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1.

A dimensão ético-política
Ética
1.2 A dimensão social e pessoal
– o si mesmo, o outro e as instituições

SUMÁRIO
O Homem como ser moral e social

Funções e importância da consciência moral


Problema
Por que devemos agir
moralmente?
O Homem é um ser social

O que significa emitir um juízo moral, discutir uma questão ética ou viver
de acordo com padrões éticos? (…) Todos concordam que não se pode
justificar um princípio ético relativamente a qualquer grupo parcial ou local.
A ética adopta um ponto de vista universal. (…) De um ponto de vista
ético, é irrelevante o facto de ser eu o beneficiário de, digamos, uma
distribuição mais equilibrada de rendimentos e outra pessoa a prejudicada.
A ética exige que nos abstraiamos do “eu” e do “tu” e que cheguemos à lei
universal, ao juízo universalizável, ao ponto de vista do espectador
imparcial ou do observador ideal ou o que lhe quisermos chamar.

Peter Singer, Ética Prática


Pensar Azul, p. 103
Peter Singer (n. 1946) filósofo australiano especialista em ética
Características da acção moral

• Está orientada para um fim, que é um bem


• É voluntária e intencional
• É susceptível de juízo (pode ser avaliada
em termos de bem ou de mal)
• Adopta um posicionamento não só
individual mas também comunitário,
pretendendo chegar à perspectiva da
universalidade do agir
Juízos ético/morais

Proposições que expressam uma avaliação


das acções a partir da adopção de um
determinado padrão ou critério valorativo
Emitir juízos morais

Exige compreensão descomprometida dos factos

Exige um critério valorativo (princípios éticos)


(ex.: a vida humana é sagrada; não devemos usar a pessoa como um
meio; reconhecer igual dignidade a todos os seres humanos)

Exige imparcialidade ou que se considere em pé de


igualdade os interesses de todos os indivíduos
(tratar todas as pessoas como iguais a não ser que exista uma boa razão
para não o fazer)
A Ética deve

• Definir princípios universais reguladores da


convivência social
(ex.: altruísmo em vez do egoísmo; solidariedade em vez da competição;
cooperação em vez de hostilidade; bem-estar colectivo em vez do benefício
pessoal)

• Estabelecer os direitos e os deveres de cada um

• Propor fins para a realização pessoal e social dos


indivíduos
Funções e importância da
consciência moral

Consciência moral é a capacidade interior de


orientação, de avaliação e de crítica, formada
em cada humano com base na interacção
social
Heteronomia e autonomia
A consciência moral desenvolve-se na interacção entre

Heteronomia → ← Autonomia
(auto + nomos)
(hetero + nomos) auto-determinação a
interiorização agir segundo princípios
de regras e padrões racionalmente
do grupo justificados
A consciência tem um sentido

Apelativo
para valores e normas ideais, como uma
bússola orientadora da acção

Imperativo
ordena uma acção segundo os valores do
agente

Judicativo
julga os actos e as intenções
Devemos agir moralmente
porque

• Só nos tornamos humanos na companhia de outros


humanos

• Temos de compatibilizar os nossos direitos com os


direitos dos outros
(garantir a coexistência digna de todos)

• Se quisermos viver como pessoas temos de tratar


os outros como pessoas
Organograma >>>
Outros ↔ Eu ↔ Instituições
Dimensão ética
domínio da acção voluntária e
ser social → intencional orientada por princípios ← ser moral

Ética
reflexão sobre princípios, valores e
fins que devem orientar a existência
humana

Moral
conjunto de códigos e regras morais
estabelecidos num grupo ou sociedade
Organograma
Norma ↔ Consciência Moral ↔ Intenção
regra socialmente capacidade interior domínio da opção
estabelecida como de orientação e avaliação da interior orientada
acção
padrão da acção pela consciência

Decisão

Acção Moral
acção do agente aceitando o
apelo da consciência

Ser moral
imparcial; controla os
impulsos; segue princípios
éticos, é autónomo

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