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Descobri que em nossa área social, será muito importante entender sobre estes
assuntos urgentes e polêmicos que norteiam nossa realidade atual, pois ao parar e pensar a
questão da ética nas ciências e novas tecnologias da medicina , entendi que há uma enorme
falta de ética profissional, e esta não se detém só em manipular embriões, ou na questão da
legalização do aborto e da eutanásia, etc,. Mas também nos remete a falta de acesso a estas
novas tecnologias, como nos alerta Reinaldo:
Por questões financeiras, muitas pessoas são privadas de suas vidas e não são
atendidas na sua dignidade humana, Exemplo: Na Europa, a mídia noticiou há poucos dias a
grande quantidade de pessoas ligadas às máquinas e esta situação esta se tornando um
problema público (30 mil pessoas ligadas as máquinas), por ocasião de estas pessoas
possuírem mais poder aquisitivos. Nos países desenvolvidos a discussão da Bioética esta mais
voltada para restringir ou colocar limites ao grande desenvolvimento da ciência bioetica, pois
esta comprometida com o sistema capitalista, em contrapartida nos paises menos
desenvolvidos como o Brasil, por exemplo, a pauta de discussão, deve se voltar mais para o
campo social, pois pessoas são deixadas para morrer em filas enormes nos hospitais, onde não
lhes é prestado o atendimento mínimo, aí a eutanásia nem chega aos comitês bioeticos pois a
sentença de morte é rápida para dar lugar/leito, para outros. Nas maternidades brasileiras o
problema não é a legalização do aborto, e sim o foco está na falta de higiene básica que leva a
óbito muitas crianças recém nascidas por infecção hospitalares, erros médicos por descaso
com a vida humana, ou por excesso de trabalho e má remuneração a estes médicos que
trabalham tanto.
Então de quem é a culpa? Do Estado? Dos Profissionais da ciência médica? Ou
devemos nos perguntar se a culpa não é um pouco de cada um de nós, principalmente dos
novos profissionais que entrarão no mercado, e que entendem que estes assuntos são
irrelevantes para suas carreiras???
Nós, estudantes do Serviço Social, da Medicina, da Enfermagem, do Direito, e de
todas as áreas, se vamos trabalhar com pessoas humanas, devemos sim estarmos aptos, e
conscientes destas novas realidades que se nos descortina, e não devemos tapar os olhos ou
nos deixarmos vencer pela preguiça, pois entendo que quando uma pessoa opta por uma
profissão que vai lidar com seres humanos, o mínimo que se espera é que a amamos.
Finalizo este apelo para o despertar da interdisciplinaridade na questão da Bioética
com uma citação de Reinaldo, grande defensor da “Ética do Amor”: