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a Saúde Mental
Pós graduação em saúde mental e
desafios contemporâneos: dependência
química e promoção da saúde
Objetivo
Legal
Histórico
Teórico
Proteção social
Programa do dia
• Pressupostos gerais;
• Linha histórica da produção do conhecimento
e surgimento das políticas de proteção social;
• Atividade: como funciona a proteção social?
• Fundamentos de política social;
• Família, estado e proteção social;
• Avaliação.
APRESENTAÇÕES
LINHA HISTÓRICA DA PRODUÇÃO
DO CONHECIMENTO
POSSÍVEL ORIGEM DA FAMÍLIA, DA
PROPRIEDADE PRIVADA E DO ESTADO
Como funciona a proteção social?
ATIVIDADE 1
ATIVIDADE 1
Como funciona a proteção social?
Em grupo produza um organograma que
represente o funcionamento da proteção social
1ª dama
Amiga da
1ª dama
ORÇ
SUS FERR
GESTAO DA
INF
EXEC 39 MIN Previdência
RELAT
CF LEG MDS SNAS
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ORÇ
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RELAT
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DELIB
CONF
PARTE 1
PARTE 2
Parte 1
Constituição Federal
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos
em Assembleia Nacional Constituinte para instituir
um Estado Democrático, destinado a assegurar o
exercício dos direitos sociais e individuais, a
liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como
valores supremos de uma sociedade fraterna,
pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia
social e comprometida, na ordem interna e
internacional, com a solução pacífica das
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de
Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL
Estrutura da CF88
1 Princípios
9
2 Direitos e
Disposições
garantias
gerais
8 Ordem 3 Org do
Social
CF/88 Estado
6
5 Defesa
Tributação
Da ordem social
Seguri
dade
Educa
Índio
ção
Fam, Cri,
OS Ciência e
Adoles e Id Tecnologia
Meio Comuni
ambiente cação
E qual é a ordem?
Seguridade
Social
Saúde Prev AS
Artigos importantes da ordem social
• Art. 196 (Saúde);
• Art. 198 (SUS);
• Art. 201 (Previdência);
• Art. 203 (Assistência);
Seguridade Social
SS
Saúde Prev AS
SUS SUAS
Média e
At. Básica PSB PSE
Alta
Orçamento
Ferramentas
Gestão da
informação
MDS
Relatorio
LOAS anual
SNAS
SUAS
ART FORUNS
CIT
INST PACT
CNAS
DELIB
CONF
Nível estadual
PLANO
ORÇAMENTO
FERRAMENTAS
GESTÃO DA
INFORMAÇÃO
RELATÓRIO
SUPERINT. ANUAL
AÇÃO SOCIAL
ART FORUNS
CIB
INST PACT
CNAS
DELIB
CONF
Nível municipal
PLANO
ORÇAMENTO
FERRAMENTAS
GESTÃO DA
INFORMAÇÃO
RELATÓRIO
SECRETARIA ANUAL
AÇÃO SOCIAL
ART FORUNS
CIB
INST PACT
CNAS
DELIB
CONF
Os três entes federados
MUNICÍPIO
ESTADO
BRASIL PLANO PLANO
FERRAMENTAS FERRAMENTAS
Orçamento
Ferramentas GESTÃO DA GESTÃO DA
Gestão da INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO
MDS
informação
CONFERÊNCIAS CONFERÊNCIAS
Proteção social
SÓ QUE ISSO NÃO EXPLICA TUDO!
