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Têmpera

Têmpera
• Objetivo:
• Aumento da dureza, resistência mecânica
(limites de escoamento e resistência) e
resistência ao desgaste.

• A ductilidade e a tenacidade dos aços


temperados é nula.
Têmpera
• Procedimento:
• Aquecimento até o campo austenítico,
seguido de resfriamento rápido em água,
salmoura, óleo ou ar forçado.

• O resfriamento da superfície e núcleo da


peça devem ultrapassar a linha Mf
Têmpera
• Microestrutura obtida:
• 100% de martensita com dureza entre 60
a 67 HRC
• A martensita é uma solução sólida
supersaturada em carbono com reticulado
TCC (tetragonal de corpo centrado).
Têmpera
Aços hipoeutetóides
Campo
austenítico
T [°C]
Microestrutura
austenítica
860°C
723°C

Resfriamento
rápido abaixo
de Mf

tempo
Aço 1040
Têmpera
Aços eutetóides
Campo
austenítico
T [°C]
Microestrutura
austenítica

780°C
723°C

Resfriamento
rápido abaixo
de Mf

tempo
Aço 1080
Têmpera
Têmpera

Microestrutura
resultante: Martensita
Têmpera
• Os aços destinados á têmpera apresentam
teores de C acima de 0,4%.
• A distorção provocada no reticulado CFC
para formar o TCC é maior quanto maior for
o teor de carbono. Os aços com teores
inferiores á 0,4%C temperados apresentam
microestrutura martensítica CCC devido às
pequenas distorção no reticulado e baixa
dureza.
Têmpera
• O aumento do teor de C e /
ou a adição de elementos
de liga (exceto o Co)
T
deslocam as curvas TTT A
P
para a direita,
possibilitando o uso de B

meios de têmpera menos


severos para a obtenção M
da microestrutura φ 25 φ 50 φ 75 Tempo [s]

martensítica.
Têmpera
• Entretanto, este Aço de alto teor de carbono
deslocamento é
acompanhado pelo T A+C
abaixamento das 727°C

temperaturas de início e A A+P


P
final de transformação
martensítica (Mi e Mf), A+B
B
favorecendo a ocorrência
Mi
de austenita retida nos A+M
T ambiente
casos em que Mf ficar Mf

negativa. Nestes casos M


Tempo [s]
emprega-se o tratamento Martensita + Tratamento sub-zero
sub-zero. austenita
retida
100%
martensita
Têmpera
• Sem o emprego do
%C % austenita retida
tratamento sub-zero a < 0,5% < 2,0 %
quantidade de 0,8% 6%
austenita retida será 1,25% 30%

maior quanto maior o


teor de C, diminuindo
a dureza final obtida
após a têmpera.
Têmpera em água
• A água é o meio de têmpera mais antigo, mais
barato e o mais empregado.
• O processo de têmpera em água é conduzido
de diversas maneiras: por meio de imersão,
jatos, imersão ou jatos com água aquecida,
misturas de água com sal (salmoura), ou ainda,
misturas de água e aditivos poliméricos.
Têmpera em água
• Os valores mais elevados de dureza são
obtidos por meio de imersão, mantendo-se a
temperatura da água entre 15°C e 25ºC e
agitação com velocidades superiores à 0,25
m/s.
• A temperatura, agitação e quantidade de
contaminantes da água ou o teor de aditivos
são parâmetros controlados periodicamente.
Têmpera em água
• Retenção de vapor
durante a têmpera
em água de uma
engrenagem.

