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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
NÚMERO 30
Jan/Abr 2010
Indexação:
CLASE (Citas Latinoamericas em Ciências Sociales y Humanidades)
Bibliografia brasileira de Educação – BBE.CIBEC/INEP/MEC
EDUBASE (FE/UNICAMP)
3
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................... 5
Resenha
HISTÓRIA GERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Eduardo Arriada ............................................................................................. 261
Documento
Cartilha de Doutrina Christã Antonio José de Mesquita Pimentel
REGRAS DE BEM VIVER .......................................................................... 271
Os editores
Resumo
O trabalho aqui proposto tem por objetivo analisar alguns manuais
de ensino destinados aos cursos de formação de professores e escritos
pelo pedagogo português José Augusto Coelho (1850-1925). Autor
de uma série de livros voltados para a interpretação da educação,
Augusto Coelho buscava apresentar a ideia de pedagogia como uma
ciência que pode ser compreendida à luz de um conjunto de leis
objetivas. Nesse sentido, apresentava definições de temas e de
problemas compreendidos como centrais para se refletir sobre
educação. Além disso, indicava métodos e técnicas de ensino a serem
empreendidas. Seus tratados educacionais são reveladores, portanto,
da maneira pela qual o assunto da Pedagogia veio a se constituir
como um objeto teórico de estudo no âmbito das ciências humanas.
A educação, para se tornar ciência, precisaria valer-se do repertório de
outras ciências contíguas, entrelaçando, de um modo próprio,
discursos variados das humanidades.
Palavras-chave: História da educação; pedagogia; ensino; Augusto
Coelho; manuais escolares.
1
A perspectiva da “caixa de utensílios”compreende a educação como uma prática
reportada a si mesma, debruçada sobre a imitação ou o exemplo de práticas
educativas anteriores. O discurso, com isso, mobiliza a crença de que aprender é
uma arte derivada de um ver fazer e de um ouvir dizer. Por ser assim, o
aprendizado aconteceria mediante o aprendizado dos preceitos básicos dessa
prática do ensino. Marta Carvalho refere-se a tal tendência, explicitando que nela
o campo do ensino é definido como uma arte – ou um conjunto de técnicas e
habilidades -, o que obviamente desvaloriza “quaisquer tentativas de dedução de
métodos ou de aplicação mecânica de princípios a partir da filosofia
(CARVALHO, 2001, p.149)”. Modelos a serem imitados constituem
basicamente o conceito de ensino que é apresentado nesse tipo de impresso
pedagógico. Ensinar corresponde a uma arte, ou a uma “prática que se
materializa em outras práticas; práticas nas quais a arte de aprender materializa-
se no exercício de competências bem determinadas e observáveis em usos
escolarmente determinados (CARVALHO, 2006, p.147)”. O modelo de “livro
de aconselhamento” é fruto de outra tradição; a dos “livros de aconselhamento de
príncipes que tiveram o seu apogeu nos séculos XVI e XVII (CARVALHO,
2006, p.158)”. Elenca padrões religiosos, destaca-se pelo tom prescritivo e
moralizante, modelando as virtudes cardeais ao modo de ser professor. São livros
História da Educação, ASPHE/FaE/UFPel, Pelotas, v. 14, n. 30 p. 9-60, Jan/Abr 2010.
Disponível em: http//fae.ufpel.edu.br/asphe
17
2
Caberia recordar que, no princípio do século XX, Durkheim buscará
compreender o caráter eminentemente social que possibilitava o encontro de um
veio comum ao ato educativo desenvolvido nas mais diferentes sociedades da
história humana. Perscrutar o que poderia haver de comum, para além das
especificidades e particularidades reconhecidas nos diferentes sistemas de
formação, supunha perceber neles o que os unia: “Não existe nenhum povo que
não projete determinado número de idéias, de sentimentos e de práticas que a
educação deve inculcar em todas as crianças indistintamente, seja qual for a
categoria social a que pertençam (DURKHEIM, 1985, p.49)”. A educação,
enquanto prática, deveria, sob tal perspectiva, reforçar, no parecer de Durkheim,
a adesão a normas e valores e a sociabilidade. A reprodução social, que – no
entendimento de Durkheim - era constituída como uma rede comum de signos e
sentidos coletivos para as gerações imaturas, significaria uma partilha necessária à
própria preservação e coesão da estrutura social. Ocorre que, ao se referir ao papel
do Estado na educação, a perspectiva pública enunciada por Durkheim
acarretaria algumas implicações até então não manifestas. Para o autor, o ensino
sistematizado faz-se matéria de Estado pelo fato de se constituir como tarefa
coletiva do grupo social - compreendido este último sob uma ótica homogênea e
uniforme - com o fito de “adaptar a criança no ambiente social para o qual ela se
destina (DURKHEIM, 1985, p.58)”. Nessa direção, dever-se-ia imprimir na
criança determinadas idéias e sentimentos que a colocassem em harmonia com o
meio onde deveria viver. Ora, isso por si implicava já o reconhecimento de
desigualdades entre os diversos e inconfundíveis meios de uma mesma sociedade.
Contudo, tal ambiente diverso seria não apenas autorizado, mas mesmo
recomendável, o que faria com que o objeto último da ação educativa fosse
paradoxalmente o de adaptação, conservação, manutenção, reprodução do
existente: adaptar, persuadir e evitar o conflito. A sociedade é tomada por
legítima e a educação é a ação ampliadora dessa legitimidade. As premissas desse
discurso estão presentes em todo debate sobre o qual se desenvolveria o modelo
científico da educação.
parte das tarefas que a escola reserva para o estudante fazer para
além da classe. O livro escolar qualifica-se, nesse sentido, como
protagonista da ‘lição de casa’. A relevância conferida ao debate
sobre o papel educativo do livro tem por suposto tácito o
reconhecimento de um modelo científico para sua elaboração; para
sua impressão e para seu uso. Seus conteúdos e sua linguagem
devem acompanhar a fase educativa atravessada pelo aluno, de
acordo com a idade e o nível de desenvolvimento cognitivo para o
qual ele seria destinado. Por isso, nem sempre a abstração seria
um recurso adequado.
