Professional Documents
Culture Documents
Nesta técnica,
temos uma junção de dois corpos metálicos que serão unidos por fusão de
uma liga empregando uma fonte de chama aberta, em ambiente de ar. Em
outras palavras é exatamente a soldagem que você acabou de executar ou que
fará logo após ler este artigo.
Convém ressaltar: Qualquer que seja a solda ou mesmo o metal a ser soldado,
a presença de ar, e portanto de oxigênio, implica em oxidação de todo conjunto
e é aí que nosso problema começam.
No desespero, o soldador aplica mais calor, mais chama, mais tempo e está
feito o estrago. Ainda que a solda por fim consiga fluir, ela conterá porosidade
por super aquecimento.
Tendo presente esta situação vamos estabelecer uma conduta operacional que
simplifica tudo e propicia ótimos resultados.
Para soldar ligas à base de ouro, paládio, prata e mesmo o cobre alumínio
basta aplicar uma emulsão de Borato de Sódio, ou seja o tradicional bórax ou
trincal, como é chamado pelos ourives.
Aplique fluxo por toda região que deseja soldar mas, aplique com moderação
porque o excesso de fluxo pode ficar retido dentro da solda como se fosse um
bolha de fluxo e a resistência da soldagem estará prejudicada. tem ainda o
inconveniente deste fluxo aprisionado que começa a ser liberado quando
estrutura vai ao forno pr queima da porcelana.
Por esta razão, a solda tem que ser compatível com a liga a ser soldada. se
soldarmos uma estrutura em níquel cromo com solda base ouro, a junção pode
ser apenas embricamento mecânico e estará sujeita a empenar no forno. É
muito difícil ocorrer fusão superficial do níquel cromo quando a solda é base
ouro. A diferença dos intervalos de fusão é muito significativa.
Aqueça todo o conjunto até que esteja apresentando uma coloração vermelho
brilhante. Neste ponto, aplique a solda e mantenha a chama direcionada para a
junção que deverá drenar a solda. Nunca permita que a chama redutora
encoste na superfície de soldagem.
• Conclusão
Parece fácil. É fácil, mas exige treino, como tudo que se faz no laboratório de
prótese. Reserve copings descartados de trabalhos refeitos, monte em
revestimento apropriado e faça a solda. Corte a soldagem verifique o resultado
e estabeleça seu critério próprio de avaliação. Tente quebrar a soldagem de
ensaio, coloque no forno e experimente tudo.
Nos últimos anos, eu que sou a " velha guarda ", venho me sentindo um
dinossauro da prótese porque só se fala em Soldagem Laser. Daí então,
entramos de cabeça nesta nova concepção de soldagem. Meus amigos, com
sinceridade, tenho minhas dúvidas. Talvez estejam querendo trocar a
habilidade por tecnologia e isto não dá certo. Se deve associar tecnologia à
habilidade, sob critério rigorosos de avaliação e controle
Não se trata de condenar a soldagem a laser. Se trata de deixar claro que tudo
tem limitações e não temos como fugir dela. Se a superfícies a serem soldadas
estiverem muito distantes é outro problema. Se for necessário acréscimo de
material, a confiabilidade pode ser duvidosa, além do fato de perdemos o
benefício de uma soldagem autógena.
Acredito que depois deste comentário muitos técnicos irão repensar critérios e
isto é positivo. O mais importante é que o técnico possa julgar com clareza pra
não despertar falsas esperanças. A soldagem a laser em muito contribui para
nosso dia-a-dia do laboratório mas não pode ser encarada como bálsamo para
todos os males. Em alguns casos, pode ser uma solução paliativa e pouco
confiável.