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Getting a visa – U.S.A (Tirando visto – E.U.

A)
Generally asked questions (Perguntas mais freqüentes)

Preparation Attitude (attitude na preparação):


Provide to the point and concise answers. (forneça repostas concisas) Do not add any thing which
is not relevant or not being asked. ( Não acrescente nada que não seja relevante or perguntado). In
most the cases, this is where people make a mistake by giving unnecessary and unasked details.
(Na maioria dos casos é nesse ponto que as pessoas cometem erros, dando detalhes
desnecessários e não solicitados) Other tips for the interview are (Outras dicas para a entrevista
são):

 Do not argue (não argumente).

 Do not ask unnecessary questions.(não faça perguntas desnecessárias)

 Be polite (seja educado)

1. What’s the reason of your trip, ma´am?

2. Business or leisure?

3. Why do you want to travel to the USA?

4. What do you do?

5. What is your annual income?

6. Do you have any ties in Brazil?

7. Have you ever visited any other country?

8. Can I see you Business/visiting card?

9. Who will look after your business in your absence (if you are a business man)?

10. Do you have a credit card?

11. How many children do you have? And where are they? What do they do? Who is there in the
USA?

12. How long will you be staying in the USA?/ How long are you staying?

13. Will you work there?

14. Do you intend to come back to your country?

15. How can you assure me that you will come back?

16. What does your daughter/son/son- in- law do?

17. How long has your son/daughter been living in the USA?
Quanto à categoria léxica em que either, neither e nor podem cair normalmente, a situação é a
seguinte:
Either can be adjective, pronoun, conjunction, and adverb:
      adj: There are trees on either side of the street.
      pron: Do you want coffee or tea? Either one.
      conj: A statement is either true or false.
Neither can be adjective, pronoun, and conjunction:
      adj: On neither side of the street are there any trees.
      pron: He made two suggestions and neither was accepted. / Neither of the students has failed.
      conj: You didn't do it, neither did I.
Nor can be only a conjunction:
      conj: Neither here nor there.
Nor aparece predominantemente com paired conjunction de neither, como no exemplo acima.
Veja aqui outros exemplos: Neither my brother nor my sister is here. / Neither my sister nor my
parents are here. / That book is neither interesting nor accurate. / He has neither a pen nor paper. /
He can neither read nor write.
Pode entretanto aparecer também isoladamente, embora não seja esta uma ocorrência muito comum.
Ex: He couldn't speak, nor could he walk.
Quanto à função sintática dessas palavras, parece-me interessante fazer as seguintes observações:
1) Either + verbo negativo pode substituir neither + verbo afirmativo, exceto nos casos em que
neither (pronome) esteja na função de sujeito.
2) Either ... or + verbo negativo pode substituir neither ... nor exceto quando neither ... nor for
sujeito.
3) Embora either não possa ocorrer como sujeito de um verbo negativo, pode ocorrer como sujeito ou
objeto de verbos afirmativos ou interrogativos.

6. A Combinação impossível de FOR com TO: (erro comum até níveis intermediários)
O fato de ser o infinitivo em inglês formado pelo verbo precedido da preposição TO, aliado ao fato de
ser comum em português a colocação de idéias do tipo VERBO + PARA + VERBO NO
INFINITIVO, induz o aluno freqüentemente a colocar a mesma idéia em inglês usando a combinação
das preposições FOR + TO. Esta entretanto é uma combinação impossível, não ocorrendo jamais em
inglês. Observe nos seguintes exemplos as alternativas corretas:
Eu vim para falar contigo. - I came to talk to (with) you.
Ela se ofereceu para me ajudar. - She offered to help me.
Para aprender, é necessário estudar. - It's necessary to study, in order to learn.
Isto é um instrumento para medir velocidade. - This is an instrument for measuring speed.
Como regra geral, sempre que houver tendência de colocar FOR + TO, o aluno deve lembrar-se de
simplesmente eliminar a primeira preposição.
9. No THE before names and other article problems. (erros comuns até níveis intermediários)
Em ambas as línguas, inglês e português, existem artigos que se subdividem em definidos (o, os, a, as
- the) e indefinidos (um, uns, uma, umas - a, an). Portanto, no uso de artigos há pouco contraste entre
os dois idiomas, a não ser por alguns casos excepcionais.
a) Em português, em linguagem coloquial, é comum o uso de artigos definidos na frente de nomes
próprios, enquanto que em inglês, salvo algumas exceções, isso jamais ocorre. Veja os seguintes
exemplos:
O Sr. Jones é meu amigo. - Mr. Jones is my friend.
A IBM é uma empresa grande. - IBM is a large company.
A Alemanha é um país desenvolvido. - Germany is a developed country.
O inglês do Peter é melhor que o do John. - Peter's English is better than John's.
   Observe entretanto que para todos países cujos nomes dão uma idéia de coletividade, deve-se usar o
artigo definido:
The United States - Os Estados Unidos
The Soviet Union - A União Soviética
The European Union - A União Européia
The CIS (Community of Independent States) - A CEI
The United Kingdom - O Reino Unido
The Netherlands - Os Países Baixos
The Philippines - As Filipinas
The Falklands - As Malvinas
The British Isles - As Ilhas Britânicas
   Também países cujos nomes expressam o tipo de organização:
The Dominican Republic - A República Dominicana
The People's Republic of China - A República Popular da China
b) Em inglês não se usa artigo definido antes de pronomes possessivos:
Este é o meu livro. - This is my book.
A minha casa ainda não está pronta. - My house isn't finished yet.
c) Em português não se usa artigo indefinido antes de profissões:
Ele é médico. - He's a doctor.
Sou professor. - I'm a teacher.
d) Em português não se usa artigo definido quando se fala de tocar instrumentos musicais:
Ela toca piano. - She plays the piano.

I THINK SO não é o mesmo que I THINK (THAT) … (erro comum até níveis intermediários)

I THINK SO é sempre uma frase completa, terminando em ponto final, e corresponde à expressão do
português ACHO QUE SIM. I THINK … ou I THINK THAT … sempre introduz uma oração subordinada
(relative clause), e corresponde a ACHO QUE … Por exemplo:
1. Is it going to rain? I think so. - Será que vai chover? Acho que sim.
2. I think this is my book. - Acho que este é o meu livro.
3. Many people think that inflation is worse than unemployment.
Muitos acham que inflação é pior que desemprego.
WORDS OF CONNECTION
(CONECTIVOS)
Santa Cruz do Sul -Ricardo Schütz
Atualizado em 20 de maio de 2005
Words of transition, words of connection, transition devices, linking words ou discourse markers são
conjunções, advérbios, preposições, locuções, etc., que servem para estabelecer uma relação lógica
entre frases e idéias. Em português essas palavras são chamadas de articuladores ou plavras
conectivas. O uso correto destas palavras confere solidez ao argumento e conseqüentemente
elegância ao texto.
Writing clinics ou writing labs são departamentos nas universidades norte-americanas aos quais os
estudantes podem recorrer para obter auxílio e orientação sobre como redigir corretamente seus
trabalhos de pesquisa. Normalmente o primeiro e o mais freqüentemente ponto abordado nessas
clínicas de redação é o uso correto das palavras de transição. Words of transition são de fundamental
importância, uma vez que a beleza do inglês moderno está na clareza e na integridade lógica.
As listas abaixo constituem-se numa ajuda decisiva para quem compõe um texto em inglês,
independente do nível de capacidade do redator.
Os conectivos, mais freqüentemente usados, são:

First of all, ... / In the first place, ... / To


Em primeiro lugar, ... / Para começar, ...
begin with, ...

De acordo com ... According to ...

Principalmente ... Especially ... / Mainly ...

A principal razão ... / O principal motivo ... The main reason ...

A partir de agora ... / De agora em diante ... From now on ...

Por enquanto (passado) ... / Até agora ... So far ... / Up till now ...

... for some time. / ... for a while. / For


Por enquanto (futuro) ... / Até que mude de idéia.
the time being ...

Ainda não ... ... not ... yet.

Nesse meio tempo, ... / Enquanto isso, ... In the meantime, ... / Meanwhile, ...

Em meio a ... In the midst of ...

Via de regra ... As a rule ...

Sempre que ... Whenever ...

À medida em que o tempo passa, ... As time goes by, ...

A propósito, por falar nisso, ... By the way, … / Speaking of that, …

As far as I know, … / As far as I can


Pelo que eu sei, … / Pelo que me consta, … / Que eu
tell, … / To the best of my knowledge,
saiba, …

No que se refere a mim, … / No que diz respeito a
As far as I'm concerned, …
mim, …

Do ponto de vista de … From the standpoint of …

Sem dúvida … Without a doubt …/ Of course …

Da mesma forma que … In the same way that …

De maneira (forma) que … So that … / In order that …

Desde que … As long as …

Em outras palavras, … / O que eu quero dizer ... / In other words, … / What I'm trying to
Quer dizer, … / Ou seja, … say ... / That is, …

Por um lado, … On the one hand, …

Por sua vez, ... In his/her/its turn, ...

Por outro lado, … / Em compensação, … On the other hand, …

Da mesma forma, … / Por seu turno … Likewise …

Enquanto que … / Ao passo que … While … / Whereas …

Entretanto, … / No entanto, … However, …

Although … / Even though … / Even if


Embora … / Mesmo que …

Em último caso, … As a last resort, …

Mesmo assim, … Nevertheless, … / Still, …

Apesar de … In spite of … / Despite …

Besides that, … / In addition to that,


Além disto, …

Não apenas …, mas também … Not only …, but also …

Afora isso, … Aside from that, …

Pelo menos … At least …

Anyway, … / At any rate, … / In any


De qualquer modo, … / Seja como for, …
case, …

Senão … / Caso contrário … / Sob pena de ... Otherwise … / Or else ...

Ao contrário de … Unlike …

Em vez de … / Ao invés de … Instead of … / In place of …

A não ser que … Unless …

A não ser por … / Com exceção de … Except for …

Uma vez que … / Já que … Since …

Afinal … After all …


Por exemplo, … For example, … / For instance, …

Em função de … / Devido a … In face of … / Due to …

Por esta razão, … / Neste sentido … / Desta forma, …


For this reason, … / With this in mind,
/ Diante do exposto, … / Levando isto em

consideração, …

Portanto, … Therefore, … / So, …

Finalmente, … / Por fim, … Finally, … / At last, …

Levando tudo isso em consideração, … / Em All things considered, … / Finally, … /


resumo, … In summary, …

Abaixo segue uma lista abrangente de palavras e locuções conectivas, agrupadas por tipo de ligação
que estabelecem. Esta lista é de utilidade especialmente para alunos avançados que possuem boa
familiaridade com redação em inglês:

INTRODUCTION
concerning regarding
as referred to first of all speaking of
(at) first in the first place to begin with 
by the way initially to start with
changing the subject  on the one hand 

AGREEMENT
in accordance 
according to in agreement
as per in conformity

CONTRAST in (the) face of


by the same token on the other hand
in (the) light of
conversely
after (all) in spite of (that)
despite still
alternatively even though then again
although meanwhile
for all that though
as opposed to nevertheless
for (my, his, ...) part unlike
at the same time nonetheless
whereas
notwithstanding
however while
but in contrast yet
on the contrary

COMPARISON 
in comparison (with) 
comparing in the same way
likewise similarly
EMPHASIS the key point
in any event particularly
indeed positively the main reason
above all
in fact primarily unquestionably
a key feature
in particular principally valuable to note
a major concern
more important(ly)  specifically without a doubt 
definitely
especially significant  most important(ly) the basic cause 
even more naturally the chief factor

ADDITION both ... and last but not least on top of that 
either ... or likewise or
again equally important  moreover plus
also further neither ... nor similarly
and (then) furthermore next together with
as well as in addition (to) not only ... but also what's more
at the same time  indeed not to mention
besides jointly not to speak of

TIME RELATIONSHIP
nowadays then
after a while here presently thereafter
afterward(s) immediately shortly (after) throughout
as time goes by  in the meantime  simultaneously  thereupon
at last lately since until
at present later so far up until now
at this point meanwhile soon while
currently now temporarily yet at the same time 

SEQUENCE OF EVENTS
later
First following  after that 
second then finally
third next

EXPLANATION OF CAUSE OR CONSEQUENCE 

as
in order that  so (that)
because
now that that is because 
due to
since that is why
for
RESULT hence then
in short thereby
accordingly
so much (so) that  therefore 
as a consequence 
so ... that thus
as a result
such ... that truly
consequently
for this reason

CIRCUMSTANCES
in my opinion
as a last resort in terms of
as a rule in the midst of 
from the standpoint of  on the part of

PARTIAL COMMITMENT  as far as I understand 


as well as I know
as far as I know for the time being
as far as I'm concerned so far 

CONDITION 
if not in the event (that) 
provided (that)
as long as in case of only if
providing (that)
even if in case (that) or (else)
whether or not
if in the event of  otherwise

DISMISSAL

anyway in any case


at any rate  whatever the case may be 

EXCEPTION / EXCLUSION 

aside from not ... yet


except for unless

EXAMPLE the following example


including namely
in particular such as to illustrate
for example
for instance in this case take the case of
in another case in this manner that is

PURPOSE
in order to to this end
for this reason in return for with this in mind
for your information  to the purpose of  with this purpose
in an effort to
SUBSTITUTION

in place of or rather 
instead of in exchange for

REITERATION / REFORMULATION 

as I have said rather


in other words that is
more simply to put it another way

INTERMEDIATING 
in doing so
by this way
by means of through (which) 

CONCESSION 
at the same time  it may appear that 
after all granted that naturally
although it is true that I admit of course
although this may be true 

EVIDENCE 
indeed obviously
as you (anyone) can see  it's no wonder of course
certainly naturally without question 
evidently needless to say  without a doubt

CONCLUSION / SUMMARY
in conclusion  overall
after all as we have seen in short thus
all in all at last in summary to conclude
all things considered  finally last(ly) to summarize 
as I have said in brief on the whole to sum up
ENGLISH IN WRITING
COMO REDIGIR CORRETAMENTE EM INGLÊS

INTRODUÇÃO
In Portuguese, if the reader does not understand what he reads, he
may think he is not intelligent enough to understand the writer, while
in English most likely the writer is the one who takes the blame.
Enrolar, enfeitar a jogada, enfeitar a noite do meu bem, encher lingüiça, são
expressões populares usadas para referir-se ao hábito do uso da retórica na linguagem.
Esta tendência, freqüentemente observada em português, é um vício remanescente de
séculos passados, quando a linguagem escrita era uma arte dominada por poucos e a
sua função era predominantemente literária. Retórica era sinal de erudição, e por vezes
a forma chegava a se impor sobre o conteúdo.
Nos tempos modernos, entretanto, com a internacionalização do mundo e com o
crescente desenvolvimento da tecnologia de comunicação, a funcionalidade dos
idiomas como meios de comunicação clara e objetiva se impõe a tudo mais, fato este
reconhecido também pelos mais respeitados representantes da língua portuguesa:
"A diferença entre o escritor e o escrevedor está sobretudo na economia vocabular.
Conseguir o máximo com o mínimo - eis um sábio programa." (Celso Pedro Luft)
Especialmente no caso do inglês, hoje adotado como língua internacional, esta
tendência é marcante. O inglês moderno na sua forma escrita não tolera retórica. No
comércio internacional, na imprensa escrita, e nos meios acadêmicos exige-se cada
vez mais clareza. Frases longas, adjetivação excessiva, tom vago, textos que exigem
maior esforço para serem compreendidos, falta de concisão, todas estas características
facilmente são consideradas pobreza de estilo. A beleza do inglês moderno está na
substância, na simplicidade, na clareza, na riqueza de detalhes e na integridade
lógica.
Em paralelo a isso, a redação e editoração de textos via computadores está criando
uma tendência à padronização do inglês na sua forma escrita. Pelo fato de ter sido um
país de língua inglesa (EUA) o berço da informática, os softwares hoje existentes para
processamento ou edição de textos oferecem recursos avançados para verificação
gramatical de textos em inglês. Estes "grammar checkers" seguem todos os mesmos
preceitos básicos, influindo de forma semelhante sobre quem redige, e conduzindo
lenta e gradativamente a uma maior padronização na forma de escrever.
Por tudo isso pode-se dizer que redigir bem em inglês é mais fácil do que se
imagina. A primeira condição, que apesar de elementar é muito pouco observada, é de
que o texto seja sempre criado a partir de uma idéia. Em qualquer língua, texto escrito
deve ser sempre o reflexo de uma idéia, que por sua vez origina-se em fatos do
universo. A idéia é sempre anterior ao texto. Se a idéia não for clara, o texto também
não o será.
Outra condição é domínio sobre o idioma falado. Seria difícil tentar redigir uma idéia
a respeito da qual não conseguíssemos falar claramente. É por isso que traduções ou
versões a partir de um texto em português, feitas com a ajuda de dicionário,
normalmente produzem resultados desastrosos. A não ser quando se trata de
documentos, e com ressalvas, não deveria existir o que chamam de tradução literal.
Todo texto precisa ser interpretado, isto é: a idéia precisa ser entendida e então
recriada, e diferenças culturais explicadas sob a nova ótica.

