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Taxonomia
Grego= taxis= ordem, arranjo
Nomos= lei
Trata da classificação dos seres vivos, procurando tornar mais fácil a
sua compreensão e manipulação.
O homem primitivo já se preocupava com a classificação
dos seres vivos que os cercavam, distinguindo-os em
perigosos ou não perigosos, terrestres ou aquáticos,
comestíveis ou não comestíveis.
Essa sistemática não era científica, mas útil à
sobrevivência, sendo considerada uma CLASSIFICAÇÃO
ARTIFICIAL, por não levar em conta o parentesco
evolutivo entre os indivíduos.
Existem registros de vários tipos de classificação
antigas, como a de Aristóteles (384-322 a.C.), que dividia
os animais em dois grandes grupos: com sangue e
animais sem sangue. De Aristóteles até o século XVIII
houve pouco progresso, pois a comunicação entre os
naturalistas era difícil, e isso impossibilitava a adoção de
um sistema de classificação único, aceito por todos.
Carlos Linneu, ( 1707-1778 )
HÍBRIDOS
Algumas espécies podem cruzar entre si, mas os filhos são
estéreis(híbrido).É o caso do cruzamento do jumento (Equus
asinus) X égua (Equus caballus) = mula ou o burro(híbridos).
Se o cruzamento for entre um cavalo X jumenta, nasce um
animal conhecido como bardoto, que apresenta mais
semelhança com a jumenta do que com o cavalo(isolamento
reprodutivo).
REINO - Plantae
+ OU – 275 MIL ESPÉCIES
FILO - Tracheophyta
+ ou - 250 MIL ESPÉCIES
CLASSE – Angiospermae
+ ou - 235 MIL ESPÉCIES
FAMÍLIA- Rosaceae
+ ou – 3.5 MIL ESPÉCIES
GÊNERO- Rosa
+ ou – 500 ESPÉCIES
REGRAS DE NOMENCLATURA
TODO NOME CIENTÍFICO DEVE SER ESCRITO EM LATIM OU LATINIZADO – Homo sapiens –
Trypanosoma cruzi ou Tryapanosoma Cruzi
O NOME CIENTÍFICO DEVE SER GRIFADO, SUBLINHADO OU ESCRITO EM NEGRITO – Perna perna
(mexilhão)
TODO NOME CIENTÍFICO DEVE SER ESCRITO EM LATIM OU LATINIZADO – Homo sapiens
O NOME DAS FAMÍLIAS DOS ANIMAIS RECEBE O SUFIXO idae (Felidae), E NAS PLANTAS O
SUFIXO É: aceae (Rosaceae)
TAXONOMIA OU SISTEMÁTICA
Taxonomia é a ciência da identificação, que visa a identificar
espécies e não espécimes. A espécie é um grupo de indivíduos
(espécimes) que mostram, em maior ou menor grau, a
variabilidade intrapopulacional sempre presente. Esta é a missão
do taxonomista: conhecer a variabilidade e separá-la.
O criador do método de classificação foi Carolus Linnaeus
(século XVIII) e até hoje é extensamente usada nas ciências
biológicas. A taxonomia de Lineu classifica as coisas vivas em
uma hierarquia, começando com os Reinos. Reinos são divididos
em Filos. Filos são divididos em classes, então em ordens,
famílias, gêneros e espécies e, dentro de cada um em sub-
divisões. Grupos de organismos em qualquer uma destas
classificações são chamados taxa (singular, taxon), ou phyla, ou
grupos taxonômicos.
