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Processo 01202-2007-089-03-00-2 RO
Teor Andamento
Data de
23/08/2008 DJMG Página: 19
Publicação
Órgão Julgador Quarta Turma
Relator Convocada Denise Amâncio de Oliveira
Revisor Júlio Bernardo do Carmo
Tema MULTA - ART.477/CLT
EMENTA: MULTA DO /S 8-o DO ARTIGO 477 DA CLT. HIPÓTESE DE
INCIDÊNCIA. Para o efeito de incidência de penalidade por atraso
na quitação das verbas rescisórias, o importante é verificar se o
pagamento delas se deu ou não de forma tempestiva. A quitação
feita no prazo legal afasta a multa do /S8-o do artigo 477 da
CLT, não sendo causa de sua incidência o pagamento insuficiente
(por exemplo, de horas extras) ou mesmo a ausência de homologação
do acerto no prazo aludido no /S6-o do mesmo dispositivo, que se
refere expressamente ao "pagamento das parcelas constantes no
instrumento de rescisão". Desse modo, a liberação das guias após
o prazo de 10 dias da rescisão não acarreta tal penalidade,
devendo a norma que a instituiu, dada a sua natureza punitiva,
ser interpretada restritivamente.
RECURSO ORDINÁRIO
RECURSO ORDINÁRIO
1. 1. RELATÓRIO
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1 CONHECIMENTO
Conheço dos recursos ordinários, eis que presentes os pressupostos legais
de admissibilidade.
Nego provimento.
Isis de Almeida explana que "Há casos em que a lei exige a perícia como único
meio de se evidenciar o fato, como ocorre na insalubridade ou na
periculosidade, ex vi do disposto no artigo 195 da CLT, com a redação que lhe
deu a Lei n. 6.514/77. Essa é a perícia necessária ou obrigatória. A perícia é
facultativa quando, também por outros meios de prova, poder-se-ia demonstrar
o fato em apreço. No primeiro caso, é óbvio que o deferimento pelo juiz é
compulsório, sendo, inclusive, determinada até ex officio" ("Teoria e Prática das
Provas no Processo Trabalhista" - LTr, 1980 - p. 145).
?Até o dia 30 de abril de 2008 este Relator sempre adotou os termos da antiga
redação da Súmula 228 do C. TST, que estabelecia a recepção do art. 192 da
CLT, no que se refere à base de cálculo do adicional de insalubridade, pela
Constituição Federal.
Todavia, entendeu o STF que o salário mínimo não poderia ser usado como
base de cálculo, sob pena de afronta ao art. 7.º, IV, parte final, da Constituição
da República. A expressão ?vedada sua vinculação para qualquer fim? levou
ao entendimento, sem controvérsia, de que exceto naqueles casos em que a
própria Constituição havia excepcionado, em nenhum outro caso poderia o
legislador infraconstitucional utilizar o salário mínimo como indexador.
Porém, a Suprema Corte também deixou assentado que o fato de não haver
uma lei fixando outra base de cálculo que nãPorém, a Suprema Corte também
deixou assentado que o fato de não haver uma lei fixando outra base de
cálculo que não o salário mínimo não permitiria que o Judiciário a fixasse como
sendo a remuneração, porque a CF/88, no art. 7º, XXIII, não estabeleceu base
de cálculo sobre a remuneração, mas apenas estatuiu que o adicional
comporia a remuneração do trabalhador.
SÚMULA VINCULANTE 4
Todavia, continua, ainda, o art. 192 da CLT a mencionar o salário mínimo como
base de cálculo do adicional de insalubridade.
Ora, existindo norma de ordem pública que impõe a forma escrita como
requisito essencial para a validade do acordo que elastece a jornada de
trabalho e considerando a garantia vigente conferida pelo artigo 5° inciso II da
CF/88, o reclamado encontra-se obrigado a observar as disposições legais
acima destacadas, segundo o principio da legalidade e da reserva legal.
