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DIREITO ADMINISTRATIVO

MOTIVAÇÃO
DIREITO ADMINISTRATIVO
 EVOLUÇÃO
 CONCEITOS
 PRINCÍPIOS
DIREITO ADMINISTRATIVO
 OBJETIVOS:
 Ter uma noção sobre o surgimento
do Direito Administrativo.
 Possibilitar a compreensão do
Conceito de Direito Administrativo.
 Conhecer os princípios básicos, a fim
de alicerçar o caminho em busca do
aprendizado.
DIREITO ADMINISTRATIVO
EVOLUÇÃO
 Ano de 1748 – Barão de Montesquieu
 Ano de 1800 – A França edita a Lei 28
pluvioso.
 Ano de 1824 – Fim do período Colonial e
surgimento do Império.
 Ano de 1851 – O Direito Administrativo é
incluído na cadeira curricular da
Facudade de São Paulo.
DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA DA SEPARAÇÃO DOS PODERES
 CONCLUSÃO:
 Proíbe a concentração de todas as
funções em uma estrutura
organizacional única;
 Impossibilidade de separação
absoluta de funções.
 Adoção do princípio da interferência
funcional
DIREITO ADMINISTRATIVO
TEORIA DA SEPARAÇÃO DOS PODERES

 Quantos poderes existem no nosso


país?
Marçal Justem Filho ensina que
hodiernamente, pode-se considerar
que, no mínimo, o MP e o TC são
poderes que deveriam compor a
estrutura da tripartição dos poderes,
pois possuem funções próprias,
inconfundíveis e privativas.
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONCEITO

CRITÉRIO

UNITÁRIO CONJUGADO
DIREITO ADMINISTRATIVO
 UNITÁRIO: NEGATIVISTA
Legalista; DA= AL+AJ+AA
Poder Executivo;
DA= AL+AJ+AA – (AL+AJ)
Relação Jurídica;
Serviço Público; DA= AL + AJ + AA - AL - AJ

Teleológico / DA= AL + AJ + AA - AL – AJ
Finalístico
Negativista. DA = AA
DIREITO ADMINISTRATIVO
 CONJUGADO:
A junção de duas ou mais correntes
relativas ao critério unitário.
DIREITO ADMINISTRATIVO
 Conceito Sugerido:

“O conjunto harmônico de princípios


jurídicos que regem os órgãos, os
agentes e as atividades públicas
tendentes a realizar concreta, direta e
imediatamente os fins desejado pelo
Estado”
Hely Lopes Meirelles.
DIREITO ADMINISTRATIVO
 Inovação

“O direito administrativo é o conjunto de


normas jurídicas de direito público que
disciplinam as atividades administrativas
necessárias à realização dos direitos
fundamentais (liberdade, igualdade e
fraternidade) e a organização e o
funcionamento das estruturas estatais e não
estatais encarregadas de seu desempenho”
Marçal Justen Filho.
DIREITO ADMINISTRATIVO
 PRINCÍPIOS:

“São mandamentos nucleares de um


sistema, seu verdadeiro alicerce,
disposição fundamental que se irradia
sobre diferentes normas, compondo-
lhes o espírito e servindo de critério
para sua exata compreensão”
DIREITO ADMINISTRATIVO
 Grupos de Princípio:

a) Onivalentes;

b) Plurivalentes;

c) Monovalentes.
DIREITO ADMINISTRATIVO
 Função do Princípio:

a) Positiva;

b) Negativa.
DIREITO ADMINISTRATIVO
 Grau de hierarquia do princípio.

“O princípio é norma de hierarquia


superior à das regras, pois determina o
sentido e o alcance desta, que não
pode contrariá-lo, sob pena de pôr em
risco a globalidade do ordenamento
jurídico” Carlos Ari Sundfeld.
DIREITO ADMINISTRATIVO
 Princípios Informativos do Direito
Administrativo
Legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, eficiência,
Supremacia do interesse público,
indisponibilidade dos interesses públicos,
Continuidade, autotutela, especialidade,
presunção de legitimidade, ampla defesa,
contraditório, proporcionalidade,
razoabilidade...
DIREITO ADMINISTRATIVO
 Princípio da Legalidade
Lei 4.717/65, Art. 2º, parágrafo
único, alínea c:
“a ilegalidade do objeto ocorre
quando o resultado do ato importa
em violação de lei, regulamento ou
outro ato normativo”.
DIREITO ADMINISTRATIVO
Dimensões do P. Legalidade
 Celso Antônio B Mello  Diógenes Gasparine
“a Administração nada “só pode fazer o que a lei
pode fazer senão o que a autoriza e, ainda assim,
lei determina”. quando e como autoriza”.

