Antigamente , o Largo era um sítio com muito movimento, hoje é um sítio vazio e sem vida; Nesse mesmo Largo morreram pessoas no caminho de ferro; O Largo é mais conhecido pelo acontecimento marcado pela morte de António Valmorim; No centro da Vila, contavam novidades e inventavam histórias que mais tarde se tornavam verdadeiras; O Largo era considerado assim o centro do mundo; Muitos desciam ao Largo, como por exemplo os inteligentes, os sábios e os valentes, os bêbados apenas se riam do Largo; Era o lugar onde os homens se sentiam grandes em tudo o que a vida dava; O Largo era a escola para os mais novos, lá aprendiam a ser sábios, valentes ou vagabundos; Existia machismo, porque as mulheres tinham de ficar em casa, e só podiam sair na companhia do homem ou de um familiar; Os homens usavam sempre chapéu e não entravam em casas onde fosse preciso tirá-lo; O comboio mudou tudo, construíram-se lojas e fábricas, as mulheres começaram a sair sozinhas e a arranjarem-se mais, os homens apenas tiravam os chapéus para dormir, e não eram apenas os bêbados que desciam ao Largo; As notícias chegavam vindas de todas as partes do mundo; João Gadunha, era um bêbado que inventava coisas sobre Lisboa, local onde nunca tinha ido e por um simples erro foi apanhado; O Largo ficava deserto aos domingos e apenas o velho Ranito saía da venda. Ranito saltou ágil , ridículo e desafiou qualquer homem que lhe fizesse frente, mas num movimento mal calculado caiu para a frente, bêbado e desgraçado, morrendo; Neste mundo já não é como era, qualquer coisa terrível e desejada pode acontecer. João Gadunha; Velho Ranito; Senhor Palma Branco; Os três irmãos Montenegro: Badina, Estroina e Maraça; O Lavrador de Alba Grande; Mestre Sobral; Acácio; António Valmorim; Ui Cotovio. João Gadunha: É um bêbado que ao longo da história vai contando a sua suposta ida a Lisboa, mais sensivelmente ao Rossio. Diz que o Rossio está rodeado de eucaliptos. Descreve Lisboa como uma cidade repleta de pessoas que andam para cima e para baixo cheias de pressa. Conta ele também que ia sendo roubado, mas que se apercebeu, apanhou o larápio e deu-lhe um murro no queixo, afirma que o homem bateu com a cabeça num eucalipto e caiu sem sentidos no chão. Ranito: Era um velho respeitado e importante, com mau humor, antigo artífice que defendia o Largo como ninguém. Tinha tido várias mulheres e não sabia ao certo quantos filhos tinha. Depois de muito tentar desafiar os homens do Largo, desiste e luta consigo próprio, saindo vencido. Por fim, uma nuvem de poeira cai sobre ele e tapa-o ficando assim no chão, morto. Espaço físico: Antigamente, o Largo era o centro do mundo. Hoje, é um cruzamento de estradas, com casas em volta e uma rua que sobe para a Vila. O comboio matou o Largo, pois construiram uma linha de comboio mesmo no meio do deste. Espaço Social: As lojas da Vila encheram-se de utensílios, que, antes, se vendiam nos ferreiros e nos carpinteiros; O comércio desenvolve-se, construiu-se uma fábrica. As oficinas faliram; os mestres ferreiros desceram a operários; Apareceu a Guarda, substitui os pachorrentos cabos de paz. Espaço Cultural: Hoje, as notícias chegam no mesmo dia, vindas de todas as partes do mundo; Antigamente, os viajantes encontravam-se todos no centro da Vila e contavam as novidades, pois era através do Largo que o povo comunicava com o mundo. Existem novos hábitos e costumes, nomeadamente a vida das mulheres. Os recursos estilísticos utilizados são: Anáfora: “Á sua sombra… Á sua sombra…”
Dupla Adjectivação: “… sozinho e triste…” “… pequeno e fraco…” Trabalho Realizado por : Mariana Marisa Nádia Natacha