2.2.4. DO FGTS
E essa situação não pode ser modificada mediante contratação, tampouco por
norma coletiva de trabalho, pois não está à disposição das entidades sindicais
fixar a natureza jurídica de quaisquer das contraprestações advindas do
dispêndio da força laboral. Essa prerrogativa é apenas legal. Daí porque admito
o caráter indenizatE essa situação não pode ser modificada mediante
contratação, tampouco por norma coletiva de trabalho, pois não está à
disposição das entidades sindicais fixar a natureza jurídica de quaisquer das
contraprestações advindas do dispêndio da força laboral. Essa prerrogativa é
apenas legal. Daí porque admito o caráter indenizatório dessa verba, por força
do disposto na Lei n.º 6.321/76 (OJ n.º 133, da SDI-I/TST), que regulamenta o
PAT.
Ocorre que, no caso dos autos, a ré sequer alega ser integrante do PAT, se
arrimando somente nas convenções coletivas de trabalho.
Dou provimento para fixar a verba honorária em 15% (quinze por cento).
3. CONCLUSÃO
RECURSO ORDINÁRIO
EMENTA:
MULTA DO ART. 477, DA CLT - Se o pagamento das verbas deferidas só restou devido após
o provimento jurisdicional de primeiro grau, inexiste, antes disso, mora justificadora da
aplicação da multa do § 8.º,do artigo celetista em comento.
1. 1. RELATÓRIO
Seqüência de atos:
ATO FOLHAS
SENTENÇA 240-245
EMBARGOS - RECLAMADO 247-251
EMBARGOS - RECLAMANTE 252
DECISÃO - EMBARGOS 254
RECURSO - RECLAMANTE 259-265
RECURSO - RECLAMADO 266-275
CONTRA-RAZÕES ? AUTOR 278-281
CONTRA-RAZÕES - 284-291
RECLAMADO
PARECER DO MINISTÉRIO 295-297
PÚBLICO DO TRABALHO
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1 CONHECIMENTO
2) ?a indigitada condenação deve ser podada de maneira imediata, porque a sentença agiu
de maneira totalmente contrária aos limites do artigo 460 do CPC, pois deferiu parcela sem que
houvesse pedido, portanto, ?ultra e extra-petita?.? (f.269);
Sem razão.
Por fim, ressalte-se que ainda que não o tivesse feito, os honoráPor fim,
ressalte-se que ainda que não o tivesse feito, os honorários são pedidos
implícitos, ainda que ausentes na inicial podem ser apreciados pelo Juiz.
Rejeito.
2.3 MÉRITO
Sem razão.
Em regra o ato nulo não produz efeitos. Mas não se pode aceitar essa
assertiva com absoluto rigor, pois há aqueles que os geram, em razão de
motivos relevantes. A nulidade da contratação não pode deixar de gerar efeitos
em favor do hipossuficiente, pois não há má-fé por parte do trabalhador na
efetivação da contratação e por ser impossível a restituição aos contratantes do
estado anterior, dado o caráter da prestação recebida pelo empregador.
Nego provimento.
Com razão.
Por sua vez, a definição da natureza jurídica de direito social foi declarada pelo
Supremo Tribunal Federal, no recurso extraordinário 100249, onde foi
ressaltado seu fim estritamente social de proteção ao trabalhador, verbis:
" EMENTA: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço . Sua natureza jurídica. Constituição, art.
165, XIII.Lei nº5.107, de 13.9.1966. às Contribuições para o FGTS não se caracterizam como
crédito tributário ou contribuições a tributo equiparáveis. Sua sede está no art. 165, XIII, da
Constituição. Assegura-se ao trabalhador estabilidade, ou fundo de garantia equivalente. Dessa
garantia, de índole social, promana, assim, a exigibilidade pelo trabalhador do pagamento do
FGTS, quando despedido, na forma prevista em lei. Cuida-se de um direito do trabalhador. Dá-
lhe o Estado garantia desse pagamento. A contribuição pelo empregador, no caso, deflui do
fato de ser ele o sujeito passivo da obrigação, de natureza trabalhista e social, que encontra, na
regra constitucional aludida, sua fonte. A atuação do Estado, ou de órgão da Administração
pública, em prol do recolhimento da contribuição do FGTS, não implica torná-lo titular do direito
à contribuição, mas, apenas, decorre do cumprimento, pelo Poder Público de obrigação de
fiscalizar e tutelar a garantia assegurada ao empregado optante pelo FGTS. Não exige o
Estado, quando aciona o empregador, valores a serem recolhidos ao Erário, como receita
pública. Não há, aí, contribuição de natureza fiscal ou parafiscal. Os depósitos do FGTS
pressupõem vínculo jurídico, com disciplina no Direito do Trabalho. Não se aplica às
contribuições do FGTS o disposto nos arts. 173 e 174, do CTN. Recurso extraordinário
conhecido, por ofensa ao art. 165, XIII, da Constituição, e provido, para afastar a prescrição
qüinqüenal da ação.