ORIGENS DAS DIFERENÇAS

Há quem diga que esta tendência no português de se ser vago, de se valorizar uma linguagem
afastada dos fatos e maquiada pelas formas, é um hábito originado nos anos de regime militar,
quando jornalistas tinham que informar mas tinham receio de se comprometer. A "liberdade
vigiada" daqueles anos de regime de exceção exigia um subterfúgio, uma linguagem não-
explícita, cuja mensagem ficasse por conta da capacidade de imaginação do leitor.

Já outros acreditam serem as raízes mais profundas. Evocam o período colonial do Brasil,
quando o trabalho era responsabilidade da mão-de-obra escrava, e a classe letrada dedicava
muito tempo burilando textos que valorizavam a estética e o subjetivismo, num mundo que
ainda se comunicava muito através da literatura.

Outros vão mais longe ainda. Afirmam que, há mais de 20 séculos, diferenças sociais e
culturais já marcavam contrastes. Enquanto o Império Romano da língua latina mantinha seu
apogeu pela força militar, permitindo a existência de classes eruditas que podiam se dedicar
às artes e às letras, quando meio século antes de Cristo o orador Cícero já se dedicava à
crítica literária e ao estudo de retórica e o poeta Virgílio destilava seu lirismo profetizando com
eloqüência o destino de Roma no mundo; àquela época os povos bárbaros de línguas
germânicas encontravam-se ou guerreando ou trabalhando para sobreviver e pagar impostos
ao Império, sem tempo para as artes, e usando uma linguagem de comunicação clara e
objetiva, sintonizada em fatos concretos e nos afazeres do dia-a-dia.

Seja qual for a origem, o fato é que hoje, em pleno alvorecer da era da informação, num
mundo que se transforma numa comunidade cada vez mais interdependente e que se
comunica cada vez mais, tendências idiomáticas contrastantes representam um empecilho
para ambos os lados. Nunca o mundo se comunicou tanto, nunca o tempo foi tão curto para
tanta informação, e portanto nunca a objetividade na linguagem foi tão necessária.

REGRAS PARA UMA BOA REDAÇÃO

1. Organize suas idéias em itens, faça um outline.


Itemizar os pontos importantes da idéia possibilita disciplinar seu pensamento, estabelecendo uma
seqüência lógica entre os elementos da idéia. Possibilita também relacionar todos os pontos
importantes e estabelecer uma hierarquia de importância entre eles. Um outline ou esboço
normalmente contém uma introdução, desenvolvimento da idéia com discussão de todos os
elementos, e conclusão.

2. Certifique-se de que cada oração tenha um sujeito e que o sujeito esteja antes do verbo.
Em português freqüentemente as frases não têm sujeito. Sujeito oculto, indeterminado, inexistente,
são figuras gramaticais que no português explicam a ausência do sujeito. Isto no inglês entretanto não
existe. A não ser pelo modo imperativo, toda frase em inglês normalmente tem sujeito. Na falta de
um sujeito específico, muitas vezes o pronome IT deve ser usado. Além disso, em português muitas
vezes o sujeito aparece no meio ou no fim da frase. Em inglês ele deve estar sempre antes do verbo (a
não ser no caso de frases interrogativas), e de preferência no início da frase. Observe os seguintes
exemplos:

Está chovendo. (sujeito inexistente) It's raining.


Ontem caiu um avião. An airplane crashed yesterday.
A salesman came to the office the other
Esses dias apareceu lá na companhia um vendedor. day.
One of the most creative publicity
Acaba de fracassar uma estratégia publicitária das mais strategies has just failed.
criativas.
Há cerca de dois meses atrás, justamente quando a empresa The representative of our creditor banks attended a
passava por dificuldades de natureza financeira, compareceu à directory meeting about two months ago to warn
reunião da diretoria o representante dos nossos bancos credores that our credit lines would have to be reduced, just
para avisar que nossas linhas de crédito teriam que ser reduzidas. when the company was facing financial difficulties.

Ao formar uma frase, o aluno deve acostumar-se a pensar sempre em primeiro lugar no sujeito,
depois no verbo. O pensamento em inglês estrutura-se, por assim dizer, a partir do sujeito. A ordem
natural e até certo ponto rígida dos elementos da oração em inglês é: Sujeito - Verbo - Complemento.
Comparando o ato de escrever com a montagem de uma peça teatral, poderíamos dizer que no
português há uma tendência a se montar o cenário para então colocar-se o ator principal em cena. No
inglês, a ordem normal seria inversa: primeiro coloca-se o personagem principal (sujeito e verbo)
para então completar com a montagem do cenário (objetos, adjuntos adverbiais e adnominais e
orações subordinadas).

3. Use frases curtas.


A idéia a ser comunicada deve ser dividida em partes na medida do possível. Uma frase
excessivamente longa, além de aumentar as chances de erro, é sempre mais difícil de ser lida e
entendida do que uma série de frases curtas. Textos em inglês normalmente contêm mais pontos
finais e menos vírgulas do que em português. Exemplo:

Frase inadequada: Forma mais adequada:


Last July I went on vacation in the south of France and other
During my vacation in July, when I went to the south of
parts of central Europe. I bought many souvenirs and saw
France and other parts of central Europe, I bought many
many interesting places. Some of the places I visited were the
souvenirs and I saw many interesting places, both the
normal tourist sites, and others were lesser known locations.
normal tourist sites and the lesser known locations.

4. Seja breve e evite o uso de palavras desnecessárias.


Tanto no inglês como no português existem certas palavras que devido à forma abusiva com que são
usadas, deixaram de carregar qualquer significado. Tornaram-se modismos que servem apenas para
conferir um falso tom de intelectualidade e confundir. Exemplo disso no português são as expressões
realmente, evidentemente, efetivamente, a rigor, em termos de, etc. No inglês temos expressões
como: absolutely, as a matter of fact, actually, really, it seems to me, you know, etc., as quais pouco
ou nada acrescentam à mensagem. Observe o seguinte exemplo:
Impróprio: Correto:
I don't want to go to the movies tonight
As a matter of fact, I'm absolutely tired. Actually that's the reason why
because I'm tired.
I don't really want to go to the movies tonight.

Complexo: Correto:
The multiplicity of functionality is really advantageous to the The many functions of the product
overall marketability of the product. will help its sales.
After paying her debts, she still had enough
After liquidating her indebtedness she was still in possession of sufficient money to set up a small business.
resources to establish a small commercial enterprise.

5. Seja objetivo; apresente fatos em vez de opinões.


Em qualquer idioma fatos sempre informam mais do que opiniões subjetivas. O texto deve se limitar
o mais possível a fatos, ficando a conclusão reservada para o leitor. Não imponha ao leitor o seu
julgamento; permita-lhe formar o seu próprio. É sempre desejável ser o mais claro e específico
possível, substituindo palavras de mero efeito ou de significado vago, pela respectiva explicação.
Exemplo:

Subjetivismo vago: Correto:


The speaker presented his topic well, and the audience enjoyed
The speaker was fascinating to his analogies from daily life.
the audience. Several photographs, video tapes and testimonies show that
UFOs may actually exist.
There is evidence that UFOs may Our language teachers are native speakers with college
actually exist. education.
The effects of television can be very damaging. The soap operas portray
Our language teachers are highly dishonesty, violence, ill emotions, all kinds of negative social behavior, and
qualified. the news is often biased.
I hate television.

6. Cuidado com o uso de voz passiva.


Voz passiva consiste em trocar o sujeito e o objeto direto de posição. O objeto assume a posição do
sujeito, mas permanece inativo, isto é, passivo. Passa a ser um sujeito que não é autor de ação
nenhuma. O verdadeiro sujeito, por outro lado, assume o papel de agente da passiva, sendo que neste
papel deixa de ser essencial à oração, ficando freqüentemente omitido. Exemplos:

The cat ate the mouse. O gato comeu o rato. Voz ativa.

The mouse was eaten by the cat. O rato foi comido pelo gato. Voz passiva.

The mouse was eaten. O rato foi comido. Voz passiva sem agente.

No português, o uso da voz passiva é extremamente comum e apropriado ao idioma. O tom vago de
uma voz passiva sem agente, assim como um sujeito indeterminado, são características típicas do
português. No inglês moderno, por outro lado, a voz passiva chega a ser quase proibitiva porque
destoa em relação à necessidade de clareza e de presença de fatos, limitando-se seu uso a casos em
que o agente da passiva é desconhecido, irrelevante ou subentendido.
Exemplos:
The store was robbed last night.  (desconhecido)
Toyotas are made in Japan.   (irrelevante)
Clinton was elected President.  (subentendido)

Exemplo de um texto em português Como não deve ser redigido em O mesmo texto redigido em
normal, abundante em voz passiva: inglês: inglês, de forma mais apropriada:

Ficou decidido que os débitos deverão


It has been decided that the debts must The company decided the farmers
ser saldados até o final do mês de
be paid before the end of the month of must pay their debts before the end
novembro, a partir de quando então
November, being after then collected of November. After that, interest
serão cobrados com juros e correção
with interest and monetary correction and monetary correction will be
monetária. Os plantadores em débito
(inflation). The farmers in debt will be added. Our field personnel will visit
serão visitados pelo pessoal de campo e
visited by the field personnel and will be and notify the farmers of the new
serão avisados a respeito das novas
notified of the new determinations. determinations.
determinações.

7. Mantenha uma conexão lógica entre as frases fazendo uso correto de Words of Transition.
Words of transition ou Words of connection são conjunções, advérbios, preposições, etc., que servem
para estabelecer uma relação lógica entre frases e idéias. O uso correto destas palavras de conexão
confere elegância ao texto e, mais importante, solidez ao argumento. Exemplos:

I went swimming in spite of the cold weather. Although it was


I went swimming. It was cold.
cold, I went swimming.

Many people watch TV. I don't like to waste my time Although many people watch TV, I don't like to waste my time
watching television. The quality of the programs is very watching television because the quality of the programs is very
poor. I'm going to read books. I'm not going to watch poor. Therefore I'm going to read books instead of watching
soap operas. soap operas.

THE GOOD ESL STUDENT


O BOM APRENDIZ DE INGLÊS

A opção por uma boa escola com bons


Choosing a good language school with
professores, que ofereça um ambiente de língua
good teachers that provide a good English-
e cultura estrangeira autêntico, é uma parte
speaking environment, is only part of the
importante num projeto de aprendizado de inglês.
learning process. The student's attitude
A atitude do aluno, entretanto, também
plays an even more important role in the
desempenha um papel preponderante no êxito do
learning process.
aprendizado.

The Successful English Student O aluno de inglês bem-sucedido é aquele que:


Always remembers and understands that Tem plena consciência de que línguas são
language is speech above all else and that fundamentalmente fenômenos orais e de que os
ears are more useful than eyes in acquiring ouvidos são mais importantes do que os olhos no
a foreign language. aprendizado.
Speaks English in class at all times - with Fala unicamente inglês na sala de aula - com o
the teacher and with fellow students; tries to instrutor e com os colegas - e tenta falar inglês
speak English with the secretaries and other também com as secretárias e com outros
teachers, too, as a way to get even more instrutores para praticar e ajudar a enriquecer o
practice and help to create a rich learning ambiente.
environment.
Possui autoconfiança e vai além de sua
Is self-confident. Reaches beyond his capacidade no esforço de comunicar uma idéia,
capacity, risking mistakes when trying to sem receio de cometer erros mas sempre atento
convey an idea but is receptive to às correções recebidas do instrutor.
corrections.
Tenta reproduzir a correta pronúncia da língua da
Tries to reproduce pronunciation as close melhor forma possível. Esmera-se na arte da
as possible, taking advantage of the imitação.
teacher's performance model.
Procura entender o significado das palavras
Tries to infer the meaning of new words novas pelo contexto, em vez de traduzir e folhear
rather than translating and flipping the constantemente o dicionário.
pages of the dictionary.
Tem uma atitude pouco questionadora para com
Does not question the irregularities of the as irregularidades gramaticais do idioma. Tenta
language in search of grammar rules. Tries aprender mais por intuição do que por dedução.
to learn more inductively than deductively.
É mais protagonista do que espectador. Participa
Is a participant rather than a spectator. ativamente das atividades em aula; ajuda a criar
Participates as fully as possible in um ambiente de inglês; analisa suas dificuldades
classroom activities; helps to build the e seus erros para entender diferenças lingüísticas
English atmosphere; analyzes his or her e ajudar o instrutor a entendê-las também.
difficulties and errors to understand
language differences. Faz muitas perguntas; aproveita ao máximo o
conhecimento de inglês e de cultura estrangeira
Asks questions; takes full advantage of the do instrutor; participa ativamente de todas as
teacher's knowledge of language and atividades fora da sala de aula que sua escola
culture, and joins all extra activities that the venha a oferecer.
school offers.
É perseverante ao invés de ansioso por
Has perseverance rather than expectations. resultados imediatos.

