklin e Antonio Snider-Pellegrini), mas sim o primeiro a reunir significativas
evidências fosseis, paleo-topográficas e climatológicas que sustentavam esta simples
observação. Porém, as suas ideias não foram levadas a sério por muitos geólogos, que
realçavam o facto de não existir um mecanismo que parecesse ser capaz de causar a deriva
continental. Mais concretamente, eles não entendiam como poderiam as rochas continentais
cortar através das rochas mais densas da crusta oceânica.

Processo de aparecimento do Atlântico Sul, entre 140 e 60 milhões de anos atrás,


quando se formou o petróleo do pré-sal

Em 1947 uma equipa de cientistas liderada por Maurice Ewing a bordo do navio de
pesquisa oceanográfica Atlantis da Woods Hole Oceanographic Institution , confirmou a
existência de uma elevação no Oceano Atlântico central e descobriu que o fundo marinho por
baixo da camada de sedimentos era constituído por basalto e não granito, rocha comum nos
continentes. Descobriram também que a crusta oceânica era muito mais delgada que a crusta
continental. Estas descobertas levantaram novas e intrigantes questões [3].

A partir da década de 1950 os cientistas, utilizando instrumentos magnéticos


(magnetómetros) adaptados de aeronaves desenvolvidas durante a Segunda Guerra Mundial
para a detecção de submarinos, começaram a aperceber-se de estranhas variações do campo
magnético ao longo dos fundos marinhos. Esta descoberta, apesar de inesperada, não era
inteiramente surpreendente pois sabia-se que o basalto – uma rocha vulcânica rica em ferro -
contém magnetite, um mineral fortemente magnético, podendo em certos locais causar distorção
nas leituras de bússolas. Esta distorção já era conhecida dos marinheiros islandeses desde o
século XVIII. Mais importante ainda, uma vez que a magnetite dá ao basalto propriedades
magnéticas mensuráveis, estas recém-descobertas variações magnéticas forneciam um novo
meio de estudar os fundos marinhos. Quando se dá o arrefecimento de rochas portadoras de
minerais magnéticos, estes orientam-se segundo o campo magnético terrestre existente nesse
momento.

À medida que na década de 1950 se procedia à cartografia de cada vez maiores


extensões de fundos marinhos, estas variações magnéticas deixaram de parecer isoladas e
aleatórias, antes revelando padrões reconhecíveis. Quando se fez o levantamento destes
padrões magnéticos numa área bastante alargada, o fundo do oceano mostrou um padrão de
faixas alternantes. Estas faixas alternantes de rochas magneticamente diferentes estavam
dispostas em linhas em cada um dos lados da dorsal oceânica e paralelamente a esta: uma faixa
com polaridade normal e a faixa adjacente com polaridade invertida.

Quando os estratos rochosos das bordaduras de continentes separados são muito


similares, isto sugere que estas rochas se formaram todas da mesma maneira, implicando que
inicialmente se encontravam juntas. Por exemplo, algumas partes da Escócia contêm rochas
muito similares às encontradas no leste da América do Norte. Além disso, os Montes
Caledonianos da Europa e partes dos Montes Apalaches da América do Norte são muito
semelhantes estrutural e litologicamente.

Deriva continental

Ilustração feita pelo geógrafo Antonio Snider-Pellegrini, em 1858, ilustrando a


justaposição das margens africana e americana do Oceano Atlântico.

A ideia da deriva continental foi proposta pela primeira vez por Alfred Wegener em 1912.
Em 1915 publicou o livro "A origem dos Continentes e dos Oceanos", onde propôs a teoria, com
base nas formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico, que pareciam se encaixar.
Muito tempo antes de Wegener, outros cientistas notaram este fato. A ideia da deriva
continental surgiu pela primeira vez no final do século XVI, com o trabalho do cartógrafo
Abraham Ortelius. Na sua obra de 1596, Thesaurus Geographicus, Ortelius sugeriu que os
continentes estivessem unidos no passado. A sua sugestão teve origem apenas na similaridade
geométrica das costas atuais da Europa e África com as costas da América do Norte e do Sul;
mesmo para os mapas relativamente imperfeitos da época, ficava evidente que havia um bom
encaixe entre os continentes. A ideia evidentemente não passou de uma curiosidade que não
produziu conseqüências.