...
O SENHOR MINISTRO SIDNEY SANCHES:
...
Discutiu-se no v. acórdão recorrido o tema da natureza jurídica do FGTS, se tributária ou não-
tributária, para efeito de fixação do prazo de prescrição , com exame de matéria constitucional,
de lei complementar ( CTN) e de legislação ordinária específica.
...
Para o eminente Ministro NÉRI DA SILVEIRA tal contribuição, nem mesmo antes da EC nº8/77.
E, por isso, tendo por aplicável à espécie o prazo trintenário resultante de conjugação do art. 20
da Lei nº 5.107/66 com o art. 144 da LOPS, conhece do recurso e lhe dá provimento para
afastar a prescrição .
Peço vênia ao eminente Ministro OSCAR CORREA para acompanhar o voto do eminente
Ministro NÉRI DA SILVEIRA, pelas razões seguintes.
O Código Tributário Nacional é de 25/10/66 ( Lei nº 5.172), anterior, portanto, à C.F. de 1967.
Seu art. 3º define tributo como toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada..
A contribuição para o fundo de garantia por tempo de serviço foi instituída pelo Lei nº 5.107, de
13/09/66, antes mesmo do CóA contribuição para o fundo de garantia por tempo de serviço foi
instituída pelo Lei nº 5.107, de 13/09/66, antes mesmo do Código Tributário Nacional, que é de
25/10/66.
Ora, a meu ver, também, não pode ser qualificado como tributo no sentido do art. 3 CTN, uma
contribuição para um fundo, feita pelo empregador, em prol do empregado, destinado
exclusivamente a este, despedido justa ou injustamente, e que nunca se incorpora, nem
mesmo de passagem, à receita propriamente dita, embora seja administrado e cobrado por
órgãos governamentais.
Se o FGTS não é tributo, mas direito social do empregado , garantido pela C.F. e regulado por
lei própria, que, no art. 20 (lei 5.107/66) lhe atribui os mesmos privilégios das contribuições
devidas à previdência social, o prazo prescricional para a pretensão de cobrança há de ser o
previsto no art. 144 da LOPS, i. e., o de trinta anos, e não o de cinco anos, previsto o art. 174,
do C.T.N.
Nego provimento .
Com razão.
Dou provimento.
Sem razão.
O Reclamante não produziu provas quanto ao alegado desvio funcional, razão
da impossibilidade de sua concessão.
Por sua vez, o autor alegou que ?desde a admissão até o mês de março de
2002, desempenhou a função de Chefe de Departamento?. Contudo, ?jamais
percebeu pela função desempenhada ? chefe de Departamento e Secretário.?
Nome Valor
Tania Lucia Marino ? f.52 R$ 548,15
Valcemir Barbosa Aleluia ? fs.52-53 R$ 548,15
Nego provimento.
Alega o recorrente ser devida a multa do art. 477, da CLT, ante o pagamento
incorreto das verbas rescisórias.
Indevida a multa pelo pagamento a destempo das verbas resilitórias, uma vez
que estas foram adimplidas dentro do prazo elencado no art. 477 , § 6.º da
CLT. O pagamento das verbas deferidas só restou devido após o provimento
jurisdicional de 1.º grau , inexistindo, antes disso, mora justificadora da
aplicação da multa do § 8.º do artigo celetista em comento.
