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Área de Projecto 12º ano Vida, Saúde e Ambiente

Reflexão Individual
Desde sempre, aliás, já antes de iniciarmos o nosso percurso pela Área de Projecto
de 12ºano, tivemos a noção de que esta era uma disciplina muito trabalhosa, que exigia
muito de nós e que nos ocupava grande parte de tempo, mas também, que nos dava
bastantes alegrias.

Desde Setembro de 2010 que esta disciplina invadiu as nossas vidas e, desde então,
não mais saiu.

Nesta altura, quando nos foi pedido que realizássemos um projecto, vários foram os
temas que surgiram. No entanto, com a consciência de que este projecto iria contribuir para
demonstrar à comunidade escolar o mundo que as rodeia, rapidamente adoptamos o tema
“Deficiências Visuais”.

Desde o início deste projecto, já várias foram as realidades que aprendi…

Em primeiro lugar, aprendi mais sobre a nossa grande temática. Aprendi, por
exemplo, que a cegueira é a perda do sentido da visão mas, no entanto, este termo não
significa, necessariamente, total incapacidade para ver. Na verdade, sob cegueira
poderemos encontrar pessoas com vários graus de visão. Este foi apenas um ínfimo
pormenor de tudo o que aprendi.

No entanto, para mim, esta não foi a aprendizagem mais importante. Foi sim a
valorização da visão. Pois, a visão é um dos sentidos que mais nos ajuda a compreender o
mundo à nossa volta, ao mesmo tempo que nos dá significado para os objectos, conceitos e
ideias. Assim, percebi a grande importância da visão, visto que, os humanos empregam-na
desde o amanhecer dos tempos.

Para ser sincera, antes de embarcar neste projecto, eu própria, não valorizava muito
a visão, talvez até nem valorizasse nada. Assim como também não valorizava as pessoas
com problemas visuais graves. Também não as discriminava, porque nunca o fiz, mas talvez
sentisse um pouco de indiferença…

Joana Filipa Silv a Pinho Nº18 12 ºB -1-


Área de Projecto 12º ano Vida, Saúde e Ambiente

Mas agora tudo mudou… Através do contacto do grupo “Um Outro Olhar” com
várias pessoas cegas, e da nossa pequena experiência no papel de cegos, eu percebi o
quanto pode ser difícil a sua integração na sociedade, o quanto pode ser difícil fazer
pequenos gestos que para nós parecem tão banais, mas principalmente, o quanto pode ser
difícil a reacção de repulsa vinda da sociedade.

Com este projecto evoluí, cresci! Acho que passei de uma jovem criança a uma
mulher consciencializada de que o mundo pode não ser um mar de rosas. No entanto, com
uma grande força de vontade e com uma grande persistência, podemos mudá-lo e
transformá-lo no mar mais bonito que desejarmos.

Com este projecto aprendi a respeitar ainda mais os outros que não representam a
maioria. Aprendi que não é por existirem pessoas diferentes, que essas são menos que os
outros, são apenas diferentes, mas isso todos nós o somos!

A verdade é que muitas vezes o caminho mais fácil é acomodarmo-nos nas nossas
vidas e não nos preocuparmos com o outro que, algumas vezes, tanto precisa de nós. Com
este projecto aprendi que esse não é o caminho certo, aprendi que podemos sempre
dispensar um tempinho ao outro, para o ajudar, para lhe mostrar que ter uma diferença não
é ser menos. Aliás, até é ser mais, pois precisa de mais força de vontade para viver, precisa
de mais força de vontade para enfrentar a sociedade racista em que vivemos, precisa de
mais força de vontade para crescer.

Ser cego não é deixar de ver, ser cego é ver com as mãos, com a boca, com os
ouvidos e com o cheiro… Não é deixar de ver, é apenas ver de uma nova forma…

Estes foram os principais ensinamentos retirados deste projecto. E, afirmo


convictamente, que levarei esta lição para o resto da minha vida. Tentarei colocá-los em
prática todos os dias e, tentarei também, mudar e extinguir estas atitudes discriminatórias
que são altamente reprováveis.

Qualquer um pode fazer o mal ou tornar-se um herói. Agora, cabe a cada um de nós
decidir qual o caminho que quer percorrer…

Mas nunca esquecer, "É possível mudar as nossas vidas e a atitude daqueles que nos
cercam, simplesmente mudando- nos a nós mesmos."

