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ESCWA ge Antemcerte € Cerves a MAURILIO M. FONSECA CAPITAO-DE-MAR-E-GUERRA | Arte Navar Volume 1 5? edicdo = 1989 © 1989 Servico de Documentacao Geral da Marinha 12 edic&o: 1954 edicdo: 4? edicdo: 1985 5? edicdo: 1989 F676a_ Fonseca, Maurilio Magalhdes, 1912 — ‘Arte Naval/Maurilio Magalhaes Fonseca — 5% ed. — Rio de Janeiro: Servigo de Documentagao Geral da Marinha, 1989. 2v.: i. ISBN 85-7047-051-7 1. Navios-Nomenclatura. 2. Navios-Classificagao. 3. Navios a vela. 4. Marinharia. I Titulo. CDD 623.8201 SERVICO DE DOCUMENTACAO GERAL DA MARINHA Rua Dom Manuel, 15 ISBN 85 -7047-051-7 Impresso no Brasil PREFACIO DA 28 EDICAO Este livro foi iniciado a bordo do cruzador “Bahia” em 1938, quando 0 autor, com outros tenentes, procurava passar o tempo estudan- do os nomes das pecas do casco e do aparelho do navio, Nas horas de folga, entre dois exercicios de artilharia, faziamos uma batalha de marinharia, cada um procurando pergunta mais dificil para fazer ao outro. Verifica- mos ent&o que nem as questdes mais faceis podiamos dar resposta e, 0 que é pior, nao tinhamos livro onde aprender. As dnicas publicagdes sobre a matéria tratavam de veleiros em casco de madeira. Recorrfamos assim aos oficiais mais experimentados, ao pessoal da ‘‘faxina do mes- tre’’, gente rude de boa escola como 0 inesquecivel companheiro Hér- cules Pery Ferreira, patraéo-mor cujo grande orgulho era ter sido grume- te do NE “Benjamin Constant’. Decidimos desde logo que era preciso guardar com carinho essa linguagem do marinheiro, conservar nas menores fainas a tradi¢ao de bordo, em tudo que ela tem de peculiar a nossa profissdo, e das peque- nas anota¢des surgiram alguns fasciculos, que no ousdvamos publicar. Mas, tivemos a sorte de viver embarcados, em todos os postos da car- reira, e em todos os tipos de navio: no encouragado ‘Sao Paulo”, cruza- dor “Bahia”, contratorpedeiro “Santa Catarina”, submarino ‘“‘Timbira’, nos submarinos norte-americanos ‘“Atule’ e ‘‘Dogfish”; no comando do rebocador “Mario Alves’, do submarino ‘‘Timbira”’ e, mais tarde, do contratorpedeiro “‘Mariz e Barros’’. O passadico nos deu a experiéncia que faltava e a coragem necessdria para prosseguir nos trabalhos. Nao foi sem grandes dificuldades que conseguimos ver o livro publicado em 1954. A 18 edicdo, distribuida e vendida exclusivamente pelo Ministério da Marinha, esgotou-se em pouco tempo. Apresentamos agora a 28 edi¢do, com mais dois capitulos, que se referem a legislacao e transportes de carga em navios mercantes. O livro ainda nao esta tao bom como desejévamos. Mas, se ele tiver servido, e ainda, no futuro, se puder servir para ajuda aos alunos nas escolas, ou para tornar mais efi- ciente qualquer manobra ou faina a bordo, ent&éo nos damos por satis- feitos e bem recompensados pela tarefa a que nos dedicamos. M.M.F. APRESENTACAO DA 4? EDIGAO A 48 edico do ARTE NAVAL, mandada imprimir pelo meu antecessor, rapidamente se esgotou; sendo este compéndio basico para a instrugdo e formagdo do Oficial da Marinha, sentimo-nos no dever de preparar esta 5? edicdo Dezessete Oficiais, Instrutores