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DOS CRIMES CONTRA A VIDA

HOMICÍDIO (simples)

Art. 121 – Matar alguém:

Pena - Reclusão, de seis a 20


anos.
1 – Homicídio é a eliminação da vida de alguém por ação de
outrem;

2 - Bem Jurídico Protegido:


A vida humana. O direito protege a vida desde o momento
da concepção até que ela se extinga, sem distinção da
capacidade física ou mental das pessoas;
É indiferente que a vida seja autônoma ou extrauterina,
sendo suficiente a vida biológica.

3 – Sujeito Ativo:
Qualquer pessoa

4 – Sujeito passivo:
Primeiro, a coletividade e segundo, qualquer ser humano
vivo.
• 5 – Tipo Objetivo
• A conduta típica consiste em matar alguém;
• Eliminar a vida de outrem;
• O termo outrem abrange qualquer ser humano vivo.

• 6 – Tipo Subjetivo (elemento subjetivo do tipo penal):


• Dolo:
• Direto – caracterizado pela vontade direta de QUERER
eliminar a vida do outro; ou
• Eventual – dolo eventual, que ocorre em situações em
que o sujeito pratica o ato tendo o conhecimento de
que existe a possibilidade de ocorrer o resultado lesivo
e mesmo assim, realiza a conduta, ou seja, age com
total desprezo da existência e/ou possibilidade da
ocorrência do resultado
7 – Consumação:
Consuma-se quando da ação humana resulta a
morte da vítima;
Comprova-se com o laudo de exame
cadavérico, mas, excepcionalmente pode ser
comprovado com a prova testemunhal;
8 – Tentativa:
Como o crime é material admite a tentativa,
que ocorre por circunstâncias alheias a vontade
do agente de querer cometer ou de prosseguir
na execução do crime.
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
Caso de diminuição de pena
§ 1º Se o agente comete o crime impelido
por motivo de relevante valor social ou
moral, ou sob o domínio de violenta
emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, ou juiz pode reduzir
a pena de um sexto a um terço.
Não confundir com a atenuante prevista no art. 65 que
diz: São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor
social ou moral;
c) sob a influência de violenta emoção, provocada por
ato injusto da vítima;
HOMICÍDIO QUALIFICADO
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou
por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo,
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,
ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a
impunidade ou vantagem de outro crime;
Feminicídio
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo
feminino:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e
144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra
seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
terceiro grau, em razão dessa condição:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo
feminino quando o crime envolve:
I - violência doméstica e familiar;
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
As circunstancias que qualificam o homicídio da
seguinte forma:
1 – Pelos motivos – paga, promessa de
recompensa ou outro motivo torpe ou fútil;
2 – Pelo meio utilizado – veneno, fogo, explosivo,
asfixia, tortura ou outro meio que possa resultar
em perigo comum;
3 – Pelo modo – a traição, de emboscada,
mediante dissimulação ou outro meio que dificulte
ou torne impossível a defesa da vítima;
4 - Pela finalidade – para assegurar a execução,
ocultação, impunidade ou vantagem de ou crime.
5 – Contra a mulher e contra autoridade
HOMICÍDIO CULPOSO
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos.
A culpa é um elemento normativo, atendendo ao princípio
da excepcionalidade.
Ocorre, na verdade, pela falta de dever de cuidado objetivo,
independente de ter ocorrido por imprudência, negligência
ou imperícia.
Pode ser:
Inconsciente: Quando o sujeito, embora aja com falta do
dever de cuidado, não quer e nem espera que o resultado
ocorra;
Consciente: Quando o agente pratica atos em que deveria
observar o que faz, prevê o resultado que é previsível, mas,
confia convictamente e com certeza de que ele não ira
ocorrer.
Causas de Aumento de Pena
§ 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada
de um terço:
- se o crime resulta de inobservância de regra
técnica de profissão arte ou ofício,
- ou se o agente deixa de prestar imediato
socorro à vítima, não procura diminuir as
consequências do seu ato,
- ou foge para evitar prisão em flagrante.
- Sendo doloso o homicídio, a pena é
aumentada de um terço, se o crime é praticado
contra pessoa menor de 14 (catorze) anos e
maior de 60 (sessenta) anos.
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá
deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da
infração atingirem o próprio agente de forma tão grave
que a sanção penal se torne desnecessária.
OBS. Não confundir com a atenuante inominada:
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de
circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime,
embora não prevista expressamente em lei.

§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a


metade se o crime for praticado por milícia privada, sob
o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por
grupo de extermínio.
Ação penal – Pública incondicionada.
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3
(um terço) até a metade se o crime for
praticado:
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses
posteriores ao parto;
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos,
maior de 60 (sessenta) anos ou com
deficiência;
III - na presença de descendente ou de
ascendente da vítima.

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