Joana Filipa Silv a Pinho Nº18 12 ºB -2-


Área de Projecto 12º ano Vida, Saúde e Ambiente

Auto e Hetero-avaliação
Auto-avaliação
Joana Pinho - Quanto a mim, auto-avalio-me em 20 valores, pois, como já disse no
período passado, dou tudo o que posso de mim para que consigamos fazer o melhor
possível. Algumas vezes, dou tanto e sinto que esse esforço não é reconhecido.

Dentro do grupo, sou um dos elementos mais empenhados e mais autónomos.


Esforço-me por manter o grupo coeso, funcionando por diversas vezes como elemento de
ligação entre alguns elementos.

Penso que sou uma das pessoas mais autónomas do grupo, e não fico à espera que
alguém faça por mim, aquilo que há para fazer, o que acontece com grande parte do grupo,
que apenas faz algo quando lhe é pedido expressamente; acho que eu e a Débora somos as
que agimos de forma mais autónoma. Dando um exemplo prático, para a preparação da
apresentação oral, cada elemento do grupo ficou de fazer parte dos textos, no entanto
depois de feitos, ninguém se preocupou em juntar todos eles para elaborar o guião da
apresentação, ninguém se preocupou em decidir quem diz o quê, ninguém se preocupou
em rever alguns dos textos em que eram necessárias alterações, ninguém se preocupou
com nada; apenas eu e a Débora o fizemos, sendo que os restantes elementos apenas se
preocuparam na noite da quinta-feira antes da apresentação, quando a maioria do trabalho
já estava feito.

Voltando a mim, também é verdade que não gosto muito de ouvir as críticas, e sou
um pouco resistente a estas. No entanto, sou bastante responsável e preocupada com as
tarefas, cumprindo todas as que me cabem e, por vezes, ainda mais.

Hetero-avaliação
Daniela Vieira - Penso que mereça 17. Após ler os comentários feitos na minha
última hetero-avaliação, a Daniela ficou muito incomodada, pelo que, no início do período
tentou demonstrar mais interesse e empenho. Contudo, foi só no início, depois voltou a
ficar igual.

Joana Filipa Silv a Pinho Nº18 12 ºB -3-


Área de Projecto 12º ano Vida, Saúde e Ambiente

Houve apenas um aspecto que acho que a Daniela regrediu muito


significativamente, no registo escrito. No início do ano fazia textos excelentes, mas
actualmente isso não acontece, tem muita dificuldade em expressar-se pelo que os seus
textos ficam demasiado monótonos e confusos. Assim sendo, todos as suas últimas
reflexões, textos para a apresentação e para o relatório têm sofrido bastantes alterações.
Apesar disso, colabora e trabalho bem dentro do grupo.

Débora Pereira – Acho que a nota justa é 20 valores. Esforça-se ao máximo em tudo
o que faz. Como já referi, a Débora tem apenas um defeito, o de não gostar muito de ouvir
opiniões contrárias às suas, contudo nada que levante problemas. Preocupa-se sempre com
todos os trabalhos que estão por fazer, para que nada tenha de ser feito “em cima do
joelho”. O seu registo escrito é muito bom. Por tudo isto, para mim, é o elemento do grupo
com que dá mais gosto trabalhar.

Joana Sousa – Penso que mereça 17 valores. Na minha opinião continua a ser o
elemento neutro do grupo, que raramente opina. Não é muito autónoma, pois apesar de
cumprir as tarefas que lhe são atribuídas não se preocupa muito com as restantes tarefas.
Como disse no período passado, tenta ultrapassar as suas dificuldades de escrita, contudo é
necessário fazer sempre várias alterações nos seus textos que são alvo de avaliação.

Ricardo André – Na minha opinião merece 19 valores, pois este período não evoluiu
muito, estagnou ou até retrocedeu um pouco. Está sempre preocupado com as coisas que
há para se fazer, no entanto, está sempre a perguntar “o que há para fazer?”, “o que posso
fazer?”, ou seja, tem um pouco de dificuldade em trabalhar sem ser orientado.

Este período a qualidade do seu registo escrito também diminuiu um pouco. Apesar
disso, é um óptimo colega que está sempre preocupado com os outros.

Joana Filipa Silv a Pinho Nº18 12 ºB -4-

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