Communicates his or her needs, Comunica diretamente ao instrutor suas


suggestions and ideas directly to the preferências e sugestões de atividades em aula,
teacher; a good teacher is always ready to ajudando-lhe assim a entender mais facilmente
improvise, helping each student achieve os interesses dos alunos e a melhor planejar as
his/her specific language objectives. aulas, indo ao encontro dos objetivos de cada
aluno.
Dedicates time outside class to English
(watching English TV or movies, listening to Dedica parte de seu tempo livre para atividades
English music, searching the Internet or suplementares como assistir TV ou filmes em
reading in English, etc.). inglês, música, Internet e leitura.
WORD HISTORIES
Conhecer uma palavra desde sua origem é como conhecer uma pessoa desde pequeno.

A palavra etimologia, etymology em inglês, vem do grego étumos (real,


verdadeiro) + logos (estudo, descrição, relato) e significa hoje o estudo científico da
origem e da história de palavras. Conhecer a evolução do significado de uma palavra
desde sua origem significa descobrir seu verdadeiro sentido e conhecê-la de forma
mais completa. O estudo etimológico de palavras, além do aspecto curioso, demonstra
as origens comuns e as semelhanças encontradas no plano de vocabulário entre as
línguas européias, como é o caso do inglês e do português.
barbaric - ou 'bárbaro' vem do grego barbaros, uma palavra onomatopéica para referir-se aos
estrangeiros cujas línguas os gregos não entendiam e interpretavam como bar bar bar (semelhante a
'blá blá blá' em português). Revela o preconceito lingüístico dos antigos gregos, os quais, apesar da
grande contribuição deixada para a humanidade nas artes e nas ciências, negligenciaram totalmente o
estudo de línguas e culturas diferentes da sua. Posteriormente, a palavra passou a ser usada com a
conotação de 'rude, incivilizado', e é com esse significado que acabou sendo transmitida para as línguas
modernas.
bible - a origem da palavra bible (bíblia) é remota. A forma mais antiga de livro de que se tem notícia
era um rolo de papiro, planta abundante às margens do rio Nilo, usada pelos antigos egípcios, gregos e
romanos para escrever. A palavra grega para papiro era biblos, derivada do nome do porto fenício de
Byblos, hoje Jubayl, Líbano, através do qual o papiro era exportado. O plural de biblos em grego era ta
biblía, que significava literalmente 'os livros', e que acabou entrando para o latim eclesiástico para
designar o conjunto de livros sagrados que compõem a bíblia.
calculate - a origem das palavras calculate e calculation (calcular, cálculo) é o latim. Calculus em
latim tinha o significado de pedra, pedrinha, daquelas que, em dado momento, na antigüidade, passaram
a ser usadas para contar e calcular preços e posteriormente para ensinar crianças a contar. Calculus deu
origem também à palavra 'cálculo' (como em cálculo renal), calculus em inglês.
Canada - A provável origem do nome deste país é a palavra kanata (povoado) da língua indígena
iroquês. O povo iroquês, do qual faziam parte também os cherokees, habitavam grandes áreas do
continente norte-americano. A palavra foi trazida para o vocabulário das línguas ocidentais pelo
explorador Jacques Cartier em 1535 para referir-se à região nordeste da América do Norte. Dizem que
Jacques Cartier certa vez perguntou a um nativo iroquês o nome da terra onde se encontrava. Este, sem
entender a pergunta, imaginou que o explorador branco estivesse se referindo ao povoado do local e
respondeu: - kanata (povoado).
delete - é interessante de se observar como uma palavra, às vezes, migra ao longo dos séculos, de um
idioma para outro, por caminhos tortuosos. O verbo delete vem do latim delere (apagar) e passou do
francês para o inglês no século 15. No português, acabou derivando no adjetivo indelével (que não dá
para apagar), e, finalmente agora, no virar do milênio, a palavra, na forma de verbo e com seu sentido
original (deletar), reaparece no português proveniente do inglês.
education - 'educar' vem do latim educare, por sua vez ligado a educere, verbo composto do prefixo
ex (fora) + ducere (conduzir, levar), e significa literalmente 'conduzir para fora', ou seja, preparar o
indivíduo para o mundo.
É interessante observar que o termo 'educação' em português possui uma conotação não encontrada na
palavra education do inglês. Enquanto que em português a palavra pode ser associada ao sentido de
boas maneiras, principalmente no adjetivo 'educado', em inglês educated refere-se unicamente ao grau
de instrução formal.
Friday - Friday, sexta-feira em inglês, vem do alemão antigo Fria (deusa do amor) + daeg (dia) do
inglês antigo. Na verdade, trata-se de uma adaptação do latim dies veneris (dia de Vênus). Fria ou
Frigg era a deusa nórdica do amor, correspondente a Vênus da mitologia romana, deusa da formosura,
do amor e dos prazeres. Coincidência ou não, parece que já na antigüidade a sexta-feira era dia do agito.
É ainda curioso observar-se que, com exceção do português, a maioria das línguas ocidentais usam
nomes de deuses da mitologia romana para os dias da semana. Também os planetas do sistema solar
carregam nomes de deuses romanos.
gazette - gazette (mesma ortografia em inglês e francês) ou 'gazeta' em português, vem do italiano
gazzetta, que era o nome de uma pequena unidade monetária do século 16. Uma gazzetta era o preço
que se cobrava em Veneza do transeunte que quisesse dar uma lida no jornal sem comprá-lo.
grammar - o mesmo que 'gramática' do português, está presente no inglês desde o século 14. A
palavra vem do grego, tendo passado pelo latim, daí para o francês e do francês para o inglês.
Grammata em grego significava letras (do alfabeto). Para uma época em que a maioria era analfabeta e
a misteriosa arte de escrever era uma área de conhecimento exclusiva dos poucos escolarizados, a
palavra assumiu um sentido de coisa incompreensível, até mesmo relacionada à magia negra.
husband - husband (marido) está ligado a house, pois vem do antigo nórdico (da Escandinávia)
húsbóndi, composto de hús (house - casa) + bóandi (habitante, morador); ou seja, aquele que existe ou
que habita uma casa, também provavelmente relacionado a bind (unir, juntar), significando aquele que
com sua presença e trabalho, consolida a união da família. Conseqüentemente esta palavra está também
ligada à idéia de agricultura, pois na idade média trabalho consistia predominantemente em plantar e
criar animais e a distinção entre 'morador de um lugar' e 'agricultor' não era muito clara. Isto pode ser
observado na palavra husbandry (agricultura).
Indian - a palavra indian, ou 'índio', na Europa da Idade Média, aplicava-se não apenas aos habitantes
da região hoje conhecida como Índia, mas também a todas as regiões mais distantes do desconhecido
Extremo Oriente.
O comércio com o Extremo Oriente era altamente lucrativo, mas a jornada por terra era longa, difícil e
cara. Foi isso que acabou motivando as grandes navegações e os descobrimentos por parte de Portugal e
Espanha. Quando Cristóvão Colombo alcançou as terras da América, crente que havia descoberto o
caminho para as Índias navegando na direção oposta à dos Portugueses, não titubeou em chamar os
nativos ali encontrados de índios.
Foi portanto fruto de um tremendo erro de geografia que a palavra 'índio' passou a designar os nativos
das novas terras das Américas.
introduce - ou 'introduzir' significa literalmente 'levar para dentro', e é proveniente do latim
introducere, composto de intro (dentro) + ducere (conduzir, levar). É interessante observar que os
sentidos predominantes da palavra introduce em inglês são os de 'usar pela primeira vez', e 'apresentar
ou ser apresentado a alguém', ou seja, ser levado a conhecer por dentro algo ou alguém. O verbo ducere
do latim também deu origem às palavras duct (duto), duke (duque), educate (educar), produce
(produzir), etc.
Monday - o sentido etimológico de Monday (segunda-feira) é o de 'dia da lua' (moon day), adaptado
do latim lunae dies que acabou dando origem também a lunes em espanhol, e Montag em alemão.
OK - considerado por muitos como o mais bem sucedido de todos os americanismos usados hoje no
mundo, OK é também uma das palavras que suscitam mais dúvidas e mistérios quanto a sua origem. A
teoria mais aceita hoje diz que as iniciais OK representam oll korrect, forma ortográfica jocosa de all
correct (tudo certo) usada no início do século 19. OK aumentou em popularidade durante a campanha
presidencial de 1840, ao ser usado como slogan do então candidato Martin Van Buren cujo apelido era
Old Kinderhook.
plumber - o símbolo da química para o elemento chumbo é Pb, do latim plumbum (chumbo). Uma
vez que o encanamento hidráulico para distribuição de água nas edificações era feito de chumbo desde
os tempos de Roma até há poucos anos atrás, antes do advento dos canos de PVC, não é de estranhar
que em inglês, desde o século 14, a pessoa que instala e conserta encanamentos chame-se plumber
(encanador), literalmente, chumbador, aquele que lida com chumbo.
sabotage - ou 'sabotagem' vem do francês sabot, que significa 'tamanco'. A palavra surgiu a partir da
revolução industrial e aparentemente se originou do ato de trabalhadores grevistas e descontentes que
intencionalmente jogavam seus tamancos nas máquinas para causar danos e paralisações. É possível
que o termo esteja associado também ao ato desleixado de caminhar ruidosamente, arrastando os
tamancos.
salary - ou 'salário' vem do latim salarium, significando 'do sal'. Isso se explica porque os soldados do
Império Romano recebiam uma quantia periódica para compra de sal, uma mercadoria de grande
importância e alto valor na época. Além de servir para melhorar o sabor dos alimentos, servia para
melhor conservá-los, numa época em que não havia refrigeração.
sandwich - a origem da palavra sandwich (sanduíche) está na Inglaterra do século 18. Sandwich é o
nome de um distrito na municipalidade de Kent. John Montagu, the Earl of Sandwich (Conde de
Sandwich), era de tal maneira viciado no jogo de cartas, que para não ter que interromper o jogo
durante as refeições, ele pedia que lhe servissem fatias de carne entre duas fatias de pão torrado. Daí
surgiu o sanduíche.
sarcasm - sarcasmo vem do grego sarx (carne) e do verbo daí derivado sarkázein (arrancar carne).
Um comentário sarcástico portanto, é aquele que "arranca carne", isto é, que fere.
sarchofagus - a palavra 'sarcófago' vem do grego sarkophágos, sarx (carne) + phágos (comer),
significando literalmente 'comedor de carne'. Este termo era usado no mundo antigo como denominação
de um determinado tipo de pedra calcárea usada para fabricação de urnas funerárias que tinha a
propriedade de causar uma rápida decomposição.
school - a palavra school, obviamente ligada à palavra 'escola' do português, tem sua origem mais
próxima no latim clássico schola, que por sua vez originou-se do grego skhole, que significava 'lazer'.
Se para os gregos que viveram um século antes de Cristo, busca de conhecimento era lazer, parece uma
ironia do destino que muitas escolas hoje representam um verdadeiro tormento a seus jovens
freqüentadores.
soap opera - soap opera (telenovela) é composto da palavra soap (sabão, sabonete) + opera (ópera)
e sua origem não é tão antiga. O rádioteatro a partir dos anos 30 e a televisão a partir dos anos 50 nos
EUA, popularizaram os dramas melodramáticos retratando situações domésticas cotidianas. Aqueles
programas da televisão americana eram (como o são ainda hoje) predominantemente no horário após o
almoço, e eram dirigidos principalmente ao público feminino.
É preciso entender que na época a indústria de cosméticos não dispunha da mesma variedade de
produtos supostamente proporcionadores de beleza tais como xampus, condicionadores, reparador de
pontas, rinse, pomadas, cremes e líquidos hidratantes, esfoliantes, antioxidantes, anti-rugas,
revitalizadores, rejuvenescedores, etc. Os produtos que na época exploravam a idéia de proporcionar
beleza, tanto à pele como aos cabelos, eram simplesmente os sabonetes.
É preciso também entender que uma grande porcentagem da população feminina na época não possuía
carreira profissional nem emprego, e encontrava-se normalmente em casa neste horário após o meio-
dia. Se aceitarmos o fato de que grande parte do público feminino é atraído por melodramas, e de que
este mesmo público tem preocupação com a beleza estética e é facilmente influenciado pela idéia de
adquiri-la, facilmente entenderemos porque os melodramas em TV eram freqüentemente patrocinados
por marcas de sabonete, dando origem ao termo soap opera.
Finalmente, se considerarmos que óperas foram no século passado e no início deste uma das mais altas
manifestações artistico-culturais da humanidade, facilmente compreenderemos o tom irônico da palavra
opera na expressão soap opera para as telenovelas de hoje.
superficial - esta palavra, de ortografia idêntica em inglês e português, vem do latim superficialis,
um derivado de superficies (surface em inglês e 'superfície' em português). Superficialis, por sua vez, é
composto do prefixo super (sobre) e facies (face); ou seja: a face de cima. O sentido predominante
atual, de ser aquilo ou aquele que se preocupa apenas com a aparência externa, surgiu só no século 16.
superman - o criador desta palavra não foi nenhum norte-americano: foi o filósofo alemão Friedrich
Nietzsche que cunhou a palavra übermensch para referir-se ao ser humano superior, evoluído
intelectualmente, emocionalmente e espiritualmente, que transcende o bem e o mal - certamente nada a
ver com o personagem das revistas em quadrinhos e dos filmes de hoje, corruptela comercial, barata e
moderna do verdadeiro super-homem visionado pelo grande filósofo. Foi só em 1903 que o teatrólogo
britânico George Bernard Shaw usou pela primeira vez a versão inglesa da palavra.
text - ou 'texto' vem do latim texere (construir, tecer), cujo particípio passado textus também era usado
como substantivo, e significava 'maneira de tecer', ou 'coisa tecida', e ainda mais tarde, 'estrutura'. Foi
só lá pelo século 14 que a evolução semântica da palavra atingiu o sentido de "tecelagem ou
estruturação de palavras", ou 'composição literária', e passou a ser usado em inglês, proveniente do
francês antigo texte.
toilet - a palavra toilet (vaso sanitário) está ligada a 'toalha', a 'têxtil', e também a 'texto' do português.
A origem é novamente o latim texere (tecer), que por sua vez originou toile (pano, toalha) e toilette
(pequena toalha) em francês. O significado de toilette evoluiu para o ato de lavar-se, vestir-se e
arrumar-se: fazer a toalete. Foi só na metade do século 19 que nos EUA a palavra passou a ser usada
como sinônimo de lavatory (pia ou vaso sanitário).
trivial - os educadores medievais reconheciam 7 artes liberais divididas em 2 grupos: as 3
elementares, denominadas em latim como o trivium de tri (três) + via (caminho) e as outras 4, mais
elevadas, denominadas de quadrivium (4 caminhos). As artes do trivium eram a Gramática, a Lógica e a
Retórica. As artes do quadrivium eram: Aritmética, Música, Geometria e Astronomia.
Em paralelo, o adjetivo trivialis do latim, além de referir-se às 3 artes do trivium, tinha também o
significado de comum, ordinário. Ou seja, a qualidade pertinente a um ponto de encontro, a uma junção
de três vias ou caminhos. Isto presumivelmente porque em tais locais públicos, por onde todo mundo
passa, as pessoas eventualmente paravam para uma conversa inconseqüente, para botar a fofoca em dia.
Seja pela noção de que as artes do trivium talvez fossem menos importantes, ou porque nas esquinas e
nos pontos de encontro de estradas as pessoas acabam parando para conversar sobre acontecimentos
cotidianos, assuntos de pouca importância, o fato é que a partir de fins do século 15, a palavra trivial
(de ortografia idêntica em português) passava a ser usada em ingês, assim como também em português,
com o sentido de comum ou ordinário.
venereal - Vênus, a deusa romana da formosura e do amor é a origem da palavra venereal (venéreo).
Foi através do adjetivo latino venereus, referente ao prazer ou ao intercurso sexual, que o inglês adotou
venereal no século 15. Também venerate (venerar, adorar) do inglês, viernes (sexta-feira) do espanhol,
vendredi (sexta-feira) do francês, camisa-de-vênus, a popular camisinha do português, e o nome do
mais brilhante dos planetas têm origem no nome da deusa romana do amor.

PORTUGUESE AND ENGLISH CONTRASTS IN WRITING - HOW TO


TRANSLATE
CONTRASTES DE REDAÇÃO ENTRE PORTUGUÊS E INGLÊS - COMO TRADUZIR
Diferentes línguas refletem diferenças Different languages reflect cultural
culturais, isto é, diferenças na forma de differences - differences in the way the writer
perceber e interpretar fatos do universo perceives and interprets the facts of his
humano, na forma de estruturar o environment, the way he structures his
pensamento e, conseqüentemente, na thinking and ultimately the way he writes.
forma de redigir. Essa diferenças devem These differences must be taken into
ser levadas em consideração quando consideration when we write or translate into
redigimos ou traduzimos para o inglês. English.
Conteúdo, disciplina e lógica são Content, discipline and logic are
aspectos fundamentais na comunicação fundamental in written communication. The
por escrito. O português da cultura Portuguese of the Brazilian culture is a
brasileira, entretanto, é uma língua que language that easily tolerates lack of content
facilmente tolera a falta de conteúdo e and discipline in the formulation of the idea.
de disciplina na formulação das idéias. These weaknesses and blurs in Portuguese
Esses vícios, que em português podem normally go unnoticed by the reader, but
passar desapercebidos aos olhos de when translated into English, result in an
redatores e leitores, se transpostos para unusual if not unacceptable text.
o inglês, resultam num texto insólito e
inaceitável. Os exemplos abaixo The examples below from Brazilian
demonstram como não estruturar o publications demonstrate how we cannot
pensamento e não redigir em inglês, structure our thoughts when writing in
constituindo-se em exemplos de English. They are also examples of difficult
tradução difícil, verdadeira dor de translation, real obstacles for translators.
cabeça para tradutores:

Exemplo 1: Falta de clareza com abrangência excessiva e uso de palavras


desnecessárias
A empresa conta com filiais e distribuidores em todo o mundo, atuando na
área agrícola não apenas com o salitre, mas também com outros sais,
fertilizantes solúveis e na área industrial. (Anuário Brasileiro do Fumo 1999)

 Filial e distribuidor são muito diferentes. Quantos de


cada?
ENGLISH VERSION:
 "Em todo o mundo" é muito vago. Em quantos e quais The company maintains
países e/ou continentes? Não daria para ser mais específico? branches and
representatives in different
 O verbo "atuar" é muito vago. "Atuando na área
parts of the world
agrícola" pode significar: plantando, processando,
supplying saltpeter and
industrializando implementos, comercializando produtos
other fertilizers.
agrícolas, prestando consultoria administrativa a fazendas-
empresas. Qual deles? Não daria para ser mais específico?

 Qual a diferença entre sais e fertilizantes? A que se


destinam os sais? Não seria um uma sub-categoria do outro?

 Existe fertilizante não-solúvel?

 "e na área industrial", o que, exatamente, significa?

Exemplo 2: Frase excessivamente longa com assuntos desconexos (run-on ENGLISH VERSION


sentence) In 1979, SLC sold 20
Em 1979, a SLC cedeu 20% do seu capital à John Deere, uma das maiores percent of its stocks to
fabricantes de máquinas agrícolas do mundo, e foi aperfeiçoando sua
colheitadeira que, de pequenas propriedades rurais da região Noroeste do John Deere, one of the
Rio Grande do Sul, conquistou a América Latina, a América Central, a África largest agricultural
e o mundo, sendo hoje comercializada em mais de 20 países. (Anuário machinery manufacturers
Brasileiro da Soja 2000) in the world. Sales went on
from the small rural
 Assuntos relacionados a: properties in the state of
Rio Grande do Sul to take
o transferência de cotas de participação,
over Latin America, Africa
and the world. Today SLC-
o aperfeiçoamento técnico de produto e
John Deere harvesters are
o expansão de mercado, sold in more than 20
countries. In 1996, the
estão todos numa mesma frase. Além de representar uma idéia company entered the
"pulverizada", a conexão entre os 3 assuntos não está clara. Será que European market, where it
foi a transferência de cotas que permitiu o aperfeiçoamento do has already sold more than
produto? E este teria sido responsável pela expansão das vendas? Ou 1,000 machines. This year
a expansão das vendas teria sido resultado da atuação do novo it began sales of its 1170
acionista? harvester to Japan, thereby
 América Central faz parte da América Latina, não precisando ser accessing the competitive
mencionada. Asian market.

Exemplo 3: Complexidade em lugar de simplicidade resultando em falta


de clareza
Além disso, a Fenasoja procura contribuir para atividades de cunho técnico,
ENGLISH VERSION:
voltadas à evolução da infra-estrutura na produção, no beneficiamento e na
Fenasoja also seeks to
industrialização. (Anuário Brasileiro da Soja 2000)
promote new production
Não seria mais simples e melhor dizer: "Além disso, a Fenasoja procura
and processing technology.
divulgar novas tecnologias de produção e processamento."? Não estaríamos
possibilitando ao leitor captar o mesmo conteúdo com menos esforço
intelectual?

Exemplo 4: Extrema falta de clareza


Ao balancear os resultados da indústria fumageira, em 1992, podemos
assinalar, nas cifras e nos quadros seguintes, bons resultados conseqüentes
do esforço e da competência com que o setor enfrentou a difícil conjuntura
interna recessiva e as significativas alterações do comércio internacional, ENGLISH VERSION:
decorrentes da assimilação dos mercados da Europa Oriental e da In addition to a difficult
integração na economia mundial de importantes países asiáticos. (Perfil da domestic economy, the
Indústria do Fumo 1993 - ABIFUMO) Brazilian tobacco industry
VERSÃO EM PORTUGUÊS MAIS CLARO: A participação de países now faces China as a new
asiáticos (que países? além da China algum outro?) na economia mundial e a competitor. On the other
assimilação dos mercados da Europa Oriental (quem assimilou?) causaram hand, the export market
significativas alterações no comércio internacional. A indústria fumageira has grown with the
soube enfrentar com esforço e competência estas alterações, bem como uma opening of the economy in
recessiva e difícil conjuntura interna. Isto podemos constatar nos resultados Eastern European
estatísticos da safra de 1992. countries. On the whole,
INTERPRETAÇÃO MAIS PROVAVELMENTE CORRETA DO TEXTO: the industry performed
Por um lado, tivemos a entrada da China como concorrente no mercado well as demonstrated by
internacional de fumo e uma economia recessiva e difícil no Brasil. Por outro the figures below.
lado, assistimos a um aumento do mercado internacional com a entrada dos
mercados da Europa Oriental. A indústria fumageira soube, ao mesmo tempo,
enfrentar as adversidades e se beneficiar das oportunidades. Isto podemos
constatar nos resultados estatísticos da safra de 1992.

Exemplo 5: Frase muito longa e lógica possivelmente invertida ENGLISH VERSION:


A Camil, que chegou a refinar óleo comestível, mas parou em Camil was refining
dezembro de 97 com a entrada do óleo de girassol argentino com cooking oil until December
custo baixo, está projetando aumento na fabricação de óleo bruto, 1997 when low-priced
em razão da ampliação da capacidade de beneficiamento de arroz
que a empresa está implantando. (Anuário Brasileiro do Arroz 2000)
 Uma idéia demasiadamente longa encravada dentro de outra. Argentine sunflower oil
came on the market. Camil
 Está planejando aumento ou o reinício da produção de óleo, uma vez is now planning to increase
que já havia parado em 1997? crude oil production due to
the additional rice
 Qual a relação entre refino de óleo comestível e produção de óleo
processing capacity that
bruto?
the company is putting into
 Está planejando aumentar fabricação em razão da ampliação da effect.
capacidade? Ou está aumentando a capacidade para poder fabricar
mais e vender mais? Qual é que ocorre em razão de que?

Exemplo 6: Falta de clareza com suspeita de ocultação da verdade


Desenvolvendo modernos sistemas de descasque, brunição e classificação de
arroz, entre outros, a empresa consolida sua liderança no mercado nacional, ENGLISH VERSION:
além de exportar seus equipamentos para muitos países. (Anuário Brasileiro Zaccaria makes modern
do Arroz 2000) systems for de-hulling,
 "entre outros": o que, ou quais outros? Se fossem importantes, polishing and sorting,
deveriam ter sido enumerados. Se não foram, provavelmente se trata having consolidated its
de equipamentos insignificantes. Fica a impressão de que pode ter leadership in the national
sido intencional provocar uma imaginação que fosse além do que a market besides supplying
empresa realmente fabrica. equipment to export
markets.
 "para muitos países": quais países, ou pelo menos que região?
Europa, Ásia, não daria para ser mais específico?

Exemplo 7: Conteúdo vago, falta de informações concretas


Foram definidas várias linhas de ação, começando pela matéria-prima,
passando pelo processo industrial e mercado, até crédito e financiamento e
certificação de qualidade. (Anuário Brasileiro do Arroz 2000)
 Que ações serão tomadas com relação à matéria-prima?
ENGLISH VERSION:
 Que ações com relação ao processo industrial e mercado? E as ações The goals of the project
serão as mesmas com relação ao processo industrial e ao mercado? are: to improve the quality
Não daria para citar pelo menos a mais importante? of raw materials, to
improve the efficiency of
 E com relação ao crédito e financiamento, o que será feito? Qual a the industrial process, to
diferença entre crédito e financiamento neste contexto? search for better marketing
tools, to obtain cheaper
 Com relação a certificação de qualidade, se pensarmos duas vezes, loans, and eventually to
possivelmente chegaremos à conclusão que a linha de ação será apply for ISO
tentar obter alguma certificação. Seria melhor, entretanto, que esta certifications.
informação estivesse explícita, para não exigir do leitor esse esforço
adicional.
Estas perguntas todas, consciente ou inconscientemente, pairam na mente do
leitor atento. Quanto mais perguntas não respondidas, tanto maior a
probabilidade do leitor se frustrar e abandonar a leitura.

Exemplo 8: Emaranhado de conceitos abstratos resultando em falta de ENGLISH VERSION:


clareza The State Seminar about
O Seminário Estadual sobre os Conselhos Municpais de Desenvolvimento Municipal Development
(CMDR) começa hoje, às 9h, na Universidade de Santa Cruz do Sul. Serão Councils (CDC) starts
debatidos os processos de organização e capacitação de conselheiros today at the University of
municipais de desenvolvimento rural e a aproximação e articulação de ações Santa Cruz do Sul at 9
entre entidades que atuam com os CMDR. (Correio do Povo, 19/7/2000) o'clock. Participants will
discuss the training of
counselors for the
development of rural areas
Leitura indigesta devido ao esforço intelectual exigido do leitor para assimilar
as well as the coordination
algo.
of activities among other
organizations working with
the CDCs.

Exemplo 9: Emaranhado de conceitos abstratos resultando numa grave


falta de clareza
"Neste volume composto por nove artigos de pesquisadores brasileiros
lingüistas aplicados reatamos o fio histórico da formação numa perspectiva
de discussão teórica vinculada à pesquisa aplicada, ao serviço de
preparação e aperfeiçoamento de quadros docentes na área da linguagem e à
sociedade multifacetada, reinvindicante e contraditória de hoje." (Almeida
Filho, J.C.P. O Professor de Língua Estrangeira em Formação. Campinas:
Pontes Editores, 1999 - Capa)
ENGLISH VERSION:
 "... reatamos o fio da história da formação ..." Formação de quê? This book is a collection of
Formação de professores? Formação acadêmica ou prática? O fio da nine research papers by
história estava interrompido? Este detalhe não merece Brazilian linguists. They
esclarecimento? Não seria mais claro e fácil para o leitor se o redator further the discussion of
tivesse dito simplesmente "continuamos a discussão sobre a the educational
formação ..." background of language
teachers in Brazil's
 Se o Brasil é uma sociedade reinvindicante, o que é que reinvindica?
demanding, diverse and
Isto não merece um esclarecimento, já que foi mencionado? Seria
sometimes contradictory
uma reinvindicação relacionada à formação de professores?
society.
 O que é que o fato de o Brasil ser uma sociedade multifacetada,
reinvindicante e contraditória tem a ver com a continuação das
discussões sobre a formação de professores de línguas?
O texto é tão vago, desconexo e confuso, que permite um número infindável
de questionamentos quanto à sua lógica. Contém uma única oração, ou seja,
um único verbo, para 48 palavras. Leitura extremamente indigesta devido ao
esforço intelectual exigido do leitor para assimilar algo. Interpretação muito
difícil.

Exemplo 10: Frase excessivamente longa, sem pontuação, resultando em


falta de clareza
Nessas iniciativas aqui colecionadas avulta o sentido de desvendamento e
interpretação do complexo trabalho do professor de línguas em serviço e pré- ENGLISH VERSION:
serviço que por representar basicamente um laboratório de idéias The articles in this book try
compartilhadas no bojo do Programa de Pós-Graduação em Lingüística to explain the complex
Aplicada da UNICAMP em dez anos de atividades vai contribuir à teorização work of language teachers.
no campo de formação de professores. (Almeida Filho, J.C.P. O Professor de The ideas here expressed
Língua Estrangeira em Formação. Campinas: Pontes Editores, 1999 - Página represent the academic
10) thinking at UNICAMP's
 Idéia confusa, leitura indigesta devido ao excessivo número de 10-year-old Postgraduate
palavras pouco necessárias, à falta de pontuação, e ao esforço Program in Applied
intelectual exigido do leitor para assimilar o conteúdo. Linguistics.

 Observem que o texto é composto de uma única frase, sem vírgulas e


com 57 palavras!

Exemplo 11: Criatividade que confunde ENGLISH VERSION:


As normas de enquadramento são rígidas e não se restringem apenas aos The requirements are rigid
cuidados com o meio ambiente - a produção deve ser também socialmente and not limited to
correta. "Eu consigo um preço mais alto pelo arroz, mas preciso repassar environmental protection -
isso de alguma forma para meus funcionários. Senão, perco o selo,"
exemplifica Volkmann. (Anuário Brasileiro do Arroz 2000)
the system of production
 O que significa "produção socialmente correta"? Estaria o redator se must include a profit-
referindo a participação nos lucros? O texto não apresenta explicação sharing program. "If I'm
nem antes nem depois. Se já existe uma expressão consagrada, able to receive a higher
porque criar outra? Uma vez que se trata de um texto mais price for the rice, I need to
jornalístico do que literário, valerá a pena investir esforços na criação share in some way with my
de linguagem figurativa? Considerando-se ainda o risco de nosso employees. If not, I lose the
esforço criativo não vir acompanhado da necessária inspiração, certification," Volkmann
estaríamos indo ao encontro ou em desencontro do interesse do states.
leitor?

ORIGENS DAS DIFERENÇAS

Há quem diga que esta tendência no português de se ser vago, de se valorizar uma
linguagem afastada dos fatos e maquiada pelas formas, é um hábito originado nos anos de
regime militar, quando jornalistas tinham que informar mas tinham receio de se comprometer.
A "liberdade vigiada" daqueles anos de regime de exceção exigia um subterfúgio, uma
linguagem não-explícita, cuja
mensagem ficasse por conta da
capacidade de imaginação do
leitor.

Já outros acreditam serem as raízes mais profundas. Evocam o período colonial do Brasil,
quando o trabalho que havia era responsabilidade da mão-de-obra escrava, e a classe
letrada dedicava muito tempo burilando textos que valorizavam a estética e o subjetivismo,
num mundo que ainda se comunicava muito através da literatura.

Outros vão mais longe ainda. Afirmam que, há mais de 20 séculos, diferenças sociais e
culturais já marcavam contrastes. Enquanto o Império Romano da língua latina mantinha seu
apogeu pela força militar, permitindo a existência de classes eruditas que podiam se dedicar
às artes e às letras, quando meio século antes de Cristo o orador Cícero já se dedicava à
crítica literária e ao estudo de retórica e o poeta Virgílio destilava seu lirismo profetizando
com eloqüência o destino de Roma no mundo; àquela época os povos bárbaros de línguas
germânicas encontravam-se ou guerreando ou trabalhando para sobreviver e pagar os
impostos ao Império, sem tempo para as artes, e usando uma linguagem de comunicação
clara e objetiva, sintonizada em fatos concretos e nos afazeres do dia-a-dia.

Seja qual for a origem, o fato é que hoje, em pleno alvorecer da era da informação, num
mundo que se transforma numa comunidade cada vez mais interdependente e que se
comunica cada vez mais, tendências idiomáticas contrastantes representam um empecilho
para ambos os lados. Nunca o mundo se comunicou tanto, nunca o tempo foi tão curto para
tanta informação, e portanto nunca a objetividade na linguagem foi tão importante.

O QUE É LINGUAGEM E O QUE É TRADUÇÃO?


Assim como não há sombra se não houver um objeto, não existe linguagem se não houver
uma idéia. Quanto mais distante estiver a sombra de seu objeto, tanto menor sua nitidez. Da
mesma forma, quanto mais distante estiver a linguagem de sua idéia, tanto menor sua
clareza.

Uma vez que diferentes línguas são diferentes sistemas de representação, não podemos
simplesmente converter palavras de uma língua para palavras de outra. Para se estabelecer
uma boa correlação entre duas línguas é necessário captar a idéia com clareza e completa,
ter um entendimento claro e objetivo dos fatos que a linguagem procura refletir. Portanto, o
texto que se pretende traduzir deve oferecer esse entendimento de forma clara e objetiva,
não podendo carecer de conteúdo. O quadro deve estar completo, sem áreas obscuras, pois
aquela obscuridade que numa pintura a óleo, por exemplo, talvez fique bem, numa aquarela
pode comprometer o balanço.

Redigir, portanto, é a arte de criar uma representação de fatos do universo e traduzir é a arte
de recriar esta representação; de reestruturar a idéia nas formas que a língua para a qual se
traduz oferece e sob a ótica da cultura ligada a essa língua. É, pois, no plano das idéias e
não das formas, que a correlação pode ser estabelecida. Se a representação da realidade
nas formas da L1 não refletir claramente os fatos a que se refere, especialmente em textos
não-literários, isto é, em textos comerciais, técnicos, jornalísticos, acadêmicos, o tradutor
sentir-se-á como um redator que não conhece plenamente o fato a respeito do qual deve
redigir. Estará perdido como um cego que perde seu cachorro-guia.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
TIPS ON READING ENGLISH FOR BRAZILIANS

Língua é fundamentalmente um fenômeno oral. É, portanto indispensável desenvolver


uma certa familiaridade com o idioma falado, e mais especificamente, com a sua
pronúncia, antes de se procurar dominar o idioma escrito.
A inversão desta seqüência pode causar vícios de pronúncia resultantes da incorreta
interpretação fonética das letras. Principalmente no caso do aprendizado de inglês,
onde a correlação entre pronúncia e ortografia é extremamente irregular e a
interpretação oral da ortografia muito diferente do português (veja contrastes de
pronúncia), e cuja ortografia se caracteriza também pela ausência total de indicadores
de sílaba tônica, torna-se necessário priorizar e antecipar o aprendizado oral.
Satisfeita esta condição ou não, o exercício de leitura em inglês deve iniciar a partir de
textos com vocabulário reduzido, de preferência com uso moderado de expressões
idiomáticas, regionalismos, e palavras "difíceis" (de rara ocorrência). Proximidade ao
nível de conhecimento do aluno é pois uma condição importante. Outro aspecto,
também importante, é o grau de atratividade do texto. O assunto, se possível, deve ser
de alto interesse para o leitor. Não é recomendável o uso constante do dicionário, e
este, quando usado, deve de preferência ser inglês - inglês. A atenção deve concentrar-
se na idéia central, mesmo que detalhes se percam, e o aluno deve evitar a prática da
tradução. O leitor deve habituar-se a buscar identificar sempre em primeiro lugar os
elementos essenciais da oração, ou seja, sujeito, verbo e complemento. A maior
dificuldade nem sempre é entender o significado das palavras, mas sua função
gramatical e conseqüentemente a estrutura da frase.
O grau de dificuldade dos textos deve avançar gradativamente, e o aluno deve
procurar fazer da leitura um hábito freqüente e permanente.
1. Find the main elements of the sentence: subject and verb.
  (Procure identificar os elementos essenciais da oração - o sujeito e o verbo.)
O português se caracteriza por uma certa flexibilidade com relação ao sujeito. Existem as figuras
gramaticais do sujeito oculto, indeterminado e inexistente, para justificar a ausência do sujeito.
Mesmo quando não ausente, o sujeito freqüentemente aparece depois do verbo, e às vezes até no fim
da frase (ex: Ontem apareceu um vendedor lá no escritório).
O inglês é mais rígido: praticamente não existem frases sem sujeito e ele aparece sempre antes do
verbo em frases afirmativas e negativas. O sujeito é sempre um nome próprio (ex: Paul is my friend),
um pronome (ex: He's my friend) ou um substantivo (ex: The house is big).
Pode-se dizer que o pensamento em inglês se estrutura a partir do sujeito; em seguida vêm o verbo, o
complemento, e os adjuntos adverbiais. Para uma boa interpretação de textos em inglês, não adianta
reconhecer o vocabulário apenas; é preciso compreender a estrutura, e para isso é de fundamental
importância a identificação do verbo e do sujeito.

2. Don’t stumble on word strings: read backwards.


  (Não se atrapalhe com os substantivos em cadeia. Leia-os de trás para frente.)
A ordem normal em português é substantivo – adjetivo (ex: casa grande), enquanto que em inglês é o
inverso (ex: big house). Além disto, qualquer substantivo em inglês é potencialmente também um
adjetivo, podendo ser usado como tal. (ex: brick house = casa de tijolos ; vocabulary comprehension
test = teste de compreensão de vocabulário). Sempre que o aluno se defrontar com um aparente
conjunto de substantivos enfileirados, deve lê-los de trás para diante intercalando a preposição "de".

3. Be careful with the suffix ...ing.


  (Cuidado com o sufixo ...ing.)
O aluno principiante tende a interpretar o sufixo ...ing unicamente como gerúndio, quando na maioria
das vezes ele aparece como forma substantivada de verbo ou ainda como adjetivo. Se a palavra
terminada em ...ing for um substantivo, poderá figurar na frase como sujeito, enquanto que se for um
verbo no gerúndio, jamais poderá ser interpretado como sujeito nem como complemento. Este é um
detalhe que muito freqüentemente compromete seriamente o entendimento.
Ex: We are planning to ...
gerund –
       What are you doing?

...in noun –
Ex: He likes fishing and camping, and hates accounting.
       This apartment building is new.
g
Ex: This is interesting and exciting to me.
adjective –
       That was a frightening explosion.

4. Get familiar with suffixes.


  (Familiarize-se com os principais sufixos.)
A utilidade de se conhecer os principais sufixos e suas respectivas regras de formação de palavras, do
ponto de vista daquele que está desenvolvendo familiaridade com inglês, está no fato de que este
conhecimento permite a identificação da provável categoria gramatical mesmo quando não se
conhece a palavra no seu significado, o que é de grande utilidade na interpretação de textos.
Vejam as regras de formação de palavras abaixo e seus respectivos sufixos, com alguns exemplos:
SUBSTANTIVO + ...ful = ADJETIVO (significando full of …, having …)
SUBSTANTIVO + ...less = ADJETIVO (significando without …)
SUBSTANTIVO ...ful ADJETIVO ...less ADJETIVO
care (cuidado) careful (cuidadoso) careless (descuidado)
harm (dano, prejuízo) harmful (prejudicial) harmless (inócuo, inofensivo)
hope (esperança) hopeful (esperançoso) hopeless (que não tem esperança)
meaning (significado) meaningful (significativo) meaningless (sem sentido)
pain (dor) painful (doloroso) painless (indolor)
power (potência) powerful (potente) powerless (impotente)
use (uso) useful (útil) useless (inútil)
beauty (beleza) beautiful (belo, bonito) -
skill (habilidade) skillful (habilidoso) -
wonder (maravilha) wonderful (maravilhoso) -
end (fim) - endless (interminável)
home (casa) - homeless (sem-teto)
speech (fala) - speechless (sem fala)
stain (mancha) - stainless (sem mancha, inoxidável)
top (topo) - topless (sem a parte de cima)
wire (arame, fio) - wireless (sem fio)
worth (valor) - worthless (que não vale nada)

SUBSTANTIVO + …hood = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o estado de


ser). Há cerca de mil anos atrás, no período conhecido como Old English, hood era uma palavra independente, com um
significado amplo, relacionado à pessoa, sua personalidade, sexo, nível social, condição. A palavra ocorria em conjunto
com outros substantivos para posteriormente, com o passar dos séculos, se transformar num sufixo.
SUBSTANTIVO CONTÁVEL …hood SUBSTANTIVO ABSTRATO
adult (adulto) adulthood (maturidade)
brother (irmão) brotherhood (fraternidade)
child (criança) childhood (infância)
father (pai) fatherhood (paternidade)
mother (mãe) motherhood (maternidade)
neighbor (vizinho) neighborhood (vizinhança)

SUBSTANTIVO + …ship = SUBSTANTIVO ABSTRATO (sufixo de baixa produtividade significando o estado de


ser). A origem do sufixo _ship é uma história semelhante à do sufixo _hood. Tratava-se de uma palavra independente na
época do Old English, relacionada a shape e que tinha o significado de criar, nomear. Ao longo dos séculos aglutinou-se
com o substantivo a que se referia adquirindo o sentido de estado ou condição de ser tal coisa.
SUBSTANTIVO CONTÁVEL …ship SUBSTANTIVO ABSTRATO
citizen (cidadão) citizenship (cidadania)
dealer (negociante, revendedor) dealership (revenda)
dictator (ditador) dictatorship (ditadura)
friend (amigo) friendship (amizade)
leader (líder) leadership (liderança)
member (sócio, membro de um clube) membership (qualidade de quem é sócio)
owner (proprietário) ownership (posse, propriedade)
partner (sócio, companheiro) partnership (sociedade comercial)
relation (relação) relationship (relacionamento)

ADJETIVO + …ness = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o estado, a qualidade de).


ADJETIVO …ness SUBSTANTIVO ABSTRATO
dark (escuro) darkness (escuridão)
happy (feliz) happiness (felicidade)
kind (gentil) kindness (gentileza)
polite (bem-educado) politeness (boa educação)
selfish (egoísta) selfishness (egoísmo)
soft (macio, suave) softness (maciez, suavidade)
thick (grosso, espesso) thickness (espessura)
useful (útil) usefulness (utilidade)
weak (fraco) weakness (fraqueza)
youthful (com aspecto de jovem) youthfulness (característica de quem é jovem)

ADJETIVO + …ity = SUBSTANTIVO ABSTRATO (significando o mesmo que o anterior: o estado, a qualidade de;
equivalente ao sufixo ...idade do português). Uma vez que a origem deste sufixo é o latim, as palavras a que se aplica são
na grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança com o português.

ADJETIVO …ity SUBSTANTIVO ABSTRATO


able (apto, que tem condições de) ability (habilidade, capacidade)
active (ativo) activity (atividade)
available (disponível) availability (disponibilidade)
complex (complexo) complexity (complexidade)
flexible (flexível) flexibility (flexibilidade)
generous (generoso) generosity (generosidade)
humid (úmido) humidity (umidade)
personal (pessoal) personality (personalidade)
possible (possível) possibility (possibilidade)
probable (provável) probability (probabilidade)
productive (produtivo) productivity (produtividade)
responsible (responsável) responsibility (responsabilidade)
sincere (sincero) sincerity (sinceridade)

VERBO + …tion (…sion) = SUBSTANTIVO (sufixo de alta produtividade significando o estado, a ação ou a
instituição; equivalente ao sufixo ...ção do português). A origem deste sufixo é o latim. Portanto, as palavras a que se
aplica são na grande maioria de origem latina, mostrando uma grande semelhança e equivalência com o português.

