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Técnico de

Enfermagem
Módulo I

Nutrição Aplicada à
Enfermagem

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TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Nutrição Aplicada à Enfermagem

SUMÁRIO

A Enfermagem e o Serviço de Nutrição e Dietética (SND) ................................................................ 3

Introdução á Nutrição Dietética ........................................................................................................... 3

Conceitos Básicos ................................................................................................................................ 3

Nutrientes ............................................................................................................................................. 4

Água ..................................................................................................................................................... 4

Hidratos de Carbono ............................................................................................................................ 5

Proteinas ............................................................................................................................................... 6

Lipídios ................................................................................................................................................ 6

Vitaminas ............................................................................................................................................. 7

Minerais ............................................................................................................................................... 9

Pirâmide Alimentar ............................................................................................................................ 10

O Cuidado com a preparação dos Alimentos e com o Paciente......................................................... 11

Dietoterapia ........................................................................................................................................ 11

Interação entre Drogas e Nutrientes ................................................................................................... 21

Nutrição Enteral ................................................................................................................................. 22

Nutrição Parenteral ............................................................................................................................ 23

Orientações para uma Dieta Saudável: .............................................................................................. 24

Comendo fora ..................................................................................................................................... 25

Curiosidades ....................................................................................................................................... 26

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TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Nutrição Aplicada à Enfermagem

A ENFERMAGEM E O SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA (SND)

As atividades de um hospital são constituídas, em seu todo, pela integração das equipes que
nele atuam. Deve-se sempre trabalhar visando a integração entre as equipes combinando ética e
responsabilidade profissional, pois assim, a eficiência dos serviços prestados contribuirá para um
saldo positivo do nível do trabalho.
Tanto o Auxiliar quanto o Técnico de Enfermagem devem notificar o SND quando:
- das admissões, transferências, altas e óbitos de pacientes;
- alterações dietéticas prescritas pelo médico;
- administração da dieta aos pacientes impossibilitados de fazê-lo, por si próprios;
- comunicar solicitações alimentares dos pacientes ocorridas fora dos horários de visita do SND;
- anotar no prontuário ou informar diretamente a nutricionista a aceitação alimentar do paciente,
em quantidade e qualidade;
- manter entrosamentos constantes com o SND, informando sobre eventuais anormalidades
relativas ao paciente durante as refeições.
É importante também, que o Auxiliar/Técnico de Enfermagem mantenha condições
ambientais adequadas para que o paciente sinta-se estimulado a aceitar os alimentos, como se
certificar que pacientes portadores de próteses dentárias as estejam utilizando na hora das refeições:
fazer a higiene oral do paciente e a higiene pessoal quando necessário, administrar anestésicos
locais para lesões orais.
Sempre que possível o paciente deverá fazer suas refeições em ambiente tranqüilo, sem a
presença de visitas inconvenientes.

INTRODUÇÃO Á NUTRIÇÃO DIETÉTICA


A alimentação exerce grande influência sobre o indivíduo, principalmente sobre sua saúde.
Nosso organismo precisa de alimentos para fornecer energia para as funções orgânicas, movimentos
e trabalho do corpo, manter sua temperatura estabilizada, fornecer materiais para a produção de
enzimas, para o crescimento, para substituições e reparações.
A alimentação inadequada está associada ao desenvolvimento de diversas patologias:
obesidade, diabetes, obstipação, vários tipos de câncer entre outras.

CONCEITOS BÁSICOS
Nutrição: é a ciência que estuda os hábitos alimentares do Homem visando a preservação da saúde
por meio do planejamento e do controle da alimentação.

Alimentos: são substâncias formadas por nutrientes, que são degradadas no aparelho digestório e
utilizadas pelo metabolismo.

Calorias: é a energia fornecida pelos alimentos

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NUTRIENTES
Os nutrientes são substâncias químicas que constituem os alimentos e que o organismo não
produz, sendo essenciais para o seu funcionamento. São eles: água , hidrato de carbono, lipídeos,
proteínas, vitaminas e sais minerais.

Classificam –se em três categorias:

- energéticos: fornecem energia para


a realização das funções orgânicas.

- construtores: colaboram na
construção e reparação de células,
tecidos e órgãos.

- reguladores: regulam e auxiliam nos


processos do organismo, permitindo maior
aproveitamento dos demais elementos.

ÀGUA

Nosso organismo é composto de 60 à 70% de água. É um dos principais constituintes das


células, essencial ao metabolismo e a manutenção da vida. A necessidade é satisfeita com os
líquidos que bebemos e pela grande quantidade que compõe os alimentos sólidos.
A sede é um sintoma protetor que alerta as
pessoas para suas necessidades de ingestão hídrica.
Função: atua como estabilizante da temperatura
corpórea, transporta nutrientes e produtos de
excreção, constituindo no veículo da maioria das
reações celulares.

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Necessidade: 35 ml/kg/dia (adultos)


HIDRATOS DE CARBONO

Os hidratos de carbono, também conhecidos como carboidratos, são compostos de carbono,


hidrogênio e oxigênio. São considerados energéticos por serem responsáveis por gerar
“combustível” para que o organismo possa realizar suas funções.
Devemos ingerir a quantidade adequada de hidratos de carbono para manter todas as
atividades do organismo. O excesso é armazenado na forma de gordura no tecido adiposo.
São divididos em dois grupos:
Simples : são as menores unidades.
Monossacarídeos: não necessitam sofrer qualquer transformação para serem absorvidos
. glicose: é o produto final da digestão dos carboidratos, sendo a forma circulante no
sangue e a única forma de energia que o cérebro utiliza.
. frutose : é o açúcar das frutas
. galactose: é o açúcar da lactose
Dissacarídeos: é a combinação de dois açúcares simples.
. sacarose: é o açúcar da cana, constituído por glicose + frutose
. lactose: é o açúcar do leite, constituído por glicose + galactose
. maltose: é o açúcar do malte e da cevada, constituído por glicose + glicose

Complexos: são formados pela junção de várias moléculas de monossacarídeos


Polissacarídeos:
. amido: é a forma de armazenamento nos vegetais (sementes folhas, raízes,
tubérculos, frutos)
. glicogênio: é a forma de armazenamento nos animais, funcionando como
reserva de energia.
. fibras: não são digeridas pelo organismo humano, porém são essenciais
regularizar o transito intestinal, melhora a saúde do sistema digestório,
evita prisão de ventre e diverticulite, controlam o câncer de boca,
estômago, cólon, bexiga e ovário, diminuem a diabetes e a tendência de
desenvolvimento da obesidade e de doenças cardíacas.
Suas principais fontes são os cereais integrais, frutas e verduras.
São classificadas em dois grupos:
solúveis: dissolvem em água, são metabolizadas por bactérias no Intestino
Grosso. Retardam o esvaziamento gástrico e o trânsito intestinal.
insolúveis: não se dissolvem em água. Aceleram o esvaziamento gástrico
e transito intestinal.
Função: são fontes de energia e preservam as proteínas.
Fontes: pães, massas, cereais e feculentos. Deve-se dar preferência aos cereais integrais pois além
de estar ingerindo uma fonte de energia, também há consumo de vitaminas, minerais e fibras.
Necessidade diária: 55 a 65% do Valor calórico Total

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PROTEINAS
São nutrientes compostos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, além disso, quase
todas contêm certa quantidade de enxofre e fósforo. São considerados construtores. Bem como os
carboidratos, o consumo excessivo é armazenado no tecido adiposo.
A menor unidade de uma proteína é o aminoácido. Eles são essenciais para a síntese dos
tecidos orgânicos em crescimento, para sua manutenção e reparação, podendo também ser usados
como fonte de energia.
Os aminoácidos são divididos em três grupos:
 essenciais: aqueles que o organismo não sintetiza,
 não essenciais: aqueles que o organismo fabrica,
 condicionalmente essenciais: em condições normais o organismo consegue sintetizar.

De acordo com os aminoácidos presentes, as proteínas podem se classificar em dois grupos:


 completas: que possuem todos os aminoácidos essenciais ( carnes, peixes, aves e ovos)
 incompletas: não possuem um ou mais aminoácido essencial (cereais e leguminosas)

Funções: construtora e reparadora das células, fonte energética, transportam lipídeos, fornecem
proteção imunológica, constituinte dos hormônios, enzimas e secreções.
Fontes: carnes, aves, ovos, peixes, leite e derivados e leguminosas (soja,feijão, lentilha, grão de
bico).
Lembrar que a soja é uma importante fonte de proteínas, porém deve ser alternada com
outras fontes. Não se conhece exatamente qual seu efeito sobre o câncer de mama e na forma
natural sobre os sintomas da menopausa.
Necessidade Diária: 10 a 15% do Valor calórico Total.

