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Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
Presidenta Dilma,
levantamos nossa voz a favor do III PNDH, seguras de que deveria ser um instrumento de
aprofundamento do respeito aos direitos humanos em nosso país. Agora não temos o que
comemorar, senhora Presidenta! Parece que o medo está, de novo, vencendo a verdade. E a
dignidade.
Infelizmente, temos de - mais uma vez! - vir a público exigir que os princípios do Estado
laico sejam cumpridos. Como a senhora bem sabe, a laicidade é essencial à democracia e não se
dá pela simples imposição da vontade da maioria, pois isso resulta em desrespeito aos direitos
humanos das minorias, sejam elas religiosas, étnico-raciais, de gênero ou orientação sexual. Não
existe democracia se não forem respeitados os direitos humanos de todas as pessoas. Impor a
crença religiosa de uma parcela da população ao conjunto da sociedade coloca em risco a própria
democracia, já que os direitos humanos de diversos segmentos sociais estão sendo violados.
Portanto, senhora Presidenta, não seja conivente! Não permita que alguns setores da sociedade
façam do Estado laico um conceito vazio, um ideal abstrato.
Como Católicas pelo Direito de Decidir, repudiamos o uso das religiões neste contexto
de manipulação política e afirmamos nosso compromisso com a laicidade do Estado, com a
dignidade humana e nosso apoio ao uso do kit educativo pelo fim da homofobia nas escolas
brasileiras.
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
Na última quarta-feira, 25 de maio, a presidenta Dilma Rousseff mandou suspender o kit “Escola
sem Homofobia”, que vinha sendo elaborado pelo Ministério da Educação e serviria para levar
para dentro das escolas públicas, em todo o país, o debate sobre a homossexualidade e a
homofobia.
Esse material, encomendado pelo MEC há mais de um ano, é uma resposta a uma reivindicação
antiga do movimento LGBT e de professores, pais e estudantes: a necessidade de que as
diferentes orientações sexuais e a homofobia sejam abordadas nas escolas. Algo mais do que
necessário, já que não há nenhum preparo, ou material, nas escolas públicas para lidar com a
opressão homofóbica, o preconceito e o bullying sofrido por alunos, professores e funcionários
LGBT.
Apesar de que, para nós do PSTU, esse material tenha uma série de limitações – como por
exemplo o fato da elaboração não ter sido discutida com os professores e estudantes que vivem o
cotidiano da escola pública – ele é mais do que necessário e seria fundamental para abrirmos um
debate no interior das escolas.
Embora Dilma alegue que a suspensão do material é devido ao seu conteúdo, o que já e bastante
grave, até mesmo porque ela mesma afirmou que nunca viu o material, já está claro para todo
mundo que há um outro motivo, que também é a cara do lulismo: a entrega de direitos e
conquistas dos movimentos sociais como forma de barganha em negociações espúrias com os
setores da classe dominante.
Quanto ao argumento baseado no conteúdo, além do material ter sido avaliado e recomendado
até mesmo pela Unesco (que está longe de ser uma aliada na luta contra a homofobia), o fato
concreto é que Dilma já deu claros sinais de que não tem nenhum compromisso com a nossa luta.
Basta lembrar da “carta ao povo de deus”, ainda durante a campanha eleitoral.
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
E foi exatamente esta cumplicidade com a homofobia que Dilma transformou em acordo espúrio
ao retirar o “kit” para barrar a chantagem da bancada evangélica e grupos católicos no Congresso
Nacional, que ameaçaram convocar Palocci para esclarecer a multiplicação de seu patrimônio, e
abrir uma CPI para investigar o Ministério da Educação.
Da vida privada de quem ela se refere? Certamente ela não está falando das pelo menos 260
“vidas privadas” de homossexuais assassinados só em 2010 no Brasil. Ou da “vida privada” de
milhares de crianças e adolescentes que sofrem homofobia todos os dias na escola.
Nós sabemos que a homofobia não faz parte da vida privada, porque ela é cotidiana e está em
todo canto. E, acima de tudo, é uma “construção social”, alimentada por séculos de propaganda
ideológica (na qual as igrejas cristãs desde sempre cumpriram um lamentável papel de destaque),
políticas levadas a cabo pelas elites dominantes e conservadoras que sempre alimentaram as
práticas homofóbicas e reproduzida, no dia a dia, pelos meios de comunicação e, também, no
interior das escolas.
E, por isso mesmo, o movimento LGBT sempre lutou por um material público para ser utilizado no
interior das escolas, um “pequeno”, mas importante passo na luta por reverter a ideologia
homofóbica.
Ao nos negar este direito, Dilma faz coro com Jair Bolsonaro (PP-RJ), defensor da violência
homofóbica, da tortura e da ditadura militar, quando diz que o kit tem por objetivo propagandear a
homossexualidade. Por si só, isso já é um absurdo, como se nos tornássemos LGBT’s a partir de
qualquer tipo de “propaganda”. Além de que é sempre bom lembrar que o que acontece de fato é
que, diária e permanentemente somos, sim, bombardeados por propaganda da orientação sexual
majoritária: a heterossexualidade, sempre vendida com altas doses de machismo e homofobia,
nas escolas e na mídia.
Já nas eleições no ano passado, Dilma, com a famigerada “carta ao povo de deus”, jogou no lixo
bandeiras históricas dos movimentos feminista e LGBT, como a descriminalização do aborto e a
união civil para casais homossexuais. Com essa carta, sinalizou que os setores mais oprimidos da
sociedade seriam os primeiros a serem “rifados” para manter seu compromisso com a bancada
evangélica – que, diga-se de passagem, é em sua maioria de partidos da base governista, assim
como o deputado Jair Bolsonaro.
Assim, para tentar varrer para baixo do tapete um escândalo de corrupção como o Palocci e
manter sua aliança com os setores mais conservadores da sociedade, Dilma joga fora até mesmo
o material que estava sendo desenvolvido pelo seu próprio governo.
Embora o discurso dos governos de Dilma, e antes dela, de Lula, seja de “compromisso com a
plena cidadania da população LGBT”, como aponta a ABGLT em sua nota, nos últimos anos,
políticas que não saíram do papel e grandes eventos foram realizados pelo governo federal para
jogar ilusões no movimento LGBT, mas medidas concretas como essa suspensão são feitas para
agradar os conservadores e religiosos no Congresso.
E precisamos nos aliar às lutas dos professores e estudantes por uma escola pública sem
homofobia, gratuita, laica e de qualidade.