VERBO ...tion SUBSTANTIVO


accommodate (acomodar) accommodation (acomodação)
acquire (adquirir) acquisition (aquisição, assimilação)
act (atuar, agir) action (ação)
administer (administrar) administration (administração)
attend (participar de) attention (atenção)
calculate (calcular) calculation (cálculo)
cancel (cancelar) cancellation (cancelamento)
collect (coletar, colecionar) collection (coleta, coleção)
communicate (comunicar) communication (comunicação)
compose (compor) composition (composição)
comprehend (compreender) comprehension (compreensão)
confirm (confirmar) confirmation (confirmação)
connect (conectar) connection (conexão)
consider (considerar) consideration (consideração)
construct (construir) construction (construção)
contribute (contribuir) contribution (contribuição)
converse (conversar) conversation (conversação)
cooperate (cooperar) cooperation (cooperação)
correct (corrigir) correction (correção)
corrupt (corromper) corruption (corrupção)
create (criar) creation (criação)
define (definir) definition (definição)
demonstrate (demonstrar) demonstration (demonstração)
deport (deportar) deportation (deportação)
describe (descrever) description (descrição)
direct (direcionar) direction (direção)
discuss (discutir) discussion (discussão)
distribute (distribuir) distribution (distribuição)
educate (educar, instruir) education (educação, instrução)
elect (eleger) election (eleição)
evaluate (avaliar) evaluation (avaliação)
exaggerate (exagerar) exaggeration (exagerar)
examine (examinar) examination (exame)
except (excluir, fazer exceção) exception (exceção)
explain (explicar) explanation (explicação)
explode (explodir) explosion (explosão)
express (expressar) expression (expressão)
extend (extender, prorrogar) extension (prorrogação)
form (formar) formation (formação)
found (fundar, estabelecer) foundation (fundação)
generalize (generalizar) generalization (generalização)
graduate (graduar-se, formar-se) graduation (formatura)
humiliate (humilhar) humiliation (humilhado)
identify (identificar) identification (identificação)
imagine (imaginar) imagination (imaginação)
immerse (imergir) immersion (imersão)
incorporate (incorporar) incorporation (incorporação)
infect (infeccionar) infection (infecção)
inform (informar) information (informação)
inject (injetar) injection (injeção)
inspect (inspecionar) inspection (inspeção)
instruct (instruir) instruction (instrução)
intend (ter intenção, pretender) intention (intenção)
interpret (interpretar) interpretation (interpretação)
introduce (introduzir, apresentar) introduction (introdução, apresentação)
justify (justificar, alinhar texto) justification (justificação, alinhamento de texto)
legislate (legislar) legislation (legislação)
locate (localizar) location (localização)
lubricate (lubrificar) lubrication (lubrificação)
menstruate (menstruar) menstruation (menstruação)
modify (modificar) modification (modificação)
motivate (motivar) motivation (motivação)
nominate (escolher, eleger) nomination (escolha de um candidato)
normalize (normalizar) normalization (normalização)
obligate (obrigar) obligation (obrigação)
operate (operar) operation (operação)
opt (optar) option (opção)
organize (organizar) organization (organização)
orient (orientar) orientation (orientação)
permit (permitir) permission (permissão)
pollute (poluir) pollution (poluição)
present (apresentar) presentation (apresentação)
privatize (privatizar) privatization (privatização)
produce (produzir) production (produção)
promote (promover) promotion (promoção)
pronounce (pronunciar) pronunciation (pronúncia)
protect (proteger) protection (proteção)
qualify (qualificar) qualification (qualificação)
quest (buscar, procurar) question (pergunta)
receive (receber) reception (recepção)
reduce (reduzir) reduction (redução)
register (registrar) registration (registro)
regulate (regular) regulation (regulamento)
relate (relacionar) relation (relação)
repete (repetir) repetition (repetição)
revolt (revoltar-se) revolution (revolução)
salve (salvar) salvation (salvação)
select (selecionar) selection (seleção)
situate (situar) situation (situação)
solve (resolver, solucionar) solution (solução)
transform (transformar) transformation (transformação)
translate (traduzir) translation (tradução)
transmit (transmitir) transmission (transmissão)
transport (transportar) transportation (transporte)

VERBO + …er = SUBSTANTIVO (significando o agente da ação; sufixo de alta produtividade).

VERBO ...er SUBSTANTIVO


bank (banco) banker (banqueiro)
blend (misturar) blender (liquidificador)
boil (ferver) boiler (tanque de aquecimento, caldeira)
call (chamar, ligar) caller (aquele que faz uma ligação telefônica)
compose (compor) composer (compositor)
compute (computar) computer (computador)
drum (tamborear, tocar bateria) drummer (baterista)
dry (secar) drier (secador)
drive (dirigir) driver (motorista)
erase (apagar) eraser (apagador, borracha)
fight (lutar) fighter (lutador, caça)
freeze (congelar) freezer (congelador)
interpret (interpretar) interpreter (intérprete)
kill (matar) killer (matador, assassino)
lead (liderar) leader (líder)
light (iluminar, acender) lighter (isqueiro)
lock (chavear) locker (armário de chavear)
love (amar) lover (amante)
manage (gerenciar) manager (gerente)
paint (pintar) painter (pintor)
photograph (fotografar) photographer (fotógrafo)
print (imprimir) printer (impressora)
prosecute (acusar) prosecuter (promotor)
publish (publicar) publisher (editor)
read (ler) reader (leitor)
record (gravar, registrar) recorder (gravador)
report (reportar) reporter (repórter)
rob (assaltar) robber (assaltante)
sing (cantar) singer (cantor)
smoke (fumar) smoker (fumante)
speak (falar) speaker (porta-voz, aquele que fala)
supply (fornecer) supplier (fornecedor)
teach (ensinar) teacher (professor)
train (treinar) trainer (treinador)
travel (viajar) traveler (viajante)
use (usar) user (usuário)
wait (esperar) waiter (garçom)
wash (lavar) washer (lavador, máquina de lavar)
work (trabalhar) worker (trabalhador, funcionário)
write (escrever) writer (escritor)
VERBO + …able (...ible) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo …ável ou …ível do português; sufixo de alta
produtividade). Sua origem é o sufixo _abilis do latim, que significa capaz de, merecedor de.
VERBO …able (...ible) ADJETIVO
accept (aceitar) acceptable (aceitável)
access (acessar) accesible (acessível)
achieve (realizar, alcançar um resultado) achievable (realizável)
advise (aconselhar) advisable (aconselhável)
afford (proporcionar, ter meios para custear) affordable (que dá para comprar)
apply (aplicar, candidatar-se a) applicable (aplicável)
avail (proporcionar, ser útil) available (disponível)
believe (acreditar, crer) believable (acreditável)
compare (comparar) comparable (comparável)
comprehend (abranger, compreender) comprehensible (abrangente, compreensível)
predict (predizer, prever) predictable (previsível)
question (questionar) questionable (questionável)
rely (confiar) reliable (confiável)
respond (responder) responsible (responsável)
sense (sentir) sensible (sensível)
trust (confiar) trustable (confiável)
understand (entender) understandable (inteligível)
value (valorizar) valuable (valioso)

VERBO + …ive (…ative) = ADJETIVO (o mesmo que o sufixo …tivo ou …ível do português; sufixo de alta
produtividade). Sua origem é o sufixo _ivus do latim, que significa ter a capacidade de.

VERBO …ive (…ative) ADJETIVO


act (atuar) active (ativo)
administrate (administrar) administrative (administrativo)
affirm (afirmar) affirmative (affirmativo)
attract (atrair) attractive (atrativo)
communicate (comunicar) communicative (comunicativo)
conserve (conservar) conservative (conservador)
construct (construir) constructive (construtivo)
expend (gastar) expensive (caro)
explode (explodir) explosive (explosivo)
inform (informar) informative (informativo)
instruct (instruir) instructive (instrutivo)
interrogate (interrogar) interrogative (interrogativo)
offend (ofender) offensive (ofensivo)
prevent (prevenir) preventive (preventivo)
produce (produzir) productive (produtivo)

ADJETIVO + …ly = ADVÉRBIO (o mesmo que o sufixo …mente do português; sufixo de alta produtividade).

ADJETIVO …ly ADVÉRBIO


actual (real) actually (de fato, na realidade)
approximate (aproximado) approximately (aproximadamente)
basic (básico) basically (basicamente)
careful (cuidadoso) carefully (cuidadosamente)
careless (descuidado) carelessly (de forma descuidada)
certain (certo) certainly (certamente)
dangerous (perigoso) dangerously (perigosamente)
efficient (eficiente) efficiently (eficientemente)
eventual (final) eventually (finalmente)
exact (exato) exactly (exatamente)
final (final) finally (finalmente)
fortunate (afortunado, feliz) fortunately (felizmente)
frequent (freqüente) frequently (freqüentemente)
hard (duro, difícil) hardly (dificilmente)
hopeful (esperançoso) hopefully (esperemos que)
important (importante) importantly (de forma importante)
interesting (interessante) interestingly (de forma interessante)
late (tarde, último) lately (ultimamente)
natural (natural) naturally (naturalmente)
necessary (necessário) necessarily (necessariamente)
normal (normal) normally (normalmente)
obvious (óbvio) obviously (obviamente)
occasional (ocasional, eventual) occasionally (ocasionalmente, eventualmente)
original (original) originally (originalmente)
perfect (perfeito) perfectly (perfeitamente)
permanent (permanente) permanently (permanentemente)
quick (ligeiro) quickly (ligeiramente)
quiet (quieto, silencioso) quietly (quietamente, silenciosamente)
real (real) really (realmente)
recent (recente) recently (recentemente)
regular (regular) regularly (regularmente)
sincere (sincero) sincerely (sinceramente)
slow (lento) slowly (lentamente)
successful (bem-sucedido) successfully (de forma bem-sucedida)
sudden (repentino) suddenly (repentinamente)
unfortunate (infeliz) unfortunately (infelizmente)
urgent (urgente) urgently (urgentemente)
usual (usual) usually (usualmente, normalmente)
wise (sábio, prudente) wisely (sabiamente, prudentemente)

Veja uma lista mais completa de sufixos e prefixos em Word Formation (Morfologia - Formação de Palavras)

5. Don’t get thrown off by prepositional verbs: look them up in a dictionary.


  (Não se deixe enganar pelos verbos preposicionais.)
Os verbos preposicionais, também chamados de phrasal verbs ou two-word verbs, confundem porque
a adição da preposição normalmente altera substancialmente o sentido original do verbo. Ex:
go off - disparar (alarme)
go - ir go over - rever, verificar novamente

turn on - ligar
turn off - desligar
turn - virar, girar turn down - desprezar
turn into - transformar em

put off - cancelar, postergar


put on - vestir, botar
put - colocar, botar put out - apagar (fogo)
put away - guardar
put up with - tolerar

6. Make sure you understand the words of connection.


  (Procure conhecer bem as principais palavras de conexão.)
Words of connection ou words of transition são conjunções, preposições, advérbios, etc, que servem
para estabelecer uma relação lógica entre frases e idéias. Familiaridade com estas palavras é chave
para o entendimento e a correta interpretação de textos.
7. Be careful with false friends.
  (Cuidado com os falsos conhecidos.)
Falsos conhecidos, também chamados de falsos amigos, são palavras normalmente derivadas do
latim, que têm portanto a mesma origem e que aparecem em diferentes idiomas com ortografia
semelhante, mas que ao longo dos tempos acabaram adquirindo significados diferentes.

8. Use intuition, don’t be afraid of guesswork, and don’t rely too much on the dictionary.
  (Use sua intuição, não tenha medo de adivinhar, e não dependa muito do dicionário.)
Para nós, brasileiros, a interpretação de textos é facilitada pela semelhança no plano do vocabulário,
uma vez que o português é uma língua latina e o inglês possui cerca de 50% de seu vocabulário
proveniente do latim. É principalmente no vocabulário técnico e científico que aparecem as maiores
semelhanças entre as duas línguas, mas também no vocabulário cotidiano encontramos palavras que
nos são familiares. É certo que devemos cuidar com os falsos cognatos (veja item anterior). Estes,
entretanto, não chegam a representar 0,1% do vocabulário de origem latina. Podemos portanto
confiar na semelhança. Por exemplo: bicycle, calendar, computer, dictionary, exam, important,
intelligent, interesting, manual, modern, necessary, pronunciation, student, supermarket, test,
vocabulary, etc., são palavras que brasileiros entendem sem saber nada de inglês. Assim sendo, o
aluno deve sempre estar atento para quaisquer semelhanças. Se a palavra em inglês lembrar algo que
conhecemos do português, provavelmente tem o mesmo significado.
Leitura de textos mais extensos como jornais, revistas e principalmente livros é altamente
recomendável para alunos de nível intermediário e avançado, pois desenvolve vocabulário e
familiaridade com as características estruturais da gramática do idioma. A leitura, entretanto, torna-se
inviável se o leitor prender-se ao hábito de consultar o dicionário para todas palavras cujo
entendimento não é totalmente claro. O hábito salutar a ser desenvolvido é exatamente o oposto. Ou
seja, concentrar-se na idéia central, ser imaginativo e perseverante, e adivinhar se necessário. Não
deve o leitor desistir na primeira página por achar que nada entendeu. Deve, isto sim, prosseguir com
insistência e curiosidade. A probabilidade é de que o entendimento aumente de forma surpreendente,
à medida em que o leitor mergulha no conteúdo do texto.

HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA

The history of every language is unique, because each language is inherently


bound to the thinking, nature, and spirit of a people, all of which are
continuously altered by the twists and turns of events. (Crane, Yeager and
Whitman. An Introduction to Linguistics)