LIPÍDIOS
Os lipídios são compostos por um grupo heterogêneo de substâncias que apresentam como
propriedades comum a insolubilidade em água e solubilidade nos solventes orgânicos, como o
etanol, éter, benzeno e acetona. Os lipídios são compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio,
porém, em proporções que diferem das do hidrato de carbono. São classificados como alimentos
energéticos e sua menor unidade chama-se ácido graxo.
Podemos usar o termo lipídios, ao invés de gorduras, porque abrange não só as gorduras
como os óleos. Os óleos são líquidos à temperatura ambiente e as gorduras são sólidas com essa
mesma temperatura.
São classificados em três grupos:
 simples: consistem principalmente em triglicérides, que são a principal forma de
armazenamento no organismo. São divididos em:
- ácidos graxos saturados: são encontrados principalmente nos alimentos de origem animal e
relacionam-se com as doenças cardiovasculares.
- ácidos graxos insaturados: estão presentes nos alimentos de origem vegetal e relacionam-
se com a redução dos níveis sanguíneos de colesterol.
 compostos: são formados por um lipídeo simples e outra substância.
 derivados: são substâncias derivadas dos lipídeos simples ou compostos. O colesterol é o mais
conhecido. Divide-se em LDL ( causam problemas cardiovasculares) e HDL ( absorve o
excesso de LDL, levando-o para ser digerido pelo fígado.

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Função: armazenam e fornecem energia, transportam algumas vitaminas, poupam proteínas,


protegem órgãos contra choque e traumas, regulam a temperatura corporal, dão paladar aos
alimentos, mantém a integridade das membranas celulares,modulam a resposta imunológica.
Fontes: creme de leite, manteiga, toucinho, bacon, banha e gorduras de construção do leite, das
carnes,dos queijos e da gema de ovo,margarina, gordura hidrogenada, gorduras de constituição da
azeitona, castanhas e nozes, coco, abacate.
Os peixes como a sardinha, anchova e salmão são importante fonte de lipídeo, OMEGA 6,
essenciais, componentes da membrana celular, cérebro, espermatozóide e hormônios. Previnem
algumas formas de câncer e favorecem o sistema cardiovascular. Devem ser ingeridas de três a
quatro porções semanais.

VITAMINAS

Vitaminas são complexos orgânicos que atuam como catalizadores (aceleradores) nas
reações bioquímicas do organismo, sendo o organismo incapaz de sintetizar a maioria delas nas
quantidades exigidas, ele deve valer-se das vitaminas contidas nos alimentos. Elas são classificadas
como hidrossolúveis (aquelas que se dissolvem em água) e lipossolúveis (aquelas que se dissolvem
em lipídios).

Vitaminas Hidrossolúveis

Vitaminas do Complexo B
São consideradas um grupo, porque tendem a estar presentes nos mesmos grupos de alimentos e
porque a deficiência de uma raramente ocorre sem que ocorram as outras.

Vitamina B1 - Tiamina
Função: componente de enzimas, decomposição e oxidação dos hidratos de carbono, integridade do
sistema nervoso e cardiovascular
Deficiência: Beribéri (fraqueza muscular, alterações no sistema nervoso e cardiovascular, paralisia
periférica, perda de reflexos, confusão mental).
Fontes: carne de porco, peixe, ovos, galinha, leguminosas secas (feijão, lentilhas, etc.), grãos
integrais.

Vitamina B2 - Riboflavina
Função: é essencial para o metabolismo, necessária para o crescimento, produção hormonal e
integridade da pele e olhos.
Deficiência: manifestações cutâneas e oculares ( vermelhidão de língua, estomatite, dermatite
seborreica , úlceras de córnea e ardor).
Fontes: leite, grãos integrais, vegetais verdes, carnes peixes, aves e fígado.

Vitamina B5 - Niacina:
Função: a utilização das proteínas, metabolismo energético
Deficiência: Pelagra (dermatite, demência, diarréia, tremores, língua grossa, irritabilidade, confusão
mental).
Fontes: carne, produtos lácteos, cereais integrais, peixes, ovos, fígado.

Vitamina B6 – Piridoxina
Função: metaboliza nutrientes, sintetiza dos aminoácidos não essenciais, assegura o funcionamento
das células sangüíneas e do SNC.

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Deficiência: alterações de metabolismo, nervosismo, insônia, irritabilidade, relação com a tensão


pré-menstrual, anula o efeito antiparkinson da Levodopa.
Fontes: carnes, peixes, leite, batata avia, banana, cereais integrais

Vitamina B7 - Biotina:
Função: atua no metabolismo dos nutrientes, na síntese do colesterol e nos hormônios esteróides,
participa do funcionamento do córtex adrenal.
Deficiência: devido sua larga distribuição nos alimentos, suas deficiências não tem sido
encontradas e tampouco haverá possibilidades de que ocorram
Fontes: fígado, gema de ovo, leguminosas.

Vitamina B9 - Ácido Fólico:


Função: metabolismo de alguns aminoácidos e para maturação dos glóbulos vermelhos do sangue.
Deficiência: anemia, danos neurológicos, distúrbios gastrintestinais.
Fontes: vegetais de folha verde, germe de trigo,suco de laranja, fígado, leguminosas e levedo.

Vitamina B12- Cianocobalamina:


Função: produção de enzimas necessárias para a metabolização dos alimentos, do ácido nucléico e
do ácido fólico, desenvolvimento do sistema nervoso, funcionamento de todas as células,
particularmente as da medula óssea.
Deficiência: anemia perniciosa.
Fontes: abundância nos alimentos de origem animal, soja.

Vitamina C ou Ácido Ascórbico:


Função: produção de colágeno, antioxidante, integridade das paredes capilares, formação dos
glóbulos vermelhos do sangue, cicatrização, metabolismo dos aminoácidos absorção do ferro,
estimulação das defesas do organismo.
Deficiência: má cicatrização das feridas e escorbuto (fraqueza, dores musculares, inflamação nas
gengivas, fragilidade dos ossos).
Fontes: frutas cítricas, batata inglesa, repolho, tomate, brócolis, morangos e melão.

Importante: A solubilidade em água das vitaminas do complexo B e da vitamina C é uma proteção


contra as superdoses dessas vitaminas, porque todo excesso é excretado na urina.

Vitaminas Lipossolúveis

Vitamina A:
Função: crescimento e maturação do tecido epitelial, para o desenvolvimento dos ossos e para a
manutenção da acuidade visual na obscuridade.
Deficiência: cegueira noturna, pele descamativa e áspera, ressecamento das membranas mucosas
(todas as partes úmidas do organismo; são ricamente vascularizadas) diminuindo dessa forma, a
resistência às infecções e desenvolvimento defeituoso nos ossos e dentes.
Fontes: fígado, manteiga, creme de leite, leite integral, gema de ovo, vegetais verdes e amarelos,
óleo de peixe. Um precursor da vitamina A, o caroteno é encontrado nos vegetais amarelos e nos
verdes. Nosso organismo tem a capacidade de converter o caroteno em vitamina

Vitamina D:
Função: absorção e utilização do cálcio no desenvolvimento de ossos e dentes.
Deficiência: raquitismo nas crianças e osteomalácia nos adultos. Seu excesso causa toxicidade.

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Fontes: exposição ao sol (a vitamina D é sintetizada na pele), óleo de fígado de peixes, manteiga,
gema de ovo e fígado.

Vitamina E:
Função: antioxidante celular, reprodução, manutenção dos glóbulos vermelhos, integridade dos
músculos e nervos.
Deficiência: redução da capacidade física, problemas de reprodução.
Fontes: óleos vegetais, vegetais de folha verde, leite, ovos, carnes e cereais.

Vitamina K:
Função: formação de protrombina e perfeita coagulação do sangue. É sintetizada pela Escherichia
coli no intestino grosso e largamente difundida nos alimentos.
Deficiência: provoca hemorragias
Fontes: vegetais folhosos verdes, fígado:

Importante: as deficiências de vitaminas lipossolúveis ocorrem quando a ingestão de gorduras é


drasticamente limitada ou quando sua absorção é reduzida ou alterada. Nestes casos o uso de formas
solúveis na água, de vitaminas lipossolúveis é importante. O excesso de qualquer uma delas pode
causar toxidade.

MINERAIS

Minerais são elementos inorgânicos necessários ao organismo, para atuar como catalisadores
nas reações bioquímicas. Eles são classificados como macro e microminerais.
Macrominerais são aqueles requeridos em quantidades de 100 miligramas ou mais por dia e
os Microminerais somente poucas miligramas .
Podemos classificá-los em:
- Macrominerais: cálcio, cloro, enxofre, fósforo, magnésio, potássio, sódio;
- Microminerais: arsênio, cádmio, cobalto, cobre, cromo, ferro, flúor, iodo, zinco, etc.

