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Aula 3

Drenagem Linfática
Manual Facial
Profa. Gabriela Franco Tuller Espósito
Drenagem Linfática Manual

A Drenagem Linfática Manual, para que


seja bem eficaz na sua aplicabilidade, faz-se
necessário conhecer a estrutura do Sistema
Linfático, principalmente a circulação
superficial, os principais grupos de linfonodos,
que formam os linfocentros e a direção da linfa,
que é unidirecional e centrípeta.
Conceito / Definição
Drenagem Linfática Manual é uma técnica
massoterápica específica, cuja ação principal é sobre
o Sistema Linfático e toda sua estrutura anatômica e
fisiológica, que ao ser executada deve-se observar
alguns aspectos importantes, quanto ao ritmo,
manobras, pressão e harmonia dos movimentos.
Existem considerações relevantes que devem
ser observadas na aplicação da Drenagem Linfática
(Giardini et al., 2000):
Objetivos
A drenagem linfática facial tem objetivos
preventivos, estéticos e terapêuticos, pois
estimula o sistema de defesa, a oxigenação dos
tecidos e ajuda na eliminação de líquidos que
ficam retidos, tonificando a pele e retardando o
envelhecimento dos tecidos. A técnica ameniza
problemas de origem vascular. Apagar manchas
e eliminar rugas não é o objetivo do tratamento,
porém em muitos casos esses resultados
acontecem.
Conceito / Definição
• O trabalho deve ser executado no sentido proximal-
distal;
• Praticar por maior espaço de tempo onde há maior
retenção de líquido, ou seja, linfedema;
• Executar asa manobras em um ritmo lento, pausado e
repetitivo, em respeito ao mecanismo do transporte da
linfa, cuja freqüência de contração é de 5-7 vezes por
minutos;
• Não deve ser desagradável e jamais provocar dor;
• Aconselhável que a primeira sessão seja mais breve,
trabalhando mais a cadeia linfonodal do pescoço,
analisando as reações;
• As sessões devem ter o mínimo de 1 hora.
Efeitos Fisiológicos da Drenagem
Linfática Pós-Cirúrgico facial
• Contribuir para uma recuperação mais rápida;
• Aliviar a pressão provocada pelo edema;
• Facilitar o escoamento da linfa;
Blefaroplastia

Antes Pós-operatório Imediato


Blefaroplastia

29/05 01/06
Blefaroplastia

06/06 Atualmente
Blefaroplastia

Antes Atualmente
Manobras
As manobras de drenagem linfática manual seguem dois
princípios básicos: a evacuação (remoção) e a captação (absorção).
O processo de evacuação tem como objetivo auxiliar a
remoção da linfa dos coletores linfáticos e desobstruir os pontos
proximais, ou seja, as áreas de entrada para os linfonodos regionais,
criando assim a possibilidade de uma “aspiração” da linfa em
direção centrípeta.
O processo de captação tem como objetivo auxiliar a
absorção do líquido intersticial excedente para dentro dos capilares
linfáticos terminais e o aumento do fluxo em direção aos
linfonodos regionais e, finalmente, em direção ao canal torácico e
ao ducto linfático direito.
A pressão das manobras
O princípio de base para estabelecer a pressão correta é a
ausência de dor. Manipulações dolorosas deverão ter a pressão
diminuída.
A pressão exercida será sempre proporcional ao edema.
1ª fase: Edema grande – Drenagem muito Suave.
2ª fase: Edema controlado – Drenagem Suave.
3ª fase: Sem edema – Drenagem com pressão Normal.
Frequência da Drenagem e
Tempo:

• Diariamente;

• Três vezes por semana;


• Sessão: 60 minutos;
Trajeto e Execução das
Manobras
1ª) Inicia-se a drenagem sempre na região proximal do
ângulo venoso para desobstruí-lo.
2ª) Desobstruiremos os linfonodos ao qual irá receber a
linfa.
3ª) Conduziremos a linfa para o linfonodo previamente
desobstruído, de próximo-proximal para distal .
Circulação Linfática
A direção do fluxo linfático é de distal para proximal
Circulação Linfática
• Os vasos linfáticos do alto da cabeça, levam a
linfa em direção aos linfonodos occipitais aos
linfonodos cervicais e nucais;
• Os vasos linfáticos do quadrante superior da face,
da região da testa e orbicular dos olhos, levam a
linfa para os linfonodos pré-auriculares,
linfonodos retroauriculares, linfonodos parótidos,
que em seguida lançam a linfa em direção aos
linfonodos cervicais profundos
(17,16,15,14,13,12,11,10).
Circulação Linfática
Circulação Linfática

• Enquanto os vasos linfáticos do quadrante


medial da face, naso geneniano, masseter
(região maxilar), deságuam a linfa em direção
aos linfonodos submandibulares (6,7,8,9);
• A linfa proveniente da orbicular da boca, da
gengiva, do mento deságuam a linfa em
direção as linfonodos sub-mentonianos (3,4,5).
É importante lembrar:
Ao trabalhar a Drenagem Linfática Manual, temos que ter em
mente três premissas:
• Zonas de tratamento (partes que temos de esvaziar);
• Região que iremos desobstruir previamente para deixar
livre a passagem da linfa (proximal / distal);
• A via principal de deságüe que a linfa das diferentes partes
da cabeça segue são os gânglios regionais, que por sua vez
se comunicam com os vasos linfáticos mais profundos, até
que finalmente deságüem no ducto torácico (Terminus)
onde finalmente comunica-se diretamente com a corrente
sangüínea.
Quanto a seqüência das
manobras

Iniciaremos as manobras de proximal para


distal, com a finalidade de desobstruir
previamente os linfonodos para deixar livre a
passagem da linfa, assim eliminando o edema.
Manobras a serem empregadas
• Bombeamentos (desobstrução dos
linfonodos);
• Dígito pressão, com as pontas dos dedos,
deslocar a linfa;
• Vibração (impulso vibratório na área a ser
tratada, diminuindo a tensão dos nervos e
facilitando o deságüe da linfa) com um
dedo.
Indicações e
Contra-indicações
Indicações Contra-indicações
Retenção de líquidos Infecções agudas
Olheiras Neoplasias (câncer)
Pré e pós-operatório
Trombose
Cirurgia Plástica
Edema Insuficiência Cardíaca
Rosácea Sensação de mal estar
Gestantes Hipertiroidismo
Telangiectasia Asma bronquial
Acne Certas afecções na pele
Relaxamento Hipertensão

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