 Odete Medauar:
01) a Administração pode realizar todas as medidas e atos que
não sejam contrários à lei;
02) a Administração só pode editar atos ou medidas que uma
norma autoriza;
03) somente são permitidos atos cujo conteúdo seja conforme
um esquema abstrato fixado por norma legislativa;
04) a Administração só pode realizar atos ou medidas que a lei
ordena fazer.
DIREITO ADMINISTRATIVO
Exceção ao P. da Legalidade
1) Medida Provisória;
2) Estado de Defesa;
3) Estado de Sítio.
DIREITO DMINISTRATIVO
LEGALIDADE
 RECURSO EM SENTIDO ESTRITO – LEIS NºS 8.212/95 E 7.492/86 –
SENTENÇA QUE JULGOU EXTINTA A PUNIBILIDADE PELO PAGAMENTO
DE DÍVIDA PREVIDENCIÁRIA APÓS O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA –
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1571-6/97 – 1 – Sentença de primeiro grau
que aplicou, por analogia, o artigo 7º, § 7º, da Medida Provisória nº
1571-6/97, declarando extinta a punibilidade dos delitos atribuídos
aos acusados, por falta de justa causa para o prosseguimento da
persecução penal. 2 – É entendimento doutrinário e jurisprudencial
que, não obstante o caráter inconstitucional das disposições penais
contidas em Medida Provisória, tendo em vista o princípio da
legalidade (art. 1º, C.P.), deve-se abrir exceção quando for ela
benéfica ao acusado. 3 – Entretanto, tal benefício só pode ser
concedido com relação a dívidas pagas ou parceladas até 20.11.1997,
já que a citada edição daquela Medida Provisória não mais
contemplou a aludida suspensão. 4 – Recurso da Justiça Pública a que
se nega provimento. (TRF 3ª R. – RCr 920 – SP – (98.03.020262-6) – 1ª
T. – Rel. Juiz Oliveira Lima – DJU 27.10.1998 – p. 372) JCP.1
DIREITO ADMINISTRATIVO
P. da Impessoalidade
 Dimensões:
a) Finalidade Pública (Hely Lopes);
b) Teoria do Órgão (José Afonso da
Silva);
c) Igualdade ou Isonomia (Celso
Antônio).
DIREITO ADMINISTRATIVO
P. da Impessoalidade
 116011982 – ADMINISTRATIVO – AÇÃO CIVIL PÚBLICA –
CONTRATAÇÃO DE ADVOGADO COM FUNÇÕES DE
PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO – LICITAÇÃO –
DESOBEDIÊNCIA AO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE – 1.
Contratação do ex-Procurador Geral, vencedor do certame.
Transmudação do cargo de Procurador Geral em advogado de
confiança no afã de permitir ao profissional o exercício
simultâneo da função pública e do munus privado da
advocacia. 2. O princípio da impessoalidade obsta que critérios
subjetivos ou anti-isonômico influam na escolha dos exercentes
dos cargos públicos; máxime porque dispõem os órgãos da
Administração, via de regra, dos denominados cargos de
confiança, de preenchimento insindicável. 3. A impessoalidade
opera-se pro populo, impedindo discriminações, e contra o
administrador, ao vedar-lhe a contratação dirigida intuito
personae. (STJ – RESP 403981 – RO – 1ª T. – Rel. Min. Luiz Fux –
DJU 28.10.2002) JCPC.469 JCPC.472 JCPC.458 JCCB.1525
DIREITO ADMINISTRATIVO
Princípio da Moralidade

MORAL

DIREITO
DIREITO ADMINISTRATIVO
 Quando a Moral administrativa é quebrada?

a) Quando o administrador gere mal o


interesse público (Diogo de Figueiredo);
b) Quando o administrador não age com
lealdade e boa-fé (Celso Antônio);
c) Quando ausente a figura do bom
administrador (Hely Lopes);
d) Quando fere a moral comum (Francisco
Sobrinho).
DIREITO ADMINISTRATIVO
PUBLICIDADE
“O governo do poder público em
público” Bobbio.

