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RESUMO
Neste artigo será realizada uma análise não-linear de pilares mistos parcialmente
preenchidos por concreto em situação de incêndio. A formulação referente à análise
térmica é baseada no método dos elementos finitos e consiste em adotar o
elemento quadrilateral com quatro nós para discretizar a seção e para determinar os
valores das temperaturas aproximadas em cada ponto nodal a cada estágio de
tempo. A partir daí, é possível traçar as diferentes curvas nominais de aquecimento
do sistema estrutural.
A modelagem numérica referente à análise térmica será realizada no FORTRAN
e as respostas obtidas serão confrontadas com resultados determinados pelo
SAFIR. Para executar tal tarefa, utiliza-se a aproximação de Taylor-Galerkin e uma
aproximação baseada no método das diferenças finitas (solução de Newmark)
destinada à montagem do sistema de equações lineares.
Vale mencionar ainda que a formulação adotada na análise estrutural se baseia
nas considerações do Eurocode 3 e 4 e do AISC/LRFD. As curvas de flambagem
para as colunas metálicas e mistas à temperatura ambiente e os resultados em
situação de incêndio, são encontrados com auxílio do SAFIR e comparados com as
curvas de resistência teóricas baseadas na norma européia e no AISC/LRFD.
PALAVRAS-CHAVE
Estruturas mistas, Análise não-linear, Pilares mistos, Elementos finitos.
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(1) Título da Contribuição Técnica a ser apresentada no CONSTRUMETAL 2008 – Congresso
Latino-Americano da Construção Metálica – Setembro 2008 – São Paulo – SP – Brasil.
(2) Engº Civil, Professor Substituto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, Aluno
de Doutorado da COPPE/UFRJ – Programa de Engenharia Civil, Laboratório de Estruturas,
Cidade Universitária;pandrocha@yahoo.com.br
(3) Engº Civil, Professor Adjunto do Departamento de Estruturas, Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da UFRJ; Professor Associado COPPE/UFRJ – Programa de Engenharia Civil,
Laboratório de Estruturas, Cidade Universitária; alandes@coc.ufrj.br; batista@coc.ufrj.br
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1- INTRODUÇÃO
2- MODELO TÉRMICO
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é um escalar definido entre 0 e 1. É recomendado um valor para o parâmetro igual a
.
3- MODELO ESTRUTURAL
a) Seção W 200 × 200 × 71 b) Seção W 310 × 310 × 129 c) Seção W 360 × 410 × 347
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flexional efetiva da seção EI fi ,ef , z em situação de incêndio. Esta metodologia será
detalhada nas sub-seções que seguem.
A
θ f ,t = θ 0,t + kt m . (3)
V
be f ,
N fi , Pl , Rd , f = 2 f ay f ,t e (4)
γ M , fi ,a
EI fi , f , z =
(
Ea , f ,t e f b3 ). (5)
6
H
hw, fi = 0,5 ( h − 2 e f ) 1 − 1 − 0,16 t e (6)
h
4 de 11
Ea , w ( h − 2 e f − 2 hw, fi ) ew3
EI fi , w, z = . (7)
12
N fi , Pl , Rd ,c =
0,86 { ( ( h − 2e f − 2bc , fi ) ( b − ew − 2bc , fi ) − As )} f c ,θ
, (8)
γ M , fi ,c
f c ,θ f c kc ,θ
Ec ,sec,θ = = , (9)
ε cu ,θ ε cu ,θ
( b − 2b ) 3
3
( c , fi )
EI fi ,c , z = Ec ,sec,θ h − 2e − 2b c , fi
− ew − I s , z ,
(10)
f
γ
M , fi
5 de 11
EI fi , s , z = k E ,t Es I s ,t . (12)
N fi , Pl , Rd = N fi , Pl , Rd , f + N fi , Pl , Rd , w + N fi , Pl , Rd ,c + N fi , Pl , Rd ,s . (13)
π 2
( EI ) fi,eff , z
N fi ,cr , z = , (15)
lθ2
6 de 11
N fi , Pl , Rd
λθ = . (16)
N fi ,cr , z
4 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO
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Pilar Misto W 310x310x129 kg/m
1200
Nó 89
1000
Nó 121
Temperatura (ºC)
800 Nó 151
600
400
Incêndio Padrão
200 Term 2D
Safir
0
0 2000 4000 6000 8000
Tempo (s)
Figura 4- Variação da temperatura da coluna mista.
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Curva de Resistência do Pilar Misto Curva de Resistência do Pilar Misto
Perfil W 200x200x71 kg/m Perfil W 310x310x129 kg/m
ρ ρ
1.1 1.1
1.0 1.0
0.9 0.9
0.8 0.8
0.7 0.7
0.6 0.6
0.5 0.5
0.4 0.4
0.3 0.3
SAFIR SAFIR
0.2 0.2 AISC/LRFD
AISC/LRFD
Eurocode 4 Eurocode 4
0.1 0.1
0.0 λ 0.0 λ
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
1.0
0.9
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
SAFIR
AISC/LRFD
0.2
Eurocode 4
0.1
0.0 λ
0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0
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por concreto e supondo que a flambagem acontece em relação ao eixo de menor
inércia, pode-se concluir que:
d
Como b f ≥ 300mm e ≤ 3 , então deve-se considerar que o valor limite de lθ é
bf
lθ ≤ 13,5 b f , ou seja, lθ ≤ 4,158m . O valor do comprimento de flambagem em incêndio
foi definido como lθ = 0,5 l , porque verificou-se um pilar do segundo pavimento.
Na Tabela 1 são apresentados os comprimentos de flambagem permitidos, os
valores teóricos definidos pelo Eurocode 4 para o esforço axial de cálculo após 1
hora de incêndio, e os tempos que as colunas resistiram à carga imposta, obtidos
através da modelagem numérica realizada com o SAFIR.
5 CONCLUSÕES
Agradecimentos
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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