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
No seu governo, ficamos felizes porque vinham se concretizando afirmações feitas na campanha
e na posse. No dia 30/03/2011 houve a posse do Conselho Nacional de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), que é composto por 15 ministérios e 15 organizações
da sociedade civil. Um avanço importantíssimo.
Ficamos mais felizes ainda com sua convocação no dia 18/05/2011, em conjunto com a Ministra
Maria do Rosário, da II Conferência Nacional LGBT, a ser realizada nos dias 15 a 18 de dezembro
de 2011.
"Quem, como eu e tantos outros da minha geração, lutamos contra o arbítrio e a censura, somos
naturalmente amantes da mais plena democracia e da defesa intransigente dos direitos humanos,
no nosso País e como bandeira sagrada de todos os povos"
"o Brasil do futuro será exatamente do tamanho daquilo que, juntos, fizermos por ele hoje. Do
tamanho da participação de todos e de cada um... de todos aqueles que lutam para superar
distintas formas de discriminação"
"Essa não será uma tarefa isolada de um governo, mas um compromisso a ser abraçada por toda
a sociedade"
"A ação integrada de todos os níveis de governo e a participação da sociedade é o caminho para
a redução da violência que constrange a sociedade e as famílias brasileiras".
No entanto, no dia 25 de maio recebemos a notícia desalentadora que V. Excia. suspendeu - sem
ter consultado os Ministérios envolvidos, o próprio Conselho Nacional LGBT, ou outras pessoas
diretamente envolvidas com o assunto - um trabalho árduo de pelo menos 537 pessoas de todas
as regiões do país, conduzido por instituições de renome: a Pathfinder do Brasil, a ECOS –
Comunicação em Sexualidade; a Reprolatina – Soluções Inovadoras em Saúde Sexual e
Reprodutiva, e realizado durante 3 anos em parceria com o Governo Federal. O produto desse
trabalho, o Kit do Projeto Escola Sem Homofobia, foi avalizado pelo Conselho Federal de
Psicologia, UNESCO, UNAIDS, entre outras entidades de renome nacional e internacional.
O material do kit foi analisado pelo Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação
do Ministério da Justiça, que faz a "classificação indicativa", e que deliberou que o material está
apropriado para uso no Ensino Médio.
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
http://pfdc.pgr.mpf.gov.br/informacao-e-comunicacao/informacao-e-comunicacao/eventos/direitos-
sexuais-e-reprodutivos/audiencia-publica-avaliacao-programas-federais-respeito-diversidade-
sexual-nas-escolas/audiencia-publica-dos-programas-federais-de-respeito-a-diversidade-sexual-
nas-escolas
Queremos dizer que não queremos "propaganda" de nossa ORIENTAÇÃO* sexual e nem de
nossa identidade de gênero. Nunca pedimos isto. Todo mundo sabe que somos lésbicas, gays,
bissexuais, travestis e transexuais.
Querida presidenta Dilma ... esta carta não é chantagem. É uma reivindicação baseada nos
compromissos afirmados por seu governo e baseada nas garantias fundamentais da Constituição
Federal.
Como cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, queremos políticas públicas e legislações para
acabar com a vergonha nacional do "HOMOCIDIO" Brasileiro ... 3.448 assassinatos, segundo o
Grupo Gay da Bahia.
Estas e outras informações sobre discriminação e a violência contra a população LGBT estão
disponíveis para consulta em : http://www.abglt.org.br/port/pesquisas.php
, a saber:
Ainda, em junho de 2010, foram publicados os resultados de uma pesquisa promovida pelo
Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, referente à população gay.
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Embora o enfoque da pesquisa tenha sido a obtenção de informações sobre a epidemia da aids
nesta população, outros dados relevantes também foram revelados, entre os quais destacamos
que 51,3% dos entrevistados afirmaram ter sido discriminados no local de trabalho em função de
sua orientação sexual.
Presidenta Dilma como mãe e como vovó veja este vídeo da Dona Angélica mãe que
perdeu seu filho Alexandre Ivo causado pelo homofobia
http://www.youtube.com/watch?v=jj_Hfj2b1fQ ... triste né? Eu chorei muito.
Nossa luta se estremeceu mas com isto também nos fortaleceu e percebemos que temos
que derrubar muito mais muros e construir muito mais pontes a alem do que já fazemos.
Nós LGBT unidas e unidos sempre com aliados e aliadas contra homofobia individual, social e
institucional.
Queremos a aprovação imediata de uma lei que criminalize a homofobia. A base aliada é ampla. A
senhora pode nos ajudar muito sim. Com certeza será mais fácil que o código florestal.
Queremos que os órgãos do Governo Federal implantem imediatamente as 166 ações do Plano
Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT.
Queremos que haja registro oficial nos Boletins de Ocorrência e Laudos dos IML sobre a violência
e discriminação contra a população LGBT. Para ter políticas de combate a este fenômeno, há de
ter estatísticas oficiais. Governador Sérgio Cabral pode colaborar muito.
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Queremos que seja cumprido o Decreto 109-A, de 17 de janeiro de 1890, que estabelece a
Laicidade do Estado, e o respeito a todas as religiões, qualquer seja sua denominação, e o
respeito aos ateus e às ateias.
Além do kit Escola Sem Homofobia, queremos um grande kit "Sociedade Sem Homofobia".
Queremos uma Campanha Nacional do Governo Federal contra a Homofobia. Queremos uma
campanha contra o bullying e contra toda e qualquer forma de discriminação
Isto posto, estamos convocando as organizações LGBT afiliadas da ABGLT - assim como as
organizações e pessoas parceiras e aliadas - para, juntos e juntas, no mês de junho - em que se
comemora o Dia Nacional e Internacional do ORGULHO LGBT, fazermos uma mobilização
nacional em todas as capitais e cidades, iniciando em São Paulo com a maior Parada LGBT do
mundo, denunciando a situação da discriminação e violência contra a comunidade LGBT
brasileira. E com todos os casais homoafetivos registrando suas uniões estáveis, em pé de
igualdade com seus pares heterossexuais. Viva os 11 Ministros do STF
"Hasta la Victória siempre". Que a "Sierra Maestra" da homofobia seja tomada pelo respeito à
diversidade humana neste pais.
Esse pais tem justiça, que o diga os dez ministros do Supremo Tribunal Federal. A decisão do STF
é o exemplo e o norte para o Executivo e o Legislativo. Agradecemos pelo apoio de seu Governo:
nos dias 4 e 5 de maio, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União
defenderam no Supremo Tribunal Federal o reconhecimento da igualdade de direitos dos casais
homoafetivos e a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos e membros de sua equipe
acompanharam a votação pessoalmente.
País rico é um país sem pobreza, e também sem homofobia. Todos e todas contra a miséria social
e intelectual.