Elaine Rossetti Behring
FUNDAMENTOS
DE POLÍTICA
SOCIAL
Objetivo da autora
• Apresentar os fundamentos e argumentos
teórico-históricos e político-econômicos que
estão na base da formatação de tal ou qual
padrão de proteção social;
Pressupostos
• A existência de políticas sociais é um
fenômeno associado à constituição da
sociedade capitalista contemporânea;
• A generalização de medidas de seguridade
social se dará no período pós segunda guerra,
no qual assiste-se à construção do Welfare
State na Europa;
História
• Sociedade feudal > lei divina como fundamento
das hierarquias políticas;
• Séculos XVI e XVII > discussões sobre o papel do
estado;
– Maquiavel (abordagem racional)
– Hobbes (1651 – estado de violência – renuncia à
liberdade para manter a paz)
– Locke (pacto social para defender a liberdade e a
propriedade)
– Rousseau (contrato social, o poder emana do povo, da
vontade geral)
Surge o liberalismo
• O desejo natural de melhorar as condições de
existência tende a maximizar o bem-estar coletivo;
• Os indivíduos são conduzidos por uma mão invisível –
o mercado;
• O Estado deve fornecer apenas a base legal para que o
mercado livre possa maximizar os benefícios aos
homens;
• Trata-se de um Estado mínimo sob forte controle dos
indivíduos que compõem a sociedade civil;
• Apenas 3 funções: defesa contra inimigos externos, a
proteção de todo o indivíduo de ofensas dirigidas a
outros indivíduos e o provimento de obras públicas
O liberalismo
• Combina com um forte darwinismo social, em
que a inserção social dos indivíduos se define
por mecanismos de seleção natural;
• Não se deviam despender recursos com os
pobres, dependentes, ou passivos, mas vigiá-
los e puni-los;
Mercado e mérito individual no
liberalismo
• Nos primórdios do liberalismo existia um claro
componente transformador nessa maneira de
pensar a economia e a sociedade: tratava-se
de romper com as amarras parasitárias da
aristocracia e do clero, do Estado absoluto.
• Havia um componente utópico na visão social
de mundo do liberalismo, adequada ao papel
revolucionário da burguesia;
MAS ESSA IDEIA TODA TINHA UM
LIMITE...
Liberalismo em crise: o pacto
Keynesiano
• Esses argumentos enfraquecem a partir da
segunda metade do século XIX e no início do
século XX;
• Crescimento do movimento operário obrigando a
burguesia a “entregar os anéis para não perder
os dedos”;
• Concentração e monopolização do capital,
demolindo a utopia liberal do indivíduo
empreendedor > o mercado vai ser liderado por
grandes monopólios;
O QUE ACONTECEU NESSE MEIO TEMPO?
Liberalismo em crise
Crise de 1929
VÍDEO – OS DESAFIOS DA
PROTEÇÃO SOCIAL
Almoço?
Quantos triângulos há?
Aparência x Essência
• Qual a diferença entre o que parece e o que
é?
• A construção do concreto real através do
concreto pensado.
Mioto, Regina C. T. In:
FAMÍLIA E BOSCHETTI, I. (et al).
Política Social no
capitalismo: Tendências
POLÍTICAS SOCIAIS contemporâneas. São
Paulo: Cortez, 2009.
A família e a proteção social
• Historicamente a família não recebeu atenção
no debate sobre seu papel no âmbito das
políticas sociais;
• Essa condição passa a se alterar a partir da
crise do Welfare State, por volta da década de
1970;
• A partir de então a família é “redescoberta”
como possibilidade de recuperação e
sustentação de uma sociabilidade solidária;
Do Liberalismo ao Estado de Bem-Estar
Social
• O modo de produção capitalista trouxe
consigo mudanças radicais nas formas
tradicionais de proteção social;
– Desaparecimento dos antigos vínculos
comunitários;
– Precariedade de recursos disponíveis pelas
famílias na sua nova estrutura;
– Separação entre rua e casa;
– Instauração do salário individual;
O homem como o centro
• Dessa forma, a consolidação da família como instância
privada, com uma clara divisão de papéis entre
homens e mulheres, e do indivíduo (homem e
trabalhador assalariado) responsável moral pela
provisão familiar, instaura o reinado da família como
fonte de proteção por excelência;
• E também ocorre a transferência, para o interior da
família dos problemas e conflitos gerados no âmbito
das relações de produção > violência econômica por
conta da apropriação da mais valia e exploração do
trabalho
O papel da mulher
• O trabalho demandava corpos cuidados e
sãos. Assim, a produção de corpos saudáveis e
limpos criou a relação entre cuidador e
cuidado. Essa necessidade elevou as mulheres
à condição de cuidadoras por excelência;
• Cabe à mulher também tirar o marido das
ruas e dos bares para que ele prefira a
previsão da poupança à dilapidação das
reservas em festas populares;
O papel da família
• Na formação capitalista sob a égide do
liberalismo, a família se conforma como o
espaço privado por excelência e, como
espaço privado, deve responder pela
proteção social de seus membros;
A crise do liberalismo
• O agravamento progressivo da questão social
determinou mudanças significativas nas
formas de proteção social;
• Surge o Welfare State e nesse contexto a
proteção social ganha o status de cidadania
(que é quando os direitos sociais, na prática e
na legalidade, se tornam universais e
invioláveis);
• Assim o Estado torna-se
o agente primordial da
proteção social e ao
assumir esse papel
possibilita a autonomia
dos indivíduos e
também torna-se força
ativa no ordenamento
das relações sociais;
– Obs.: Veja-se as
ondas do movimento
feminista (Início do
século XX, décadas
de 1960 e 70 e
década de 1990)
Três modalidades de proteção social
• Di Giovanni define que o exercício da proteção social
se realiza historicamente através de 3 modalidades:
1. Solidariedade, fraternidade e caridade, desenvolvida
pela família, redes de vizinhança e através das
práticas religiosas;
2. Proteção social exercida pela troca e acontece por
meio do conjunto de práticas econômicas realizadas
desde as relações face a face até a impessoalidade do
mercado;
3. Modalidade da autoridade, que se refere à ação
política de alocação de recursos, na qual o Estado
tem o papel de gestor, produtor e regulador da
proteção.