INTRODUÇÃO
A língua inglesa é fruto de uma história complexa e enraizada num passado muito distante.
Há indícios de presença humana nas ilhas britânicas já antes da última
era do gelo, quando as mesmas ainda não haviam se separado do
continente europeu e antes dos oceanos formarem o Canal da Mancha.
Este recente fenômeno geológico que separou as ilhas britânicas do
continente, ocorrido há cerca de 7.000 anos, também isolou os povos
que lá viviam dos conturbados movimentos e do obscurantismo que
caracterizaram os primórdios da Idade Média na
Europa.
Sítios arqueológicos evidenciam que as terras
úmidas que os romanos vieram a denominar de Britannia já abrigavam
uma próspera cultura há 8.000 anos, embora pouco se saiba a respeito.
OS CELTAS
A história da Inglaterra inicia com os celtas.
Por volta de 1000 a.C., depois de muitas migrações,
vários dialetos das línguas indo-européias tornam-se
grupos de línguas distintos, sendo um desses grupos o
celta. Os celtas se originaram presumivelmente de
populações que já habitavam a Europa na Idade do
Bronze. Durante cerca de 8 séculos, de 700 a.C. a 100
A.D., o povo celta habitou as regiões hoje conhecidas
como Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. O celta
chegou a ser o principal grupo de línguas na Europa,
antes de acabarem os povos celtas quase que totalmente
assimilados pelo Império Romano.
A PRESENÇA ROMANA
Em 55 e 54 a.C. ocorrem as primeiras invasões romanas de reconhecimento, sob o comando
pessoal de Júlio César. Em 44 A.D., à época do Imperador Claudius, ocorre a terceira
invasão, quando então a principal ilha britânica é anexada ao Império Romano até os limites
com a Caledônia (atual Escócia) e o latim começa a exercer influência na cultura celta-bretã.
Três séculos e meio de presença das legiões romanas e seus mercadores, trouxeram
profunda influência na estrutura econômica, política e social das tribos celtas que habitavam
a Grã Bretanha. Palavras latinas naturalmente passaram a ser usadas para muitos dos novos
conceitos.
OS ANGLO-SAXÕES
Devido às dificuldades em Roma enfrentadas
pelo Império, as legiões romanas, em 410
A.D., se retiram da Britannia, deixando seus
habitantes celtas à mercê de inimigos (Scots e
Picts). Uma vez que Roma já não dispunha de
forças militares para defendê-los, os celtas,
em 449 A.D., recorrem às tribos germânicas
(Jutes, Angles, Saxons e Frisians) para obter
ajuda. Estes, entretanto, de forma oportunista,
acabam tornando-se invasores,
estabelecendo-se nas áreas mais férteis do
sudeste da Grã-Bretanha, destruindo vilas e
massacrando a população local. Os celtas-
bretões sobreviventes refugiam-se no oeste.
Prova da violência e do descaso dos invasores pela cultura local é o fato de que quase não
ficaram traços da língua celta no inglês.
São os dialetos germânicos falados pelos anglos e pelos saxões que
vão dar origem ao inglês. A palavra England, por exemplo, originou-se
de Angle-land (terra dos anglos). A partir daí, a história da língua
inglesa é dividida em três períodos: Old English, Middle English e
Modern English. A primeira metade do século I, quando ocorreram as
invasões germânicas, marca o início do período denominado Old
English.
INTRODUÇÃO DO CRISTIANISMO
Em 432 A.D. St. Patrick inicia sua missão de levar o cristianismo à
população celta da Irlanda. Em 597 A.D. a Igreja manda missionários
liderados por Santo Agostinho para converter os anglo-saxões ao
cristianismo. O processo de cristianização ocorre gradual e pacificamente, marcando o início
da influência do latim sobre a língua germânica dos anglos-saxões, origem do inglês
moderno. Esta influência ocorre de duas formas: introdução de vocabulário novo referente a
religião e adaptação do vocabulário anglo-saxão para cobrir novas áreas de significado. A
necessidade de reprodução de textos bíblicos representa também o início da literatura
inglesa.
A introdução do cristianismo representou também a rejeição de elementos da cultura celta e
associação dos mesmos a bruxaria. A observação ainda hoje de Halloween na noite de 31 de
outubro é exemplo remanescente de cultura celta na visão do cristianismo.
Àquele período, a Inglaterra encontra-se dividida em sete reinos anglo-saxões e o Old
English, então falado, na verdade não era uma única língua, mas sim uma variedade de
diferentes dialetos.
Os dialetos do inglês antigo de antes do cristianismo eram línguas funcionais para descrever
fatos concretos e atender necessidades de comunicação diária. O vocabulário de origem
greco-latina introduzido pela cristianização expandiu a linguagem anglo-saxônica na direção
de conceitos abstratos.
Ao final do século 8, iniciam os ataques dos Vikings
contra a Inglaterra. Originários da Escandinávia, estes
povos usavam de violência e seus ataques causaram
destruição em muitas regiões da Europa. Os vikings
que se estabeleceram na Inglaterra eram
predominantemente provenientes da Dinamarca e
falavam dinamarquês. Estes mais de 200 anos de
presença de dinamarqueses na Inglaterra
naturalmente exerceu influência sobre o Old English.
Entretanto, devido à semelhança entre as duas línguas, torna-se difícil determinar esta
influência com precisão.
OLD ENGLISH (500 - 1100 A.D.)
Old English, às vezes também também denominado Anglo-Saxon, comparado ao inglês
moderno, é uma língua quase irreconhecível, tanto na pronúncia, quanto no vocabulário e na
gramática. Para um falante nativo de inglês hoje, das 54 palavras do Pai Nosso em Old
English, menos de 15% são reconhecíveis na escrita, e provavelmente nada seria
reconhecido ao ser pronunciado. A correlação entre pronúncia e ortografia, entretanto, era
muito mais próxima do que no inglês moderno. No plano gramatical, as diferenças também
são substanciais. Em Old English, os substantivos declinam e têm gênero (masculino,
feminino e neutro), e os verbos são conjugados.
A CONQUISTA DA INGLATERRA PELOS NORMANDOS NA
BATALHA DE HASTINGS
A Batalha de Hastings em 1066, foi um evento histórico de grande
importância na história da Inglaterra. Representou não só uma drástica
reorganização política, mas também alterou os rumos da língua inglesa,
marcando o início de uma nova era.
A batalha foi travada entre o exército normando, comandado por
William, Duque da Normandia (norte da França), e o exército anglo-
saxão liderado por King Harold, em 14 de outubro de 1066.
O predecessor de Harold havia tido fortes vínculos com a corte da
Normandia e supostamente prometido o trono da Inglaterra para o
Duque da Normandia. Após sua morte, entretanto, o conselho do reino
apontou Harold como sucessor, levando William a apelar para a guerra
como forma de impor seus pretensos direitos.
Veja como um artista do século 11 representou, em tapeçaria, a travessia do Canal da
Mancha pelas tropas de William:

A sangrenta batalha só terminou ao fim do dia, com o Rei Harold e seus irmãos mortos e um
saldo de 1500 a 2000 guerreiros mortos do lado normando e outros tantos ou mais, do lado
inglês.
William havia conquistado em poucos dias
uma vitória que romanos, saxões e
dinamarqueses haviam lutado longa e
duramente para alcançar. Ele havia conquistado um país de um milhão e meio de habitantes
e provavelmente o mais rico da Europa, na época. Por esse feito ficou conhecido na história
como William the Conqueror.
O regime que se instaurou a partir da conquista foi caracterizado pela centralização, pela
força e, naturalmente, pela língua dos conquistadores: o dialeto francês denominado Norman
French. O próprio William l não falava inglês e, por ocasião de sua morte em 1087, não havia
uma única região da Inglaterra que não fosse controlada por um normando. Seus sucessores,
William II (1087-1100) e Henry I (1100-1135), passaram cerca de metade de seus reinados
na França e provavelmente possuíam pouco conhecimento de inglês.
Durante os 300 anos que se seguiram, principalmente nos 150 anos iniciais, a língua usada
pela aristocracia na Inglaterra foi o francês. Falar francês tornou-se então condição para
aqueles de origem anglo-saxônica em busca de ascensão social através da simpatia e dos
favores da classe dominante.
MIDDLE ENGLISH (1100 - 1500)
O elemento mais importante do período que corresponde ao Middle English foi, sem dúvida,
a forte presença e influência da língua francesa no inglês. Essa verdadeira transfusão de
cultura franco-normanda na nação anglo-saxônica, que durou três séculos, resultou
principalmente num aporte considerável de vocabulário. Isto demonstra que, por mais forte
que possa ser a influência de uma língua sobre outra, esta influência normalmente não vai
além de um enriquecimento de vocabulário, dificilmente afetando a pronúncia ou a estrutura
gramatical.
O passar dos séculos e as disputas que acabaram ocorrendo entre os normandos das ilhas
britânicas e os do continente, provocam o surgimento de um sentimento nacionalista e, pelo
final do século 15, já se torna evidente que o inglês havia prevalecido. Até mesmo como
linguagem escrita, o inglês já havia substituído o francês e o latim como língua oficial para
documentos. Também começava a surgir uma literatura nacional.
Muito vocabulário novo foi incorporado com a introdução de novos conceitos administrativos,
políticos e sociais, para os quais não havia equivalentes em inglês. Em alguns casos,
entretanto, já existiam palavras de origem germânica, as quais, ou acabaram desaparecendo,
ou passaram a coexistir com os equivalentes de origem francesa, em princípio como
sinônimos, mas, com o tempo, adquirindo conotações diferentes. Exemplos:

Anglo-Saxão Francês Anglo-Saxão Francês Anglo-Saxão Francês

answer respond folk people kingly royal


begin commence freedom liberty look search
bill beak ghost phantom pig pork
chicken poultry   happiness felicity   sheep mutton
clothe dress help aid shut close
come arrive hide conceal sight vision
end finish house mansion wish desire
fair beautiful hunt chase work labor
feed nourish kin relations yearly annual

Pequenas diferenças dialetais resultantes desta simbiose entre diferentes grupos sociais e
suas respectivas línguas podem ser observadas ainda atualmente. Nos meios intelectuais
das classes mais privilegiadas dos países de língua inglesa existe até hoje uma tendência a
um uso maior de palavras de origem latina. De acordo com o norte-americano Pat Brown,
freqüentador do fórum de discussões deste site,

The split between the French-speaking Normans and peasant English-


speaking Saxons still exists today in a curious fashion. The Normans, as the
conquerors and rulers, became the upper-class of England and their speech
metamorphosed into today's well-educated English - composed primarily of
Latin-based vocabulary. The common everyday speech of most modern
English speakers however is still directly based on the Anglo-Saxon.
Além da influência do francês sobre seu vocabulário, o Middle English se caracterizou
também pela gradual perda de declinações, pela neutralização e perda de vogais atônicas
em final de palavra e pelo início do Great Vowel Shift.
THE GREAT VOWEL SHIFT
Uma acentuada mudança na pronúncia das vogais do inglês ocorreu principalmente durante
os séculos 15 e 16. Praticamente todos os sons vogais, inclusive ditongos, sofreram
alterações e algumas consoantes deixaram de ser pronunciadas. De uma forma geral, as
mudanças das vogais corresponderam a um movimento na direção dos extremos do espectro
de vogais, como representado no gráfico abaixo.

PRONÚNCIA PRONÚNCIA
ANTES DO SÉCULO 15 MODERNA

fine /fi:ne/   /fayn/


hus /hu:s/ house /haws/ 
ded /de:d/, semelhante a dedo em deed /diyd/
português   /feym/
fame /fa:me/, semelhante à atual   /sow/
pronúncia de father   /tuw/
so /só:/, semelhante à atual pronúncia
de saw
to /to:/, semelhante à atual pronúncia de
toe

O sistema de sons vogais da língua inglesa antes do século 15 era bastante semelhante ao
das demais línguas da Europa ocidental, inclusive do português de hoje. Portanto, a atual
falta de correlação entre ortografia e pronúncia do inglês moderno, que se observa
principalmente nas vogais, é, em grande parte, conseqüência desta mudança ocorrida no
século 15.
MODERN ENGLISH (a apartir de 1500)
Enquanto que o Middle English se caracterizou por uma acentuada diversidade de dialetos, o
Modern English representou um período de padronização e unificação da língua. O advento
da imprensa em 1475 e a criação de um sistema postal em 1516 possibilitaram a
disseminação do dialeto de Londres - já então o centro político, social e econômico da
Inglaterra. A disponibilidade de materiais impressos também deu impulso à educação,
trazendo o alfabetismo ao alcance da classe média.
A reprodução e disseminação de uma ortografia finalmente padronizada, entretanto, coincidiu
com o período em que ocorria ainda a Great Vowel Shift. As mudanças ocorridas na
pronúncia a partir de então, não foram acompanhadas de reformas ortográficas, o que revela
um caráter conservador da cultura inglesa. Temos aí a origem da atual falta de
correlação entre pronúncia e ortografia no inglês moderno. D’Eugenio assim
explica o que ocorreu:
O processo de padronização da língua inglesa iniciou em princípios do
século 16 com o advento da litografia, e acabou fixando-se nas presentes
formas ao longo do século 18, com a publicação dos dicionários de
Samuel Johnson (figura ao lado) em 1755, Thomas Sheridan em 1780 e
John Walker em 1791. Desde então, a ortografia do inglês mudou em
apenas pequenos detalhes, enquanto que a sua pronúncia sofreu grandes
transformações. O resultado disto é que hoje em dia temos um sistema
ortográfico baseado na língua como ela era falada no século 18, sendo
usado para representar a pronúncia da língua no século 20. (319, minha
tradução)
Da mesma forma que os primeiros dicionários serviram para padronizar a ortografia, os
primeiros trabalhos descrevendo a estrutura gramatical do inglês influenciaram o uso da
língua, incorporando conceitos gramaticais das línguas latinas e trazendo uma uniformidade
gramatical. Durante os séculos 16 e 17 ocorreu o surgimento e a incorporação definitiva do
verbo auxiliar do para frases interrogativas e negativas. A partir do século 18 passou a ser
considerado incorreto o uso de dupla negação numa mesma frase como, por exemplo: She
didn't go neither.
SHAKESPEARE
William Shakespeare (1564-1616), representou uma forte influência no
desenvolvimento de uma linguagem literária. Sua imensa obra é
caracterizada pelo uso criativo do vocabulário então existente, bem como pela
criação de palavras novas. Substantivos transformados em verbos e verbos
em adjetivos, bem como a livre adição de prefixos e sufixos e o uso de
linguagem figurada são freqüentes nos trabalhos de Shakespeare.
Ao mesmo tempo em que a literatura se desenvolvia, o colonialismo britânico
do século 19, levava a língua inglesa a áreas remotas do mundo,
proporcionando contato com culturas diferentes e trazendo novo
enriquecimento ao vocabulário do inglês.
Desde o início da era cristã até o século 19, seis idiomas chegaram a ser
falados na Inglaterra: Celta, Latim, Old English, Norman French, Middle
English e Modern English. Essa diversidade de influências explica o fato de ser o inglês uma
língua menos sistemática e menos regular, quando comparado às línguas latinas e mesmo
ao alemão. Poderia nos levar a concluir também que o inglês de hoje pode ser comparado a
uma colcha feita de retalhos de tecidos de origem das mais diversas.
AMERICAN ENGLISH
A esperança de alcançar prosperidade e os anseios por liberdade de religião foram os fatores
que determinaram a colonização da América do Norte. A chegada dos primeiros imigrantes
ingleses em 1620, marca o início da
presença da língua inglesa no Novo
Mundo.
À época da independência dos Estados
Unidos, em 1776, quando a população
do país chegava perto de 4 milhões, o
dialeto norte-americano já mostrava
características distintas em relação aos
dialetos das ilhas britânicas. O contato
com a realidade de um novo ambiente,
com as culturas indígenas nativas e com
o espanhol das regiões adjacentes ao
sul, colonizadas pela Espanha,
provocou um desenvolvimento de vocabulário diverso do inglês britânico.
Hoje, entretanto, as diferenças entre os dialetos britânicos e norte-americanos estão
basicamente na pronúncia, além de pequenas diferenças no vocabulário. Ao contrário do que
aconteceu entre Brasil e Portugal, Estados Unidos da América e Inglaterra mantiveram fortes
laços culturais, comerciais e políticos. Enquanto que o português ao longo de 4 séculos se
desenvolveu em dois dialetos substancialmente diferentes em Portugal e no Brasil, as
diferenças entre os dialetos britânico e norte-americano são menos significativas.
O INGLÊS COMO LÍNGUA DO MUNDO
Fatos históricos recentes explicam o atual papel do inglês como língua do mundo.
Em primeiro lugar, temos o grande poderio econômico da Inglaterra nos séculos 18, 19 e 20,
alavancado pela Revolução Industrial, e a conseqüente expansão do colonialismo britânico.
Este verdadeiro império de influência política e econômica, que atingiu seu ápice na primeira
metade do século 20, quando chegou a ficar conhecido como "the empire where the sun
never sets" devido à sua vasta abrangência geográfica, provocou uma igualmente vasta
disseminação da língua inglesa.
Em segundo lugar, o poderio político-militar do EUA a partir da segunda guerra mundial e a
marcante influência econômica e cultural resultante, acabaram por deslocar o francês como
língua predominante nos meios diplomáticos e solidificar o inglês na posição de padrão das
comunicacões internacionais. Simultaneamente, ocorre um rápido desenvolvimento do
transporte aéreo e das tecnologias de telecomunicação. Surgem os conceitos de information
superhighway e global village para caracterizar um mundo no qual uma linguagem comum de
comunicação é imprescindível.
FALSOS CONHECIDOS - FALSE FRIENDS
  

Falsos conhecidos, também chamados de falsos amigos ou falsos cognatos, são


palavras normalmente derivadas do latim, que têm, portanto a mesma origem e que
aparecem em diferentes idiomas com ortografia semelhante, mas que ao longo dos
tempos acabaram adquirindo significados diferentes.
No caso de palavras com sentido múltiplo, esta não-equivalência pode ocorrer em
apenas alguns sentidos da palavra. Aqui neste trabalho são consideradas falsas
cognatos apenas aquelas palavras que predominantemente ocorrem como tal no inglês
moderno. Longe de ser exaustiva, esta lista de falsos cognatos serve apenas para
exemplificar o problema com ocorrências comuns e freqüentes.
É importante também lembrar que é forte a presença de vocábulos de origem latina no
inglês, sendo que a porcentagem de ocorrência dessas palavras como falsos cognatos
em relação ao português é insignificante - menos de 0,1%. Portanto, o iniciante no
aprendizado de inglês não deve preocupar-se com qualquer probabilidade de erro ao
interpretar palavras do inglês parecidas com palavras do português.