Fraternalmente
Toni Reis
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
Grupo 04 - Kit-Polêmica
• Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo – Caderno Aliás
• Data: Domingo, 29 de maio de 2011, J3
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Kit-Polêmica
Debora Diniz*
A história ainda é nebulosa. Parece um daqueles eventos políticos em que os fatos são piores que
os rumores. O teatro público foi o seguinte: o Ministério da Educação anunciou a distribuição de
material didático de combate à homofobia nas escolas de ensino médio; um grupo de
parlamentares evangélicos reagiu ao que foi descrito como kit gay e pressionou o governo contra
a iniciativa; a presidente anunciou o veto ao material didático do MEC. As breves palavras da
presidente sobre o ocorrido se resumiram a “não vai ser permitido a nenhum órgão do governo
fazer propaganda de opções sexuais”. Não arrisco dizer que essa foi a primeira grande polêmica
do governo Dilma, mas pressinto uma atualização da patrulha moralista que a perseguiu durante a
campanha presidencial. O primeiro capítulo desse teatro parece ser o único a sobreviver como
relato oficial da história. O MEC produziu um material didático para a sensibilização e o combate à
homofobia nas escolas de ensino médio. O diagnóstico do MEC é simples: a homofobia mata,
persegue e violenta aqueles que estão fora da norma heterossexista de classificação das
sexualidades. Um adolescente gay tem medo de ir à escola e ser discriminado. Há histórias de
abandono escolar e de suicídio. Uma das personagens do vídeo original do MEC se chama
Bianca, uma travesti que sai do armário ainda no período escolar. Seu primeiro ato de rebeldia foi
pintar as unhas de vermelho e ir à escola. A ousadia rendeu-lhe um ano de silêncio familiar.
Ainda não entendo a controvérsia em torno desse material. O puritanismo que crê ser possível
falar de sexo e sexualidades sem exibir práticas e performances foi respeitado pelo material do
MEC. Bianca é uma voz desencarnada em um vídeo sem movimento. Não vemos Bianca em
ação, conhecemos apenas o seu rosto. Só sabemos que Bianca existe, quer ir à escola e sonha
em ser professora. Ela insiste que para ser professora precisa ir à escola. Mas ela depende da
autorização dos homens homofóbicos de sua sala de aula, que ameaçam agredi-la. Bianca
agradece às suas professoras e colegas que a reconhecem como uma estudante igual às outras.
Sozinha, a escola pode ser um espaço aterrorizante.
O segundo capítulo da história é mais difícil de acreditar. Grupos evangélicos teriam substituído a
história de Bianca por um vídeo vulgar, uma fraude grotesca cometida por quem não suporta a
igualdade sexual. Em audiência com a presidente, teriam entregado o vídeo e, ao que se conta,
aproveitado a ocasião para conversar sobre a crise política que ronda o ministro da Casa Civil,
Antônio Palocci. Entre as peripécias de Palocci, as travestis em ato sexual e o fantasma da
homossexualidade, a reação da presidente foi suspender o material didático do MEC. O
surpreendente não está no uso de mentiras para a criação de fatos políticos, mas na proeza de os
grupos evangélicos terem conseguido convencer a presidente de que sua equipe de governo do
MEC seria tão medíocre na seleção de material didático para as escolas públicas.
Se a presidente assistiu aos vídeos reais ou aos fraudulentos, não importa. O fato é que foi
anunciado o veto ao material didático do MEC – uma vitória para os conservadores, que não
sossegam desde que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a igualdade sexual em matéria de
família. Mas há uma injustiça covarde nessa decisão. O tema do material era a homofobia, algo
diferente de propaganda de opções sexuais. Na verdade, jamais assisti a um vídeo de
propaganda de algo tão íntimo e da esfera da privacidade quanto a opção ou o desejo sexual
consentido. Homofobia é um crime contra a igualdade, viola o direito ao igual reconhecimento,
impede o pleno desenvolvimento de um adolescente. Homofobia é o que faz Bianca ter medo de ir
à escola.
O verdadeiro material do MEC tem um objetivo claro: sensibilizar professoras e estudantes para a
mudança de mentalidades. Uma sociedade igualitária não discrimina os fora da norma
heterossexista e reconhece Bianca como uma adolescente com direitos iguais aos de suas
colegas. Mas, diferentemente do fantasma conservador, a mudança de mentalidades não prevê
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
uma subversão da ordem sexual – os adolescentes não serão seduzidos por propagandas
sexuais a abandonarem a heterossexualidade.
A verdade é que o material do MEC não revoluciona a soberania da moral heterossexista, mas
contesta a falsa presunção de que a homofobia é um direito de livre expressão. Homofobia é um
crime contra a igualdade sexual.
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
Por vezes, a sociedade civil e os meios de comunicação assumem também esse papel. Foi o caso
da TV Mulher, que tive a honra de participar nos anos 80. No executivo, primeiro na gestão de
Luiza Erundina, ao lado de Paulo Freire, e depois como prefeita, realizamos esse trabalho em São
Paulo.
A busca da palavra e da imagem adequadas na confecção do conteúdo educativo pode ser levada
para um debate mais amplo, como quer a presidenta. Temos, porém, que ter em mente que a
sociedade já avançou no que se refere à informação sexual e o retrocesso não levará a um
mundo melhor. De qualquer maneira, a própria discussão incitada pelo kit já está fazendo a
sociedade ser obrigada a fazer uma reflexão que dificilmente ocorreria.”
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
Nós, do Setorial Nacional LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) do Partido
dos Trabalhadores, instância formal que organiza a intervenção da militância petista na luta anti-
homofóbica, queremos dialogar publicamente com a senhora, nossa companheira na construção
de um Brasil mais justo.
Ficamos perplexos com as notícias veiculadas ontem, 25 de maio, informando que a senhora
teria, em reunião com a “bancada evangélica”, decidido suspender a disponibilização dos
materiais que estão sendo preparados pelo MEC, no contexto das políticas públicas de promoção
do respeito à diversidade nas escolas brasileiras.
Admiramos sua vocação democrática, sua competência e seriedade. Sabemos que é preciso ouvir
todos os segmentos da sociedade brasileira, buscando composições e sínteses, implementando
as políticas públicas com eficácia, pautadas em critérios técnicos.
A maioria das leis e projetos de leis garantindo direitos à população LGBT, em todo o Brasil, são
de iniciativa de parlamentares petistas. Marta Suplicy, já em 1995, propôs projeto de lei que
estabelecia a união civil homossexual. Várias resoluções de Encontros Nacionais e Congressos
do PT – e também nosso estatuto – ratificam esse compromisso com de combate ao preconceito
e a discriminação em geral, e à homofobia em particular.