Cálcio:
Função: formação dos ossos e dentes, contração muscular, ritmo cardíaco.
Deficiência: raquitismo, osteomalácea,
Fontes: vegetais folhosos verdes escuro, gergelim, nabo, cenoura, leite e derivados

Fósforo:
Função: formação de compostos energéticos
Deficiência: raramente ocorre
Fontes: carnes, ovos, peixes, cereais integrais, leite e derivados.

Ferro:
Função: atua nos processo de respiração celular, é componente da hemoglobina.
Deficiência: anemia ferropriva
Fontes: vísceras, carnes, peixes, vegetais folhos verdes escuro, leguminosas, cereais integrais.

Sódio:
Função: manutenção da pressão arterial, ritmo cardíaco, balanço hídrico e transmissão dos
impulsos nervosos.
Deficiência: raramente ocorre. O excesso pode causar hipertensão arterial

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Fontes: peixes, frutos do mar, alimentos em geral.

Potássio
Função: : manutenção da pressão arterial, ritmo cardíaco, balanço hídrico e transmissão dos
impulsos nervosos.
Deficiência: fadiga, taquicardia, irritabilidade, câimbras
Fontes: vegetais principalmente crus

Zinco:
Função: composição da insulina, imune, antioxidante, cicatrização, paladar, integridade da pele.
Deficiência: falta de apetite, queda de cabelo, deficiência no crescimento.
Fontes: fígado, peixes. leguminosas, cereais integrais.

PIRÂMIDE ALIMENTAR
Uma alimentação adequada e equilibrada é aquela que atinge todas as necessidades nutricionais
do indivíduo para a manutenção e reparação dos tecidos e células, crescimento e desenvolvimento,
manutenção da saúde, e prevenção de doenças.
Uma alimentação adequada e equilibrada deve incluir todos os nutrientes em quantidades
adequadas, respeitando a proporção entre eles. Deve ter três qualidades: variedade, moderação e
proporcionalidade.
Para tanto foi criado o Guia Alimentar, Pirâmide de Alimentos, com o objetivo de facilitar o
processo educacional. O Guia agrupa os alimentos em cinco grupos, de acordo com seu conteúdo de
nutrientes e pela maneira como são utilizados na alimentação.
Cada grupo fornece alguns nutrientes, mas não todos, portanto é necessário ingerir alimentos de
todos os grupos para atingir as necessidades nutricionais.
Nenhum grupo é mais importante que outro. O tamanho maior significa que se devem consumir
mais porções por grupo.
A ponta da pirâmide (gordura, óleos, doces, álcool) não é considerada o maior grupo, por isso
nenhum alimento está desenhado nesta parte. Esses alimentos fornecem calorias, porém poucos
nutrientes, são as chamadas calorias vazias.

Pirâmide Alimentar

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O CUIDADO COM A PREPARAÇÃO DOS ALIMENTOS E COM O


PACIENTE
A preparação de alimentos, a partir de ingredientes básicos pode destruir nutrientes. As
vitaminas do complexo B e a C são hidrossolúveis e facilmente destruídas por determinados
métodos de cocção (cozedura).
Frutas e vegetais são mais nutritivos se forem ingeridos crus ou após um breve tempo de
cocção. Vasilhas feitas de cobre destroem a vitamina C. Frutas e vegetais devem ser preparados, se
possível, como meio de prevenir a perda do conteúdo vitamínico e também como fonte de fibras.
O teor de nutrientes será preservado se os vegetais e as frutas não forem cortados em
pedaços muito pequenos. Cozinhar os vegetais a vapor é preferível à cocção por fervura e a água na
quais os vegetais são cozidos deverá ser utilizada para sopas ou cozidos.
Servir os vegetais logo que estejam prontos previne a perda de vitaminas, o que ocorre
quando eles são mantidos sob calor, antes de serem servidos. Reaquecer vegetais que sobraram de
outras refeições, aumenta a perda de vitaminas.
A adição de fermentos químicos (fermento inglês, que contém bicarbonato de sódio) pode
aumentar a cor de vegetais verdes, porém causa a perda de vitaminas e deve ser evitada.
O leite deve ser guardado em recipientes opacos e não deverá ser exposto à luz solar, para
evitar a perda de vitamina B6.
A alimentação do paciente, na falta de um enfermeiro ou nutricionista, torna-se
responsabilidade do profissional que está responsável pela instituição no momento, e por isso, ele
precisa ter conhecimento do valor nutritivo dos alimentos que são servidos aos seus pacientes.
Antigamente, os enfermeiros ficavam satisfeitos com a idéia de que os pacientes voltariam a
readquirir o apetite quando recuperassem a saúde. Hoje, tem-se outra idéia, há a conscientização de
que os pacientes, para curar-se, necessitam receber um adequado suprimento de nutrientes.

DIETOTERAPIA

Definição: é a forma pela qual utilizamos os alimentos no tratamento e prevenção de diversas


enfermidades, procurando adaptar ao máximo em quantidade, qualidade, harmonia, e adequação os
diversos nutrientes as necessidades individuais de cada paciente.
Ela pode ser aplicada sozinha ou associada a tratamento medicamentoso.

Classificação das dietas:


. Dietas de Rotina
. Dietas de Rotina Modificadas
. Dietas Terapêuticas
. Dietas para Cirurgia
. Dietas para preparo de Exames

Prescrição da Dieta:
Contida na folha de prescrição do paciente, normalmente na primeira linha, desde o
momento de sua internação. A prescrição da dieta vai depender das condições em que o paciente se
encontra, podendo variar desde “dieta zero” (jejum) até uma dieta geral.
Essa prescrição é alterada conforme diferentes necessidades e mudanças das condições do
paciente.

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A determinação da dieta é feita a partir do diagnóstico da patologia, do seu momento


evolutivo, de patologias concomitantes e sobre considerações do seu estado gastrintestinal

Esquema dos Serviços de Refeições


Em geral, os hospitais servem aos pacientes cinco refeições por dia:
- café da manhã;
- colação
- almoço;
- merenda;
- jantar;
- ceia.

Valor Nutritivo
De acordo com seu valor nutritivo, as dietas classificam-se em:
- geral, livre;
- hipo (menos que o normal); dieta carente, pois apresenta taxas de nutrientes ou de calorias
abaixo dos padrões considerados normais. Ex: Dieta Hipoprotéica: dieta com baixo teor de
proteínas;
- hiper (acima do normal): dieta excessiva, pois apresenta taxas de nutrientes ou de calorias acima
dos padrões considerados normais. Ex: Dieta hipergordurosa: dieta com uma taxa elevada de
gorduras;
- a (ausência de): dietas cuja indicação é a retirada total de algum componente nutritivo. Ex:
Dieta Assódica: dieta sem sal.

Temperatura
De acordo com a temperatura a dieta pode ser:
- gelada;
- fria;
- morna;
- quente.

Apresentação
De acordo com a apresentação ela pode ser servida em:
- bandejas de material convencional de copa;
- material descartável;
- líquida ministrada através de sondas. (SNG / SNE)

Dietas de Rotina

Dieta Geral
Indicação Indivíduos sem restrição alimentar. Ë a dieta que contém de 2.000 a 2.500 kcal. Ela
fornece porções adequadas dos 4 grupos básicos de alimentos. Não há restrições na dieta geral,
entretanto, o uso de alimentos que geralmente causam distúrbios digestivos deve ser restrito. As
frituras também devem ser usadas o mínimo possível.
Característica: normoglicídica, normoprotica, normolipídica.
Consistência: normal

Exemplo de Cardápio:
- Desjejum: café com leite, pão com manteiga
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.- Colação: suco de laranja


- Almoço: arroz, feijão, carne assada, vagem refogada, salada de tomate, sobremesa de goiaba
- Lanche: café com leite, biscoito, fruta, manteiga, geléia, bisnaga
- Jantar: sopa de legumes, arroz, almôndegas, batata souttê, sobremesa de figo
- Ceia: chá com torradas.

Dieta Branda
Indicação: indivíduos com problemas mecânicos, em que haja necessidade de abrandar os
alimentos para melhor aceitação; outros casos, para facilitar o trabalho digestivo, e em alguns pós-
operatórios. É usada como transição para a dieta normal.
Características: normoglicídica, normoproteica, normolipídica,
Consistência: Tecido conectivo e celulose abrandada por cocção ou ação mecânica.
São restritos os alimentos crus, exceto alguns com textura mais suave, e restritas as preparações à
base de frituras.

