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Arranjo de Pilares

MIN 225
Jose Margarida da Silva
Outubro/2009
Introdução
O dimensionamento de pilares é um estudo
relativamente novo.

Parâmetros de partida para o arranjo:


– resistência à compressão,
- peso específico,
- fator de segurança,
- profundidade.
 
 

Pilares naturais
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  Dimensionamento
 
 
 
de pilares e das câmaras
 
 
(Hoek e Brown, 1980)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dimensionamento de pilares
• um estudo relativamente novo (pouco mais de quatro
décadas), com pesquisas de Salamon, Holland,
Bieniawski, Peng e outros.
• Abrangência lavra subterrânea: EUA – 33% da
produção.
• mineração do carvão - como acontece com mineração
subterrânea como um todo, dificuldade de se conseguir
a documentação dos casos no Brasil é grande.
• Quanto maior o fator de segurança, maior a vida útil
(lifetime).
• Peng (2007): importa numericamente o fator de
segurança, menos o valor do carregamento sobre o pilar
e a resistência do pilar.
Dimensionamento de pilares
Fatores na estabilidade do arranjo de pilares
• Largura da escavação, largura e altura do pilar.
Outros fatores:
• custo da informação (realização de ensaios),
• método de lavra,
• tipo de abertura (sua vida útil),
• confiabilidade dos resultados (por exemplo, as condições
de confinamento do corpo de prova).
Diferentes expressões analíticas de resistência de pilar;
todas partem da teoria da área tributária.
(Peng, 2007)
Estudos
• Investigações para arranjos câmaras e
pilares, mas também para pilares laterais
(rib), coroamento (crown) e soleira (sill).
• Estudos de modelos (numéricos, físicos e
outros) e in situ (instrumentação e
geofísica).
• Cálculo da tensão média: área tributária,
deflexão de viga, entre outros.
(Jeremic, 1987)
Exemplos
• Mina Urucum (manganês, MS): lavra adicional no teto,
devido à baixa potência;
• Vilafruns (potássio, Espanha): largura das aberturas 7-
8m, altura 5-5,5m;
• Mina Barro Branco (carvão, SC): pilares 4,5m;
• Mina Trevo (carvão, SC): pilares c/ FS = 1,8;
• Mina Panasqueira (Portugal, Sn, W): pilares 11m ->
3m largura (com recuperação);
• Mina Tau Lekoa (África do Sul, ouro): Pilares 10m
largura;
• Mina Waterval (platina, África do Sul): pilares 6m x 6m;
potência 0,6m -> altura 1,8m (Engineering & Mining
Journal, 2009);
Exemplos
• Boleo (cobre, China): média potência • Transportadores: 1,0 a
40-80cm, altura de extração 1,80m; 2,8m de altura;
capacidade 10t, 15t, 22t ;
• Impala (platina, África do Sul):
• Carregadeiras: altura
camada mineralizada 35cm, 0,76m; 1,3m; 9 a 14,5t
escavação de 1,20m altura. (bucyrus.com,2009)
Exemplo
Seja para a lavra de uma camada de minério, de peso específico 25kN/m3, de 2,5m de
espessura, a 80m de profundidade (H), altura uniforme, um arranjo proposto de
escavações de 6m de largura (Wo), com pilares de 5m de largura (Wp).
A expressão da resistência do pilar é: S = 7,18 x h -0,66 x Wp 0,46
Resolução
Tensão axial sobre pilar:
σp= γH [(Wo + Wp )/ Wp) ] ^2 = 25 x 80 [(6 +5)/5) ^2 = 9,68 MPa
Resistência:
S = 7,18 x h -0,66 x Wp 0,46 = 7,18 x 2,5 -0,66 x 5 0,46= 8,22 MPa
Fator de Segurança = 8,22 / 8,68 = 0,85 (<<1,6)
Opções
1. aumentar σp, com aumento de Wo – fazendo as mudanças, o projeto ficaria com Wo
= 3m; as outras variáveis como no modelo original,
2. aumentar S, com aumento de Wp - o projeto ficaria com Wp = 7,75m, as outras
variáveis como no modelo original,
3. aumentar S, com diminuição da altura da lavra (h) - projeto ficaria c/ h = 0,96m, as
outras variáveis como no modelo original
Então a definição seria em função da recuperação (e condição operacional), já
obedecida a segurança:
R (1) = 0,61
R (2)= 0,68
R (3)= 0,79
Referências Bibliográficas
Salamon, M. D. G. Strength of coal pillars from back-calculation. Amadei et al.Rock Mechanics
and the industry, p. 29-35. Balkema, Rotterdam.1999.
Brady e Brown, Rock Mechanics for Underground Mechanics, 1985 (p. 320/350) , 2004 ou
2006.
Bise. Mining Engineering Analysis, p. 82-86. 2003.
Harrison, J. P.; Hudson, J. A. Engineering Rock Mechanics. Pergamon. 2007.
Figueredo, R.P.; Curi, A Dimensionamento ótimo de painéis, câmaras e pilares com
programação não-linear, p. 565-573, São Paulo. 2004.
Andrade Lima, A; Gopinath, T. R.; Lins de Oliveira, W.; Moura de Alcântara, W. W.; Sarmento,
H. J. L.; Laet Rafael, R. M. Determinação da estabilidade de pilares no método sublevel
caving, Mina Ipueira, Ferbasa. p. 575-582, São Paulo. 2004.
Márquez Muñoz, M. Dimensionamento de cámaras y pilares del nivel 6 de la mina Colombia.
pp. 583-589. São Paulo. 2004.
Paludo, C.; Dalmina, L. B.; Martins, C. D. N.; Zingano, A. C. 2008. Efeito do desmonte de
rocha com explosivos no dimensionamento de pilares em mina subterrânea de carvão. V
Congresso Brasileiro de Mina Subterrânea, Belo Horizonte, 2008.
Miranda, A., Souza, M. R., Eckert, A. B., Zingano, A. C. Reconciliação do Fator de Segurança
de Pilares em Mina de Carvão Subterrânea em Santa Catarina. V Congresso Brasileiro de
Mina Subterrânea, Belo Horizonte, 2008.
Hustrulid, W. A. Underground Mining Methods Handbook, pp. 1618. 1981.
Jeremic, M. L. Ground Mechanics in Hard Rock Mining. Balkema. Rotterdam. 1987.
Hoek, E. Support of underground excavations in hard rock, cap. 2. 1995.
Syd Peng, Universidade West Virginia, EUA. Curso de Dimensionamento de Pilares de Mina.
Promovido pela ACEM, Criciúma (SC), 25 a 27 abril/2007.
Hoek, E.; Brown, E. T. Underground Rock Mechanics. 1980.
Engineering and Mining Journal, march/09, v. 210, n.2, p. 32,36. 2009.

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