O ex-presidente Lula fez história, ao criar, em 2004, o primeiro programa governamental – Brasil
Sem Homofobia – destinado a promover a igualdade entre todas as pessoas, de qualquer
orientação sexual ou identidade de gênero.
A maioria do movimento LGBT organizado e dos ativistas de Direitos Humanos fizeram campanha
e votaram Dilma, trabalhando dia e noite pela sua eleição. Acreditamos no aprofundamento das
políticas cidadãs iniciadas no governo do ex-presidente Lula.
Contudo, temos de reafirmar: o ESTADO BRASILEIRO É LAICO. Nossa Constituição traz entre
seus princípios fundamentais, o combate a toda forma de discriminação, a dignidade humana e o
pluralismo.
a possibilidade dos materiais elaborados pelo projeto Escola sem Homofobia não chegarem a
seus destinatários.
Presidenta:
Um governo progressista, protagonizado por um partido de esquerda, dirigido por uma militante
com a sua biografia, não pode transigir com princípios fundamentais da democracia.
A senhora tem deixado muito claro, em diversas ocasiões, que não transigirá na Defesa dos
Direitos humanos. Pois bem, é disso que se trata. Não se trata de “costumes”, como foi
mencionado, mas de direitos civis e políticos, do combate ao preconceito, de políticas pública de
promoção da cidadania.
Ficamos muito satisfeitos com o fato de a senhora ter convocado há poucos dias, junto com a
companheira Maria do Rosário, a 2ª Conferência Nacional LGBT, uma inequívoca demonstração
de continuidade das políticas iniciadas no governo Lula, reafirmando assim o compromisso desse
governo com o enfrentamento da homofobia.
O chamado “kit gay” é apenas um singelo material didático, elaborado por especialistas,
referendado por entidades como a UNESCO, o Conselho Federal de Psicologia, a Procuradoria
Federal dos Direitos do Cidadão, a UNE, a UBES entre outras.
Esse “kit” foi objeto de uma sórdida campanha, cheia de mentiras e distorções, que criou um
sentimento de pânico moral em setores da nossa sociedade. A maior parte das pessoas que o
repudiam não conhece seu conteúdo. Não há nada de inadequado, qualquer conteúdo sexual,
nenhum beijo, nada, absolutamente nada que poderia atentar contra a qualidade educativa do
material.
O objetivo do MEC com esse programa é apenas combater o bullying, que causa tanto sofrimento
a milhões de “brasileirinhos”, em nossas escolas, fazendo com que muitos se evadam, perdendo o
direito humano que têm à educação. O bullying é algo perverso, provoca discriminação, dor,
exclusão e até suicídios - pode provocar tragédias.
O Brasil não cederá à chantagem de religiosos homofóbicos, que confundem templo com
parlamento, que ignoram a laicidade, o pluralismo e a dignidade humana.
Presidenta Dilma:
Apoiamos a continuidade das ações do projeto Escola Sem Homofobia e de todas as políticas
inclusivas de seu governo. Sem retrocessos. Solicitamos, portanto, a continuidade imediata da
disponibilização do “kit” para as escolas brasileiras.
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
A Rede Nacional de Negras e Negros LGBT manifesta indignação com a decisão de suspender o
kit contra a homofobia tomada pela presidenta Dilma Rousseff de forma arbitrária e peremptória.
A ação em si já seria desastrosa, mas tornou-se ainda pior pela forma como os fatos se
precipitaram. A presidenta Dilma desconsiderou todo um trabalho feito por profissionais
qualificados, a avaliação dos segmentos do movimento social e até mesmo o aval do Ministério da
Educação. O comando de suspender o kit, sem consulta aos setores envolvidos, revela uma
autoridade que beira ao autoritarismo da qual a própria Dilma foi vítima.
contrário, a suposição de que o kit contra a homofobia foi usado como “moeda de troca” para
blindar o ministro Palocci, envolvido em escândalos, torna-se mais verossímil. E, se isso for fato,
perguntamos se nossas vidas valem tão pouco...
A Rede Afro LGBT tem militantes em todos os espectros políticos, e orgulha-se de ser unificada
pela identidade negra LGBT contra o racismo, a homofobia, a lesbofobia e a transfobia. Assim
como já elogiamos este governo e sugerimos pautas à presidenta, não nos furtamos de fazer as
críticas devidas. Infelizmente, nesse momento, a balança pende para o lado negativo.
Mas tudo isso também tem nos servido de combustível para a indignação e a luta política. Fomos
derrotados novamente pelas chantagens das bancadas fundamentalistas do Congresso, mas
após duas vitórias importantes: o reconhecimento da união estável homoafetiva pelo Supremo
Tribunal Federal, e a convocação da II Conferência Nacional LGBT pela própria presidenta Dilma.
Sabemos que nenhum direito nos será concedido, vamos conquistá-los todos.
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) apoiou a decisão da presidenta Dilma
Rousseff de suspender a distribuição do kit contra homofobia nas escolas públicas de ensino
médio. Para o presidente da Ubes, Yann Evanovick, o kit é uma boa ideia para combater o
preconceito, mas o conteúdo do que foi produzido não é o ideal.
“Assisti aos vídeos. Um deles, no qual o rapaz é bissexual, passa uma mensagem que levaria
pessoas que ainda não estão decididas sobre sua sexualidade a adotar o bissexualismo”, disse
Evanovick.
Segundo ele, o governo deve ampliar o debate sobre o tema, convocando o movimento de
lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT), a Confederação dos Trabalhadores em
Educação (CNTE) e a própria Ubes. “Se a sociedade está questionando, é porque existe alguma
falha. É preciso rever isso para que as pessoas não se escandalizem”.
O presidente da Ubes acredita que o material, se revisado, será eficaz no combate ao preconceito
dentro das escolas. Segundo ele, há muitos alunos que deixam de estudar por causa do bullying
(assédio por vezes violento praticado por estudantes contra outros estudantes) e do desrespeito
dentro do ambiente escolar. “Todo instrumento que o estado use para combater o preconceito,
seja por racismo, seja contra homossexuais, é bom”.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse hoje (26) que os kits vão ser refeitos, pois a
presidenta Dilma não gostou do conteúdo do material. Eles serão submetidos à Comissão de
Publicações do Ministério da Educação (MEC) para que seja produzida uma nota técnica
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
apontando quais as mudanças que deverão ser feitas. As escolas não serão obrigadas a adotar o
kit.