Outro geógrafo, Antonio Snider-Pellegrini, utilizou o mesmo método de Ortelius para


desenhar o seu mapa com os continentes encaixados em 1858. Como nenhuma prova adicional
fosse apresentada, além da consideração geométrica, a ideia foi novamente esquecida.

A similaridade entre os fósseis encontrados em diferentes continentes, bem como entre


formações geológicas, levou alguns geólogos do hemisfério Sul a acreditar que todos os
continentes já estiveram unidos, na forma de um supercontinente que recebeu o nome de
Pangeia.

A hipótese da deriva continental tornou-se parte de uma teoria maior, a teoria da


tectônica de placas. Este artigo trata do desenvolvimento da teoria da deriva continental antes de
1950.

Continentes flutuantes

O conceito dominante era o de que existiam camadas estratificadas e estáticas sob os


continentes. Cedo se observou que apesar de nos continentes aparecer granito, os fundos
marinhos pareciam ser constituídos por basalto, mais denso. Parecia pois, que uma camada de
basalto estava subjacente às rochas continentais.

Porém, baseando-se em anomalias na deflexão de fios de prumo causadas pelos Andes


no Peru, Pierre Bouguer deduziu que as montanhas, menos densas, teriam que ter uma projeção
na camada subjacente, mais densa. A ideia de que as montanhas têm "raízes" foi confirmada
cem anos mais tarde por George Biddell Airy, enquanto estudava o campo gravítico nos
Himalaias, tendo estudos sísmicos posteriores detectado as correspondentes variações de
densidade.

Em meados da década de 1950 permanecia sem resposta a questão sobre se as


montanhas estavam ancoradas em basalto ou flutuando como icebergs.

Tectónica de placas noutros planetas

 Marte

Como resultado das observações do campo magnético de Marte efectuadas em 1999


pela Mars Global Surveyor, foi proposto que os mecanismos da tectónica de placas podem ter
estado activos em algum momento da história de Marte (ver Geologia de Marte).

 Vénus
Apesar de ser considerado um planeta gémeo da Terra, Vénus foi bem menos estudado
do que Marte, não existindo evidências da existência ou não tectónica de placas (ver Geologia
de Vénus).

CONCLUSÃO
A deriva continental causou um profundo efeito sobre a vida deste Planeta desde o seu
início. Os continentes e as bacias oceânicas estão continuamente sendo remodeladas pelas
diversas placas da crosta que estão constantemente em desenvolvimento.

A moderna e jovem teoria de tectônica de placas, além de oferecer um modelo completo


e elegante sobre o movimento dos continentes, levanta outras questões sobre a Dinâmica da
Terra que até então a humanidade desconhecida.

Os rumos tomados pela geologia, a partir da segunda metade do século XX apesar de


ter comprovado a maioria das evidências de Suess, demonstrou a inviabilidade da teoria das
passarelas submersas.

Entretanto, alguns problemas de encaixe ainda persistem, principalmente nas costa


Leste da África e na região do Caribe, nas quais os dados disponíveis ainda não permitem uma
reconstituição exata
REFERÊNCIAS
 McKnight, Tom (2004) Geographica: The complete illustrated Atlas of the world , Barnes
and Noble Books; New York ISBN 0-7607-5974-X
 Oreskes, Naomi ed. (2003) Plate Tectonics : An Insider's History of the Modern Theory
of the Earth, Westview Press ISBN 0-8133-4132-9
 Stanley, Steven M. (1999) Earth System History, W.H. Freeman and Company; pages
211-228 ISBN 0-7167-2882-6
 Thompson, Graham R. and Turk, Jonathan, (1991) Modern Physical Geology, Saunders
College Publishing ISBN 0-03-025398-5
 Winchester, Simon (2003) Krakatoa: The Day the World Exploded: August 27, 1883 ,
HarperCollins ISBN 0-06-621285-5
 Tanimoto, Toshiro and Thorne Lay (2000) Mantle dynamics and seismic tomography ,
Proc. Natl. Acad. Sci. USA, 10.1073/pnas.210382197
http://www.pnas.org/cgi/content/full/97/23/12409

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