Referências
Resumo
O texto nasce do depoimento de Maria de Lourdes Gastal (1912-
2000), principal responsável por um verdadeiro acontecimento
discursivo de meados do século XX: a Revista do Ensino/RS (1951-
1978), publicação gaúcha que chegou a atingir cinqüenta mil
exemplares, circulando por todo Brasil na década de sessenta. Quem
de fato foi esta mulher, formada professora, porém tendo uma
trajetória tomada por atividades editoriais? Que relações de poder
atravessaram seu cotidiano? Como podemos articular suas iniciativas
à própria história do magistério? Estas e outras questões serviram
como norte desencadeador do processo de pesquisa biográfica que se
desenvolve neste trabalho.
Palavras-chave: Imprensa pedagógica; memória; história da
educação.
1
Sobre a Revista do Ensino/RS, ver BASTOS (1997).
2
Entre suas produções, destacam-se diversos livros didáticos, alguns com
repetidas edições: Dedé, José, Tião: cartilha. São Paulo, Editora FTD, 1967;
Exercícios de Gramática para o 4º ano. Porto Alegre, Editora Selbach, 21ª edição,
s/d.; Três Estórias. São Paulo, Editora FTD, s/d; Prosa e Verso. Editora FTD,
São Paulo, s/d; Estudos Sociais e Naturais 4º e 5ºano, São Paulo, Editora FTD,
1970.
3
Sobre o Centro de Pesquisas e Orientação Educacional/CPOE, ver Quadros
(2007).
4
Maiores informações sobre a gestão do Cel. Mauro da Costa Rodrigues é
possível encontrar na pesquisa desenvolvida por DUTRA (2006).
Referências
Resumo
Adentrar pela urdidura narrativa da crônica “A escola atraente”
permite discutir a relação entre objetos escolares e memória e, ao
mesmo tempo, examinar o papel desempenhado por Cecília Meireles
no debate educacional dos anos 30, do século passado, debate este
marcado por uma nova sensibilidade pela infância e que conferiu
identidade a uma geração de intelectuais que apostou na constituição
do campo educacional. Investigar o horizonte de intervenção da
cronista permitiu uma aproximação com um ângulo menos estudado
da biografia intelectual da poeta, jornalista e educadora.
Palavras-chave: Cecília Meireles; Escola Nova; biografia; cultura
material da escola.
1
Texto apresentado no 14º Encontro Sul-Riograndense de História da
Educação, sobre “Cultura Material Escolar: memórias e identidades”, de 27 a 29
de outubro de 2008, na Faculdade de Educação da Universidade Federal de
Pelotas, em mesa-redonda coordenada por Maria Stephanou, da qual
participaram, também, Cláudia Alves e Lúcio Kreutz.
2
Ver MACHADO DE ASSIS: “A semana”, Gazeta de Notícias, 1º de fevereiro
de 1894. apud CHALOUB, Sidney, NEVES, Margarida de Souza e
PEREIRA, Leonardo Afonso de Miranda (orgs). “Apresentação”. In. História
das cousas miúdas: capítulos de história social da crônica no Brasil. Campinas:
SP.Editora da UNICAMP,2005, p.10.
3
Idem. Segundo os autores, “Ao correr da pena” foi o título dado por José de
Alencar a uma série de crônicas que publicou, em 1854 e 1855, no Correio
Mercantil e no Diário do Rio de Janeiro.
4
MEIRELES, Cecília. In. Mar Absoluto e outros poemas apud. Obras completas.
Rio de Janeiro. Editora José Aguilar. 1958, p. 460.
Elejo esta crônica que, como tantas outras escritas por ela,
permaneceu esquecida até pouco tempo em velhos jornais, com a
intenção de adentrar pela urdidura narrativa para discutir a relação
entre objetos escolares e memória. Na medida em que me
aproximo do acerto de contas com a realidade, 6 feito pela cronista,
procuro sinalizar para o papel por ela desempenhado no debate
educacional dos anos 30, debate este marcado por uma nova
sensibilidade pela infância e que conferiu identidade a uma geração
de intelectuais que apostou na constituição do campo educacional.
Deste modo, à moda de Carlo Ginzburg (1989), ao seguir estes
rastros, me aproximo de um ângulo menos estudado da biografia
intelectual de Cecília Meireles.
***********
5
Ver CHALOUB, NEVES e PEREIRA (Op.cit) p.19.
6
Cf expressão dos autores anteriormente citados. p.19.
7
Idem.
8
Ver HORTA, Maria de Lourdes Parreiras e PRIORE, Mary, Memória,
patrimônio e identidade. In. Boletin 04, Salto para o Futuro: TV Escola,
Ministério da Educação. abril de 2005, p.9.
9
Cf crônica de Cecília, citada na epígrafe deste texto.
***********
10
Hoje desaprendo o que tinha aprendido até ontem/E que amanhã recomeçarei a
aprender./Todos os dias desfaleço e desfaço-me em cinza efêmera:/Todos os dias
reconstruo minhas edificações, em sonho eternas./Esta frágil escola que somos,
levanto-a com paciência/Dos alicerces às torres, sabendo que é trabalho sem termo. In
Cecília Meireles: Poesia Completa. Vol. II. (organização de Antonio Carlos
Sechin). Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001. p. 1442.