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
A primeira e dura crítica feita pelo senador Magno Malta foi durante o show Um Dia Pela Vida, no
centro histórico da Prainha, em Vila Velha, na segunda feira passada. Ao lado de artistas
consagrados, o senador falou para uma multidão de mais de 70 mil pessoas que não iria aceitar
calado a distribuição desta cartilha que pretendia formar uma universidade de homossexuais.
“Vamos promover um ato público na próxima quarta-feira, em frente ao Congresso
Nacional para protestar contra esta iniciativa do Ministério da Educação”, ameaçou Malta.
Na terça-feira, ontem, Magno Malta usou a Tribuna do Senado e fez pronunciamento chamando o
Ministro da Educação Fernando Addad de mentiroso. “Haddad faltou com a verdade em
recente audiência no Congresso Nacional quando escamoteou afirmando que não sabia da
produção do já conhecido kit gay”, criticou duramente Magno Malta.
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Mas hoje, quarta-feira, Magno Malta recebeu um telefonema do Ministro Haddad convidando a
Frente Parlamentar Mista em Defesa da Família Brasileira para uma audiência na próxima terça-
feira e garantiu que o Projeto Escola Sem Homofobia está suspenso. “Fizemos pressão,
lutamos em defesa da moral, da ética e dos bons costumes. Defendemos aquilo em que
acreditamos. Prevaleceu alei do bom senso e a maioria falou mais alto”, explicou Malta.
Magno Malta informou também que a presidenta Dilma garantiu que todo material que versar
sobre costumes terá de passar pelo crivo da coordenação-geral da Presidência e por um amplo
debate com a sociedade civil. "O governo se comprometeu daqui para frente que todo
material que versará sobre costumes será feito a partir de consultas mais amplas à
sociedade. É por isso que pedimos audiência pública em todo o Brasil para debater a PL
122”, esclareceu senador Magno Malta.
Para o senador este recuo foi importante, pois agora, a presidenta Dilma vai se reunir com os
ministros da Educação, Fernando Haddad, e da Saúde, Alexandre Padilha, para tratar do material
didático ouvindo a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Família Brasileira. “Vamos participar
dos debates e queremos também ouvir todos os setores da sociedade civil. Temos que
atravessar a fronteira da religião e chegar ao coração da família para saber o que os pais e
filhos pensam da mudança de comportamento que pode afetar toda uma geração”, concluiu
Magno Malta.
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
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Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
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Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
Lula e Dilma
A própria presidente viu-se impelida, ato contínuo, a mostrar as caras e as falas, para reaver parte
do espaço ocupado pelo mentor.
Diante da cena clássica de um homem poderoso -o ministro Antonio Palocci- recusando-se a dar
explicações sobre o súbito aumento de seu patrimônio pessoal, puseram-se em marcha as
engrenagens de um enredo igualmente conhecido. Manietado pela necessidade de montar
operações de blindagem, silêncio e desconversa, Palocci perdeu o controle sobre a votação do
Código Florestal.
O texto aprovado na Câmara dos Deputados, ao pender para o lado dos proprietários rurais, foi
recebido em várias praças como uma lei para atrasar a entrada do país no século 21. Um Código
Florestal que anistia responsáveis por alguns desmatamentos ilegais galvanizou uma larga
maioria de parlamentares, que alia setores ruralistas tradicionais à base fisiológica do governo -
todos ansiosos por mais fatias de poder.
Além dos arranjos de geometria variável que reúnem ruralistas, evangélicos e fisiológicos em
torno de demandas mais defensáveis ou menos, e obviamente de Lula, quem se beneficia com a
presidente e seu articulador-mor na defensiva é o PMDB de Michel Temer.
Mesmo que Palocci venha a dar explicações plausíveis sobre a profícua atividade empresarial
paralela (o que se afigura cada vez mais complicado), ou no caso de a blindagem tanto conter o
fogo amigo quanto resistir às investigações do Ministério Público e da imprensa, o ministro verá
seu raio de ação reduzido. Haverá, decerto, ampliação proporcional do balcão de varejo que o
operador palaciano sempre termina obrigado a manter aberto e polido, para servir ao PMDB e a
outros sócios vorazes do poder.
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
A julgar pela deterioração da situação política na semana, o caso Palocci não irá embora tão
cedo. Na hipótese de agravar-se, quem tem mais a perder não é o ministro, mas Dilma -como
parece ter intuído, rapidamente, o sempre sagaz ex-presidente Lula.
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
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Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
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Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
O CRP-RJ, assim como os demais Conselhos Regionais e o Conselho Federal de Psicologia (CFP), é
a favor do Projeto, como fica claro no Parecer emitido pelo Sistema Conselhos.
O Conselho lembra ainda que o material foi pensado e construído com base em discussões com
movimentos sociais e diferentes entidades ligadas à sociedade civil. Trata-se de um investimento
público importante, uma aposta em uma ação sistemática do Ministério da Educação, que já tem
uma série de ações pontuais na área.
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
PARECER
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
1
GIROUX, H. A. (1997). Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes
Médicas.
SAF SUL, Quadra 2, Bloco B, Ed. Via Office,
Térreo, Sl. 104 – CEP 70070-600 - Brasília/DF Home Page: www.pol.org.br
Fone: (61) 2109-0100 Fax: (61) 2109-0150 E-mail: federal@pol.org.br
identidades de gênero e orientações sexuais compõe parte das possibilidades sexuais do humano,
que também inclui a heterossexualidade.
A seriedade e ética com que essas organizações desenvolveram a pesquisa sobre o tema
contribuirão para que uma rede social ampla (autoridades educacionais, educadores, alunos,
familiares e comunidades), com atividades de intervenção direta em todo o país, atue em
conciliação com uma demanda sócio-educacional emergente no enfrentamento da violência e
preconceito imposto pela homofobia. Os materiais de subsídio para a capacitação têm respaldo
previsto na discussão e intervenção concreta enquanto tema transversal da educação, até o
momento, carente de ações amplas que abordem a diversidade sexual no espaço escolar.
ANÁLISE TÉCNICA
Os materiais apresentados para o Projeto Escola Sem Homofobia estão adequados às faixas
etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destinam, com linguagem contemporânea
e de acordo com a problemática enfrentada na escola na atualidade: a produção de agressões
físicas ou psicológicas de pessoas ou grupos que são intimidados e/ou coagidos pelos poucos
recursos de defesa apresentados em alguns momentos, ambientes e situações. O fenômeno da
violência escolar é marcado com maior índice e frequência pela homofobia, entre outras formas de
violências, o que justifica abordar o tema de forma comprometida, possibilitando o enfrentamento
nos espaços que promovem torturas, em especial as de âmbito pedagógico e psicossociológicos.
