Professional Documents
Culture Documents
prova subjetiva
Por George Marmelstein Lima
Eu havia prometido para mim mesmo que não iria mais ficar dando dicas de concurso,
já que faz praticamente dez anos desde a última prova que fiz. Por isso, não me sinto
habilitado a sugerir livros nem a preparar material de estudo, pois sinceramente não sei
como estão sendo feitas as provas mais recentes. Para se ter uma idéia, na minha época
de concurseiro, havia alguns concursos que exigiam prova de datilografia! É o novo!
Ei-las:
- seja objetivo
- seja claro
- seja didático
- evite palavras complicadas ou mesmo em latim
- evite rasuras e escreva com boa caligrafia
- evite expressões lacônicas (“custas e correção monetária na forma lei”, por exemplo)
- nos pontos polêmicos, evite juízos depreciativos a correntes doutrinárias ou
jurisprudenciais (utilize uma linguagem “neutra”)
- dê destaque ou ênfase ao ponto crucial da discussão
- separe cada discussão por tópicos
- não é necessário o “vistos etc” no início da sentença
- pode colocar o “P.R.I.” ou então “Publique-se. Registre-se. Intimem-se” no final da
sentença
- não se deve colocar a assinatura ou o nome, a não ser que a questão peça
2. Estrutura da sentença
- relatório
- fundamentação
- dispositivo
2.1.. Relatório
2. Fundamentação
2.1. Preliminares
2.1.1. Interesse de agir
2.1.2. Ilegitimidade passiva
2.2. Questão Prejudicial de mérito
2.2.1. Prescrição
2.2.2. Decadência
2.3. Mérito
3. Dispositivo
2.3.. Dispositivo
Portanto, para saber se uma norma é uma regra ou um princípio, o mais importante é
saber se ela é ou não passível de ponderação. Em caso afirmativo, tem-se um princípio;
do contrário, tem-se uma regra.
Outro tema de direito constitucional importante para ser estudado são os Direitos
Fundamentais. Sou suspeito para falar sobre o assunto, pois sou apaixonado pela
matéria. Por isso, vou me controlar e tentar aconselhar apenas o be-a-bá.
Com um aperto no coração, indico o livro “Direito Constitucional”, ed. Atlas do
Alexandre de Morais, no capítulo que fala sobre direitos humanos fundamentais. Esse
autor também possui um livro especificamente sobre “Direitos Humanos Fundamentais”
(ed. Atlas), que praticamente repete o “Direito Constitucional”. Esse livro está longe de
ser o melhor sobre os direitos fundamentais, pois deixa de abordar pontos importantes,
mas, para concurso, quebra o galho, pois traz o posicionamento do STF.
Se quiser fugir do básico, recomendo o “Curso de Direito Constitucional” (ed.
Malheiros) do Prof. Paulo Bonavides, a “Eficácia dos Direitos Fundamentais” (ed.
Livraria do Advogado) de Ingo Wolfgang Sarlet, os livros do Daniel Sarmento e
“Teoria Geral dos Direitos Fundamentais” (ed. RT), de DIMOULIS, Dimitri &
MARTINS, Leonardo.
Dentro da temática dos direitos fundamentais, aconselho o estudo da colisão de direitos
fundamentais e da limitação de direitos fundamentais. Sobre o assunto, já em nível de
aprofundamento, vale a leitura de PEREIRA, Jane Reis Golçaves. Interpretação
Constitucional e Direitos Fundamentais. Rio de Janeiro: Renovar, 2006.
É importante também conhecer a fundo o princípio da proporcionalidade, sobretudo
para a prova subjetiva. Nesse ponto, vale a leitura do livro “O princípio da
proporcionalidade” (ed. Brasília Jurídica), de Suzana de Toledo Barros, bem como um
artigo de Gilmar Ferreira Mendes intitulado “Os Direitos Fundamentais e suas
limitações: breves reflexões”, disponível no livro “Hermenêutica Constitucional e
Direitos Fundamentais” (ed. Brasília Jurídica), por sinal, um bom livro.
Quase ia me esquecendo. Não custa também ler alguns artigos e livros de minha autoria
sobre direitos fundamentais que estão no blog, especialmente a monografia “Proteção
Judicial dos Direitos Fundamentais” (e, em breve, o Curso de Direitos Fundamentais).
Também não se esqueça de estudar as súmulas editadas pelo STF, especialmente as
mais recentes.
Há, ainda, alguns temas ligados ao direito constitucional que tem íntima ligação com
outras disciplinas. É interessante estudar a fundo esses temas, pois eles podem ser
cobradas em mais de uma matéria. Por exemplo, o tema “Responsabilidade Civil do
Estado” pode ser cobrado em direito constitucional, direito administrativo e até mesmo
direito civil. Desapropriação costuma cair em direito constitucional, direito
administrativo e direito processual civil. E apor aí vai.
Desse modo, sugiro o estudo – mais aprofundado – dos seguintes temas:
a) Ações Constitucionais;
b) Princípios constitucionais tributários;
c) Princípios constitucionais do processo;
d) Garantias constitucionais;
e) Responsabilidade civil do Estado;
f) Desapropriação;
g) Competência constitucional (dos órgãos judiciais).
Chegando até aqui, já se considere um expert em direito constitucional. Você verá que
as outras disciplinas serão bem melhor compreendidas quando analisadas numa ótica
constitucional.
Era isso…