do Centro de Ensino Militar Na- val da Escola Naval, organizaram a presente reviséc, ampliando-a e apri- morando-a em varios pontos, principalmente no tocante a novas ilustra- ges, servico este que foi mais ainda valorizado por ter sido feito con- comitantemente com as suas atribuicSes normais. Ressalto a importante colaboragdo e coordena¢g&o técnica do Servigo de Documentacao Geral da Marinha, o que nao sé permitiu esta esmerada edic¢ao, em tao pouco tempo, como também passar aque- le Servico a responsabilidade pela editorag3o deste livro, o que aliviou a Escola Naval de encargo estranho as suas atividades. O homem do mar continua, assim, a dispor da obra do Coman- dante Maurilio Magalhdes Fonseca, fundamental para o seu aperfeic¢oa- mento profissional, agora em dois volumes, para maior facilidade de dois ho IVAN DA dy shee SO, Contra-Almirante Comandante da Escola Naval eS INDICE GERAL CAPITULO | NOMENCLATURA DO NAVIO Segdo A — Do navio, em geral.... 6.0 c cece eee eee nee Pag. 1 1-1, Embarcacéo e navio; 1-2. Casco; 1-3. Proa (Pr); 1-4. Popa (Pp); 1-5. Bordos; 1-6. Meia-nau (MN); 1-7. Bico de proa; 1-8. A vante e a ré; 1- Corpo da proa; 1-10. Corpo de popa; 1-11. Obras vivas (OV) e carena; 1-12, Obras mortas (OM); 1-13. Linha d’égua (LA); 1-14. Costado; 1-15. Bojo; 1-16. Fundo do navio; 1-17. Forro exterior; 1-18. Forro interior do fundo; 1-19. Bochechas; 1-20. Amura; 1-21. Borda; 1-22. Borda-falsa; 1-23. Amurada; 1-24. Alhetas; 1-25. Painel de popa ou somente painel; 1-26. Grinalda; 1-27. Almeida; 1-28. Delgados; 1-29. Cinta, cintura ou cintado do navio; 1-30. Resbordo; 1-31. Calcanhar; 1-32. Quina; 1-33. Costura; 1-34. Bosso do eixo; 1-35. Balango de proa: 1-36. Balanco de popa; 1-37. Superestrutura; 1-38. Castelo de proa; 1-39. Tombadilho; 1-40. Superestrutura central; 1-41. Pogo; 1-42. Supe- restrutura lateral; 1-43. Contrafeito; 1-44. Contra-sopro; 1-45. Jardim de popa; 1-46. Recesso; 1-47. Recesso do tunel; 1-48. Talhamar; 1-49, Torreo de comando; 1-50. Apéndices. Segao B — Pecas principais da estrutura dos cascos MetalicOsS... 2... e eee eee eae . Pag. 8 1-51. Ossada e chapeamento; 1-52. Vigas e chapas longitudinais: a. Qui- tha; b. Sobrequilha; c. Longarinas, ou longitudinais; d. Trincaniz; e. Si- cordas; 1-53. Vigas e chapas transversais: a. Cavernas; b. Cavernas altas; c. Vaus; d. Hastilhas; e. Cambotas; 1-54. Reforgos locais: a. Roda de proa; b. Cadaste; c. Pés de carneiro; d. Vaus intermediarios; e. Vaus secos; f. Latas; g. Bugardas; h. Prumos; i. Travessas; j. Borboletas ou esquadros; |. Tapa-juntas; m. Chapa de reforco; n. Calgos; 0. Colar; p. Cantoneira de contorno; q. Gola; 1-55. Chapeamento: a. Chapeamento exterior do casco; b.Chapeamento do convés e das cobertas; c. Chapea- mento interior do fundo; d. Anteparas. Segdo C — Convés, cobertas, plataformas e espacos ENTE CONVESES 66 oe cece cece cnet nee e nes 1-56. Divisio do casco. Segdo D -- Subdiviso do casco 1-57. Compartimentos; 1-58. Compartimen' fang! -fundo (DF); 1-60. Tanque; 1-61. Tanaues de dleo: a. Tanques de com: bustivel; b. Tanques de reserva; c. Tanques de verdo; 1-62. Tanques