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Governo Provisório:
Revolução Constitucionalista de São Paulo em 1932:
A oligarquia cafeeira de SP, destituída do poder político com a Revolução de
1930, aproveitou-se da recessão econômica do período e atacou o centralismo político
do governo. Exigiram um interventor paulista e civil em lugar de João Alberto
( tenentista pernambucano) e a imediata convocação de uma Assembléia Constituinte.
As facções oligárquicas do PRP e PD fundaram a FUP (Frente Única
Paulista). Manifestações constitucionalistas aumentaram na GB(RJ), MG, MT e RS (sob
o comando de Borges de Medeiros), na cidade de São Paulo uma manifestação
estudantil terminou com a morte dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo,
após confronto com a polícia, dando origem ao Movimento MMDC.
Em 9 de Julho eclodiu a guerra civil, com as tropas constitucionalistas
comandadas pelo gal Bertoldo Klinger, comandante do estado de MT. A marinha
promoveu um bloqueio naval à Santos e depois de três meses de combate as tropas
federais venceram as constitucionalistas.
A derrota militar dos constitucionalistas foi acompanhada por uma vitória
política: em 1933, Vargas convocou a Assembléia Constituinte.
Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
GOVERNO CONSTITUCIONAL:
Polarização Ideológica:
AIB ANL
Ação Integralista Brasileira. Aliança Nacional Libertadora.
Nazi-Fascista. Socialista-comunista.
Líder: Plínio Salgado Líder: Luís Carlos Prestes
“Deus, Pátria e Família” (O Cavaleiro da Esperança)
Saudação: anauê Organizada pelo PCB
Os Camisas Verdes. Financiada pela URSS (Internacional
Comunista).
Sigma: letra do alfabeto grego
(Σ) correspondente ao “s” latino, Os membros da ANL eram denominados
símbolo matemático do Aliancistas (sociais-democratas, socialistas,
somatório. comunistas e anarquistas) e pregavam a
nacionalização das empresas estrangeiras, o não
Anauê: em língua tupi, “você é
pagamento da dívida externa brasileira, a
meu parente”.Essa saudação é
reforma agrária e a garantia das liberdades
usada pelos escoteiros do Brasil
industriais.
desde 1923.
Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
GOVERNO CONSTITUCIONAL:
Intentona Comunista (1935): militares ligados a ANL em Natal, Recife e no Rio de
Janeiro, tentam tomar o poder, o movimento é rapidamente derrotado.
ESTADO NOVO:
A Intentona Integralista (1938): a princípio os Integralistas apoiaram o golpe varguista,
porém afastados do poder e com o partido na ilegalidade, membros da AIB invadem o
palácio presidencial para assassinar Getúlio Vargas. São rapidamente derrotados e presos.
Criação do Dasp (Departamento Administrativo do Serviço Público), corpo de burocratas
para supervisionar os interventores nas Unidades Administrativas e reestruturar a
administração pública, tornando-se “cabides de empregos” para “apadrinhados”.
Criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), órgão responsável pela
censura e propaganda do Estado Novo (criação da Hora do Brasil, depois A Voz do Brasil).
A CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), baseada na “Carta del Lavoro” do Fascismo
Italiano.
Durante o Estado Novo a repressão
Criação do Senai e do Sesi. coube ao DOPS (Departamento de
Ordem Pública e Social) e Pela
Criação do Instituto do Mate e Instituto do Pinho.
Polícia Especial comandada por
Criação do Conselho Nacional do Petróleo. Filinto Müller.
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda – Industria de Base.
Companhia Vale do Rio Doce em MG.
Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
ESTADO NOVO:
O Estado Novo Varguista manteve uma política ambígua em relação ao Eixo e os
Aliados (“o Brasil só entra na guerra se a cobra fumar”), porém os estadunidenses,
pretendendo utilizar bases no NE para atingir o norte da África, concederam crédito inicial,
tecnologia e mão-de-obra especializada para a construção da CSN.
O Brasil declara guerra ao Eixo(agosto de 1942): envio da FEB (“os pracinhas”) e
da FAB em 1944.
A OAB e líderes liberais de MG em Belo Horizonte (Manifesto dos Mineiros),
manifestam-se contra a ditadura.
A vitória dos Aliados demonstrou a contradição no Brasil: brasileiros lutaram
contra ditaduras no exterior quando tínhamos uma no país.
Getúlio Vargas anistiou presos políticos, reatou relações com a URSS, marcou
eleições para o fim de 1945 e permitiu a volta de partidos políticos (UDN, PSD, PTB, PCB
e PRP).
O Queremismo: surgiu da união entre trabalhistas e comunista, com o apoio de Luís
Carlos Prestes. O movimento surgiu do slogan do PTB: “queremos Getúlio”.