E a nossa existência.
Eis o compasso, o esquadro,
a balança, a pirâmide,
o cone, o cilindro, o cubo,
o peso, a forma, a proporção, as equivalências.
E o nosso itinerário.
Saem das suas caixas os mistérios:
desenrola-se o mapa dos ossos, com seus nomes;
o sangue desenha sua floresta azul;
cada órgão cumpre um trabalho enigmático:
estamos repletos de esfinges certeiras.
E o nosso corpo.
E os dinossauros são como carros de triunfos,
reduzidos à armação;
e no olho profundo do microscópio
a célula se anuncia.
E o nosso destino.
O professor escreve no quadro o Alfa e o Ômega.
A luz de Sírius ainda lança escadas em contínua cascata.
E lentamente subo e fecho os olhos
e sonho saber o que não se sabe
simplesmente acordado.
Grande aula, a do silêncio.11
11
“O estudante empírico”. In.Op.cit. pp. 1452-1453.
12
Cf crônica de Cecília, citada na epígrafe deste texto.
13
MEIRELES, Cecília. Despedida. Diário de Notícias. 12.01.1933. p. 5.
14
Ver MIGNOT, Ana Chrystina Venancio. Antes da despedida: editando um
debate. In. NEVES, Margarida de Souza, LÔBO, Yolanda Lima e MIGNOT,
Ana Chrystina Venancio (orgs). Cecília Meireles: a poética da educação. Rio de
Janeiro. Ed. PUC-Rio: Loyola. 2001. pp. 149-172.
15
Expressão usada por NEVES, Margarida de Souza. As vitrines do progresso –
o conceito de trabalho na sociedade brasileira na passagem do século XIX ao
século XX: a formação do mercado de trabalho na cidade do Rio de Janeiro.
PUC-Rio: Departamento de História/FINEP, 1986.
16
Sobre a participação de Cecília Meireles na Biblioteca do Pavilhão Mourisco,
consultar PIMENTA, Jussara. Leitura e encantamento: a Biblioteca Infantil do
Pavilhão Mourisco In NEVES, Margarida de Souza, LÔBO, Yolanda Lima e
MIGNOT, Ana Chrystina Venancio (orgs). Cecília Meireles: a poética da
educação. Rio de Janeiro. Ed. PUC-Rio: Loyola. 2001. pp. 105-120.
17
FROTA PESSOA, “Contra a carteira escolar: um debate na Comissão de
Normas da Prefeitura”. In Página de Educação, Diário de Notícias, 04/08/1931,
p. 5.
***********
Referências
Resumo
A emergência da noção de cultura material escolar na historiografia
da educação recentemente, ao mesmo tempo em descortina
horizontes para novas questões e interpretações, impõe desafios que
se ligam à própria construção conceitual e sua apropriação. Neste
texto, partimos de uma situação vivenciada em pesquisa para discutir
as dimensões imateriais que se relacionam à memória e à construção
de identidades, percebidas como aspectos que podem e devem ser
incorporados pelo historiador no tratamento e problematização das
fontes quando pensadas como parte do acervo da cultura material
escolar brasileira.
Palavras-chave: cultura material escolar; memória; identidade;
pesquisa.
1
Texto apresentado no 14º Encontro Sul-Riograndense de História da
Educação, sobre “Cultura Material Escolar: memórias e identidades”, de 27 a 29
de outubro de 2008, na Faculdade de Educação da Universidade Federal de
Pelotas, em mesa-redonda coordenada por Maria Stephanou, da qual
participaram, também, Ana Chrystina Venancio Mignot e Lúcio Kreutz.
2
Utilizamos aqui o conceito tratado por Meneses, que entende que a visualidade
deve ser entendida como objeto detentor, ele também, de historicidade e como
plataforma estratégica de elevado interesse cognitivo (2003, p. 11).
3
Alguns historiadores assinalam o surgimento da fotografia em 1833, com
difusão bastante restrita até 1850, quando a invenção do cartão de visita
fotográfico, no rastro da produção em série de instatâneos, contribui para sua
penetração, atingindo inclusive as classes menos abastadas (VIDAL, 1998, p. 79).
4
Carmen Sylvia Vidigal Moraes e Julia Falivene Alves, por exemplo, localizaram
fotografias desde os anos 1860, no trabalho de pesquisa que deu origem ao álbum
Escolas Profissionais Públicas do Estado de São Paulo: uma história em imagens
(Álbum Fotográfico). Centro Paula Souza, 2002.
anônimos. São anônimos para nós, o público que olha para essas
imagens.
A invenção da fotografia introduziu a popularização, a
partir do século XIX, dessa possibilidade de ser retratado. Numa
sociedade em que a dimensão privada da vida social já havia
configurado espaços e grupos familiares restritos, a fotografia logo
passou a integrar o acervo de memórias das famílias, penetrando
gradativamente com seus saberes, ferramentas, objetos e normas
(MAUAD, 1997). Na vida pública, substituiu, em grande parte, a
pintura, na sua função de imortalizar os poderosos, além de ser
requisitada para integrar o arsenal de estratégias acionadas para
legitimar projetos de governos em suas construções de hegemonia.
O caso do fotógrafo Augusto Malta, contratado pela Prefeitura do
Rio de Janeiro, àquela época capital da República, para registrar as
grandes transformações no panorama urbano no inicio do século
XX, é emblemático desse tipo de uso público (CIAVATTA,
2002).