3. CONCLUSÃO
RECURSO ORDINÁRIO
1. 1. RELATÓRIO
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1. ADMISSIBILIDADE
O recurso ordinário obreiro não deve ser conhecido em relação à ?multa do art.
467 da CLT?, visto que o pedido de reforma da decisão não veio acompanhado
das razões de fato e de direito com que o recorrente impugna o julgado. O
recurso ordinário obreiro não deve ser conhecido em relação à ?multa do art.
467 da CLT?, visto que o pedido de reforma da decisão não veio acompanhado
das razões de fato e de direito com que o recorrente impugna o julgado.
Vejamos.
Em seu depoimento pessoal, fl. 65, o autor disse começou trabalhando como
ajudante de entrega de biscoitos no veículo Kombi do Sr. Wagner, antes de
laborar com o Sr. Márcio Teixeira. Em seu depoimento pessoal, fl. 65, o autor
disse começou trabalhando como ajudante de entrega de biscoitos no veículo
Kombi do Sr. Wagner, antes de laborar com o Sr. Márcio Teixeira.
A reclamada sustenta que o reclamante não lhe prestou serviços, mas sim para
os terceirizados. O fato de afirmar que faz entregas no interior não é suficiente
para demonstrar que o autor lhe era subordinado, evidenciando apenas que a
ré, por intermédio dos terceirizados, efetuava tais entregas no interior do
Estado do Espírito Santo (vide fl. 66).
A 2ª testemunha da ré, Sr. Josias Guimarais Vieira, disse, à fl. 70, que presta
serviços para a reclamada desde o ano de 1999, na função de operador, e que
o autor era funcionário da ré como outro qualquer, recebendo seus salários do
Sr. Márcio Teixeira Soares. Tal assertiva poderia induzir a ilação de que o autor
já era empregado da reclamada antes do ano de 2006, entretanto, essa
testemunha não soube informar o período em que o reclamante trabalhou para
a referida pessoa. Portanto, do seu depoimento, pode se entender, assim como
entendeu o MM. Juízo de origem, que só passou a ser empregado da ré a
partir da data da formalizaA 2ª testemunha da ré, Sr. Josias Guimarais Vieira,
disse, à fl. 70, que presta serviços para a reclamada desde o ano de 1999, na
função de operador, e que o autor era funcionário da ré como outro qualquer,
recebendo seus salários do Sr. Márcio Teixeira Soares. Tal assertiva poderia
induzir a ilação de que o autor já era empregado da reclamada antes do ano de
2006, entretanto, essa testemunha não soube informar o período em que o
reclamante trabalhou para a referida pessoa. Portanto, do seu depoimento,
pode se entender, assim como entendeu o MM. Juízo de origem, que só
passou a ser empregado da ré a partir da data da formalização do vínculo.
Nego provimento.
Bom.
A prova, nesse sentido, cujo ônus era do reclamante, foi inconsistente, pois se
dirigiu apenas à pessoa da depoente.
Nego provimento.
Sem razão.
A multa do §8 º, do artigo 477, da CLT é devida, exclusivamente, na hipótese
de atraso no pagamento das verbas rescisórias constantes do termo de
rescisão, não se podendo elastecer o seu alcance.
Vejamos.
Nego provimento.
Nesta matéria foi vencida esta Relatora, pois a douta maioria dos Juízes desta
Corte deu provimento parcial ao apelo, sob fundamento do Juiz Revisor, in
verbis:
Por todo o exposto, dou parcial provimento ao apelo para atribuir à reclamada a
responsabilidade pelo pagamento da multa e dos juros previstos no art. 34 da
Lei n.º 8.212/91, eventualmente incidentes.
3. CONCLUSÃO
RECURSO ORDINÁRIO
EMENTA
Não houve remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho para emissão
de parecer, em atendimento ao art. 44 da Consolidação dos Provimentos da
CGJT, publicado no D.J. de 20 de abril de 2006 e republicado em 02.05.2006.