Exemplo de Cardápio:
- Desjejum: café com leite, pão com manteiga, fruta.
- Colação: suco.
- Almoço: arroz / caldo de feijão, carne assada, purê de batatas, suco, sobremesa de pudim de leite,
sobremesa de gelatina.
- Merenda: leite, bisnaga, manteiga, geléia, fruta, biscoito.
- Jantar: arroz / caldo de feijão, bife grelhado, sobremesa de gelatina.
- Ceia: chá com torradas.

Na dieta branda NÃO devem ser servidos:


- Condimentos fortes
- Frituras.
- Bebidas alcoólicas ou gasosas.
- Das leguminosas servir apenas o caldo.
- Hortaliças e frutas cruas, excetos as mais macias (pêra macia / mamão).
- Pães integrais escuros, biscoitos de trigo integral, panquecas, waffles,
- Farelos de cereais, cereais duros sem refinação, queijos duros,
-Carnes duras, carnes salgadas e defumadas, sopas engorduradas e muito condimentadas,
- Frutos secos (nozes, castanha-do-pará e caju, amêndoas) e frutas dessecadas (passas, ameixas e
damasco)
- Sobremesas ricas em gorduras e açúcares, caramelos e doces com chocolate.

Dieta Pastosa:
Indicação: pacientes com dificuldade de mastigação, deglutição, dentição incompleta, problemas
neurológicos, traumatismos na região bucal, úlcera e pós-operatório.

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Exemplo de cardápio:
- Desjejum: café com leite, bolacha maisena.
- Colação: suco de frutas.
- Almoço: arroz papa / caldo de feijão, frango desfiado, chuchu refogado, gelatina.
- Merenda: mingau de cereais.
- Jantar; sopa de legumes, arroz, carne moída, sobremesa de pudim de leite.
- Ceia: chá com bolachas maisena.

Dieta Leve
Indicação: pacientes com problemas mecânicos, como dificuldade de deglutição e de mastigação,
em casos de intolerância a alimentos sólidos, em determinados preparos de exames, e em alguns pré
e pós-operatórios. É usada também como transição para as dietas branda e geral.
Características: hiperglicídica, normoproteica, hipolipídica,
Consistência: semiliquida
A celulose dos alimentos deve estar abrandada pela cocção, o tecido conectivo dos
alimentos deve estar bem cozido e moído ou desfiado, evitando provocar estímulos mecânicos.
A dieta deve ser fracionada, podendo-se variar o volume conforme a aceitação do paciente.

Exemplo de cardápio:
- Desjejum: leite, margarina, geléia, biscoitos, mamão.
- Colação: suco.
- Almoço: sopa, suco, gelatina;
- Merenda: leite, margarina, geléia, biscoitos, mamão.
- Jantar: sopa, suco, gelatina.
- Ceia: chá com torradas.

Dieta Liquida
Indicação: disfagias, enfermidades febris, perturbações digestivas, infecções agudas, nos casos de
dificuldade de mastigação e deglutição, nos pré e pós-operatórios.
Características: baixo teor calórico, hiperglicídica, normoproteica, hipolipídica,
Consistência: líquida

Exemplo de cardápio:
- Desjejum: café com leite ou mingau ralo e coado.
- Almoço e jantar: sopa liquida, gelatina e suco.
- Lanche: mingau ralo e coado.
- Ceia: leite.

Dietas de Rotina Modificada

Dieta Liquida Restrita:


Indicação: usada nos pós-operatórios imediatos, com o objetivo de hidratar o paciente. Restrição ao
leite. Devido a suas características, deve ser usada em curtos períodos de tempo.

Exemplo de cardápio:
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- Desjejum, lanche e ceia: chá


- Colação: suco.
- Almoço e Jantar: sopa coada, suco coado e gelatina.

Dieta Leve e Restrita:


Indicação: preparos de exames, em determinados pré e pós-operatórios, e quando é necessário certo
repouso intestinal. Dieta isenta de leite, tecidos conectivos e celulose.

Exemplo de cardápio:
- Desjejum: chá, bolacha com manteiga.
- Colação: gelatina.
- Almoço e Jantar: sopa creme, suco e banana cozida.
- Lanche: chá.
- Ceia: chá com bolachas.

Dieta Branda Restrita:


Indicação: diarréias crônicas e casos em que é necessária moderação de peristaltismo e trânsito
intestinal. Dieta isenta de excitantes mecânicos e químicos. Nela não são permitidos: verduras de
folhas cruas e refogadas, frutas secas e cristalizadas, leite, bebidas gasosas.

Exemplo de cardápio:
- Desjejum: chá, pão com manteiga.
- Colação: banana maçã
- Almoço e Jantar: arroz / caldo de feijão,peixe ensopado, purê de batata, suco, maçã cozida.
- Lanche: gelatina.
- Ceia: chá com bolacha maizena.

Dietas Hiperproteicas:
Indicação: período de convalescença e nas enfermidades infecciosas. É uma dieta com elevadas
taxas de proteína. Essa suplementação é feita com o acréscimo de maior quantidade de leite, queijo,
ovos, carne e leguminosas.

Dietas Terapêuticas:

Dieta Hipossódica
Indicação: pacientes com problemas renais, cardíacos ou que apresentem hipertensão, edema, ou
para pacientes submetidos a tratamento prolongado com cortisona.
Na prática, há substituição de pão salgado por pão sem sal ou doce; de bolacha salgada por
bolacha doce; de margarina ou manteiga com sal por margarina ou manteiga sem sal; de queijo
prato por ricota. Conforme a restrição não adicionamos sal em nenhuma das preparações ou então
em apenas uma (feijão).

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Dieta Hipercelulósica (com resíduos / laxativa):


Indicação: manter normal o trânsito intestinal. Principalmente nos casos de divertículos e
obstipação intestinal.
È uma dieta rica em celulose e alimentos indicados como responsáveis pelo estímulo do
peristaltismo intestinal.
Segue os padrões de uma dieta normal, mas que deve ser acrescida de vegetais folhosos,
frutas, carnes, cereais integrais e leguminosas. As frutas devem ser comidas com o bagaço e a casca,
sempre que possível.
O paciente deve ingerir bastante líquidos, principalmente água, e quando for tomar suco, este não
deve ser coado.

Dieta Hipocelulósica (sem tecidos / obstipante):


Indicação: casos de diarréia, no pré-operatório abdominal e nos pacientes com problemas
ulcerativos ou tumorais na região do intestino grosso.
Nesta dieta todos os alimentos devem ser modificados na cocção, sendo normalmente uma dieta
leve.
Deve-se dar preferência aos alimentos obstipantes, como por exemplo: creme de arroz, amido de
milho, banana maçã, cenoura cozida, maçã sem casca, limonada, chá mate, etc.

Dieta Hipogordurosa:
Indicação: indivíduos com enfermidades hepáticas. Pancreáticas, e da vesícula biliar.
Característica: hiperglicidica, normoproteica, hipolipídica.
Consistência: normal, mais isenta de gorduras de adição.
Segue-se uma lista de alimentos e preparações que devem ser evitados:
- Manteiga, margarina, queijos gordurosos.
- Carnes gordas, alimentos embutidos (salsicha, lingüiça, presunto, mortadela, salame) e enlatados
(patês, sardinha em óleo)
- Maionese, gordura de porco, gordura de coco.
- Coco, amendoim, nozes, coco, castanha de caju, azeitona, chocolate.
- Abacate, sorvetes, biscoitos amanteigados, preparações a base de manteiga e creme de leite.
- Frituras em geral.

Pode-se temperar alimentos com limão, no caso de saladas cruas, e deve-se dar preferência ao leite
desnatado.

Dieta com Baixo Teor de Colesterol:


Indicação: a indivíduos com hipercolesterolemia.
Característica: lentamente hipocalórica, hiperproteica, hipogordurosa.

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Alimentos permitidos:
- Leite desnatado, ricota e queijo fresco.
- Iogurte ou coalhada desnatados.
- Carnes magras, frango e peixe.
- Clara de ovo.
- Cereais (arroz, trigo, milho, centeio, cevada).
- Frutas, gelatinas.
- Óleo de girassol, de algodão e todos que sejam isentos de colesterol.
-Pão, bolacha, macarrão.
- Feijão, lentilha, grão de bico e lentilha seca.
- verduras e legumes.
- Nozes, amêndoa.
Alimentos NÂO permitidos:
- Leite integral, queijos gordurosos, manteiga, margarina, creme de leite.
- Carnes gordas, carnes enlatadas, frios e embutidos, miúdos.
- Gema de ovo.
-Chocolate, coco.
- Abacate.
- Azeite, Azeitona.
- Óleo de soja, de amendoim, de oliva.
- Bacon Toucinho defumado, banha.
- Biscoitos amanteigados e cremosos..