Mas a fotografia também exigia recursos materiais para ser
produzida ou adquirida. A foto é mercadoria, que resulta de outras
mercadorias: a máquina, o papel, os agentes químicos, os suportes
dos negativos, parte delas em processo de desaparecimento nos dias
atuais. As fotografias se tornaram parte do patrimônio das famílias
e a quantidade que constitui o acervo é um demonstrativo,
também, da condição de classe dos indivíduos que as compõem5.
No Brasil das décadas de 1950/60 é possível imaginar que o
acesso aos retratos de família entre negros pobres fosse bastante
restrito, a despeito do desenvolvimento industrial e urbano que
começava a caracterizar o país.
Apropriado pela escola, esse tipo de retrato passava a
constituir parte da cultura material a ela associada. Como não
estamos tratando da fotografia em geral, essa prática se inscreve
5
Algo semelhante pode-se dizer a respeito dos filmes domésticos, enquanto
documentos imagéticos em acervos privados.
postos em marcha, pela escola, por parte dos diferentes grupos nas
suas construções identitárias comportam uma dialética que
permite surgir o imprevisto, o que subverte. Retornando à
narrativa exemplar de que partimos, aquela mesma vivência que
poderia reforçar o lugar subalterno para o qual foi empurrada pela
atitude da professora, atuou como um dos fatores de indignação
que levaram aquela menina a se tornar militante do movimento de
defesa dos direitos das populações negras, contra todas as formas
de racismo.
Não que se deva apostar nesse efeito contrário para
justificar ou minimizar os efeitos perversos que esse tipo de
experiência possui nos sujeitos. Mas queremos encerrar frisando
que a cultura material escolar tem sua historicidade marcada por
um campo de relações, que é rico, múltiplo, contraditório, e
merece atenção dos pesquisadores.
Considerações finais
Referências
Resumo
Após duas décadas de defesa e propaganda do método sintético, João
Köpke se tornou ativo divulgador do método analítico para o ensino da
leitura. Em cinco textos publicados entre 1896 e 1917, produzidos
em circunstâncias distintas e para diverso público, Köpke chama em
apoio ao seu método analítico autores europeus e norte-americanos
tanto por seus princípios como por suas experiências pedagógicas;
dentre eles: J. Jacotot, A. Bain, A. Meiklejohn, J. Froebel, C. Parker,
G. Stanley Hall e J. Chubb. Neste artigo, maior atenção é conferida
às referências norte-americanas que se repetem, com especial ênfase à
psicologia de Stanley Hall e ao método de ensino da leitura de
Meiklejohn, ressaltados e colocados em convergência por Köpke em
seus escritos finais.
Palavras-chave: João Köpke; História da Educação; História da
Leitura; método sintético; método analítico.
Introdução
1
Em 1875, J. Köpke foi nomeado promotor público em Itapeva da Faxina (SP),
onde também trabalhou como advogado. Em seguida, foi removido para as
comarcas de Jundiaí, Campinas e, por fim, para a Capital. “Em São Paulo
acumulou às atividades na promotoria, o trabalho como advogado (...). Contudo
sua carreira foi curta e a magistratura preterida pela opção que o acompanharia
por toda a vida: a Educação” (PANIZZOLO, 2006, p. 101).
com ele que Köpke encerra a carta prometendo enviar “em breve”
para a Revista “um resumo do trabalho mais completo que
conheço sobre o problema do ensino da leitura: o livrinho [The
problem of teaching to read] de Meiklejohn” (Köpke, 1902, p.792)
a que havia aludido anteriormente.
O compromisso foi honrado, uma vez que a matéria de
1903, publicada com o mesmo título da carta, Ensino da leitura, é
integralmente dedicado ao tal “livrinho” de Meiklejohn, não
exatamente para resumi-lo, como o próprio Köpke se corrige ao
início, “porquanto”, diz ele:
2
Não foi possível situar os outros seis nomes que completam a lista, uma vez que
são mencionados de passagem e, em alguns casos, constam com grafias
diferentes.
3
Alguns dos títulos publicados:
∗ PREYER, Willism. (1888-1889). Mind of the child. New York: Appleton.
Originalmente publicado em 1881, o livro reuni importantes artigos sobre a
psicologia da criança.
∗ SULLY, James. (1874). Sensation and intuition: studies in psychology and
aesthetics. London: H.S. King; _______. (1892). The Human Mind. London:,
Longmans, Green & co.; _______. (1895). Studies of Childhood. New York: D.
Appleton.
∗ TAYLOR, I. (1883). The Alphabet: an Account of the Origin and Development
of Letters. London, K. Paul, Trench & co.; _______. (1864). Words and Places:
or Etymological Illustrations of History, Ethnology, and Geography. London;
Cambridge: Macmillan and Co.; _______. (1874). Etruscan Researches.
London; Cambridge: Macmillan and Co.
4
Alguns dos títulos de:
∗ BAIN, Alexander: (1855). The Senses and the Intellect. London: Parker;
_______. (1859). The Emotions and the Will. London: Parker; _______. (1870).
Logic. London: Longmans, Green, Reader & Dyer.; _______. (1872). Mind and
Body. London: Henry S. King.; _______. (1879). Education as a Science.
London: C.K. Paul. Além dos manuais/compêndios escolares que contam com
grande número de reedições: Higher English Grammar (1863); Manual of Rhetoric
(1866); Manual of Mental and Moral Science (1868); A First English Grammar
(1872); Companion to the Higher Grammar (1874); Rhetoric (nova ed.1887,
1888); On Teaching English (nova ed.1887, 1888).
5
Alguns das obras de:
∗ CHUBB, Percival A.: (1893). Editor of Essays of Montaigne. London: s/e;
_____. (1902). The teaching of English in the elementary and secondary school
New York: Macmillan Co.; _____. (1931). On the religious frontier: from an
outpost of ethical religion. New York: Macmillan Co.