Cabe destacar que o material também fornece atenção especial à categoria gênero, que é
fundante da subjetividade, também desconstruindo sua concepção biologizante-naturalista. Trata-
se de uma contribuição inédita no âmbito das políticas públicas de educação para o enfrentamento
do sexismo e da violência de gênero, ainda tão marcados na sociedade brasileira.
Importante seria que outros projetos dessa natureza pudessem ser veiculados não somente
no âmbito educacional, mas também em outras redes sociais e na mídia em geral. Tais projetos
poderiam discutir os preconceitos sociais que atravessam a sociedade brasileira e que se
manifestam no racismo, na homofobia, na violência contra os pobres, às pessoas com deficiência,
às pessoas com sofrimento mental, enfim os diversos segmentos que são excluídos e violentados
em seus direitos sociais e humanos.
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
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Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
Jean Wyllys
Deputado Federal PSOL-RJ
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
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Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
Depois de discutir com uma colega na aula de Educação Física, Alecks- Batista foi abordado
dentro dos muros do colégio particular onde estudava pelo pai da menina. “Ele me chamou de
bichinha, viado e aidético”, lembra, que na época tinha 16 anos. A diretoria do colégio de classe
média alta de Curitiba, no Paraná, não se manifestou sobre a agressão. “E eu me vi ali sozinho.”
Hoje com 20 anos, estudante de Ciências Contábeis e gay assumido, Alecks ainda se lembra da
sensação de isolamento, das piadinhas e da discriminação praticada pela maioria dos professores
e alunos durante o Ensino Médio. Na sua época de escola, Alecks não era convidado para festas
ou para jogos de futebol – na maior parte do tempo, circulava acompanhado apenas de amigas
A situação vivenciada por Alecks não é exceção – investigações realizadas pela Unesco e
também pelas ONGs Reprolatina e Pathfinder demonstram que há forte presença da homo-lesbo-
transfobia (discriminação contra gays, lésbicas, transexuais e travestis) dentro das escolas
brasileiras. Publicada em 2004, a pesquisa da Unesco revelou, por exemplo, que um quarto dos
estudantes entrevistados não gostaria de ter um colega homossexual na mesma sala. De acordo
com a pesquisa qualitativa realizada pela Reprolatina em 2009 em 11 capitais brasileiras, evasão
escolar, tristeza, depressão e até casos de suicídio são observados entre a população LGBT
Diante do quadro, o Ministério da Educação, em parceria com entidades ligadas aos direitos
LGBTs, produziu um kit de material educativo que será distribuído oficialmente para os
professores de 6 mil escolas públicas a partir do segundo semestre deste ano. O projeto –
batizado informalmente de “kit anti-homofobia” – é uma das ações do programa federal Escola
sem Homofobia. Polêmico, o assunto já vem causando celeuma, principalmente na internet, onde
O kit
Destinado ao Ensino Médio, o kit é composto de caderno, pôster, carta ao gestor da escola, seis
boletins (boleshs) e cinco vídeos. “É um material para a promoção dos direitos humanos, com o
objetivo de fazer da escola um espaço de todas as pessoas, onde se possa aprender a conviver
com a diversidade”, justifica Maria Helena Franco, uma das coordenadoras de criação do kit de
material educativo. Considerado peça-chave do kit, o caderno é um livro de 165 páginas, no qual
trabalhar o tema da diversidade sexual nas escolas. “O caderno ensina como fazer um projeto
político-pedagógico a ser assumido pela escola como um todo sobre esse enfrentamento da
violência homofóbica”, conta Maria Helena. Escritos em linguagem jovem e acessível, os boletins
seriam distribuídos entre os estudantes e também tratam da temática da diversidade sexual, com
Entretanto, o objeto de maior polêmica é a parte audiovisual do kit, que inclui três pequenos
vídeos produzidos especialmente pela ONG Ecos, que trabalha com o tema desde 1989.
bissexualidade. “São temas muito estigmatizados e pouco compreendidos”, explica Vera Lúcia
Criado por uma equipe multidisciplinar, o kit completo levou cerca de dois anos para ser
pesquisado, construído e validado. Apenas o roteiro de um dos filmes, sobre o namoro de duas
Ousada e polêmica, a proposta do material educativo atende a uma demanda das entidades que
lutam pelos direitos LGBTs e também dos educadores – que não encontravam subsídios para
trabalhar o tema em aula – além de estar articulada com políticas públicas de combate à
homofobia de maneira geral. “O que a gente quer é que o professor esteja atento a essa situação
de homofobia. A escola precisa ser um espaço de respeito e de formação cidadã.”, conclui Carlos
Preconceito velado
Realizada em Manaus, Porto Velho, Recife, Natal, Goiânia, Cuiabá, São Paulo, Belo Horizonte,
Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba, a pesquisa da Reprolatina procurou investigar qual era o
Foram entrevistadas 1,4 mil pessoas, desde secretários da Educação até pessoas que fazem
uma realidade, porém, em geral negada pela comunidade escolar. Segundo Margarita Díaz,
pesquisa era quase sempre negativa. Entretanto, quando se começava a discutir sobre o que
acontecia quando havia a presença de um menino gay ou uma menina lésbica na escola, os
relatos mostravam muitas piadas e atitudes potencialmente ofensivas. Tais reações não eram
catalogadas como homofobia. “Elas são enxergadas como brincadeiras. Na verdade, essa
‘brincadeira’ é, sim, uma reação homofóbica, mas ela está muito naturalizada”, explica Margarita.
A ausência de aulas sobre educação sexual que contemplem a diversidade também é apontada
como um dos fatores que contribuem para a permanência da homofobia nas escolas. Segundo
que acaba classificando outras manifestações de gênero, amor e sexualidade como desvios. “É
uma educação sexual baseada no senso comum da sociedade, e não uma educação sexual
antenada com as políticas públicas”, conta Margarita Díaz. Outro ponto percebido durante a
combate da homofobia.
Evasão escolar
Além de casos de violência física, uma forma quase invísivel de violência nas escolas – que inclui
Quando você é rejeitado pelos seus pares, é um sofrimento horrível”, conta a terapeuta
fundadora do Grupo de Pais de Homossexuais (GPH) e do Projeto Purpurina, que atende jovens
de 14 a 24 anos. “Eles falam da escola com muita mágoa, lembram da discriminação, do desprezo
e da rejeição.”
O quadro é ainda mais grave quando se analisa a situação de estudantes transexuais e travestis.
Segundo especialistas, não há espaço para eles na escola. Além de o preconceito ser maior,
questões como o uso do nome social na chamada ou até mesmo situações prosaicas como qual
banheiro o jovem travesti deve usar pesam e acabam contribuindo para o abandono da escola.