Preparações NÃO permitidas:


- Frituras e gratinados.
- Tortas, pastelaria, doces folhados.
- Maioneses

Dieta para controle de Triglicérides


Triglicérides são moléculas de gordura, que têm como principal função a produção de
energia para o funcionamento do organismo. Entretanto, um nível elevado de triglicérides deve ser
controlado, pois é um dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares.
Nessa situação não basta controlar a gordura da dieta. É preciso modificar a quantidade e a
qualidade dos carboidratos ingeridos. Esses nutrientes são as principais fontes de energia da
alimentação e são encontrados em massas, pães, açúcares, mel, frutas, cereais, batata e mandioca.
O excesso de carboidratos transforma-se em triglicérides dentro do organismo

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Dieta para Diabetes:

Indicação: caso de diabetes (anomalia metabólica caracterizada pela deficiência de produção ou


utilização de insulina, com conseqüente acúmulo de glicose na corrente sanguínea e na urina) .
A dieta deve conter calorias suficientes para permitir alcançar e manter o peso ideal no adulto e o
crescimento, e desenvolvimento normal na criança e no adolescente.
Nela são proibidos: açúcar, doces, balas, chocolate, sorvetes, refrigerantes, massas e carnes gordas.

Dieta Baixa em Purinas:

Indicação: pacientes hiperuricêmicos ou gotosos.


A gota é uma enfermidade metabólica na degradação de purinas, que se caracteriza, por um
aumento exagerado de ácido úrico no sangue e conseqüente formação de cálculos, que se depositam
principalmente em extremidades, como por exemplo o dedão do pé.
È uma dieta, normal, com restrição dos alimentos ricos em purina (proteína).
As restrições de purina da dieta vão depender do estado do paciente. Na fase aguda, recomenda-se
uma dieta bastante restrita.

Alimentos NÃO permitidos:


- coração, rim, fígado, cabrito, carneiro, bacon, anchovas, bacalhau, salmão, sardinhas, peru...
Alimentos permitidos:
- Leite, café, queijos, ovos, gelatinas, pães, macarrão, fubá, arroz, aveia, milho, verduras, frutas,
manteiga, margarina, óleo.

Dieta para Obesidade:


Indicação: indivíduos que necessitam perder peso
Característica: o conceito mais difundido é que essa dieta devesse ser hipocalórica, sendo
hipoglicídica, hiperproteica e hiperlipídica. Hoje, mudou bastante, pois se não houver uma grande
diminuição da ingestão de gorduras não haverá perda de peso significativa.
Na verdade o que realmente se faz necessário é a reeducação alimentar associada aos exercícios de
condicionamento físico.

Dieta Para Gastrite:


A gastrite é uma inflamação não delimitada da mucosa gástrica, que leva o paciente a sentir:
mal estar, anorexia, sensação de queimação, vômitos, dores, etc.
A dieta deve ser adequada em nutrientes e calorias e macia em consistência. O paciente deve
comer em intervalos regulares e mastigar bem os alimentos.
Hoje o tratamento dietoterápico se faz de maneira bastante individualizada, procurando
determinar os alimentos que causem desconforto.

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Dietas para Úlcera Gastroduodenal:


O termo úlcera designa uma lesão erosada na mucosa do estômago ou no duodeno. A úlcera
tem como fatores predisponentes o fumo, a ingestão excessiva de café e aspirina, os hábitos
alimentares errados como: comer apressadamente, refeições em intervalos irregulares, má seleção
dos alimentos; e ainda stress físico e psicológico; além da própria predisposição.
Há muita controvérsia quanto ao tratamento dietoterápico, que hoje leva muito em
consideração os fatores individuais de cada paciente em relação aos alimentos.
Devem ser consideradas algumas orientações:
- Comer freqüentemente, no mínimo de 3 em 3 horas.
- Comer pequenas quantidades, para evitar distensão do estômago.
- Evitar beber café, chá, bebidas alcoólicas e gaseificadas.
- Evitar o uso de alimentos condimentados e ou apimentados.
- Evitar consumir alimentos ácidos.
- Parar de fumar.
- Evitar o uso de aspirina.
- Tomar as refeições em ambiente tranqüilo.

Dieta Para Colostomia


Este paciente necessita de uma dieta bem balanceada, apropriada para a doença que criou a
necessidade da colostomia e para outros possíveis estados patológicos que o paciente possa
apresentar. Geralmente, os objetivos da dieta para um paciente com colostomia são a prevenção do:
odor, constipação e da diarréia.
Os alimentos capazes de produzir gases e mau cheiro são os feijões, o repolho, o rabanete, a
cebola, o pepino, o peixe, o brócolis, o milho e os frutos secos (nozes, castanha - do - Pará , caju e
amêndoas, etc.). Suco de ameixa e maçãs podem ser de valia para prevenir a constipação.
O espinafre e a salsa são alimentos que tem uma ação desodorizante.

Dieta para Flatulência


É a produção excessiva de gases. Suas causas são: aerofagia (deglutição de ar enquanto se
come ou bebe), aumento da motilidade intestinal (redução do tempo normal no trânsito intestinal) e
fermentação bacteriana excessiva dos conteúdos intestinais.
O paciente deve ser orientado a se alimentar vagarosamente, mastigando com a boca
fechada, conversar pouco durante a refeição.
Evitar alimentos que podem fermentar, como alho-poró, brócolis, cebola, feijão, lentilha,
milho, nabo, pimentão verde, rabanete, repolho. Couve-flor, pepino, melancia, abacaxi, melão,
maçã, leite, pudins, etc., são retirados temporariamente da dieta.

Dieta para Colite Ulcerativa


É a inflamação crônica com ulcerações da mucosa do intestino grosso. O objetivo da
dietoterapia é reconduzir o paciente ao seu estado nutricional adequado, corrigindo deficiências que
se tenham instalado e prevenindo futuras perdas.

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Inicialmente o paciente deve receber produtos dietéticos de fácil absorção, passando para
uma dieta branda, com alto valor energético e protéico e pobre em resíduos. Evitar consumo de
produtos lácteos, pois normalmente setes pacientes apresentam intolerância à lactose.
Na fase aguda, deverá ocorrer suplementação de água e eletrólitos por via endovenosa, para
corrigir perdas ocorridas em função do dia-a-dia.
.
Dieta para Hepatite
É a inflamação do fígado por vírus, toxinas, obstrução, parasitas ou drogas (medicamentos
hepatotóxicos).
A dieta deve ser calórica, hiperprotéica, hiperglicídica e hipolipídica para a regeneração das
células hepáticas.
A suplementação com algumas vitaminas ( B1, B12 e K) se faz necessária.

Dieta para Cirrose


É o estado mais grave ou até mesmo final da lesão do fígado e sua degeneração. O tecido
hepático normal é destruído gradualmente e os hepatócitos são substituídos por um tecido conectivo
fibroso inativo, seguindo uma degeneração gordurosa de longa duração (esteatose hepática).
A dieta deve ser hipercalórica, hiperprotéica e hiperglicídica. O aporte de gorduras deve ser
moderado. Caso o paciente apresente ascite (acúmulo anormal de líquido na cavidade abdominal), a
dieta deverá ser também hipossódica, com restrição hídrica.
Dieta para Cardiopatias
Resulta em falência circulatória ou insuficiência cardíaca.
A dieta tem por objetivo reduzir ao mínimo o esforço cardíaco, controle dos distúrbios metabólicos
resultantes do próprio desequilíbrio circulatório e efetuar a prevenção da arterioesclerose
(espessamento de parede arterial, com perda da elasticidade).
Deve-se evitar o excesso de gorduras, temperaturas extremas e restringir o sódio.

Dieta para Doenças Renais


Podem afetar todo o trabalho realizado pelos rins, de filtragem e absorção de nutrientes e
água e a excreção dos produtos do metabolismo. A diurese normal para excretar os resíduos
metabólicos deve ser de no mínimo 600 ml. Quando ocorre insuficiência renal, os rins excretam
uma quantidade inferior à 500 ml. Dessa forma, os resíduos metabólicos acumulam-se no sangue
atingindo níveis tóxicos.

Insuficiência Renal
Divide-se em aguda e crônica:
- Insuficiência Renal Aguda (IRA): caracteriza-se por uma redução súbita do ritmo de filtração
glomerular, acompanhada por alteração da capacidade do rim de excretar os produtos do
metabolismo e de preservar o meio interno.
A dieta deve ser hipercalórica, hipoprotéica, hipossódica, hipocalêmica e com controle de
líquidos. É importante monitorizar os níveis de sódio e potássio sangüíneos.
- Insuficiência Renal Crônica (IRC): pode instalar-se após um episódio agudo ou em
conseqüência da perda progressiva da função renal.
A dieta deve ser normocalórica, hipoprotéica, hipocalêmica, com restrição hídrica, pobre em
fósforo e rica em cálcio e vitamina D. O teor de sódio dependerá da fase em que o paciente estiver
passando.