A publicidade é elemento formativo do


ato?
DIREITO ADMINISTRATIVO
PUBLICIDADE
Exceções:

Segurança Nacional;

Interesse Superior da
Administração.
DIREITO ADMINISTRATIVO
EFICIÊNCIA
 Conceito:

É a busca constante de resultados


práticos de agilidade, produtividade,
continuidade, economicidade e
desburocratização, a fim de não
desperdiçar o dinheiro público,
buscando-se o lucro social.
DIREITO ADMINISTRATIVO
EFICIÊNCIA
 Planos de Eficiência (Onofre Alves)
01) Individual;

02) atuação do órgão;

03) atuação das pessoas políticas;

04) global.
DIREITO ADMINISTRATIVO
EFICIÊNCIA
 Constituição Federal.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os


servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público.

§ 1º. O servidor público estável só perderá o cargo:

III - mediante procedimento de avaliação periódica de


desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla
defesa.

§ 4º. Como condição para a aquisição da estabilidade, é


obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.
DIREITO ADMINISTRATIVO
EFICIÊNCIA
Constituição Federal
Art.37,
§ 8º. A autonomia gerencial, orçamentária
e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser
ampliada mediante contrato, a ser firmado
entre seus administradores e o poder
público, que tenha por objeto a fixação de
metas de desempenho para o órgão ou
entidade, cabendo à lei dispor sobre:
DIREITO ADMINISTRATIVO
Constituição Federal
Art. 37. A administração pública direta
e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá
aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também,
ao seguinte:
DIREITO ADMINISTRATIVO
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
 Conceito:
 Conseqüências da incidência do
princípio:
a) privilégio;
b) supremacia.
DIREITO ADMINISTRATIVO
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
“O conjunto harmônico de “O direito administrativo
princípios jurídicos que é o conjunto de normas
regem os órgãos, os jurídicas de direito
agentes e as atividades público que disciplinam
públicas tendentes a as atividades
realizar concreta, direta e administrativas
imediatamente os fins necessárias à realização
desejado pelo Estado” dos direitos fundamentais
Hely Lopes Meirelles. e a organização e o
funcionamento das
estruturas estatais e não
estatais encarregadas de
seu desempenho”
Marçal Justen Filho.
DIREITO ADMINISTRATIVO
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO
Questionamentos:
01) Os direitos fundamentais são
conseqüências do interesse público?

