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Bioenergética

Por Viviana Barboni


ENERGIA de onde vem?
Respiração
Respiração, o inverso da fotossíntese
CO2 H2O + CO2+ ATP

Energia Energia
Química Energia
Radiante
Mecânica

C6H12O6 + O2

H2O

TRABALHO
ATP – Trifosfato de Adenosina

• Fosfato de alta energia

• Energia da hidrólise aciona todas


as formas de trabalho biológico
Q.1: De onde vem a energia do ATP e porque o
fracionamento de ADP em AMP não é interessante
para o metabolismo?
Vias de suprimento de ATP
Miosina ATPase

ATP miosina ATPase


ADP + Pi
Adenilado quinase
Adenilato cinase
ADP + Pi + ADP AMP + ATP
AMP deaminase
AMP + H2O IMP + NH3
OU
5’-nucleotidase
AMP + H2O Adenosina + Pi
adenosina
Adenosina + H2O deaminase
Inosina + NH3

• AMP, Pi e NH3 ativam a PKF-1 da via glicolítica, aumentando a taxa de glicólise em músculos
máximo 10 s
Glicólise
• Rápida: piruvato → Lactato
(ANAERÓBICA)
• Limitados ATP
• Lenta: piruvato → Ciclo de Krebs +
Cadeia Oxidativa (AERÓBICA)
• Muitos ATP
Glicólise rápida

11

Lactato
Etapa 1: Fosforilação da glicose
• Aprisionamento da glicose na célula pela fosforilação

Hexoquinase
Q.2. Porque em células hepáticas ocorre a saída da glicose para a
regulação do índice glicêmico, se a ação da hexoquinase deveria
impedir esse evento?

Hexoquinase glicose-6-fosfatase
Etapa 2: isomerase

Glicogênio
(hepático e muscular)
Glicose-fosfato-isomerase

Voltar
Etapa 3: segundo investimento de ATP

Fosfofrutoquinase

Dúvida: “O nível de atividade dessa enzima limita provavelmente o ritmo da glicólise durante o exercício
com um esforço máximo” (McArdle, 2013, p. 151)
Etapa 4 e 5: Separação das cadeias

Aldolase

Triosefosfato isomerase
Etapa final: 5 reações sucessivas

Produção: 4 ATP
Investimento inicial: 2/1 ATP
Ganho final: 2/3 ATP

Piruvatoquinase

11

Lactato
Regulação da via glicolítica
• Concentração das enzimas: Hexoquinase, PFK e Piruvatoquinase
• Disponibilidade do substrato frutose-1,6-difosfato
• Altas concentrações de O2 inibem a glicólise
• Disponibilidade de glicose
• Disponibilidade de NAD+ para oxidar gliceraldeído-3-fosfato
• O NAD+ é recuperado durante a etapa final de conversão do piruvato em
lactato
Lactato
• Não se acumula em condições normais
• ritmo de produção = de recuperação
• Forma-se no músculo rico em H + , por difusão passa para o espaço intersticial
e sangue para ser tamponado e removido (perder H + ) ou proporcionar
substrato glicogênico
• É fonte de energia química que se acumula no exercício intenso
• ↑ concentração de Lactato muscular e sanguíneo → FADIGA
• ↓ concentração de Lactato (↑ O2)
• Músculo: Glicose/ glicogênio
• Ciclo de Cori

Via oxidativa → ATP


Ciclo de Cori

Glicogênio

Voltar
Lançadeira do lactato

• Músculo como o principal


produtor de lactato e
tecido primário para
remoção do lactato através
da oxidação
Glicogênio

 Fornece reserva de glicose para atividade muscular energética e para controla da glicemia
• Glicose não se acumula no sangue
• Alta atividade celular: via metabólica → ATP
• Baixa atividade celular ou com baixa reserva de glicogênio: síntese de gordura
ou glicogênio

• Vias de síntese e degradação são diferentes


• Insulina: anabólico
• Epinefrina (músculo) e glucagon (fígado): catabólicos
Glicogênese

Regeneração de UDP

• Pode ser sintetizado a partir do lactato → Via indireta


Glicogenólise

Relembrando
Adrenalina e glucagon
• Hormônios regulatórios da glicogenólise
• Ligam-se a receptores β-adrenérgicos e ativam adenilato ciclase
O sistema Adenilato ciclase e AMPc
ATP Adenilato ciclase
AMPc + PPi

• ↑ AMPc, em resposta à ativação dos receptores β-adrenérgicos, afeta


várias enzimas envolvidas no metabolismo do glicogênio e da gordura
no fígado, adipócitos e células musculares.
• Ativação da fosforilase e inibição da glicogênio sintase

• A energia armazenada na forma de glicogênio e gordura torna-se


disponível como glicose para suprir a contração muscular.
Q.3 Discutir as Glicogenoses
Tipo Enzima defeituosa Órgão afetado Nível de glicogênio Características
no órgão afetado clínicas

Doença de Von Glicolise-6-fosfatase Fígado e rim Quantidade Dilatação do fígado,


Gierke aumentada hipoglicemia grave,
cetose,
hiperlipemia. Atraso
no
desenvolvimento.