fundos; 1-63. Céferda, espago de seguranca, espaco vazio ou espaco de ar; 1-64. Compartimentos ou tanques de colisdo; 1-65. Tiunel do eixo; 1-66. Tunel de escotilha, ou tinel vertical; 1-67. Carvoeira; 1-68. Paiol da amarra; 1-69. Paidis; 1-70. Pragas; 1-71. Camarotes; 1-72. Camara; vi ARTE NAVAL 1-73. Antecdmara; 1-74. Diregao de tiro; 1-75. Centro de informacdes de Combate (CIC); 1-76. Camarim; 1-77. Alojamentos; 1-78. Corredor; 1-79. Trincheira. Segdo E — Aberturas no CasCO.. 1... ccc ec eee eee Pag. 26 1-80. Bueiros; 1-81. Clara do hélice; 1-82. Escotilhas; 1-83. Agulheiro; 1-84, Escotilhao; 1-85. Vigia; 1-86. Olho de boi; 1-87. Enoras; 1-88. Ga- teiras; 1-89. Escovém; 1-90. Embornal; 1-91. Saidas d‘agua; 1-92. Por- tal; 1-93. Portinholas; 1-94. Seteiras; 1-95. Aspiracdes; 1-96. Descargas. Secdo F — Acessérios do casco, nacarena...........00.005 Pag. 29 1-97. Leme; 1-98, Pé de galinha do eixo; 1-99. Tubo telescopico do eixo; 1-100. Tubulao do leme; 1-101. Suplemento de uma valvula; 1-102, Quilhas de docagem; 1-103. Bolinas, ou quilhas de balancgo; 1-104. Zinco protetor; 1-105. Buchas. Segdo G — Acessérios do casco, no costado...........0000e Pag. 30 1-106. Verdugo; 1-107. Guarda-hélice; 1-108. Pau de surriola; 1-109. Verga de sécia; 1-110. Dala; 1-111. Dala de cinzas, dala da cozinha; 1-112. Escada do portalé; 1-113. Escada vertical; 1-114. Patim; 1-115. Raposas; 1-116, Figura de proa; 1-117. Castanha. Secdo H — Acessérios do casco, na borda ... 1-118. Balaustre; 1-119. Corrim%o da borda; Tamanca. Segdo | — Acessorios do casco, nos compartimentos......... Pag. 34 1-122. Carlinga; 1-123. Corrente dos. bueiros; 1-124. Jazentes; 1-125. Quartel; 1-126. Xadrez; 1-127. Estrado; 1-128. Tubos acisticos; 1-129. Telégrafo das maquinas, do leme, das manobras AV e AR; 1-130. Por- tas. 1-131. Portas’ estanques; 1-132. Portas de visita; 1-133. Beliche; 1-134, Servigos gerais; 1-135. Rede de esgoto, de ventilagdo, de ar com- primido, etc.; 1-136. painéis. Seco J — Acessérios do casco, NO CONVES...2 0.2.0 cece Pag. 35 1-137. Cabegos; 1-138, Cunho; 1-139. Escoteira; 1-140. Reclamos; 1-141, Malagueta; 1-142. Retorno; 1-143. Olhal; 1-144, Arganéu; 1-145. Picadeiros; 1-146. Berco; 1-147. Pedestal; 1-148. Cabide; 1-149. Gaitita; 1-150, Bucha do escovém, da gateira, etc.; 1-151. Quebra-mar; 1-152, Ancora; 1-153. Amarra; 1-154. Aparelho de fundear e suspender; 1-155. Cabrestante; 1-156. Molinete; 1-157. Mordente; 1-158. Boca da amarra; 1-159. Abita; 1-160. Aparelho de governo; 1-161. Aparelho do navio; 1-162. Mastro; 1-163. Langa ou pau de carga; 1-164. Guindaste; 1-165. Pau da Bandeira; 1-166, Pau da Bandeira de cruzeiro; 1-167. Fa- chinaria; 1-168. Toldo; 1-169. Sanefas; 1-170. Espinhaco; 1-171. Ver- gueiro; 1-172, Ferros do toldo; 1-173. Paus do toldo; 1-174. Meia-laran- ja; 1-175. Capuchana; 1-176. Cabo de vaivém; 1-177. Corrimao da ante- para; 1-178. Sarilho; 1-179. Selha; 1-180. Estai da borda, estai do balatis- tre, estai de um ferro; 1-181. Turco; 1-182. Visor; 1-183. Ventiladores; 1-184. Ninho de pega. Pag. 33 uzina; 1-121. 120.

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