∗ CARPENTER, William B. (1839). Principles of general and comparative
physiology, intended as an introduction to the study of human physiology, and as a
guide to the philosophical pursuit of natural history. London: John Churchill;
_____. (1844). On the microscopic structure of shells. Report of the 14th meeting
of the British Association for the Advancement of Science held at York, p. 1-24;
_____. (1852). "On the Influence of Suggestion in Modifying and directing
Muscular Movement, independently of Volition", Royal Institution of Great
Britain, (Proceedings). (12 March 1852), p.147-153; _____. (1874). Principles
of Mental Physiology, with their Applications to the Training and Discipline of the
Mind, and the Study of its Morbid Conditions. London: King; _____. (1888).
Nature and man: essays scientific and philosophical. London: Kegan Paul,
Trench & Co.
6
Seleta de títulos publicados por Meiklejohn e Stanley Hall:
∗ MEIKLEJOHN, Alexander. (1920). The Liberal College. Boston: Marshall
Jones; _______. (1923). Freedom and the College. New York, Century._______.
(1942). Education between Two Worlds. New York, London: Harper & Brothers;
_______. (1948). Free Speech and its Relation to Self-Government. _______.
(1960). Political freedom; the constitutional powers of the people. New York: Harper.
7
Preyer defendeu a primeira tese de doutorado na Alemanha de orientação
darwiniana.
8
De Taylor e Sully não se tem notícias de equivalente envolvimento com o
ensino elementar e secundário
Consideração final
Referências
Resumo
Neste texto apresenta-se o Projecto Inventariação e Digitalização do
Património Museológico da Educação, desenvolvido pelo Ministério da
Educação português. As escolas que integram o Projecto possuem
importantes colecções de património museológico e pretende-se
realizar a sua inventariação, preservação e divulgação. As instituições
escolares foram acolhendo muitos objectos ao longo do tempo e tem-
se em consideração o percurso destas instituições, onde os materiais
foram utilizados e reutilizados. Estes materiais integram-se,
historicamente, no campo de diversas disciplinas, desempenhando um
papel fundamental na interconexão entre o conhecimento científico e
a alquimia a que este conhecimento foi sujeito para se transformar
em matéria de ensino. Estabelece-se assim a convergência com as
actuais políticas de valorização da educação e do património cultural,
com investigações e organização de museus dedicadas à escola, ao seu
património e memória em diversos países. É um movimento
transnacional, cujas semelhanças evidenciam a globalização da forma
escolar e dos seus materiais.
Palavras-chave: Património educativo; inventário; museologia;
cultura escolar.
1
Comunicação apresentada no VII Congresso Luso-Brasileiro de História da
Educação, dedicado ao tema Cultura Escolar, Migrações e Cidadania, que se
realizou no Porto, Portugal, de 20 a 23 de Junho de 2008. Os dados aqui
apresentados referem-se a esta data.
2
Despacho nº 137/ME/96, de 17 de Julho e Despacho nº 218/ME/96, de 25 de
Setembro.
3
Nóvoa apresenta e caracteriza seis iniciativas anteriores que visavam a
preservação, estudo e divulgação do património museológico da educação e que
foram desenvolvidas com apoio governamental, mas sem que houvesse
continuidade desse trabalho (Nóvoa, 1998: 25-27).
4
A documentação museológica é composta pelos seguintes itens: a «aquisição»
dos bens, isto é, o modo de ingresso do objecto que pode ser uma aquisição, uma
doação, um empréstimo ou permuta; elaboração de um «livro de registo ou de
inventário», onde se procede à entrada dos objectos e sua identificação; realização
da «pesquisa» com o objectivo de recolher e organizar toda a informação possível
sobre as peças; a constituição de «fichas de inventário» individuais sobre cada
objecto.
Cabeçalho
Separadores
5
A plataforma MatrizWeb disponibiliza ao público parte da informação registada
na ficha de cada peça: uma imagem do objecto e uma informação sucinta do
mesmo, especificamente a sua identificação, classificação, datação, dimensões,
n.º de inventário e descrição.
Categorias
Instrumentos
Instrumentos
Equipamento
e utensílios
científicos
didácticos
Fotografia
Mobiliário
Escultura
industrial
Cerâmica
Materiais
Desenho
Gravura
Pintura
Têxteis
Escola Total
6
Ver: http://edumuseu.sg.min-edu.pt.
Entretanto, no ano de 2009, a base de dados Matriz foi substituída pela In Arte
e todas as peças estão disponíveis ao público através do interface In Web, que
substituiu o MatrizWeb, neste mesmo endereço electrónico.
7
Disponíveis em http://www.eexhibitions.net/
8
Pode ser visitada em http://www.sg.min-edu.pt/museu0b.htm
9
Consultar http://projectobame.blogspot.com/
Conclusão
Referências
Resumo
O presente estudo apresenta a história de vida do Professor Frederico
Michaelsen, personagem marcante na história da educação do
município de Nova Petrópolis - RS. O eixo principal do texto
consiste numa carta endereçada pelo professor ao jornal Deutsche
Zeitung de Porto Alegre, em junho de 1889, em que relata a difícil,
e não menos curiosa, trajetória de um professor nos primeiros anos
da nova colônia, a partir de sua dispensa do exército brasileiro e do
batalhão de artilharia contratado na Alemanha e conhecido como
soldados Brummer. A pesquisa não se atém somente aos dados
biográficos do professor Frederico, mas procura contextualizar, em
sua singular trajetória, as condições da sua vinda para o Brasil, a
Guerra contra o ditador Rosas (Argentina), a permanência no Rio
Grande do Sul, a vida na nova colônia e o exercício do magistério,
entre outras atividades comunitárias que tecem essa instigante e
curiosa história de vida. A abordagem adotada para a montagem do
trabalho foi a de abertura do texto da carta e, nele, a inserção dos
diferentes episódios, acompanhando a narrativa de Frederico
Michaelsen.