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1. CONHECIMENTO
2.2. MÉRITO
A recorrente alega ser devida a multa prevista no art. 467 da CLT, entretanto,
razão não lhe assiste. Não há, no caso em comento, verbas incontroversas,
pois todas elas foram objeto da presente lide, o que torna impossível o seu
pagamento na primeira audiência, bem como a aplicação da multa em questão.
Nego provimento.
Indevida a multa capitulada no artigo 477, §8º, da CLT, pois ela incide quando
há mora no ?pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão
ou recibo de quitação?, o que não ocorreu, na espécie, conforme TRCT, às fls.
09. O reconhecimento de haveres trabalhistas em Juízo não geram a
aplicabilidade da sanção, salvo quando houver intuito fraudulento ou
desrespeito ao princípio da razoabilidade. Afinal, o réu também tem o direito de
acesso à justiça e discutir judicialmente se o direito alegado pelo autor deve ou
não ser reconhecido.
Nego provimento.
Sem razão.
Importante registrar que a única testemunha ouvida disse que só era registrada
na documentação o período de locomoção, ou seja, o tempo em que o veículo
estava rodando. Como a testemunha afirmou que o tempo à disposição não era
registrado no controle de freqüência, a documentação não pode servir para
desconstituir o valor probante da prova testemunhal.
Diante da prova produzida, arbitro a jornada do autor como sendo das 4h20min
às 20 horas, Diante da prova produzida, arbitro a jornada do autor como sendo
das 4h20min às 20 horas, com 1 hora de intervalo, e sem folga semanal.
Tem-se também que o autor laborava, em média, dois domingos por mês.
Dessa forma, uma vez concedido o intervalo de 1hora, não há motivos para
considerar aquela jornada prevista em convenção.
[...]
Nego provimento.
Sem razão.
Com relação aos descontos fiscais, entendo, com base no art. 46 da Lei
8.541/1992 e Provimento 03/2005 da CGJT, que o imposto sobre a renda
incidente sobre os rendimentos pagos em cumprimento de decisão judicial será
retido na fonte pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento, no
momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponível para o
beneficiário.
[...]
[...]
Assento, por oportuno, que na presente hipótese há pedido na inicial para que
a responsabilidade pelo pagamento seja transferida exclusivamente ao
empregador.
[...]
3. CONCLUSÃO
RECURSO ORDINÁRIO
1. 1. RELATÓRIO
O apelo versa sobre horas extras; multa do art. 477, § 8º, da CLT; assistência
judiciária gratuita e honorários advocatícios; descontos previdenciários e
fiscais.
Não houve remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho para emissão
de parecer, em atendimento ao art. 44 da Consolidação dos Provimentos da
CGJT, publicado no D.J. de 20 de abril de 2006 e republicado em 02.05.2006.
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1. CONHECIMENTO
2.2. MÉRITO
Alega, por fim, que sempre laborou em jornada extra desde o início da
prestação de serviço, sem nunca ter recebido a devida contraprestação
pecuniária.
Em princípio cumpre analisar a prova oral carreada aos autos, fls. 120/122,
Assim, por não provado que o autor extrapolava a jornada diária, não há como
acolher o seu pleito de pagamento de horas extras.
Nego provimento.
Indevida a multa capitulada no artigo 477, § 8º, da CLT, pois ela incide quando
há mora no ?pagamento das parcelas constantes do instrumento de rescisão
ou recibo de quitação?, o que não ocorreu, na espécie, conforme TRCT, às fls.
40. O reconhecimento de haveres trabalhistas em Juízo não geram a
aplicabilidade da sanção, salvo quando houver intuito fraudulento ou
desrespeito ao princípio da razoabilidade. Afinal, o réu também tem o direito de
acesso à justiça e de discutir judicialmente se o direito alegado pelo autor deve
ou não ser reconhecido.
Nego provimento.
In casu, o autor está assistido por advogado particular, não estando presente a
hipótese que ensejaria ao juízo deferir-lhe o benefício da assistência judiciária
gratuita.
Nego provimento.
2.2.4. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Nego provimento.