Reino - é a categoria superior da classificação científica dos organismos
introduzida por Lineu no século XVIII. Originalmente, Lineu considerou as coisas
naturais no mundo divididas em três reinos: Mineral, Animalia - os "animais" (com
movimento próprio) e Plantae - as "plantas" (sem movimentos). Filo (animais) /
Divisão (plantas) Subfilo / Subdivisão Superclasse
Categorias facultativas
Classe - é a categoria taxonômica que agrupa ordens relacionadas
filogeneticamente , distinguíveis das outras por diferenças marcantes, e que é a
principal subdivisão dos filos. (Dicionário Houaiss, 2001, pg. 736). Infra-classe
Subclasse
Superordem
Ordem - é a categoria taxonômica que agrupa famílias relacionadas
filogeneticamente , distinguíveis das outras por diferenças marcantes, e que é a
principal subdivisão das classes. (Dicionário Houaiss, 2001, pg. 2076). Subordem
Superfamília
Família - Reúne gêneros semelhantes e estas estão reunidas em classes e as
classes em Divisão. Subfamília
Gênero - É o agrupamento de espécies semelhantes ou parecidas entre si, que
signifiquem relações genéticas. Subgênero
Espécie - indivíduos que, além dos caracteres genéricos, têm em comum outros
caracteres pelos quais se assemelham entre si e se distinguem dos das demais
espécies. Subespécie
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infra-classe: Placentalia
Ordem: Primata
Família: Hominidae
Subfamília: Homininae
Gênero: Homo
Espécie: Homo sapiens sapiens
Regras de nomenclatura (Código
Internacional de Nomeclatura
Zoológica, versão 2000)
Há certas regras que devem ser obedecidas ao se tratar com
categorias taxonômicas. Estas respeitam um código
internacional, cujas bases foram lançadas na 10ª edição do
Systema Naturae, de Lineu (1758) e atualizadas com o
decorrer do tempo.
Como a nomenclatura para os fósseis é a mesma, deve-se
utilizar as mesmas regras de nomenclatura, presentes no
Código Internacional de Nomenclatura Zoológica.
As regras mais importantes são:
O nome dos animais deve ser escrito em latim ou
idioma latinizado.
Todo animal deve ter, pelo menos, dois nomes, o
primeiro referente ao gênero e o segundo à espécie.
É o sistema binominal criado por Lineu.
Schlumbergerina alveoliniformis.
O nome do gênero deve ser escrito com inicial
maiúscula e o nome da espécie deve ser escrito com
inicial minúscula. Amphisorus hemprichii.
Quando a espécie tem nome de pessoa, é indiferente utilizar inicial
maiúscula ou minúscula.
O nome dos animais deve ser em destaque (itálico ou negrito). Lagena
laevis ou Lagena laevis.
Deve-se usar sempre o primeiro nome com o qual o animal foi descrito;
quaisquer designações posteriores equivalem a sinonímia, ou seja,
devem ser revistas e voltar ao gênero original.
Em trabalhos científicos, depois do nome da espécie,
coloca-se o nome do autor que o descreveu seguido
de vírgula e data; se houve modificação na descrição
original de uma espécie, autor e ano aparecem entre
parênteses. Massilina pernambucensis Tinoco, 1958.
As abreviaturas sp (espécie) ou spp (espécies) são
utilizadas quando o material só foi determinado até o
nível genérico. Pyrgo sp.
Quando a identificação da espécie é impossível, usa-se a
abreviatura aff (affinis = afim com) entre o nome do gênero e
da espécie. A abreviatura de cf (confers = comparar com) é
utilizada em casos de dúvida maior do que o do caso anterior.
Quinqueloculina cf. Q. implexa.
Quando a posição taxonômica de um organismo não pode
ser determinada, ele é chamado de Incertae sedis, ou seja,
que tem posição incerta na classificação.
Regras Internacionais de Nomenclatura
Para não haver confusão na designação científica dos animais, atualmente
são adotadas regras universais de nomenclatura promulgadas pelos
congressos internacionais de Zoologia.O uso de nomes científicos
facilita a comunicação entre pessoas que falam diferentes
idiomas e mesmo entre pessoas de diferentes regiões
geográficas de um mesmo país, pois as espécies de seres
vivos recebem nomes vulgares ou populares, que variam de
região para região.