Palavras-chave: História de vida; memória; educação; história da
educação.
O professor ou o personagem
A Carta
Os Brummers
1
Brummer é um termo com diversas versões. A mais recorrente é a de que
relaciona a palavra brummer com a as grandes moedas de cobre de 40 réis que
recebiam os mercenários no Brasil.
2
Exército de Schleswig-Holstein, conforme Schäfer, (1997, p. 51foi montado
pelo ducado de Schleswig e do condado de Holstein para a defesa do primeiro na
tentativa de ser anexado pela Dinamarca, em 1848, e dissolvido em janeiro de
1851.
O contrato
3
Cfe. Aurélio, sapador = Soldado ou outro indivíduo que executa trabalhos de
sapa - abertura de fossos, trincheiras e galerias subterrâneas.
4
Antiga moeda alemã de prata, cfe. Aurélio.
5
Cfe. Lenz (1997, p. 38), a braça equivale a 22 cm; assim as 22.500 braças
quadradas equivaleriam a 49.500 metros quadrados aproximadamente, 4,9ha,
lote rural que os imigrantes recebiam na época.
A viagem
A guerra
6
Cfe. Dicionário Aurélio, moeda boliviana, de prata, que circulou no RS.
7
Cfe. Dicionário Aurélio, uma medida inglesa de capacidade equivalente a 1,136
litro.
8
Moeda antiga de prata, no valor de 320 réis.
Os colonos
As terras de Michaelsen
9
O estudo mais detalhado sobre o Projeto de Restauração Católica estudado na
Tese de Doutorado do professor Lúcio Kreutz se encontra no capítulo 6 - O
professor paroquial católico teuto-brasileiro: função religiosa, sociocultural e política
(2003, p. 157 a 192).
Referências
Resumo
O trabalho examina um caderno de caligrafia como indício expressivo
da cultura escolar, esse caderno foi escrito por uma aluna do 4º ano
primário da Escola Duque de Caxias, do município de Bom Jesus,
Rio Grande do Sul, em 1943. A análise detém-se em dois aspectos
deste artefato cultural e pedagógico: externalistas e internos. Os
primeiros dizem respeito particularmente a análise das relações entre
o conteúdo das frases/palavras que servem como exercícios de
caligrafia e o contexto social, político e cultural da época, em uma
produção de sentido que está presente nos “enunciados” propostos
pelo professor e reproduzidos pela aluna. Os segundos se referem à
materialidade do caderno, questões gráficas da escrita, capa, tipo de
letra, ferramenta utilizada para a escrita, com o entendimento que o
objeto não existe para além de seu suporte. A análise do caderno de
caligrafia de Dona Rosa articula aspectos da cultura escolar relativas a
essa região geográfica com as correntes pedagógicas da época e os
padrões sociais vigentes.
Palavras-chave: Cultura escolar, Memória, História da educação.
1
Conforme entrevista, concedida por Rosa Maria Rosa, pertencente ao Acervo de
Memória Oral do Município de Bom Jesus, RS.
2
Para saber mais sobre a formação do município, ABREU, Ennio Farias e
ABREU, Marisa da Costa, Bom Jesus - histórias de uma cidade. Caxias do Sul:
UCS-EST, 1977; ABREU, Ennio Farias e ABREU, Marisa da Costa. Bom
Jesus – duas épocas. Caxias do Sul: UCS-EST, 1981 e SANTOS, Lucila
Sgarbi; MACIEL Vera Lúcia Maciel (orgs). Bom Jesus na Rota do tropeirismo
no Cone Sul.: EST 2004
3
Entrevista realizada em 1997 faz parte do acervo do Arquivo Histórico de Bom
Jesus.
4
Roquette, JI, organizado por Lilia Moritz Shwarcz. 1997: 267.
5
Id. Ibid. p. 266.
6
Id. Ibid. p. 268
7
O uso da caligrafia na sala de aula, não se opõe ao ideário escolanovista,
dominante no período, ao contrário o reforça na medida em que segue a lógica da
racionalidade, disciplinarização e da homogeneização. Ver Monarcha, 1989.
8
Ferreira, 2004: 279.
9
O exemplar pertence ao acervo da Prof. Lucila Maria Sgarbi Santos.
10
Frase número 28 do caderno.
11
Frase número 32 do caderno.
12
Não conseguimos achar ninguém que pudesse completar o ditado.
13
Quando as frases aparecem diferentes a cada linha - “cabendo” mais
progressivamente – reproduzimos aqui a frase mais longa.
14
Gaúcho de São Borja e parente de Getúlio Vargas.
15
Op Cit. p.2
16
Reproduzidas aqui na ordem em que estão no caderno: 6, 7, 9, 10, 11, 14,
15, 16, 22, 23, 29 e 31.
17
O original integra o acervo da Prof. Lucila Maria Sgarbi Santos.
18
Reproduzidas aqui na ordem em que estão no caderno: 2, 4, 5, 8, 12, 17, 18,
20, 21, 24, 25, 26, 27, 28, 30 e 32.
19
Algumas vezes as frases não cabem inteiras na página, a cada linha aparecem
diferentes “cabendo” mais progressivamente. Nesses casos reproduzo a frase mais
longa
20
Presumimos a intenção moralizante apesar da interrupção da frase não
permitir adivinhar o final, pode ser uma adaptação do provérbio de origem
portuguesa “Onde não entra o sol entra o médico”, que também existe em
italiano, como também pode ser uma referência à “luz do saber”.