Diálise

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- Diálise Peritoneal: remove os resíduos metabólicos e o excesso de líquidos do organismo de um


paciente com insuficiência renal.
A conduta dietética continua ser necessária, pois no líquido dialisado ocorrem grandes perdas de
proteínas e aminoácidos. Assim sendo, a dieta deve ser hiperprotéica, a fim de compensar as perdas;
hipercalórica para manter o peso e hiperglicídica para poupar proteínas, evitando que estas sejam
usadas para gerar energia. A quantidade de líquidos depende do estado de hidratação do paciente,
podendo ser aumentada ou diminuída.
- Hemodiálise: ocorre menos perda de proteínas que na diálise peritoneal, mas ainda ocorre a
perda de aminoácidos.
A dieta deve ser hiperprotéica, hipercalórica, hipossódica, com quantidades de potássio e
fósforo controladas. A quantidade de líquidos é limitada entre 500 e 1.000 ml por dia. Deve ser feita
suplementação vitamínica especialmente do complexo B, pois estas são removidas pela diálise.

Pós Transplante Renal


O paciente tem o rim funcionante, mas está recebendo terapia imunossupressora
(corticóides, ciclosporinas) para prevenir a rejeição.
A dietoterapia será utilizada para reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos. A dieta
deve ser hiperprotéica, restrita em carboidratos para prevenir hiperglicemias, sódio restrito, cálcio e
fósforo aumentados, se necessários, suplementar vitamina B1, vitamina D e magnésio na forma
medicamentosa.

Dietas Cirúrgicas:
As dietas cirúrgicas referem-se tanto ao estado pré-operatório quanto as fases de pós-
operatório propriamente dito.
Devem ser observadas com rigor as determinações médicas quanto a alimentação, que
normalmente prescrevem jejum, após o jantar do dia anterior a cirurgia.
A prescrição da dieta no pós-operatório varia bastante conforme o tipo de cirurgia realizada
como também com o estado do paciente, podendo variar do jejum até uma dieta branda ou mesmo
dieta geral.

Dietas para Preparo de Exames:


Em todos os hospitais existe um Manual de Dietas, que deve ser de acesso a todos os
profissionais que tem contato direto com os pacientes, em nível informativo e também em nível de
consulta. Normalmente, neste manual é reservada uma parte que se refere especificamente à rotina
de Preparo de Exames.
Cada tipo de exame, muitas vezes requer uma preparação especifica e que normalmente
exige mudança de dieta por mais de um dia, às vezes com restrição de líquidos, ás vezes com
restrição de componentes específicos, como por exemplo, o iodo, no exame da tireóide.
Em razão da especificidade de cada exame se faz necessária a consulta ao Manual para não
haver comprometimento nos resultados.

INTERAÇÃO ENTRE DROGAS E NUTRIENTES


O estado nutricional de paciente, assim como a dieta alimentar, são fatores que podem
alterar a farmacocinética de vários medicamentos. Alterações no processo de absorção, transporte,
metabolismo e excreção podem ocorrer se tais medicamentos estiverem competindo ou vinculados a
um nutriente qualquer ou específico.

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Utilizar alimentos sólidos ou líquidos para disfarçar o gosto do medicamento pode alterar
sua ação se este alimento alterar o pH (potencial hidrogeniônico; concentração de Hidrogênio livre)
do alimento, ou formar quelatos (produtos de reações químicas) que impedirão sua absorção.
Refeições com muita gordura ou fibras retardam o esvaziamento gástrico por um período
superior a 2 horas.
Um medicamento ministrado com ou após tais refeições, teria sua ação também retardada.
As refeições ricas em proteínas aumentam o fluxo sangüíneo no estômago e a absorção de alguns
medicamentos. Já as refeições ricas em carboidratos (açúcares) causam uma leve redução do fluxo
sangüíneo para o aparelho digestivo, diminuindo a absorção dos medicamentos. Cápsulas ou
comprimidos de invólucros resistentes não devem ser ingeridos com álcool, bebidas quentes e anti -
ácidos, pois tais substâncias podem causar a destruição prematura desses invólucros, expondo a
droga a um pH ao qual é sensível, assim como, deve ser evitado o hábito que algumas pessoas
possuem de mastigar os medicamentos para facilitar a deglutição.
O álcool não deve ser tomado com depressores do sistema nervoso central. Junto a outros
medicamentos ele pode produzir efeitos desagradáveis como: dispnéia, ruborização facial, náuseas,
vômitos, taquicardia, cefaléia e hipotensão. Muitos antibióticos produzem melhor efeito se
ministrados com o estômago vazio, outros, como a tetraciclina, não devem ser ingeridos com leite
ou demais produtos lácteos porque sua eficácia é reduzida ao combinar-se com o cálcio, que se
encontra em quantidades razoáveis nesses alimentos. A penicilina tem sua ação reduzida pelo ácido
gástrico (degrada-a).
Os diuréticos (os de alça são espoliadores) a penicilina e o álcool levam a excessivas perdas
de minerais (cálcio, potássio, cobre e magnésio).

NUTRIÇÃO ENTERAL

Alguns pacientes têm dificuldade de receber a quantidade suficiente de nutrientes por via
oral. Devido a esta dificuldade, o corpo médico pode optar pelas vias enteral ou parenteral.
A alimentação enteral consiste na administração de formulação completa, de baixa
viscosidade, pelo trato gastro intestinal através de sondas de fino calibre ou ostomis, localizadas em
diferentes locais do tubo digestivo.
Pode ser feita por diferentes vias de acesso:
. via nasogástrica: colocação de sondas pela região nasal com terminação gástrica ou
dodeno/jejunal. Este método é empregado quando os pacientes apresentam anorexia extrema (perda
muito acentuada do apetite), lesões na boca (queilites, queiloses, monilíase, leucoplasias), ou depois
de cirurgia oral (traumas de buco-maxilo-facial), ou ainda por disfagia, pacientes inconscientes,
extremamente fracos ou que são psicóticos.
A dieta ministrada é líquida, sua digestão e absorção se processam de maneira normal.
. ostomia : através de uma incisão cirúrgica a sonda pode ser instalada diretamente no esôfago
(esofagostomia), no estômago (gastrostomia), ou no jejuno (jejunostomia). Estas sondas são
suturadas no local. A maior quantidade que se ministra por sonda é 300 ml por dieta.
A dieta ministrada também é líquida, sua digestão e absorção se processam de maneira
normal.
Estas sondas são de polietileno, finas e flexíveis, são fixadas no nariz para impedir que saia
do local (estômago, jejuno ou duodeno), caso isso ocorra, o paciente corre sérios riscos de
broncoaspirar.
A administração pode ser contínua ou gota/gota, podendo ser controlada por uma bomba
(Bomba de Infusão Contínua- BIC).

Intervenção de Enfermagem

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o controle do gotejamento deve ser observado com muita atenção, pois, o aumento do
gotejamento poderá causar cólica e diarréia e no caso de gota/gota (intermitente), podem sofrer
estase gástrica (parada do conteúdo na cavidade gástrica), pode acontecer distenção gástrica,
levando a uma ruptura do órgão.
antes de se administrar a próxima dieta, deve-se fazer a aspiração da sonda para saber se houve
tempo para a absorção do alimento, caso não tenha havido e o conteúdo aspirado for acima de
60 ml, este alimento aspirado deve ser reintroduzido, porque ele contém secreções gástricas e
eletrólitos úteis e a dieta suspensa por um período (que seria o próximo horário);
checar os horários da prescrição, anotando volume aspirado e volume administrado;
quando instalar a dieta, nunca esquecer de elevar a cabeceira da cama (30 - 45 graus), para
evitar broncoaspiração;
lavar a sonda após o término da dieta com 20 ml de água.