Têmpera em água

Têmpera em solução polimérica


Têmpera em água
Têmpera em salmoura
• O termo salmoura ("brine quenching") refere-
se á solução aquosa contendo diferentes
quantidades de cloreto de sódio (NaCl) ou
cloreto de cálcio (CaCl).
• As concentrações de NaCl variam entre 2 á
25%, entretanto, utiliza-se como referência a
solução contendo 10% de NaCl.
Têmpera em salmoura
• As taxas de resfriamento da salmoura são
superiores às obtidas em água pura para a
mesma agitação.
• A justificativa é que, durante os primeiros
instantes da têmpera, a água evapora com
contato com a superfície metálica e pequenos
cristais de NaCl depositam-se nesta. Com o
aumento da temperatura, ocorre a fragmentação
destes cristais, gerando turbulência e destruindo
a camada de vapor.
Têmpera em salmoura
• A capacidade de extração de calor não é
seriamente afetada pela elevação da
temperatura da solução.
• De fato, a salmoura pode ser empregada em
temperaturas de até 80ºC, entretanto, a
capacidade máxima ocorre em
aproximadamente 20ºC.
Têmpera em salmoura
Têmpera em óleo
• Todos os óleos de têmpera têm como base os
óleos minerais, geralmente óleos parafínicos.
• Os óleos de têmpera são classificados em:
– óleos de velocidade normal- para aços de alta
temperabilidade;
– óleos de velocidade média - para aços de média
temperabilidade;
– óleos de alta velocidade - para aços de baixa
temperabilidade;
– óleos para martêmpera e
– óleos laváveis em água.
Têmpera em óleo
• Características relativas entre os óleos parafínicos e
naftênicos
Têmpera em óleo

Efeito da viscosidade
elevada
Têmpera em óleo
• A maior parte dos óleos
de têmpera apresentam
taxas de resfriamento
menores que as obtidas
em água ou em
salmoura, entretanto,
nestes meios o calor é
removido de modo mais
uniforme, diminuindo as
distorções dimensionais e
a ocorrência de trincas
Têmpera em ar
• A aplicação do ar forçado como meio de
têmpera é mais comum em aços de alta
temperabilidade como aços-liga e aços-
ferramenta.
• Aços ao carbono não apresentam
temperabilidade suficiente e,
conseqüentemente, os valores de dureza
após a têmpera ao ar são inferiores aos
obtidos em óleo, água ou salmoura.
Têmpera em ar
• Como qualquer
outro meio de
têmpera, suas
taxas de
transferência
de calor
dependem da
vazão
Têmpera com laser
• Consiste no uso de um feixe de laser de
elevada potência que aquece uma pequena
camada superficial acima do campo
austenítico em segundos.
• O resfriamento ocorre pela condução no
interior da peça, ou seja, o núcleo resfria a
camada superficial, transformando-a em
martensita.
Têmpera com laser
Algumas considerações sobre
trincas de têmpera
Trincas de têmpera
Susceptibilidade
• A variação
volumétrica resultante
da transformação
martensítica depende,
predominantemente,
do teor de C contido
no aço.
Trincas de têmpera
Susceptibilidade

Camada inicial de
Camada sub-
martensita
t superficial austenítica
Trincas de têmpera
Gênese
• A gênese das trincas de têmpera pode ser resumida
em:
– forma-se uma camada inicial de martensita;
– com a resfriamento, as camadas de austenita sub-
superficiais sofrem a transformação martensítica
com um atraso em relação a camada inicial;
– estas transformações posteriores (com expansão
volumétrica) impõem tensões de tração sobre a
camada inicial, que pode resultar em trincas, se
estas tensões ultrapassarem o limite de
resistência.
Trincas de têmpera
Gênese
Trincas de têmpera
• Aspecto das
trincas de
têmpera
Trincas de têmpera
• Aspecto das
trincas de
têmpera

• Macro
• MEV
Trincas de têmpera
• Aspecto das trincas de têmpera - MEV

200 x 800 x
Martêmpera
Martêmpera

• Objetivos:
• aumento de dureza por meio da microestrutura
martensítica
• menor nível de tensões internas em relação à
têmpera convencional, e conseqüentemente,
maior estabilidade dimensional sobre os lotes e
menor perda de peças por trincas e/ou
distorções dimensionais
• maior custo que a têmpera devido ao emprego
de fornos do tipo banho de sal
Martêmpera

• Procedimento:
• Aquecimento até o campo austenítico
seguido de resfriamento em banho de
sal ou óleos de martêmpera aquecidos
Martêmpera

• Microestrutura obtida:
• Martensita (idêntica à obtida na têmpera
convencional)
• Após operação de revenimento: Martensita
revenida. Obviamente com o aumento da
temperatura de revenimento, a martensita
revenida tem sua dureza diminuída e sua
tenacidade aumentada.
Martêmpera
martêmpera
Campo
austenítico
T [°C]
Microestrutura Resfriamento
austenítica em banho de
sal
780°
C
723°C

~250°C
Homogeneização
de temperatura na
austenita

Resfriamento ao ar (austenita → martensita) tempo


Aço 1080
Martêmpera

Microestrutura
resultante:
Martensita
Martêmpera

S N

Martensita 62 HRC
Revenimento dos aços
Revenimento
• O revenimento é um tratamento térmico
destinado aos aços previamente temperados
(microestrutura martensítica), com o objetivo
principal de aumentar sua ductilidade e
tenacidade.
• É realizado em temperaturas inferiores à zona
critica com tempos de duração e velocidades de
resfriamento controladas.
Revenimento
Têmpera ou
Revenimento
martêmpera
Temperatura

austenita

trev = 1h
Trev = definida
pela dureza final

martensita
tempo

martensita revenida
Revenimento
• Os aços temperados são revenidos para a
obtenção de propriedades mecânicas
específicas (aumento de ductilidade e
tenacidade), aliviar tensões internas e
garantir estabilidade dimensional a peça
(o revenimento é acompanhado por uma
redução de volume).
Revenimento
• As variáveis que afetam a microestrutura e
propriedades mecânicas dos aços temperados
são:

– Temperatura de revenimento
– Tempo na temperatura de revenimento
– Velocidade de resfriamento após o revenimento
– Composição do aço, incluindo teor de C, elementos
de liga e impurezas
Revenimento
• Com raras exceções, o revenimento dos
aços é normalmente realizado entre
175°C e 650ºC e tempos que variam de
30 minutos até 4 horas

• Microestrutura obtida: Martensita


revenida.
Revenimento
Temperatura de revenimento
• Cada aço apresenta uma correlação entre a
temperatura de revenimento e as
propriedades mecânicas.

• As curvas de dureza versus temperatura de


revenimento são normalmente empregadas
para a seleção da temperatura de
revenimento de um aço.
Temperatura de revenimento
Temperatura de revenimento

Curva de revenimento aço Curva de revenimento aço


SAE 8650 SAE 4140
Temperatura de revenimento
Temperatura de revenimento

Curvas de
revenimento de
aços-ferramenta
Temperatura de revenimento
• O revenimento pode ser dividido em 4
estágios (sem um limite rígido entre eles)
(2):

– 1° estágio (entre 100°C e 250°C);


– 2° estágio (entre 200°C e 300°C);
– 3° estágio (entre 330°C e 600°C) e
– 4° estágio (entre 500°C e 650°C).
1° estágio do revenimento
(entre 100°C e 250°C)
• Também é chamado de alívio de tensões, pois
não se detectam alterações microestruturais por
meio de microscopia óptica, embora ocorra uma
elevação da tenacidade.
• Em aços alto-carbono, o C pode difundir-se da
martensita e formar “clusters” ou o carboneto ε
(Fe2,2C) que aumentam a dureza.
• Esta precipitação diminui a supersaturação da
martensita, mas não é suficiente para diminuir
sua tetragonalidade.
1° estágio do revenimento
(entre 100°C e 250°C)
• A martensita formada em
aços de médio e alto
carbono não é estável na
temperatura ambiente
devido a difusão de C. Até
250ºC o carbono difunde-se
e forma carbonetos do tipo ε
hexagonais. Em aços de alto
carbono, ocorre elevação de
dureza para temperaturas de
revenimento entre 50ºC e
100ºC devido a precipitação
de ε.
2° estágio do revenimento
(entre 200°C e 300°C)
• Em aços ligados com alto teor de carbono, a
austenita retida decompõe-se por uma reação
bainítica. Os carbonetos precipitados desta
reação diminuem a supersaturação da austenita
e aumentam MS.
• No resfriamento deste revenimento, a austenita
transforma-se em martensita não-revenida,
sendo necessário a aplicação de um outro
revenimento para revenir esta martensita (duplo
ou triplo revenimento).
2° estágio do revenimento
(entre 200°C e 300°C)
• Durante o estágio 2, a
austenita retida %C % austenita retida