21
Reproduzidas aqui na ordem em que estão no caderno: 13 e 19.
22
O Itagiba foi torpedeado e afundou em 17 de agosto de 1942.
23
Cinco navios brasileiros foram afundados em agosto de 42 por submarinos,
quase 600 pessoas morreram nos naufrágios.
24
Chartier, 2003:8.
Referências
25
Benjamin, 1993:105.
Documentos
Resumo
O objetivo deste artigo é reconstruir brevemente a história das escolas
étnicas da chamada Região Colonial Italiana no Rio Grande do Sul,
a partir dos olhares registrados por cônsules e agentes consulares.
Considerando os contextos culturais, sociais, políticos e econômicos
que permeiam a trama histórica dos processos de imigração, em
especial de italianos para o Rio Grande do Sul a partir de 1875, a
análise abrange o final do século XIX e início do século XX,
momento em que houve maior participação e importância desta
forma de escolarização. Utilizando fontes historiográficas
diversificadas, mas privilegiando os relatórios consulares, o artigo
analisa esta iniciativa ímpar de organização escolar, procurando
contribuir para o conhecimento da história da educação brasileira.
Palavras-chave: Etnia; escolas étnico-comunitárias italianas; cônsules.
1
“[...] professor Luigi Petrocchi, um emérito ensinante, que a seis anos presta os
mais relevantes serviços à italianidade e às colônias [...] aconselhando os colonos
a instruírem-se, ajudando-os a abrirem suas escolas nos pontos mais distantes.”
Vittorio Buccelli, 1905.
2
O Estado do Rio Grande do Sul e a Crise Econômica durante o último qüinqüênio
– Extraído do Relatório do Cav. Francesco De Velutiis, Régio Cônsul de Porto
Alegre, fevereiro de 1908. p. 348.
3
O Estado do Rio Grande do Sul e a Crise Econômica durante o último qüinqüênio
– Extraído do Relatório do Cav. Francesco De Velutiis, Régio Cônsul de Porto
Alegre, fevereiro de 1908. p. 349 a 350.
4
Lorenzoni naturalizou-se brasileiro em 1887. Códice 0006, AHGM. E o
solicitante assina o documento. A naturalização significava maiores facilidades de
aceitação seja participando dos rumos políticos, seja podendo candidatar-se a
cargos públicos como, posteriormente, o fez.
5
Luigi Casanova chegara em 1878 no Brasil e estabeleceu-se em ¼ do lote n.
01 da linha Palmeiro. Nascido em 1850, era católico, alfabetizado e declarava-se
agricultor. Casado com Cecília, em 1883 tinha 3 filhos: Ernesto de 5 anos,
Isabel de 3 e Domenico de 8 meses. Haviam imigrado também Antônio e
Antônia Casanova, seus pais. Censo de 1883, colônia Dona Isabel, AHGM.
6
Enrico Bernardi chegara ao Brasil em 1880 estabelecendo-se no lote 182 da
Linha Palmeiro. Alfabetizado, católico, nascido em 1843, casado com Amália.
Em 1883 tinha dois filhos: Tancredi de 4 anos e Ercilia de 6 meses. Censo de
1883, colônia Dona Isabel, AHGM.
7
Antonio Poletto era de Sacile, Pordenone e imigrou para o Brasil em 1885, já
casado e com filhos. Estabeleceu-se na Linha Faria Lemos, Bento Gonçalves.
(GARDELIN e COSTA, 1992, p. 251).
8
Alessandro Castelli era filho de Antônio e Ângela Capella, nascido em
Castagneto, Província de Torino, a 23 de setembro de 1848. Era militar de 2ª
categoria, chegara ao Brasil em 1877, estabelecendo-se no lote 103 da Linha
Leopoldina. Casou-se em 3 de março de 1878 com Maria Capalonghi, natural de
Cremona. (GARDELIN e COSTA, 1992, p. 214).
9
Felice Montanari nasceu em 12 de outubro de 1860 em Pieve Saliceto,
Província de Reggio Emilia, filho de Giuseppe e Annunciata Vilani, casou-se
com Annunciatta Brozzi. Chegou no Brasil em 1885 com a esposa, uma filha e
duas irmãs. Estabeleceu-se no lote 136 da Linha Leopoldina. (GARDELIN e
COSTA, 1992, p. 246).
10
Estatuto da Sociedade Italiana de Mútuo Socorro Stella D’Itália,
10/03/1884. Arquivo Histórico Municipal de Garibaldi.
11
Artigo n. 75 do Estatuto da Sociedade Italiana de Mútuo Socorro Stella
D’Itália, 10/03/1884. Arquivo Histórico Municipal de Garibaldi.
As escolas étnico-comunitárias
da Região Colonial Italiana pelo olhar dos cônsules
12
Conforme os Artigos n. 76 a 79, do Estatuto da Sociedade Italiana de Mútuo
Socorro Stella D’Itália, 10/03/1884. Arquivo Histórico Municipal de Garibaldi.
13
L’Itália all’Estero Nell’Ultimo Decênio – Studi dell’Avv. Cav. Pascoale Corte
– Roma – Tipogragia Ereti Bota – 1882.
14
PERROD, Enrico. Le colonie brasiliane Conde d’Eu e Dona Isabela, 1883.
Apud: DE BONI, Luis A. Bento Gonçalves era assim. POA:EST / Caxias do
Sul: Correio Riograndense / Bento Gonçalves: FERVI, 1985, p. 26 e 27.
15
Id. Ibidem, p. 27.
16
Id. Ibidem, p. 33 e 34.