“Existe uma porcentagem dos nossos jovens que está sendo socialmente discriminada e forçada
a assumir um papel sexual que não é dela”, lamenta Carlos Laudari. “A gente pretende que a
escola seja uma escola cidadã, em que o aluno brasileiro aprenda a viver com a diferença.”
“Outro aspecto importante da necessidade de esse tema estar na escola é que certos jovens
acabam saindo, porque o sofrimento é tão grande e o ambiente é tão agressivo que a criança ou o
adolescente acaba desistindo de estudar. Os índices de evasão escolar são significativos para
essa população”, explica Vera Lúcia. Segundo ela, o papel mais importante do kit anti-homofobia
é informar e contribuir para erradicar a violência e o preconceito. “Na medida em que você
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
trabalha esse tema na escola e consegue criar uma convivência melhor e mais respeitosa, isso
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
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Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
Grupo 14 - Governo não fará ‘propaganda de opção sexual’, diz Dilma sobre kit
• Fonte: http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/05/governo-nao-fara-
propaganda-de-opcao-sexual-diz-dilma-sobre-kit.html
• Data: 26/05/2011
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (26) que não aprova o kit anti-homofobia
que estava em elaboração pelo Ministério da Educação para ser distribuído como material didático
às escolas. Segundo ela, o governo não pode interferir na vida privada dos brasileiros. Nesta
quarta-feira (25), ela suspendeu a produção e entrega das cartilhas e vídeos contidos no kit.
“O governo defende a educação e também a luta contra práticas homofóbicas. No entanto, não
vai ser permitido a nenhum órgão do governo fazer propaganda de opções sexuais”, afirmou,
após cerimônia de assinatura de termos de compromisso para a construção de 138 creches.
Segundo Dilma, a função do governo é apenas educar para que se evite agressões e
desrespeitos à diferença. “Nós não podemos interferir na vida privada das pessoas . Agora, o
governo pode sim fazer uma educação de que é necessário respeitar a diferença, que você não
pode exercer práticas violentas contra aqueles que são diferentes de você”, disse.
O kit seria composto por vídeos que tratavam de transexualidade e bissexualidade e que
deveriam ser exibidos e debatidos em salas de aula do ensino médio no segundo semestre deste
ano. O objetivo do material, composto de três filmes e um guia de orientação aos professores,
seria trazer para o ambiente de 6 mil escolas o "tema gay" como forma de reconhecimento da
diversidade sexual e enfrentamento do preconceito.
Logo depois do evento, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que os vídeos do kit
anti-homofobia poderão ser integralmente refeitos.
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
“A presidenta entendeu que esse material não combate a homofobia. Não foi desenhado de
maneira apropriada para promover aquilo que ele pretende, que é o combate a violência. (...) Os
vídeos poderão ser integralmente refeitos”, afirmou Haddad.
De acordo com Haddad, o kit anti-homofobia ainda não tinha sido aprovado pelo comitê de
publicações do Ministério da Educação. Mesmo depois da rejeição da presidente, o material será
avaliado pelo ministério e pela Presidência da República para que seja refeito, mas não será
distribuído.
Bancada religiosa
Na quarta, após protestos das bancadas religiosas no Congressso, a presidente determinou nesta
quarta-feira a suspensão do kit, informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto
Carvalho.
Diante da decisão de Dilma, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR-RJ), que
participou da reunião com Carvalho, afirmou que estão suspensas as medidas anunciadas pelas
bancadas religiosas em protesto contra o "kit anti-homofobia". Em reunião, os parlamentares
haviam decidido colaborar com a convocação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, para que
ele explique sua evolução patrimonial.
O ministro Gilberto Carvalho negou ter pedido que os parlamentares desistissem de trabalhar pela
convocação de Palocci diante da decisão da presidente sobre o "kit anti-homofobia".
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
O dia de ontem foi amargo para a população LGBT brasileira, mas não é um dia para ser
esquecido, pelo contrário, é dia para se lembrar e trazer à memória fatos políticos antes
acontecidos, como no tempo da campanha eleitoral.
A Frente Parlamentar Evangélica, numa manobra política suja e equivocada, foi ao balcão de
negócios no Palácio do Planalto e disse: "Troco minha homofobia pela sua corrupção". A
presidente Dilma Rousseff aceitou de bom grado, afinal, a Frente Parlamentar Evangélica estava
ameaçando não votar projetos do governo, trancar a pauta no Congresso, além de engrossar as
fileiras da oposição que pedem as contas sobre o enriquecimento meteórico do ministro Antonio
Palocci. Para blindar seu ministro, Dilma aceitou de bom grado, vender, mais uma vez, por muitas
moedas de prata, as pessoas LGBT.
O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) confirmou em seguida à reunião no balcão de
negócios do Palácio do Planalto que "a preocupação do governo com o risco de Palocci ser
convocado a prestar esclarecimentos no Congresso foi usada pela bancada religiosa para cobrar
a suspensão da distribuição do kit anti-homofobia do MEC".
O líder da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado federal João Campos (PSDB-CE), também
confirmou a barganha da homofobia pela corrupção. Declarou: "Nós reunimos, nesta terça-feira
(24), a bancada evangélica e a católica, decidimos impor uma série de condições. Se o governo
insistisse em manter o kit, bloquearíamos a votação na Câmara e apoiaríamos a convocação do
ministro Palocci para dar explicações."
A presidente Dilma até foi elogiada pelo deputado representante da ditadura militar no Brasil,
regime contra o qual lutou, inclusive pegando em armas! Jair Bolsonaro declarou: "sou obrigado a
elogiar a presidente Dilma Rousseff".
Alguns militantes do movimento LGBT foram ao Twitter, Facebook e nas listas de debates dos
grupos de militância LGBT no Yahoo para declararem que estavam surpresos, abatidos, enojados,
decepcionados! Alguns se contentaram em referendar o "jogo político", dizendo que "as coisas
são assim mesmo". Outros pediram "muita calma nessa hora, pois tem muitos equívocos no
episódio"; outros pediam que os militantes se unissem contra nosso inimigo em comum, o
fundamentalismo religioso, mas "o governo é nosso amigo" (?). Mui amigo!
Quanto vale a homofobia que faz sofrer e leva ao suicídio, além do assassinato de milhares de
jovens e adolescentes LGBT? Para o governo Dilma, vale o ministro Antonio Palocci! Para os
deputados da Frente Parlamentar Evangélica, vale a suspensão do kit anti-homofobia em troca do
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
apoio à corrupção, sujando ainda mais suas mãos já sujas das porcarias que sabem produzir
muito bem!