Ponto importante
• Nas sociedades que conheceram o Welfare
State o exercício da proteção social pelo
Estado desenvolveu-se de formas diversas,
porém, a família nunca deixou de ter papel
significativo na organização e
desenvolvimento dos diferentes sistemas de
proteção social.
Dois conceitos chave
• Desfamilização: grau de abrandamento da
responsabilidade familiar em relação à provisão
de bem-estar social;
– Pressupõe a diminuição dos encargos familiares e a
independência da família especialmente em relação
ao parentesco
• Familismo: a política pública considera que as
unidades familiares devem assumir a principal
responsabilidade pelo bem-estar de seus
membros;
– Pressupõe menor provisão de responsabilidade por
parte do Estado.
Geografia destes conceitos
• Desfamilização: são os Estados da social-
democracia, que é o caso dos países
escandinavos;
• Familismo: onde há uma explícita parceria
entre Estado e família, que é o caso dos países
da Europa do Sul, que configuram um modelo
próprio de bem-estar, denominado “modelo
mediterrâneo” ou “modelo católico”
Com qual
modelo o Brasil
está alinhado?
E chega a crise do Estado de Bem-Estar
Social
• A concepção liberal em relação à família
reaparece com força, embasada em críticas ao
Estado de Bem-Estar Social quanto ao excesso
de seu custo, as impropriedades de seu
gerenciamento e por ser um sistema que, ao
garantir os direitos dos indivíduos, fortalece o
individualismo, enfraquece a solidariedade
familiar e comunitária, além de incentivar a
dependência dos indivíduos em relação aos
benefícios do Estado.
O que acontece?
• Dessa maneira, dilui-se a responsabilidade
coletiva da proteção social e recoloca-se em cena
a tese da responsabilidade dos indivíduos, ou
melhor, de suas famílias na provisão do bem-
estar (neoliberalismo familista).
• A crise do Estado de Bem-Estar implicou na
adoção de uma solução familiar para a proteção
social, forçando-se a redescoberta da autonomia
familiar enquanto possibilidade de resolver seus
problemas e atender suas necessidades.
E qual o grande problema nisso?
• A provisão das necessidades da família passa
a depender cada vez mais da participação de
seus membros na esfera mercantil;
• As políticas de caráter familista tendem a
reforçar os papéis tradicionais de homens e
mulheres e condicionar a posição de homens
e mulheres no mercado de trabalho. Isso se
traduz numa presença “secundária” da
mulher nesse mercado;
Problema
• O incremento da ideia de família, sob essas
bases, vai favorecer não só a reativação
exponencial da ideia liberal da
responsabilidade da família em relação a
provisão de bem-estar, como também a
reativação das práticas disciplinadoras tão
comuns nos séculos anteriores.
• Nesse contexto, a família alça
um lugar central tanto no
âmbito dos programas de
transferência de renda, que
marca essa centralidade no
seu próprio nome – Bolsa
Família – como no campo das
E no políticas públicas que
Brasil? compõem o tripé da
seguridade social,
particularmente saúde e
assistência social.
• Na política de saúde, o programa Saúde da
Família é criado em 1994 e incorporado em
2006 como estratégia no âmbito da Política
Nacional de Atenção Básica. Na política de
Assistência Social assume-se a matricialidade
socio-familiar inicialmente como princípio e,
posteriormente, como diretriz do SUAS.
Avaliação