INGLÊS - PORTUGUÊS PORTUGUÊS - INGLÊS

Actually (adv) - na verdade ..., o fato é que ... Atualmente - nowadays, today
Adept (n) - especialista, profundo conhecedor Adepto - supporter
Agenda (n) - pauta do dia, pauta para discussões Agenda - appointment book; agenda
Amass (v) - acumular, juntar Amassar - crush
Anticipate (v) - prever; aguardar, ficar na expectativa Antecipar - to bring forward, to move forward
Application (n) - inscrição, registro, uso Aplicação (financeira) - investment
Appointment (n) - hora marcada, compromisso profissional Apontamento - note
Appreciation (n) - gratidão, reconhecimento Apreciação - judgement
Argument (n) - discussão, bate boca Argumento - reasoning, point
Assist (v) - ajudar, dar suporte Assistir - to attend, to watch
Assume (v) - presumir, aceitar como verdadeiro Assumir - to take over
Attend (v) - assistir, participar de Atender - to help; to answer; to see, to examine
Audience (n) - platéia, público Audiência - court appearance; interview
Balcony (n) - sacada Balcão - counter
Baton (n) - batuta (música), cacetete Batom - lipstick
Beef (n) - carne de gado Bife - steak
Cafeteria (n) - refeitório tipo universitário ou industrial Cafeteria - coffee shop, snack bar
Camera (n) - máquina fotográfica Câmara - tube (de pneu) chamber (grupo de pessoas)
Carton (n) - caixa de papelão, pacote de cigarros (200) Cartão - card
Casualty (n) - baixa (morte fruto de acidente ou guerra), Casualidade - chance, fortuity
fatalidade Cigarro - cigarette
Cigar (n) - charuto Colar - necklace
Collar (n) - gola, colarinho, coleira Colégio (2º grau) - high school
College (n) - faculdade, ensino de 3º grau Comodidade - comfort
Commodity (n) - artigo, mercadoria Competição - contest
Competition (n) - concorrência Compreensivo - understanding
Comprehensive (adj) - abrangente, amplo, extenso Compromisso - appointment; date
Compromise (v) - entrar em acordo, fazer concessão Contexto - context
Contest (n) - competição, concurso Conveniente - appropriate
Convenient (adj) - prático Costume - custom, habit
Costume (n) - fantasia (roupa) Data - date
Data (n) - dados (números, informações) Decepção - disappointment
Deception (n) - logro, fraude, o ato de enganar Advogado de defesa - defense attorney
Defendant (n) - réu, acusado Designar - to appoint
Design (v, n) - projetar, criar; projeto, estilo Editor - publisher
Editor (n) - redator Educado - with a good upbringing, well-mannered,
Educated (adj) - instruído, com alto grau de escolaridade polite
Emission (n) - descarga (de gases, etc.) Emissão - issuing (of a document, etc.)
Enroll (v) - inscrever-se, alistar-se, registrar-se Enrolar - to roll; to wind; to curl
Eventually (adv) - finalmente, conseqüentemente Eventualmente - occasionally
Exciting (adj) - empolgante Excitante - thrilling
Exit (n, v) - saída, sair Êxito - success
Expert (n) - especialista, perito Esperto - smart, clever
Exquisite (adj.) - belo, refinado Esquisito - strange, odd
Fabric (n) - tecido Fábrica - plant, factory
Genial (adj) - afável, aprazível Genial - brilliant
Graduate program (n) - Curso de pós-graduação Curso de graduação - undergraduate program
Gratuity (n) - gratificação, gorjeta Gratuidade - the quality of being free of charge
Grip (v) - agarrar firme Gripe - cold, flu, influenza
Hazard (n,v) - risco, arriscar Azar - bad luck
Idiom (n) - expressão idiomática, linguajar Idioma - language
Income tax return (n) - declaração de imposto de renda Devolução de imposto de renda - income tax refund
Ingenuity (n) - engenhosidade Ingenuidade - naiveté / naivety
Injury (n) - ferimento Injúria - insult
Inscription (n) - gravação em relevo (sobre pedra, metal, etc.) Inscrição - registration, application
Intend (v) - pretender, ter intenção Entender - understand
Intoxication (n) - embriaguez, efeito de drogas Intoxicação - poisoning
Jar (n) - pote Jarra - pitcher
Journal (n) - periódico, revista especializada Jornal - newspaper
Lamp (n) - luminária Lâmpada - light bulb
Large (adj) - grande, espaçoso Largo - wide
Lecture (n) - palestra, aula Leitura - reading
Legend (n) - lenda Legenda - subtitle
Library (n) - biblioteca Livraria - book shop
Location (n) - localização Locação - rental
Lunch (n) - almoço Lanche - snack
Magazine (n) - revista Magazine - department store
Mayor (n) - prefeito Maior - bigger
Medicine (n) - remédio, medicina Medicina - medicine
Moisture (n) - umidade Mistura - mix, mixture, blend
Motel (n) - hotel de beira de estrada Motel - love motel, hot-pillow joint
Notice (v) - notar, aperceber-se; aviso, comunicação Notícia - news
Novel (n) - romance Novela - soap opera
Office (n) - escritório Oficial - official
Parents (n) - pais Parentes - relatives
Particular (adj) - específico, exato Particular - personal, private
Pasta (n) - massa (alimento) Pasta - paste; folder; briefcase
Policy (n) - política (diretrizes) Polícia - police
Port (n) - porto Porta - door
Prejudice (n) - preconceito Prejuízo - damage, loss
Prescribe (v) - receitar Prescrever - expire
Preservative (n) - conservante Preservativo - condom
Pretend (v) - fingir Pretender - to intend, to plan
Private (adj) - particular Privado - private
Procure (v) - conseguir, adquirir Procurar - to look for
Propaganda (n) - divulgação de idéias/fatos com intuito de Propaganda - advertisement, commercial
manipular Pular - to jump
Pull (v) - puxar Puxar - to pull
Push (v) - empurrar Ranger - to creak, to grind
Range (v) - variar, cobrir Realizar - to carry out, make come true, to
Realize (v) - notar, perceber, dar-se conta, conceber uma idéia accomplish
Recipient (n) - recebedor, agraciado Recipiente - container
Record (v, n) - gravar, disco, gravação, registro Recordar - to remember, to recall
Refrigerant (n) - substância refrigerante usada em aparelhos Refrigerante - soft drink, soda, pop, coke
Requirement (n) - requisito Requerimento - request, petition
Resume (v) - retomar, reiniciar Resumir - summarize
Résumé (n) - curriculum vitae, currículo Resumo - summary
Retired (adj) - aposentado Retirado - removed, secluded
Senior (n) - idoso Senhor - gentleman, sir
Service (n) - atendimento Serviço - job
Stranger (n) - desconhecido Estrangeiro - foreigner
Stupid (adj) - burro Estúpido - impolite, rude (Rio Grande do Sul)
Support (v) - apoiar Suportar (tolerar) - can stand
Tax (n) - imposto Taxa - rate; fee
Trainer (n) - preparador físico Treinador - coach
Turn (n, v) - vez, volta, curva; virar, girar Turno - shift; round
Vegetables (n) - verduras, legumes Vegetais - plants

Exercite no texto abaixo alguns falsos cognatos:


A DAY AT WORK
In the morning I attended a meeting between management and union representatives.
The discussion was very comprehensive, covering topics like working hours, days off,
retirement age, etc. Both sides were interested in an agreement and ready to
compromise. The secretary recorded everything in the notes. Eventually, they decided
to set a new meeting to sign the final draft of the agreement.
Back at the office, a colleague of mine asked me if I had realized that the proposed
agreement would be partially against the company policy not to accept workers that
have already retired. I pretended to be really busy and late for an appointment, and
left for the cafeteria. Actually, I didn't want to discuss the matter at that particular
moment because there were some strangers in the office.
After lunch I attended a lecture given by the mayor, who is an expert in tax
legislation and has a graduate degree in political science. He said his government
intends to assist welfare programs and senior citizens, raise funds to improve college
education and build a public library, and establish tougher limits on vehicle
emissions because he assumes this is what the people expect from the government.
"TO & FOR" COMPARADOS A "PARA"

Preposições são palavras de significado pouco claro e muito variável. São mais
partículas funcionais do que palavras de conteúdo semântico definido. A maioria das
ocorrências de preposições, não segue um padrão lógico ou regular. Além disso, entre
o português e o inglês, as preposições não apresentam uma correlação muito estreita.
Cobrem normalmente diferentes áreas de significado, sendo umas de uso mais amplo
que outras.
É particularmente notória a dificuldade para nós, brasileiros, quando temos que
decidir qual preposição usar em inglês, to ou for, quando em português a idéia seria
expressa através da preposição para. Em geral, pode-se dizer que to está ligado à idéia
de direção, movimento, correspondendo muitas vezes também à preposição a do
português; enquanto que for está relacionado com a idéia de substituição, intenção ou
predestinação, correspondendo, às vezes, ao português por. Esta diferença de
significado, entretanto, não é sempre clara. Mesmo assim, for e to raramente podem
ser usados como sinônimos.
Freqüentemente to e for introduzem o objeto indireto e é neste caso que as duas
preposições normalmente correspondem ao português para. Objeto indireto em inglês
é sempre um nome ou pronome que precede ou sucede o objeto direto nos verbos
bitransitivos. Quando posicionado antes do objeto direto, não vem acompanhado de
preposição. Quando posicionado após o objeto direto, virá invariavelmente
acompanhado da preposição to ou for. Neste caso, a preposição certa dependerá do
verbo, não havendo regra para isso. Observe os seguintes exemplos:

TO VERBS FOR VERBS

I gave a present to him. = I gave him a present. Let me buy a present for you. = Let me buy you a
I’ll show the figures to you. = I’ll show you the figures. present.
He sold a car to me. = He sold me a car. I got some food for you. = I got you some food.
He sent a letter to Mary. = He sent Mary a letter. She made a sandwich for me. = She made me a
Can you lend this book to me? = Can you lend me this sandwich.
book? Did she cook dinner for you? = Did she cook you
The boss told a joke to us. = The boss told us a joke. dinner?
Who teaches English to them? = Who teaches them Can you do a favor for me? = Can you do me a favor?
English? He can find a job for you. = He can find you a job.
I paid $10 to the repairman. = I paid the repairman $10. He left a message for you. = He left you a message.
Will you pass the sugar to me? = Will you pass me the Shall I pour more tea for you? = Shall I pour you
sugar? more tea?
Read a story to the children. = Read the children a Reserve hotel rooms for us. = Reserve us hotel
story. rooms.
I wrote a letter to my friend. = I wrote my friend a Save the stamps for him. = Save him the stamps.
letter.
Hand that book to me, please. = Hand me that book,
please.
He offered a job to Mary. = He offered Mary a job.
He'll bring something to me. = He'll bring me
something.
She sang a lullaby to the baby. = She sang the baby a
lullaby.
I'll throw the ball to you. = I'll throw you the ball.

Existem também verbos que só aceitam o objeto indireto quando acompanhado de


preposição. Exemplos:

TO VERBS FOR VERBS

Can you carry the suitcases for me?


The teacher said "Good morning" to the students.
Could you open the door for me?
He’s going to introduce Mary to his family.
He asked the bank teller to cash a check for him.
I already explained the project to the staff.
Doctors like to prescribe medicine for the patients.
Mr. Cole described the new house to his wife.
She is going to prepare the meal for the guests.
I sometimes speak English to (with) my wife.
I asked her to sign the letter for me.
Bob reported the accident to the police.
Can you hold this for me, please?
I repeated your ideas to my parents.
I changed the traveler's checks for you.
He admitted his mistake to the boss.
I asked the secretary to make an appointment for me.
I'll mention your plan to the director.
He translated an article for me.
Dr. Bishop recommends this medicine to some patients.
I recorded a tape for you.
Richard has announced his engagement to his friends.
I'll take the car to the mechanic for you.
It sounds good to me.
The salesgirl suggested Philip a gift for his girlfriend.
The salesgirl suggested a gift to Philip.
Can you play the piano for me?

Na verdade, quase qualquer verbo aceita o adjunto preposicional for. São portanto
ilimitadas as possibilidades de FOR VERBS neste segundo grupo. Observe-se que
mesmo os TO VERBS, além de aceitarem o objeto indireto precedido pela preposição
to, também aceitam o adjunto preposicional for, porém com outro sentido. Ex:
I sent a letter to Mary.
I sent a letter for Mary.
No primeiro exemplo, Mary mora noutro lugar e eu lhe escrevi mandando notícias. No
segundo exemplo, Mary escreveu uma carta para alguém, estava talvez muito ocupada
para ir ao correio, e eu fui em lugar dela.
O verbo to go também freqüentemente ocorre associado às preposições to e for.
Observe-se os dois grupos abaixo:

GO TO EXPRESSIONS GO FOR EXPRESSIONS

go to work go for a walk


go to school go for a ride
go to bed go for a drive
go to church go for a beer
go to town go for it
go to court
go to pieces
go to hell
go to Porto Alegre
go to the bank, go to the office, etc.

Uma das ocorrências mais elementares da preposição to é no uso do infinitivo em


inglês. Isto normalmente ocorre na estrutura VERB + to + VERB. Exemplos:
I have to go.
I like to drink beer.
Nice to meet you.
I'm not able to work.
He decided to leave.
He helped me to find my keys.
We expect to win the game.
Mesmo quando não introduzem objetos indiretos, a ocorrência das preposições to e
for continua dependendo do verbo que acompanham ou da expressão idiomática em
que ocorrem. Em muitos casos for corresponde a por do português. Exemplos:

TO EXPRESSIONS FOR EXPRESSIONS

For sure!
Up to date For God's sake!
To my surprise, ... For example, ...
To the best of my knowledge, ... For this reason ...
According to ... For the first time ...
Apply to a university. For (to) me, it sounds good.
He reacted well to my comments. Apply for a job.
I object to staying up late. Any letters for me?
I'm accustomed to working hard. I feel sorry for them.
I'm not used to working on Sundays. He left for home.
It's very sensitive to cold weather. He works for a tobacco company.
To (for) me, it sounds good. I sold my house for 40 thousand dollars.
It's interesting to me. He charged 50 dollars for the translation.
She was invited to a party. I lived abroad for 7 years.
I'm looking forward to hearing from you. He's very strong for an old man.
It's a hundred miles from here to Porto Alegre. I'm looking for a job.
They raised his salary to $1,000. He received a grant for studying medicine.
Don't jump to conclusions. I want eggs for breakfast.
I wrote a check for $100.

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