decompõe-se em < 0,5% < 2,0 %

ferrita bainítica e 0,8% 6%

cementita. Para aços 1,25% 30%

ao carbono as
quantidades de
austenita retida são:
3° estágio do revenimento
( entre 330°C e 600°C)
• Tem início a precipitação de cementita (Fe3C)
da martensita. Os precipitados de Fe3C têm a
forma de bastonetes ou agulhas.
• A precipitação pode ocorrer em contornos de
grão e provocar um efeito fragilizante
(fragilidade azul).
• A sub-estrutura da martensita (com elevada
concentração de discordâncias) começa a sofrer
recuperação. Entre 400°C e 600°C a Fe3C
esferoidiza e perde a coerência com a matriz.
3° estágio do revenimento
( entre 330°C e 600°C)
• A cementita precipita
com morfologia do
tipo Widmanstätten
com uma relação de
orientação com a
matriz. A martensita
perde tetragonalidade
e transforma-se em
ferrita.
3° estágio do revenimento
( entre 330°C e 600°C)
4° estágio do revenimento
(entre 500°C e 650°C)
• Nos aços ao carbono, a
cementita sofre um
processo de
engrossamento e
esferoidização. Este
engrossamento inicia-se
entre 300ºC e 400ºC e a
esferoidização aumenta
até 700°C.
• As ripas de martensita
transformam-se em
ferrita equiaxial por um
processo de
recristalização.
4° estágio do revenimento
(entre 500°C e 650°C)
• Este estágio é
característico de aços-
rápidos ou para
trabalho a quente).
• Ocorre a precipitação
de carbonetos
secundários com os
elementos de liga (Cr,
V) provocando um
endurecimento.
Aço H13: 0,4% C, 1%Si, 5%Cr, 1,5%Mo, 1% V
Seqüência de revenimento de
Speich (7)
 A seqüência
de
revenimento
apresentada
por Speich é
resumida com
o auxilio da
figura:
Tempo de revenimento

• O efeito do tempo
de revenimento em
um aço SAE 1080
é mostrado na
figura abaixo. São
apresentadas
quatro
temperaturas de
revenimento:
205°C, 315°C,
425ºC e 540ºC.
Tempo de revenimento
• Verificam-se grandes alterações de dureza
para tempos de revenimento inferiores a 10s.

• Menos rápidas, porém significativas


alterações de dureza, para tempos entre 1 e
10 minutos e pequenas alterações para
tempos de revenimento entre 1e 2 horas.
Tempo de revenimento
• Como a cinética de revenimento é rápida, o
tempo de revenimento é normalmente fixo
em uma hora, “independente” da dimensão
do componente.
• Esta regra decorre do fato de que os
componentes empregados na construção
mecânica (automobilística) possuem,
normalmente, dimensões inferiores a 200
mm.
Velocidade de resfriamento após o
revenimento
• Preferencialmente,
empregam-se
velocidades de
resfriamento
elevadas após o
revenimento
(resfriamento em
água) após o
patamar de
revenimento. Note que o aço resfriado lentamente após o
revenimento possui menor tenacidade (maior
temperatura de transição).
Fragilidades no
revenimento
Fragilidades ao revenido
• Durante o revenimento podem ocorrer
dois tipos de fragilização (8):

