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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA

Cleia Silva Bezerra


Marina Costa Galvão
Mayara Câmara Serra

Construção Sustentável: Uma alternativa para a população baixa-renda

São Luís – MA
2010
Cleia Silva Bezerra
Marina Costa Galvão
Mayara Câmara Serra

Construção Sustentável: Uma alternativa para a população baixa-renda.

Projeto de pesquisa elaborado para disciplina


Metodologia do trabalho científico para fins de
aprovação.

São Luís – MA
2010
SUMÁRIO

SUMÁRIO............................... ............................................................................................................... 2

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 2

2 OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 5

2.1 Geral ......................................................................................................................................... 5


2.2 Específicos .............................................................................................................................. 5

3 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................................. 6

4 METODOLOGIA ................................................................................................................................. 8

5 CRONOGRAMA ................................................................................................................................. 9

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 9
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1 INTRODUÇÃO

Sustentabilidade é um termo bastante em voga na primeira década deste


século. Isso devido à alta incidência de catástrofes naturais, aquecimento global,
efeito estufa e a ameaça de escassez de recursos naturais. Neste âmbito, o setor da
construção civil, que é um segmento responsável por grandes intervenções
estruturiais no planeta, precisa estar atento às novas exigências de mercado e de
instituições que defendem a preservação ambiental. Isto porque toda construção,
reforma, ou ampliação significa, em última instância, em algum impacto (muitas
vezes irreversível) no meio natural.
Sem contar no defeito desse setor que é gerar muitos resíduos sólidos –
entulho, que, se por um lado tem rigidez suficiente para estruturar firmemente uma
edificação, por outro, demora muito para se degradar na natureza.
Para atenuar este fato, todo dia surgem medidas inovadoras para levar a
sustentabilidade até os lares, para o dia-a-dia da população. Entretanto, essass
medidas são geralmente muito dispendiosas, não incluem a população baixa-renda
(que é maioria) no público-alvo que contribui para o desenvolvimento sustentável.
Percebe-se assim, a necessidade de um estudo detalhado a cerca de
intervenções estruturais que possam ser instaladas em edificações. Intervenções
essas a fim de otimizar o desempenho ecológico das casas da maioria da população
brasileira. Sem, contudo, prejudicar-lhes o orçamento doméstico e a eficiência dos
produtos básicos necessários ao bom funciomamento de uma residência.
O estudo abrangerá a divulgação de algumas técnicas e materiais de
construção ecologicamente corretos; de instalação de estruturas financeiramente
acessíveis e específicas para o aproveitamento sustentável da água e da energia
elétrica; de equipamentos geradores de energia; etc, bem como seus preços, seus
instrumentos de avaliação e depoimentos regulamentados que respaldem sua
eficácia.
Sendo assim, fica nítida a necessidade de um espaço no meio científico
para uma pesquisa que forneça esses dados.
Além de necessário, este estudo é muito importante, pois abre caminho
para que futuras pesquisas forneçam informações capazes de converter estes dados
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em medidas concretas de inclusão e participação efeitva da sociedade na luta pela


diminuição dos impactos ambientais.
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2 Objetivos

2.1 Geral

Reunir alternativas estruturais no setor da construção civil que permitam


às famílias baixa-renda brasileiras contribuir para o desenvolvimento sustentável.

2.2 Específicos

 Coletar dados e notícias de divulgação e/ou implantação de novos


artefatos ecoeficientes no ramo da construção civil para o funcionamento
sustentável de residências;
 Analisar e selecionar estes dados conforme o nível de acessibilidade
financeira e eficiência operacional dos artefatos em tese;
 Reorganizar estes dados em forma de relatório contendo diversas
análises de agentes da construção civil; do segmento ambiental e de
economistas.
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3 REFERENCIAL TEÓRICO

Pesquisas recentes indicam um aumento de cerca de 5% nos gastos no


processo de construção caso sejam feitos investimentos em sustentabilidade,
contudo, a economia a médio e longo prazo, que gira em torno de 30%, compensa
os gastos extras. Entretanto, a conjuntura econômica atual não possibilita às famílias
baixa-rendas brasileiras desembolsar esse gasto extra tanto em vias de obras como
de funcionamento interno de suas residências no que tange ao consumo e
aproveitamento de água e energia e tratamento ecoeficiente de resíduos. É o que
confirma Hayrton Rodriques do Prado Filho, geólogo formado pela USP, jornalista e
diretor editorial das revistas “Banas Qualidade” e “Metrologia & Instrumentação” em
seu livro: “Sustentabilidade: Mito ou Realidade?”:

A premissa dos sociólogos de que os pobres são as principais vítimas da


degradação ambiental é subjacente à ligação entre eqüidade e
sustentabilidade. Presumindo que as raízes da degradação ambiental são
também responsáveis pela iniqüidade social, este discurso postula a
inseparabilidade analítica entre ecologia e justiça em um mundo
caracterizado por fragmentação social, apesar de seus problemas
ambientais comuns. A pressão sobre os recursos naturais tem que ser
relacionada a práticas de distribuição injustas, dependência financeira e
falta de controle sobre tecnologia, comércio e fluxos de investimentos.
(PRADO FILHO, 2007, P.10)

Opiniões como esta, aliadas ao fato de não haver no Brasil ainda uma
política consolidada de apoio sócio-econômico-ambiental, faz perceber que é
necessário conhecer e divulgar uma série de invenções ecoeficientes e acessíveis
no segmento da construção civil.
As palavras de Vanderley Moacyr John, Coordenador do Programa de
Pós-graduação em Engenharia Civil da Politécnica da USP, recaem no reforço do
caráter oportuno deste projeto de pesquisa: “Não são os ambientalistas que vão
resolver os problemas ambientais: no final, conceitos gerais, políticas públicas,
precisam ser transformadas [sic] em soluções de engenharia (...)”. (JOHN, 2007, P.
17)
Quanto mais sustentável uma obra, mais responsável ela será por tudo o
que consome, gera, processa e elimina (descarta). Sua característica mais marcante
deve ser a capacidade de planejar e prever todos os impactos que pode provocar,
antes, durante e depois do fim de sua vida útil (já no processo de demolição). Além
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disso, as residências sustentáveis devem aliar conforto, viabilidade, aceitação


cultural e economia através do seu regimento interno.
Em termos de aumento de custos no novo conceito de sustentabilidade, o
professor Miguel Sattler, Engenheiro civil, PhD pela University of Sheffield, na Grã-
Bretanha pós-doutorado na University of Liverspool, na Grã-Bretanha, professor do
núcleo orientado para a inovação na edificação (Norie/UFRGS), esclarece que, em
qualquer construção, os custos deverão ser adequados aos interesses do cliente e a
sua disponibilidade de recursos. (SATTLER, 2007)
Na bancarrota do desenvolvimento sustentável, se por um lado a
população de renda alta precisa rever e quem sabe até corrigir seus padrões de
consumismo, por outro, a população baixa-renda precisa ter condições para viver a
sustentabilidade.
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4 METODOLOGIA

Pesquisa bibliográfica.
Pesquisa de campo.
Entrevistas contendo perguntas abertas com agentes do segmento
técnico: engenheiros civis, arquitetos, técnicos e tecnólogos da área da construção
civil; com representantes de setores populares: associação de moradores e
conselhos comunitários; com representantes de ONGs e órgãos institucionais
ligados à preservação ambiental; com representantes de segmentos empresariais:
empreiteiras e empresários da área de materiais de construção.
Levantamento da viabilidade técnica e financeira de alguns artefatos
ecoeficientes recém-inventados para residências.
Organização qualitativa e quantitativa dos dados.
Análise dos dados e construção de relatório.
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5 CRONOGRAMA

Tempo necessário – 2º semestre/2010


Ações
JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Levantamento bibliográfico X

Pesquisa de campo X

Preparação de questionários X

Agendamento de entrevistas X

Entrevistas X X

Organização dos dados X

Análise dos dados levantados X

Construção de relatório x x

Apresentação de relatório x
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REFERÊNCIAS

CÂMARA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Guia de Sustentabilidade na


Construção. Belo Horizonte: FIEMG, 2008. 60p. Disponível em: < http://www.
cbcs.org.br/userfiles/comitestematicos/ outrosemsustentabilidade/Guia_
Sustentabilidade_SindusCon_MG.pdf >. Acesso em 17/06/2010

CREA-RS. Conselho em Revista. n° 33. Porto Alegre. 2007. Pág. 15-18. Disponível
em: < http://www.crea-rs.org.br/crea/pags/revista/33/cr33_ area-tecnica.pdf> Acesso
em 17/06/2010

MAIA NETO, Franscisco. A sustentabilidade na construção civil. Jornal Estado de


Minas. Coluna Mercado Imobiliário. Disponível em < http://www.precisao. eng.
br/fmnresp/sustenta.htm >. Acesso em 17/06/2010

PRADO FILHO, Hayrton Rodrigues do. Sustentabilidade: mistificação ou


realidade? Coleção de E-books, volume 7. Diponível em < http://www.
qualistore.com.br/produto.asp?codigo=3666 >. Acesso em 17/06/2010

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