02) Se a diretriz primeira da AP é a


democracia e o respeito aos direitos
fundamentais - onde estará o interesse
público senão na fonte do sistema
democrático e dos direitos
fundamentais?
DIREITO ADMINISTRATIVO
INDISPONIBILIDADE DOS INTERESSES PÚBLICOS
 LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ – ENTE PÚBLICO – Em se tratando de
pessoa jurídica de direito público, a questão da defesa da boa
fé processual também deve ser vista sob outros enfoques,
como os
princípios da defesa dos interesses públicos,
da indisponibilidade dos recursos públicos, da
defesa dos direitos dos contribuintes, pelo que
não é recomendável punir o ente público, ainda
que apresente mecanismo de defesa julgado
improcedente,
como é o caso dos embargos à execução em exame. Deve ser
reformada a r. sentença recorrida, para excluir da condenação
a litigância de má-fé e as sanções pecuniárias correspondentes.
(TRT 8ª R. – AP 5826/2002 – 2ª T. – Relª Juíza Elizabeth Fátima
Martins Newman – J. 29.01.2003)
DIREITO ADMINISTRATIVO
 EXECUÇÃO FISCAL – ADESÃO AO REFIS – HIPÓTESE DE
SUSPENSÃO DO FEITO, DESDE QUE GARANTIDO – A simples
adesão do contribuinte, ao Plano de Recuperação Fiscal
(REFIS), não pode vir, em desfavor da Fazenda, que tem sua
atuação assentada no Princípio da Indisponibilidade
dos Interesses Públicos, e no Princípio da
Soberania dos Interesses Públicos sobre os
Particulares. Após a garantia do Juízo da Execução Fiscal,
pela constrição, cabe a suspensão do feito, como
conseqüência da opção do contribuinte, pela moratória
individual. Sentença de Extinção do feito, por perda do
objeto, reformada. Remessa Oficial e Apelação da Exeqüente
conhecidas e providas. (TRF 4ª R. – AC 2000.04.01.109682-2
– RS – 1ª T. – Relª Juíza Maria Isabel Pezzi Klein – DJU
26.09.2001 – p. 1436)
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONTINUIDADE
 16155658 – AGRAVO REGIMENTAL CONTRA
LIMINAR QUE DETERMINOU A EMPRESA
CONCESSIONÁRIA A CONTINUAÇÃO DA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE FORNECIMENTO DE
ENERGIA ELÉTRICA – CONSUMIDOR, IN CASU, O
MUNICÍPIO QUE REPASSA A ENERGIA RECEBIDA
AOS USUÁRIOS DE SERVIÇOS ESSÊNCIAIS –
Consoante jurisprudência iterativa do E. STJ. A
energia é um bem essencial à população,
constituindo-se serviço público indispensável,
subordinado ao princípio da continuidade de sua
prestação, pelo que se torna impossível a sua
interrupção. (STJ – AGRMC . 3982 – AC – 1ª T. –
Rel. Min. Luiz Fux – DJU 25.03.2002)
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONTINUIDADE
 133041190 – PROCESSO CIVIL – AGRAVO DE
INSTRUMENTO – SERVIÇOS DE TELEFONIA
CORTADOS – 18ª CIRCUNSCRIÇÃO MILTAR DE
SERVIÇO MILITAR, EM ILHÉUS – PRINCÍPIO DA
CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
– É deveras lastimável que a União Federal não
honre seus compromissos. É partidária do lema
dos maus pagadores: "Devo, não nego, pagarei
quando puder" ou "pagarei quando bem
entender". Mas, os serviços administrativos, na
hipótese, serviços de telefonia, não podem ser
suspensos, tendo em vista que prejudicado é o
cidadão. É o princípio da continuidade. (TRF 1ª R.
– AG 01000269810 – BA – 2ª T. – Rel. Des. Fed.
Tourinho Neto – DJU 16.12.2002 – p. 88)
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONTINUIDADE
Conclusão:
exige a permanência das atividades
administrativas, não permitindo a
interrupção das atividades do Estado,
pois o interesse da coletividade não
pode ser prejudicado.
“Os serviços públicos não podem parar,
porque não param os anseios da
coletividade” Diógenes Gasparine.
DIREITO ADMINISTRATIVO
AUTOTUTELA
 SÚMULA 473 (STF) - A administração
pode anular seus próprios atos,
quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se
originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.
DIREITO ADMINISTRATIVO
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE
 133038536 – EXECUÇÃO FISCAL – COMPROVAÇÃO DO DIREITO DE
DEFESA ADMINISTRATIVA – DESNECESSIDADE – PRESUNÇÃO DE
CERTEZA E LIQUIDEZ DA CDA – 1. Não se tem por
desfundamentada a decisão que, apesar de concisa, externa os
fundamentos ensejadores do não conhecimento do recurso. 2. A
comprovação do direito de defesa do executado na esfera
administrativa não se insere no rol previsto no art. 2º, §§ 5º e 6º
da Lei nº 6.830/80, não sendo, portanto, elemento obrigatório de
constituição da Certidão da Dívida Ativa. 3. A inscrição da dívida