Súmula 368 - TST - Res. 129/2005 - DJ 20, 22 e 25.04.2005 - Conversão das Orientações
Jurisprudenciais nºs 32, 141 e 228 da SDI-1. Descontos Previdenciários e Fiscais -
Competência - Responsabilidade pelo Pagamento - Forma de Cálculo
[...]
Com relação aos descontos fiscais, entendo, com base no art. 46 da Lei
8.541/1992 e Provimento 03/2005 da CGJT, que o imposto sobre a renda
incidente sobre os rendimentos pagos em cumprimento de decisão judicial será
retido na fonte pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento, no
momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponível para o
beneficiário.
Súmula nº 368 - TST - Res. 129/2005 - DJ 20, 22 e 25.04.2005 - Conversão das Orientações
Jurisprudenciais nºs 32, 141 e 228 da SDI-1. Descontos Previdenciários e Fiscais -
Competência - Responsabilidade pelo Pagamento - Forma de Cálculo
[...]
[...]
Nego provimento.
3. CONCLUSÃO
RECURSO ORDINÁRIO
Recorrente: MS 3 - COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
LTDA.
Recorrido: NELIO RAMOS
Origem: VARA DO TRABALHO DE COLATINA - ES
Relatora: DESEMBARGADORA WANDA LÚCIA COSTA LEITE
FRANÇA DECUZZI
Revisora: DESEMBARGADORA CLÁUDIA CARDOSO DE SOUZA
EMENTA
1. 1. RELATÓRIO
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
2.2. DO MÉRITO
Vejamos.
Pelo que se infere dos relatórios de viagem constantes nos autos, às fls. 09/10,
que sPelo que se infere dos relatórios de viagem constantes nos autos, às fls.
09/10, que são apenas dois, o que aponta a referência 08/2002 demonstra o
início do horário de trabalho, às 8:45 (dia 20), 7:57 (dia 21) e 6:15 (sem data), e
término do trabalho às 21:46 (dia 20); 19:17 (dia 21) e 10:57 (sem data). Já o
outro, que não faz menção ao mês, mas supostamente ao dia 06, verifica-se
como hora de início do labor as 8:00 e término 18:00.
Contudo, tal presunção não pode ser considerada em relação a todo horário
declinado na exordial, ao passo que a reclamada expressamente afirmou que o
reclamante desempenhava trabalho tanto interno quanto externo, e o autor não
refutou ao se manifestar sobre a defesa, e, quanto ao labor interno, a ré
apresentou os cartões de ponto, comprovando a jornada de trabalho do autor,
que, inclusive, são absolutamente variáveis, com inúmeras horas extras.
Ressalte-se que os preceitos que impõem penalidades, ainda que em prol dos
trabalhadores, não devem ter seu campo de aplicação ampliado.
Portanto, dou provimento ao pleito patronal.
Tal entendimento foi corroborado pelo STF, vez que, mediante a ADIN 1127-8,
suspendeu a eficácia do artigo 1º, da Lei 8906/94, e, também, pelo TST,
através da Súmula 329.
3. CONCLUSÃO
RECURSO ORDINÁRIO
EMENTA
Não restou provada a quitação dos haveres trabalhistas no prazo legal, motivo
pelo qual é devido o pagamento da multa consignada no § 8º do art. 477 da
CLT.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
1. 1. RELATÓRIO
É o relatório.
2. FUNDAMENTAÇÃO
2.1 CONHECIMENTO
2.2 MÉRITO
Alega, em síntese, que não houve atraso no pagamento das verbas rescisórias,
sustentando que a autora recebeu as guias da rescisão na data da sua
homologação, aduzindo ser este fato impeditivo da aplicação da multa
pleiteada, inclusive por não haver data para homologação.
Vejamos.
Restou provado nos autos que a quitação dos haveres trabalhistas foi feita fora
do prazo legal, consoante se verifica no documento juntado aos autos (fl. 93)
com protocolo de pagamento no dia 30/03/2007, motivo pelo qual é devido o
pagamento da multa consignada no § 8º do art. 477 da CLT.
Nego provimento.