17
CORTE, Pascoale. 1884 Apud: DE BONI, Luis A. Bento Gonçalves era
assim. POA:EST / Caxias do Sul: Correio Riograndense / Bento Gonçalves:
FERVI, 1985, p. 42.
18
BRICHANTEAU, Eduardo dos Condes Compans de. 25/03/1892. Apud:
DE BONI, Luis A. Bento Gonçalves era assim. POA:EST / Caxias do Sul:
Correio Riograndense / Bento Gonçalves: FERVI, 1985, p. 66.
19
ROMA. Bollettino dell’Emigrazione. Ministero degli Affari Esteri. Tip.
Nazionale di G. Bertero, n. 04, 1903. Lo Stato di Rio Grande del Sud (Brasile) e
l’immigrazione italiana (Da um rapporto del R. Console a Porto Alegre, Cav. E.
Ciapelli, agosto de 1901).
20
No Arquivo Histórico e Geográfico de Montenegro foi possível localizar,
apenas no ano de 1887, 52 pedidos de naturalizações de imigrantes estabelecidos
em Conde d’Eu e Dona Isabel (posteriormente Garibaldi e Bento Gonçalves).
Códice 0006, AHGM.
21
Jornal “O Cosmopolita” – Órgão dos Interesses Coloniais. Caxias, 12 de
junho de 1904, Ano II, n. 103, p. 04. Redatores diversos. Editor-proprietário:
Maurício N. de Almeida. Jornal semanal, distribuído aos domingos, possuía uma
seção italiana.
22
Jornal “O Cosmopolita” – 12 de junho de 1904, Ano II, n. 103, p. 03 –
seção italiana.
23
Jornal “O Cosmopolita” – 17 de julho de 1904, Ano II, n. 108, p. 03 – seção
italiana. O mesmo anúncio foi publicado novamente em 24 de julho de 1904, n.
109.
24
ANCARINI, Humberto. Relatório: A colônia italiana de Caxias, Rio Grande
do Sul, Brasil, 1905. In: DE BONI, Luis A. (org.). A Itália e o Rio Grande do
Sul, IV. Porto Alegre: EST, 1983, p. 57.
25
ANCARINI, Humberto. Relatório: A colônia italiana de Caxias, Rio Grande
do Sul, Brasil, 1905. In: DE BONI, Luis A. (org.). A Itália e o Rio Grande do
Sul, IV. Porto Alegre: EST, 1983, p. 57.
26
ANCARINI, Humberto. Relatório: A colônia italiana de Caxias, Rio Grande
do Sul, Brasil, 1905. In: DE BONI, Luis A. (o rg.). A Itália e o Rio Grande do
Sul, IV. Porto Alegre: EST, 1983, p. 56.
27
Id. Ibidem, p. 56.
28
Id. Ibidem, p. 57.
29
Id. Ibidem, p. 57.
30
“Luigi Petrocchi era natural de Pistóia, na Itália. Emigrou par ao Brasil por
volta de 1900, com os dois filhos maiores, deixando a esposa e outros dois filhos
em Pistóia. Além de atuar como agente consular em Bento Gonçalves, Petrocchi
foi professor em uma escola do mesmo município.” IOTTI, Luiza Horn. O olhar
do poder – a imigração italiana no Rio grande do sul, de 1875 a 1914, através dos
relatórios consulares. Caxias do sul: EDUCS, 1996, p.163. Consta que após sua
saída de Bento Gonçalves, Petrocchi assumiu o cargo de Vice-Cônsul em
Florianópolis conforme OTTO, Claricia. As escolas italianas entre o político e o
cultural. IN: DALLABRIDA, Norberto (org.). Mosaico de Escolas – modos de
educação em Santa Catarina na Primeira República. Florianópolis: Cidade Futura,
2003, p. 135.
31
ANTONELLI, Conde Pietro (Ministro Real no Rio de Janeiro). O Estado do
Rio Grande do Sul e a imigração italiana. In: DE BONI, Luis A. (org.). A Itália
e o Rio Grande do Sul, IV. Porto Alegre: EST, 1983, p. 11.
32
PERROD, Enrico. Le colonie brasiliane Conde d’Eu e Dona Isabela, 1883.
Apud: DE BONI, Luis A. Bento Gonçalves era assim. POA:EST / Caxias do
Sul: Correio Riograndense / Bento Gonçalves: FERVI, 1985, p. 15.
33
CIAPELLI, Enrico. Lo stato di Rio Grande del Sud. Relatório do Cav. Enrico
Ciapelli, Cônsul em Porto Alegre – 1905, p. 954.
34
O Estado do Rio Grande do Sul e a Crise Econômica durante o último qüinqüênio
– Extraído do Relatório do Cav. Francesco De Velutiis, Régio Cônsul de Porto
Alegre, fevereiro de 1908. p. 348 a 350.
35
Id.ibidem, p. 348 a 350.
36
Id.ibidem, p. 348 a 350.
37
MINISTERO DEGLI AFFARI ESTERI – Comissariato dell’emigrazione
Bollettino dell’Emigrazione (pubblicazione mensile). Anno XII, n. 10, 15 de
agosto de 1913. Nella zona coloniale agrícola del Rio Grande del Sud (Stati Uniti
del Brasile) Appunti e osservazioni del Cav. G. B. Beverini, Cônsul de Porto
Alegre, abril de 1912, p. 1060 e 1061.
38
Sobre as relações da diplomacia italiana com o Brasil, especialmente no
período de Crispi veja-se CERVO. Amado Luiz. As relações históricas entre o
Brasil e a Itália: o papel da diplomacia. Brasília: editora da UNB; São Paulo:
Instituto Italiano de Cultura, 1992.
Referências