ativa constitui-se num ato de controle administrativo da
legalidade, com vistas a apurar a liquidez e certeza do crédito,
bem assim a certificar o esgotamento das oportunidades
administrativas disponibilizadas ao contribuinte, destinadas à
discussão do lançamento. 4. A presunção de legitimidade
atribuída à CDA harmoniza-se com a própria finalidade do regime
instituído pela Lei nº 6.830/80, que é justamente conferir
celeridade à cobrança de créditos devidos à Administração. 5.
Apelação provida. Remessa prejudicada. (TRF 1ª R. – AC
38000179874 – MG – 6ª T. – Relª Desª Fed. Maria do Carmo
Cardoso – DJU 04.12.2002 – p. 30) JLEF.2 JLEF.2.5
DIREITO ADMINISTRATIVO
ESPECIALIDADE
 Constituição Federal
Art.37, inciso XIX - somente por lei
específica poderá ser criada autarquia
e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação;
DIREITO ADMINISTRATIVO
ESPECIALIDADE
 Cobra das entidades estatais o
cumprimento dos objetivos para os
quais foram constituídas, não
permitido o abandono, a alteração ou
a modificação desses objetivos.
DIREITO ADMINISTRATIVO
AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO
 Constituição Federal
Art. 5º, inciso LV - aos litigantes, em
processo judicial ou administrativo, e
aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes;
DIREITO ADMINISTRATIVO
AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO
 ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL – MANDADO DE SEGURANÇA – POLICIAL
MILITAR – LICENCIAMENTO EX-OFFICIO – INOBSERVÂNCIA AOS PRINCÍPIOS DA
AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO – CERCEAMENTO DE DEFESA –
SEGURANÇA CONCEDIDA – DECISÃO UNÂNIME – Atualmente, a Constituição
Federal exige, em processos administrativos ou judiciais contenciosos, a
obediência a 02 (dois) princípios, quais sejam, o princípio da ampla defesa e o
princípio do contraditório, materializados na bilateralidade da audiência. A
nossa Carta Magna elegeu tais princípios como imperativos, inserindo-os dentre
os direitos e garantias fundamentais (Título II), afastando, inclusive, qualquer
possibilidade de excepcioná-los por força de legislação ordinária, ou de aboli-los
mediante proposta de Emenda Constitucional (art. 60, § 4°, IV, da CF/88). Não
há, pois, em termos constitucionais, procedimento válido se não existir
igualdade entre as partes, o devido processo legal e a possibilidade da ampla
defesa. Ato de licenciamento sem que o Comando tenha instaurado processo
sumário de sindicância ou processo administrativo disciplinar, em que se
facultasse ao acusado o direito de defesa. A inexistência desse ato
preparatório, que deve servir de base para o ato de licenciamento, acarreta a
nulidade do mesmo. Concessão da segurança. Decisão unânime." (TJPE – MS
60547-6 – Rel. Des. Jones Figueirêdo – DJPE 26.03.2002 – p. 57).
DIREITO ADMINISTRATIVO
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE
 Odete Medauar adota o entendimento de que
os princípios da proporcionalidade e
razoabilidade são englobados em um único
núcleo, ou seja, a proporcionalidade cobra da
Administração que seus atos sejam praticados
na medida exata para atender ao interesse
público, segundo a coerência lógica.
Proporcionalidade > amplitude ou intensidade
nas medidas adotadas.
Razoabilidade > coerência lógica nas decisões
e medidas administrativas.
DIREITO ADMINISTRATIVO
 Qual a melhor forma de solucionar
questões que apresentam conflitos
de princípios?
DIREITO ADMINISTRATIVO
DIGNIDADE HUMANA
 Constituição Federal
Art. 1º. A República Federativa do
Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana;
DIREITO ADMINISTRATIVO
DIGNIDADE HUMANA
 Dupla Concepção (Alexandre de
Moraes)
1) Um direito individual protetivo;
2) Um dever de tratamento igualitário
dos próprios semelhantes.
DIREITO ADMINISTRATIVO
DIGNIDADE HUMANA
 Importância desse princípio.

“Todo sistema jurídico desenvolve-se a


partir do princípio da dignidade da
pessoa humana; somente adquire
sentido e se torna compreensível em
virtude dele. Ele não apenas está
acima dos demais princípios, está
antes deles”.(Marçal Filho)
DIREITO ADMINISTRATIVO
DIGNIDADE HUMANA
 Os romanos adotavam a concepção
desse fundamento, através de três
princípios:
1) Viver honestamente;
2) Não prejudicar ninguém;
3) Dê a cada um o que lhe é devido.

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