Temendo a aproximação de Vargas com a esquerda, o Exército depõe Getúlio
Vargas em outubro de 1945. Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
Eurico Dutra:
Alinhamento do Brasil aos EUA no contexto da Guerra Fria (Imperialismo Cultural);
Rompimento das Relações Diplomáticas com a URSS;
Fechamento do PCB;
Os políticos do PCB são cassados;
Aumento das importações e Déficit Comercial;
Aumento do custo de vida;
Proibição de greves e intervenção em sindicatos;
Juscelino Kubitschek:
No final do governo JK, o país teve um aumento considerável da dívida externa e da
inflação (superinflação), o que provocou o aumento do custo de vida e poder aquisitivo do
salário mínimo caiu consideravelmente;
A DITADURA MILITAR:
Castelo Branco (1964 – 1967):
Criação do SNI (Serviço Nacional de Informação) sob comando do general Golbery do
Couto e Silva;
AI-2:estabelecimento do bipartidarismo, a Arena (Aliança Renovadora Nacional) de
situação, e o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) de oposição consentida e
controlada;
Lei de Segurança Nacional;
Criação do BNH – Banco Nacional de Habitação (Cohab);
Criação do Banco Central do Brasil;
AI-3: estabelecendo que os governadores dos estados seriam indicados pelo Presidente da
República para aprovação das Assembléias Legislativas, esses indicariam os prefeitos das
capitais e cidades de segurança nacional;
AI-4:Constituição de 1967 que garantia o controle do Legislativo e Judiciário pelo
Executivo e estabelecia o Decurso de Prazo;
Criação da Frente Única em Montevidéu - para fazer oposição a ditadura - por João
Goulart, Juscelino Kubtischek e Carlos Lacerda.
Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
A DITADURA MILITAR:
Costa e Silva (1967 – 1969):
Criação do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social);
Passeata dos 100 mil no Rio e greves em Osasco (SP) e Contagem (MG) contra a ditadura;
Contestação ao regime ditatorial, surgem a ALN (Carlos Marighela), o PCBR, VPR
(Carlos Lamarca) e o MR-8;
Início do Milagre Econômico;
AI-5: dava ao presidente o poder de legislar, colocava o Congresso Nacional, as
Assembléias Legislativas e as Câmaras Municipais em recesso, suspendia direitos políticos
e as garantias individuais, suspendia as imunidades da magistratura e decretava estado de
sítio por tempo indeterminado. Foi a resposta dos militares aos movimentos de oposição,
armados ou não;
Seqüestro do Cônsul dos EUA (Charles Elbrick) na Cidade do Rio por membros da ALN
e do MR-8.
O PCB, seguindo orientações de Moscou, rejeitava a hipótese de luta armada
contra o regime militar.
A Junta Militar que substituiu Costa e Silva instituiu a Emenda Constitucional nº
1, que modificou a Constituição de 1967, dando mais poderes ao Executivo.
Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
A DITADURA MILITAR:
Garrastazu Médici (1969 – 1974):
Auge da Ditadura, com a aplicação do AI-5;
A DITADURA MILITAR:
Ernesto Geisel (1974 – 1979):
Distensão Política, início do processo de abertura política: “Lenta, gradual e segura”. E. Geisel.
Pacote de Abril: mandato presidencial de seis anos, senadores biônicos, manteve a eleição
indireta para governadores e os deputados federais seriam proporcionais a população dos
estados e não mais ao número de eleitores.
Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
A DITADURA MILITAR:
Ernesto Geisel:
Morte do jornalista Wladimir Herzog nas dependências do Doi-Codi em São Paulo;
Greves dos metalúrgicos em 1978 e 1979 no ABCD Paulista, lideradas por Luís Inácio
“Lula” da Silva;
Revogação do AI-5.
A DITADURA MILITAR:
João Figueiredo (1979 – 1985):
Lei da Anistia, ampla geral e irrestrita (exceto os envolvidos em terrorismo e luta
armada);
Surgimento da CUT (SP) e do MST (RS);
Fim do bipartidarismo e instituição do pluripartidarismo:
PDS (tendo como presidente José Sarney) em substituição a Arena - 1980;
PMDB, PDT, PTB, surgem do MDB – 1980;
O PT, criado em 1979, recebe o seu registro em 1982.
Reação da “Linha Dura” contra a Abertura Política – atentado do Riocentro, pacote-
bomba nas sedes da ABI e OAB;
Crise do Milagre Econômico: desvalorização do Cruzeiro,achatamento do salário
mínimo, aumento do custo de vida e do desemprego e superinflação;
Eleições Gerais (com voto vinculado) em 1982, exceto Presidente da República, o PMDB
elege os governadores dos estados mais importantes, exceto do RS onde é eleito Jair Soares
do PDS;
Crise da dívida externa, o país recorre ao FMI;
Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
A DITADURA MILITAR:
João Figueiredo:
Campanha das “Diretas Já” (Emenda Dante de Oliveira / PMDB – MT), que é rejeitada
pelo Congresso Nacional (1984);
X
Paulo Maluf Tancredo Neves
A Década de 80 no Brasil (governo
PDS Vice: José Sarney Figueiredo e Sarney) é conhecida
(Situacionista) como Década Perdida, por causa
Aliança Democrática
(Oposicionista) do insiguinificante crescimento da
economia e do PIB.