Tradicionalmente a alimentação por sonda é preparada com leite e ovos. Os produtos


comerciais oferecem facilidade de preparação e um harmônico conteúdo de nutrientes.
“Compleat - B” (Doyle); é um exemplo de produto para alimentação por sonda à base de leite. Ele
contém sacarose, óleo de milho, carne, frutas, vegetais, minerais e vitaminas adicionadas ao leite e
fornece uma caloria/ml.
“Ensure” (Ross); é um produto isento de lactose, ele contém caseinato e proteínas de soja, óleo de
milho, sacarose, xarope de milho, vitaminas e minerais.
Essas dietas industriais não exigem, praticamente, digestão; são totalmente absorvidas e
deixam um resíduo mínimo, na porção superior do intestino de delgado.
Na alimentação enteral são dados, geralmente, 1.000 à 1.500 ml de alimentos, diariamente,
para manter o balanço nutricional. Os pacientes podem ser mantidos com a nutrição enteral por dias
ou anos.
Geralmente a alimentação por sonda pode causar cólicas e diarréias, especialmente quando
administrada rapidamente. Por isso, sua concentração deve ser diluída ao terço ou metade e
regulada para fluir de 50 à 100 ml/hora. A alimentação é gradualmente aumentada, de modo a
atingir sua total concentração num período de três dias ou mais.
Deve-se fazer controle de glicemia capilar (mensuração da concentração de glicose em
sangue periférico; teste chamado dextro) e glicosúira (mensuração da presença de glicose na urina)
para verificar se há hiperglicemia e glicosúira, como resultado da carga de hidrato de carbono na
alimentação.
Os níveis de nitrogênio e de albumina séricos são indicados para controlar o aporte protéico.
OBS: a hiperglicemia leva a destruição do endotélio (camada interna dos vasos), acarretando
vasculopatias.

NUTRIÇÃO PARENTERAL

O objetivo da nutrição endovenosa pela via central é de promover nutrientes para manter ou
aumentar a massa muscular do organismo, por um longo período. Para atender as demandas
calóricas do organismo, são ministrados uma mistura hipertônica de glicose, aminoácidos,
vitaminas e eletrólitos.
Para promover uma rápida diluição da solução hiperosmolar é necessário uma grande veia
central. A veia cava superior proporciona uma diluição apropriada. Em adultos e crianças mais
velhas, o acesso à veia cava é feito, geralmente, através da veia subclávia.
O cateter é inserido sob condições estritamente assépticas, com o paciente em posição de
Trendelemburg. Pede-se ao paciente que prenda a respiração e depois quando o cateter estiver

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sendo inserido, que expire, para prevenir a formação de bolhas de ar. A posição do cateter é
verificada através de Raio X.
O curativo deve ser feito oclusivo - compressivo e estéril e trocado uma vez ao dia,
preferencialmente após o paciente tomar banho. A infecção é uma preocupação constante e é a
maior razão da interrupção desta terapêutica. Isto acontece, porque o alto teor de glicose da solução
constitui um excelente meio de cultura.

Essas dietas são preparadas sob a capela de fluxo laminar em uma farmácia de manipulação
hospitalar.
O suprimento para 24 horas é preparado e refrigerado até o momento do uso.

Indicações
A nutrição endovenosa, através da veia central. é usada quando é preciso um suporte
nutricional endovenoso prolongado. Geralmente, não é indicado para períodos inferiores a 2
semanas e é indicada para pacientes que:
- tenham perdido mais que 10% do seu peso corporal; (estados hipermetabólicos, síndromes
consumptivas)
- estejam incapacitados de permitir uma ingestão oral, uma semana após operação cirúrgica;
- apresentem estados hipermetabólicos, tais como grandes infecções, queimaduras e câncer;
- tenham anomalias congênitas gastrintestinais;
- tenham estado sob tratamento endovenoso de rotina durante três semanas;
- tenham doenças inflamatórias intestinais, que interfiram com a absorção.

Intervenção de enfermagem
- trocar o curativo diariamente; (no primeiro dia, de acordo com o estado e apresentação do
curativo, a troca pode ocorrer mais que uma vez)
- observar a presença de sinais flogísticos; (sinais de infecção: dor, calor, rubor e edema)
- observar o controle de gotejamento; (BIC = Bomba de Infusão Contínua) em cateter duplo -
lúmem a NPP (Nutrição Parenteral Prolongada) deverá ser conectada na via distal, pois os
outros medicamentos serão administrados na via proximal;
- fazer controle de glicemia capilar (dextro) 4 vezes ao dia.

Término da Terapêutica
Ao interromper-se a nutrição endovenosa por veia central, deve-se faze-lo de maneira
gradual (exceto nos casos de infecção) a fim de prevenir um possível choque insulínico (baixa
radical no nível de glicose, devido um carreamento brusco por toda a insulina gerada durante o
período de uso da NPP), visto que o uso prolongado de glicose hipertônica estimula a produção de
insulina. A hipertonicidade da glicose deve ser gradualmente reduzida e, finalmente substituída por
glicose isotônica (desmame). A ingestão oral de glicose, no período final do tratamento é útil para
manter a homeostase (equilíbrio). O período é geralmente de 48 horas.

ORIENTAÇÕES PARA UMA DIETA SAUDÁVEL:


Descubra, juntamente com o seu médico, a quantidade de calorias que você deve consumir
diariamente para atingir ou manter seu peso ideal.

Coma menos alimentos gordurosos


Reduza o consumo de gordura para apenas 30% do total de calorias consumidas diariamente

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Substitua a gordura saturada pela insaturada, limitando a gordura saturada em 8 a 10% do total
de calorias diárias
Reduza a ingestão de colesterol para 300 mg diários, no máximo
Escolha alimentos ricos em fibras, preferencialmente os carboidratos complexos
Evite o consumo de bebidas alcoólicas

NA HORA DE ESCOLHER ALIMENTOS MENOS GORDUROSOS, FAÇA AS


SEGUINTES PERGUNTAS:

1. A gordura é o principal ingrediente do produto?


Observe o rótulo dos produtos. Evite aqueles com quantidades elevadas de gordura saturada e
colesterol como ovos, banha animal ou vegetal, queijos, miúdos e manteiga.

2. Existe mais de um ingrediente gorduroso no produto?


Ao ler o rótulo, se você perceber que existe uma variedade de ingredientes gordurosos, o produto
também será bastante gorduroso.

3. O tamanho da porção é apropriado?


Quando você for considerar o índice de gordura, certifique-se de que esse índice é relativo ao
tamanho da porção que você irá consumir.

COMENDO FORA

Quando for comer fora, tenha o mesmo cuidado que você toma ao preparar suas próprias refeições.
Observe os ingredientes:

Saladas - Use molhos à base de óleo vegetal e vinagre

Pães - Use halvarina (margarina mais cremosa - verifique o rótulo) no lugar de manteiga

Aves - Aves somente cozidas ou grelhadas, e com a pele previamente retirada

Hambúrguer - Evite molhos à base de queijo ou maionese - substitua-os por alface e tomate

Peixe - Escolha filés cozidos ou ensopados

Massas - Escolha molhos de tomate. Evite carnes gordas, salsichas, molho branco e à base de
queijo

Pizzas - Prefira as de vegetais ao invés de muzzarela, calabresa ou Catupiry

Batata - Evite coberturas ou recheios de manteiga e requeijão

Vegetais - Consuma à vontade, crus ou cozidos

Sobremesas - Frutas frescas da época são ótimas opções

Leite e derivados - Use leite desnatado, queijo branco, magro ou cottage

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Evite o consumo exagerado de café e chá-mate substituindo por chá preto ou de ervas

CURIOSIDADES

A doença celíaca é a intolerância ao glúten, uma proteína encontrada em alimentos como o


trigo, centeio, aveia e cevada.
Óleo essencial da canela é cheio de componentes que estimulam a produção de suco gástrico, o
que facilita a digestão.
Pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, provaram que alimentos com soja
diminuem o risco de doenças coronárias. Pois reduzem os níveis de colesterol ruim.
Agrião é capaz de diluir o muco que se acumula nas vias aéreas durante a infecção respiratória.
A carne de galinha, quando cozida, libera um aminoácido chamado cisteína. Esse composto age
descongestionando os pulmões.
A maneira mais saudável de comer alho é também menos agradável para alguns: “Ele deve ser
ingerido cru ou em forma de óleo encapsulado.”
Quando comemos iogurte, os bichinhos em sua composição começam a luta por nutrientes e
espaço. Em meio a essa batalha, eles criam um meio ácido desfavorável para as bactérias
maléficas, que acabam morrendo.
As fibras do farelo de trigo podem reduzir o câncer de mama. “Ao absorver o excesso de
estrógeno, hormônio responsável pela proliferação de células mamárias, tanto as boas quanto as
doentes, elas impedem o crescimento do tumor”.
Repolho possui amido, substância que pode ser fermentada pelas bactérias do intestino.
Suco de maçã reduz as chances de o colesterol se depositar nos vasos.
A água de coco é uma boa fonte de potássio, contém sódio, magnésio, cálcio, fósforo e é isenta
de lipídios e protídeos. Hipocalórica (18 cal /100ml), possui glicídios redutores de glicose e
sacarose. Sua composição varia de acordo com a maturação do coco.
A vitamina A é essencial contra doenças de pele, infecções infantis e distúrbios digestivos. É
ótima aliada no tratamento da colite e doença de Crohn. Um estudo de Harvard mostra que
homens que consomem altas doses de vitamina A têm risco 54% menor de Ter úlcera do que
aqueles com nível baixo. A recomendação diária é de cinco mil UI. As melhores fontes são óleo
de fígado de bacalhau e fígado, manteiga, gema e leite integral.
Está provado que, se você comer 5 porções de vegetais por dia - legumes, verduras ou frutas, o
risco de Ter qualquer tipo de câncer diminui cerca de 28 vezes.
Quando sentir o estômago ardendo, experimente comer arroz e feijão no almoço. Ao contrário
de piorar a azia, como algumas pessoas imaginam, a dupla tem muito amido, que neutraliza a
acidez estomacal.
Pesquisas realizadas no Hospital do Coração, em São Paulo, indicam que a maçã tem
substâncias que dificultam a formação de placas de gordura nas artérias. Para se beneficiar dessa
propriedade, tente tomar o seu suco ou comê-la 3 vezes por semana.
Engana-se quem imagina que o leite é um santo remédio contra crises de úlcera. Estudos
americanos mostram que é transitório. Após 20 minutos de alívio, o leite tende a aumentar ainda
mais a concentração de ácido no estômago.
palmito é rico em fibras e potássio, um mineral amigo do coração. Como possui baixo teor de
açúcares é um alimento perfeito para diabéticos.