Doença de McArdle Fosforilase Músculo Quantidade Incapacidade de


aumentada executar exercícios
vigorosos devido a
violentas câimbras.
Fora isso o paciente
é normal e bem
STRYER, 1992 desenvolvido.
Glicólise lenta
Ciclo do Ácido Cítrico
Cadeia Transportadora de Elétrons
Fosforilação Oxidativa
Ciclo do Ácido Cítrico/Ciclo de Krebs/ CK
• Glicólise rápida produz 5% da energia da molécula de glicose
• O restante inicia com a conversão irreversível de piruvato a acetil-CoA

Pyr desigrogenase

• Função do CK é gerar moléculas de H+ para serem transferidos para NAD+ e FAD na


cadeia oxidativa
Oxaloacetato
• Fundamental para que acetil-CoA entre no Ciclo de Krebs

Gordura queima na chama do carboidrato


1.
• Regulação
1. Citrato sintase: inibido por
2.
↑ATP
2. Isocitrato desigrogenase: inibido
por ↑ATP e NADH e estimulado
por ↑ADP e NAD+
3. α-cetolutarato desidrogenase:
Ciclo de Krebs 3.
inibido por ↑ de succinil-CoA e
NADH
4. Piruvato desidrogenase: inibido
por ↑ ATP, acetil-CoA e NADH
4.
Fosforilação oxidativa
• Doação de elétrons para o O2 com a liberação de energia para
geração de ATP

NADH + FADH2 → O2 + 32ATP

• Acontece em complexos respiratórios presentes na membrana


interna das mitocôndrias
Força próton-motriz e geração de ATP
Modelo Quimiosmótico
• Reação química (síntese de ATP) + processo de transporte (passagem
dos prótons de H+)
3. Força próton motriz se acumula
até o custo para bombear prótons
contra o gradiente, seja menor
que a transferência de elétrons
2. Bombeamento de para o O2
prótons continua
gerando aumento no
gradiente de prótons 1.

4. O fluxo de elétrons para 5. Síntese de ATP é interrompida


→ equilíbrio osmótico
Complexos enzimáticos
Complexo II – succinato desidrogenase
Complexo III
• Ubiquinona: citocromo-C oxiredutase
Complexo IV
• Citocromo oxidase
Síntese de ATP
• ATP sintase
• Complexo enzimático que cataliza síntese de ATP a partir de ADP e Pi
a partir do fluxo de prótons pelo sistema F1 F0

F1 – proteína periférica

F0 proteína integral
Catálise rotacional
• 3 sítios ativos de F1 se revezam catalisando a síntese de ATP
• As subunidades β de F1 tem afinidade por ATP/ADP
• Sofrem mudanças conformacionais com a passagem de prótons por F0
• Subunidades β vão se alternando assumindo conformação
• β-ATP
• β-ADP
• β-vazio
• Em uma rotação completa de F1 todas as subunidades passam pelas 3
conformações → 3 ATP são gerados

• Se o Complexo F1F0 girar na direção oposta, ATP é hidrolisado


Catálise rotacional
Balanço total
• São bombeados 10 NADH e 6FADH2 (succinato) para o espaço
intermembranas pela CTE
• 4 prótons precisam fluir para a matriz mitocondrial pelo F1F0 para
propiciar síntese de 1 ATP
• NADH= 2,5 ATP (10NADH /4 prótons= 2,5ATP)
• FAH2= 1,5 ATP (6FADH2 /4 prótons= 1,5 ATP)
Lançadeiras
• A membrana interna das mitocôndrias não são permeáveis ao NADH
citosólico (produzido na glicólise)
• Entram na CTE por via indireta → Lançadeiras: malato-aspartato e
Glicerol-3-fosfato
Malato-aspartato
• Células de coração, fígado e
rins

• NADH segue para a CTE


produzindo 2,5 ATP
Glirerol-3-fosfato
• Células de músculo esquelético e
encéfalo

• Entra diretamente no complexo III


(ubiquinona) → 1,5 ATP/elétron

• Não há transporte de membranas


Transferência total de energia
Regulação do metabolismo Energético
• ATP e NADH são inibidores enzimáticos
• Ca++, ADP e NAD+ são ativadores
• Célula em repouso ATP > ADP (500:1)

• Quedas na proporção ATP/ADP e NAD+/NADH sinaliza a necessidade


de aumentar o metabolismo dos nutrientes armazenados
Referências
• LEHNINGER, A. L.; NELSON, K. Y.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica.
5. ed. São Paulo: Sarvier, 2011.
• McArdle, et al. Fisiologia do Exercício - 7ed, 2013
• Stryer. Bioquímica. 1992

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