Quando eu soube da notícia, fiquei com raiva, muita raiva, mas esta logo passou depois que eu
me lembrei: 1) a carta compromisso que a presidente, então candidata, assinou com os
evangélicos fundamentalistas, se comprometendo em vetar tudo que fosse projeto que ia de
encontro "à liberdade religiosa, à liberdade de expressão e aos valores da família brasileira"; 2) da
sua aparição para comemorar a vitória ao lado do senador Magno Malta, posando para as
câmeras dos fotógrafos e cinegrafistas e; 3) no dia de sua posse, o cumprimento caloroso do
bispo Edir Macedo e outros líderes religiosos, convidados para o ato.
Não, eu não me esqueci desses pequenos "detalhes" da campanha eleitoral e dos dias que se
seguiram à vitória de Dilma Rousseff.
O dia de ontem foi amargo e abateu a todos e todas que sonham com uma escola sem
homofobia, com uma sociedade curada da homofobia, com adolescentes e jovens libertos da
homofobia internalizada e dos seus algozes homofóbicos. Se existe um caminho seguro para a
cura da nossa sociedade da homofobia que nela reina, tal é o caminho da educação, da
democratização do conhecimento, da aquisição de valores dos Direitos Humanos.
O outro caminho, o caminho da criminalização da homofobia, poderá até colocar muita gente na
cadeia (eu não creio nisso!), pode gerar muitas multas, mas jamais vai tratar o mal pela raiz a fim
de extirpá-lo do tecido social.
Alguns líderes do movimento LGBT nesta altura do campeonato se apegam à semântica:
"suspenso não é o mesmo que cancelado". Pois é, mas eu não acredito, e faz tempo, em coelhos
de páscoa e papai Noel; até porque a Frente Parlamentar Evangélica pode ser fundamentalista,
viver quase que na Idade Média, mas burra ela não é! Os que fazem parte dela sabem se
organizar e jogar o sujo jogo da política, tanto que conseguiram!
No VIII Congresso LGBT do Congresso Nacional, participei da Mesa 01 de debates sobre o direito
LGBT ao casamento civil. Ao meu lado, estava Preta Gil, a deputada Erika Kokai (PT/DF), dentre
outros. Ouvi ali a senadora Marta Suplicy (PT/SP) dizer que se passaram 16 anos desde seu
primeiro projeto de lei visando a ampliação dos direitos civis para a população LGBT e que até o
presente momento, nada, nenhum projeto sequer foi aprovado pelo Congresso Nacional em prol
dos direitos civis LGBT.
O motivo da inatividade do Congresso Nacional em relação á população LGBT é o mesmo desde
então: a luta renhida dos fundamentalistas religiosos contra o avanço da cidadania LGBT no
Brasil. A pergunta que não quer calar é: até quando, povo LGBT, continuaremos derrotados por
eles? Até quando ABGLT e demais associações da militância, seremos derrotados por eles?
Quando que daremos início ao nosso "Bash Back"? Quando enfrentaremos frente a frente o
fundamentalismo religioso no Brasil?
As lésbicas e os gays cristãos, cansados de tanta sujeita e de ser massa de manobra, além de
moeda de troca no balcão das negociatas politiqueiras, abatidos com a decisão da presidente
Dilma de nos vender, mas não derrotados, se uniram no Rio de Janeiro. A Igreja da Comunidade
Metropolitana do RJ e o Diversidade Católica convocam o povo cristão LGBT e todos e todas que,
neste momento estão indignados, para juntos realizarmos uma passeata-protesto no calçadão da
praia de Ipanema, no posto 09, no próximo domingo, dia 29 de maio, às 10h.
Combateremos o bom combate e juntos rogaremos: caia sobre a Frente Parlamentar Evangélica,
sobre o Palácio do Planalto, sobre os corruptos, sobre o fundamentalismo e fundamentalistas
religiosos, o sangue das vítimas de homofobia no Brasil!
"Porque o grito existe; então eu grito!" (Clarice Lispector). Gritemos!
* Márcio Retamero, 37 anos, é teólogo e historiador, mestre em História Moderna pela UFF/Niterói. É pastor da
Comunidade Betel/ICM RJ e da Igreja Presbiteriana da Praia de Botafogo. É autor de "O Banquete dos
Excluídos" e "Pode a Bíblia Incluir?", ambos publicados pela Editora Metanoia. E-mail:
marcio.retamero@gmail.com.
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
OFICINAS EM GÊNERO: “GÊNERO E RELAÇÕES DE PODER”
Oficina Homo-Lesbo-Trans-fobias
Felipe Fernandes, Miriam Grossi e Patrícia Costa
Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS
Ementa
Esta oficina aboradará questões relativas a articulação entre estudos sobre gênero e sexualidade
no Brasil tendo como foco a questão da homo-lesbo-transfobia e a forma como a problematica
tem sido abordada tanto pelos movimentos sociais como pelas propostas oriundas do governo de
combate a esta temática. A oficina terá um primeiro momento de atividade em grupo para analise
e debate de questões atuais envolvendo as politicas publicas relativas as homo-transexualidades
no campo da Educação.Num segundo momento, a partir da teoria queer, fazeremos um historico
das lutas politicas dos movimentos LGBTTT, para definir os conceitos de homofobia, identidade de
gênero e orientação sexual para entender o lugar que a homossexualidades e as transexuailiddes
ocupam na contemporaneidade.
ALERTAMOS que o material pedagógico, ao longo de sua produção, foi analisado e aprovado
por distintas organizações: Ministério da Justiça, Conselho Federal de Psicologia, UNESCO e
UNAIDS, União Nacional dos Estudantes e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas,
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e teve uma moção de apoio aprovada pela
Conferência Nacional de Educação.
ESPERAMOS que o governo da Presidenta Dilma não recue da defesa dos direitos humanos, e
não ceda mais uma vez diante da chantagem e do obscurantismo dos setores religiosos
fundamentalistas que, desde a campanha eleitoral de 2010, vem sendo parte da cena política
brasileira.
Questões norteadoras:
Com base na leitura do texto acima reflita com seu grupo as seguintes questões:
1 - Em que contexto este documento é escrito?
2 - Como os conceitos de Homofobia, Lesbofobia e Transfobia aparecem neste documento?
3 - Quais os principais argumentos relacionados à temática do “Kit de Combate à
Homofobia” presente no texto?
4 - Qual o papel da universidade no combate às violências e preconceitos contra pessoas
LGBTTT?
5 - A Homofobia, Lesbofobia e Transfobia devem ser discutidas na escola?