A NOVA REPÚBLICA:
José Sarney:
Constituição de 1988 – A Constituição Cidadã – onde vários artigos faltam ser
regulamentados e que vem sendo continuadamente reformada.
Ulisses Guimarães = Presidente da Constituinte, do Congresso Nacional e do PMDB.
Plano Bresser do Ministro Bresser Pereira:
Novo congelamento de preços por dois meses;
Aumento de impostos e tarifas públicas;
Extinção do gatilho salarial.
Desgaste do governo e avanço da oposição nas eleições municipais:
Porto Alegre – Olívio Dutra (PT),
São Paulo – Luiza Erundina (PT),
Rio de Janeiro – Marcello Alencar (PDT),
Belo Horizonte – Eduardo Azeredo (PSDB).
a inflação atingia 30% ao mês.
A NOVA REPÚBLICA:
José Sarney:
Prorrogação do mandato presidencial, pelo Congresso Nacional, por mais um ano, graças a
“compra” de parlamentares através da distribuição de concessões de canais de rádio e TV;
Ajuda do FMI.
(PRN) (PT)
Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
A NOVA REPÚBLICA:
Fernando Collor (1990 – 1992):
Plano Collor ou Brasil Novo da Ministra Zélia Cardoso de Mello:
Instituição do Cruzeiro,
Congelamento de preços e salários,
Confisco das contas correntes, poupanças e aplicações do que excedesse 50 mil cruzeiros
que seriam devolvidos em 18 meses.
Início efetivo no Brasil do neoliberalismo:
Livre negociação salarial.
Abertura do mercado nacional aos produtos importados.
Início da privatização de estatais, começando pela Usiminas.
Corrupção – Caso PC Farias:
Passeatas contra o governo: caras-pintadas.
CPI e pedido de impeachment.
Renúncia de Fernando Collor.
Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
A NOVA REPÚBLICA:
Itamar Franco (1992 – 1994):
Assumiu como vice-presidente;
Recessão e aumento da inflação;
Corrupção no Orçamento da União (Os Anões do Orçamento – João Alves):
Uma CPI cassou o mandato de 18 parlamentares, sendo que nenhum foi preso.
Plano Real do Ministro Fernando Henrique Cardoso:
Instituição do Cruzeiro Real.
Adoção da URV (Unidade Real de Valor).
Criação do Real.
Estabilidade Econômica.
Realização do plebiscito (1993) sobre a Forma e o Sistema de Governo, sendo mantido
respectivamente a República e o Presidencialismo;
Eleições Presidenciais: sendo eleito Fernando Henrique Cardoso do PSDB em primeiro
turno. Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
A NOVA REPÚBLICA:
FHC (1995 – 2002):
Utilizando o Plano Real como política de campanha Fernando Henrique foi eleito e
reeleito (pela primeira vez na História do Brasil), em primeiro turno presidente do país;
Aumento dos juros, queda do consumo e baixa inflação;
Aumento da violência no campo (MST) e nas cidades (crime organizado);
Empréstimos externos e internos aumentando consideravelmente a dívida pública;
Aceleramento das privatizações (auge do neoliberalismo), sob o argumento de estimular a
modernização e saldar a dívida pública;
Emenda da reeleição: presidente, governadores e prefeitos poderiam ser reeleitos;
A dívida externa quadruplicou;
Adoção do Câmbio Flutuante;
Instituição da CPMF e da Lei de Responsabilidade Fiscal;
Racionamento energético;
Destaque internacional para o Programa Brasileiro de combate a AIDS (Min José Serra);
Queda na popularidade do Presidente FHC;
Prof. José Augusto Fiorin
A história republicana brasileira
A NOVA REPÚBLICA:
FHC:
Eleições Presidenciais:
José Serra Luís Inácio “Lula” da Silva
(PSDB) (PT)
Luís Inácio Lula da Silva (2003 - ...):
Manutenção de juros altos e política monetária ortodoxa, através do Presidente do
BC Henrique Meireles (ex-PSDB);
Meireles é acusado de efetuar remessas de dólares para o exterior sem declarar a
RF, pela CPI do Banestado, e recebe por Medida Provisória o status de Ministro;
O Governo Lula, através de “favores e barganhas políticas” recebe o apoio do
PMDB;
Reforma Tributária e Previdenciária, recebendo críticas da extrema esquerda e do
PFL e PSDB;
Caso Valdomiro dos Santos, assessor do Ministro da Casa Civil José Dirceu, que
é acusado de receber propinas e favorecer “empresários” da jogatina;
Fome Zero (combate a subnutrição), sem nenhum, até agora, afeito prático.
Prof. José Augusto Fiorin