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Estudos americanos comprovaram que a proteína da soja atua no organismo sobre o mau
colesterol (LDL) sendo possível reduzi-lo em 33% com apenas 50 gr. Diárias de soja.
Guaraná é um estimulante do sistema nervoso central e como tal, deve ser utilizado com
moderação. O excesso pode causar problemas gástricos (desencadear gastrite) e cardíacos
(provocar taquicardia).
Pesquisas realizadas na Itália, comprovam cientificamente que comer couve manteiga com
regularidade ajuda na cicatrização de úlceras e gastrites.
A canela é rica em minerais como o cálcio, fósforo e ferro e pode ajudar no tratamento de
hemorragias, tosse, febre, gripes, problemas digestivos e estomacais.
De acordo com uma pesquisa realizada na Universidade de Antuérpia, Bélgica, indivíduos
muito deprimidos tem baixos níveis da substância Ômega 3 no intestino. Trata-se de uma
gordura presente em certos peixes como o salmão, o atum e a sardinha.
A cenoura é rica em betacaroteno, uma molécula capaz de se transformar em vitamina A no
organismo sempre que ele precisar. É uma vantagem porque o excesso de vitamina pode ser
nocivo, enquanto o betacaroteno em si não faz mal algum. Ele garante uma boa visão e a
integridade da pele.
Ao ingerir brócolis, procure sempre adicionar algum tipo de gordura, como por exemplo azeite
virgem de oliva ou um pouco de margarina. Brócolis é uma fonte rica de betacaroteno, um dos
mais importantes antioxidantes. Mas o betacaroteno é lipossolúvel, o que quer dizer, que
necessita da molécula de gordura para que possa atravessar a parede intestinal e ser absorvido
por nosso organismo.
Nutricionistas da Universidade Estadual de Nova York, garantem que cerca de 40% dos
pacientes com inflamações de gengivas fazem uma higiene adequada da boca, mas tem
deficiência de vitamina C e cálcio na dieta.
Cada vez que você morde uma maçã, está ajudando os seus olhos a se proteger contra a catarata.
Segundo o bioquímico da Universidade de Paris a queratina encontrada na maçã mantém a lente
do cristalino transparente, mesmo quando submetida a raios solares e produtos químicos que
costumam prejudicar a catarata.
Um dos erros comuns de quem está tentando emagrecer é retirar toda a gordura e carboidrato do
dia- a - dia. Isso compromete o balanço nutricional da dieta e dificulta a perda de peso. O ideal é
ir fazendo alterações nas refeições até conseguir mudar de vez os hábitos e assim completar sua
redução alimentar.
Ômega 3, ácido graxo ou gordura boa, segundo o Instituto Nacional de Saúde Americano,
encontrado no bacalhau, salmão e linguado, aumenta a produção da colina e serina, dois
neurotransmissores do cérebro que atuam no humor, na percepção e no aprendizado das
pessoas.
A banana também tem sido recomendada para pessoas que sofrem de depressão, pois também
aumenta os níveis de serotonina nas conexões entre neurônios - células do sistema nervoso.
A obesidade já se tornou uma epidemia no Terceiro Mundo, pelas mudanças de hábitos
alimentares das populações, isso sem falar que ela já afeta a maioria dos habitantes dos Estados
Unidos.
Tradicional copo de leite tomado antes de dormir tem razões muito maiores do que a tradição.
Recentes pesquisas revelam que o leite possui características muito semelhantes às de algumas
substâncias químicas calmantes produzidas pelo cérebro.
Para melhor aproveitamento do ferro é importante que alimentos ricos nesse mineral sejam
consumidos juntamente com alimentos ricos em vitamina C.
corpo humano possui cerca de 1.200 gr de cálcio, dos quais 99% estão nos ossos. O restante
encontra-se no sangue, participando da excitabilidade nervosa, da contração muscular e da

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coagulação. Leite, queijo, iogurte e vegetais verdes são boas fontes de cálcio. Enquanto crianças
de 1 a 10 anos necessitam de 800 mg por dia, adultos precisam de 1.200 mg (o correspondente a
3 copos de leite ou 2 potes de iogurte ou 2 fatias de queijo - minas fresco).
Procure ingerir, com regularidade, frutas e legumes de coloração vermelha ou avermelhada
como o tomate e a melancia. Estes alimentos são ricos em uma substância chamada “lycopene”
(um tipo de coratenóide) que diminui significativamente a incidência de câncer, em especial, o
câncer de próstata.
Aumente a quantidade de fibras de sua alimentação. Sabe-se que a ingestão de fibras nos
protege contra o câncer de cólon (intestino), além de baixar a taxa de colesterol total.
De preferência ao uso de azeite virgem de oliva ao invés de óleo de cozinhar. O azeite virgem
de oliva (por exemplo os de origem italiana que são vendidos em garrafa) são ricos em DHL -
Colesterol, que é o colesterol chamado “bom”, porque nos protege contra a aterosclerose.

Alimento Escolha Cuidado Evite


Carne, aves, peixes e Cortes de carne magra Crustáceos Cortes de carne gorda,
crustáceos até 6 aparada, aves, peru sem ganso, pato,
porções de 30 g por pele, peixes. fígado, rim, salsicha,
dia lingüiça,bacon,
lanches rápidos, hot-dog
Laticínios 3 porções Leite desnatado com Leite tipo B e C, Leite integral, produtos
por dia 1% de gordura, iogurte iogurte, queijos que imitem, iogurte
desnatado queijo rotulados como light ou batido integral, queijos
branco magro, ricota, diet, cream-chesse light amarelos e cremosos
cottage. e coalhada light (prato, provolone,
requeijão)
Ovos Claras de ovos e Gema de ovo (3 - 4 Alimentos que
substitutos livres de unidades por semana) contenham ovos na sua
colesterol composição
Gorduras e óleos Milho, oliva, canola, Nozes, sementes,
(aprox. 2 col. de girassol, soja e abacate, azeitonas, óleo Gordura saturada,
sopa/ dia) halvinas (veja o rótulo) de amendoim. manteiga, gordura de
bacon, côco, óleos de
palma e chocolate
Pães, cereais, A maioria dos pães, Biscoitos recheados, Croissant, pães doces,
massas e biscoitos de água e sal, doces confeitados e roscas com frutas, cereais
leguminosas (6 ou cereais quentes e frios caseiros, bolos e de granola feitos com
mais porções por dia) (farelo de aveia) produtos prontos óleos saturados (veja o
qualquer cereal rótulo), massas com
integral, lentilha, grão ovos, macarrão e arroz na
de bico, soja, ervilhas manteiga e molho
secas, feijões, branco, batatas na
espaguete, talharim e manteiga
batatas cozidas simples
Frutas e cereais Frutas e vegetais Frutas em calda
(6 ou mais porções frescos Côco,vegetais preparados
por dia) na manteiga, creme ou
molho
Diversos Picolés de frutas, Sorvetes cremosos, Doces, chocolates, batata
(em quantidades bem iogurte gelado com biscoitos recheados e frita, tortas e bolos

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limitadas) baixo teor caseiros, tortas prontos, milk-shakes, ,


calórico(“frozen preparadas balas, refrigerantes
yogurt”), barras de com óleos não
cereais, geléia de baixa saturado,
caloria, pipoca, suco de
frutas

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