– Fragilidade azul ou fragilidade da martensita


(300°C) e
– Fragilidade ao revenido (500°C).
Fragilidade azul (300°C)
• O revenimento de aços ao carbono e alguns aços baixa-
liga na faixa de temperatura entre 230°C e 370ºC pode
resultar na diminuição de ductilidade e tenacidade.
• Este fenômeno é denominado fragilidade azul
(fragilidade dos 500°F ou fragilidade da martensita
revenida) porque ocorre em temperaturas que o ar
promove uma oxidação azulada na superfície usinada
dos aços.
• O fenômeno é creditado a precipitação da cementita
(Fe3C) em contornos de grão e entre as ripas de
martensita. A precipitação por suas vez, seria
decorrente da transformação da austenita retida em
filmes de cementita nos contornos das ripas de
Fragilidade azul (300°C)

• Redução de
tenacidade
decorrente da
“fragilidade azul”

350°C
Fragilidade azul (300°C)
Evidência da presença
de austenita retida em
contornos de
martensita. No
revenimento, esta
austenita transforma-
se em filmes de
cementita nos
contornos de ripas de
martensita provocando
a fragilidade da
martensita (500ºF).
Fragilidade azul (300°C)
• Aços ao carbono temperados e revenidos na
faixa entre 230°C e 370ºC não devem ser
empregados em componentes submetidos a
impactos.
• Aços que necessitam ser revenidos nesta
faixa crítica e serão sujeitos a impactos têm,
em geral, adições de Mo ou Si que
minimizam a fragilização.
Fragilidade azul (300°C)
• O Si não dissolve na cementita e atrasa o
início da 3ª fase do revenimento, retardando
a precipitação de cementita (Fe3C) e
aumentando o intervalo de temperatura em
que o carboneto ε (Fe2,2C) é estável.
• Aços contendo Si podem ser revenidos à
250°C sem perda de dureza e com elevada
tenacidade (aços ferramenta S).
Fragilidade ao revenido (500°C)
• Quando aços ao carbono e baixa-liga são
revenidos por longos períodos ou resfriados
lentamente entre 375ºC e 575ºC, estes
apresentam uma tenacidade inferior à obtida
para temperaturas de revenimento mais baixas.

• Este fenômeno é chamado de fragilidade ao


revenido reversível ou fragilidade dos 700°F.
Fragilidade ao revenido (500°C)
• A fragilidade ao revenido provoca decoesão
dos antigos contornos austeníticos (fratura
intergranular).
• A causa deste fenômeno é creditada a
segregação de compostos contendo
impurezas como P, Sb, As, Sn.
• O intensidade da fragilização aumenta com a
presença dos elementos de liga Mn, Cr e Ni.
Fragilidade ao revenido (500°C)
• A cinética de fragilização T
obedece uma curva em C
com o cotovelo entre 565°C
500°C e 550°C.
• Abaixo dos 370°C, a
difusão destas impurezas
375°C
é baixa e não ocorre a
fragilização. Acima dos
565°C, estas difundem-se
e retornam à condição tempo

não-fragilizante.
Fragilidade ao revenido (500°C)
• Obviamente, quanto menor a concentração
destas impurezas menores os efeitos na
tenacidade.
• Aços submetidos a fragilização pelo revenido
podem ter sua tenacidade restaurada pelo
aquecimento até aproximadamente 600ºC,
manutenção por alguns minutos e resfriamento
rápido.
• O tempo para a restauração da tenacidade
depende do teor de elementos de liga e da
temperatura do reaquecimento.
Referências
 Tschiptschin, A. P. ; Goldenstein, H. ; Sinatora, A.
Metalografia dos aços Curso da ABM 1988
 Bhadeshia, H. K. D. H. ; Honeycombe, R. W. K. Steels
Microstructure and properties third edition Elsivier 2006
 Easterling E. ; Porter, D. A. Phase transformation in Metals and
alloys
 Thelning K. E. Steel and its heat treatement 2nd edition 1984
 Heat Treater´s Guide ASM International
 ASM Handbook v. 4 Heat Treatment ASM International 2001
 Speich G. R.; Leslie, W. C. Tempering of steel Metallurgical
Transactions v. 3 May 1972 p. 1043
 Olefjord, I. Temper embrittlement - review 231 - International
Metals Review 1978 n° 4 p. 149

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